Aula 02

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Elementos de

Máquinas
CCE0158

Prof. Silvio Leonardo Valença, D.Sc.

AULA 02
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

▪ A união de uma peça a outra tem como função limitar


o movimento relativo das duas peças adjacentes.

▪ Várias são as soluções disponíveis para executar esta


união.

▪ A escolha depende de uma série de fatores tais como:


a necessidade ou não de desfazer a união
periodicamente, o grau de imobilização, a resistência
mecânica, espaço disponível, etc..
CLASSIFICAÇÃO DAS UNIÕES

Quanto ao movimento relativo


entre as partes unidas:

▪ Uniões fixas: Uma união é


considerada fixa ou rígida
quando impede totalmente o
deslocamento relativo das pecas
assegurando uma determinada
posição entre elas independente
da intensidade das solicitações
externas. Exemplo: união por
meio de solda das partes da
carroceria e componentes Peça do espaçamento automotivo soldada
automotivos.
CLASSIFICAÇÃO DAS UNIÕES

Quanto ao movimento relativo


entre as partes unidas:

▪ Uniões móveis: Ocorre quando


somente alguns deslocamentos
são evitados. Exemplo: o uso de
dobradiças permite que a porta
se movimente, rotação, sem que
deixe de estar unida à estrutura
do automóvel. Podem ser:
reguláveis quando permitem que
as peças unidas possam
assumir posições variáveis
dentro de certo limite; não
reguláveis quando isto não for Dobradiça do capô automotivo
possível.
CLASSIFICAÇÃO DAS UNIÕES

Quanto ao movimento relativo


entre as partes unidas:

▪ Uniões elásticas: Ocorre


quando existe entre as peças
unidas um elemento elástico
(borracha, elastômero ou mola)
que permite um deslocamento
limitado entre as peças unidas. A
amplitude deste deslocamento
depende da solicitação externa.
Exemplo: a união da suspensão
do automóvel à carroceria. Sistema de suspensão automotivo
CLASSIFICAÇÃO DAS UNIÕES

Quanto a facilidade de separação das partes:

▪ Uniões provisórias ou desmontáveis: Quando


permitem a desmontagem e montagem com facilidade
sem deformar as peças componentes. Exemplo: a
união das rodas do automóvel por meio de parafusos.

▪ Uniões permanentes: Quando a separação das


peças é impossível ou se para ser feita for necessário
a deformação de alguma delas.
REBITE

TIPOS DE
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO O rebite é formado por um corpo
cilíndrico e uma cabeça. É
fabricado em aço, alumínio, cobre
ou latão É usado para fixação
permanente de duas ou mais
peças.
PINO
TIPOS DE
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO O pino une peças
articuladas. Nesse tipo de
união, uma das peças pode
se movimentar por rotação.
CAVILHA
TIPOS DE
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO
A cavilha une peças
que não são
articuladas entre si.
CONTRA-PINO
OU CUPILHA
TIPOS DE
ELEMENTOS
O contra-pino ou cupilha é uma haste ou arame com
DE FIXAÇÃO forma semelhante à de um meio-cilindro, dobrado de
modo a fazer uma cabeça circular e tem duas pernas
desiguais.
Introduz-se o contra-pino ou cupilha num furo na
extremidade de um pino ou parafuso com porca
castelo. As pernas do contra-pino são viradas para trás
e, assim, impedem a saída do pino ou da porca durante
vibrações das peças fixadas.
TIPOS DE PARAFUSO
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO

O parafuso é uma peça formada por um corpo cilíndrico


roscado e uma cabeça, que pode ter várias formas.
PORCA
TIPOS DE
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO
A porca tem forma de prisma, de cilindro etc.
Apresenta um furo roscado. Através desse furo, a porca
é atarraxada ao parafuso.
ARRUELA
TIPOS DE
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO
A arruela é um disco metálico com um furo no centro.
O corpo do parafuso passa por esse furo.
ANEL
TIPOS DE ELÁSTICO
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO
O anel elástico é usado para impedir deslocamento de
eixos. Serve, também, para posicionar ou limitar o
movimento de uma peça que desliza sobre um eixo.
CHAVETA
TIPOS DE
ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO A chaveta tem corpo em forma prismática ou cilíndrica
que pode ter faces paralelas ou inclinadas, em função
da grandeza do esforço e do tipo de movimento que
deve transmitir.
Alguns autores classificam a chaveta como elementos
de fixação e outros autores, como elementos de
transmissão. Na verdade, a chaveta desempenha as
duas funções.
PARAFUSOS/ARRUELAS E PORCAS

▪ Existe uma variedade de fixadores disponíveis comercialmente, entre as


quais, uma das mais importantes utilizadas nas construções de máquinas
estão o conjunto parafuso-porca.

