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As infecções do trato genital masculino são causa frequente de infertilidade por fator
masculino, podendo estar envolvidas em aproximadamente 15% dos casos. Dependendo
da localização, a produção, o transporte ou a função dos espermatozoides pode estar
comprometida.
O diagnóstico da infecção pode ser feito pela presença de bactérias na cultura seminal.
Uretrite
A uretrite é uma inflamação ou infecção do canal da uretra, por onde passa a urina, e, no
caso do homem, por onde passa o sêmen no momento da ejaculação.
Orquite
A orquite é a inflamação de um ou dos dois testículos. É causada, na maioria dos casos,
por vírus, principalmente o da caxumba, mas também pode ser causada por bactérias ou
trauma local. A doença pode ser aguda ou crônica e se estender ao epidídimo, quando é
chamada de orquiepididimite.
A caxumba é uma doença infecciosa causada por vírus e transmitida por gotículas de
saliva. Essa inflamação acontece frequentemente nas glândulas parótidas (que ficam
atrás das orelhas), mas eventualmente o vírus também se instala nos testículos, causando
a orquite. O vírus da caxumba é um dos maiores responsáveis pela orquite e é a causa
mais preocupante porque pode levar à infertilidade, se adquirida por homens depois da
puberdade. Estima-se que até 40% dos adultos jovens acometidos pela parotidite
possam evoluir com orquite e metade dos adultos jovens atingidos pela orquite possam
ficar inférteis depois da infecção.
A prevenção da caxumba é feita pela vacinação e devemos ainda evitar o contato com
pessoas sabidamente contaminadas.
A orquite também pode ser causada por bactérias, como a Escherichia coli, por
traumatismo, torção dos testículos ou infecção por gonorreia e clamídia. Já a orquite
bacteriana afeta, de modo geral, o epidídimo e é causada principalmente pela bactéria
Mycobacterium sp, mas há outras que podem provocar a doença, como Haemophilus
e Treponema pallidum.
Os principais sintomas são inchaço e dor nos testículos; vermelhidão na região escrotal;
sangue na ejaculação e/ou na urina; febre e mal-estar em alguns casos.
Epididimite
É principalmente transmitida pelo contato sexual, mas também pode ser causada pelo
fluxo retrógrado de urina, em pacientes com distúrbio da micção.
Os sintomas mais comuns da epididimite são: dor ao urinar, nos testículos, no baixo
abdômen e/ou na pelve; ejaculação ou ato sexual com dor; vontade de urinar com maior
frequência; indícios de sangue no sêmen; escroto avermelhado, inchado ou mais quente;
intumescimento dos gânglios linfáticos da virilha; presença de secreção e febre.
Prostatite aguda
Já a prostatite de origem não bacteriana não tem uma causa bem definida e acomete
pacientes sem histórico de infecção por bactérias no trato urinário. A hipótese é a de que
ela seja causada pelo refluxo de urina, o que causa uma irritação na glândula.
Esses fenômenos acontecem tanto nas tentativas de gestação natural, como com o
auxílio das técnicas de reprodução assistida, motivo pelo qual devemos fazer uma
avaliação cuidadosa dos homens, quando avaliamos um casal infértil.
Sintomas
Caso apresente esses sintomas, o paciente deverá ser avaliado por um urologista, que
fará exame físico detalhado e, se necessário, solicitará exames complementares, como
de urina.
Tratamento
Alternar NavegaçãoUromed
ARTIGOS
Artigos
O pênis é um órgão muito suscetível ao aparecimento de doenças, que vão desde infecções
sexualmente transmissíveis (ISTs), alterações anatômicas congênitas, fimose e até mesmo doenças
oncológicas. Saiba mais sobre as principais doenças que afetam o pênis.
1. Balanopostite
A balanopostite, também chamada de balanite, consiste em uma inflamação da mucosa que reveste a
cabeça do pênis (glande), associada, ou não, com uma infecção. A doença atinge principalmente
homens com fimose, bem como portadores da diabetes tipo 2.
O mesmo fungo que causa candidíase nas mulheres é o responsável por causar infecção nos homens.
Entretanto, no sexo masculino, este tipo de infecção é conhecida por balanopostite e gera sintomas
como vermelhidão na região íntima, coceira, desconforto para urinar, odor forte e acúmulo de
secreção sob o prepúcio.
As áreas mais afetadas são, habitualmente, a glande (cabeça do pênis) e o prepúcio (pele que recobre
a glande).
