Introduo - Fitotecnia Apostila01

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Fitotecnia é ciência que estuda o

desenvolvimento dos vegetais

A fitotecnia é um ramo dentro das ciências agrárias que pesquisa o crescimento e a melhor
produção possível das plantas. A fitotecnia é uma ciência que estuda as possibilidades
de produção de cada cultivar. Ou seja, o processo de plantio é analisado e pensado sob um
olhar geral. O objetivo é otimizar as culturas, aumentando a produção e o rendimento dos
vegetais.
A fitotecnia é uma subárea encontrada principalmente dentro da Botânica e da Agronomia.
Assim, profissionais dedicam suas carreiras no desenvolvimento e aperfeiçoamento das
plantas.

O que é fitotecnia?
Fitotecnia é uma disciplina dentro das ciências que estuda os vegetais. Portanto, ela pode
fazer parte principalmente de cursos como a agronomia. Dentre os ramos da fitotecnia, um
de seus objetivos é trabalhar com o desenvolvimento e aprimoramento das culturas.
O trabalho do fitotecnista, então, consiste em pesquisar e compreender os diferentes
aspectos da planta. Das sementes, momento do plantio, irrigação e até a colheita, o
trabalho desenvolvido por este profissional abrange todas as formas de conhecimento
sobre a espécie analisada.
Um dos objetivos desta subárea, portanto, é aumentar a produtividade dos cultivares.
Contudo, este melhoramento não deve ser realizado de forma discriminada, e sim pensado
juntamente com as preocupações ambientais.

O que se estuda em fitotecnia?


O segmento estuda, aprofunda e pesquisa diversos pontos dentro da produção agrícola. A
intenção da disciplina é buscar aumentos no ganho de produção, e para isso os detalhes do
cultivar são analisados.
Portanto, algumas fases do ciclo de vida da planta são analisados, como:
Sementes e processo de semeadura
Espaçamento ideal do plantio
Trato da cultura e manejo do solo
Irrigação ideal
Adubações
Colheita
Armazenamento da produção

Fitotecnia como área da ciência


Se a fitotecnia faz parte das ciências agrárias, nada mais justo do que uma especialização
voltada só para este ramo de pesquisa. Sendo assim, há alguns anos universidades pública
e privadas têm oferecidos cursos especializados na área fitotécnica.
Portanto, um dos principais objetivos de uma pós-graduação em fitotecnia é a formação de
profissionais em nível de excelência, compromissados com a ciência e a pesquisa. A
intenção, então, é incentivar este campo de trabalho através de pessoas comprometidas
com o desenvolvimento dos cultivares.
Outra função de um profissional especializado na área é de transformar o conhecimento na
prática. Assim, o melhor caminho para chegar ao aperfeiçoamento das plantas é através
das pesquisas em ciências agrárias.
Vale ressaltar que o desenvolvimento dos cultivares deve sempre levar em consideração a
sociedade, os valores éticos assim como o meio ambiente. Um dos objetivos da fitotecnia,
portanto, é desenvolver a prática de uma agricultura sustentável entre a sociedade.
Significado de fitotecnia
A palavra é definida como um substantivo feminino, com origem em um termo grego.
Assim, ao pé da letra o significado de fitotecnia é: “phytón” que traduzido quer dizer planta.
Somado a isso vem o prefixo “tékhne”, que significa arte.
Ou seja, fitotecnia é a arte das plantas, ou a arte de entender as plantas. Com base nisso,
portanto, é uma disciplina que avalia os usos e aplicações dos vegetais de forma industrial
e comercial.

Ramos da fitotecnia
Como dito anteriormente, a fitotecnia consiste no conjunto de técnicas usadas para estudar
as plantas em toda a sua integralidade.
Um dos mais conhecidos ramos da fitotecnia é a anatomia vegetal. Ela se dedica a estudar
de que maneira as células e órgãos das plantas se desenvolvem e organizam. Portanto, é
por meio dessa disciplina que são estudados os órgãos vegetativos, como as folhas, raiz e
caule.
Outra aplicação importante deste ramo da fitotecnia é a possibilidade de relacionar as
funções das plantas com suas partes internas. Esse estudo é extremamente importante
para analisar as tendências de adaptação dos vegetais a determinados ambientes.
Um outro ramo da fitotecnia é a taxonomia. Juntos, os campos possuem grande relevância
para as bases dos estudos dos vegetais e são fundamentais em diversos cursos como:
biologia, botânica, engenharia agronômica e engenharia ambiental.
Portanto, podem ser consideradas áreas essenciais para obter resultados agrícolas mais
robustos e realização de adequações nos cultivos.

