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Geraldo Henrique Humberto Amblufoi

Resumo dos fóruns: Introdução a Zoologia Sistemática à Estudo dos Filos


Cnidaria e Ctenophora.

Licenciatura em Ensino de Biologia

Universidade Licungo

CEAD

2023
1
Geraldo Henrique Humberto Amblufoi

Resumo dos fóruns: Introdução a Zoologia Sistemática à Estudo dos Filos


Cnidaria e Ctenophora.

Trabalho a ser entregue no


departamento de Ciências e
Tecnologia, na Universidade
Licungo, no âmbito de ser avaliado
na cadeira de Zoologia Sistemática,
sob orientação do Dr. Amândio
Mutumula

Licenciatura em Ensino de Biologia

Universidade Licungo

CEAD

2023
2
Índice
Objectivos ..................................................................................................................................... 5

Objectivo Geral ............................................................................................................................. 5

Objectivos específicos ................................................................................................................... 5

Introdução ..................................................................................................................................... 6

Introdução à Zoologia Sistemática ................................................................................................ 7

Taxonomia..................................................................................................................................... 7

Classificação ................................................................................................................................. 7

Sistemática ................................................................................................................................ 7

Filogenética ................................................................................................................................... 8

Métodos de estudo da Zoologia Sistemática ................................................................................. 8

Marcos históricos da Zoologia Sistemática ................................................................................... 9

Teorias evolutivas sobre o reino animal ...................................................................................... 10

Nomenclatura .............................................................................................................................. 13

Regras de nomenclatura biológica .............................................................................................. 14

Protozoários................................................................................................................................. 15

Características gerais dos Protozoários ....................................................................................... 16

Principais classes dos Protozoário............................................................................................... 17

Características gerais do Phylum (filo) Porifera ......................................................................... 18

Relações dos Poríferos com o homem. ....................................................................................... 19

Classificação sistemática dos Poríferos....................................................................................... 19


3
Características gerais do Filo Cnidaria........................................................................................ 19

Relações dos Cnidários com o homem ....................................................................................... 21

Classificação sistemática dos Cnidários ...................................................................................... 22

Características gerais dos Ctenophora......................................................................................... 22

Relações dos Ctenophora com o homem .................................................................................... 23

Classificação sistemática dos Ctenofora ..................................................................................... 23

Razões de separação entre Cnidário e Ctenoforos ...................................................................... 24

Conclusão .................................................................................................................................... 25

Referências bibliográficas ........................................................................................................... 26

4
Objectivos

Objectivo Geral

-Conhecer a Sistemática animal e evolução dos animais.

Objectivos específicos

-Identificar os objectivos da sistemática como uma ciência e, especificamente, a


sistemática animal;

-Distinguir a evolução dos sistemas de classificação dos animais; realizar nas consultas
na internet de interesse da Zoologia Sistemática;

-Caracterizar diferentes classes dos protozoários.

-Distinguir os diferentes filos do reino animal

5
Introdução

Como uma forma de aprofundar mais sobre aos conteúdos tratados, em alguns fóruns
desta disciplina e ter um conhecimento sólido, foi escrito estes trabalhos que foram
abordados, alguns temas da disciplina de Zoologia Sistemática de forma resumida.
Focalizando as ideias principais e conceitos relativos à Sistemática em especial
Zoologia Sistemática. Para conhecer como animais são atribuído os nomes científicos é
necessário conhecer as regras de nomenclatura biológica. É importante salientar que
para intender a diversidade dos animais forram abordados organismos do reino
Proctista, debruçando das suas característica gerais o diferentes filo.

Alguns filos do reino animal, Filo Porifera, Cnidaria, Ctenophora neste filos
mencionados foram mencionados suas características gerais, a classificação sistemática
de cada filo assim como as relações que eles tem com o homem, conhecer as relações
que estes organismos tem com homem nos possibilita intender o benefício, que esses
organismos que tem para a comunidade e conhecer os perigos que trazem. Nos filos
Cnidaria e Ctenofora organismos idênticos quanto a suas características físicas, que
anteriormente pertenciam ao mesmo filo no reino animal, à que foram mencionados
algumas razões de separação destes dois organismos em dois filos diferentes.

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Introdução à Zoologia Sistemática

A Zoologia Sistemática é uma disciplina que tenta compreender e explicar a diversidade


biológica encontrada nos grupos de animais e entender sua história evolutiva. Um termo
bastante utilizado na sistemática é taxonomia, que significa identificar, denominar e
classificar as espécies.

Taxonomia

O termo taxonomia tem origem grega e é formado pela junção de taxis, que significa
arranjar, e nomos, que significa regra.

A taxonomia é o ramo da biologia responsável por descrever, identificar e nomear os


seres vivos de acordo com os critérios estabelecidos, como aspectos morfológicos,
genéticos, fisiológicos e reprodutivo.

