Apostila CAC 2023 OFICIAL7

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CAC MISTO

2023 | 7º ANO

Professores: Bruno Horta, Dinarte Junior, Évillen Fernandes, Ester


Menezes, Fúlvio Mendes, Genoveva Rocha, Luciana Carrilo, Marluce
Morgado, Maynne Gomes e Rosilene Amado.

Coordenação de Área: Genoveva.

Aluno (a): ____________________________________________

WhatsApp: (____)___________________-__________________

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Índice

1. Introdução.................................................................................03-04

2. Saúde Vocal...............................................................................05-09

3. Aquecimentos.................................................................................10

4. Repertório.................................................................................11-39
4.1. Atrele os bois (11)
4.2. Ainda bem (12-14)
4.3. Canto do povo de um lugar (15)
4.4. Just the way you are (16-23)
4.5. Meu bem querer (24)
4.6. Rancho fundo (25-34)
4.7. Rock my soul (35)
4.8. Vento (36)
4.9. Adeste fidelis (37)
4.10. Boas festas (38)
4.11. Jingle fells (39)
4.12. Noite Feliz (40)

5. Classificação Vocal.....................................................................41-45

6. Contato dos Professores.................................................................46

6. Rascunho...................................................................................47-49

7. Bibliografia.....................................................................................50

“Músicos não nascem prontos.


Nascem com talento e adquirem
formação para se tornarem os músicos
que desejam ser.”

Att. Área de Canto Coral

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1. Introdução
Pensemos que o corpo é um instrumento que produz sons. O som mais importante, aquele
que nos coloca em comunicação com o mundo, que nos serve como veículo de trabalho, é a
voz. Todo instrumentista que quer um bom som de seu instrumento, cuida dele, limpa,
aquece, conserva. Assim também precisamos proceder com esse instrumento tão delicado
que é o corpo.
Tudo o que a cabeça pensa, tudo o que o coração sente, fica registrado num trapézio duro,
na dificuldade de mexer os quadris, na postura rígida dos joelhos jogados para trás. Além
disso, uma pessoa de corpo pouco flexível provavelmente também será pouco flexível nas
ideias. Desconhecemos profundamente a geografia de nosso corpo, não nos preocupamos
com as possibilidades de movimentos das articulações, ou como funcionam nossos
músculos. Claro que saber tudo parece meio impossível, já que não nos dedicamos à
anatomia ou à medicina, mas o básico necessário para manter uma boa postura corporal,
fundamental não só para o canto, mas também para uma melhor qualidade de vida, torna–
se inevitável que pesquisemos, que procuremos uma boa orientação de profissionais da
área. (CHAN e CRUZ, 2001, p.9)

Nas aulas de canto coral você vai desenvolver sua voz através de variados
aquecimentos vocais, da prática do cantar em grupo, bem como conquistar uma boa
postura por intermédio de exercícios de relaxamento, alongamento e diversos
aquecimentos corporais.

Um corpo aquecido é meio caminho andado para a boa produção vocal, e vale a pena
reservarmos um tempo do ensaio para os exercícios, que não só acordam o corpo para o
trabalho, mas também desenvolvem o ritmo interior, a coordenação, a atenção, a prontidão
e a integração, entre outros objetivos que você vai descobrindo a cada ensaio. Repare:
quanto mais e melhor você trabalhar o corpo, mais rápido será o processo de aprendizagem
e melhor a produção da voz. (CHAN e CRUZ, 2001, p.9)

Figura 1 – A Boa Postura

Fonte: CHAN e CRUZ, 2001, p.8.


Ilustração: Flávio Carrara

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É sabido por todos que trabalham com vozes que o aquecimento vocal, depois do
aquecimento corporal e de exercícios de respiração, e antes do canto, é imprescindível para
despertar a concentração, aquecer os músculos do trato vocal, centrar a voz. Graças à
inestimável colaboração da área de Fonoaudiologia, temos aprendido cada vez mais a lidar
com esse tópico tão delicado de nosso cotidiano. E embora usualmente sejamos nós,
regentes e professores, a estabelecermos os critérios desse aquecimento, é fundamental
que, ao menor sinal de dúvida, ou em vista de qualquer problema das vozes sob nossa
responsabilidade, nos dirijamos diretamente a um especialista. (CHAN e CRUZ, 2001, p.25)

Figura 2 – Fisiologia da Voz

Fonte: CHAN e CRUZ, 2001, p.23.


