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CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS

Conferências ambientais reúnem líderes de diversos países para discutir e ampliar os debates sobre
impactos ambientais e sobre a necessidade de promover a sustentabilidade.
"As conferências ambientais são reuniões em que líderes de diversos países debatem questões
relacionadas à preservação do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Foi a partir da
segunda metade do século XVIII que se iniciaram os primeiros estudos ecológicos. Contudo,
somente na década de 1960, no período Pós-Segunda Guerra Mundial, que as questões ambientais
passaram a ser discutidas com vigor, em resposta, principalmente, ao período industrial. Esse
período inseriu nas indústrias e no meio rural técnicas inovadoras que intensificaram a produção,
acentuando a exploração de recursos naturais.
É válido ressaltar que os impactos ambientais intensificaram-se a partir da Revolução Industrial,
que mudou todo o cenário mundial em decorrência dos avanços tecnológicos, do modo capitalista
de produção, do aumento da produção e, consequentemente, do consumo exagerado. O mundo
passou a ser assolado por várias catástrofes naturais, que têm despertado na sociedade, nos
Estados e na comunidade científica a consciência sobre a gravidade dos impactos sofridos pelo
meio ambiente e sobre a necessidade de propor medidas que diminuam os efeitos da ação
humana."
Principais conferências ambientais
Na tentativa de promover estratégias que visem ao desenvolvimento socioeconômico atrelado à
preservação do meio ambiente e ao uso consciente de recursos naturais, surgiram as conferências
ambientais, que reúnem representantes de diversos países.
→ Conferência de Estocolmo
Também conhecida como Conferência das Nações Unidos sobre o Meio Ambiente, a Conferência
de Estocolmo foi realizada no ano de 1972, em Estocolmo, na Suécia. Essa foi a primeira conferência
ambiental no mundo e reuniu líderes de 113 países e 250 organizações internacionais para discutir
os principais problemas enfrentados pelo meio ambiente. É considerada um marco histórico, pois,
a partir dela, surgiram políticas de gerenciamento ambiental envolvendo o engajamento dos
Estados na tentativa de diminuir os impactos ambientais negativos.
Essa conferência significou uma constatação, por parte dos Estados, da existência dos problemas
ambientais e da extrema necessidade de promover ações para contê-los. Um dos resultados da
Conferência de Estocolmo foi a Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, também
chamada de Declaração de Estocolmo. Esse documento aborda sete questões principais e vinte e
seis princípios referentes às responsabilidades dos países com a preservação do meio ambiente.
 Principais pontos abordados na Conferência de Estocolmo:
 Preservação da fauna e da flora como atitude essencial.
 Redução do uso de resíduos tóxicos.
 Apoio ao financiamento do desenvolvimento para que países subdesenvolvidos atinjam o
progresso esperado. Essa questão é importante, pois a declaração acredita que a melhor
maneira de barrar a degradação ambiental é por meio da promoção do desenvolvimento dos
países.
Além da Declaração de Estocolmo, outro resultado dessa conferência foi o Plano de Ação para o
Meio Ambiente, que compreende cento e nove recomendações. Esse plano convoca os países e as
organizações internacionais a buscarem soluções e alternativas para os problemas que assolam o
meio ambiente.
Essa conferência também impulsionou a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA), nova instituição da Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar de
assuntos ambientais. A criação desse programa foi determinante para dar continuidade aos
debates sobre o meio ambiente.
Assim, a Conferência de Estocolmo significou uma grande contribuição na tentativa de resolver os
problemas ambientais, pois conseguiu chamar a atenção de toda a comunidade internacional para
a urgência de discutir e promover estratégias para conter a destruição do meio ambiente.
→ ECO-92
Organizada pelas Nações Unidas, a ECO-92 ou Conferência das Nações Unidas realizou-se no Brasil,
na cidade do Rio de Janeiro, e reuniu 172 países. De acordo com a ONU, a conferência reuniu cerca
de 1400 organizações não governamentais. A ECO-92 ou Rio-92 retomou os pontos abordados na
Declaração de Estocolmo e reconheceu que os problemas que antes tinham abrangência local
eram, agora, globais. Um dos pontos abordados é o modelo de desenvolvimento vigente na
sociedade, que visa à exploração máxima dos recursos naturais para obtenção de lucro. Constatou-
se que esse modelo não conseguiria sustentar-se no século seguinte, em decorrência da escassez
de recursos naturais.
