Artigo Vitanol A
Artigo Vitanol A
Artigo Vitanol A
RIBEIRÃO PRETO
2007
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
RIBEIRÃO PRETO
2007
GOMES, M. L.C.
Influência de diferentes concentrações de retinóides em formulações
dermocosméticas nos efeitos benéficos e/ou colaterais na pele de
camundongos sem pêlo. Ribeirão Preto, 2007.
__________________________________________
Prof (a). Dr(a).
__________________________________________
Porf (a). Dr (a).
__________________________________________
Profa. Dra. Patrícia Maria Berardo Gonçalves Maia Campos
Orientadora
A Deus, que pela sua força infinita, sempre atendeu minhas preces e permitiu que eu mais
Aos meus pais Edison e Maria Teresa, minha eterna gratidão. Sem eles eu não alcançaria
essa vitória, pois sempre estiveram ao meu lado, me apoiando e dando força, sem nunca medir
Ao meu padrasto Dr. Jaiter, que me apoiou como um segundo pai, acompanhando de perto
toda a minha trajetória, colaborando com seu incentivo e seu conhecimento médico e
científico.
Ao meu irmão Fernando, pelo carinho e atenção nas horas em que precisei de apoio e
companheirismo.
Aos meus queridos sobrinhos Gabriela e Leonardo, que sempre me trouxeram alegria nas
A minha querida madrinha tia Emirene, que sempre demonstrou orgulho pelo meu trabalho.
Aos meus amigos de São José do Rio Preto, pela amizade e apoio em vários momentos
À amiga Dra. Lorena Rigo Gaspar Cordeiro, agradeço por sua grande colaboração,
Ribeirão Preto, Rosana dos Santos Florêncio, Eleni Angeli Passos, Ana Lúcia Turatti e
A todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a concretização deste trabalho.
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
3. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 17
6. DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 84
7. CONCLUSÃO................................................................................................................... 94
ANEXO
RESUMO
Gomes, M.L.C. Influência de diferentes concentrações de retinóides em formulações
dermocosméticas nos efeitos benéficos e/ou colaterais na pele de camundongos sem pêlo.
2007, 108 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão
Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
cutâneo. Considerando que a concentração de retinóides, como por exemplo, o ácido retinóico ou
ácido retinóico (0,025%, 0,05% e 0,1%) e palmitato de retinila (0,25%, 0,5% e 1,0%), visando a
obtenção de uma concentração que proporcione a máxima eficácia possível e risco mínimo à pele.
Assim, o presente trabalho tem por objetivos avaliar a influência de diferentes concentrações de
morfométricos, estereológicos e por Bioengenharia Cutânea. Para tal foram preparadas três
estável e, portanto, selecionada como veículo para a avaliação dos efeitos do ácido retinóico e do
palmitato de retinila na pele de camundongos sem pêlo. Para a realização do ensaio biológico,
amostras das formulações, acrescidas ou não (veículo) de 0,025; 0,05 ou 0,1% ácido retinóico ou
0,25; 0,5 ou 1,0% de palmitato de retinila foram aplicadas no dorso de camundongos sem pêlo.
Após cinco dias da aplicação diária destas formulações, foram obtidas medidas de índice de
eritema pelo equipamento Mexameter® MX16 e medidas do conteúdo aquoso do estrato córneo
posteriormente foram colhidos fragmentos de pele das áreas que receberam aplicação das
formulações, bem como da área que não foi aplicada nenhuma formulação (controle) e, a seguir,
avaliação do conteúdo aquoso do estrato córneo, somente as formulações que continham ácido
aumento no índice de eritema. Além disso, tanto o ácido retinóico quanto o palmitato de retinila,
atuaram na epiderme, porém de modo e intensidade diferentes, sendo que, o ácido retinóico teve
camadas epiteliais, sem alteração da camada córnea. O ácido retinóico e o palmitato de retinila
atuaram ainda aumentando os volumes nuclear, citoplasmático e celular, um dos fatores que
aquoso do estrato córneo estudados, podemos sugerir que as formulações que continham as
(0,5 %), foram as que apresentaram melhores resultados, principalmente no que se refere a uma
Retinoids has been widely used in dermatological clinic and in cosmetics products
with preventive purposes as well as for the repairmen of the cutaneous aging undesirable
effects. Considering that the concentration of retinoids, i.e., the retinoic acid or the retinyl
palmitate, can influence their efficacy and safety in topical formulations, the development and
different concentrations of retinoic acid (0.025%, 0.05% e 0.1%) and retinyl palmitate
(0.25%, 0.5% e 1.0%) is very important, aiming at the attainment of a concentration that
provides to the maximum possible efficacy and minimum risk to the skin. Thus, the aim of
this study was to evaluate the influence of different concentrations of retinoids (retinoic acid
mice, using histopathological, morphometric and stereologic studies and Skin Bioengineering
Techniques. For this purpose, three gel cream formulations were developed, containing
nº 1 and 3) and a complex lipidic based formulation containing batyl alcohol and lecithin,
HEC and octyl octanoate (formulation nº 2), which were submitted to preliminary stability
tests. The formulation nº1 (F1) was considered the most stable, therefore, it was selected as
the vehicle for the evaluation of the effects of the retinoic acid and the retinyl palmitate in
hairless mice skin. For the accomplishment of the biological assay, samples of the
formulations, supplemented or not (vehicle) of 0.025, 0.05 or 0.1% retinoic acid or 0.25, 0.5
or 1.0% retinyl palmitate were applied in the dorsal skin of hairless mice. After five days of
daily application of these formulations, the erythema index was measured by reflectance
spectrophotometry using a Mexameter® MX16 as well as the water content of the stratum
corneum using Corneometer® CM825. After that, the hairless mice were sacrificed and later
skin fragments were obtained for each area that received application of the formulations, as
well as of the area that was not applied any formulation (control) and, after that histologic
studies. In accordance with the used methodologies, it was possible to observe that in the
evaluation of the water content of the stratum corneum, only the formulations that contained
retinoic acid in different concentrations provided significant changes, enhancing skin surface
dryness. Only the formulations containing 0.025 and 0.1% of retinoic acid and 1.0% of retinyl
palmitate provided an increase in erythema index. Moreover, both retinoic acid and retinyl
palmitate acted in the epidermis, however in different intensity and way, since retinoic acid
had more pronounced effects in relation to the studied variables. The three different
concentrations of retinoic acid and retinyl palmitate caused a significant increase of the
epithelial layers thickness, without alteration of the horny layer. Retinoic acid and retinyl
palmitate also increased the nucleus, cytoplasmic and cell volumes, which was one of the
factors that influenced the increase of the epithelium thickness. Finishing, when analyzing all
the histopathological, morphometric and stereologic variables, as well as the erythema index
and the water content of the stratum corneum studied, we can suggest that the formulations
that contained the intermediate concentrations (such as 0.05% of retinoic acid and 0.5% of
retinyl palmitate) presented the best results, mainly when an adequate and acceptable risk/
Techniques, Efficacy.