Ilustração: Flávio Carrara

É impreterível lembrar que ao realizarmos um aquecimento vocal (vocalize) com


vogais, cada uma delas vai ocupar um espaço em nossa boca. Através da técnica
vocal, vamos aperfeiçoar o canto e nossa empostação vocal. Exercícios com vogais são
de extrema valia nesse processo.

Quanto às vogais, será interessante trabalhar com as 7: A, É, Ê, I, Õ, Ô e U, embora muitas


vezes utilizemos somente as 5: A, E, I, O e U. Repare na gravura abaixo a colocação das
vogais quanto à zona de articulação. A boa produção vocal depende da consciência de cada
detalhe do funcionamento desse instrumento que produz voz. (CHAN e CRUZ, 2001, p.27)

Figura 3 – Articulação das Vogais

Fonte: CHAN e CRUZ, 2001, p.27.


Ilustração: Flávio Carrara

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2. SAÚDE VOCAL

Um fator bem interessante a ser destacado em nossos estudos é relativo à produção


do som. Você sabe como é produzida a voz?

A voz é produzida a partir de um som básico gerado na laringe. A laringe localiza-se no


pescoço e é um tubo alongado, no interior do qual estão as pregas ou “cordas” vocais.
Quando respiramos silenciosamente, as pregas vocais ficam abertas (1), ou seja, afastadas
entre si, para permitir a entrada e a saída do ar. Quando produzimos a voz, as pregas vocais
se aproximam (2). O ar, então, passa entre elas e as faz vibrar, produzindo o som. Portanto,
o ar é essencial para produzirmos a voz, sendo o combustível energético da fonação. O som
básico produzido pela vibração das pregas vocais percorre um caminho dentro do nosso
corpo, pelo trato vocal, e passa por várias estruturas até sair pela boca e/ou pelo nariz,
sendo amplificado através das cavidades de ressonância. Estas cavidades funcionam com
um alto falante natural da fonação e são constituídas principalmente pela própria laringe,
faringe, boca e nariz (3). Após percorrer este caminho, os sons são articulados
principalmente na cavidade da boca, por movimentos de língua e lábios. Tais movimentos
devem ser precisos para produzir sons claros e tornar inteligível a mensagem que se quer
transmitir. Embora essa explicação esteja focalizada no que acontece na laringe quando o
som é produzido, o início do processo de fonação ocorre bem antes. É o nosso cérebro que
vai comandar todo o processo de entrada e saída do ar, do posicionamento e vibração das
pregas vocais e da produção dos sons da fala. Nossa voz é só nossa, uma espécie de
expressão sonora absolutamente individual, fato semelhante ao que ocorre com a
impressão digital. Nascemos com determinadas características anatômicas que produzirão
um tipo de voz; porém, formamos uma identidade vocal ao longo da vida. Saúde Vocal conta
uma série de dados inerentes a três dimensões do indivíduo: biológica, psicológica e sócio
educacional. As informações contidas na dimensão biológica dizem respeito aos nossos
dados físicos básicos, como sexo, idade e condições gerais de saúde; as informações
contidas na dimensão psicológica correspondem às características básicas da
personalidade e do estado emocional do indivíduo durante o momento da emissão; já a
dimensão sócio educacional oferece dados sobre os grupos a que pertencemos, sociais ou
profissionais. Conscientes ou não, influenciamos com nossas vozes e somos influenciados
pelas vozes das pessoas com quem fazemos contato. (RODRIGUES, Gabriela;
PEDROSA VIEIRA, Vanessa; BEHLAU, Mara. 2011, p.3-4)

Figura 4 – A Produção da Voz

Fonte: RODRIGUES, Gabriela; PEDROSA VIEIRA, Vanessa; BEHLAU, Mara. 2011, p.3.