Classificação

Classificação no contexto geral é ordenamento ou agrupamento por categorias.

A classificação biológica é um sistema que organiza os seres vivos em categorias,


agrupando-os de acordo com suas características comuns, bem como por suas relações
de parentesco evolutivo. Na prática, o termo tem dois sentidos: a colocação dos
organismos em grupos supostamente naturais e a criação do esquema de classificação.

A classificação na Zoologia é um sistema que organiza os animais em categorias


agrupando de acordo com suas características comuns e suas relações de parentesco
evolutiva.

Sistemática

A Sistemática é a ciência que estuda a biodiversidade e a evolução dos seres vivos ao


longo do tempo. O seu objectivo é determinar as relações evolutivas e expressá-las em
sistemas taxionómicos.

7
Filogenética

Filogenética é um termo que se refere à análise e estudo das relações evolutivas entre
diferentes espécies ou grupos de organismos. A filogenética baseia-se na comparação de
características físicas, genéticas e moleculares para reconstruir a história evolutiva
comum entre os organismos. Essa abordagem ajuda a entender como as diferentes
espécies estão relacionadas e como as mudanças evolutivas ocorreram ao longo do
tempo. A análise filogenética pode ser realizada por meio de diferentes métodos, como
a construção de árvores filogenéticas ou a análise de sequências genéticas.

Árvore filogenética é uma representação gráfica de relações evolutivas entre várias


espécies ou outras entidades que possam ter um ancestral comum.

Métodos de estudo da Zoologia Sistemática

Existem vários métodos de estudo utilizados na Zoologia Sistemática. Esses métodos


têm como objectivo compreender e classificar a diversidade dos seres vivos,
especialmente os animais, com base em suas características físicas e relacionamentos
evolutivos.

 Morfologia Comparada: Este método envolve o estudo das formas físicas e


estruturas dos animais, incluindo características externas e internas, como
órgãos, esqueleto, músculos, dentes e sistemas circulatório, respiratório,
nervoso, entre outros. Através da comparação dessas estruturas, os zoólogos
podem determinar as semelhanças e diferenças entre diferentes espécies e grupos
taxonômicos.
 Anatomia Comparada: Este método se concentra no estudo detalhado dos órgãos
e sistemas dos animais, analisando sua estrutura, função e relação com outros
organismos. Através do estudo comparativo da anatomia, os zoólogos podem
identificar características comuns entre grupos de animais, bem como traços
evolutivos particulares.
 História Natural: Esse método envolve o estudo do comportamento, ecologia e
hábitos de vida de diferentes espécies. Os zoólogos observam como os animais
8
se alimentam, se reproduzem, se comunicam e interagem com o ambiente. Essas
observações podem fornecer informações valiosas sobre a diversidade e as
adaptações dos animais.
 Filogenia: A filogenia é o estudo das relações evolutivas entre as diferentes
espécies. Os zoólogos usam várias técnicas e ferramentas, como análise de
sequências de DNA, para construir árvores filogenéticas, que mostram a história
evolutiva dos grupos de animais. Essas árvores ajudam a identificar os ancestrais
comuns e a entender como os diferentes grupos estão relacionados.
 Taxonomia: A taxonomia é o ramo da Zoologia Sistemática que se dedica à
classificação e nomenclatura dos seres vivos. Os zoólogos utilizam
características morfológicas, anatomia, filogenia e outras informações para
agrupar os animais em diferentes categorias, como espécies, géneros, famílias,
ordens, classes, filos e reinos.
 Biogeografia: investiga a distribuição geográfica dos organismos e como ela
pode estar relacionada com eventos evolutivos e ambientais.
 Ecológico: estuda as interacções dos organismos com o ambiente e como essas
interacções podem influenciar sua evolução e diversificação.
 Paleontológicos: baseia-se no estudos dos fosseis para entender a história
evolutiva dos organismos e como eles mudaram ao longo do tempo.

Marcos históricos da Zoologia Sistemática

Esses marcos históricos representam avanços importantes na Zoologia Sistemática.


Com o desenvolvimento da tecnologia molecular e novas ferramentas analíticas, a área
continua evoluindo, buscando uma classificação cada vez mais precisa e actualizada dos
seres vivos

 Aristóteles (384-322 a.C.): Considerado um dos primeiros naturalistas e pai da


Zoologia sistemática, Aristóteles classificou os animais em grupos com base em
suas características morfológicas, como a presença ou ausência de sangue.