1
1. INTRODUÇÃO
envelhecimento, seja por fatores internos ou externos (envelhecimento precoce) têm sido
da qualidade de vida no decorrer dos anos. A exposição actínica tem efeitos deletérios à
saúde da pele. No Brasil, a exposição à luz UV devido à geografia e ao clima dos trópicos é
bastante significante. Apesar de grande parte da população brasileira ter uma proteção
natural maior devido a melanina presente na pele, casos de câncer de pele ocorrem com
que são conhecidas como protetoras da pele contra os raios solares, seja por proteção direta
da célula, e ainda na secreção de sebo, nas inflamações, nas reações imunológicas e até
mesmo na prevenção de certas neoplasias, tem tido destaque na terapia tópica de diferentes
em função dos seus efeitos na melhoria das condições da pele (KLIGMAN, 1998),
inestético, tais como acne, rugas e alterações do padrão normal de pigmentação (manchas)
(ORFANOS, 1997; STEINER, 1998). Sendo assim, a vitamina A na sua forma éster
(palmitato de retinila) e o ácido retinóico, têm sido freqüentemente prescritos nas mais
retinila e de 0,01 a 0,1% para o ácido retinóico (IDSON, 1993; KELLER; FENSKE, 1998;
ORFANOS, 1997). Para se ter uma idéia da importância que lhes tem sido atribuída,
somente nos últimos 15 anos, aproximadamente 2500 novos retinóides foram sintetizados
pela indústria farmacêutica (KLIGMAN, 1998). Além disso, devido a este interesse,
grandes esforços têm sido realizados na pesquisa de retinóides para uso tópico
(MAIA CAMPOS et al., 1999; KUNCHALA et al,.2000; GIMENO et al., 2004; SORG et
al., 2006).
A aplicação tópica de retinóides não se restringe à clínica médica, pois estes também
definidas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são utilizados, ou seja,
à área médica. De acordo com o parecer sobre retinóides da Câmara Técnica de Cosméticos
3
(ANVISA, 2004) as concentrações permitidas estão na faixa de 0,1% a 1,0% para o retinol
retinol na forma éster, o palmitato de retinila, tem sido o mais utilizado, devido a sua maior
estabilidade em comparação com a forma álcool, bem como uma boa relação segurança x
Vários estudos vêm sendo realizados visando à avaliação dos efeitos dos retinóides na
pele (ELIAS; WILLIANS, 1981; EICHNER et al., 1996; LEONARDI et al. 1998; MAIA
et al.,2004). Esses estudos incluem diferentes metodologias de avaliação, tais como estudos
in vitro em diferentes tipos de culturas celulares (GIMENO et al., 2004), onde se avalia, por
exemplo, a ação antioxidante destes, estudos “in vivo”, por técnicas histopatológicas
al., 2004).
(renovação celular) bem como possíveis efeitos colaterais (danos às células) e também
efeitos que ainda não foram totalmente esclarecidos, quando da aplicação tópica do ácido
concentrações maiores, as quais vêm sendo cada vez mais prescritas na prática
al., 1996).
4
Além desses estudos, as técnicas de Bioengenharia Cutânea, também têm tido grande
aplicação, tanto em ensaios clínicos (DAL'BELO et al., 2006) quanto em estudos pré-
Assim, considerando que ainda persistem dúvidas sobre os efeitos biológicos, dos
realização desta pesquisa contribuirá para esclarecer alguns pontos ainda controversos,
2. REVISÃO DA LITERATURA
A pele é o maior órgão do corpo humano, funciona como uma barreira de proteção,
considerando que se encontra em contato, tanto com o meio externo, como com o meio
interno, estando sujeita a agressões físicas e químicas. Seu principal papel é proteger o
outro, evitando a perda excessiva de água, o que levaria a uma desidratação, exercendo
desse modo uma função barreira (HALLER, 1989; JASS; ELIAS, 1991). Ela é um órgão de
basal, espinhosa, granulosa e córnea. Nas regiões palmar e plantar, entre as camadas
granulosa e córnea, encontra-se mais uma, a lúcida. Na camada basal originam-se as células
passando pelos estratos espinhoso, córneo, granuloso, e pouco a pouco ganham a superfície
torno de duas semanas para pessoas jovens, e em torno de 37 dias para pessoas com mais de
As células que sofrem corneificação são conhecidas como corneócitos, e dão origem
desmossomas, que garantem a coesão entre as células adjacentes. Entre a membrana celular
com a proteína presente. Entre esses lipídeos, estão as ceramidas, as quais se ligam à
proteína do corneócito formando uma estrutura lamelar que participa na retenção de água e,
descamação natural da pele. Assim a retenção de água no estrato córneo é importante para a
manutenção de uma pele saudável (WERTZ, 1985; DOWNING, 1991; RIEGER, 1992;
SUMMERS, 1996).