Sobre a voz podemos dizer que existem várias características peculiares


variantes de um indivíduo para o outro.

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Todos nós temos várias vozes, ou seja, utilizamos diferentes qualidades vocais a depender
da situação, da pessoa com quem estamos falando e do nosso estado físico e emocional.
Assim, nossa voz em casa com a família é diferente da nossa voz no trabalho com colegas.
Quando estamos tristes ou felizes, nossa voz também demonstra esses sentimentos.
Podemos tornar nossa voz mais fina, mais grossa, mais forte, mais fraca, mais rouca, mais
limpa, mais nasal e mais “melosa”. A possibilidade de controle de todas essas variáveis nos
mostra o quanto esse sistema é flexível. A Psicodinâmica Vocal é o padrão de voz de uma
pessoa num determinado momento, ou a característica predominante de sua voz (perfil de
voz). Ela está relacionada ao seguinte pensamento: “Ouça esta voz, não parece que a
pessoa está cansada?” ou “A voz daquela senhora me transmite calma, já a de sua irmã, me
deixa agitado!” Portanto, a psicodinâmica vocal é o processo de leitura da voz e dos efeitos
dessa voz pelos ouvintes. É importante lembrar que as impressões transmitidas por um
tipo de voz devem ser sempre analisadas de acordo com a cultura a que um indivíduo
pertence. Além disso, as características vocais nunca devem ser analisadas
isoladamente, mas sim em conjunto e de acordo com o contexto em que acontecem.
As características mais comuns da voz e as impressões causadas por cada uma delas são:
VOZ ROUCA - cansaço, esgotamento; VOZ SOPROSA (com ar) - fraqueza, sensualidade;
VOZ MUITO FINA (aguda) - fragilidade, infantilidade; VOZ MUITO GROSSA (grave) -
autoritarismo, virilidade; VOZ EM TOM MÉDIO - consciência quanto ao ambiente, controle
das emoções e informações; VOZ ALTA/FORTE - falta de noção espacial, invasão do
espaço do outro, intimidação; VOZ BAIXA/FRACA - timidez, autoimagem negativa.
(RODRIGUES, Gabriela; PEDROSA VIEIRA, Vanessa; BEHLAU, Mara. 2011,
p.4-5)

Acerca do cuidado vocal, existem algumas recomendações básicas, dentre elas:

 Beba água, regularmente, em pequenos goles, principalmente quando estiver


fazendo uso profissional da voz. A água hidrata o organismo e favorece uma emissão
vocal sem tensão;
 Mantenha uma alimentação saudável e regular. Isso ajuda a prevenir o refluxo, que
é prejudicial à laringe e às pregas vocais;
 Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente antes da utilização
profissional da voz, pois estes aumentam a produção de secreção no trato vocal e
dificultam a emissão;
 Enquanto estiver falando, mantenha a postura do corpo sempre ereta, no eixo,
porém relaxada e livre de tensões (principalmente a cabeça);
 Tenha momentos de descanso durante o dia, poupando a sua voz;
 Evite gritar ou falar frequentemente em forte intensidade: sempre que possível
procure se aproximar do outro para conversar. Evite competição sonora: ao falar, abaixe
o volume da TV e/ou do som;
 Esteja atento à ingestão de líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito
gelado ou muito quente, principalmente durante o uso profissional da voz. Algumas
pessoas têm maior sensibilidade e podem ter desconforto vocal. Observe se este é o
seu caso e procure evitar o que dificulta a produção da sua voz;
 Evite pigarrear ou tossir demais, pois isso provoca um forte atrito entre as pregas
vocais, irritando-as. Procure substituí-los por uma respiração seguida de deglutição de
saliva para deslocar a secreção. Se o problema persistir, procure um médico;
 Evite falar enquanto pratica exercícios físicos: o esforço muscular associado à fala
provocará sobrecarga na musculatura de sua laringe;
 Fique atento a possíveis ressecamentos do trato vocal quando estiver exposto ao
ar-condicionado. Isso pode levá-lo a produzir uma voz com maior esforço e tensão. Se
este for o seu caso, procure manter-se bem hidratado e beber água em pequenos goles
durante o período de exposição;
 Evite chupar balas ou pastilhas fortes, assim como utilizar sprays, que mascaram o
sintoma de garganta irritada e faz com que você produza a voz com esforço, sem
perceber. Quando o efeito da bala passar, a irritação na garganta será ainda maior. Em
substituição a estas alternativas, procure fazer repouso vocal;

