Teorias de Ligação - Parte 2

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Teorias de ligação (Parte 2)

Prof. Msc. Lucas dos Santos Lima

Disciplina: Química 1

Capítulo 09
Paramagnetismo do O2

Capítulo 09
Teoria dos Orbitais
moleculares (TOM)

• Alguns aspectos da ligação não são explicados pelas estruturas de


Lewis, pela teoria da RPENV e pela hibridização.

Por exemplo, por que o O2 interage com um campo magnético?; por


que algumas moléculas são coloridas?

Teoria do orbital molecular (TOM).

Capítulo 09
Orbitais moleculares

Orbitais moleculares:

❑ cada um contém um máximo de dois elétrons; 1s2-

❑ têm energias definidas; (E)

❑ podem ser visualizados com diagramas de contorno;

❑ estão associados em uma molécula como um todo.


Capítulo 09
Orbitais moleculares

A molécula de hidrogênio

Quando dois OAs se superpõem, formam-se dois OMs.


Conseqüentemente, 1s (H) + 1s (H) deve resultar em dois OMs para o
H2:

❑ Um tem densidade eletrônica entre os núcleos (OM ligante) e o


Segundo tem pouca densidade eletrônica entre os núcleos (OM
antiligante).
❑ Os OMs resultantes de orbitais s são orbitais OMs .

❑ O OM  (ligante) tem energia mais baixa do que OM *


(antiligante).
Capítulo 09
Orbitais moleculares

A molécula de hidrogênio

Capítulo 09
Orbitais moleculares

A molécula de H2e do He2

➢O diagrama de nível de energia ou o diagrama de OM mostra as


energias e os elétrons em um orbital.

➢O número total de elétrons em todos os átomos são colocados nos


OMs começando pela energia mais baixa (1s) e terminando quando
se acabam os elétrons.

➢ Os elétrons nos OMs têm spins contrários.


➢ O H2 tem dois elétrons ligantes.
➢ O He2 tem dois elétrons ligantes e dois elétrons antiligantes.

Capítulo 09
Orbitais moleculares

A molécula de hidrogênio

•Pauli: cada OM tem no máximo dois elétrons;


•Hund: para orbitais degenerados, cada OM é inicialmente ocupado por um
elétron.
Capítulo 09
Orbitais moleculares

Ordem de ligação (OL)


• Definimos

• Ordem de ligação = 1 para uma ligação simples.


• Ordem de ligação = 2 para uma ligação dupla.
• Ordem de ligação = 3 para uma ligação tripla.
• São possíveis ordens de ligação fracionárias.
• Para o He2+

• Conseqüentemente, o He2+ tem uma ligação fracionária.

Capítulo 09
Moléculas diatômicas do
Segundo período
Orbitais moleculares para Li2 e Be2

❑Cada orbital 1s se combina a outro orbital 1s para fornecer um


orbital 1s e um *1s, ambos dos quais estão ocupados (já que o Li e o
Be têm configurações eletrônicas 1s2).

❑ Cada orbital 2s se liga a outro orbital 2s, para fornecer um orbital


2s e um orbital *2s.

❑As energias dos orbitais 1s e 2s são suficientemente diferentes para


que não haja mistura cruzada dos orbitais (i.e. não temos 1s + 2s).

Capítulo 09
Orbitais moleculares para Li2

Capítulo 09
Moléculas diatômicas do
Segundo período
Orbitais moleculares para Li2
• Existe um total de seis elétrons no Li2:
• 2 elétrons no 1s
• 2 elétrons no *1s
• 2 elétrons no 2s e
• 0 elétrons no *2s

• Uma vez que os AOs 1s estão completamente preenchidos, 1s e


*1s estão preenchidos. Geralmente ignoramos os elétrons mais
internos nos diagramas de OM.

Capítulo 09
Orbitais moleculares para Be2

Existe um total de 8 elétrons em Be2:


• 2 elétrons no 1s;
• 2 elétrons no *1s;
• 2 elétrons no 2s; e
• 2 elétrons no *2s.

