A Oração Que Não Passa Do Teto

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A oração que não passa do teto


Pr. Fernando Dias
Pregação na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Vila Angélica,
Tatuí, em 4 de junho de 2017
Hino inicial: Hinário adventista do sétimo dia, nº.
Hino final: Hinário adventista do sétimo dia, nº.
Tema: O que é justificação pela fé
Texto-base: Lucas 18:9-14
Objetivos: levar cada ouvinte a: saber o que é justificação
pela fé; sentir a paz que vem de ser justificado pela fé; fazer a
decisão de confiar inteiramente na justiça de Cristo.
Proposição: Ser justificado pela fé é depender da justiça de
Cristo, e não da sua própria justiça.
Esboço:
Vocativo:
Introdução:
Argumentação:
I. A confiança na justiça própria
II. A confiança na justiça de Cristo

Conclusão:
Apelo:
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A oração que não passa do teto


Pr. Fernando Dias
Vocativo: Eu saúdo a todos com a paz e a graça de Jesus
Cristo. Eu espero que, pela graça de Deus, você hoje experimente o
poder da Palavra de Deus em sua vida e saia daqui com o coração
cheio da paz que só Ele pode dar.
Eu agradeço o convite que essa igreja fez para estar durante
os quatro domingos deste mês apresentando o tema da justificação
pela fé. Muita gente nem faz ideia de quanto esse tema é
importante para a vida do cristão ou para a história da igreja. No dia
31 de outubro deste ano vai completar 500 anos que um padre da
Alemanha, chamado Martinho Lutero, publicou na porta da igreja do
castelo de Vitembergue um cartaz com noventa e cinco razões
pelas quais nós não precisamos pagar nada para ter nossos
pecados perdoados. Esse ato marcou o início do movimento
evangélico, ao qual nós também pertencemos. Em outras palavras,
ser evangélico é fazer parte de um movimento que tem como
primeira e principal doutrina a justificação pela fé. Ellen G. White, a
principal teóloga e profetisa dos adventistas do sétimo dia, concorda
que a justificação pela fé é a doutrina mais importante do
adventismo e a que mais deve ser pregada. Ela disse:

“Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa


mensagem a Seu povo. Esta mensagem devia pôr de maneira mais
preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício
pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé
no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se
manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos
perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina
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pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família


humana. Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele
pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável
dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem
que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem
angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o
derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida.

A doutrina da justificação pela fé tem algo de diferente de


muitas outras doutrinas, e isso a faz tão importante. A justificação
pela fé é mais que uma doutrina, é uma experiência. Você pode
acreditar na vinda de Jesus Cristo nas nuvens do céu, mas você
ainda não experimentou isso. Pode acreditar que os mortos estão
inconscientes na sepultura aguardando a ressurreição, mas, a
menos que você já tenha morrido e ressuscitado, não experimentou
isso. Você pode crer que Deus castigará os maus com sete pragas
no final dos tempos, mas eu espero que você não experimente isso.
A justificação pela fé, porém, é uma experiência. Talvez você
não imagine que a experiência que você tem de ter Jesus no
coração se chame justificação pela fé. Mas se você sente paz com
Deus e sente que Deus ama você imensamente, você experimentou
a justificação pela fé. Se sente medo de Deus e é perturbado pela
culpa, se você sente que sua vida espiritual é vazia e que suas
orações não passam do teto, você precisa urgentemente entender e
experimentar a justificação pela fé. E há também pessoas que não
sentem esse vazio que também precisam experimentar na vida o
poder da justiça de Cristo.
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Quando eu me converti, eu recebi estudos bíblicos de um