A pele jovem é capaz de manter esta camada de lipídeos intacta, mantendo sua
proteção contra a desidratação, além de se apresentar firme e elástica. Mesmo assim, não
Cada vez mais, a Ciência tem evoluído buscando por substâncias que possam tanto
Entre elas, os retinóides tem tido destaque na terapia tópica de diferentes alterações
cutânea.
8
vitamina A é utilizado para referir-se ao retinol, forma álcool desta vitamina. Se houver
uma função aldeído em lugar de álcool, no grupo polar terminal da molécula da vitamina A,
fundamental está associada ao processo de diferenciação das células epiteliais. Existem dois
deficiência do transporte desta vitamina para a pele (DE RITTER et al.1959). Dessa forma,
gerais da pele (GOLDRICK, 1996). Assim iniciou-se o uso tópico da vitamina A na forma
livre (retinol) e na forma éster (palmitato de retinila) em pomadas e nas últimas décadas em
qual tem se mostrado, dentre os retinóides, o mais ativo biologicamente, sendo, portanto
tem sido bem investigado para o ácido retinóico na sua forma trans (tretinoína), mas ele não
toxicológica ocupam grande parte dos estudos científicos publicados (RIES; HESS, 1999;
NAU, 1993).
vitaminas e a sua relação risco x benefício. Entre eles, Gimeno e colaboradores (2004)
observaram que, concentrações maiores que o limite fisiológico causaram danos nestas
foram retinol, retinal, ácido retinóico e palmitato de retinila, sendo que o retinol causou
maior dano que o retinal, o ácido retinóico causou um dano menor e o palmitato de retinila
Porém, nos experimentos in vitro as condições do meio de cultura das células não
formulação, pois esses meios não contêm diversos antioxidantes enzimáticos e não
indesejável, uma vez que vem crescendo a busca por produtos que mantenham o padrão
Assim, apesar dos estudos in vitro que vêm sendo realizados serem de grande valia
e histométrica e as não invasivas por técnicas de Bioengenharia Cutânea, sendo que estas
al., 1996).
nuclear, edema (MAIA CAMPOS et al., 1999; SILVA; MAIA CAMPOS, 2000; GASPAR;
hidratação e de eritema cutâneo por métodos não invasivos, podendo ser aplicadas como
(histopatológicos) para elucidar tais efeitos e também efeitos que ainda não foram
(EGAWA, 2002; OBA et al., 2002; RODRIGUES, 1997; SILVER et al., 2003;
estrutura do órgão estudado, além de não envolver dor, incisões ou perda de sangue
realização de medidas rigorosas dos efeitos obtidos pelo tratamento com formulações
A medida do eritema tem sido realizada por avaliação visual bem como pela
medida do índice L*a*b* ou determinação das cores azul, vermelha e verde refletidas pelas
muito caros e de difícil transporte, portanto os mais usados são os que utilizam a
13
presente nos vasos sanguíneos da derme ser o maior cromóforo da luz verde. A
oxihemoglobina apresenta uma alta absorção de luz na faixa de 520 a 580nm (luz verde), e
luz vermelha absorvida e refletida apresenta pouca alteração. Sendo assim, pode ser obtido
sendo, “E”: valores de eritema (TREVITHICK et al., 1992). Este princípio é descrito por
vários autores (GASPAR; MAIA CAMPOS, 2003; DYKES et al., 1995; PEARSE et al.,
pele, o qual é formado por material graxo excretado pelas glândulas sebáceas, e por
ressecamento, manter sua flexibilidade e formar uma barreira de proteção acídica contra a
(ROGIERS, 1996), sendo que este último apresenta a vantagem de não sofrer a
equipamento baseado na medida da capacitância, tem sido muito utilizado por apresentar
alta sensibilidade (EGAWA et al., 2002; O’GOSHI; SERUP, 2005; SAGIV; MARCUS,
2003).
15
cutâneo apresenta grande importância, uma vez que pode orientar a indicação de uso das
(MAIA CAMPOS et al., 1999; SILVA; MAIA CAMPOS, 2000). Assim, essas técnicas têm
sido consideradas adequadas para a avaliação de produtos cosméticos, uma vez que
substâncias ativas.
das fibras colágenas que, com o envelhecimento, adquirem uma tonalidade azulada a esses
Quando ocorre uma nova produção de colágeno, este adquire uma tonalidade mais rósea e
torna-se mais espesso. A observação das fibras colágenas é importante quando se pretende
16
óptico e permite a avaliação qualitativa das diversas estruturas presentes no tecido cutâneo,
deve ser complementada pela histometria, por meio da qual é possível determinar, por
relação ao controle.
3. OBJETIVO
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Matérias-primas
descrita no Index ABC (Brandão, 2000) e, quando necessário, também está descrito o nome
comercial e do fornecedor.
