Apostila Novas Regras 2016

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Alteração nas regras de Handebol pela

Federação Internacional de Handebol IHF

Mudanças
nas regras
do jogo
Alteração nas regras do
Handebol

Ivo da Silva Santos (Árbitro Continental)


1. Goleiro como um jogador de quadra

A regra era seis (06) jogadores de quadra + 1 goleiro. Pela nova regra a
equipe poderá jogar com sete (07) jogadores de quadra, inclusive no inicio ou
reinício da partida. As substituições continuam a serem feitas pela zona de
substituição. Porém, algumas situações devem ser observadas em relação a
essa condição:

1.1 - Somente ao goleiro identificado por seu uniforme é permitido exercer as


funções que estão definidas pelas regras 5 (Goleiro) e 6 (área de gol).
1.2 -Qualquer um dos jogadores de quadra poderá entrar em substituição ao
goleiro, sem que este jogador precise utilizar uniforme da mesma cor que usa o
goleiro. O “goleiro linha” ainda está autorizado, ou seja, usar o colete vazado
com a mesma cor da camiseta do goleiro. (como era antes da mudança da
regra)
1.3 - Nenhum dos jogadores de quadra pode entrar na área de gol e exercer a
função de goleiro.

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
1.4 - Se um jogador de quadra entrar na área de gol e destruir uma clara chance
de gol – será dado tiro de 7-metros para a equipe adversária – aplica-se ainda
a regra 8:7-f, ou seja, sanção progressiva ao jogador infrator.
1.5 - Em relação ao tiro de meta, o mesmo deverá ser sempre executado pelo
goleiro da equipe – no caso do goleiro não estar na quadra de jogo, o mesmo
deverá entrar através de uma substituição normal com um jogador de quadra
1.6 - Quando da substituição do goleiro por um jogador de quadra, caberá aos
árbitros decidirem se o time-out é necessário.

2. Jogador lesionado:

O objetivo principal desta regra é diminuir as interrupções


desnecessárias do tempo de jogo, ao passo que o tempo total de jogo será
reduzido. Quando por situações diversas os árbitros não tiver a certeza
absoluta que o jogador está lesionado, ou que a lesão possa ser em membros

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
superiores, deve os árbitros encorajar o jogador para que se levante e receba o
atendimento fora da quadra de jogo.

Por outro lado, se os árbitros estiverem absoluta certeza que o jogador


está lesionado e necessita de atendimento, deverá observar as seguintes
orientações:

2.1 - Parar o tempo de jogo – time-out – e autorizar a entrada de duas pessoas


para dar atendimento ao jogador. Gestos manuais 15 e 16.

2.2 - Os oficiais ou pessoas da equipe autorizadas não podem recusar-se a


entrar na quadra de jogo e dar o atendimento ao jogador.

2.3 - Se houver recusa caberá sanção progressiva por conduta antidesportiva.

2.4 - Após o atendimento o jogador que foi atendido deverá deixar a quadra de
jogo e permanecer fora durante três ataques de sua equipe.

2.5 - O retorno somente poderá ocorrer após ser finalizado o terceiro ataque de
sua equipe.

2.6 - O ataque começa com a posse de bola pela equipe e termina quando ela
finalizar ao gol ou perder a posse de bola no ataque.

2.7 - Se o jogador for atendido quando sua equipe estiver em posse de bola,
esse já será considerado como primeiro ataque.

2.8 - O jogador que deixar a quadra de jogo poderá ser substituído por outro
jogador – a equipe não ficará com inferioridade numérica nestes casos.

2.9 - O controle dos três ataques deverá ser feito pelo delegado técnico da
partida – não havendo delegado, caberá aos oficiais de mesa este controle.

2.10 - O controle será feito por meio de um cartão com o número do jogador,
anotado em ambos os lados do papel, que será colocado sobre a mesa de
controle, do lado da equipe que estiver com o jogador fora. Após o término do
terceiro ataque o cartão deverá ser retirado.