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 Evite falar muito quando estiver gripado ou em crise alérgica, pois, nestes casos, o
tecido que reveste a laringe está inchado e haverá grande atrito entre pregas vocais
durante a fala;
 Evite usar roupas apertadas na região do pescoço e na cintura. Elas dificultam a
livre movimentação da laringe e do diafragma, musculatura importante para a
respiração. Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso. Tais hábitos irritam a
laringe. Além disso, o cigarro aumenta consideravelmente o risco para o
desenvolvimento do câncer de laringe e pulmão. O fumo é altamente nocivo, pois a
fumaça quente agride o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais, podendo
causar irritação, pigarro e edema. Álcool em excesso também é prejudicial para as
pregas vocais e tem efeito analgésico, fazendo com que você cometa abusos vocais
sem se dar conta;
 Evite falar grave ou agudo demais, travar os dentes ao falar e falar muito rápido.
Tenha uma voz com entonação variada, articule bem as palavras, perceba-se enquanto
fala, acalme-se, faça pausas expressivas e respiratórias;
 Evite se automedicar. Muitos remédios podem indiretamente piorar a sua voz. Fique
atento a medicações que causam sensação de boca seca. Busque por orientação
médica;
 Quando você estiver com uma rouquidão por mais de 15 dias, consulte um médico
otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo. (RODRIGUES, Gabriela; PEDROSA
VIEIRA, Vanessa; BEHLAU, Mara. 2011, p. 5-6).

Figura 5 – Estrutura Vocal Saudável

Fonte: Perturbações das Cordas Vocais, 09/09/2011 — Tradução e Edição de Imagem Científica: Harvard
Medical School – Portugal Program in Translational Research andinformation.
Acesso em: https://hmsportugal.wordpress.com /2011/09/09/perturbacoes-das-cordas-vocais-2/ 27/02/2017

É responsabilidade nossa cuidar da voz, conhecer mais a fundo sobre este


instrumento que é até então insubstituível. O mau uso da voz pode ocasionar uma
série de distúrbios e disfunções vocais, que podem exigir certo esforço para a emissão
da mesma. Dentre esses esforços podemos listar: dificuldade em manter a voz;
cansaço ao falar; variações na frequência habitual; rouquidão; falta de volume e
projeção; perda da eficiência vocal; pouca resistência ao falar.
A disfonia é, na verdade, apenas um sintoma presente em vários e diferentes
distúrbios, ora se manifestando como sintoma secundário, ora como principal.
O indivíduo que padece de um distúrbio vocal sofre limitações de ordens física,
emocional e profissional. Os principais tipos de lesões orgânicas resultantes das
disfonias funcionais são: nódulos, pólipos e edemas das pregas vocais. Estas três
alterações da mucosa da prega vocal têm como característica comum, o fato de
representarem uma resposta inflamatória da túnica mucosa a agentes agressivos,
quer sejam de natureza externa, quer sejam decorrentes do próprio comportamento
vocal.

Os nódulos resultam de: fatores anatômicos predisponentes (fendas triangulares),


personalidade (ansiedade, agressividade, perfeccionismo) e do comportamento vocal
inadequado (uso excessivo e abusivo da voz). O tratamento dos nódulos é fonoterápico. A

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indicação cirúrgica, todavia, pode ser feita quando os mesmos apresentam característica
esbranquiçada, dura e fibrosada, ou ainda quando existe dúvida diagnóstica. (Site: CLUBE
DA FALA, 2016. Acesso em: http://www.clubedafala.com.br/fonoaudiologia/disturbios-
vocais-e-disfonia/).