irmão que era sargento do Exército. Normalmente os militares
estendem o militarismo para todas as áreas de sua vida. De certa
forma, eu comecei minha vida com Deus concebendo-O como um
grande general, que exigia de mim disciplina e obediência cegas e
estava sempre pronto a punir qualquer desvio de conduta.
Infelizmente, meu pai era uma pessoa muito arbitrária e autoritária,
e o que ajudou para isso. Também algumas pessoas que
congregavam na mesma igreja que eu eram pessoas pouco
amáveis, críticas mordazes de qualquer comportamento errado, e
muito legalistas. Tudo isso contribuiu para que eu não alcançasse a
paz que Cristo quer dar a cada coração aflito.
No estudo bíblico que eu recebi, havia uma ilustração sobre o
juízo de Deus. A figura mostrava Cristo assentado em Seu trono
para julgar, com uma foice na mão, e imediatamente atrás dele um
anjo segurando uma balança de dois pratos. Hoje eu sei que a
balança é apenas um símbolo da justiça, mas, na ocasião, imaginei
outro papel para ela. Imaginei que o Senhor Deus estivesse no céu
com uma balança, e, para cada ato de obediência ou bondade que
eu fizesse, Ele colocaria um pequeno peso num dos pratos da
balança. Para cada pecado que eu cometesse, Ele colocaria um
peso no outro prato da balança. Ao final das contas, quando Ele
encerrasse o juízo final, o prato da balança que estivesse mais
pesado determinaria meu destino final, o céu ou o inferno.
Essa ideia da religião só me trouxe culpa e tormento. Nos
primeiros dois anos da minha vida com Deus, eu sentia culpa em
vez de paz. Eu tentava desesperadamente agradar a Deus fazendo
o que é certo, mas nunca sentia que era o suficiente. Orava muito,
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ficava uma hora todos os dias de joelhos, mas sentia que minhas
orações eram vazias e não passavam do teto. Lia muito a Bíblia.
Nesses primeiros anos, lia em média um livro da Bíblia todos os
dias. Os maiores livros eu lia em dois ou três dias. Isso fazia com
que em dois ou três meses eu tivesse lido a Bíblia toda, mas não
sentia que Deus estivesse satisfeito comigo e não consegui fazer
com que a mensagem da Bíblia trouxesse paz ao meu coração. A
religião parecia uma pesada obrigação.
Essa experiência não foi exclusividade minha. Martinho
Lutero, o reformador que fundou o movimento evangélico há 500
anos, passou anos até receber a paz por meio da justificação pela
fé. Ele era um jovem estudante de direito que levava a vida na farra,
como muitos universitários fazem até hoje. Um dia, voltando de uma
bebedeira, uma trovoada o pegou no campo. Ele jurou a “santa
Ana, mãe de nossa senhora”, que, se escapasse vivo da
tempestade de trovões, iria para um mosteiro se tornar monge. Ele
sobreviveu, e abandonou o curso de direito para entrar para a vida
de monge.
Ele foi um monge que praticava todas as penitências
possíveis, com a meta de encontrar a paz e salvar a sua alma do
inferno. Jejuava muito, se humilhava, cumpria as disciplinas
espirituais como um pesado fardo, buscando compensar com a
obediência os pecados que cometera. Mas não encontrou paz. Um
dia, ele foi a Roma. Lá havia uma escada, que diziam que era a
escada do tribunal de Pilatos, por onde Jesus subiu para ser julgado
e que fora transportada por um milagre de Jerusalém para Roma.
Diziam que, quem subisse a escada de joelhos, rezando o terço em
cada degrau, livraria uma alma do purgatório. Ele lamentou que seu
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pai e sua mão ainda não tivessem morrido para que ele pudesse
salvá-los praticando esse penitência. Então resolveu livrar a alma
do seu avô. Ele subia cada degrau e orava. Então, no meio da
escada, ele ouve uma voz do céu que o faz perceber a inutilidade
de tudo aquilo. Ele ouve Romanos 1:17:
“O justo viverá pela fé.”
Lutero entendeu naquele momento que não era preciso fazer
nada para a salvação, mas apenas ter fé naquilo que Jesus Cristo
fez e faz por nós.
Leiamos Lucas 18:9-14
“Jesus também contou essa parábola para alguns que
confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e
desprezavam os outros:
̶̶ Dois homens vieram ao templo [da igreja de Vila Angélica]
para orar: um era fariseu [um homem que levava bastante a sério a
sua religião] e o outro era publicano [um político investigado na
Operação Lava à Jato]. O fariseu [o homem que levava sua religião
bastante a sério] orava de si para si mesmo, dessa forma:
‘Ó Deus, graças te dou por que não sou como os demais
homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este
publicano. Jejuo duas vezes por semana. [Sou vegetariano, mais
que vegetariano, sou vegano]. Dou o dízimo de tudo o que ganho [e
meu testemunho apareceu no Provai e Vede].
O publicano [o político investigado pela Operação Lava a
Jato], estando de pé, longe, nem mesmo ousava levantar os olhos
para o céu, mas batia no peito, dizendo:
‘Ó Deus, tem pena de mim, que sou pecador!’
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Digo a vocês que este desceu justificado para a sua casa, e


