TCC FatoresSociaisInterferem
TCC FatoresSociaisInterferem
TCC FatoresSociaisInterferem
Abaetetuba-PA
2022
FRANCILENE DE CASTRO PAZ
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Abaetetuba - PA o
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2022
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Pará
Gerada automaticamente pelo módulo Ficat, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 373.072
FRANCILENE DE CASTRO PAZ
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Data de aprovação: ___/___/___ h
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Nota: _________
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Banca Examinadora: l
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Orientadora d
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Prof . Dr . João Paulo da Conceição Alves e
Doutor em Educação – UFPA C
Universidade Federal do Pará - UFPA u
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Membro da Banca Examinadora a
Profa. Dra. Alexandre Cals p
Doutora em Educação– UFPA r
Universidade Federal do Pará -UFPA e
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DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus por sempre cuidar de mim, estando ao meu lado me
abençoando, me dando força e sabedoria.
A minha família, em especial aos meus pais Francisco e Elenir por todo o esforço, amor
e por me ajudarem com meu filho para que eu pudesse concluir essa etapa da minha vida.
Obrigado!
Ao meu esposo Elcivaldo por todo o incentivo e apoio nos mais diferentes níveis, ao
meu filho o maior incentivo para essa conquista, sem vocês esse momento não seria possível.
Aos meus irmãos, pelo apoio, pela dedicação, e minha irmã Franciene pelo incentivo a
não desistir e concluir o curso, por amenizar minhas dificuldades durante esta caminhada.
Ao meu orientador, Prof. João Paulo da Conceição Alves, que me orientou de forma
paciente, com muita competência e sabedoria me mostrou o caminho a seguir.
Aos meus colegas de curso, que fizeram parte de todo esse processo, pelo
companheirismo e colaboração nos momentos de angústias, e principalmente de alegrias.
E a todos que aqui não estão citados, mas que contribuíram para minha formação, tanto
pessoal quanto profissional, e proporcionaram a conclusão de mais uma etapa em minha vida.
“Se a educação não for provocativa, não constrói,
não se cria, não se inventa, só se repete”.
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo identificar quais os principais fatores sociais que
interferem no ensino aprendizagem dos alunos do ensino médio de uma escola no município de
Abaetetuba-PA, prejudicando a qualidade de ensino dentro desse ambiente escolar.
Para o andamento desse trabalho na compreensão da pesquisa, levantamos algumas
ações que pudessem nos guiar nas especulações da pesquisa, assim, o trabalho se encaminha
em identificar os principais fatores sociais que interferem no ensino aprendizagem dos alunos
do ensino médio em contexto periférico; Verificar de que forma os professores organizam suas
práticas docentes contribuindo para o aprendizado educacional dos alunos em sala de aula;
Compreender de que maneira os fatores sociais prejudicam a qualidade no ensino aprendizagem
entre professores e alunos. Com esses dados coletados, fica próximo a se chegar as respostas
da pesquisa.
A educação brasileira em seu contexto histórico segue no caminho da dualidade social,
situação esta que oprimi as classes desfavorecidas, quando se direciona o olhar ao passado na
busca de compreender a história da educação nos deparamos com os controles da vida em
sociedade, direitos e deverem retido nas mãos dos senhores de posse.
A ditadura militar por exemplo, foi palco de muitas discussões a respeito do caminho
da educação no Brasil, com reformas voltadas para o ensino superior e ensino médio, as
tentativas de reformulações do ensino tinha como interesse se adequar as exigências do
mercado, com a oferta de formação em massa da população.
As situações que envolvem as políticas educacionais estão sempre em evidências na
busca pelas melhorias na educação, é importante citar as contradições de ensino que envolvem
os governos Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da silva, ao primeiro, elaboraram
uma política de ensino que visava a separação do ensino Médio e o profissional, com intuito de
oferecer um ensino distinto entre as classes sociais. Com isso, a busca do governo Lula, era pela
exclusão do decreto aprovado no mandato anterior, trabalhando na construção de um novo
decreto e na integração do ensino médio propedêutico e profissional, a partir de debates e
pressões dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada como um todo, culminando
na aprovação do decreto Nª 5.154/04.
Ver-se nas práticas pedagógicas dos professores um ponto importante na busca pela
emancipação dos sujeitos, na formação para viver de maneira ativa nas decisões sociais, formar
cidadãos conhecedores de seus direitos, pois o trabalho dos professores em sala de aula não
deve ser vista apenas na transmissão de conteúdos e em realizar um ensino aprendizagem mais
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dinâmico, o trabalho docente precisa atingir conhecimentos que contribuam para a formação
crítica das classes trabalhadora, mediante a busca por direitos iguais para efetivar uma educação
justa e democrática.