Nikko Chemicals
- Glicerina PA
- Propilenoglicol PA
- BHT
- Bisturi cirúrgico
- Chapa de aquecimento
- Higrômetro, CE
- Pinça cirúrgica
- Termômetro
- Tesoura cirúrgica
- Vidrarias em geral
20
2021, a 625 rpm, por 25 minutos, formulações de géis creme à base de hidroxietilcelulose
formulações foram acrescidas ou não de 0,025; 0,05 ou 0,1% de ácido retinóico ou de 0,25;
4.4. Determinação do pH
Neste teste preliminar de estabilidade, 5 gramas de cada amostra objeto de estudo foi
centrifugada a 3000rpm, por 30 minutos em centrífuga Excelsa Baby II, modelo 206-R,
período de 7 dias, sendo que as amostras foram mantidas no ambiente e submetidas a 45º
linhagem HRS / J, Laboratórios Jackson, Bar Harbor, ME, doados pelo laboratório Johnson
23
& Johnson, Brasil. Os animais foram mantidos em gaiolas com água ad libitum e
4.6.2. Tratamento
estabilidade, acrescidas ou não (veículo) de ácido retinóico e/ou palmitato de retinila, foram
4.6.3. Avaliação dos efeitos das formulações na pele de camundongos sem pêlo por
Bioengenharia Cutânea
estrato córneo, sendo estimado que 1 UA corresponde entre 0,2 e 0,9 mg de água por grama
de estrato córneo. Foram efetuadas 10 medidas nos camundongos sem pêlo, após 4 horas da
última aplicação das formulações objeto de estudo bem como no grupo controle. O número
camundongos sem pêlo, após 4 horas da última aplicação das formulações objeto de estudo
Mexameter® MX16.
25
Foram efetuadas 6 medidas do índice de eritema, e a média destes valores foi utilizada
que emite luz em três comprimentos de onda pré-definidos e um receptor que mede a luz
refletida, podendo-se assim, calcular a luz absorvida pela pele. O eritema é medido por dois
hemoglobina (reflexão verde: 568nm ± 3nm), o outro foi escolhido para evitar influência de
outras cores, como por exemplo, a bilirrubina (reflexão vermelha: 660nm ± 3nm). Os
500 ⎛ reflexãovermelho ⎞
E= ⎜⎜ log + log 5 ⎟⎟
log 5 ⎝ reflexãoverde ⎠
Este princípio de medida do eritema é descrito por Diffey et al. (1984), Fullerton et al.
4.6.4. Avaliação dos efeitos das formulações na pele de camundongos sem pêlo por
técnicas histopatológicas
CO2 e foram colhidos fragmentos da pele de 4mm de diâmetro de cada área tratada através
solução fixadora de álcool 80% (85ml), formalina (100ml) e ácido acético (5ml) e deixados
espessura, dos quais foram selecionados 10 cortes por bloco, de modo que cada um destes
Leica.
4.6.4.1.1. Epiderme
Para obter os diâmetros médios dos núcleos celulares das diversas camadas da
Foram obtidas 50 imagens nucleares para cada camada epidérmica estudada (basal,
espinhosa e granulosa) referente a cada um dos cinco animais pertencentes aos diferentes
grupos de tratamento. Tais imagens eram obtidas contornando-se com precisão cada um
somente as imagens elípticas. Para o cálculo dos diâmetros nucleares, os eixos maior e
Uma vez determinados os diâmetros maior (D) e menor (d), é possível estimar as
M = (D.d)½
D/d
c) Volume
V = π . M3 / 6
4.6.4.1.2. Derme
Leica, os cortes foram focalizados com aumento de 20x para a medida da derme, com
por animal em cada aumento e a partir delas foram realizadas 10 medidas por imagem,
de estudo, foi utilizada uma grade idealizada por MERZ (1968) a qual consiste em um
quadrado que limita uma área teste, contendo um sistema de pontos marcados sobre linhas
às delimitações das camadas basal, espinhosa e granulosa foram obtidas com auxilio do
número de núcleos presentes nas diversas camadas que coincidiram com os pontos da grade
das diversas camadas da epiderme e as linhas sinuosas presentes na grade. Os dados assim
obtidos fora m então introduzidos em um software elaborado por MAIA CAMPOS (1999),
o qual soluciona as equações esteriológicas necessárias para o presente estudo e das quais
explicadas a seguir:
29
N / C = Vrn / Vrcit.
Os volumes relativos foram determinados pelo número de pontos que caíram sobre
chamado “efeito Holmes”, o qual decorre do uso de cortes histológicos de espessura finita.
do corte histológico. Assim, HENNING (1957) propôs a seguinte equação para a correção
espessura do corte:
Vrn
Vvc =
1 + 3T / 2 D
Onde Vvc é a fração volumétrica dos núcleos corrigida e Vrn é a fração volumétrica
núcleo/citoplasma corrigida. Por sua vez, a soma dos volumes nuclear e citoplasmático
Vn
Vct =
N / C corrigida
Vcel = Vn + Vct
c) Espessura Epitelial
A espessura epitelial das camadas epiteliais (Ee) das estruturas estudadas foi estimada
Ee = Pe.L / 2( Is + Ib)
teste, Is e IB são o número de intersecções das linhas – teste com a superfície externa do
Esta relação (SI / Sb) foi estimada pelo quociente entre os números de intercessões
SI / Sb = Is / Ib
31
e) Densidade numérica
número de células por unidade de área tecidual, pode ser avaliada em termos de número
N cel / mm 3 = 10 9 / Vcel
uma vez que o denominador (volume celular médio) é dado em micrômetros, sendo
5. RESULTADOS
5.1.1. Determinação do pH
pH
Ácido Retinóico Palmitato de Retinila
Base 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
F1 5,56 5,88 5,93 5,63 5,51 5,38 5,39
F2 5,15 5,26 5,43 5,27 5,06 5,02 4,96
F3 5,91 6,24 6,02 5,25 5,59 5,46 5,43
Legenda: C - controle; V - veículo; AR – ácido retinóico; PR – palmitato de retinila.
alterações de cores.
foram excluídas, uma vez que apresentaram uma coloração amarelada no final deste teste
de estabilidade.