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 Sistemática binominal de classificação de Lineu: No século XVIII, o Lineu
desenvolveu o sistema binominal de classificação, atribuindo nomes em latim
para todas as espécies conhecidas.
 Lamarck (1744-1829): Jean-Baptiste Lamarck propôs uma teoria evolutiva
baseada na herança de caracteres adquiridos, conhecida como Lamarckismo.
Embora não esteja mais aceita, suas ideias influenciaram a classificação dos
animais.
 Darwin (1809-1882): Charles Darwin desenvolveu a teoria da evolução por
selecção natural, que revolucionou a compreensão da diversidade dos seres
vivos. Sua obra "A Origem das Espécies" trouxe implicações importantes para a
zoologia sistemática, enfatizando a importância das relações filogenéticas na
classificação dos organismos.
 Haeckel (1834-1919): Ernst Haeckel introduziu o termo "filogenia" e
desenvolveu o conceito de árvore filogenética, representando as relações
evolutivas entre os diferentes grupos de organismos. Sua contribuição foi
crucial para a compreensão da evolução e para a classificação dos seres vivos.
 Sistemática Filogenética: A partir da metade do século XX, a sistemática
baseada em análises filogenéticas ganhou destaque. Essa abordagem utiliza
informações moleculares, além de características morfológicas, para estabelecer
as relações de parentesco entre os organismos. Isso possibilitou uma
classificação mais precisa e baseada em evidências.
 Cladística: A cladística deriva da Sistemática Filogenética. Ela baseia-se na
análise de características derivadas compartilhadas para inferir relações
evolutivas entre os animais.
 Métodos moleculares: As técnicas de sequenciamento de DNA permitiram que
os pesquisadores utilizassem informações moleculares e estudar a filogenia e a
evolução dos animais.

Teorias evolutivas sobre o reino animal

A evolução é um processo pelo qual as populações são alteradas ao longo do tempo e


formam especiação em ramificações separadas, se unem juntas ou terminam em
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extinção. Segundo essa teoria todos os animais descendem de um ancestral comum e
estas espécies não fixas estão em constante modificações.

 Teoria de lei de uso desusa: É uma teoria proposta pelo cientista francês Jean-
Baptiste Lamarck no século XIX, esta teria diz que as características físicas de
um organismo podem ser alteradas pelo uso ou desuso durante a vida e em
seguida estas características podem ser hereditária para próxima geração.
 Evolução por selecção natural: A teoria da selecção natural, proposta por
Charles Darwin, sugere que a diversidade dos animais ocorre devido à selecção
de características vantajosas que aumentam as probabilidades de sobrevivência e
reprodução. Aqueles com características favoráveis tem mais probabilidade de
passar seus genes param as próximas gerações.
 Evolução por mutações genéticas: A teoria das mutações genéticas postula que
as mudanças na matéria l genético (DNA) podem ocorrer aleatoriamente e,
algumas vezes, resultarão em características diferentes. Ao longo do tempo,
essas mutações podem se acumular e levar à evolução de novas espécies.
 Evolução por deriva genética: A teoria da deriva genética sugere que as
mudanças na frequência dos genes em uma população podem ocorrer devido a
variações aleatórias, como eventos de fundação de populações pequenas ou
isolamento geográfico. Essas mudanças ao longo do tempo podem levar a
diferenças genéticas entre populações, resultando em diversidade nas populações
futuras.
 Evolução por simbiose: A teoria da simbiose diz que a diversidade dos animais
pode ser resultado das interacções entre diferentes espécies. A simbiose refere-se
a um relacionamento mutualmente benéfico entre diferentes organismos, onde
ambos os lados se beneficiam e podem evoluir em conjunto.
 Dentre as teorias evolutivas as mais destacadas são a teoria de selecção natural
proposta por Darwin e teoria dos caracteres adquiridos (lei de uso e desuso)
proposto por Lamarck, apesar da teoria de Lamarck não fundamentar sobre
evolução mas revolucionou o estudo sobre a evolução dos organismo isso inclui
os animais.

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Taxonomia

A taxonomia é o ramo da biologia que se dedica à classificação e organização dos seres


vivos. Ela é baseada na definição de categorias taxonômicas, que são hierarquicamente
organizadas.

A taxonomia é importante porque permite uma melhor compreensão da diversidade da


vida, facilitando a identificação, nomeação e descrição de novas espécies. Além disso, a
taxonomia também ajuda na preservação da biodiversidade e na compreensão das
relações evolutivas entre os seres vivos.

A taxonomia utiliza diferentes critérios para classificar os seres vivos, sendo os


principais: características morfológicas, anatomia, fisiologia, bioquímica, citologia e
genética. Com base nessas características, os organismos são agrupados em diferentes
níveis taxonômicos, que vão desde o mais geral (domínio) até o mais específico
(espécie).

Os diferentes níveis taxonômicos são: domínio, reino, filo, classe, ordem, família,
gênero e espécie. Cada nível taxonômico agrupa organismos que possuem
características semelhantes, mas à medida que se desce na hierarquia, as características
se tornam mais específicas.

