Exodo
Exodo
Exodo
MOISÉS
Índice
Aarão 6
Água que brotou do Monte Horeb 19
Água utilizada pelo povo hebreu durante a viagem pelo deserto 19
Aliança entre o Senhor e Israel 28
Alimentação do povo israelita no deserto 18
Altar dos holocaustos 32, 36
Aparição do Senhor a Moisés 4
Arca da aliança 47
Artesão que construiu a arca 47
Artesãos que edificaram o tabernáculo 37, 46, 47
Bezerro de ouro 40, 41
Causas da opressão dos hebreus no Egito 2
Chegada ao Sinai 21
Decálogo 23, 24, 39, 41, 44
Dez Mandamentos 23, 24, 39, 41, 44
Êxodo e seu objeto 1
Faraó do Egito 8, 9
Filhos de Israel que foram residir no Egito 2
Filhos de Moisés 4
Jethro - sogro de Moisés 4
Lei sobre os primogênitos 15
Leis diversas sobre comportamento 27
Leis judiciais 25
Leis sobre a propriedade 26
Maná 18
Missão de Moisés 5
Moisés - origem, missão e família 3, 4, 5, 6, Apêndice
Moisés e seus familiares 4, 6, Apêndice
Nuvem do Senhor 50
Páscoa e sua origem 13, 14
Passagem do Mar Vermelho 16
Perseguição dos egípcios contra os hebreus 2
Pragas lançadas contra o Egito 9, 10, 11, 12
Primícias devidas ao Senhor 29
Razões da saída de Moisés do Egito 3
Razões de Aarão ser chamado a auxiliar Moisés 6
Rosto do Senhor (O) 43
Sábado 38
Sacerdotes de Israel 33, 34, 35, 49
Sagração dos primeiros sacerdotes 35
Santuário 30, 48
Séfora - esposa de Moisés 4
Significado do nome “Moisés” 3, Apêndice
Sinai 21
Sinais mostrados pelo Senhor mostrou para convencer Moisés 6, 7
Tabernáculo 30, 31, 32, 43, 45, 46, 48, 50
Terra da promissão 41, 42
Travessia do Mar Vermelho 16
Vestimentas sacerdotais 49
Véu utilizado por Moisés 44
II
ÊXODO
MOISÉS
1a Reunião
Objeto do estudo: Capítulos 1 a 11.
A. Por que os hebreus passaram a ser oprimidos no Egito? (Êxodo, 1:1-22; ver item 2 do
texto abaixo.)
B. Como surgiu Moisés? (Êxodo, 2:1-15; ver item 3 do texto abaixo.)
C. De que modo o Senhor apareceu a Moisés? (Êxodo, 2:16 a 3:8; ver item 4 do texto abai-
xo.)
D. O Senhor falou-lhe nessa oportunidade sobre sua missão? (Êxodo, 3:9-22; ver item 5
do texto abaixo.)
E. Que sinais o Senhor mostrou a Moisés para convencê-lo e qual foi a sua reação?
(Êxodo, 4:1-31; ver itens 6 e 7 do texto abaixo.)
F. O Faraó atendeu de imediato ao pedido de Moisés? (Êxodo, 5:1 a 6:9; ver itens 8 e 9 do
texto abaixo.)
G. Por que motivo aconteceram as pragas contra o Egito? (Êxodo, 6:10 a 11:10; ver itens
10 e 11 do texto abaixo.)
H. Como a Bíblia descreve as dez pragas? (Êxodo, 7:14 a 11:10; ver item 12 do texto abai-
xo.)
1. Este livro – que é, pela ordem, o segundo do Pentateuco Mosaico – conta a história
da libertação do povo de Israel da servidão no Egito. Êxodo é, como o seu próprio no-
me indica, o relato de uma emigração, é a marcha rumo ao Sinai, a saída do povo judeu
oprimido pela ditadura dos Faraós do Egito. Aí tem prosseguimento a história dos israe-
litas desde a morte de José até a edificação do Tabernáculo, que se deu mais de um ano
após a sua saída do Egito. O livro mostra, ainda, a constituição civil e religiosa do povo
israelita, ligado por vínculos especiais ao culto de um único Deus, por intermédio de
Moisés, que, em nome do Senhor, lhe deu leis e instruções particulares. A obra divide-
se em três partes principais: 1a.) Os acontecimentos anteriores à saída do Egito; 2a.) A
promulgação da Lei no Sinai; 3a.) A organização do culto. (A Bíblia Sagrada, tradução
de Antonio Pereira de Figueiredo, edição de Livros do Brasil S.A., volume I, págs. XI e
XII.)
2. Como referido no livro de Gênesis, os filhos de Israel que entraram no Egito foram
doze: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zabulon, Benjamim, Dan, Nefthali, Gad, Aser
e José. No Egito, os filhos de Israel cresceram e se multiplicaram, enchendo a terra.
Mas, tempos depois após a morte de José, levantou-se no país um novo rei, que não
conhecia a José e que achou que o povo dos filhos de Israel era mais numeroso e mais
forte do que o povo egípcio. Por isso, o Faraó e os egípcios passaram a tratá-los sem
consideração, vexando-os manhosamente e pondo sobre eles inspetores de obras que
os perturbavam com imposições. Foram os israelitas que edificaram para o Faraó as
cidades das tendas, Fithom e Ramesses. Mas, quanto mais o rei os oprimia, mais se
multiplicavam e cresciam. Um dia o rei determinou às parteiras dos hebreus que não
deixassem que vivessem os filhos machos, mas somente as fêmeas. As parteiras, te-
III
mendo a Deus, não fizeram o que o rei determinou, dizendo-lhe que as mulheres dos
hebreus não precisavam de parteiras, visto que elas mesmas sabiam partejar. Então
ordenou o Faraó que todo aquele que nascesse do sexo masculino fosse lançado no rio.
(Êxodo, 1:1-22.)
3. Algum tempo depois do edito real, um homem da família de Levi casou-se com uma
mulher da sua mesma estirpe, que concebeu e pariu um filho, que ela manteve escon-
dido por três meses. Como não pudesse mais escondê-lo, ela tomou um cestinho de
junco, pôs nele o menino e colocou-o num canavial, na ribanceira do rio. De longe, uma
irmã do menino observava o que sucederia. Eis que a filha do Faraó foi se lavar no rio e
viu o cestinho. Quando uma criada o pegou, à sua ordem, ela o abriu e viu nele um me-
nino que chorava. Compadecida dele, disse: Este é algum dos meninos dos hebreus. A
irmã da criança então se aproximou e perguntou se ela gostaria que fosse chamada al-
guma mulher hebreia que pudesse criar o menino. A moça foi e chamou, então, sua
própria mãe, que criou, mediante uma paga, o menino adotado pela filha do Faraó.
Quando o rapaz estava adulto, ela o entregou à filha do rei, que lhe deu o nome de Moi-
sés, dizendo: Porque eu o tirei da água. Já homem, Moisés viu a aflição em que viviam
os israelitas. Um dia, ele deparou com um homem egiptano a bater num hebreu e, ven-
do que ninguém estava por perto, matou o egípcio e o escondeu na areia. No dia se-
guinte, viu dois hebreus rixando, e perguntou ao que fazia a injúria: Por que maltratas o
teu próximo? Ele replicou indagando a Moisés quem o havia constituído juiz: Acaso que-
res-me matar, como mataste o egiptano? Moisés se assustou ao ver que alguém tinha
presenciado o seu crime e o Faraó acabou tendo notícia do caso, razão por que passou
a persegui-lo, porquanto desejava matá-lo. Essa a razão pela qual Moisés, fugindo do
rei, retirou-se para a terra de Madian, assentando-se junto de um poço. (Ex., 2:1-15.)
4. Em Madian havia um sacerdote que tinha sete filhas. Um dia, quando as moças iam
dar de beber aos rebanhos de seu pai, vieram uns pastores que tentaram expulsá-las
do poço, mas Moisés, vindo em defesa delas, deu de beber às suas ovelhas. Em casa, o
velho pai soube que Moisés livrara suas filhas da violência dos pastores e deu de beber
às ovelhas. Mandou então que elas o convidassem para comer. Moisés passou a residir
ali e mais tarde casou-se com uma das filhas, de nome Séfora, que lhe deu dois filhos:
Gerson e Eliezer. Muito tempo depois morreu o rei do Egito, embora a opressão conti-
nuasse sobre os filhos de Israel, cujos clamores chegaram até o céu. Aconteceu então
que Moisés, que apascentava as ovelhas de Jethro, seu sogro, foi ao monte Horeb e ali
o Senhor lhe apareceu numa chama de fogo, que saía do meio de uma sarça. A sarça
ardia sem se consumir. Moisés ficou intrigado porque a sarça não se consumia. O Se-
nhor então chamou-o e lhe disse: Moisés, Moisés. Não te chegues para cá: tira os sapa-
tos de teus pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa. Eu sou o Deus de teu
pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob. Moisés cobriu o seu rosto,
porque não ousava olhar para o Senhor, que lhe disse ter ouvido a aflição de seu povo
no Egito, a quem ele iria livrar das mãos dos egípcios e fazer passar daquela terra para
outra terra boa e espaçosa, onde corriam arroios de leite e de mel. (Ex., 2:16 a 3:8.)