Os dados obtidos nos estudos por Bioengenharia Cutânea (para as variáveis: conteúdo
numérica, espessura das camadas epiteliais, da camada córnea e do epitélio total) foram
submetidos a análise estatística para verificar se as alterações observadas com aplicação das
de 0,025, 0,05 ou 0,1% de ácido retinóico ou 0,25, 0,5 ou 1,0% de palmitato de retinila) x 5
0,025, 0,05 ou 0,1% de ácido retinóico ou 0,25, 0,5, ou 1,0% de palmitato de retinila) x 3
x 3 x 5 = 120. Quando nos testes interessava o epitélio como um todo, o número de dados
se reduzia para 40, porque as 3 camadas eram reunidas num valor único, de modo que os
estudos revelaram que a maioria das distribuições não era normal, sendo assim, selecionado
não vinculados.
35
5.2.1. Avaliação dos efeitos das formulações por Bioengenharia Cutânea na pele de
Animais C V V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
0,025% 0,05 % 0,1% 0,25% 0,5% 1%
1 31,00 28,80 21,90 14,00 20,00 36,90 25,30 26,40
2 27,10 37,20 27,40 15,00 15,00 27,30 29,10 45,70
3 31,60 27,40 20,70 13,10 17,00 31,40 32,15 29,30
4 28,50 22,80 15,10 12,30 22,30 42,90 22,10 32,11
5 30,70 16,10 13,70 11,40 11,30 25,20 33,10 34,66
Legenda: C - controle; V - veículo; AR – ácido retinóico; PR – palmitato de retinila.
intervalos de confiança dos valores obtidos estão apresentados na forma de gráfico tipo
colunas.
36
Tabela 4 – Conteúdo aquoso do estrato córneo - Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
50
controle
Conteudo aquoso do
estrato corneo (UA)
40 veículo
AR 0,025%
30 AR 0,05%
*
* AR 0,1%
20
PR 0,25%
*
10
PR 0,5%
PR 1,0%
0
.
Figura 1. Conteúdo aquoso do estrato córneo obtido após a aplicação das formulações
objeto de estudo contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de
camundongos sem pêlo (mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p<0,05)
conteúdo aquoso do estrato córneo quando comparados com o controle e com a região que
houve alterações quando as regiões tratadas com diferentes concentrações desta substância
ativa foram comparadas com o controle e com a região que recebeu apenas a aplicação do
veículo.
38
Os resultados referentes aos índices de eritema, após 5 dias da aplicação ou não das
Tabela 5 – Índices de eritema obtidos dos camundongos sem pêlo utilizados como controle
e dos que receberam a aplicação das formulações contendo ou não ácido retinóico ou
palmitato de retinila na pele de camundongos sem pêlo.
Animais C V V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
0,025% 0,05 % 0,1% 0,25% 0,5% 1%
1 590,33 575,66 598,66 624,83 570,66 580,00 569,16 601,66
2 583,50 564,16 602,34 602,66 586,00 594,66 575,83 599,33
3 587,16 570,83 626,83 601,83 598,16 585,16 587,33 601,66
4 585,50 591,83 598,33 601,50 597,00 572,83 584,83 596,33
5 588,66 588,83 600,50 582,00 593,00 578,16 583,83 598,00
Legenda: C – controle; V - veículo; AR – ácido retinóico; PR – palmitato de retinila.
750
controle
* *
Indice de Eritema * veículo
500 AR 0,025%
AR 0,05%
AR 0,1%
250 PR 0,25%
PR 0,5%
PR 1,0%
0
.
Figura 2. Medidas dos índices de eritema obtidos após a aplicação das formulações objeto
de estudo contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de camundongos
sem pêlo (mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p < 0,05)
significativa, o índice de eritema da pele dos camundongos sem pêlo quando comparados
com o controle e com a região que recebeu apenas a aplicação do veículo (p<0,05).
5.2.3. Morfometria
5.2.3.1. Epiderme
dados da Tabela 7 (variável: diâmetro geométrico médio) foram utilizados apenas para os
Tabela 7 – Diâmetros geométricos médios dos núcleos (em µm) das células das camadas
epiteliais após a aplicação das formulações acrescidas ou não do ácido retinóico ou
palmitato de retinila, bem como do grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
CAMADAS V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
EPITELIAIS C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 8 – Volume nuclear (em µm3) das células das camadas epiteliais após a aplicação
das formulações acrescidas ou não do ácido retinóico ou palmitato de retinila, bem como do
grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
CAMADAS V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
EPITELIAIS C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 9 - Volume nuclear da camada basal após aplicação ou não das formulações objeto
de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
Tabela 10 - Volume nuclear da camada espinhosa após aplicação ou não das formulações
objeto de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média
dos postos).
Tabela 11 – Volume nuclear da camada granulosa após aplicação ou não das formulações
objeto de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média
dos postos).
300
volume nuclear (µm3 ) controle
* * veículo
* *
200 * * * AR 0,025%
** *** AR 0,05%
AR 0,1%
100 PR 0,25%
PR 0,5%
PR 1,0%
0
camada camada camada
basal espinhosa granulosa
Figura 6. Volume nuclear obtido após a aplicação das formulações objeto de estudo
contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de camundongos sem pêlo
(mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p < 0,05)
(Tabela 10).
47
5.2.3.2. Derme
Tabela 12 – Espessura (em µm) da derme após a aplicação das formulações acrescidas ou
não do ácido retinóico ou palmitato de retinila, bem como do grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
ANIMAIS
C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 13 – Espessura da derme após aplicação ou não das formulações objeto de estudo
na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos postos).