2.11 - Se o jogador que estiver cumprindo esta restrição entrar na quadra de


jogo será punido por uma exclusão, por entrada irregular na quadra de jogo.
Neste caso, o delegado, secretário/cronometrista, deverá apitar imediatamente
informando a irregularidade.

2.12 – A restrição dos três ataques acaba com o término do período. Se o


jogador estiver cumprindo os três ataques e encerrar o primeiro tempo de jogo,
o mesmo poderá participar normalmente do segundo tempo de jogo, ou da

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
prorrogação se for o caso, e inclusive se houver cobranças de tiros de 7-
metros.

2.13 – Essa restrição de três ataques também se aplica ao goleiro, se o mesmo


for atendido por quaisquer outras circunstâncias, que não seja ser atingido na
cabeça pela bola.

2.14 - Situações que não se aplicam esta regra (jogador lesionado ficar fora)
2.14.1 - No caso do jogador receber o atendimento médico por comportamento
irregular do adversário, e esse jogador que cometeu a infração tenha sido
sancionado progressivamente pelos árbitros.

2.14.2 - No caso do goleiro quando atingido na cabeça pela bola. 2.14.3 - Em


outros casos, em que parecer o jogador estar lesionado, os árbitros deve pedir
a eles que se levante e receba o atendimento fora da quadra de jogo.

3. Jogo Passivo:

A regra básica em relação à advertência de jogo passivo permanece


sem alterações. O que se altera é que após o gesto de advertência de jogo
passivo, a equipe atacante terá a possibilidade de realizar no máximo seis (06)
passes antes de concluir com o arremesso ao gol. A contagem do número de
passes é uma decisão dos árbitros baseada na sua própria observação dos
fatos, o que impede protestos oficiais neste sentido.

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
3.1 - Após o gesto de advertência de jogo passivo, os árbitros podem apitar
tiro livre a qualquer momento, se caso a equipe não modificar sua forma de
jogar ou tenha objetivo de finalizar ao gol.

3.2 - Após a advertência de jogo passivo a equipe em posse de bola terá no


máximo seis (06) passes para concluir/finalizar o ataque.

3.3 - O jogador que receber o sexto passe deverá finalizar ao gol adversário.

3.4 - Se após o sexto passe não for concluído/finalizado com arremesso ao gol,
será dado um tiro livre por jogo passivo para equipe contrária.

3.5 - Um tiro livre para equipe atacante ou bloqueio da equipe defensora não
interrompe a contagem da quantidade de passes permitido após o gesto de
advertência.

3.6 - Se após o sexto passe a equipe defensora cometer uma falta antes que
os árbitros tenha apitado o jogo passivo, será assinalado o tiro livre para equipe
atacante – neste caso a equipe terá direito a um passe adicional para
completar o ataque.

3.7 - No caso do passe adicional o jogador que for executar o tiro poderá
arremessar direto ao gol adversário ou fazer o passe adicional a um
companheiro que terá que finalizar ao gol.

3.8 – Do mesmo modo, se no sexto passe e após o jogador fazer o arremesso


ao gol e a bola ser bloqueada pela defesa e retornar para a equipe atacante, o
jogador que a receber poderá realizar mais um passe adicional para ser
concluído o arremesso ao gol.

3.9 - Igualmente, se a bola for bloqueada pela defesa após o arremesso no


sexto passe, e a mesma for para a lateral, a equipe atacante terá direito a um
passe adicional.

3.8 - O companheiro que receber esse passe adicional deverá arremessar ao


gol adversário.

3.9 - O gesto de advertência de jogo passivo será interrompido no caso de


ocorrer às situações descritas no Esclarecimento 4C, ou seja: a) quando a bola
arremessada bater na trave/baliza ou goleiro e retornar para a equipe atacante;
b) um jogador dentro ou fora da quadra de jogo ou oficial da equipe receba
uma sanção progressiva.

