Canto III M1T1

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CANTO III

MÓDULO 1

TÓPICO 1

PROFESSORA ESPECIALISTA VIVIAN PELOSO RABELO


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MÓDULO I – PRODUÇÃO VOCAL


Tópico 1 – Revendo Alguns Conceitos
O Trato vocal
Antes de avançarmos em novos conteúdos acerca da produção vocal, vamos
rever agora alguns conceitos já estudados por você nos módulos 1 e 2.
Estudamos que as pregas vocais vibram ao toque do ar, e, na inspiração, elas
se abrem para a sua passagem. Para a aproximação das cordas vocais, existem
músculos responsáveis pela sua adução, sendo estes comandados pelo cérebro,
realizando a aproximação entre elas.
Estes músculos recebem o nome de intrínsecos da laringe, lembram-se? São os
adutores, abdutores e tensores. A partir da produção sonora, os sons vibram e são
ressoados, permitindo que a voz ganhe volume e projeção.

Desse modo, o que vem a ser o trato vocal?


São as partes do nosso corpo que compõem as cavidades: oral, nasal, faringe e
laringe, que auxiliam na produção do som, amplificando-as.
Observe na figura que se segue, o caminho que som percorre, no trato vocal:

FIGURA 1: PROJEÇÃO SONORA (COLUNA DE AR), 2013


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Já sabemos que a produção sonora ocorre pela passagem do ar vindo dos


pulmões pela laringe, onde as pregas vocais realizam a adução, produzindo os sons,
que são amplificados pelo Trato Vocal.
Podemos definir desse modo, que o trato vocal é o ressonador do Cantor, não é
mesmo?
Os sons vibram no trato vocal, em lugares diferentes, como já estudado por
você!
Vamos relembrar?

Onde os sons ressoam?


- Sons graves: vibram na parte anterior da boca, no palato mole e suas regiões
próximas.
- Sons médios: O ar divide-se igualmente para as fossas nasais e o céu da
boca, vibrando com mais intensidade na parte posterior deste. (Região Central
= Palato duro)
- Sons agudos: a ressonância nos seios paranasais, região frontal da face. O ar
vibra nas cavidades da cabeça, seios paranasais, nariz e seio frontal. O
movimento é mais para dentro, ou seja, apesar da ressonância estar na frente,
a medida que vamos variando as alturas, o som vai em direção ao fundo. Estes
sons encontram o fundo da cabeça, como se estivéssemos os "engolindo". O
som então tem força (metal) e amplitude (corpo) ao mesmo tempo. É a
chamada "voz de cabeça"

Veja na figura:

Figura 2: Articulação. Vibração dos sons graves e médios (2013)


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Figura 3: Seios paranasais –Vibração dos Sons agudos- (2010)

Os sons produzidos irão permear pelas vias acima, ganhando volume e


amplitude, desde que haja a preocupação do cantor com o direcionamento do som.
A formação de cada consoante e vogal também vai influenciar na colocação do
som. O que vimos acima, é onde o som ressoa naturalmente. O que ocorre, é que
podemos modificar este formato. Veremos mais adiante.

Classificação vocal
Este assunto, também é muito importante para o entendimento de Registro Vocal!
Vamos relembrar?
Dentro da classificação no Canto Coral e Canto Lírico, podemos estabelecer de
forma geral:

VOZES FEMININAS VOZES MASCULINAS


SOPRANO TENOR/ CONTRATENOR
MEZZO SOPRANO BARÍTONO
CONTRALTO BAIXO
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Esta classificação tem relação com o canto lírico, podendo muitas vezes ser
empregada no canto popular, porém mais para auxiliar na definição da tessitura o que
para classificar uma voz dentro de um repertório específico.
Considerando-se as formas diferentes de configuração glótica do canto popular
para o lírico, não se acredita na importância real dessa classificação para o canto
popular, que é desenvolvido pela identidade ou estilo de cada voz.
Vimos também que no canto popular podemos usar nosso timbre natural, ou
seja, sem IMPOSTAR O SOM (subir, elevar, mudar a cor natural) com boas técnicas,
onde o som pode ser bem colocado e produzido. E ainda, com o uso do microfone,
não precisamos usar a técnica do Bel Canto (Canto Belo, termo usado desde a
Renascença, nas óperas e espetáculos), visto que temos ótimos recursos em
equipamentos.
As vozes possuem variações entre Tessitura, Extensão e o Tom médio. Vamos
relembrar?

Extensão?
A extensão vocal vem a ser a distância entre a nota mais grave e a mais aguda que
o instrumento pode emitir. Estas notas, geralmente ocupam todo o registro onde se
ouve bem as notas, mesmo que com qualidade inferior à tessitura.

Tessitura?
A tessitura refere-se ao conjunto de notas que um cantor consegue articular sem
esforço de modo a que o timbre saia com a qualidade necessária. A tessitura tem,
portanto, uma abrangência menor que a extensão. Tessitura (2012).
Estudamos também que a extensão é um dos passos para a classificação, contudo
não é ela quem decide! O que classifica uma voz é o TIMBRE, ou seja, a COR da voz.
Pense na diferença entre um violoncelo e um contrabaixo acústico. Os dois tem
registros graves e agudos, contudo percebemos a diferença destes sons, pela
sonoridade ou por que não dizer "cor" distintas. Todas as vozes possuem graves,
médios e agudos. O que permite a diferença, além da anatomia de cada laringe, é o
Timbre de sua voz, que se dá, obviamente, pela formação laríngea!
Muito bem! Após nossa revisão de alguns conteúdos, poderemos avançar!
Vamos?
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Videoaula – REVISÃO
Disponível no ambiente de estudos.

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