A classificação taxonômica é realizada por meio de um sistema binomial, em que cada


espécie é nomeada com um nome científico único que inclui o gênero e a espécie. Por
exemplo, os seres humanos são nomeados como Homo sapiens.

A taxonomia moderna tem sido influenciada por técnicas avançadas de análise genética,
que fornecem informações sobre as relações evolutivas entre os organismos e ajudam a
determinar afinidades filogenéticas. Isso levou a algumas revisões na classificação de
várias espécies e mudanças nos níveis taxonômicos existentes.
A taxonomia possui algumas limitações e desafios. Um dos principais desafios é lidar
com a diversidade dos seres vivos e suas características, o que pode levar a

12
interpretações subjectivas na classificação. Além disso, a descoberta de novas espécies e
a revisão de classificações existentes podem exigir alterações na taxonomia
estabelecida, o que pode gerar controvérsias.

Outro desafio é a falta de acesso a informações completas e precisas sobre os


organismos, especialmente em regiões menos exploradas ou com poucos recursos
disponíveis. Isso pode dificultar a identificação e descrição de novas espécies, bem
como a correta classificação de organismos já conhecidos.

A taxonomia também enfrenta desafios relacionados à integração de diferentes técnicas


e abordagens na análise dos seres vivos. Por exemplo, a utilização de dados moleculares
na análise filogenética pode levar a resultados diferentes daqueles obtidos com base em
características morfológicas. Portanto, é importante considerar várias fontes de
informação na classificação e garantir a convergência de resultados.

Além disso, a taxonomia está em constante debate e revisão, à medida que novas
descobertas e tecnologias surgem. A taxonomia filogenética, por exemplo, utiliza a
análise de sequências de DNA para inferir relações evolutivas entre os seres vivos. Essa
abordagem tem influenciado significativamente a taxonomia tradicional, muitas vezes
levando à reformulação de classificações prévias.
No entanto, a taxonomia ainda é um campo em constante evolução, com muitas
espécies e grupos de organismos ainda sendo descobertos e estudados.

Nomenclatura

A nomenclatura biológica é um sistema de nomenclatura ou um conjunto de regras


estabelecidas para atribuir nomes aos diferentes organismos vivos. Essa nomenclatura é
baseada na classificação taxonômica dos seres vivos e tem como objectivo fornecer uma
maneira padronizada de identificar e nomear as diversas espécies presentes na Natureza.

A biologia é uma ciência que lida com a enorme diversidade de seres vivos, desde
bactérias até plantas, animais e fungos. Para que os cientistas possam estudar e
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comunicar-se efectivamente sobre esses organismos, é necessário ter um sistema de
nomenclatura que seja universalmente aceito e compreendido.

A nomenclatura biológica é regida por um conjunto de regras estabelecidas pela


Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica (para animais), pela Comissão
Internacional de Nomenclatura Botânica (para plantas) e pela Comissão Internacional de
Nomenclatura de Bactérias (para bactérias). Essas comissões estabelecem os princípios
e as directrizes que devem ser seguidos ao nomear novas espécies ou ao revisar a
nomenclatura existente.

A nomenclatura biológica utiliza uma hierarquia de categorias taxonômicas para


classificar os organismos vivos. Essas categorias, em ordem crescente de abrangência,
são: espécie, gênero, família, ordem, classe, filo (ou divisão, no caso das plantas) e
reino. Cada categoria é identificada por um nome em latim ou latinizado e pode ter um
subgênero, subfamília, entre outros, quando necessário.

Um exemplo de nomenclatura biológica seria o nome científico do ser humano, Homo


sapiens. Nesse caso, Homo é o gênero ao qual pertencemos, enquanto sapiens refere-se
à nossa espécie. Esse nome científico é universalmente reconhecido e utilizado pelos
cientistas em todo o mundo ao se referirem à nossa espécie. -

Regras de nomenclatura biológica

Os nomes taxionómicos dos organismos são latinizados ou escritos em lantim seguindo


as regras gramaticais latinas.

 Nome científico binomial: Cada organismo vivo é identificado por um nome


científico binomial, composto por dois termos: o gêneroo (com inicial
maiúscula) e a espécie (com inicial minúscula). Por exemplo, Homo sapiens é o
nome científico binomial para os seres humanos.