não aquele. Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que
se humilha será exaltado.”

Nessa história, Jesus Cristo apresentou duas pessoas. Uma,


que tinha o comportamento adequado, e outra, que havia feito muita
coisa errada na vida. O surpreendente da história é que o pecador
foi justificado, e não o que tinha uma vida exemplar. De fato, os
fariseus eram excelentes pessoas, que procuravam fazer tudo
certo, e os publicanos eram os equivalentes a alguns políticos
investigados de hoje, pessoas corruptas que carregavam malas
com milhares de denários de propina.
Mas, por que o fariseu não experimentou a justificação pela
fé, mas a um homem tão corrupto e imoral Deus concedeu a
bênção de atender a sua oração e lhe deu a justificação, dando paz
a seu coração?
Por um simples motivo: Jesus veio ao mundo para salvar os
pecadores, e a Bíblia ensina que todos nós somos pecadores por
nascimento. Prova disso é que cada ser humano já nasce
condenado a morrer, por que a morte é o salário do pecado.
Na última semana, aconteceram duas coisas na minha
família. Na terça-feira um tio meu, marido da minha tia, faleceu com
99 anos, 11 meses e cinco dias. Na quarta-feira nasceu uma
sobrinha. Meu tio era uma das pessoas mais velhas do mundo.
Minha sobrinha é uma das pessoas mais novas do mundo. Um dia
separou a vida dos dois, mas quase sem anos de diferença entre o
nascimento de cada um. Meu tio viveu muito, certamente cometeu
pecados, por que todos cometemos, e morreu, porque a morte é o
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salário do pecado. Minha sobrinha está no mundo há apenas alguns


dias e não deve ter cometido nenhum ato pecaminoso ainda. Mas
ela já é pecadora, tanto que vai morrer, mesmo que demore tanto
quanto o meu tio de quase cem anos.
Muita gente entende que pecado são ações. Há pessoas que
chegam a dizer:
“Já faz umas três semanas que não peco.”
Eu me lembro de uma pessoa a quem dei estudos bíblicos
que foi bem mais longe. Quando eu apresentei a lição sobre o
pecado, ele disse:
“Isso não é para mim, porque eu nunca pequei.”
Eu tentei convencê-lo que ele também era pecador, mas ele
argumentou que, por que nunca havia roubado, matado, adulterado
em mentido, não era um pecador.
Acontece que ser pecador não depende do que fazemos. Nós
somos pecadores porque o somos. Minha sobrinha, um bebezinho,
não fez ainda muita coisa na vida na vida, além de chorar e mamar
e dormir. Mas é uma pecadora e está programada para receber a
morte como salário do pecado. Não foi nada do que ela fez que fez
dela uma pecadora. Ela é pecadora por nascimento, assim como
todos nós. Quem não quiser receber a morte como salário do
pecado, precisa aceitar Jesus como a salvação do pecado.
Esse foi o grande problema do fariseu, e por isso sua oração
não passou do teto. Ele entendeu que, por que procurava fazer tudo
certo, podia confiar naquilo que ele mesmo fazia. Esse é um grave
problema espiritual. Como não fazemos algumas coisas erradas e
fazemos algumas coisas certas, às vezes acreditamos que isso
soma pontos para nós no placar de Deus. Não é verdade. A nossa
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confiança não pode estar no que nós fazemos. Simplesmente