Principais resultados da ECO-92:
Agenda 21: A Agenda 21 é um documento aprovado na Declaração do Rio cujo objetivo é
desenvolver uma proposta de ação que vise ao desenvolvimento sustentável. O documento possui
40 capítulos que promovem alternativas para um novo modelo de desenvolvimento, o sustentável.
As principais propostas da Agenda 21 são:
1. Cooperação dos países desenvolvidos para acelerar o desenvolvimento sustentável dos
países em desenvolvimento.
2. Combate à pobreza.
3. Mudança nos padrões de consumo.
4. Combate ao desflorestamento.
5. Conservação da diversidade biológica.
Outros documentos também resultaram dessa conferência, como a Declaração do Rio sobre o Meio
Ambiente de Desenvolvimento, a Declaração de Princípios sobre Florestas de todo o Tipo, a
Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima e a Convenção sobre Diversidade Biológica. A ECO-92,
por meio desses documentos, de maneira geral, visou a alcançar o desenvolvimento sustentável
por meio da mudança dos padrões de consumo estabelecidos no modelo de desenvolvimento
econômico vigente. Ficou também estabelecido que, em um período de dez anos, seria realizada
uma nova conferência a fim de discutir e avaliar os resultados obtidos a partir das propostas
apresentadas na ECO-92.
→ Conferência das Partes – Protocolo de Kyoto
A ECO-92 resultou na Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, que discutiu tendências do
aquecimento global. Essa convenção teve por objetivo propor metas para a redução da
concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis por acelerar a questão do
aumento das temperaturas globais.
Para que isso fosse possível, foram definidos compromissos e metas para todos os países, o que
ficou conhecido como Conferência das Partes. Em 1995, ocorreu a Conferência das Partes I (COP-
1) em Berlim. Em 1996, a COP-2 em Genebra; e em 1997, foi realizada, em Kyoto, a COP-3, que
resultou no Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto representou um tratado complementar à Convenção-Quadro. Esse acordo
estabeleceu metas para que os países reduzissem a emissão de gases de efeito estufa e foi uma das
mais importantes determinações da conferência, pois definiu compromissos rigorosos a respeito
do aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, com a ratificação de 55
países responsáveis por 55% das emissões de gases de efeito estufa. Os Estados Unidos negou-se a
assinar o protocolo, justificando que os compromissos iriam prejudicar a economia estadunidense."
→ Rio +10
A Rio +10, também conhecida como Cúpula de Joanesburgo ou Conferência Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável, reuniu em 2002, dez anos após a ECO-92, 189 países, além de
centenas organizações não governamentais. Nessa conferência, realizada na cidade de
Joanesburgo, na África do Sul, foram debatidas questões a respeito da preservação do meio
ambiente e foram discutidos também problemas de cunho social, como a pobreza. Um dos
resultados dessa conferência foi a Declaração de Joanesburgo. Esse documento destacou
problemas de ordem mundial associados à globalização, como a miséria e a fome. Além disso,
reforçou que o empenho dos países deveria convergir para o estabelecimento do desenvolvimento
sustentável.
1. Principais pontos destacados pela Declaração de Joanesburgo:
2. Necessidade de proteger a biodiversidade.
3. Promoção do acesso à água potável.
4. Melhoria do saneamento básico para atender às populações.
5. Acesso à energia e à saúde.
6. Combate à fome, aos conflitos armados, ao narcotráfico e ao crime organizado.
A Rio +10 também retomou os compromissos firmados na ECO-92, destacando o dever de cobrar
dos líderes mundiais a prática das metas firmadas pela Agenda 21. Contudo, essa conferência não
obteve resultados significativos, visto que os países desenvolvidos não concordaram em cancelar
as dívidas dos países mais pobres. Além disso, os países que fazem parte da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) não assinaram o acordo que tinha como meta o uso de 10% de
fontes energéticas renováveis.
O principal ponto positivo dessa conferência está relacionado com o abastecimento de água, visto
que os países concordaram em reduzir pela metade, até 2015, o número de pessoas que não têm
acesso à água potável.
→ Rio + 20
A Rio +20, também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, foi realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 2012. Recebeu esse nome,
porque foi realizada vinte anos após a Rio-92. Dessa conferência, participaram 193 países-membros
da ONU e teve uma das maiores coberturas midiáticas da história. Foram retomadas questões
debatidas nas conferências anteriores e refletiu-se sobre ações adotadas pelos países desde a Rio-
92, identificando aquelas que pudessem orientar o desenvolvimento sustentável para os próximos
vinte anos.