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 Itálico ou sublinhado: O nome científico binomial deve ser escrito em itálico ou
sublinhado para indicar que se trata de um nome científico.
 Autoridade: O nome científico binomial deve ser seguido pelo nome do autor
que o descreveu pela primeira vez. O nome do autor é abreviado e colocado
entre parênteses. Por exemplo, Homo sapiens Linnaeus.
 Hierarquia taxonômica: Os organismos são agrupados em categorias
taxonômicas hierárquicas, que vão desde o reino até a espécie. A hierarquia
taxinómica típica inclui reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.
 Prioridade: O primeiro nome científico válido dado a um organismo é
considerado o nome válido. Se um organismo for descrito novamente por outro
cientista, o nome mais antigo tem prioridade.
 Homonímia: Dois nomes científicos com exactamente a mesma ortografia são
considerados homónimos. Quando isso ocorre, o nome mais antigo tem
prioridade.
 Sinonímia: Quando um organismo é descrito por diferentes cientistas com
nomes diferentes, esses nomes são considerados sinónimos. O nome mais antigo
tem prioridade, e os nomes mais recentes são considerados sinónimos.
 Mudança de classificação: À medida que novas informações taxonômicas são
descobertas, a classificação de um organismo pode ser alterada. Nesses casos, os
nomes científicos também podem ser alterados para reflectir a nova
classificação.
 Unicidade: Cada nome científico deve se referir a um único táxon (grupo
taxonômico). Não deve haver nomes científicos duplicados para o mesmo táxon.
 A nomenclatura de hierarquia taxinómico: A nomenclatura biológica segue uma
hierarquia taxonômica, em que os táxons são agrupados em categorias cada vez
mais abrangentes, como espécie, género, família, ordem, classe, filo e reino,
família tem a terminação "-aceae" e ordem tem a terminação "-ales".

Protozoários

Os protozoários são organismos unicelulares e microscópicos que pertencem ao Reino


Protista, no passado, esses seres eram classificados no Reino Animal. Eles podem ser
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encontrados em diversos ambientes, como água doce e salgada, solo, e até mesmo no
interior de outros organismos, como no trato intestinal de animais.

São classificadas em diferentes grupos com base em características como a forma de


locomoção e a presença ou ausência de certas estruturas celulares, como cílios ou
flagelos.

Alguns protozoários são parasitas e podem causar doenças em humanos e outros


animais.

Outros protozoários são importantes para a manutenção do equilíbrio ecológico, como


aqueles que fazem parte do plâncton.

Características gerais dos Protozoários

São eucariontes, o que significa que possuem um núcleo verdadeiro, envolvido por uma
membrana nuclear.

 Podem apresentar diferentes formas, como esféricas, alongadas, flageladas,


ciliadas ou ameboides. O corpo dos protozoários é formado por uma única
célula, a qual apresenta rigidez e flexibilidade graças à presença de
um citoesqueleto. Em algumas espécies possuem um esqueleto externo
(exoesqueleto) que é secretado pela própria célula.
 Podem ser de vida livre, vivendo em ambientes aquáticos ou terrestres, ou em
associação com outros seres vivos, estabelecendo relações de parasitismo,
comensalismo e até mesmo de mutualismo.
 Possuem diversos mecanismos de locomoção, como flagelos, cílios ou
pseudópodes.
 Alimentam-se de forma heterotrófica, ou seja, obtêm seu alimento a partir de
outros organismos ou de matéria orgânica em decomposição e a captura do
alimento geralmente ocorre por fagocitose. A digestão intracelular ocorre por
meio da formação de um vacúolo digestivo. É importante salientar que algumas
espécies de protozoários são capazes de nutrir-se por processos fotossintéticos.

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 A reprodução dos protozoários pode ocorrer tanto de forma sexuada quanto
assexuada. A reprodução sexuada é realizada por meio dos paramécios, por de
um mecanismo conhecido de conjugação, que consiste na união entre dois
indivíduos que trocam material genético, originando novos protozoários.

Na reprodução assexuada, que é a mais comum nos protozoários, o processo ocorre de


duas formas:

 Divisão binária: quando uma célula denominada como célula-mãe se divide,


originando outras duas células (células-filhas);
 Divisão múltipla: quando a célula realiza diversas mitoses, formando uma
grande quantidade de núcleos, que, por sua vez, dividem-se em células menores.

São encontrados em diversos habitats, como água doce, água salgada, solo e no interior
de outros organismos, como insectos e vertebrados.

Principais classes dos Protozoário

Classe Amoebozoa: Os amebóides são caracterizados por seu modo de locomoção


através de pseudópodes (falsos pés). Eles se movem estendendo pseudópodes e então
puxando o restante do corpo. Exemplo: Amebas.

Classe Ciliophora: Os ciliados são protozoários cobertos por cílios, pequenos


apêndices semelhantes a pelos. Esses cílios facilitam a locomoção e a alimentação do
organismo. Os ciliados são encontrados em diversos habitats e muitos deles são de vida
livre. Exemplo: Paramecium.

Classe Zoomastigophora: Protozoários dessa classe têm a capacidade de se mover


usando flagelos, que são apêndices semelhantes a chicotes. Esses flagelos permitem que
eles nadem activamente. Exemplo: Trypanosoma.