Figura 6 – Disfonia Vocal

Fonte: Fonoaudiologia por Erica Sitta


Publicado em: 15/01/2016
Acesso em: https://ericasitta.wordpress.com/2016/01/15/o-que-e-isso-na-prega-vocal-interpretando-as-
imagens/ 27/02/2017
Os pólipos são inflamações decorrentes de traumas em camadas mais profundas da lâmina
própria da laringe, de aparência vascularizada. O tratamento é cirúrgico. A voz típica é
rouca. As causas podem ser: abuso da voz ou agentes irritantes, alergias, infecções agudas,
etc. (Site: CLUBE DA FALA, 2016. Acesso em:
http://www.clubedafala.com.br/fonoaudiologia/disturbios-vocais-e-disfonia/).

Figura 7 – Disfonia Vocal

Fonte: Fonoaudiologia por Erica Sitta


Publicado em: 15/01/2016
Acesso em: https://ericasitta.wordpress.com/2016/01/15/o-que-e-isso-na-prega-vocal-interpretando-as-
imagens/ 27/02/2017

Os edemas relacionam-se com o uso da voz. Normalmente são localizados e agudos. O


tratamento é medicamentoso ou através de repouso vocal. Os edemas generalizados e
bilaterais representam a laringite crônica, denominada Edema de Reinke. É encontrado em
pessoas expostas a fatores irritantes externos, especialmente o tabagismo (fumo) e o
elitismo, sendo o mais importante fator associado ao uso excessivo e abusivo da voz.
Quando discretos, os edemas podem ser tratados com medicamentos e fonoterapia,
assegurando-se a eliminação de seu fator causal; quando volumosos, necessitam de
remoção cirúrgica, seguida de reabilitação fonoaudiológica. (CLUBE DA FALA, 2016.
Acesso em: http://www.clubedafala.com.br/fonoaudiologia/disturbios-vocais-e-disfonia/).

Figura 8 – Disfonia Vocal

Fonte: Fonoaudiologia por Erica Sitta


Publicado em: 15/01/2016
Acesso em: https://ericasitta.wordpress.com/2016/01/15/o-que-e-isso-na-prega-vocal-interpretando-as-
imagens/ 27/02/2017

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Os fatores infecciosos, incluindo as sinusites, diminuem a ressonância e alteram a função
respiratória, produzindo modificações na voz. O efeito primário das infecções das vias
aéreas superiores tem efeito direto sobre a faringe e a laringe, podendo provocar irritação e
edema das pregas vocais. Estes processos infecciosos podem gerar atividades danosas,
como o pigarro e a tosse que, por sua vez, podem causar traumatismos nas pregas vocais.
Há também fatores imunológicos, endócrinos, auditivos e emocionais, que podem causar
transtornos na emissão da voz. (CLUBE DA FALA, 2016. Acesso em:
http://www.clubedafala.com.br/fonoaudiologia/disturbios-vocais-e-disfonia/).

Figura 9 – Disfonia Vocal

Fonte: Fonoaudiologia por Erica Sitta


Publicado em: 15/01/2016
Acesso em: https://ericasitta.wordpress.com/2016/01/15/o-que-e-isso-na-prega-vocal-interpretando-as-
imagens/ 27/02/2017

O agravamento das irritações crônicas da laringe é denominado laringite crônica. Os


sintomas são: rouquidão e tosse com sensação de corpo estranho na garganta, aumento de
secreção, pigarro e, ocasionalmente, dor de garganta. O tratamento envolve a eliminação
dos fatores que provocam a irritação da laringe (exposição a produtos químicos e tóxicos,
nível elevado de ruídos, maus hábitos alimentares, refluxo alimentar devido a gorduras,
pigarro crônico, etc.), além da promoção de hábitos que melhoram a higiene vocal, evitando
os abusos da voz. (Site: CLUBE DA FALA, 2016. Acesso em:
http://www.clubedafala.com.br/fonoaudiologia/disturbios-vocais-e-disfonia/).