porque nunca conseguiremos fazer o suficiente. A nossa confiança
deve estar no que Jesus Cristo, o Salvador, fez e faz por nós.
Isso fez a diferença na vida do publicano. Ele tinha
consciência de tudo o que havia feito de errado na vida. Não
arrumou desculpas para seus atos, mas reconheceu que era um
pecador. Como não podia confiar em nada que havia feito, confiou
inteiramente na misericórdia de Deus e orou:
“Ó Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador.”
Note que ele não disse que havia cometido muitos pecados.
Mesmo que ele nunca tivesse feito nada de errado, ele seria um
pecador simplesmente por haver nascido num mundo de pecado, e
necessitaria da misericórdia de Deus. Confissão dos pecados não é
ajoelhar-se diante de Deus e enumerar coisas que fizemos que
imaginamos ser errado. Mais do que isso, e reconhecer diante de
Deus que somos pecadores, independentemente do que fazemos, e
que precisamos desesperadamente da misericordiosa graça de
Cristo para sermos salvos.
Jesus Cristo foi o único ser humano que viveu uma vida
perfeitamente correta, sem pecado. Deus só pode aceitar os
merecimentos Dele. Mas Ele nos cede Sua justiça. Assim, você e
eu, que só merecíamos a morte eterna, passamos a ter em nossa
vida o crédito da justiça de Cristo. Tudo isso acontece sem que
tenhamos que fazer nada para merecer.
Ellen White explicou muito sobre justificação. Em seus livros,
ela forneceu mais de cem vezes explicações sobre o que é ser
justificado pela fé. Vejamos algumas:
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“A justificação pela fé é um mistério para muitos. O pecador é


justificado por Deus quando se arrepende de seus pecados. Ele vê
a Jesus sobre a cruz do Calvário. Por que todo esse sofrimento? A
lei de Jeová foi violada. A lei do governo de Deus no Céu e na Terra
foi transgredida, e é declarado que a penalidade do pecado é a
morte. Mas ‘Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu
Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.’ (João 3:16). Oh! que amor, que incomparável
amor! Cristo, o Filho de Deus, morrendo pelo homem culpado!
(Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 193, 194.

“Justificação significa perdão. Quer dizer que o coração,


purificado de obras mortas, está preparado para receber a bênção
da santificação” (E Recebereis Poder, p. 98).

“Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa. Pela fé, o


crente passa da posição de rebelde, de filho do pecado e de
Satanás, para a posição de súdito leal de Cristo Jesus, não por
causa de alguma bondade inerente, mas porque Cristo o recebe
como Seu filho, por adoção. O pecador obtém o perdão de seus
pecados, porque esses pecados são carregados por seu Substituto
e Penhor. O Senhor fala a Seu Pai celestial, dizendo: "Este é Meu
filho. Eu o absolvo da condenação da morte, dando-lhe Minha
apólice de seguro de vida - a vida eterna - porque tomei o seu lugar
e sofri por seus pecados. Ele é mesmo Meu filho amado." Assim o
homem, perdoado e revestido das belas vestes da justiça de Cristo,
se encontra irrepreensível diante de Deus. (Fé e Obras, p. 103).
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“Aproximando-se o pecador da cruz erguida, e prostrando-se


