Peça 2
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Peça 2
PROCESSO Nº:
Autor: Ministério Publico do Estado de São Paulo
RESPOSTA A ACUSAÇÃO
Com fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal pelos movidos que
passa a expor.
I - DOS FATOS
O requerente foi denunciado por suposta pratica do crime de furto previsto no artigo 155,
caput, do Código Penal, eis que a João teria subtraído a bordo de uma aeronave que
pousaria em São Paulo um chocolate da marca Lincht de valor R$ 23,00 (vinte e três
reias) de Sheila Linda enquanto está estava dormindo.
III - DO DIREITO
PRELIMINARES DE MÉRITO
Ao tratar da suspensão condicional do processo nota-se que o Ministério Publico não
ofereceu a alternativa. Contudo, o acusado está dentro de todos os requisitos necessário
para que seja oferecido tal beneficio.
Vejamos:
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena
I – o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem
como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III – não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.
§ 1º A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.
Para que ocorra a suspensão o acusado não pode ser parte de outro processo criminal e
tampouco ter sofrido uma condenação, no entanto verifica-se que João além de ser réu
primário é apenas investigado nos outros dois processos ou seja ainda estão em fase de
inquérito por isso ausente qualquer condenação.
Dessa forma, estando presente o direito da suspensão condicional reclamo pela revisão
quanto a oferta do Ministério Publico.
MÉRITO
DA ANTIJURIDICIDADE DA CONDUTA
Como mencionado anteriormente João realizou a conduta tipificada no artigo 155, caput,
do Código Penal, apesar disso o cidadão acusado não agiu com a intenção de praticar o
delito. Ao contrário, o requerente agiu por necessidade e presando pela vida de seu filho.
Deste modo conforme o artigo 24 do Código Penal:
"Considera-se em estado de necessidade que pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”.
Nesse raciocínio, fica demonstrado que o agente sacrificou o bem jurídico de menor valor
para preservar a vida de outra pessoa, desta forma realizou conduta antijurídica posto que
em tal circunstancia não era razoável exigir uma conduta diferente.
III - DO PEDIDO
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
Local - Data
Advogado - OAB