5. Ali mesmo o Senhor lhe disse que ele, Moisés, fora escolhido para ir até o Faraó e
tirar do Egito os filhos de Israel. Moisés declarou-se sem condições para tal, mas o Se-
nhor lhe disse que estaria com ele em todo o tempo. Moisés perguntou então como ele
se mostraria aos hebreus de modo a convencê-los. O Senhor o instruiu: Eis aqui o que
tu hás de dizer aos filhos de Israel: Aquele que é me enviou a vós. Disse mais ainda:
Dirás aos filhos de Israel: O Senhor Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de
Isaac, o Deus de Jacob me enviou a vós, para tirar-vos da opressão dos egípcios e fa-
zer-vos passar para o país dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos fereseus, dos
heveus, dos jebuseus, para uma terra, onde correm arroios de leite e de mel. O Se-
nhor, porém, advertiu-o de que o rei do Egito não consentiria pacificamente na saída
dos israelitas, salvo se fosse tocado por uma mão forte. Por isso, ele estenderia sua
IV
mão e feriria o Egito com toda a sorte de prodígios. E ninguém sairia de lá de mãos va-
zias, porquanto cada mulher pediria à sua vizinha e à sua hospede vasos de ouro e de
prata, e vestidos. (Ex., 3:9-22.)
6. Moisés, mesmo ouvindo tudo aquilo, replicou dizendo que ninguém lhe daria crédito e
diria que o Senhor não lhe aparecera. O Senhor deu-lhe, porém, alguns sinais. Mandou
que ele deitasse no chão a vara que trazia nas mãos. Moisés deitou-a, e ela se conver-
teu em uma cobra, de sorte que Moisés fugiu. O Senhor disse que a pegasse pela cau-
da. Moisés obedeceu, e a cobra transformou-se na vara. Aquilo era um sinal para que
todos cressem nele. Depois pediu que Moisés metesse a mão no seu seio. Metendo a
mão no seio, tirou-a depois leprosa como a neve. O Senhor disse que tornasse a enfiá-
la no seio. Moisés obedeceu, e ao tirá-la estava como antes. O Senhor lhe disse então
que, se não cressem da primeira vez, acreditariam após o segundo prodígio. E lhe ensi-
nou um terceiro prodígio: Moisés tomou um pouco de água do rio e derramou-a sobre a
terra: a água se converteu em sangue. Moisés, ainda assim, se considerou impotente
para a tarefa, visto que não era uma pessoa eloquente, mas tardo de língua. E insistiu
que o Senhor escolhesse outro mais apto para a missão. Foi então que o Senhor se
lembrou de Aarão, irmão mais velho de Moisés, que falaria por ele ao povo: Ele falará
por ti ao povo, e será a tua boca; e tu dirigi-lo-ás no que diz respeito a Deus. (Ex., 4:1-
16.)
7. Moisés voltou para a casa de Jethro, seu sogro, decidido a tornar ao Egito para ver
seus irmãos. O Senhor lhe havia avisado que todos aqueles que queriam matá-lo esta-
vam mortos, e o instruiu, no caminho, sobre como falar ao Faraó. Além disso, ele pediu
a Aarão que fosse encontrar-se com Moisés no deserto. Este contou a Aarão todas as
palavras ditas pelo Senhor e os prodígios que este lhe ensinara. No Egito, os dois ir-
mãos reuniram os anciãos de Israel e, sabendo que o Senhor tinha olhado para a sua
aflição, o povo israelita lhes deu crédito e, prostrado por terra, os adorou. (Ex., 4:17-
31.)
8. Moisés e Aarão foram ter com o Faraó do Egito e disseram ao governante egípcio que
o Senhor Deus de Israel lhe pedia deixasse ir o seu povo, para lhe oferecer sacrifícios
no deserto. O Faraó respondeu dizendo não conhecer o Senhor e que não permitiria a
saída dos israelitas. Moisés e Aarão insistiram no pedido: O Deus dos hebreus nos cha-
mou, para que andemos três dias a caminho do deserto, e ofereçamos sacrifício ao Se-
nhor nosso Deus, para que não suceda que venha sobre nós peste, ou espada. O rei do
Egito censurou a ambos porque eles distraíam os hebreus de seus serviços, e os man-
dou voltar às suas tarefas. Além disso, irritado com a pretensão dos hebreus, o Faraó
determinou aos prefeitos das obras e aos exatores do povo que, a partir de então, não
fosse dada ao povo palha para fazer tijolo: eles mesmos deveriam ajuntar a palha de
que necessitassem, sem diminuir a quantidade produzida. Nos dias seguintes, como a
produção caísse, muitos foram açoitados. Ao reclamarem com o próprio Faraó por que
ele assim agia, maltratando os seus servos, o rei respondeu: Estais ociosos e por isso
dizeis: Vamos fazer sacrifícios ao Senhor. Ide pois, e trabalhai: não se vos há de dar
palha, e vós cada dia haveis de pôr pronta a mesma quantidade de tijolo. (Ex., 5:1-
19.)
9. Pressionado pelos israelitas, que ficaram agastados com ele e Aarão por causa do
aumento de seus esforços determinado pelo Faraó,. Moisés dirigiu-se ao Senhor e lhe
disse: Senhor, por que afligiste a este povo? por que me enviaste? E explicou que des-
de que ele falou ao Faraó em seu nome o rei atormentou mais ainda seu povo. O Se-
nhor respondeu-lhe: Agora verás tu o que eu vou fazer ao Faraó, porque por mão pode-
rosa os deixará sair e com mão robusta os lançará fora de sua terra. O Senhor relem-
brou então a Moisés as promessas que ele fizera a Abraão, a Isaac e a Jacob sobre a
terra prometida, fatos que Moisés depois referiu aos filhos de Israel, os quais, contudo,
V
não lhe deram nenhum apoio, por causa da angústia do seu espírito e do trabalho durís-
simo que o rei do Egito lhes impunha. (Ex., 5:20 a 6:9.)
10. O Senhor apareceu então outra vez a Moisés e o instruiu para que fosse ter de novo
com o Faraó e reiterasse o pedido de deixar sair da sua terra os filhos de Israel. Moisés
retrucou dizendo que, se os filhos de Israel não o ouviam, como o Faraó o ouviria, prin-
cipalmente tendo ele a língua presa? O Senhor respondeu-lhe dizendo que Aarão seria o
seu profeta, o seu intérprete, para dizer ao Faraó tudo quanto ele lhe havia instruído. A
diferença de idade entre os irmãos era pequena: Moisés tinha 80 anos e Aarão, 83,
quando falaram ao rei. Se o Faraó quisesse prodígios, Aarão os faria, por ordem de Moi-
sés. Assim foi feito: Aarão lançou a sua vara diante do rei, e ela se converteu em cobra.
Mas os sábios e mágicos da corte conseguiram fazer o mesmo. E lançaram a sua vara,
que se converteram em dragões, mas a vara de Aarão devorou as varas deles. O cora-
ção do Faraó continuou, porém, endurecido. (Ex., 6:10 a 7:13.)
11. Por diversas vezes Moisés e Aarão tentaram convencer o Faraó a deixar o povo is-
raelita partir do Egito, a fim de poderem adorar a Deus no deserto, mas em vão. O Fa-
raó às vezes parecia concordar, mas depois se negava a atendê-los, devido à dureza do
seu coração. O Senhor resolveu então mostrar ao rei a sua força e com isso tiveram
início as chamadas pragas lançadas contra o Egito, que foram, ao todo, dez. Curiosa-
mente, para mostrar ao povo israelita que o Senhor o protegia, os bens, as terras e os
filhos de Israel não foram atingidos por nenhuma das dez pragas lançadas contra o Fa-
raó e os egípcios. (Ex., 7:14 a 11:10.)
12. De uma forma resumida, eis como o livro de Êxodo relata as dez pragas:
1a. praga - Aarão, levantando a vara, tocou a água do rio à vista do Faraó e de seus
servos, e a água se converteu em sangue. Os peixes morreram e o rio se corrompeu, e
os egípcios não podiam beber a água do rio, tendo que cavar ao longo do rio para não
perecerem de sede.
2a. praga - Aarão estendeu sua mão sobre as águas do Egito, e saíram delas rãs, que
cobriram toda a terra egípcia. O Faraó pareceu ceder, e o Senhor obrou conforme a pa-
lavra de Moisés, e morreram as rãs das casas, das granjas e dos campos.
3a. praga - Aarão, pegando na vara, estendeu a mão e feriu o pó da terra, e viram-se
os homens e as bestas cobertos de mosquitos em todo o Egito. Os mágicos tentaram
com seus encantamentos afastar os aludidos insetos, mas não puderam. Disseram en-
tão ao Faraó que o dedo de Deus estava ali, mas o rei continuou empedernido.
4a. praga - O Senhor fez com que moscas de todos os tipos viessem sobre as casas do
Faraó, de seus servos e de todo o Egito. O Faraó não aguentou essa prova e autorizou
Moisés a fazer sacrifícios a Deus no próprio Egito, o que não foi aceito pelo líder hebreu,
visto que os egípcios, se os vissem, não aceitariam certos sacrifícios que os hebreus
fariam. Depois, para livrar-se das moscas, o Faraó assentiu no que Moisés pedia, mas,
apartados os insetos, voltou atrás em sua decisão e não deixou ir o povo.
5a. praga - Uma pestilência muito grave abateu-se sobre os cavalos, jumentos, came-
los, bois e ovelhas dos egípcios, de modo que todos os animais pertencentes ao povo
egípcio morreram, mas não pereceu nenhum dos que eram dos filhos de Israel.
6a. praga - Moisés e Aarão tomaram a cinza da chaminé e, quando se encontravam
diante do Faraó, Moisés lançou-a ao ar, formando-se úlceras e tumores nos homens e
nos animais em toda a terra do Egito, atingindo inclusive os mágicos.
7a. praga - Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o Senhor despediu trovões, pe-
dras e raios, que se espalharam sobre a terra. O Senhor fez ainda que chovesse pedra
sobre todo o Egito, caindo as pedras e o fogo ao mesmo tempo, matando tudo o que se
achou nos campos, desde os homens até às bestas, queimando toda a erva do campo e
destroçando as árvores da região. O Faraó mandou chamar Moisés e Aarão e se disse
arrependido, reconhecendo que ele e seu povo eram ímpios. Cessando a chuva, a pedra
e os trovões, ele voltou atrás e não permitiu a saída dos filhos de Israel.