Figura 10 – Disfonia Vocal

Fonte: Fonoaudiologia por Erica Sitta


Publicado em: 15/01/2016
Acesso em: https://ericasitta.wordpress.com/2016/01/15/o-que-e-isso-na-prega-vocal-interpretando-as-
imagens/ 27/02/2017

Em síntese, um bom profissional da voz conhece e cuida do seu instrumento.


Esperamos que essa apostila seja um material eficaz para auxiliá-lo nesse processo
inicial de estudo sobre o canto coral. Bons estudos e cante com moderação!

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3. AQUECIMENTOS

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4. REPERTÓRIO

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5. Classificação Vocal

No canto, podemos classificar as vozes em categorias


diferentes de acordo com a extensão de notas que
conseguimos emitir, ou seja, até onde conseguimos
alcançar do mais grave até o mais agudo. Essa extensão
de notas que conseguimos cantar pode ser chamada de
classificação vocal, ou também de extensão vocal.
Cada pessoa tem uma extensão vocal, e isso depende de
fatores como: dimensões da laringe e das pregas vocais
(laringes e pregas vocais menores emitem notas que são
mais agudas, enquanto laringes e pregas vocais maiores
emitem notas mais graves).
Mas não se preocupe, para medir sua classificação vocal,
não é preciso medir o tamanho de sua laringe. Basta
realizar um simples teste para ver onde sua voz se encaixa.
Existem basicamente seis classificações vocais que, convencionalmente, foram
divididas entre vozes masculinas e vozes femininas.
• Classificações vocais masculinas: Tenor (voz mais aguda), Barítono (voz
entre Tenor e Baixo) e Baixo (voz mais grave).
• Classificações vocais femininas: Soprano (voz mais aguda), Mezzo-
soprano (mezzo significa meio então é a voz entre soprano e contralto) e
Contralto (voz mais grave).
Obs: existem ainda outras classificação intermediárias, como 1º tenor, 2º
tenor, etc. mas essas seis classificações acima são as mais básicas e comuns.
Já é possível saber com boa precisão qual a sua extensão vocal considerando
essas 6 categorias.

Podemos classificar as vozes dentro das categorias através de testes utilizando


um instrumento musical para nos auxiliar. O instrumento indicado para estes
testes é um teclado ou piano. Não importa o tamanho do teclado, se você
pegar o dó central desse teclado (ou seja, o dó localizado bem na metade do
teclado), esse será o C3 (dó 3). Caso você não saiba o nome das notas nesse
instrumento, veja esse artigo. O número significa a oitava utilizada. Se
quisermos tocar o dó localizado uma oitava abaixo do C3, teremos o C2, e
assim por diante. Da mesma forma, uma oitava acima do C3 é o C4. Essa
lógica serve para todas as notas.
Obs: a notação americana utiliza C4 como dó central. Nesse caso, estaremos
utilizando C3, o que significa que a primeira oitava é o C0, não C1 como na
notação americana.

Se você localizou o C3, a próxima tecla branca será o D3, depois o E3 e assim
por diante.

Um dos testes que pode ser feito então é tocar as notas do piano e ao mesmo
tempo cantar essas notas que estão sendo tocadas (pode-se fazer o som da
letra “U” por exemplo). A lógica do teste é a seguinte: a região em que você se
sentir mais confortável no momento de cantar, ou seja, não sentiu que teve

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que fazer muito esforço, sua voz não engasgou nem falhou e as veias do
pescoço não ficaram aparentes, é a região em que sua voz se enquadra.

Em outras palavras, uma extensão vocal será definida como o intervalo que
você consegue cantar sem dificuldades. Por exemplo, se você conseguir
imitar/reproduzir o mesmo som das notas A1 até A3 sem dificuldades, significa
que sua extensão vocal é barítono.