O principal risco da doença é o de provocar uma nova infecção em um parceiro sexual que está
tratando ou já tratou a candidíase, caso os parceiros mantenham relações sexuais sem usar
preservativo. Outras doenças podem estar associadas ao quadro de balanopostite, como a gonorreia,
sífilis e herpes .
Complicação
Quando o problema não é tratado, é possível que haja o estreitamento do prepúcio, impossibilitando
a exposição da glande e aumentando a chance de complicações. Nesse caso, torna-se necessário
fazer a cirurgia de fimose.
Tratamento e prevenção
2. HPV
O papilomavírus humano (HPV) está diretamente relacionado ao câncer de colo de útero nas
mulheres, além de atuar como um fator de risco para o câncer de pênis, nos homens.
Entretanto, existem subtipos dos vírus que são mais agressivos e, por isso, são fatores de risco mais
evidentes. No pênis infectado pelo HPV, podem surgir verrugas e lesões, às vezes dificilmente
perceptíveis a olho nu.
A principal via de transmissão é o contato direto, principalmente através de relações sexuais.
Entretanto, embora seja fundamental que os parceiros utilizem proteção, no caso do HPV, não há
uma segurança completa mesmo com o uso de preservativo.
Isso porque o vírus pode estar presente na pele próxima aos órgãos genitais, que não alcançam a
proteção. De qualquer maneira, o preservativo reduz substancialmente o risco de adquirir a doença,
quando comparado ao sexo sem proteção.
Complicações
Caso o HPV no homem não seja tratado ou haja demora para o tratamento, aumentam as chances de
desenvolver alguns tipos de câncer. Os principais cânceres associados ao HPV são: câncer de pênis,
câncer de boca, câncer anal e câncer de orofaringe.
É importante a visita regular a um urologista, pois o surgimento de tumores podem iniciar depois de
muito tempo após a infecção. As consultas periódicas poderão colaborar com a identificação
precoce, aumentando o sucesso do tratamento.
Tratamento e prevenção
As verrugas genitais podem ser removidas por meio de cauterização ou cirurgia. Em relação aos
cânceres que decorrem do HPV, é possível tratá-los por meio de quimioterapia, radioterapia e
procedimentos cirúrgicos.
Além do uso de preservativo, existe a vacina de HPV, que protege os homens de todas as idades. A
vacina evita o aparecimento de verruga e do câncer e o ideal é que seja tomada antes da vida sexual
ativa, embora não haja problema em se vacinar posteriormente.
3. Herpes
A herpes é outra doença ocasionada por uma infecção viral. Essa é uma DST que pode provocar o
aparecimento de feridas no órgão reprodutor masculino, no saco escrotal, na uretra e, também, nas
coxas.
A transmissão sexual pode ocorrer tanto devido ao contato entre as peles da região genital, quanto
por meio dos fluidos sexuais. Em função disso, também há o risco de transmissão na relação sexual,
mesmo com o uso de preservativo.
Após a infecção, geralmente os sintomas são identificados pelo surgimento de dor local, edema
(inchaço) e vermelhidão. A seguir surgem bolhas que se confluem e rompem-se. Assim sendo, após
o rompimento, cicatrizam-se, formando uma “casca” sobre o local e desaparecem sem deixar
cicatrizes.
Complicações
Caso não seja tratada, a herpes genital pode estar relacionada ao aparecimento de alguns problemas,
como:
complicações para o funcionamento da bexiga;
meningite;
retite (inflamação do reto por sexo anal);
infecção de recém-nascidos quando há contato do vírus com o bebê, que pode desenvolver
quadros graves.
Tratamento e prevenção
Embora não haja cura para a herpes genital, o tratamento ajuda a amenizar os sintomas e combater o
contágio entre os parceiros sexuais. O especialista indicará medicamentos antivirais que ajudam nas
lesões.
Para se prevenir da herpes genital, o melhor é usar preservativo, pois isso diminuirá drasticamente as
chances de contágio.
4. Cancro mole
O cancro mole é uma DST causada por uma bactéria. Provoca feridas na região genital do homem,
associadas a outros sintomas, como febre, dor de cabeça e fraqueza.
Complicações
Caso não seja tratado, o cancro mole pode afetar os linfonodos e dificultar o decorrer do tratamento.
No entanto, não causa infertilidade, como muitos confundem.
Tratamento e prevenção
O tratamento é realizado com antibiótico após uma avaliação adequada do problema. Quando já se
está infectado, recomenda-se evitar relações sexuais até que a infecção desapareça, assim como é
importante avisar os parceiros sexuais para que também procurem ajuda médica.
Além disso, é indicado ingerir bastante água para aumentar a resistência do sistema imunológico.
Quanto à prevenção da doença, essa se faz por meio do uso do preservativo.