VI
8a. praga - Estendeu Moisés a vara sobre a terra do Egito, e o Senhor mandou um ven-
to abrasador todo aquele dia e noite. De manhã, o vento levantou os gafanhotos, que
cobriram toda a superfície da terra egípcia destruindo tudo o que havia escapado à chu-
va de pedra. O Faraó parecia vencido: reconhecendo ter pecado, pediu a Moisés e Aarão
que lhe perdoassem a falta. Afastados, porém, os gafanhotos, de novo proibiu a saída
dos filhos de Israel.
9a. praga - Estendeu Moisés a sua mão para o céu e umas horríveis trevas cobriram
toda a terra do Egito por três dias. Ninguém podia ver seu irmão, nem se mover do lu-
gar onde estava: só onde habitavam os israelitas era dia claro. O Faraó, vencido, disse
que Moisés podia levar seu povo, desde que ficassem as ovelhas e o gado. O condutor
dos hebreus não aceitou a oferta, dizendo que com ele iriam todos os rebanhos, não
ficando deles uma única unha, porquanto ignoravam qual animal deveriam imolar no
deserto. O rei irritou-se com Moisés e lhe disse: “Aparta-te de mim, e guarda-te de me
tornares a ver a cara: em qualquer dia que me apareceres, morrerás”. Moisés respon-
deu-lhe que assim seria feito: ele não mais veria a cara do rei.
10a. praga - O Senhor disse a Moisés que ele ainda teria de ferir o Faraó e o Egito com
uma última praga: depois disto ele não só permitiria, como até constrangeria o povo de
Israel a sair do Egito. Instruiu então a Moisés que o povo hebreu pedisse a cada amigo
e a cada vizinho vasos de prata e de ouro. E disse que à meia-noite passaria pelo Egito
e que todos os primogênitos morreriam, desde o primogênito do Faraó até ao primogê-
nito das escravas e dos animais. Ouviram-se então, em toda a terra do Egito, grandes
clamores, como nunca antes houve, nem haveria jamais. Essa foi a décima e última
praga: chegara, enfim, o dia da libertação. (Ex., 7:14 a 11:10.)
2a Reunião
Objeto do estudo: Capítulos 12 a 19.
A. Como surgiu entre os hebreus a festa de Páscoa? (Êxodo, 12:1-51; ver itens 13 e 14 do
texto abaixo.)
B. Qual é a origem da chamada lei sobre os primogênitos? (Êxodo, 13:1-22; ver item 15
do texto abaixo.)
C. De que modo os hebreus atravessaram o Mar Vermelho? (Êxodo, 14:1-31; ver item 16
do texto abaixo.)
D. Após a travessia do Mar Vermelho, para onde foram os hebreus? (Êxodo, 15:1-27; ver
item 17 do texto abaixo.)
E. Como Moisés fez para alimentar todo aquele povo? (Êxodo, 16:1-36; ver item 18 do tex-
to abaixo.)
F. Como é que, em pleno deserto, os hebreus obtinham água? (Êxodo, 17:1-16; ver item
19 do texto abaixo.)
G. Quando o povo israelita chegou ao deserto de Sinai? (Êxodo, 19:1-10; ver item 21 do
texto abaixo.)
H. Que fatos estranhos se verificaram por essa ocasião no Sinai? (Êxodo, 19:11-25; ver
item 22 do texto abaixo.)
13. O Senhor, reportando-se ao momento da saída dos hebreus do Egito, disse a Moisés
e a Aarão, ainda em terra egípcia, que aquele seria o primeiro dos meses do ano, e que
ao décimo dia cada um tomasse um cordeiro para a sua família. Se as pessoas na casa
fossem poucas para comerem o cordeiro, convidassem os vizinhos. O cordeiro deveria
ser macho, de um ano, sem defeito, e poderia ser um cabrito com as mesmas qualida-
des. O animal seria guardado até o dia 14, para ser imolado à tarde. O sangue do ani-
mal deveria ser colocado sobre as duas ombreiras e sobre a verga das portas de suas
VII
casas, onde, na mesma noite, a carne do cordeiro, assada ao fogo, seria comida, acom-
panhada de pães asmos e alfaces bravas. A carne não poderia ser cozida em água,
mas assada no fogo. Se alguma coisa restasse após a refeição, queimá-la-iam no fogo.
Era a instituição da Páscoa, isto é, a passagem do Senhor, visto que naquela noite o
Senhor passaria pela terra do Egito e aí mataria todos os primogênitos, desde os ho-
mens até aos animais. O sangue nas portas das casas impediria que as famílias dos he-
breus fossem atingidas. Seria aquele um dia memorável, que deveria ser celebrado de
geração em geração como um culto perpétuo, como uma festa solene em honra do Se-
nhor. Comeriam então, por sete dias, pães asmos. O fermento estaria proibido. O pri-
meiro dos sete dias seria santo e solene; o sétimo seria uma festa igualmente venerá-
vel. Nesses dias, eles não deveriam fazer obra alguma, exceto aquelas cousas, atinen-
tes à festividade. Assim, desde o dia 14 do primeiro mês, à tarde, até à tarde do dia 21
do mesmo mês, os hebreus comeriam pães asmos, proibido o fermento. E assim foi fei-
to pelos filhos de Israel. (Êxodo, 12:1-28.)
14. Tudo aconteceu conforme fora anunciado pelo Senhor, uma vez que no meio da noi-
te todos os primogênitos da terra do Egito, desde o filho do Faraó até ao primogênito
dos cativos e dos animais, foram feridos de morte. Não havia no Egito casa onde não
houvesse algum morto. O Faraó chamou, então, Moisés e Aarão na mesma noite e au-
torizou a saída dos hebreus, com os seus rebanhos e familiares, e até mesmo os egíp-
cios insistiram com o povo hebreu para que saísse logo, com medo de morrer. Os filhos
de Israel fizeram o que Moisés lhes havia ordenado, e pediram aos egípcios vasos de
prata e ouro e muita quantidade de vestidos. Em seguida, partiram e foram a Sucoth.
Eram cerca de seiscentos mil homens, fora os meninos, conduzindo uma inumerável
multidão de ovelhas, gados e animais de diversos gêneros, em grande número. Comple-
tavam-se 430 anos desde que os filhos de Israel foram morar no Egito. A noite em que
o Senhor os tirou do Egito deveria ser lembrada por todas as gerações. E o Senhor dis-
se a Moisés e a Aarão: “Este é o rito da Páscoa: nenhum estrangeiro comerá dela”. Os
escravos deveriam ser circuncidados, e então poderiam comer; já os estrangeiros e os
mercenários, não. Se algum peregrino desejasse celebrar a Páscoa do Senhor, primeiro
fizesse a circuncisão e poderia celebrá-la. E no mesmo dia o Senhor tirou do Egito os
filhos de Israel, repartidos em diversas turmas. (Ex., 12:29-51.)
15. No mês dos trigos novos, o Senhor disse a Moisés: “Consagra-me todos os primo-
gênitos, assim de homens, como de animais, porque todos eles são meus”. Moisés
transmitiu o pedido aos hebreus, advertindo-os para lembrar-se daquele dia em que o
Senhor os tirou da casa da servidão, o qual deveria ser comemorado por eles e pelas
gerações futuras. Depois, uma vez instalados na terra dos cananeus, deveriam separar
todos os primogênitos, para consagrá-los ao Senhor, como este lhe falara. Ao conduzir
os hebreus, o Senhor não os levou pela terra dos filisteus, por receio de guerras, mas
os fez rodear pelo deserto, junto ao Mar Vermelho. Moisés levava consigo os ossos de
José, atendendo ao pedido que este fizera aos irmãos. Saindo, então, de Sucoth, eles
acamparam em Ethão, no extremo do deserto. O Senhor ia adiante deles, para lhes
mostrar o caminho, de dia numa coluna de nuvem e de noite numa coluna de fogo. E
jamais as colunas deixaram de aparecer diante do povo, durante a caminhada rumo à
terra prometida. (Ex., 13:1-22.)
16. Ciente de que o Faraó do Egito partira em perseguição dos hebreus, o Senhor orde-
nou a Moisés que seu povo retrocedesse, acampando-se diante de Fihahiroth, entre
Magdal e o mar. O objetivo era fazer com que o Faraó, pensando que eles estivessem
presos no deserto, fosse até lá para aprisioná-los. Foi o que aconteceu. O rei do Egito,
levando consigo seiscentas carroças e tudo o que no Egito se achou de carroças de
guerra, saiu no encalço deles. Ao verem os egípcios, os hebreus encheram-se de medo
e reclamaram a Moisés: “Era melhor servi-los a eles do que morrerem no deserto!”.
Moisés disse-lhes que não temessem, pois o Senhor obraria por eles. Orientados pelo
VIII
Senhor, eles marcharam então sobre o mar, que se abriu a um gesto de Moisés, dei-
xando no meio um caminho seco, por onde os hebreus puderam passar. Então um Anjo
do Senhor, que caminhava na frente dos israelitas, pôs-se atrás deles, e a coluna de
nuvem, colocada entre os dois exércitos, não permitiu que os egípcios se aproximas-
sem. Quando os egípcios entraram pelo caminho seco aberto no mar, as águas se reu-
niram de novo, a um gesto de Moisés, envolvendo-os todos no meio das ondas, não
escapando da morte nenhum egípcio. Os israelitas, vendo os egípcios mortos sobre a
praia e o grande poder que o Senhor exercitara sobre eles, temeram o Senhor e creram
nele e em Moisés, seu servo. (Ex., 14:1-31.)