A fitotecnia na engenharia agronômica


Agora que já sabemos o que é fitotecnia e conhecemos os ramos da fitotecnia, vamos falar
um pouco sobre o estudo desta ciência dentro da Engenharia Agronômica.
O profissional da Agronomia terá grande relevância na produtividade da safra. Como
grande aliada, a fitotecnia define as melhores técnicas e indica que decisões importantes
impactarão em um bom resultado final.
Em suma, os engenheiros agrônomos tomarão as melhores e mais delicadas decisões para
que a produtividade da safra obtenha sucesso e receita positiva. Desta forma, o engenheiro
agrônomo atuará como uma espécie de clínico geral, aplicando as técnicas de fitotecnia e
colocando em prática conhecimentos que vão desde a produção de sementes até a
irrigação.
Portanto, esses profissionais possuem informações preciosas sobre as propriedades das
plantas.
Com a evolução do homem e o aprendizado das técnicas de agricultura, as civilizações
passaram a se estabelecer de forma mais fixa nos seus territórios, afinal, sabendo plantar,
era possível ter alimento no mesmo local da moradia.
Assim, a agricultura representou uma verdadeira revolução para os homens e evoluiu
muito ao longo desses muitos anos de práticas. Só para ter uma ideia, o agronegócio
representa metade de todas as exportações realizadas no Brasil.
É exatamente nesse setor que trabalham os agrônomos, profissionais que utilizam a ciência
em favor da produção agropecuária. Assim, as técnicas de fitotecnia contribuem desde o
plantio até a distribuição dos produtos.

A importância da anatomia vegetal


Atualmente, o estudo da anatomia vegetal é essencial para a investigação das células e
tecidos microscópicos das plantas.
A principal importância dos estudos da anatomia vegetal é compreender e mapear o
funcionamento dos vegetais e, assim, entender melhor as suas estruturas internas tais
como: tecidos, células e órgãos.
Desta forma, a compreensão das atividades fisiológicas das plantas é essencial para
entender a sua adaptação em determinados ambientes e, consequentemente, ter
resultados mais positivos nas colheitas.
Após o esclarecimento do significado de fitotecnia e suas técnicas, iremos falar um pouco
sobre propagação vegetativa.
O vegetal possui a capacidade de se reproduzir de forma assexuada. Para essa capacidade,
damos o nome de propagação vegetativa. Essa peculiaridade das plantas é muito utilizada
pelos homens para difusão de diversas plantas, inclusive, para fins agrícolas.
Outro tema bastante pertinente aos vegetais diz respeito à propagação vegetativa. Na
propagação vegetativa, algumas partes dos vegetais são utilizadas para gerar novas
plantas. Assim, o novo vegetal terá as mesmas características de sua “planta-mãe”, como se
fosse um clone da original.
Propagação vegetativa
Com a conservação da carga genética da planta-mãe, é possível gerar novas plantas com
qualidades idênticas e, portanto, conservar um padrão de produtividade positivo.
Com a descobertas desta incrível capacidade das plantas, os homens começaram a utilizar
essa característica para melhorar ainda mais as produções. As técnicas mais usadas são
enxertia, alporquia e estaquia. Vamos conhecer um pouco de cada uma delas?

Estaquia
A técnica da estaquia é bastante usada na agricultura, especialmente, nas plantas
dicotiledôneas. Para executá-la é preciso separar uma parte da planta que possua gemas e
colocá-las em solo úmido.
Quer um exemplo bem conhecido de estaquia? A utilização de pequenas partes de uma
roseira em um vaso para propagação da espécie. Essa é uma técnica bastante utilizada até
mesmo por quem não possui tanta afinidade com a terra e técnicas de plantio.

Alporquia
Já a alporquia é feita com base na indução para o enraizamento de uma área da planta sem
a necessidade de retirá-la da planta-mãe.
Depois de alguns dias de realizar a técnica da alporquia é possível observar uma nova raiz
crescendo nas partes em que forma feitos os cortes. É importante passar a muda nova para
um substrato fortificado e protegê-la dos raios solares. Não esqueça de regar, mas evite
deixar a terra encharcada, ok?
Por fim, lembre-se de deslocar a nova planta para um local definitivo quando ela já estiver
forte e preparada para a mudança.

Enxertia
Outra técnica usada é a enxertia. Geralmente usamos a enxertia com mais frequência para
propagar espécies arbustivas e arbóreas.
Por ser bastante complexa, utiliza-se bem menos a enxertia que a alporquia e a estaquia.
Para executá-la é preciso plantar uma parte viva da planta (cavaleiro) em uma parte que já
esteja com raiz (conhecida como cavalo).

Fitotecnia e fitossanidade
A fitossanidade é uma classificação especialmente voltada para a proteção dos vegetais ao
ataque de doenças e pragas que podem prejudicar a nossa saúde. Criado ainda no início do
século passado, o conceito foi essencial para o desenvolvimento de várias técnicas que
ajudam a acabar com diversas pragas nas lavouras.
Quando relacionamos a fitossanidade com a proteção das plantas aos ataques de doenças,
fica fácil entender por que esse conceito é tão importante pra os engenheiros agrônomos e
para o desenvolvimento da fitotecnia. Afinal, foi com o surgimento da fitossanidade que o
desenvolvimento de tecnologias que melhoram a qualidade das plantações e aumentam a
rentabilidade das lavouras surgiu.
Um ponto importante é que as técnicas de fitossanidade precisam da orientação de um
profissional da agronomia para uma aplicação correta. Portanto, a melhor alternativa é
procurar o especialista certo para avaliar quais tipos de ações a sua lavoura precisa.
Desta forma, o conhecimento das características do plantio é essencial para a saúde dos
vegetais e para resultados ainda melhores.
Em seguida, falaremos um pouco da classificação das plantas, em especial os seguintes
tipos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