3.10- Exemplos: após o gesto de advertência ser assinalado:

A) A equipe atacante sofre uma falta e os árbitros decidem por tiro livre – não
interrompe a contagem de passes.

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
B) Após receber o sexto passe o jogador atacante arremessa a bola – bate na
defesa e sai pela linha lateral – equipe atacante tem direito a um passe
adicional.

C) Após receber o sexto passe o jogador atacante arremessa a bola – bate na


defesa e a equipe atacante mantém a posse de bola – equipe atacante terá
direito de fazer um passe adicional.

3.11- Quando se considera um passe: (Tono Huelin, material curso/evento


teste/Rio- 2106).

- Bola lançada de um jogador ao seu companheiro que recebe a bola. -


Quando o atacante A2 passa a bola para A3, mas o defensor B4 somente toca
a bola que chega ao jogador A3 se conta como um passe. (não perde a posse
da bola).

- Quando o atacante A2 passa a bola para A3, mas o defensor B4 somente


toca a bola que vai para a linha lateral não se conta como um passe, o jogo
continua com um tiro de lateral.

- Quando o atacante A2 passa a bola para A3, mas o defensor B4 faz uma falta
e impede que A3 receba a bola não se conta como um passe, o jogo continua
com um tiro livre.

4. Último minuto:

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
O Termo chamado “último minuto de jogo” passa a ser considerado apenas
nos últimos 30 (trinta) segundos finais da partida ou dos períodos extras
(prorrogações). Minutos finais das partidas, quer dizer: a partir dos 59min30seg
até os 60min. Minutos finais dos períodos extras, quer dizer, após os
9min30seg até os 10min da primeira prorrogação, e da segunda se for o caso.

Exemplos: (Tono Huelin, curso evento teste/Rio-2016)

59min30segs – 60min00 – Final da partida.

69min30segs – 70min00 – Final da primeira prorrogação.

79min30segs – 80min00 – Final da segunda prorrogação.

A falta deve acontecer dentro dos últimos trinta segundos para que se
enquadre dentro deste critério.

Exemplo: a falta acontece aos 59min28segs, mas o tempo de jogo


quando é parado está marcando 59min31segs, não se aplica este critério, já
que a falta foi anterior aos últimos trinta segundos do final da partida.

4.1 - REGRA 8.10 C – BOLA FORA DE JOGO Será punido com uma
DESQUALIFICAÇÃO.

SEM RELATÓRIO ESCRITO e TIRO DE 7-METROS para a equipe oponente,


quando a bola estando fora de jogo, o defensor impedir ou atrasar a execução
de um tiro.

4.1.1 Esta situação é aquela ocorrida quando a equipe tem um tiro para ser
executado, como no caso do tiro de saída, tiro de meta, tiro de lateral, ou no
caso de não liberar a bola imediatamente quando assinalado um tiro livre
contra a equipe em posse de bola. Incluindo ainda, nestes casos quando
ocorrer comportamento antidesportivo na área de substituição, ou substituição
irregular. (Tono Huelin, curso evento teste/Rio-2016).

4.1.2 Nestes casos, se a ação ocorrer dentro dos últimos 30 segundos da


partida, um tiro de 7-metros deve ser assinalado para a equipe que estava em
posse de bola. Os esclarecimentos as regras de 2011-IHF, continuam válido, e
no caso da execução do tiro ser bloqueado por um jogador por estar muito
próximo (distância de 3-metros) a esse jogador deve ser aplicado à sanção
progressiva que for apropriada. (Tono Huelin, curso evento teste/Rio-2016).

4.1.3 Por esta nova regra, o jogador infrator será desqualificado por tal
conduta, porém, não será necessário fazer relatório do fato ocorrido. Além da

Ivo da Silva Santos


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punição de desqualificação ao jogador, a equipe também será punida com um
tiro de 7- metros para os adversários.

4.1.4 Nota-se, que, a execução do tiro a que deveria ser executado antes da
infração, será cobrado agora com o tiro de 7-metros, não se levando em conta
aqui se haveria ou não clara chance de gol para a equipe em posse de bola.