junto à mesma, atraído pelo poder de Cristo, dá-se uma nova
criação. É-lhe dado um novo coração. Torna-se uma nova criatura
em Cristo Jesus. A santidade acha que nada mais há para requerer.
Deus mesmo é "justificador daquele que tem fé em Jesus". Rom.
3:26. E "aos que justificou, a esses também glorificou". Rom. 8:30.
Grande como seja a vergonha e degeneração pelo pecado ainda
maior será a honra e exaltação pelo amor redentor. Aos seres
humanos que lutam por conformidade com a imagem divina, será
concedido um suprimento do tesouro celeste, uma excelência de
poder que os colocarão acima dos próprios anjos que jamais
caíram.” (Parábolas de Jesus, p. 163).

A experiência da justificação pela fé é desistir de confiar no


que nós fazemos, e confiar inteiramente no que Deus faz. Foi isso o
que o publicano fez, e por isso foi justificado e voltou para casa com
paz no coração e sua vida transformada pelo poder da justiça de
Cristo, mesmo com tendo cometido tantos pecados. Foi pela falta
de confiar na justiça de Cristo e manter a confiança em si mesmo
que o fariseu fez uma oração que não passou do teto, e voltou para
casa com uma vida espiritualmente vazia, apesar de tudo de certo e
bom que fazia.
Depois de algum tempo sofrendo a religião, eu descobri que
não precisava confiar no que eu fazia para Deus, e que se
confiasse na justiça de Cristo, alcançaria a paz que eu tanto
desejava. Na noite de 31 de dezembro de 1996, enquanto pensava
em como conseguir fazer com que Deus me amasse, eu abri a
Bíblia para ler e li o salmo 116:12, 13.
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“Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para


comigo?” Essa tinha sido a pergunta da minha vida. Deus me
respondeu no verso seguinte: “Tomarei o cálice da salvação e
invocarei o nome do Senhor”.
Naquele momento eu entendi que nada do que eu fizesse
poderia fazer Deus me amar mais, e nada do que eu fizesse
poderia fazer Deus me amar menos. Como o publicano, aceitei os
méritos da justiça de Cristo, o “cálice da salvação”, assim como um
trabalhador sedento aceita um copo de água fresca que lhe é
oferecido gratuitamente. Depois dessa experiência, o Espírito Santo
me orientou a ler alguns livros maravilhosos sobre a pessoa de
Jesus Cristo, que me ajudaram muito. No ano de 1997 li os livros
Conhecer Jesus É Tudo, Caminho a Cristo, Parábolas de Jesus, O
Desejado de Todas as Nações, O Grande Conflito e 95 Teses
sobre a Justificação pela Fé. Fiz isso sem nenhum sentimento de
obrigação. Simplesmente fiquei maravilhado por conhecer a graça
de Cristo. A partir de então, eu sei que não preciso confiar em mim
para ter uma vida espiritual, mas devo confiar em Cristo
completamente.
Só Jesus pode enriquecer a sua vida espiritual. Só Ele pode
lhe dar a justificação que traz a paz. Confie na justiça de Cristo.
Confie no que Ele fez e faz. Confie no que Ele merece. Não confie
em você mesmo, confie Nele. Assim você irá para casa com a
certeza de suas orações respondidas e com paz no coração, assim
como o publicano.
Ellen White escreveu no livro Parábolas de Jesus um
comentário sobre a história do fariseu e do publicano. Nesse
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capítulo, ela registrou a seguinte oração que expressa confiança


total em Cristo para a nossa justificação.

“Senhor, toma o meu coração; pois não o posso dar. É Tua


propriedade. Conserva-o puro; pois não posso conservá-lo para Ti.
Salva-me a despeito de mim mesmo, tão fraco e tão dessemelhante
de Cristo. Molda-me, forma-me e eleva-me a uma atmosfera pura e
santa, onde a rica corrente de Teu amor possa fluir por minha
alma.”

Se você deseja fazer como o publicano e confiar inteiramente


nos méritos de Cristo, levante-se.

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