750
espessura da derme controle
veículo
500 AR 0,025%
(µm)
AR 0,05%
AR 0,1%
250 PR 0,25%
PR 0,5%
PR 1,0%
0
.
Figura 7. Médias da espessura da derme após aplicação ou não das formulações objeto de
estudo na pele dos camundongos sem pêlo (mediana e intervalo de confiança de 95%).
5.2.4. Estereologia
espessura da camada córnea e espessura total do epitélio, após 5 dias da aplicação ou não
Tabela 14 - Volume citoplasmático (em µm3) das células das camadas epiteliais após a
aplicação das formulações acrescidas ou não do ácido retinóico ou palmitato de retinila,
bem como do grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
CAMADAS V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
EPITELIAIS C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
500 *
volume citoplasmático controle
* veículo
400 * **
* * AR 0,025%
* *
**
(µm3 )
300 * AR 0,05%
AR 0,1%
200
PR 0,25%
100 ** *** * PR 0,5%
PR 1,0%
0
camada camada camada
basal espinhosa granulosa
Figura 8. Volume citoplasmático obtido após a aplicação das formulações objeto de estudo
contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de camundongos sem pêlo
(mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p < 0,05)
veículo.
Tabela 18 – Volume celular (em µm3) das células das camadas epiteliais após a aplicação
das formulações acrescidas ou não do ácido retinóico ou palmitato de retinila, bem como do
grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
CAMADAS V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
EPITELIAIS C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 19 - Volume celular da camada basal após aplicação ou não das formulações objeto
de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
Tabela 20 - Volume celular da camada espinhosa após aplicação ou não das formulações
objeto de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média
dos postos).
Tabela 21 - Volume celular da camada granulosa após aplicação ou não das formulações
objeto de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média
dos postos).
1000
controle
volume celular ( µm3 ) veículo
750 *
AR 0,025%
** * *** *
* AR 0,05%
500 ** * AR 0,1%
PR 0,25%
250
******
PR 0,5%
PR 1,0%
0
camada camada camada
basal espinhosa granulosa
Figura 9. Volume celular obtido após a aplicação das formulações objeto de estudo
contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de camundongos sem pêlo
(mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p < 0,05)
volume celular das camadas basal e espinhosa, quando comparado com o grupo controle e
veículo.
Tabela 22 – Densidade numérica (em no x 105 /mm3) das células das camadas epiteliais
após a aplicação das formulações acrescidas ou não do ácido retinóico ou palmitato de
retinila, bem como do grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
CAMADAS V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
EPITELIAIS C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 23 – Densidade numérica da camada basal após aplicação ou não das formulações
objeto de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média
dos postos).
4
densidade numérica (nox 0 controle
veiculo
3
** AR 0,025%
5/mm )
*
3
* * **
AR 0,05%
2 * AR 0,01%
* *
PR 0,25%
1 PR 0,5%
PR 1,0%
0
camada camada camada
basal e spinhosa granulosa
Figura 10. Densidade numérica obtida após a aplicação das formulações objeto de estudo
contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de camundongos sem pêlo
(mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p < 0,05)
densidade numérica da camada basal quando comparado com o grupo controle e veículo.
Tabela 26 – Espessura das camadas epiteliais (em µm) após a aplicação das formulações
acrescidas ou não do ácido retinóico ou palmitato de retinila, bem como do grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
CAMADAS V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
EPITELIAIS C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 27 - Espessura da camada basal após aplicação ou não das formulações objeto de
estudo na pele de camundongos sem pêlo, Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
Tabela 28 - Espessura da camada espinhosa após aplicação ou não das formulações objeto
de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
Tabela 29 - Espessura da camada granulosa após aplicação ou não das formulações objeto
de estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
20
espessura das camadas controle
* veículo
* AR 0,025%
*
epiteliais
* **
AR 0,05%
*
10 * * *** AR 0,1%
PR 0,25%
******
PR 0,5%
PR 1%
0
camada camada camada
basal espinhosa granulosa
Figura 11. Espessura das camadas epiteliais obtida após a aplicação das formulações
objeto de estudo contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de
camundongos sem pêlo (mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p < 0,05)
espessura das camadas basal, espinhosa e granulosa quando comparados com o grupo
Tabela 30 – Espessura da camada córnea (em µm) após a aplicação das formulações
acrescidas ou não do ácido retinóico ou palmitato de retinila, bem como do grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
ANIMAIS
C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 31 – Espessura da camada córnea após aplicação ou não das formulações objeto de
estudo na pele de camundongos sem pêlo. Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
15
espessura da camada
controle
veículo
córnea
10 AR 0,025%
AR 0,05%
AR 0,1%
5 PR 0,25%
PR 0,5%
PR 1,0%
0
.
Figura 12. Espessura da camada córnea obtida após a aplicação das formulações objeto de
estudo contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de camundongos
sem pêlo (mediana e intervalo de confiança de 95%).
comparadas com o controle e com a região que recebeu apenas a aplicação do veículo.
73
Tabela 32 – Espessura do epitélio total (em µm) após a aplicação das formulações
acrescidas ou não do ácido retinóico ou palmitato de retinila, bem como no grupo controle.
GRUPOS DE TRATAMENTO
V + AR V + AR V + AR V + PR V + PR V + PR
ANIMAIS
C V 0,025% 0,05% 0,1% 0,25% 0,5% 1,0%
Tabela 33 - Espessura total do epitélio após aplicação ou não das formulações objeto de
estudo na pele de camundongos sem pêlo, Teste de Kruskal-Wallis, n=5 (média dos
postos).