▪ Os parafusos são utilizados tanto para fixação de peças como para mover
cargas, os chamados parafusos de potência ou de avanço.

▪ A união por elementos roscados permite a montagem e a desmontagem


dos componentes quando necessário. Existe uma grande variedade de
tipos de elementos roscados, porém todos possuem uma parte comum
que é a rosca. No caso do parafuso, por exemplo, o corpo pode ser
cilíndrico ou cônico, totalmente ou parcialmente roscado. A cabeça pode
apresentar vários formatos; porém, há parafusos sem cabeça.
PARAFUSOS/ARRUELAS E PORCAS

▪ A união por elementos roscados permite a montagem e a desmontagem


dos componentes quando necessário.

▪ Existe uma grande variedade de tipos de elementos roscados, porém


todos possuem uma parte comum que é a rosca.

▪ No caso do parafuso, por exemplo, o corpo pode ser cilíndrico ou cônico,


totalmente ou parcialmente roscado.

▪ A cabeça pode apresentar vários formatos; porém, há parafusos sem


cabeça.
APLICAÇÃO DE PARAFUSOS

▪ Como parafusos de fixação, para junções desmontáveis.

▪ Como parafusos de protensão, para se aplicar pré-tensão (tensores).

▪ Como parafusos obturadores, para tampar orifícios.

▪ Como parafusos de ajustagem, para ajustes iniciais ou ajustes de


eliminação de folgas ou compensação de desgastes.

▪ Como parafusos micrométricos, para obter deslocamentos mínimos.


TIPOS DE PARAFUSOS

▪ Parafuso de cabeça hexagonal(sextavada).

Em geral, esse tipo de parafuso e utilizado em uniões que necessitam de um


forte aperto, sendo este realizado com auxílio de chave de boca ou de estria. Este
parafuso pode ser usado com ou sem porca. Quando usado sem porca, a rosca é
feita na peça.
TIPOS DE PARAFUSOS

▪ Parafusos com fenda(de cabeça tronco-cônica(escareada)).

Muito empregado em montagens que não sofrem grandes esforços e onde a


cabeça do parafuso não pode exceder a superfície da peca. São fabricados em
aço, aço inoxidável, cobre latão, etc.
TIPOS DE PARAFUSOS

▪ Parafusos com fenda(de cabeça redonda).

Também muito empregado em montagens que não sofrem grandes esforços.


Possibilita melhor acabamento na superfície. São fabricados em aço, cobre e ligas
como latão.
TIPOS DE PARAFUSOS

▪ Parafusos com fenda(de cabeça escareada abaulada).

São utilizadas na união de elementos cujas espessuras sejam finas e quando e


necessário que a cabeça do parafuso fique embutida no elemento. Permitem um
bom acabamento na superfície. São fabricados em aço, cobre e ligas como latão.
TIPOS DE PARAFUSOS

▪ Parafuso prisioneiro.

São parafusos roscados, em ambas as extremidades, utilizados quando


necessita-se montar e desmontar frequentemente. Em tais situações, o uso de
outros tipos de parafusos acaba danificando a rosca dos furos.
TIPOS DE PARAFUSOS

▪ Cabeça cilíndrica com sextavado interno (Allen).

Utilizado em uniões que exigem bom aperto, em locais onde o manuseio de


ferramentas e difícil devido a falta de espaço. São normalmente fabricados em aço
e tratados termicamente para aumentar sua resistência torção.
PORCAS

▪ Porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica,


com um furo roscado no qual se encaixa um parafuso, ou uma barra
roscada.