Uma vez que a ordem de ligação é zero, o Be2 não existe.


Capítulo 09
Moléculas diatômicas do
Segundo período

Orbitais moleculares a partir


De orbitais atômicos 2p
• Existem duas formas nas quais dois orbitais p se superpõem:
• frontalmente, de forma que o OM resultante tenha densidade
eletrônica no eixo entre os núcleos (por ex., o orbital do tipo
);
• lateralmente, de forma que o OM resultante tenha densidade
eletrônica acima e abaixo do eixo entre os nucleos (por ex., o
orbital do tipo ).

Capítulo 09
➢ Os seis orbitais p (dois conjuntos de 3) devem originar seis OMs:
, *, , *,  e *
➢ Conseqüentemente, há um máximo de 2 ligações  que podem
vir de orbitais p.
➢ As energias relativas desses seis orbitais podem mudar.

Capítulo 09
Moléculas diatômicas do
Segundo período
Configurações eletrônicas
para B2 até Ne2
• Os orbitais 2s têm menos energia do que os orbitais 2p, logo, os
orbitais 2s têm menos energia do que os orbitais 2p.

• Há uma superposição maior entre orbitais 2pz (eles apontam


diretamente na direção um, do outro) daí o OM 2p tem menos
energia do que os orbitais 2p.

• Há uma superposição maior entre orbitais 2pz , logo, o OM *2p


tem maior energia do que os orbitais *2p.

• Os orbitais 2p e *2p são duplamente degenerados.


Capítulo 09
Capítulo 09
Diagrama de Energia OMs

Capítulo 09
Moléculas diatômicas do
Segundo período
Configurações eletrônicas para B2 até Ne2

• À medida que o número atômico aumenta, é mais provável que


um orbital 2s em um átomo possa interagir com o orbital 2p no
outro.

• Quando a interação 2s-2p aumenta, o OM 2s diminui em energia


e o orbital 2p aumenta em energia.

• Para o B2, o C2 e o N2 o orbital 2p tem mais energia do que o 2p.

• Para o O2, o F2 e o Ne2 o orbital 2p tem mais energia do que o


2p.
Capítulo 09
Configurações eletrônicas para B2 até Ne2

• Uma vez conhecidas as energias relativas dos orbitais,


adicionamos o número de elétrons necessário aos OMs, levando
em consideração o princípio da exclusão de Pauli e a regra de
Hund.

• À medida que a ordem de ligação aumenta, o comprimento de


ligação diminui.

• À medida que a ordem de ligação aumenta, a energia de


ligação aumenta.

Capítulo 09
Moléculas diatômicas do
Segundo período
Configurações eletrônicas para B2 até Ne2

Capítulo 09
Moléculas diatômicas do
Segundo período
Configurações eletrônicas e
propriedades moleculares
• Dois tipos de comportamento magnético:
• paramagnetismo (elétrons desemparelhados na molécula):
forte atração entre o campo magnético e a molécula;
• diamagnetismo (sem elétrons desemparelhados na molécula):
fraca repulsão entre o campo magnético e a molécula.
• O comportamento magnético é detectado determinando-se a
massa de uma amostra na presença e na ausência de campo
magnético:

Capítulo 09
Referências básicas

1)BROWN, T.L.; LEMAY., H. E.; BURSTEN, B.E.; BURDGE, J. R. Química: Uma


ciência Central, 13ª Ed., Pearson, 2016.
2)ATKINS, P.; JONES, L.; LAVERMAN, L. Princípios de Química:
questionando a vida moderna e o meio ambiente, 7ª Ed., Bookman, 2018.
3)KOTZ, J. C.; TREICHEL JR., P. M. Química Geral. Vols. 1 e 2, Trad. 9ª Ed.,
Cengage Learning, 2016.
4)MAHAN, B. M.; MYERS, R. J. Química: Um curso Universitário, 4ª Ed.,
Edgard Blucher, 1995.
5) RUSSEL, J. B. Química Geral. Vol. 1 e 2, Ed. Pearson, 1994.

Capítulo 09

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