17. Primeiro Moisés cantou, junto com os israelitas, um cântico em que louvaram a
Deus e no qual reconheciam que o Senhor era o seu Salvador, rememorando os aconte-
cimentos pelos quais Ele os livrara do Faraó. Depois Moisés os conduziu pelo deserto de
Sur, e eles caminharam três dias, sem encontrar água. Dirigiram-se, por isso, a Mara,
mas as águas ali eram amargosas. O povo então murmurou contra Moisés: Que have-
mos de beber? Atento a tudo, o Senhor mostrou a Moisés um lenho que, lançado nas
águas, tornou-as doces, e lhe deu alguns preceitos dizendo: “Se obedeceres à voz do
Senhor teu Deus, e obrares o que é reto diante dos seus olhos, e obedeceres aos seus
mandamentos, eu não enviarei sobre ti alguma das enfermidades que mandei contra
o
Egito: porque eu sou o Senhor que te sara”. Mais tarde, foram para Elim, onde havia
doze fontes de água e setenta palmeiras, e aí acamparam. (Ex., 15:1-27.)
18. Até os primeiros quarenta e quatro dias, parece que as provisões trazidas do Egito
foram suficientes para alimentá-los. No décimo quinto dia do segundo mês, porém, a
contar da saída do Egito, os hebreus se retiraram de Elim e foram para o deserto de
Sin, entre Elim e Sinai, murmurando contra Moisés e Aarão, porque a fome passou a
rondar o acampamento. O Senhor disse, então, a Moisés: “Eis aí vou eu fazer chover
para vós pães do céu. Saia o povo, e colha o que baste para cada dia. Mas, no sexto dia
preparem o que hão de guardar para dois dias”. E tendo coberto a superfície da terra,
apareceu no deserto uma cousa miúda, como pisada num gral, à semelhança de geada
que cai sobre a terra. Moisés lhes explicou que era o pão que o Senhor lhes deu para
comer. Que cada um guardasse o quanto bastasse para comer em um dia. Alguns, po-
rém, não lhe deram ouvidos e, tendo guardado do maná para o dia seguinte, ele come-
çou a ferver em bichos e apodreceu. Aprendida a lição, cada um passou a colher pela
manhã o quanto lhe era suficiente para comer, e, quando vinha o calor do sol, derretia-
se. No sexto dia colheram eles dobrado, porquanto o sétimo dia era consagrado ao Se-
nhor e não cairia o maná do céu. O maná era como a semente de coentro branca, com
sabor semelhante ao da farinha com mel, e os israelitas o comeram durante quarenta
anos, até chegarem à terra prometida, no país de Canaan. (Ex., 16:1-36.)
19. A falta d’água foi um dos problemas enfrentados pelos hebreus na viagem rumo à
terra prometida, porque em muitos lugares do deserto nem sempre se encontrava o
que beber. Foi o que ocorreu quando eles saíram do deserto de Sin e acamparam em
Rafidim. Padecendo de sede, os hebreus novamente murmuraram contra Moisés, re-
clamando de os haver tirado do Egito. Moisés clamou, então, ao Senhor dizendo que por
pouco eles não o apedrejaram. O Senhor respondeu-lhe: “Caminha diante do povo e
leva contigo alguns dos anciãos de Israel, bem como a vara com que feriste o rio. Feri-
rás então a pedra de Horeb e dela sairá água para que beba o povo”. Moisés assim pro-
cedeu na presença dos anciãos israelitas, e a água jorrou abundante. Nesse comenos,
veio Amalec até Rafidim para pelejar contra Israel. Moisés pediu a Josué que fosse lutar
contra Amalec, porquanto ele os observaria do cume do outeiro, tendo na mão a vara
do Senhor a protegê-los. Josué cumpriu o que Moisés determinou e pelejou contra
Amalec. No cume do outeiro, quando Moisés tinha as mãos levantadas, vencia Israel; se
ele as baixava, vencia Amalec. Como ele tivesse as mãos pesadas, Aarão e Ur lhe sus-
IX
tentaram os braços e, com isso, Josué venceu a Amalec, que fugiu. Em seguida, Josué
passou pelo fio da espada todo o povo inimigo. O Senhor disse então a Moisés que es-
crevesse aquilo num livro, para servir de monumento. Moisés edificou ali um altar e lhe
pôs o nome: “O Senhor é a minha glória”. (Ex., 17:1-16.)
20. Sabendo de tudo o que o Senhor havia feito a Moisés, Jethro, que era sacerdote em
Madian, juntamente com Séfora, mulher do condutor dos hebreus, e seus dois filhos,
Gerson e Eliezer, e foi ter com Moisés, encontrando-o junto ao monte de Deus, onde ele
estava acampado. Moisés, ao vê-lo, beijou-o, saudando-se os dois mutuamente com
alegria. Depois, ele relatou ao sogro tudo o que o Senhor fizera ao Faraó e aos egípcios
por causa dos israelitas. Feliz com os acontecimentos, Jethro disse: “Bendito o Senhor,
que vos tirou da mão dos egípcios e da mão do Faraó, e que salvou o seu povo do po-
der do Egito”. Depois, ele ofereceu a Deus holocaustos e hóstias, recebendo a visita de
Aarão e de todos os anciãos de Israel, que vieram comer pão com ele diante do Senhor.
No outro dia, Moisés assentou-se para dar audiência ao povo, de manhã até à tarde. O
sogro, vendo-o atender ao povo, mostrou-lhe que aquilo não estava certo: ele se con-
sumiria num trabalho vão, que estava acima de suas forças e que, portanto, não pode-
ria aturar. E aconselhou-o a dar ao povo israelita todos os ensinamentos sobre as ceri-
mônias, o modo como honrar a Deus, o caminho por onde andar e as obras a realizar,
escolhendo depois, dentre os filhos de Israel, alguns homens poderosos e tementes a
Deus, nos quais houvesse verdade e não existisse avareza, para constituí-los uns no
governo de mil, outros de cem, outros de cinquenta e outros de dez. A eles incumbiria
julgar o povo, levando, porém, a Moisés os casos mais graves, de modo que o peso que
o oprimia se tornaria mais leve, ao ser repartido com outros. A sugestão foi prontamen-
te aceita por Moisés e, depois de posta em execução, Jethro retornou para a sua terra.
(Ex., 18:1-27.)
21. A chegada dos hebreus ao Sinai ocorreu no terceiro mês de sua saída de terras
egípcias. No Sinai, os israelitas acamparam defronte do monte. Moisés subiu-o, então,
porque o Senhor o havia chamado e lhe pedira que falasse aos israelitas para lembrar-
lhes as cousas que ele fizera em favor deles e dizer-lhes que, se ouvissem a sua voz e
cumprissem o pacto feito com o Senhor, eles seriam a porção escolhida de entre todos
os povos da Terra. “Vós sereis o meu reino sacerdotal, e uma nação santa”, prometeu o
Senhor. O povo, ao ouvir isso, concordou em fazer tudo o que Senhor mandasse. (Ex.,
19:1-10.)
22. O Senhor havia dito a Moisés que no terceiro dia ele desceria, à vista de todo o po-
vo, sobre o monte Sinai. Chegado esse dia, começaram a ouvir-se trovões, a fuzilar re-
lâmpagos e uma nuvem muito espessa cobriu o monte. Um som de buzina muito forte
atroava e o povo se atemorizou. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor tinha
descido até ele no meio de fogos. O som da buzina ia aumentando cada vez mais e se
fazia mais penetrante. Moisés falava e o Senhor lhe respondia. Instruído pelo Senhor,
Moisés explicou aos israelitas que somente ele e Aarão poderiam subir ao Sinai. Os sa-
cerdotes e o povo não poderiam passar dos limites traçados por Moisés, nem subir aon-
de estava o Senhor, sob pena de morrer. (Ex., 19:11-25.)
3a Reunião
Objeto do estudo: Capítulos 20 a 31.
A. Onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos? (Êxodo, 20:1-26; ver itens 23 e 24 do texto
abaixo.)
X
B. Além do Decálogo, o Senhor transmitiu a Moisés outras leis? (Êxodo, 21:1 a 23:33; ver
itens 25 a 27 do texto abaixo.)
C. De que modo foi firmada a aliança entre o Senhor e Israel? (Êxodo, 24:1-18; ver item
28 do texto abaixo.)
D. Por que Israel deveria oferecer suas primícias ao Senhor? (Êxodo, 25:1-8; ver item 29
do texto abaixo.)
E. De quem partiu a ideia de construção do tabernáculo? (Êxodo, 25:9 a 27:21; ver itens
30 a 32 do texto abaixo.)
F. Quem foram os primeiros sacerdotes de Israel? (Êxodo, 28:1-38; ver itens 33 e 34 do
texto abaixo.)
G. Como se deu a sagração dos primeiros sacerdotes? (Êxodo, 29:1-46; ver item 35 do
texto abaixo.)
H. Que recomendação fez o Senhor a respeito do sábado? (Êxodo, 31:12-17; ver item 38
do texto abaixo.)
23. Foi no Sinai, em seguida aos acontecimentos já narrados, que o Senhor disse a Moi-
sés as palavras seguintes, que ficariam conhecidas, por toda a posteridade, como os
Dez Mandamentos, ou Decálogo:
1o. Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não
terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem
figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de
cousa alguma que haja nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás
culto: porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus forte e zeloso, que vinga a iniquidade
dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. E que
usa de misericórdia até mil gerações com aqueles que me amam e que guardam os
meus preceitos.
2o. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por
inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor seu Deus.
3o. Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás seis dias, e farás neles tudo o
que tens para fazer. O sétimo dia porém é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás
nesse dia obra alguma.
4o. Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o
Senhor teu Deus te há de dar.
10o. Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o
seu boi, nem o seu jumento, nem cousa alguma que lhe pertença. (Ex., 20:1-17.)
