A Oração Que Não Passa Do Teto
A Oração Que Não Passa Do Teto
A Oração Que Não Passa Do Teto
Conclusão:
Apelo:
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ficava uma hora todos os dias de joelhos, mas sentia que minhas
orações eram vazias e não passavam do teto. Lia muito a Bíblia.
Nesses primeiros anos, lia em média um livro da Bíblia todos os
dias. Os maiores livros eu lia em dois ou três dias. Isso fazia com
que em dois ou três meses eu tivesse lido a Bíblia toda, mas não
sentia que Deus estivesse satisfeito comigo e não consegui fazer
com que a mensagem da Bíblia trouxesse paz ao meu coração. A
religião parecia uma pesada obrigação.
Essa experiência não foi exclusividade minha. Martinho
Lutero, o reformador que fundou o movimento evangélico há 500
anos, passou anos até receber a paz por meio da justificação pela
fé. Ele era um jovem estudante de direito que levava a vida na farra,
como muitos universitários fazem até hoje. Um dia, voltando de uma
bebedeira, uma trovoada o pegou no campo. Ele jurou a “santa
Ana, mãe de nossa senhora”, que, se escapasse vivo da
tempestade de trovões, iria para um mosteiro se tornar monge. Ele
sobreviveu, e abandonou o curso de direito para entrar para a vida
de monge.
Ele foi um monge que praticava todas as penitências
possíveis, com a meta de encontrar a paz e salvar a sua alma do
inferno. Jejuava muito, se humilhava, cumpria as disciplinas
espirituais como um pesado fardo, buscando compensar com a
obediência os pecados que cometera. Mas não encontrou paz. Um
dia, ele foi a Roma. Lá havia uma escada, que diziam que era a
escada do tribunal de Pilatos, por onde Jesus subiu para ser julgado
e que fora transportada por um milagre de Jerusalém para Roma.
Diziam que, quem subisse a escada de joelhos, rezando o terço em
cada degrau, livraria uma alma do purgatório. Ele lamentou que seu
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pai e sua mão ainda não tivessem morrido para que ele pudesse
salvá-los praticando esse penitência. Então resolveu livrar a alma
do seu avô. Ele subia cada degrau e orava. Então, no meio da
escada, ele ouve uma voz do céu que o faz perceber a inutilidade
de tudo aquilo. Ele ouve Romanos 1:17:
“O justo viverá pela fé.”
Lutero entendeu naquele momento que não era preciso fazer
nada para a salvação, mas apenas ter fé naquilo que Jesus Cristo
fez e faz por nós.
Leiamos Lucas 18:9-14
“Jesus também contou essa parábola para alguns que
confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e
desprezavam os outros:
̶̶ Dois homens vieram ao templo [da igreja de Vila Angélica]
para orar: um era fariseu [um homem que levava bastante a sério a
sua religião] e o outro era publicano [um político investigado na
Operação Lava à Jato]. O fariseu [o homem que levava sua religião
bastante a sério] orava de si para si mesmo, dessa forma:
‘Ó Deus, graças te dou por que não sou como os demais
homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este
publicano. Jejuo duas vezes por semana. [Sou vegetariano, mais
que vegetariano, sou vegano]. Dou o dízimo de tudo o que ganho [e
meu testemunho apareceu no Provai e Vede].
O publicano [o político investigado pela Operação Lava a
Jato], estando de pé, longe, nem mesmo ousava levantar os olhos
para o céu, mas batia no peito, dizendo:
‘Ó Deus, tem pena de mim, que sou pecador!’
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