O principal objetivo da Rio +20 refere-se ao reforço do compromisso dos Estados com a
sustentabilidade. Essa conferência foi organizada pela ONU e levantou um questionamento: “Qual
o futuro que queremos?”. Dessa questão, resultou o documento que ficou conhecido como “O
futuro que queremos”. As principais propostas do documento “O futuro que queremos” foram:
1. Erradicar a pobreza.
2. Integrar aspectos econômicos, sociais e ambientais ao desenvolvimento sustentável.
3. Proteger os recursos naturais.
4. Mudar os modos de consumo.
5. Promover o crescimento econômico sustentável.
6. Reduzir as desigualdades.
7. Melhorar as condições básicas de vida.
Esse documento, além de reforçar o compromisso das conferências anteriores com o
desenvolvimento sustentável, incentivou a criação das Metas de Desenvolvimento Sustentável, que
se baseavam na Agenda 21, elaborada na ECO-92. Essas metas tinham por objetivo adequar a
realidade dos países para que conseguissem atender às questões do desenvolvimento sustentável.
De acordo com o documento, uma das principais medidas para alcançar-se essa sustentabilidade é
por meio da erradicação da pobreza."
Desenvolvimento sustentável
O termo “desenvolvimento sustentável” foi apresentado em 1987 no relatório Nosso Futuro
Comum, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente, promovida pela ONU. O
relatório tinha como principal objetivo apresentar as principais mudanças necessárias para que a
exploração dos recursos naturais não ocorresse de forma que pudesse prejudicar o suprimento das
gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável sugere que o suprimento das necessidades da sociedade não pode
comprometer o desenvolvimento das gerações futuras. Sendo assim, é fundamental que os
recursos naturais sejam repostos na natureza, impactando minimamente possível o meio
ambiente. Isso só será possível se o modelo de consumo da sociedade for alterado, uma vez que o
atual modelo de desenvolvimento visa à obtenção de lucro por meio da exploração máxima dos
recursos naturais."
CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS
Conferências ambientais reúnem líderes de diversos países para discutir e ampliar os debates sobre
impactos ambientais e sobre a necessidade de promover a sustentabilidade.
"As conferências ambientais são reuniões em que líderes de diversos países debatem questões
relacionadas à preservação do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Foi a partir da
segunda metade do século XVIII que se iniciaram os primeiros estudos ecológicos. Contudo,
somente na década de 1960, no período Pós-Segunda Guerra Mundial, que as questões ambientais
passaram a ser discutidas com vigor, em resposta, principalmente, ao período industrial. Esse
período inseriu nas indústrias e no meio rural técnicas inovadoras que intensificaram a produção,
acentuando a exploração de recursos naturais.
É válido ressaltar que os impactos ambientais intensificaram-se a partir da Revolução Industrial,
que mudou todo o cenário mundial em decorrência dos avanços tecnológicos, do modo capitalista
de produção, do aumento da produção e, consequentemente, do consumo exagerado. O mundo
passou a ser assolado por várias catástrofes naturais, que têm despertado na sociedade, nos
Estados e na comunidade científica a consciência sobre a gravidade dos impactos sofridos pelo
meio ambiente e sobre a necessidade de propor medidas que diminuam os efeitos da ação
humana."
Principais conferências ambientais
Na tentativa de promover estratégias que visem ao desenvolvimento socioeconômico atrelado à
preservação do meio ambiente e ao uso consciente de recursos naturais, surgiram as conferências
ambientais, que reúnem representantes de diversos países.
→ Conferência de Estocolmo
Também conhecida como Conferência das Nações Unidos sobre o Meio Ambiente, a Conferência
de Estocolmo foi realizada no ano de 1972, em Estocolmo, na Suécia. Essa foi a primeira conferência
ambiental no mundo e reuniu líderes de 113 países e 250 organizações internacionais para discutir
os principais problemas enfrentados pelo meio ambiente. É considerada um marco histórico, pois,
a partir dela, surgiram políticas de gerenciamento ambiental envolvendo o engajamento dos
Estados na tentativa de diminuir os impactos ambientais negativos.