5. Sífilis
A sífilis é mais uma das infecções causadas por bactéria. Essa DST provoca feridas na genitália
masculina, além do aparecimento de “ínguas” (gânglios) na virilha, cerca de duas semanas após a
relação sexual sem proteção adequada.
Apesar de acreditar que já está curado quando as marcas desaparecem, ainda existe o risco de
transmissão da doença porque a bactéria ainda pode permanecer no organismo. Por isso, o uso do
preservativo nunca deve ser dispensado.
O diagnóstico é realizado após o surgimento de uma lesão peniana e confirmado por exames
laboratoriais específicos.
Complicações
Caso o paciente não trate a sífilis, algumas complicações podem aparecer, como:
problemas neurológicos, como AVC, demência, problemas de visão, meningite;
aneurisma, inflamação da aorta e outras artérias e vasos;
aumentam as chances de contrair HIV já que as feridas da doença facilitam a entrada do
vírus;
pode progredir para a sífilis congênita, quando a mulher infectada passa a doença para o
feto, o que leva ao aborto.
Tratamento e prevenção
De maneira geral, o tratamento da sífilis é o uso de antibióticos. No entanto, cada especialista irá
indicar a melhor forma de tratar, mediante o estágio da doença.
Além do uso correto do preservativo, a prevenção da sífilis é importante de ser realizada no período
pré-natal das gestantes, para evitar a sífilis congênita.
6. Uretrite
Diferentes tipos de micro-organismos podem ser responsáveis pelo surgimento das uretrites. Como o
próprio nome diz, uretrite é uma inflamação na uretra, o tubo que leva a urina para fora do corpo.
A uretrite pode ser causada por vírus, como o vírus do herpes simples e o citomegalovírus. Também
pode ser causada por bactérias, como a que causa infecção no trato urinário (E.coli) e as bactérias
causadoras da gonorreia e clamidia.
A presença de sangue, não só na urina, mas também no sêmen, é um dos sintomas sinalizadores da
doença. Outros sintomas são a sensação de dor durante a relação sexual e de ardência ao urinar.
Complicações
Caso a uretrite agrave, é possível que algumas complicações apareçam nos homens, como:
infecção da bexiga ou cistite;
epididimite;
infecção dos testículos;
infecção da próstata;
Tratamento e prevenção
Para tratar a uretrite, é importante amenizar os sintomas, eliminar as causas da infecção e evitar que
o problema se espalhe. São indicados o uso de antibióticos e o tratamento direto da fonte de lesão e
irritação.
A prevenção das uretrites podem acontecer por meio de uma higiene pessoal adequada e o uso de
preservativo.
7. Doença de Peyronie
Mais conhecida por tortuosidade peniana, a doença de Peyronie nem sempre impede ou atrapalha a
penetração durante o ato sexual.
No entanto, quando há desconforto, dor ou comprometimento da qualidade da relação sexual, a
doença pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia. É preciso consultar um médico
urologista para saber qual a opção mais indicada para cada homem com pênis torto.
De maneira geral, a uretrite consiste em uma anomalia no pênis, causando dificuldade de ereção,
deformidade e às vezes, dor.
Geralmente, atinge homens com mais de 40 anos, embora seja possível que qualquer idade seja
acometida. A doença de Peyronie prejudica a vida sexual masculina e por isso é importante tratá-la.
Complicações
Tratamento e prevenção
A doença de peyronie não tem relação hereditária e também não pode ser prevenida. Quanto ao seu
tratamento, na fase inflamatória da doença, será receitado o uso de medicamentos para melhorar a
deformidade. Já na fase crônica, recomenda-se a cirurgia.
8. Disfunção erétil
Complicações
Apesar de não apresentar complicações diretamente relacionadas à disfunção erétil, o problema pode
desencadear problemas de auto-estima e isolamento social. Porque os problemas de ereção, acabam
resultando em dificuldade ou impossibilidade de penetração ou de manter a penetração até a
completa satisfação.
Tratamento e prevenção
O tratamento é realizado de acordo com a origem da disfunção, e varia desde a terapia sexual,
prescrição de medicamentos via oral ou injetáveis, até a cirurgia para colocação de próteses.
Procure um especialista
É importante reforçar a necessidade da visita periódica ao urologista. Ainda que você não identifique
um problema ou anormalidades, não quer dizer que está livre dessas doenças. Por isso, é
fundamental fazer consultas regulares com um urologista, a fim de identificar previamente, qualquer
problema que não esteja sendo percebido.
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Câncer de próstata
Cancro do sistema reprodutor masculino localizado na próstata.