Se você preferir fazer esse teste com calma, ouvindo o som com auxílio de
uma professora explicando tudo, confira a aula de classificação vocal do curso
de canto Descomplicando a Música. Nesse curso você vai aprender muitos
outros detalhes importantes para o canto além da classificação vocal.

Muito bem, observe abaixo as figuras com as regiões de cada classificação


vocal:
VOZES MASCULINAS:

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VOZES FEMININAS:

Ao observar a classificação vocal de cantores famosos, podemos destacar


alguns exemplos.

Vozes masculinas:
• Baixo: Barry White
• Barítono: Anderson Freire
• Tenor: Luan Santana

Vozes femininas:
• Contralto: Ivete Sangalo
• Mezzo-soprano: Christina Aguilera
• Soprano: Mariah Carey

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Para conferir a extensão vocal de diversos cantores famosos, veja esse
infográfico. Detalhe: a notação usada nesse infográfico é a americana, então
considere que o dó central é o C4.

Mas afinal, como ter certeza sobre minha classificação vocal?


Embora características como o timbre, a estrutura corporal e a tessitura vocal
(faixa de notas que conseguimos cantar com qualidade e sem esforço) devam
ser consideradas, a análise da extensão vocal é a característica mais utilizada
para se classificar uma voz.

É importante saber que, por vezes, a voz pode se encaixar em mais de uma
classificação, ou seja, conseguimos cantar notas que abrangem mais de uma
extensão. Nesses casos, a classificação vocal mais adequada é a região em que
o cantor se sentiu mais à vontade ao emitir as notas.

EM SUMA, NO TEXTO ACIMA TRATAMOS


MUITO ENFATICAMENTE SOBRE EXTENSÃO
VOCAL E DIVISÕES VOCAIS SIMPLES.
CONTUDO, EXISTEM PARÂMETROS MAIS
PROFUNDOS E EXPECÍFICOS PARA
REALIZAR UMA CLASSIFICAÇÃO VOCAL
MAIS PRECISA, TAIS COMO NOTAS DE
PASSAGEM, TIMBRE, INTENSIDADE,
ENTRE OUTRAS. FICOU CURIOSO(A),
CONVERSE COM SEU(SUA) PROFESSOR(A)
E ELE TE EXPLICARÁ MAIS DETALHES.

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6. Contato dos Professores

ESTA APOSTILA FOI ELABORADA PELA ÁREA DE


CANTO CORAL DO CONSERVATÓRIO ESTADUAL DE
MÚSICA CORA PAVAN CAPPARELLI DE
UBERLÂNDIA NO ANO DE 2023.

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7. Rascunho

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8. Bibliografia

CHAN, Thelma; CRUZ, Thelmo. Divertimentos de Corpo e Voz. Ed. do Autor. São
Paulo: T. Chan, 2001.

CLUBE DA FALA; 2016. Disponível em:


http://www.clubedafala.com.br/fonoaudiologia/disturbios-vocais-e-disfonia/. Acesso
em: 27/02/2017).

HARVARD, Medical School; Perturbações das Cordas Vocais — Tradução e Edição de


Imagem Científica: Portugal Program in Translational Research andinformation;
09/09/2011. Disponível em:
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/09/09/perturbacoes-das-cordas-vocais-2/.
Acesso em: 27/02/2017.

Partituras disponíveis em: http://www.superpartituras.com.br/ e


http://maestroeduardocarvalho.com/arranjos/.

ROCHA, Genoveva. Memórias do meu Sertão. Uberlândia-MG, 28/02/2017.

RODRIGUES, Gabriela; PEDROSA VIEIRA, Vanessa; BEHLAU, Mara. Saúde Vocal,


Profissionais da voz. 2011. Disponível em:
http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/upload/saudevocal.pdf. Acesso em: 27/02/2017.

SITTA, Erica. Fonoaudiologia. 2016. Disponível em:


https://ericasitta.wordpress.com/2016/01/15/o-que-e-isso-na-prega-vocal-
interpretando-as-imagens/. Acesso em: 27/02/2017.

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