24. O povo ficou amedrontado com a presença do Senhor, e não poderia ser diferente.
Vendo as vozes e os relâmpagos, o sonido da buzina e o monte fumegando, os israeli-
tas, amedrontados e estarrecidos, pararam ao longe, dizendo a Moisés: “Fala-nos tu,
XI
que nós te ouviremos, e não nos fale o Senhor, para não morrermos”. Moisés então
lhes respondeu que não tivessem receio, porque o Senhor veio para os provar e para
imprimir neles o seu temor, a fim de não mais pecarem. Na sequência, o Senhor pediu a
Moisés que dissesse ao povo de Israel: “Bem vistes que eu vos falei do céu. Não fareis
para vós nem deuses de prata, nem deuses de ouro. Far-me-eis um altar de terra, e
oferecereis sobre ele os vossos holocaustos e hóstias pacíficas, as vossas ovelhas e
bois, em todos os lugares onde se fizer memória do meu nome”. O Senhor explicou
também que, se o altar fosse construído de pedra, não o fosse de pedras lavradas, por-
que, se levantassem sobre ele o cinzel, ficaria poluto. (Ex., 20:18-26.)
25. O Senhor transmitiu depois a Moisés leis judiciais que ele deveria propor ao povo:
Se comprares um escravo hebreu, ele te servirá seis anos e no sétimo sairá alforriado.
Com o mesmo vestido com que entrar, ele sairá: se tiver mulher, levará consigo a mu-
lher; mas, se o senhor lhe der mulher, e ela lhe tiver parido filhos e filhas, a mulher e
os filhos serão de seu senhor. Contudo, o escravo pode renunciar à alforria, por amor à
mulher e aos filhos, tornando-se escravo para sempre. Se alguém vender sua filha para
ser serva, esta não sairá como costumam sair as escravas. Se ela desagradar ao novo
dono, este a despedirá, mas não poderá vendê-la a povo estrangeiro se a rejeitar; se,
porém, casá-la com seu filho, tratá-la-á como de ordinário se tratam as filhas. O que
ferir a um homem, com intenção de matar, morra de morte. Se alguém matar a seu
próximo de caso pensado e à traição, tu o arrancarás do meu altar para que morra.
Todo aquele que ferir a seu pai, ou a sua mãe, morra de morte. Aquele que furtar um
homem, e o vender, convencido do crime, morra de morte. O que amaldiçoar a seu pai,
ou a sua mãe, morra de morte. Se dois homens se travarem de razões, e um ferir a seu
próximo com pedra ou punhalada, e o ferido não morrer, mas ficar precisado estar de
cama, e se levantar e andar, ficará inocente aquele que o feriu, com a condição de que
lhe restitua perdas e danos e as despesas feitas com os médicos. Aquele que ferir seu
escravo ou sua escrava com uma vara, e eles morrerem nas suas mãos, será culpado
do crime; mas se sobreviver um, ou dois dias, não ficará ele sujeito à pena, porque é
dinheiro seu. Se alguns homens renhirem, e um deles ferir uma mulher pejada, e isso
for motivo de aborto, mas ficando ela com vida, será obrigado a ressarcir o dano que o
marido pedir e os árbitros julgarem. E, se ela morrer, dará vida por vida, olho por olho,
dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por feri-
da, pisadura por pisadura. Se alguém ferir o olho do seu escravo ou da escrava, e os
deixar cegos de um dos olhos, os deixará livres pelo olho que lhes tirou. Se também
deitar fora um dente ao seu escravo ou escrava, do mesmo modo os deixará ir livres.
Se um boi ferir com as suas pontas um homem ou mulher, e morrerem, será apedreja-
do e não se comerão as suas carnes; o dono do boi contudo será inocente. Se o boi é já
de tempos avezado a marrar, e o dono, tendo sido disso advertido, não o encurralou e
o boi matar um homem ou uma mulher, será ele apedrejado e seu dono morto. Se lhe
for permitido remir a sua vida com dinheiro, dará por ela tudo o que lhe for pedido. Se
o boi ferir com suas pontas um rapaz ou uma rapariga, o dono estará sujeito à mesma
sentença. Se isso ocorrer a um escravo, ou a uma escrava, pagará ao dono trinta siclos
de prata e o boi será apedrejado. Se alguém abrir ou cavar uma cisterna e não a tapar,
e nela cair um boi ou um jumento, o dono da cisterna pagará o valor dos animais e as
bestas mortas ficarão para ele. Se o boi de alguém ferir o boi de outrem, e este morrer,
venderão o boi vivo e repartirão o valor, dividindo entre si o boi morto. Se, porém, sa-
bia antes que o boi era escorneador, e seu dono não o encurralou, pagará boi por boi e
receberá inteiro o boi morto. (Ex., 21:1-36.)
26. Diversas leis sobre a propriedade foram também promulgadas por Moisés, tais co-
mo: Se alguém furtar um boi ou uma ovelha, e os matar, ou vender, restituirá cinco
bois por um boi e quatro ovelhas por uma ovelha. Se um ladrão for achado arrombando
uma casa, ou escavando, e, sendo ferido, morrer, aquele que o feriu não será culpado
da sua morte. Se, porém, matou o ladrão já de dia, perpetrou homicídio e será punido
de morte. Se o ladrão não tiver com que pague o furto, será vendido. Se aquilo que
roubou se achar ainda vivo em sua casa, quer seja boi, jumento ou ovelha, restituirá o
dobro. Se algum homem danificou um campo, ou uma vinha, deixando lá entrar a sua
besta a pastar, dará o melhor que houver no seu campo, ou na sua vinha, para ressar-
cir o prejuízo. Se for aceso fogo e consumir a plantação, pagará o dano aquele que
acendeu o fogo. Se alguém depositar algum dinheiro, ou móvel em casa de amigo, e
XII
este for roubado, se o ladrão for achado, pagará o dobro. Se o ladrão não for descober-
to, será obrigado o dono da casa a apresentar-se aos deuses e jurar que não estendeu
sua mão sobre a cousa de seu próximo, para o defraudar. A causa de ambos será leva-
da ante os deuses; se estes o condenarem, restituirá o dobro a seu próximo. Se alguém
der a guardar a seu próximo um jumento, ou um boi, ou uma ovelha, ou outro animal
qualquer, e este morrer, ou se estropiar, ou for apanhado pelos inimigos, sem que nin-
guém o visse, jurará o guarda diante dos juízes que ele não estendeu a mão sobre a
cousa de seu próximo, e o dono aceitará o juramento, sem que o outro fique obrigado a
pagar. Mas se a cousa foi furtada, ressarcirá o prejuízo ao seu dono. Se alguém seduzir
a uma donzela, que ainda não esteja desposada, e dormir com ela, dotá-la-á e a terá
por mulher. Se o pai da donzela não lha quiser dar, pagará tanto em dinheiro, quanto
as donzelas costumam receber em dote. Não permitirás que vivam os feiticeiros. Aquele
que tiver coito com uma besta, morra de morte. Aquele que fizer sacrifícios aos deuses,
à exceção apenas do Senhor, morrerá. Não molestarás nem afligirás o estrangeiro, por-
que também vós fostes estrangeiros na terra do Egito. Não fareis mal algum à viúva,
nem ao órfão. Se vós os ofenderdes, eles gritarão por mim, e eu ouvirei os seus clamo-
res, e o meu furor se acenderá e vos ferirei com a espada, e vossas mulheres ficarão
viúvas e vossos filhos órfãos. Se emprestares algum dinheiro ao necessitado do meu
povo, que habita contigo, não o apertarás como um exator, nem o oprimirás com usu-
ras. Se receberdes do teu próximo em penhor a sua capa, restituí-la-eis antes do sol
posto, porque é somente esse vestido que ele possui: se ele me clamar a mim, ouvi-lo-
ei porque sou misericordioso. Não falarás mal dos deuses, nem amaldiçoarás o principal
do teu povo. Não tardarás em pagar os dízimos e as primícias e consagrar-me-ás o
primogênito de teus filhos, assim como dos teus bois e das tuas ovelhas. Vós sereis uns
homens santos para comigo: não comereis carne que as bestas tenham provado, mas
deitá-la-eis aos cães. (Ex., 22:1-31.)
27. O livro de Êxodo traz ainda outras leis estabelecidas por Moisés em nome do Se-
nhor: Não admitirás palavras de falsidade, nem te ajustarás para, a favor do ímpio, di-
zeres um falso testemunho. Não seguirás a multidão para fazeres o mal: nem em juízo
te afastarás da verdade. Não terás compaixão do pobre nos teus juízos. Se encontrares
o boi do teu inimigo, ou o seu jumento desgarrados, leva-os até ele. Se vires o jumento
daquele que te tem ódio, caído debaixo da carga, não passarás adiante, mas ajudá-lo-
ás a levantá-lo. Não te desviarás da justiça, para condenares o pobre. Fugirás à menti-
ra. Não matarás o inocente nem o justo, porque eu aborreço o ímpio. Não aceitarás do-
nativos, porque eles fazem cegar ainda aos prudentes e pervertem as palavras dos jus-
tos. Não serás molesto aos estrangeiros, porque vós sabeis que almas são as dos es-
trangeiros, pois que também vós o fostes na terra do Egito. Seis anos semearás a tua
terra e recolherás seus frutos; mas no sétimo ano não a cultivarás: deixá-la-ás descan-
sar, para que os pobres do teu povo achem o que comer; e o que restar seja para as
alimárias do campo. Trabalharás seis dias e no sétimo dia descansarás, para que des-
cansem teu boi e teu jumento, e para que o filho da tua escrava e o estrangeiro se re-
frigerem. Guardai o que vos tenho dito. Não jurareis pelo nome de deuses estrangeiros,
nem o nome deles se escute da vossa boca. Celebrar-me-eis festas três vezes por ano.