▪ Em conjunto com um parafuso, a porca é um acessório amplamente


utilizado na união de peças.
PORCAS

▪ A porca está sempre ligada a um parafuso.

▪ A parte externa tem vários formatos para atender a diversos tipos de


aplicação.

▪ Assim, existem porcas que servem tanto como elementos de fixação


como de transmissão.
ARRUELAS

▪ Elemento de fixação responsável pela distribuição uniforme da força de


aperto de parafusos e, em alguns casos, garantir que o mesmo não se
solte devido ao efeito de vibrações, agindo desta forma, como elemento
de trava.
DIMENSIONAMENTO
DE REBITE
▪ Cisalhamento

Um corpo é submetido ao esforço de cisalhamento quando


sofre a ação de um carregamento (força cortante) que atua na
direção transversal ao seu eixo.

A tensão de cisalhamento (t) é obtida pela razão entre força


cortante e área de corte (seção transversal).

As tabelas de propriedades dos materiais geralmente não


fornecem os valores das tensões (ruptura ou escoamento) de
cisalhamento. Adota-se portanto critérios práticos a partir dos
dados fornecidos para tração.
DIMENSIONAMENTO
DE REBITE

▪ Cisalhamento

A tensão de cisalhamento ocorre comumente em parafusos,


rebites e pinos que ligam diversas partes de máquinas e
estruturas. Haverá casos em que o esforço cortante será simples
(uma seção apenas) ou duplo (duas seções), como é o caso de
um rebite que conecta três chapas.
DIMENSIONAMENTO
DE REBITE

▪ Tensão de esmagamento

A condição ideal de cisalhamento ocorre quando as forças


cortantes atuam exatamente no mesmo plano.
Mas na prática não é isso que ocorre: não atuando no mesmo
plano, as forças produzem além do esforço de corte, esforços de
esmagamento e flexão.
O momento fletor possui baixa intensidade, e por isso, pode ser
desprezado. Mas no caso do dimensionamento de juntas
rebitadas, parafusadas, pinos, chavetas, etc, devemos verificar se
a pressão de contato (tensão de esmagamento) está abaixo do
limite admissível (tensão de escoamento dividido pelo
coeficiente de segurança).
DIMENSIONAMENTO
DE REBITE
▪ Tensão de esmagamento

Nas juntas rebitadas, além do diâmetro do rebite, temos que


determinar uma distância mínima entre os centros dos rebites e
a extremidade da chapa, para que os esforços cisalhantes sejam
suportados. Desta forma deve ser satisfeita a condição de que a
resistência oferecida pelas duas áreas cisalhadas deve ser no
mínimo igual a área de seção transversal do rebite. Como o
esforço cortante sobre a chapa é o mesmo sobre o rebite, temos:
EXERCÍCIOS DE REBITE
▪ EXEMPLO:
Calcular o diâmetro do rebite para o caso de cisalhamento simples com
uma carga F = 2 kN. O material do rebite e da chapa é aço ABNT 1020 LQ.
Considere Sg = 4. A seguir, calcule a tensão de esmagamento e a distância
50 mínima do centro do rebite até a extremidade da chapa para ambos os
casos. Espessura da chapa = 7 mm.
EXERCÍCIOS DE REBITE
▪ EXEMPLO:
Calcular o diâmetro do rebite para o caso de cisalhamento simples com
uma carga F = 2 kN. O material do rebite e da chapa é aço ABNT 1020 LQ.
Considere Sg = 4. A seguir, calcule a tensão de esmagamento e a distância
50 mínima do centro do rebite até a extremidade da chapa para ambos os
casos. Espessura da chapa = 7 mm.
EXERCÍCIOS DE REBITE
▪ EXEMPLO:
Calcular o diâmetro do rebite para o caso de cisalhamento simples com
uma carga F = 2 kN. O material do rebite e da chapa é aço ABNT 1020 LQ.
Considere Sg = 4. A seguir, calcule a tensão de esmagamento e a distância
50 mínima do centro do rebite até a extremidade da chapa para ambos os
casos. Espessura da chapa = 7 mm.
EXERCÍCIOS DE REBITE
▪ EXEMPLO:
Calcular o diâmetro do rebite para o caso de cisalhamento simples com
uma carga F = 2 kN. O material do rebite e da chapa é aço ABNT 1020 LQ.
Considere Sg = 4. A seguir, calcule a tensão de esmagamento e a distância
50 mínima do centro do rebite até a extremidade da chapa para ambos os
casos. Espessura da chapa = 7 mm.
EXERCÍCIOS DE REBITE
▪ EXERCÍCIO PROPOSTO:
Determinar o diâmetro do pino submetido a força cortante de 1,2 kN,
sendo Aço ABNT 1010 LQ e Sg = 2.
EXERCÍCIOS DE REBITE
▪ EXERCÍCIO PROPOSTO:
Calcular o diâmetro do pino submetido a corte duplo, por uma carga
de 1,2 kN, sendo Aço ABNT 1010 LQ e Sg = 2.
DIMENSIONAMENTO
DE CHAVETA