Essa conferência significou uma constatação, por parte dos Estados, da existência dos problemas
ambientais e da extrema necessidade de promover ações para contê-los. Um dos resultados da
Conferência de Estocolmo foi a Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, também
chamada de Declaração de Estocolmo. Esse documento aborda sete questões principais e vinte e
seis princípios referentes às responsabilidades dos países com a preservação do meio ambiente.
 Principais pontos abordados na Conferência de Estocolmo:
 Preservação da fauna e da flora como atitude essencial.
 Redução do uso de resíduos tóxicos.
 Apoio ao financiamento do desenvolvimento para que países subdesenvolvidos atinjam o
progresso esperado. Essa questão é importante, pois a declaração acredita que a melhor
maneira de barrar a degradação ambiental é por meio da promoção do desenvolvimento dos
países.
Além da Declaração de Estocolmo, outro resultado dessa conferência foi o Plano de Ação para o
Meio Ambiente, que compreende cento e nove recomendações. Esse plano convoca os países e as
organizações internacionais a buscarem soluções e alternativas para os problemas que assolam o
meio ambiente.
Essa conferência também impulsionou a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA), nova instituição da Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar de
assuntos ambientais. A criação desse programa foi determinante para dar continuidade aos
debates sobre o meio ambiente.
Assim, a Conferência de Estocolmo significou uma grande contribuição na tentativa de resolver os
problemas ambientais, pois conseguiu chamar a atenção de toda a comunidade internacional para
a urgência de discutir e promover estratégias para conter a destruição do meio ambiente.
→ ECO-92
Organizada pelas Nações Unidas, a ECO-92 ou Conferência das Nações Unidas realizou-se no Brasil,
na cidade do Rio de Janeiro, e reuniu 172 países. De acordo com a ONU, a conferência reuniu cerca
de 1400 organizações não governamentais. A ECO-92 ou Rio-92 retomou os pontos abordados na
Declaração de Estocolmo e reconheceu que os problemas que antes tinham abrangência local
eram, agora, globais. Um dos pontos abordados é o modelo de desenvolvimento vigente na
sociedade, que visa à exploração máxima dos recursos naturais para obtenção de lucro. Constatou-
se que esse modelo não conseguiria sustentar-se no século seguinte, em decorrência da escassez
de recursos naturais.
Principais resultados da ECO-92:
Agenda 21: A Agenda 21 é um documento aprovado na Declaração do Rio cujo objetivo é
desenvolver uma proposta de ação que vise ao desenvolvimento sustentável. O documento possui
40 capítulos que promovem alternativas para um novo modelo de desenvolvimento, o sustentável.
As principais propostas da Agenda 21 são:
1. Cooperação dos países desenvolvidos para acelerar o desenvolvimento sustentável dos
países em desenvolvimento.
2. Combate à pobreza.
3. Mudança nos padrões de consumo.
4. Combate ao desflorestamento.
5. Conservação da diversidade biológica.
Outros documentos também resultaram dessa conferência, como a Declaração do Rio sobre o Meio
Ambiente de Desenvolvimento, a Declaração de Princípios sobre Florestas de todo o Tipo, a
Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima e a Convenção sobre Diversidade Biológica. A ECO-92,
por meio desses documentos, de maneira geral, visou a alcançar o desenvolvimento sustentável
por meio da mudança dos padrões de consumo estabelecidos no modelo de desenvolvimento
econômico vigente. Ficou também estabelecido que, em um período de dez anos, seria realizada
uma nova conferência a fim de discutir e avaliar os resultados obtidos a partir das propostas
apresentadas na ECO-92.
→ Conferência das Partes – Protocolo de Kyoto
A ECO-92 resultou na Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, que discutiu tendências do
aquecimento global. Essa convenção teve por objetivo propor metas para a redução da
concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis por acelerar a questão do
aumento das temperaturas globais.
Para que isso fosse possível, foram definidos compromissos e metas para todos os países, o que
ficou conhecido como Conferência das Partes. Em 1995, ocorreu a Conferência das Partes I (COP-
1) em Berlim. Em 1996, a COP-2 em Genebra; e em 1997, foi realizada, em Kyoto, a COP-3, que
resultou no Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto representou um tratado complementar à Convenção-Quadro. Esse acordo
estabeleceu metas para que os países reduzissem a emissão de gases de efeito estufa e foi uma das
mais importantes determinações da conferência, pois definiu compromissos rigorosos a respeito
do aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, com a ratificação de 55
países responsáveis por 55% das emissões de gases de efeito estufa. Os Estados Unidos negou-se a
assinar o protocolo, justificando que os compromissos iriam prejudicar a economia estadunidense."