40 *
espessura total do * controle
* * veículo
30
* AR 0,025%
*
epitelio
AR 0,05%
20 AR 0,1%
PR 0,25%
10 PR 0,5%
PR 1,0%
0
.
Figura 13. Espessura total do epitélio obtida após a aplicação das formulações objeto de
estudo contendo ou não ácido retinóico ou palmitato de retinila na pele de camundongos
sem pêlo (mediana e intervalo de confiança de 95%).
* Significativo em relação ao controle e ao veículo (p < 0,05)
com a região que recebeu apenas a aplicação do veículo e com o controle (p<0,05), sendo
estágios de diferenciação.
profunda das duas regiões, sendo constituídas de células vivas não ceratinizadas; pode ser
encontram as células-mães (stem cells) que darão origem a todos os ceratinócitos; possui
somente uma fileira de células cúbicas ou cilíndricas que apresentam núcleos arredondados
ou ovalados.
77
A camada espinhosa é formada por duas a três camadas de células poligonais com
núcleos centrais, que vão se aplainando nas camadas mais superficiais. Ela é formada por
A camada granulosa apresenta-se como uma camada escura e é formada por uma a
duas camadas de ceratinócitos achatados, com núcleos maiores e mais claros. É o nível
A derme está constituída por tecido conjuntivo fibroso celular, rico em vasos
veículo (Grupo II) mostraram-se bem semelhantes à do animal que não foi tratado (Grupo
5.2.5.3. Grupos que receberam a aplicação das formulações acrescidas de ácido retinóico
0,1% de ácido retinóico mostrou-se bem mais espessa, com hipertrofia celular, quando
grânulos de ceratohialina (Figura 14E). A derme continha tecido conjuntivo fibroso frouxo,
migrando para a região epitelial, bem como regiões edemaciadas (Figura 16 E).
0,1% de ácido retinóico (Figura 14 D). A derme apresentava tecido conjuntivo mais
tratado com o veículo (Figura 16 D), porém o tecido conjuntivo apresentava-se mais frouxo
fibroso bem compacto, semelhante ao grupo controle (Figura 16 C). Quando se compara
este grupo com o tratado com 0,1% de ácido retinóico, observa-se que somente o
retinila
1,0% de palmitato de retinila mostrou-se mais espessa, com hipertrofia celular, quando
comparada com o controle e a região tratada com o veículo (em uma proporção menor do
que a observada com o tratamento com a formulação contendo 0,1% de ácido retinóico)
compacto (mais frouxo) quando comparada com o controle e com a região tratada com o
com 1,0% palmitato de retinila (Figura 15 D). A derme apresentava tecido conjuntivo mais
frouxo que a dos grupos controle e os tratados com o veículo e com as formulações
grupo com o tratado com 1,0% de palmitato de retinila, observa-se que somente o
tecido conjuntivo bem mais frouxo, quando comparado aos animais do grupo controle e do
Figura 14. Aspecto histológico da epiderme dos camundongos sem pêlo obtido após 4
horas da aplicação das formulações contendo ou não ácido retinóico a 0,025, 0,05 e 0,1%
bem como do grupo controle. Aumento inicial de 1000x, HE.
81
Figura 15. Aspecto histológico da epiderme dos camundongos sem pêlo obtido após 4
horas da aplicação das formulações contendo ou não palmitato de retinila a 0,25, 0,5 e 1,0%
bem como do grupo controle. Aumento inicial de 1000x, HE.
82
Figura 16. Aspecto histológico da derme dos camundongos sem pêlo obtido após 4 horas
da aplicação das formulações contendo ou não ácido retinóico a 0,025, 0,05 e 0,1% bem
como do grupo controle. Aumento inicial de 200x, HE.
83
Figura 17. Aspecto histológico da derme dos camundongos sem pêlo obtido após 4 horas
da aplicação das formulações contendo ou não palmitato de retinila a 0,25, 0,5 e 1,0% bem
como do grupo controle. Aumento inicial de 200x, HE.
84
6. DISCUSSÃO
uso de concentrações maiores, além do risco de irritação cutânea, poderia ainda ocasionar
danos a nível celular, que, a longo prazo, pode comprometer a fisiologia cutânea normal.
Por outro lado, para produtos cosméticos, os quais o consumidor tem livre acesso, o
permitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o que, de certa forma
garante a segurança de uso de tais produtos, porém muitas vezes os efeitos não são muito
pronunciados e nem tão rápidos, sendo, portanto, necessária à avaliação dos efeitos que
evitar o risco à saúde do consumidor e ainda verificar se, de fato, concentrações menores
Considerando que grande parte dos trabalhos de avaliação dos efeitos tópicos dos
retinóides tem sido realizada em cultura de células, assim, os dados encontrados são apenas
orientativos, uma vez que com as metodologias in vitro não é possível levar em
ativa com a pele e consequentemente os efeitos dos produtos nas reais condições de uso.
do Ministério da Saúde.
função das concentrações de uso mais freqüentes nos produtos dermatológicos disponíveis
pela ANVISA.
benefícios à pele (alta eficácia x baixa irritabilidade) tem sido uma busca constante pela
CAMPOS, 1998). Assim foram selecionadas (MAIA CAMPOS et al., 1999) e elaboradas 3
de complexo lipídico contendo álcool batílico e lecitina de soja, HEC e octanoato de octila
seguida foram submetidas a testes de estabilidade a fim de escolher uma formulação estável
propostas.
mantiveram estáveis, visto que não foi observada separação de fases em nenhuma delas.
de retinila foram excluídas, uma vez que apresentaram uma coloração amarelada no final
deste teste preliminar de estabilidade. A formulação de nº 1 foi a única que não apresentou
portanto considerada a mais estável. Isso pode estar relacionado ao fato desta conter a
camundongo sem pêlo, o qual, desde sua primeira descrição em 1850, vem sendo muito
penetração cutânea (SIMON; MAIBACH, 1998). Além disto, os camundongos sem pêlo
aplicados na pele (BHATT et al., 1997; DENDA et al., 1997; KLIGMAN; KLIGMAN,
1998).