▪ Será calculada da mesma forma que rebites e pinos, com a


diferença que sua área não será circular.
▪ O primeiro passo é encontrar a força cisalhante, que será torque
(momento torçor) dividido pelo raio do eixo. Depois é só aplicar a
fórmula de tensão cisalhante utilizando como área o comprimento
vezes a largura.
▪ Para verificar a tensão de esmagamento, a espessura vezes
diâmetro será substituída por comprimento vezes altura menos a
profundidade do rasgo (chamada de t1, que geralmente é ± 60% da
altura).
▪ Em geral, a chaveta é dimensionada em função do eixo por meio de
tabela. Mas é sempre correto verificar se tais dimensões suportam
a força cisalhante e a tensão de esmagamento.
EXERCÍCIOS DE CHAVETA
▪ EXEMPLO:
Calcular a dimensão da chaveta para uma polia (20 mm largura) num
eixo com diâmetro 20 mm, que transmite um torque de 50 N.m.
Considerar Aço ABNT 1020 LQ, Sg = 2, b = h e t1 = 0,6h. Verificar tensão de
esmagamento.
EXERCÍCIOS DE CHAVETA
▪ EXEMPLO:
Calcular a dimensão da chaveta para uma polia (20 mm largura) num
eixo com diâmetro 20 mm, que transmite um torque de 50 N.m.
Considerar Aço ABNT 1020 LQ, Sg = 2, b = h e t1 = 0,6h. Verificar tensão de
esmagamento.
EXERCÍCIOS DE CHAVETA
▪ EXEMPLO:
Calcular a dimensão da chaveta para uma polia (20 mm largura) num
eixo com diâmetro 20 mm, que transmite um torque de 50 N.m.
Considerar Aço ABNT 1020 LQ, Sg = 2, b = h e t1 = 0,6h. Verificar tensão de
esmagamento.
EXERCÍCIOS DE CHAVETA
▪ EXERCÍCIO PROPOSTO:
Uma engrenagem transmite um torque de 400 N.m. No mesmo eixo da
engrenagem há uma luva de acoplamento para um motor elétrico com 4
parafusos cujos centros estão distantes 6 cm do eixo. O eixo possui
diâmetro = 50 mm. Calcular a largura da chaveta (comprimento = 6 cm) e
o diâmetro dos parafusos, considerando aço ABNT 1020 LQ e Sg = 3.
Posteriormente, calcular tensão de esmagamento para os parafusos
(espessura da luva = 12 mm) e chaveta (sendo altura = 1,4 vezes a largura
e t1 = 60% da altura). Caso a tensão de esmagamento seja superior,
redimensione os elementos.
DIMENSIONAMENTO
DE PARAFUSO

▪ Tração no Parafuso
DIMENSIONAMENTO
DE PARAFUSO

▪ Cortante no parafuso
DESIGNAÇÃO DE PARAFUSO
DESIGNAÇÃO DE PARAFUSO
DESIGNAÇÃO DE PARAFUSO
DESIGNAÇÃO DE PARAFUSO
DESIGNAÇÃO DE PARAFUSO
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE PORCA
DESIGNAÇÃO DE ARRUELA
DESIGNAÇÃO DE CHAVETA
DESIGNAÇÃO DE CHAVETA
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

FIM

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