→ Rio +10
A Rio +10, também conhecida como Cúpula de Joanesburgo ou Conferência Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável, reuniu em 2002, dez anos após a ECO-92, 189 países, além de
centenas organizações não governamentais. Nessa conferência, realizada na cidade de
Joanesburgo, na África do Sul, foram debatidas questões a respeito da preservação do meio
ambiente e foram discutidos também problemas de cunho social, como a pobreza. Um dos
resultados dessa conferência foi a Declaração de Joanesburgo. Esse documento destacou
problemas de ordem mundial associados à globalização, como a miséria e a fome. Além disso,
reforçou que o empenho dos países deveria convergir para o estabelecimento do desenvolvimento
sustentável.
1. Principais pontos destacados pela Declaração de Joanesburgo:
2. Necessidade de proteger a biodiversidade.
3. Promoção do acesso à água potável.
4. Melhoria do saneamento básico para atender às populações.
5. Acesso à energia e à saúde.
6. Combate à fome, aos conflitos armados, ao narcotráfico e ao crime organizado.
A Rio +10 também retomou os compromissos firmados na ECO-92, destacando o dever de cobrar
dos líderes mundiais a prática das metas firmadas pela Agenda 21. Contudo, essa conferência não
obteve resultados significativos, visto que os países desenvolvidos não concordaram em cancelar
as dívidas dos países mais pobres. Além disso, os países que fazem parte da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) não assinaram o acordo que tinha como meta o uso de 10% de
fontes energéticas renováveis.
O principal ponto positivo dessa conferência está relacionado com o abastecimento de água, visto
que os países concordaram em reduzir pela metade, até 2015, o número de pessoas que não têm
acesso à água potável.
→ Rio + 20
A Rio +20, também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, foi realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 2012. Recebeu esse nome,
porque foi realizada vinte anos após a Rio-92. Dessa conferência, participaram 193 países-membros
da ONU e teve uma das maiores coberturas midiáticas da história. Foram retomadas questões
debatidas nas conferências anteriores e refletiu-se sobre ações adotadas pelos países desde a Rio-
92, identificando aquelas que pudessem orientar o desenvolvimento sustentável para os próximos
vinte anos.
O principal objetivo da Rio +20 refere-se ao reforço do compromisso dos Estados com a
sustentabilidade. Essa conferência foi organizada pela ONU e levantou um questionamento: “Qual
o futuro que queremos?”. Dessa questão, resultou o documento que ficou conhecido como “O
futuro que queremos”. As principais propostas do documento “O futuro que queremos” foram:
1. Erradicar a pobreza.
2. Integrar aspectos econômicos, sociais e ambientais ao desenvolvimento sustentável.
3. Proteger os recursos naturais.
4. Mudar os modos de consumo.
5. Promover o crescimento econômico sustentável.
6. Reduzir as desigualdades.
7. Melhorar as condições básicas de vida.
Esse documento, além de reforçar o compromisso das conferências anteriores com o
desenvolvimento sustentável, incentivou a criação das Metas de Desenvolvimento Sustentável, que
se baseavam na Agenda 21, elaborada na ECO-92. Essas metas tinham por objetivo adequar a
realidade dos países para que conseguissem atender às questões do desenvolvimento sustentável.
De acordo com o documento, uma das principais medidas para alcançar-se essa sustentabilidade é
por meio da erradicação da pobreza."
Desenvolvimento sustentável
O termo “desenvolvimento sustentável” foi apresentado em 1987 no relatório Nosso Futuro
Comum, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente, promovida pela ONU. O
relatório tinha como principal objetivo apresentar as principais mudanças necessárias para que a
exploração dos recursos naturais não ocorresse de forma que pudesse prejudicar o suprimento das
gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável sugere que o suprimento das necessidades da sociedade não pode
comprometer o desenvolvimento das gerações futuras. Sendo assim, é fundamental que os
recursos naturais sejam repostos na natureza, impactando minimamente possível o meio
ambiente. Isso só será possível se o modelo de consumo da sociedade for alterado, uma vez que o
atual modelo de desenvolvimento visa à obtenção de lucro por meio da exploração máxima dos
recursos naturais."

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