Nessa pesquisa, a escolha desse animal como modelo foi feita principalmente pela
camundongo sem pêlo ocorre de 4 a 5 dias (DOWNES et al, 1967). Dessa forma, foi
possível analisar os efeitos da substância ativa avaliada, após agirem durante tempo
palmitato de retinila não provocou nenhuma alteração nos valores do conteúdo aquoso do
estrato córneo quando comparados com o controle e o veículo, por outro lado a aplicação
das diferentes concentrações de ácido retinóico (0,025, 0,05 e 0,1%) reduziu de forma
comparados com o controle e o veículo. Eichner et al, (1996) demonstraram que a aplicação
de uma solução contendo 0,05% de ácido retinóico em camundongos sem pêlo durante 26
barreira cutânea, poderá diminuir também o conteúdo aquoso do estrato córneo. Além
disso, um estudo de Flühr et al, (1999) comparou a aplicação tópica de ácido retinóico, com
88
a de retinaldeído e com a de retinol através de patch tests durante 44 dias e observaram que
0,05% de ácido retinóico aumentaram o índice de eritema da pele dos camundongos sem
pêlo quando comparados com o controle e com a região que recebeu apenas a aplicação do
veículo. Este aumento do eritema pode ter ocorrido uma vez que o ácido retinóico além de
formação de eritema (MARKS et al., 1990; FISHER et al., 1991; GRIFFITHS et al., 1995).
Desta maneira, podemos sugerir que, após 5 dias de tratamento, os grupos tratados com as
grupos tratados com a maior concentração deste já estavam no final do processo e com a
coincidentes com os obtidos por Griffiths et al. (1995) quando avaliaram os efeitos de
autores relatam que estas propriedades irritantes do ácido retinóico poderiam ser, em parte,
responsáveis por alguns dos seus efeitos considerados como benéficos (MARKS et al.,
1990; FISHER et al., 1991). No presente estudo, também foi observado um aumento do
eritema no grupo tratado com a formulação contendo 1,0% de palmitato de retinila, sendo
que isto pode ter ocorrido uma vez que o palmitato de retinila é convertido em retinol pelas
cutânea do palmitato de retinila e parte deste pode ter sido convertido à ácido retinóico, o
que provocou efeitos semelhantes aos observados nos grupos tratados com 0,1 e 0,025%
deste último.
com o controle e com a região que recebeu apenas a aplicação do veículo, sendo que os
efeitos do ácido retinóico foram mais pronunciados que os observados com a aplicação do
respectivamente). A princípio este fato pode indicar que esta ocorrendo um estímulo na
FÖRSTER et al.,2000).
camadas epiteliais (basal, espinhosa e granulosa) foi mais pronunciado quando comparado
com as demais formulações objeto de estudo. Considerando que ocorreu uma diminuição
O edema intra e extra celular, é uma das possíveis causas do aumento da espessura
das camadas epiteliais observado no presente estudo, uma vez que este efeito já foi
mencionado anteriormente por Maia Campos et al. (1999), por Silva e Maia Campos
(2000) e por Tadini et al. (2006), em estudos histopatológicos para a avaliação dos efeitos
de retinila provocaram um aumento do volume nuclear das células das camadas epiteliais
(basal e espinhosa) quando comparados com o controle e com o veículo. As alterações que
2000).
volume nuclear e citoplasmático foram analisadas, os grupos tratados com o ácido retinóico
apresentaram efeito mais pronunciado que os grupos tratados com o palmitato de retinila, o
que pode ser mais uma indicação do estímulo na renovação celular ligada ao aumento do
que apenas o grupo tratado com a maior (0,1%) e a menor concentração (0,025%) desta
foram coerentes com os que vêm sendo observados clinicamente, ou seja, a concentração
de 0,05% de ácido retinóico, a qual foi considerada mais adequada nas condições
experimentais desta pesquisa, é a que vem sendo mais utilizada em produtos de uso tópico e
médica, principalmente, pelo fato de que quanto maior a concentração maior o risco de
irritação cutânea.
maior concentração desta substância ativa (1,0%) apresentou efeitos equivalentes à menor
basal e na espessura da camada basal, sendo que não provocou eritema na pele dos
Nos estudos histopatológicos, ou seja, na análise visual dos cortes histológicos, foi
possível verificar um aumento na espessura da epiderme viável dos animais que receberam
a aplicação das formulações contendo ácido retinóico e palmitato de retinila, sendo que os
grupos tratados com ácido retinóico apresentaram efeitos mais pronunciados. Em relação à
observados nas análises morfométrica e estereológica, tais como na hidratação das camadas
colágenas. Estes resultados estão de acordo com Varani et al, (2003) que verificou que o
tratamento com uma solução contendo 0,1% de ácido retinóico proporcionou uma maior
por 3 semanas.
intermediária entre as demais concentrações avaliadas neste estudo (0,025 e 0,1%), foi
de 0,1%. Assim, a concentração de 0,05% foi considerada a mais adequada para tal
principalmente, pelo fato de que quanto maior a concentração maior o risco de irritação
93
concentração intermediária (0,5%) também foi considerada a mais adequada, uma vez que
7. CONCLUSÃO
espessura de todas as camadas epiteliais e total do epitélio, o que, em função aumento dos
que pode sugerir que o núcleo está em intensa atividade e, consequentemente, pode estar
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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