Classe Sporozoa: Os esporozoários são enquadrados nessa classe. Normalmente, eles

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são parasitas com complexos ciclos de vida envolvendo múltiplos hospedeiros
intermediários. Exemplo: Plasmodium.

Características gerais do Phylum (filo) Porifera.

Poríferos são animais marinhos que possuem poros em todo seu corpo. Com as
seguintes características.

 Estrutura corporal simples: Os poríferos são considerados os animais mais


simples em termos de organização estrutural. Eles são compostos por células
especializadas, mas não possuem tecidos, órgãos ou sistemas.
 Corpo permeado poros: As esponjas possuem corpos permeados poros
microscópicos e canais que permitem a passagem da água. Esses poros são
conhecidos como óstios e são fundamentais para a alimentação, respiração e
excreção dos poríferos.
 Simetria radial ou assimétrica: A maioria dos poríferos possui simetria radial, o
que significa que podem ser divididos em partes iguais a partir de qualquer
plano central. No entanto, algumas espécies podem apresentar simetria
assimétrica, onde não há um padrão simétrico definido.
 Ausência de sistema nervoso: Os poríferos não possuem sistema nervoso
centralizado nem órgãos sensoriais. Sua coordenação é realizada por meio de
células especializadas de transporte de informações conhecidas como células
sensoriais.
 Células especializadas: Os poríferos possuem diversos tipos de células
especializadas, como:
- Coanócitos: células flageladas responsáveis pela alimentação e circulação de
água.
- Células pinacócitos: revestem a superfície externa do corpo do porífero.
- Células porócitos: formam os poros e auxiliam na entrada de água.
- Células amebócitos: são capazes de se mover livremente pelo corpo da
esponja e estão envolvidas na digestão e transporte de nutrientes.
 Reprodução assexuada e sexuada: Os poríferos podem se reproduzir de forma
assexuada, por brotamento ou regeneração. Além disso, eles também possuem
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uma capacidade limitada de reprodução sexuada, com a formação de gametas
masculinos e femininos que se fundem para formar um zigoto.

Relações dos Poríferos com o homem.

Os poríferos, também conhecidos como esponjas, têm relações indirectas com os seres
humanos, os poríferos desempenham um papel importante no ecossistema marinho e
podem ter algumas aplicações económicas e medicinais.

No campo económico, as esponjas naturais, que são derivadas dos poríferos, são usadas
na fabricação de esponjas de banho, esfregões e outros produtos de limpeza. As
esponjas naturais são altamente absorventes e duráveis, tornando-as populares para uso
doméstico e comercial.

Além disso, certos compostos bioativos isolados de poríferos têm sido estudados por
suas propriedades medicinais. Alguns deles mostraram actividades antimicrobianas,
antitumorais e anti-inflamatórias. A algumas pesquisas estão em andamento para
explorar o potencial desses compostos em medicamentos ou tratamentos futuros.

Classificação sistemática dos Poríferos

Quanto a classificação sistemática, os poríferos pertencem ao reino Animalia e ao filo


Porifera. Dentro desse filo, os poríferos são classificados em três classes principais:
Calcarea (esponjas calcáreas), Hexactinellida (esponjas de vidro) e Demospongiae
(esponjas de demosponjas).

Características gerais do Filo Cnidaria

Os Cnidários são um filo de animais aquáticos, principalmente marinhos, que inclui as


águas vivas, anêmonas-do-mar, corais e hidras. São caracterizados por apresentarem

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células especializadas chamadas cnidócitos, que contêm estruturas chamadas cnidóbulos
que são utilizadas para capturar presas e se defender de predadores.

As características gerais dos Cnidários incluem:

 Corpo com simetria radial: os Cnidários possuem um corpo que pode ser
dividido em metades simétricas em relação a um eixo central, chamado de eixo
oral-aboral. Isso significa que eles não têm um lado esquerdo ou direito
distintos, como animais com simetria bilateral.
 Presença de cnidócitos: Os Cnidários possuem células especializadas chamadas
cnidócitos, que contêm uma estrutura chamada cnidoblasto ou cnidocisto. Essas
células são responsáveis por produzir e liberar estruturas urticantes chamadas
cnidócitos, que são usadas para capturar presas e defender-se de predadores.
 Cavidade gastrovascular: Os Cnidários possuem uma cavidade central do corpo
chamada cavidade gastrovascular. Essa cavidade funciona tanto como sistema
digestivo quanto como um compartimento para circulação interna de nutrientes e
gases.
 Sistema nervoso simples: Os Cnidários têm um sistema nervoso bastante
primitivo, com uma rede de neurônios dispersos pelo corpo. Eles não têm um
cérebro ou sistema nervoso centralizado como os animais mais evoluídos.
 Reprodução assexuada e sexuada: os Cnidários podem se reproduzir de forma
assexuada, por brotamento ou regeneração, e também de forma sexuada, com
gametas sendo produzidos por indivíduos masculinos e femininos.
 Diversidade corporal: os Cnidários apresentam uma grande diversidade de
formas corporais, incluindo medusas (plânctonicas), pólipos (sésseis e com
tentáculos ao redor da boca), corais (colónias) e hidras (pequenas e solitárias).
 Revestimento do corpo: Os Cnidários possuem uma camada celular externa
chamada de epiderme. Algumas espécies também possuem uma camada de
células especializadas chamada de mesogleia, que atua como um suporte
estrutural.