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Câncer de próstata (português brasileiro) ou cancro da próstata (português europeu), também denominado
de carcinoma da próstata, é uma neoplasia que tem seu desenvolvimento na próstata,
uma glândula do sistema reprodutor masculino. A maioria dos cânceres de próstata é de
crescimento lento, no entanto, alguns crescem relativamente rápido.
As células cancerosas podem espalhar-se a partir da próstata para outras partes do
corpo, particularmente os ossos e os linfonodos. Inicialmente pode ser assintomática,
mas em estágios avançados pode causar dificuldade para urinar, presença de sangue na
urina ou dor na pelve, costas ou ao urinar. Os sinais clínicos são muito semelhantes aos
da hiperplasia benigna da próstata. Outros sintomas tardios podem incluir sensação de
cansaço devido aos baixos níveis de células vermelhas no sangue e disfunção erétil.
CID-10 C61
CID-9 185
CID-11 1552457716
OMIM 176807
DiseasesDB 10780
MedlinePlus 000380
eMedicine radio/574
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Infecções no trato genital
masculino e como elas
afetam a fertilidade
Postado em 7 de novembro de 2022
Não faz muito tempo, a dificuldade enfrentada por um casal que tentava engravidar era
sempre atribuída a alguma condição biológica da mulher. De algumas décadas para cá,
com a maior procura por tratamentos de Reprodução Assistida, sabe-se que os casos de
infertilidade estão associados à mulher e ao homem na mesma proporção: 40%. Quanto
ao restante, 15% têm relação com o casal e 5% não têm causa aparente.
No que diz respeito ao homem, as infecções do trato genital são fatores que podem
comprometer a produção, o transporte e até mesmo a função dos espermatozoides.
Como muitas são assintomáticas, é importante realizar acompanhamento médico
periódico. Além disso, muitas doenças sobre as quais vamos falar aqui têm relação com
as principais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), sendo o sexo seguro, com o
uso de preservativo, a melhor forma de prevenção.
A seguir, conheça as quatro principais doenças infecciosas do trato genital masculino
que podem levar à infertilidade:
Prostatite
A infecção na próstata, geralmente causada por bactérias, causa uma obstrução no
sistema reprodutor masculino, impedindo a passagem do sêmen. Entre as principais
causas, podemos citar as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e infecções no
trato urinário, que se espalham para a próstata.
Pode ser aguda (surge repentinamente, manifestando-se com febre, mal-estar, urina de
cor turva, dor ou dificuldade para urinar) ou crônica, permanecendo por meses ou anos
assintomática.
Embora seja uma doença bastante comum, só leva à infertilidade permanente quando
não é diagnosticada e torna-se crônica, comprometendo a qualidade dos
espermatozoides. Sendo assim, a prostatite pode dificultar tanto uma gestação natural
quanto as técnicas de reprodução assistida.
Uretrite
É a infecção na uretra, mesmo canal em que passa a urina e também o sêmen. Existem
dois tipos: uretrite gonocócica, transmitida pelo contato sexual sem proteção, causada
pela mesma bactéria da gonorreia; e a não gonocócica, geralmente assintomática,
ocasionada por inflamações ou infecções de qualquer outra bactéria, como a clamídia.
Ao notar inchaço e dor nos testículos, ardor ao urinar, secreção no pênis, sangue na
urina ou no sêmen e dor na ejaculação, é preciso buscar ajuda médica.
A uretrite pode gerar sérias complicações se não for tratada corretamente. Se a infecção
migrar para os testículos, pode causar infertilidade.
Epididimite
Causada por bactérias, como a da clamídia ou gonorreia, a epididimite é a inflamação
do epidídimo (ducto em que passam os espermatozoides no processo de maturação).
Pode ser transmitida sexualmente, mas também pode resultar de outras infecções que se
espalham, provenientes da próstata ou do trato urinário.
Os sintomas são semelhantes ao da uretrite: sangue no sêmen, presença de secreção, dor
ao urinar e/ou ejacular, vontade de urinar com mais frequência, testículos inchados,
doloridos e avermelhados. É facilmente tratada quando diagnosticada precocemente.
Quando se torna uma infecção crônica, há o risco de causar infertilidade.
Orquite
Inflamação de um ou dos dois testículos. Pode ser causada por bactérias (da clamídia e
gonorreia, por exemplo) ou por vírus. Nesse caso, o vírus da caxumba é o mais comum
e preocupante, podendo se espalhar pela corrente sanguínea e afetar os testículos,
causando atrofia testicular, podendo resultar na infertilidade.