Tipos de plantas
Em geral, as briófitas (ou plantas avasculares) são plantas pequenas e que preferem locais
úmidos para se desenvolverem. Entretanto, também se desenvolvem em outros tipos de
ambientes. As briófitas não apresentam xilema e floema, ou seja, vasos para conduzir a
seiva.
Já as pteridófitas possuem vasos condutores, mas não apresentam sementes. Plantas deste
tipo já eram encontradas há muitos milhões de anos atrás.
Somente no Brasil, existem mais de mil espécies de pteridófitas. As mais conhecidas sãos
as cavalinhas e samambaias. Outra informação importante é que as pteridófitas possuem
porte bem maior que as briófitas.
As gimnospermas pertencem ao grupo de plantas que têm como característica principal a
presença de vasos condutores de seiva e também de sementes.
Assim, como representantes conhecidos desse grupo, temos os pinheiros e ciprestes. Suas
sementes são sempre descobertas e não possuem nenhum fruto sendo envolvido.
Um diferencial entre as plantas gimnospermas e as briófitas e pteridófitas é que as
primeiras não precisam de água para se reproduzirem.
Por fim, existem as angiospermas que são plantas que apresentam flor e fruto. Pode ser
considerado o grupo mais diverso de plantas, apresentando mais de 400 mil espécies
distintas.
Como características principais podemos citar: presença de vasos, flores, e frutos
envolvendo as sementes. Essas são as plantas mais conhecidas e identificadas por nós.
A importância de preservação do meio ambiente é um tema recorrente nos últimos anos
tanto pelos meios de comunicação, quanto pela sociedade. Mas, por que essa temática
sempre traz discussões e reivindicações?
O descarte do lixo, a poluição das águas e do ar são fatores que gradativamente
contribuem para que a natureza seja destruída.
Além disso, as atividades com a agricultura e pecuária precisam de uma execução com
bastante cuidado e com a finalidade de minimizar os efeitos nocivos no meio ambiente.

Importância da preservação do meio ambiente


Os recursos naturais são a fonte exclusiva de sobrevivência de todas as espécies na Terra.
Em outras palavras, se a humanidade não se empenhar em protegê-la, ficaremos sem os
recursos que são tão importantes para a nossa vida.
Toda a nossa sobrevivência depende da água, alimentos, ar e matérias-primas que
encontramos no meio ambiente. Portanto, defender a natureza é também defender o
futuro da nossa espécie e de outras milhares que também habitam o planeta.
Além disso, a exploração excessiva do meio ambiente vem causando muitos prejuízos para
a nossa saúde. Um exemplo prático disso é a poluição das águas e do ar que podem causar
problemas de saúde para a população.
Outro ponto que não pode ser esquecido é que inúmeros animais estão desaparecendo
completamente da natureza. Esse fato é extremamente nocivo para o desenvolvimento
pleno da cadeia alimentar e equilíbrio natural da fauna e da flora.
Portanto, é essencial que conhecimentos como o da fitotecnia estejam presentes nas
atividades agropecuárias tanto para auxiliar com relação às melhores ações para plantio e
colheita, quanto para alertar sobre a importância da conservação da espécie para o
equilíbrio geral da natureza.
Reforçamos que a proteção do meio ambiente é nossa única alternativa para garantir um
futuro para as novas gerações. O mau uso de recursos traz muitos efeitos nocivos para a
qualidade de vida dos seres humanos e nossa vida é diretamente impactada pela
exploração exagerada da natureza.
A fitotecnia é um exemplo positivo de como a ciência pode ajudar a entender melhor a
natureza e obter dela resultados melhores e mais saudáveis.

Fitotecnia na manutenção da vida


Em suma, o fitotecnista trabalha como uma espécie de “clínico-geral” das plantas e, dessa
forma, é o melhor especialista para fornecer conhecimentos sobre sementes, modo de
semear, plantio, forma de tratamento de cada cultura, irrigação, colheita, técnicas de
colheitas e pós-colheita e, até mesmo, dicas da melhor forma de armazenamento das
colheitas.
Afinal, utilizando melhor os recursos da natureza, você só tem a ganhar, não é mesmo?
Vamos fazer a nossa parte, combinado?
Investir em profissionais qualificados, como um engenheiro agrônomo, é investir na
compreensão da forma como as plantas se desenvolvem. Esse investimento poderá render
muito benefícios com relação à adaptação das espécies e até mesmo mais lucro e retorno
positivo nos seus cultivos.
Utilizar a ciência ao seu favor e aproveitar todos os conhecimentos da área de fitotecnia é
uma forma inteligente de praticar uma agricultura mais sustentável. Com isso, todos só têm
a ganhar.

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