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 Sistemas de transporte limitados: Os Cnidários não possuem um sistema
circulatório bem desenvolvido. A circulação de nutrientes, oxigénio e resíduos
ocorre principalmente através da difusão na cavidade gastrovascular.
 Sentidos: Os Cnidários possuem células sensoriais difusas, que lhes permitem
detectar estímulos ambientais, como luz e movimento. No entanto, seus sistemas
sensoriais são menos complexos em comparação com animais mais evoluídos.
 Habitat marinho predominante: A maioria das espécies de Cnidários é
encontrada em habitats marinhos, embora algumas também possam ser
encontradas em água doce. Eles podem ser encontrados em uma variedade de
profundidades, desde regiões costeiras rasas até o fundo do oceano.

Relações dos Cnidários com o homem

Os cnidários, grupo de animais aquáticos que inclui as águas-vivas, corais, anémonas-


do-mar, tem uma relação com os homens.

Alguns cnidários, como as águas-vivas e os recifes de coral, têm grande popularidade


entre os turistas que visitam áreas costeiras. Muitas pessoas gostam de observar e nadar
em recifes de coral, o que gera actividades turísticas e recreacionais.

Alguns cnidários são usados na alimentação humana. Por exemplo, no sudeste asiático,
a água-viva é uma iguaria popular e é consumida em diversos pratos. Além disso,
algumas espécies de polvo e peixes se alimentam de cnidários.

Algumas substâncias encontradas em cnidários possuem propriedades medicinais. Por


exemplo, alguns produtos extraídos de águas-vivas são utilizados em drogas utilizadas
para o tratamento de câncer e doenças autoimunes.

Algumas espécies de cnidários possuem células especializadas chamadas de cnidócitos,


que contêm estruturas urticantes capazes de injectar veneno em suas presas ou em
agressores. Quando os seres humanos entram em contacto com esses cnidários, podem
sofrer queimaduras dolorosas e irritação da pele. Um exemplo comum é a queimadura
causada pelas águas-vivas.

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Os corais são um tipo de cnidário que desempenham um papel fundamental nos
ecossistemas marinhos, pois fornecem habitat e abrigo para uma grande diversidade de
espécies, incluindo peixes tropicais. Além disso, os corais ajudam a proteger as costas
devido à formação de recifes, que aumentam a estabilidade do fundo do mar e reduzem
a acção de ondas e tempestades.

Classificação sistemática dos Cnidários

Reino: Animalia
Filo: Cnidaria
Classe: Anthozoa
Classe: Cubozoa

Classe: Hydrozoa
Classe: Scyphozoa

Características gerais dos Ctenophora

Os ctenophora são animais marinhos gelatinoso

Com as seguintes características:

 Corpo gelatinoso: Os Ctenophora possuem um corpo gelatinoso, sem estruturas


esqueléticas rígidas.
 Forma geralmente ovalada: A maioria dos indivíduos tem um formato ovalado
ou em forma de pêra.
 Simetria radial: Eles exibem simetria radial, o que significa que podem ser
divididos em partes iguais por vários planos de simetria.
 Pentes de cílios: Os Ctenophora possuem fileiras de cílios natatórios chamados
comb-ctenes, que se estendem ao longo do corpo e são usados para nadar e se
deslocar no ambiente marinho.
 Saco digestivo: Eles possuem um tubo digestivo completo, com uma boca
localizada no polo oral e um ânus na extremidade oposta, o polo aboral.

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 Tentáculos: A maioria das espécies de Ctenophora possui tentáculos
ramificados, que podem ser usados para capturar presas.
 Bioluminescência: Muitas espécies de Ctenophora possuem células
especializadas que emitem luz, tornando-os bioluminescentes.
 Comportamento de natação: São animais livres nadadores e usam seus cílios
para se moverem no ambiente marinho.
 Não possuem sistema nervoso centralizado: Os Ctenophora possuem células
nervosas dispersas pelo corpo, mas não possuem um sistema nervoso
centralizado como os vertebrados, por exemplo.
 Reprodução sexuada e assexuada: Podem se reproduzir tanto por reprodução
sexuada, onde liberam gametas masculinos e femininos, como por reprodução
assexuada, através da brotamento ou regeneração de partes do corpo.