Guardarás a solenidade dos pães asmos. Comerás, como eu te mandei, pães asmos
sete dias, no mês dos trigos novos, que foi o tempo em que tu saíste do Egito. Não
aparecerás em minha presença com as mãos vazias. Celebrarás também a solenidade
da ceifa e das primícias do teu trabalho, de tudo o que tiveres semeado no campo, e a
solenidade no fim do ano, quando tiveres recolhido todos os teus frutos do campo. Três
vezes no ano virão todos os teus varões apresentar-se diante do Senhor teu Deus. Não
me oferecerás o sangue da minha vítima, enquanto na tua casa houver fermento; nem
a gordura do que se me ofereceu na minha solenidade ficará até amanhã. Trarás à casa
do Senhor teu Deus as primícias dos frutos da tua terra. Não cozerás o cabrito no leite
de sua mãe. Aí enviarei eu o meu Anjo, que vá adiante de ti, e te guarde pelo caminho
e te introduza no lugar que eu te tenho preparado. Respeita-o e ouve a sua voz, e vê
não o desprezes, porque não te perdoará quando pecares, e ele falará em meu nome.
Se ouvires a sua voz, e fizeres tudo quanto eu te digo, serei inimigo dos teus inimigos e
afligirei os que te afligem. O meu Anjo caminhará adiante de ti e ele te introduzirá na
terra dos amorreus, dos heteus, dos fereseus, dos cananeus, dos heveus e dos jebu-
seus, os quais eu destruirei. Não adorarás os seus deuses, nem lhes darás culto; não
imitarás as suas obras, mas destruí-los-ás e quebrarás as suas estátuas. Servirás ao
Senhor teu Deus, para que eu abençoe o pão que comeres e a água que beberes, e pa-
XIII
ra que afaste do meio de ti todas as enfermidades. Não haverá na tua terra mulher in-
fecunda, nem estéril; eu encherei o número de teus dias. Enviarei o meu terror adiante
de ti, e exterminarei todo o povo, em cujas terras entrares; e farei que à tua vista vol-
tem as costas todos os teus inimigos. Primeiro enviarei vespas que porão em fuga o
heveu, o cananeu e o heteu, antes que tu entres. Não os lançarei fora da tua face du-
rante um ano, para que não fique a terra reduzida a um ermo e se multipliquem contra
ti as feras. Lançá-los-ei fora pouco a pouco, até que tu cresças e te faças senhor do pa-
ís. Os limites que te assinarei serão desde o Mar Vermelho até ao mar dos palestinos, e
desde o deserto até o rio. Eu entregarei nas vossas mãos os habitantes da terra e os
expulsarei da vossa vista. Não farás aliança alguma com eles, nem com os seus deuses.
E que não habitem na tua terra, para que te não façam pecar contra mim, servindo aos
seus deuses, o que certamente te será de tropeço. (Ex., 23:1-33.)
28. Ainda no Sinai, o Senhor pediu a Moisés que subisse ao monte. Aarão, Nadab, Abiú
e setenta anciãos de Israel também foram convidados a adorá-lo, mas ao longe. Moisés
esteve com o Senhor e depois disse ao povo todas as palavras e preceitos recebidos, e
todo o povo respondeu, a uma voz, que faria tudo o que o Senhor disse. Moisés escre-
veu então todas as ordenações do Senhor e, na manhã seguinte, erigiu um altar nas
raízes do monte e doze monumentos, conforme o número das doze tribos de Israel.
Depois enviou alguns mancebos de entre os filhos de Israel e ofereceram seus holo-
caustos, imolando alguns novilhos. Metade do sangue foi lançada por Moisés numas ta-
ças, e a outra derramada sobre o altar. Tomando o livro do concerto, leu, e o povo res-
pondeu que tudo faria segundo as determinações do Senhor. Feito isto, a convite do
Senhor, Moisés subiu novamente ao monte e ali ficou quarenta dias e quarenta noites.
(Ex., 24:1-18.)
29. A norma relativa às primícias foi, segundo Moisés, determinada pelo Senhor. As
primícias seriam recebidas de todo o homem que voluntariamente as oferecesse. Entre
as cousas que deveriam ser recebidas ele relacionou ouro, prata, cobre, púrpura, linho,
pelo de cabras, peles de carneiros, tintas de variada espécie, azeite, pau de cetim, aro-
mas, perfumes e outros materiais e pedras preciosas. Além disso, deveria ser construí-
do um santuário, onde o Senhor doravante habitaria. (Ex., 25:1-8.)
30. O desenho do santuário, o condutor dos hebreus disse tê-lo recebido do Senhor, o
mesmo ocorrendo com as especificações do altar e da arca, onde deveria ser colocado o
testemunho que o Senhor lhe havia dado. Dois querubins de ouro trabalhados ao mar-
telo seriam postos nas duas extremidades do oráculo, com as asas estendidas, olhando
um para o outro e os rostos virados para o propiciatório. Era ali, em cima do propiciató-
rio, que o Senhor lhe ordenaria todas as cousas que houvesse de transmitir ao filhos de
Israel. (Ex., 25:9-40.)
31. O tabernáculo – a tenda onde deveria ficar a arca-da-aliança – seria constituído por
dez cortinas de linho retorcido, de cor de jacinto, de púrpura e escarlate, contendo vá-
rios bordados, com vinte e oito côvados de comprimento por quatro côvados de largura,
cada uma. (N.R.: Um côvado equivalia aproximadamente a 68 cm. Jacinto é uma erva
liliácea.) Cinquenta argolas de ouro fariam com que as cortinas formassem uma só ten-
da, cujo teto seria constituído por onze cobertas de pelos de cabras, cada qual com trin-
ta côvados de comprimento e quatro côvados de largura. Uma outra cobertura seria
feita de peles de carneiros tingidas de vermelho, seguida de outra cobertura, formada
de peles tingidas de roxo. As tábuas da tenda seriam feitas de pau de cetim, cada uma
delas com dez côvados de altura e côvado e meio de largura. Nos lados das tábuas ha-
veria dois encaixes, com que cada tábua se encravasse na outra e desse modo ficassem
todas as tábuas aparelhadas. Vinte delas estariam ao lado sul, sustentadas por quaren-
ta bases de prata, duas bases por tábua. A mesma quantidade estaria do lado norte,
igualmente com quarenta bases de prata. Do lado ocidental, seriam seis tábuas e, além
dessas, mais duas tábuas, levantadas nas costas do tabernáculo, sendo que todas as
tábuas estariam juntas de baixo a cima, e unidas, chapeadas de ouro e sustentadas por
XIV
32. O altar dos holocaustos, segundo o que o Senhor teria dito a Moisés, deveria ser
construído de pau de cetim e coberto de cobre, com cinco côvados de comprimento e
largura, por três côvados de altura. Dos cantos do altar sairiam quatro chifres. As cal-
deiras, tenazes, garfos e braseiros seriam feitos de cobre, mas a grelha, de bronze, re-
vestindo-se também os varais de pau de cetim com chapas de bronze. O átrio do taber-
náculo deveria ter cem côvados de comprimento por cinquenta de largura e cinco de
altura, com bases feitas de bronze e cortinas de linho fino retorcido. No lado sul, as cor-
tinas teriam cem côvados de comprimento, e seriam vinte as colunas, construídas com
base de bronze e capitéis de prata, o mesmo se fazendo no lado norte. No lado ociden-
tal, as cortinas teriam cinquenta côvados de comprimento, e seriam dez as colunas,
mas, no lado oriental, as cortinas teriam quinze côvados e seriam apenas três as colu-
nas. A entrada do átrio deveria ter uma cobertura de vinte côvados, de jacinto, púrpura,
escarlata e linho fino retorcido, apoiada em quatro colunas forradas de lâminas de pra-
ta, com bases de bronze e capitéis de prata. Por fim, o Senhor ordenou que fosse trazi-
do azeite de oliveiras, do mais puro, para que ardesse o candeeiro, no tabernáculo do
testemunho, a fim de que houvesse luz até pela manhã diante do Senhor, observando-
se esse culto por todas as gerações entre os filhos de Israel. (Ex., 27:1-21.)
33. Os primeiros sacerdotes de Israel foram Aarão e seus filhos Nadab, Abiú, Eleazar e
Ithamar, que Moisés, a pedido do Senhor, nomeou para as funções do sacerdócio. (Ex.,
28:1.)
34. Os sacerdotes tinham uma vestimenta especial. A vestimenta de Aarão contava com
ouro, jacinto, púrpura e linho fino entre os materiais utilizados em sua confecção, ob-
servando-se o mesmo na vestidura dos seus filhos. Em duas pedras cornelinas, engas-
tadas em ouro, foram gravados os nomes dos filhos de Israel, seis em uma pedra e seis
na outra, segundo a ordem do seu nascimento. As pedras foram postas sobre um e ou-
tro lado, num e noutro ombro, do éfod - vestimenta de Aarão -, para servirem de lem-
brança dos filhos de Israel, cujos nomes foram gravados também em quatro ordens de
pedras - sárdio, topázio, esmeralda, carbúnculo, safira, jaspe, turquesa, ágata, ametis-
ta, crisólito, cornelina e berilo - encastoadas em ouro, colocadas no racional do juízo
(outra vestimenta de Aarão), sobre o seu peito, quando ele entrasse no santuário para
reverenciar o Senhor. Uma lâmina de ouro, tendo inscrita a frase "Santidade ao Se-
nhor", seria atada com uma fita de jacinto sobre a tiara, à testa do pontífice.(Ex., 28:2-
38.)