Exemplo: tempo de jogo em 59min55seg equipe marca um gol – o


goleiro adversário lança a bola para o centro da quadra de jogo para cobrança
do tiro de saída – equipe adversária que marcou o gol intercepta essa bola,
impedindo que o tiro possa ser executado – time-out – desqualificação para o
infrator – tiro de 7- metros para a equipe que sofreu o gol.

4.2 -REGRA 8.10 D – BOLA EM JOGO.

Se as ações do jogador que justifiquem a punição recair sobre a REGRA 8.10d


e 8.5 ele será punido com DESQUALIFICAÇÃO SEM RELATÓRIO ESCRITO.

4.2.1 Dessa forma, se a ação do jogador nos últimos 30 segundos, for aquelas
que constam da regra 8.5 letras “a”, “b” e “c”, ele será desqualificado e não
será necessário fazer um relatório escrito.

4.2.2 Se as ações do jogador que justifiquem a punição recair sobre a REGRA


8.10d e 8.6 ele será punido com DESQUALIFICAÇÃO COM RELATÓRIO
ESCRITO (cartão azul). 4.2.3

Nos dois casos da regra 8.10d da bola em jogo, ou seja, da


desqualificação do jogador por ter cometido uma conduta descrita nas regras
8.5 e alíneas, ou 8.6, ele será desqualificado e se for o caso um tiro de 7-
metros será assinalado de acordo com as situações abaixo:

a) O atacante é capaz de arremessar ao gol e marca o gol – não será 7-


metros;

b) O atacante que sofre a infração passa a bola ao seu companheiro que não
consegue marcar o gol – TIRO DE 7-METROS;

c) O atacante que sofre a falta passa a bola ao seu companheiro que


consegue marcar o gol – não será 7-metros. Se esse companheiro que
recebeu a bola passar para outro companheiro os árbitros deve: - Interromper
o jogo e assinalar um tiro de 7-metros. - Essa vantagem do jogador que sofre a
falta passar a bola somente se aplica ao passe para o primeiro companheiro.

Observem que apenas em um dos casos a desqualificação será seguida


de um relatório, ou seja, quando a ação do jogador recair sobre a regra 8.6,
que trata de ações definidas como imprudentes ou perigosas, premeditadas ou
maliciosas, que não estejam relacionadas às situações de jogo.

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
Vale destacar ainda, que a única diferença do texto da regra 8.5 e 8.6,
que se alteram nos últimos 30 segundos, é o caso de haver ou não um tiro de
7- metros, quando a situação ocorrer da forma que foi acima exposta.

5. Cartão azul:

5.1 O cartão azul é adicionado às regras como forma de informar que o jogador
que tenha sido desqualificado será relatado em súmula de jogo, com base na
sua conduta.

5.2 Assim, quando a ação do jogador recair sobre a regra 8.6 e regra 8.10, em
que um relatório tenha que ser encaminhado às autoridades, além do cartão
vermelho será utilizado o cartão azul.

5.3 Em nenhuma hipótese será utilizado o cartão azul para informar a


desqualificação – ou seja, deixar de mostrar o vermelho e mostrar apenas o
azul diretamente.

Os árbitros primeiro mostra o cartão vermelho.

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)
Após um breve protocolo – o cartão azul.

5.4 Quando o jogador for passível de desqualificação com relatório deverá


proceder da seguinte forma:

a) Time-out – protocolo - desqualificação – após os árbitros indicarem ao


jogador a desqualificação com o cartão vermelho deverá ter uma breve
conversa e no caso de decidirem por seguir um relatório, o cartão azul deverá
ser mostrado ao jogador.

b) Os dois árbitros devem possuir o cartão azul, no entanto, apenas um dos


árbitros deve mostrar o cartão azul.

Ivo da silva Santos


(Árbitro Continental)
Tel: (035) 9 8414-1266
Email:[email protected]

Ivo da Silva Santos


(Árbitro Continental)

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