Aguda ou crônica, a orquite pode, ainda, se estender ao epidídimo, sendo chamada de
orquiepididimite. Preste atenção aos principais sintomas, que se manifestam somente na
orquite aguda: sangue no sêmen e/ou urina; inchaço, dor e vermelhidão nos testículos;
febre e náuseas em alguns casos.
Dúvidas? Agende sua consulta com um dos especialistas da Clínica Originare.
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Cancro do Pénis
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CLÍNICA
UROLOGIA
CANCRO DO PÉNIS
O cancro do pénis, geralmente, aparece como uma pequena erupção cutânea ou uma
ferida que não cura na pele deste órgão.
À medida que a doença vai progredindo, outros sinais e sintomas também se vão
desenvolvendo, a saber:
Alterações na espessura ou cor da pele do pénis;
Borbulhas ou pequenos edemas (inchaços) na área;
Pequenos crescimentos acastanhados;
Um pequeno “caroço” no pénis;
Alguma substância com mau odor debaixo do prepúcio (camada de pele que
cobre a glande do pénis);
Uma ferida ou hemorragia no órgão;
Edema (inchaço) na ponta do pénis;
Nódulos sob a pele da virilha;
Prurido (comichão);
Sensação de ardência na zona afetada;
Entre outros.
Existe também um grupo diferente de sinais e sintomas a ter atenção, pois podem
indiciar a existência de cancro do pénis numa fase mais avançada, a saber:
Fadiga inexplicável;
Perda de peso;
Dor óssea (nos ossos);
Dor no abdómen (barriga);
Outros.
Causas do cancro do pénis
A causa exata do cancro do pénis não é conhecida, no entanto, sabemos que existem
inúmeros fatores de risco capazes de provocar o desenvolvimento de um tumor
peniano, tais como:
Fimose: ter um prepúcio apertado (fimose) que não pode ser puxado para trás,
de modo a limpar bem a área, pode aumentar o risco de desenvolvimento do
cancro do pénis.
Infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV);
Líquen escleroso: esta inflamação do pénis só afeta os homens com prepúcio;
Irritação ou inflamação do pénis durante muito tempo;
Tratamento de uma lesão cutânea grave usando quimioterapia ou luz
ultravioleta;
Ser fumador(tabagismo);
Idade: o cancro no pénis afeta frequentemente, homens com mais de 60 anos
de idade;
Entre outros.
Saiba, aqui, o que é fimose.
É importante realçar que homens que tiveram o prepúcio removido cirurgicamente
(circuncisão) na infância têm um risco mais baixo de desenvolver o cancro do pénis. A
circuncisão impede a fimose e a esclerose do líquen e torna os homens menos
propícios a contrair HPV.
Saiba, aqui, o que é circuncisão.
Tipos de cancro do pénis
Existem vários tipos de cancro do pénis, que diferem no tipo de célula que se
desenvolveu incorretamente, a saber:
Carcinoma espinocelular: este tumor tem origem nas células escamosas da
pele, geralmente do prepúcio;
Sarcoma: estes tumores formam-se em tecidos como vasos sanguíneos,
músculos e gordura;
Melanoma: tumores que começam nas células que dão a cor da pele
(melanócitos).
Carcinoma basocelular: tumores que começam profundamente na pele
(células basais). Estes crescem lentamente e não são suscetíveis de se espalhar
para outras áreas do organismo.
Diagnóstico do cancro do pénis
Após a realização destes exames e uma análise e avaliação detalhada dos mesmos, é
possível classificar o tumor existente em vários estádios.
O sistema de estadiamento TNM é o mais utilizado, onde:
T representa o tumor principal (primário): quão longe cresceu dentro do pénis
ou órgãos próximos;
N representa a propagação para os gânglios linfáticos próximos;
M representa as metástases (propagação) para outros órgãos.
As células cancerígenas também recebem um "grau". O grau é frequentemente um
número, de 1 a 3. Grosso modo, podemos afirmar que quanto maior o número, mais
anormais são as células e mais grave é a situação. Os cancros de grau superior
tendem a crescer e a propagar-se mais rapidamente do que os cancros de grau
inferior.
O cancro do pénis tem cura?
Existem várias opções para tratar tumores numa fase superficial, nomeadamente:
Pomadas para colocar na pele afetada que podem incluir medicamentos
(remédios) para tratar o cancro, caso do imiquimod e do 5-FU.
Circuncisão, no caso do tumor estar limitado ao prepúcio;
Terapia a laser para remover a pele afetada;
Crioterapia para congelar e remover as células cancerígenas;
Entre outros.
Tratamento de tumores profundos
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