35. A sagração de Aarão e de seus filhos foi feita como o Senhor recomendou no monte
Sinai a Moisés. Depois de lavados com água, Aarão e os filhos foram vestidos, à entrada
do tabernáculo, com as vestimentas indicadas. Aarão portava sobre a cabeça a tiara e
a lâmina santa. Moisés derramou-lhe sobre a cabeça o óleo da sagração. Em seguida,
pôs-lhe a mitra, o mesmo sucedendo com os filhos. Em seguida, um novilho foi trazido
à entrada do tabernáculo do testemunho. Aarão e os filhos puseram suas mãos sobre a
cabeça dele, enquanto Moisés o degolou, tomando do seu sangue para untar os cornos
do altar e derramando o resto ao pé do altar. A gordura, o redenho do fígado e os dois
rins do novilho foram oferecidos ao Senhor e queimados sobre o altar, enquanto as car-
nes e demais partes do novilho foram queimadas fora do arraial. Em seguida, Aarão e
XV
os filhos puseram suas mãos sobre a cabeça de um carneiro, que foi também degolado
por Moisés, derramando-se o sangue em torno do altar. Feito em pedaços e lavados
seus intestinos e pés, o carneiro foi queimado sobre o altar, como uma oblação ao Se-
nhor. Depois, um outro carneiro foi do mesmo modo sacrificado: Moisés tomou do seu
sangue, pondo-o na extremidade da orelha direita de Aarão e de seus filhos, e sobre os
dedos polegares de suas mãos e pés direitos, derramando o resto ao redor do altar. Em
seguida, tomando do sangue sobre o altar e do óleo da unção, Moisés borrifou Aarão e
seus vestidos e a seus filhos e seus vestidos. Desse carneiro, o peito e a espádua fica-
ram reservados para Aarão e seus filhos, como deveria suceder sempre nas oblações
dos filhos de Israel, por um direito perpétuo, porque são as primícias e as primeiras
cousas, que se separam das vítimas pacíficas que os israelitas ofereceriam ao Senhor.
As carnes do carneiro seriam cozidas no lugar santo, para delas comerem Aarão e seus
filhos, à entrada do tabernáculo do testemunho, juntamente com os pães asmos que
estavam no canistrel. O que sobrasse das carnes ou dos pães seriam queimados no fo-
go. (Ex., 29:1-46.)
36. O Senhor determinou que se construísse também um altar de madeira de cetim pa-
ra queimar os perfumes, com um côvado de comprimento e de largura, e dois côvados
de altura. Dele sairiam uns cornos, tudo coberto de ouro puríssimo. O altar deveria ficar
defronte do véu que pendia ante a arca do testemunho, diante do propiciatório. Ali, Aa-
rão queimaria de manhã um incenso de suave fragrância. Uma vez por ano Aarão de-
precaria sobre os cornos do altar, com o sangue do que foi oferecido pelo pecado, com
isso aplacando ao Senhor nas futuras gerações. O Senhor disse ainda a Moisés sobre o
arrolamento dos filhos de Israel: cada um daria ao Senhor o preço do resgate de sua
pessoa, e não haveria mortandade alguma neles, quando fossem alistados. Todos os
que entrassem no arrolamento dariam meio siclo, fossem ricos ou pobres. O dinheiro
seria utilizado nos usos do tabernáculo do testemunho, como memorial diante do Se-
nhor e expiação para as suas almas. Moisés deveria fazer também uma bacia de bron-
ze, a ser colocada entre o tabernáculo do testemunho e o altar. Aarão e seus filhos de-
veriam lavar nela suas mãos e seus pés, quando tivessem de entrar no tabernáculo ou
chegar ao altar para oferecer os perfumes ao Senhor. Moisés deveria buscar aromas da
melhor espécie, para fazer um óleo destinado às unções, ungindo com ele o tabernáculo
do testemunho e a arca do testamento, a mesa com os seus vasos, o candeeiro e tudo
o que nele servia, assim como a Aarão e seus filhos. Seria dito aos filhos de Israel que o
óleo para as unções deveria ser consagrado ao Senhor por todas as gerações futuras. O
óleo seria destinado, porém, para consagração exclusiva ao Senhor, não sendo permiti-
do seu uso pelos homens. (Ex., 30:1-38.)
37. Beseleel, filho de Uri, neto de Hur, da tribo de Judá, foi o homem a quem o Senhor
disse ter enchido de sabedoria, de inteligência e de ciência para execução de toda a
casta de obras ordenadas a Moisés: o tabernáculo, a aliança, a arca, os vasos, o propi-
ciatório e as vestimentas de Aarão e seus filhos. Seu companheiro indicado para essa
tarefa foi Ooliab, filho de Aquisamech. (Ex., 31:1-11.)
38. Após designar o artífice das obras, o Senhor recomendou novamente a Moisés que
os filhos de Israel guardassem o sábado. Aquele que o violasse, morreria de morte. Os
israelitas deveriam, pois, trabalhar seis dias e descansar no sétimo, que era o dia de
descanso consagrado ao Senhor. Esse constituiria um pacto sempiterno entre o Senhor
e os filhos de Israel. (Ex., 31:12-17.)
4a Reunião
Objeto do estudo: Capítulos 31 a 40.
A. Ao descer do monte Sinai, Moisés portava algo? (Êxodo, 31:18; ver item 39 do texto
abaixo.)
XVI
B. Por que os hebreus construíram o bezerro de ouro e que fez Moisés ao vê-lo? (Êxodo,
32:1-35; ver itens 40 e 41 do texto abaixo.)
C. Depois desse episódio, a que lugar o Senhor determinou fosse conduzido o povo?
(Êxodo, 33:1-6; ver itens 41 e 42 do texto abaixo.)
D. Quando falava com o Senhor, Moisés conseguia ver-lhe o rosto? (Êxodo, 33:7-23; ver
item 43 do texto abaixo.)
E. É verdade que Moisés passou a usar um véu sobre o rosto? (Êxodo, 34:1-35; ver item
44 do texto abaixo.)
F. Quem construiu o tabernáculo e como a obra foi custeada? (Êxodo, 35:1 a 36:38; ver
itens 45 e 46 do texto abaixo.)
G. Qual o nome do artesão que construiu a arca? (Êxodo, 37:1-29; ver item 47 do texto
abaixo.)
H. Quanto custou e quando o tabernáculo ficou realmente pronto? (Êxodo, cap. 38 e 40;
ver itens 48 e 50 do texto abaixo.)
39. Logo que o Senhor concluiu todas as orientações dadas a Moisés no monte Sinai,
deu-lhe duas tábuas lapídeas do testemunho, escritas - segundo o livro de Êxodo - “pe-
lo dedo do Senhor”. Estava grafado ali o Decálogo. Foi com elas que Moisés desceu o
monte. (Ex., 31:18.)
40. O motivo alegado por Aarão para a construção do bezerro de ouro foi a demora de
Moisés em descer do monte Sinai. Temendo que ele não mais voltasse, o povo se ajun-
tou contra Aarão e disse: “Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque
não sabemos o que aconteceu a Moisés, a esse homem que nos tirou da terra do Egito”.
Aarão pediu-lhes, então, que trouxessem as arrecadas de ouro que as mulheres, filhos
e filhas tinham nas orelhas. Tendo-as tomado, Aarão formou delas um bezerro fundido;
depois, erigiu um altar diante do bezerro e em voz de pregoeiro clamou: “Amanhã é a
solenidade do Senhor”. No dia seguinte, os hebreus ofereceram holocaustos e hóstias
pacíficas, e o povo se assentou para comer, beber e depois brincar, diante do ídolo de
ouro. Então o Senhor disse a Moisés que descesse, porque o povo que ele tirara do Egi-
to havia pecado, apartando-se depressa do caminho que ele lhes havia mostrado, por-
quanto fizeram um bezerro fundido, adoraram-no e, imolando-lhe vítimas, disseram:
“Estes são, ó Israel, os teus deuses que te tiraram da terra do Egito”. O Senhor disse-
lhe, então, que aquele povo era de cerviz dura e que merecia ser castigado. Mas Moisés
intercedeu pelos filhos de Israel, lembrando ao Senhor a promessa que ele fizera a
Abraão, a Isaac e a Israel a respeito de seus descendentes. (Ex., 32:1-13.)
livro aquele que pecar contra mim. Tu porém vai, e conduz o povo ao lugar que te dis-
se; o meu Anjo irá adiante de ti. Eu porém no dia da vingança visitarei também este
pecado deles”. Ficava claro, desse modo, que o Senhor havia decidido ferir futuramente
os hebreus pelo pecado que eles haviam cometido construindo o bezerro de ouro.(Ex.,
32:14-35.)
42. Ao determinar a Moisés que levasse o povo para a terra da promissão, o Senhor
explicou que um anjo o acompanharia, para servir de precursor e para que fossem lan-
çados fora os cananeus, os amorreus, os heteus, os fereseus, os heveus e os jebuseus.
A terra prometida era um país abundante em leite e mel. O Senhor, contudo, não iria
com eles, porquanto o povo de Israel tinha a cerviz dura. Cientes disso, todos se puse-
ram a chorar e ninguém vestiu suas galas costumeiras, que foram deixadas ao pé do
monte Horeb. (Ex., 33:1-6.)
43. Levado por Moisés para longe do campo, o tabernáculo foi chamado por ele de ta-
bernáculo do concerto. Quando Moisés ia até ele, todo o povo se levantava e ficava em
pé à porta de seu pavilhão, olhando pelas costas para Moisés, até ele entrar. Logo que
isso acontecia, uma coluna de nuvem parava à porta e o Senhor falava com Moisés. A
coluna de nuvem era vista por todos. O Senhor falava a Moisés cara a cara, como um
homem costuma falar com seu amigo, mas Moisés não conseguia ver a sua face.(Ex.,
33:7-23.)