Relações dos Ctenophora com o homem

Importância ecológica: Os ctenóforos desempenham um papel importante nos


ecossistemas marinhos como predadores de outros organismos. Sua presença é essencial
para manter o equilíbrio nas cadeias alimentares marinhas.

Alguns ctenóforos possuem células urticantes que podem causar irritações e


queimaduras em humanos. No entanto, a maioria das espécies de ctenóforos não
apresenta riscos significativos para os humanos.

Eles desempenham um papel importante na pesquisa genética, biologia do


desenvolvimento e evolução dos organismos marinhos.

Classificação sistemática dos Ctenofora

Ctenoforos são organismos que pertencem ao Reino: Animalia, pertencente ao filo


Ctenophora e são classificados em três classes, Tentaculata, Nuda, Beroida.

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Razões de separação entre Cnidário e Ctenoforos

A separação dos Cnidários e Ctenophora é baseada em várias diferenças morfológicas e


fisiológicas entre esses grupos de animais.

 Estrutura dos corpos: Os Cnidários possuem uma estrutura corporal


característica chamada de pólipo ou medusa. Os pólipos são fixos ao substrato,
enquanto as medusas são formas livres nadadoras. Por outro lado, os Ctenoforos
possuem um corpo gelatinoso alongado e geralmente em forma de uma pêra.
 Simetria: Os Cnidários exibem principalmente simetria radial em sua anatomia,
o que significa que podem ser divididos em partes iguais em torno de um eixo
central. Por outro lado, os Ctenoforos são animais que exibem simetria
birradial, que é uma combinação de simetria radial e bilateral.
 Sistema digestivo: Os Cnidários possuem uma única abertura que funciona
tanto como boca quanto ânus. Essa abertura é cercada por tentáculos com
células urticantes chamadas cnidócitos, usadas para capturar e paralisar suas
presas. Por outro lado, os Ctenoforos possuem uma cavidade digestiva
completa, com uma boca separada do ânus, e não possuem células
especializadas para capturar presas.
 Locomoção: Os Cnidários podem se deslocar por meio de movimentos
limitados em suas medusas ou pólipos, mas geralmente são animais sésseis
(fixos em um substrato). Em contrapartida, os Ctenoforos têm a capacidade de
nadar activamente usando cílios presentes em sua superfície corporal.
 Aparência física: Cnidários são comumente conhecidos por conterem estruturas
urticantes, tais como as medusas da água-viva. Os Ctenoforos têm um corpo
gelatinoso com faixas de células ciliadas, que podem emitir luz e apresentar
uma aparência mais translúcida.

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Conclusão

A Zoologia Sistemática é uma disciplina faz nos sobre a diversidade dos animais.
Sistemática e Taxonomia descreve e nomeia os animais com base as regra já
estabelecida pelo Lineu e algumas estabelecidas pelo Código Internacional da
Nomenclatura Zoológica. Lineu estabeleceu algumas regras muito interessante que são
usadas até hoje que exemplo categoria taxonómica em hierarquia, Reino, Filo, Classe,
Ordem, Família, Género e espécie. Nomenclatura binomial e a universalidade na
nomeação dos organismos.Com base nestas regras caso um indevido pretender divulgar
um nome que deu a um qualquer animal que descobriu, sem seguir estas regras a sua
obra não será validade pela comunidade internacional que regem na área da zoologia.

Os protozoários são organismos do reino Proctista eucariontes de nutrição


heterotróficos. Alguns de vida livre e outros parasitas. Os organismos parasitas muitos
deles são causadores de muitas doenças nos homens. Exemplo os organismos de género
Plasmodium.

Os poríferos são organismos marinhos com corpo rodeado de poros, eles são fixo em
um substrato no mar, neste grupo existem de água doce. Com algumas importâncias
para os homens na medicina e economia.

Os filos Cnidaria e Ctenophora são organismos que já foram classificados no mesmo


filo no reino animal, apresentando características diferentes quanto a estrutura do corpo,
sistema digestivo, locomoção e algumas células especiais. Por causa das características
diferentes mencionadas foram separados e cada grupo constituindo um filo.

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Referências bibliográficas

www.wikidepedia/wiki/Sistematica.

Botânica Sistemática Prof. Augusto César & Prof. George Sidney.2ªedição Nead.UPE
2013.

Tópicos de Pesquisa em Zoologia Sistemática Júlia Silva Beneti [et al] São Paulo 2017.

Princípios de Sistemática Zoológica. Caroline Batistim (org) [et al] 1ªedição.Belo


Horizonte 2020.

https.brasilescola.com.br.

www.wikispies.com

https//blog.stord.com.br

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