44. O Senhor pediu a Moisés que cortasse duas tábuas de pedra como as primeiras que
ele havia quebrado, e subisse ao monte Sinai, a fim de serem escritas de novo as pala-
vras do concerto. Moisés subiu ao monte no dia seguinte e, tendo descido o Senhor no
meio de uma nuvem, falou com ele. Prostrado em terra, Moisés o adorava, pedindo que
o Senhor caminhasse com ele e os filhos de Israel, tirando a suas iniquidades e peca-
dos. O Senhor prometeu-lhe então fazer prodígios que jamais se viram na Terra e tor-
nou a repetir as ordenações já feitas anteriormente a Moisés e aos israelitas: Não con-
trair amizades com os habitantes da nova terra, destruir os seus altares, quebrar as
suas estátuas, cortar os seus bosques, não adorar a deus alheio, não formular pactos
com os homens daquelas regiões, não tomar mulher de suas filhas para os seus filhos,
não fazer deuses fundidos, observar a solenidade dos pães asmos, observar o dia de
sábado, celebrar as solenidades da colheita de trigo e a do fim do ano, não imolar o
sangue da sua vítima sobre o fermento, não deixar que da hóstia da Páscoa fique algu-
ma cousa para o dia seguinte, oferecer as primícias dos frutos e tantas outras já referi-
das neste livro. Moisés esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites. Não
comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as dez palavras do concerto.
Quando desceu do monte Sinai, ele trazia as duas tábuas do testemunho, mas não sa-
bia que de seu rosto saíam uns raios, que lhe tinham ficado da conversação com o Se-
nhor. Aarão e os filhos de Israel, ao vê-lo, tiveram medo de chegar perto. Chamados
por Moisés, eles voltaram, vindo também todos os filhos de Israel, aos quais o condutor
dos hebreus expôs todas as ordens que havia recebido do Senhor no monte Sinai. Aca-
bado o discurso, Moisés pôs um véu sobre o rosto, que só tirava para falar com o Se-
nhor, porquanto todos viam que sua face desprendia um fulgor, que ele procurava en-
cobrir daquela forma. (Ex., 34:1-35.)
leel, da tribo de Judá, e de Ooliab, da tribo de Dan, que haviam sido escolhidos pelo Se-
nhor para executar referidas obras. (Ex., 35:1-35.)
46. Beseleel e Ooliab, com ajuda de outros artífices, puseram-se à obra. Moisés entre-
gou-lhes todas as ofertas recebidas do povo de Israel, e todos os dias pela manhã os
hebreus traziam donativos, até que estes se tornaram excessivos, obrigando Moisés a
divulgar, pela voz de um pregoeiro, que ninguém oferecesse mais nada daí em diante
para as obras do santuário. A construção seguiu as especificações anteriormente referi-
das. (Ex., 36:1-38.)
47. A arca foi obra de Beseleel. Feita de pau de cetim, ela media dois côvados e meio de
comprimento, côvado e meio de largura e côvado e meio de altura, e foi coberta depois
de finíssimo ouro por dentro e por fora. O propiciatório, os querubins, a mesa, o cande-
eiro, o altar dos perfumes, bem como os varais e o óleo para unção foram elaborados
em seguida, observando-se em tudo, e cuidadosamente, as especificações dadas pelo
Senhor. (Ex., 37:1-29.)
48. Todo o ouro empregado na obra do santuário totalizou 29 talentos e 730 siclos. Es-
se custo incluiu também a construção do altar dos holocaustos, feito de pau de cetim,
com cinco côvados de cada lado e três de altura, e dos demais utensílios, como a grelha
de bronze, a bacia de bronze, bem como o átrio, as cortinas, as colunas e tudo o mais
que compunha o tabernáculo. Essas oblações foram feitas pelos que entraram no alis-
tamento, de vinte anos para cima, que chegaram a 603.550 homens de armas. Além do
ouro, recolheram-se também 100 talentos de prata, utilizados para as bases do santuá-
rio, e 1.775 talentos de prata empregados nos capitéis das colunas, tendo sido ofereci-
dos ainda pelo povo 72 mil talentos de cobre e mais 400 siclos, de que se fundiram as
bases para a entrada do tabernáculo do testemunho e o altar de bronze com a sua gre-
lha e todos os vasos pertencentes ao seu uso, assim como as bases do átrio e as escá-
pulas. (Ex., 38:1-31.)
49. As vestes de Aarão foram feitas de púrpura, de escarlate e de linho fino, tal como o
Senhor ordenou a Moisés. As túnicas, as mitras e os calções para Aarão e seus filhos
foram tecidos de linho fino. Na lâmina de sagrada veneração, feita de puríssimo ouro,
foi gravada pela mão de um gravador esta frase: "Santidade do Senhor". Quando o san-
tuário e todos os seus componentes estavam concluídos, Moisés os abençoou. (Ex.,
39:1-43.)
50. Concluída a construção, o Senhor disse a Moisés: “No primeiro mês, no primeiro
dia, levantarás o tabernáculo do testemunho e porás nele a arca, deixando cair o véu
diante dela. Posta a mesa, porás sobre elas as
cousas que te foram mandadas. O candeeiro estará com suas lâmpadas, e no altar de
ouro se queimará o incenso diante da arca do testemunho. Porás a cortina à entrada do
tabernáculo e diante dele o altar do holocausto: a bacia, que encherás de água, ficará
entre o altar e o tabernáculo. Cercarás de cortinas o átrio e a sua entrada. Tomado o
óleo da unção, ungirás com ele o tabernáculo e os seus vasos, para ficarem santifica-
dos, assim como o altar do holocausto e seus vasos, e a bacia com sua base. Tudo será
consagrado com o óleo da unção, para que tudo seja santíssimo. Farás chegar Aarão e
seus filhos à entrada do tabernáculo do testemunho, e depois de lavados em água, os
revestirás das sagradas vestiduras para que me sirvam e para que sua unção passe pa-
ra sempre aos demais sacerdotes”. Moisés cumpriu tudo o que o Senhor ordenou. As-
sim, no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, desde a saída do Egito, se colo-
cou o tabernáculo, com todas as cousas que dele faziam parte, conforme as instruções
recebidas do Senhor. Moisés, Aarão e seus filhos lavaram suas mãos e seus pés, e en-
traram no tabernáculo do concerto. Depois de cumpridas todas as cousas, uma nuvem
cobriu o tabernáculo do testemunho e a glória do Senhor o encheu. Nem Moisés podia
XIX
entrar no tabernáculo da aliança, porque a nuvem cobria tudo. Quando a nuvem deixou
o tabernáculo, caminhavam os filhos de Israel divididos em turmas. Se a nuvem parava
em cima, ficavam eles no mesmo lugar, porque de dia repousava a nuvem do Senhor
sobre o tabernáculo, e de noite aparecia sobre ele uma chama, que todos os filhos de
Israel viam em todos os seus alojamentos.(Ex., 40:1-36.)
Apêndice
1. Segundo alguns historiadores, Moisés nasceu em 1450 a.C. (Cf. “Titãs da Religião”,
Volume VI, p. 37). Outros dizem que o êxodo teria ocorrido por volta do ano 1250 a.C.
(“Bíblia Sagrada – Edição Pastoral”, Edições Paulinas, p. 68). Como o êxodo foi coman-
dado por Moisés, uma das informações acima deve estar errada.
2. Eis a família de Moisés: o pai foi Amram, neto de Levi; Jocabel, a mãe; Aarão e Mí-
riam ou Maria, os irmãos. Quem o criou foi, no entanto, a princesa Termútis, filha do
faraó Ramsés II. Aliás, foi a princesa quem lhe pôs o nome de Moisés, que significa
“salvo das águas”. (N.R.: Leia sobre o assunto a obra “Iniciação Espírita”, volume I,
pág. 23. publicada pela Editora Aliança, de São Paulo-SP.)
3. Moisés foi educado no palácio real e frequentou a Academia Militar, privilégio apenas
dos nobres. Como general do Faraó, chefiou várias expedições de conquista. O historia-
dor Flávio Josefo diz que foi contra os etíopes que Moisés se destacou como grande es-
trategista. Como o caminho era infestado de serpentes venenosas, Moisés aprisionou
centenas de íbis – aves de rapina – e as soltou nos campos infestados, o que preservou
seus soldados de um ataque por parte daquelas víboras, o que lhes seria fatal.
4. Por que Moisés deixou a casa real?. Atribui-se isso a intrigas inerentes à corte. Parece
que ele pressentira sua missão junto aos hebreus. Sholem Asch afirma que, antes de
retirar-se para Madian, ele teria trabalhado entre os escravos de Goshen, amassando
barro e fazendo tijolos. A mudança para Madian, aconselhada pela própria princesa
Termútis, foi motivada pela morte de um guarda egípcio. Interpelado por Moisés por
causa de sua brutalidade, principalmente contra as mulheres hebreias, o guarda tentou
matá-lo com uma lança. Moisés utilizou a própria arma do guarda para se defender.
Com a morte do guarda, a presença dele no Egito tornou-se insustentável.
5. Em Madian, ele conheceu Jethro, pastor de ovelhas e sacerdote, e se casou com Sé-
fora, filha de Jethro. Ali ele permaneceu, dedicando-se ao pastoreio, por 40 anos, até
que o Senhor lhe apareceu no Monte Horeb e lhe anunciou a missão de tirar o povo he-
breu do Egito, episódio que ficou conhecido pelo nome de êxodo e que se deu 430 anos
depois que os hebreus ali se radicaram. A Páscoa dos hebreus celebra exatamente a
noite da libertação.
6. A morte de Moisés se deu após ter ele subido ao Monte Nebo, no alto de Fasga, de-
fronte de Jericó, na terra de Moab. Contava então 120 anos e foi sepultado no vale dos
moabitas, sem haver entrado na terra prometida.
Fim