Uma educação para todos sem que haja distinções, se faz necessário que as políticas
educacionais entendam as necessidades da comunidade mais pobre, no que envolve os fatores
externos e internos ao ambiente escolar, qualificações dos professores, boas condições
estruturais da escola, políticas sociais no que toca o cenário econômico das famílias dos jovens
em contexto escolares, condições de vida melhores. Esses fatores implicam na qualidade de
ensino.
Ao observar o sistema de ensino brasileiro percebe-se as lacunas existentes,
principalmente quando se trata de educação pública, a formação do profissional escolar é
fundamental para que possam trabalhar em conjunto com a gestão, um ambiente escolar com
condições estruturais ideais, e a família estruturada e participativa em sua amplitude na
formação dos filhos, contribuem decisivamente para um ensino aprendizagem significativo. Por
isso, essas questões precisam ser consideradas quando se busca uma qualidade na educação.
Portanto, é impossível termos uma educação de qualidade sem que as questões que
envolvem os ambientes internos e externos a escolas sejam transformadas; é necessário trabalho
ético, justo e democrático no momento das implantações das leis, no acompanhamento e nas
fiscalizações dos repasses destinados à sua efetivação.
Nesse contexto, a aprendizagem dos alunos são afetadas, sendo observada nos
resultados de avaliações escolares, nos exercícios dentro de sala, em exames. Com um ensino
que não mantenha ou reproduza a realidade social em que vivem, culminando em escolas
públicas com um ensino deficitário e inconcluso dos jovens na intenção de inserir-se
precocemente e de forma precarizada no mercado de trabalho, pois, não encontram alternativas
para a sua inserção e formação em nível superior, reproduzindo a “bolha” das ideologias
dominantes sob um recorte de classes.
Por estas condições sociais expostas, entendemos a necessidade de pesquisar a respeito
do seguinte problema: quais os principais fatores sociais que interferem no processo de ensino
aprendizagem dos alunos do ensino médio em contexto periférico afetando negativamente a
qualidade educacional?
A pesquisa se deu por uma observação em uma escola de ensino fundamental para a
disciplina Avaliação Educacional do Cursos de pedagogia 2017, em que foi possível observar
dentro desse ambiente escolar alunos com dificuldade de aprendizagem, naquele momento
pensei como seria o ensino para os jovens e o que poderia influenciar negativamente na sua
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ao investigador se relacionar com o objeto para que consigam de forma harmoniosa desenvolver
sua pesquisa sem que altere ou interfira nas situações encontradas.
Como sujeito da pesquisa se definiu alunos e professores do ensino médio em uma
escola de Abaetetuba-PA, pois são peças fundamentais para se chegar nas respostas desejadas,
além do mais, são os principais afetados com a má qualidade do ensino. A escolha da escola se
deu pela localização que pertence a comunidade, afastada do centro da cidade.
Após a identificação da escola e conhecendo os sujeitos da pesquisa, se definiu como
técnica de coleta de dados a utilização de questionários com perguntas abertas, segundo Gil
(2002), questionários são conjunto de questões que consistem em respostas escritas. Em que os
entrevistados ou pesquisados possam elabora suas respostas. Então, a aplicação se direciona
aos professores e alunos do ensino médio. Cabe aqui destacar que a escola, os professores e
alunos serão preservada suas identidades para evitar quaisquer constrangimento pelas respostas
fornecidas.
O trabalho está organizado em três partes, a primeira aborda o ensino médio e suas
contradições na educação brasileira e Amazônica, em seguida a prática pedagógica dos
professores e sua importância para a formação crítica dos alunos, por fim e não menos
importante, a qualidade de educação e fatores sociais que interferem na aprendizagem dos
alunos.
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governo tinha firmado com a sociedade, por meio de muitas negociações, foi exarado o decreto
n. 5. 154/2004, porém muito se discutiu, mas a essência do antigo Decreto ainda se percebia.
Então, a esses acontecimentos na busca em oferecer uma educação para todos, ao final
de toda essas discursões o que prevaleceu foram os interesses políticos. A educação brasileira
continua seguindo um ensino dual sem perspectivas de mudanças para as classes trabalhadora,
ao contrário da educação direcionada as classes dominantes, permanece um ensino de
privilégios, formando pessoas questionadoras, intelectuais e ativas dentro da sociedade.
Como aborda Frigotto, Cavatta, Ramos (2012), As oportunidades foram sempre
restrita as elites. Nessas concepções se encaminham as propostas educacionais, na finalidade
de favorecer apenas uma classe ou um lado, deixando amostra as desigualdades da sociedade
no país.
Direcionando o olhar para a Amazônia Legal, para que seja ofertado um ensino médio
de qualidade, se faz necessário o investimento nas estruturas educacionais com quantidades de
espaços formativos que consigam atender de maneira satisfatória a formação dos alunos, para
Alves, Valente e Araújo (2019), em relação às análises de dados da pesquisa realizada por esses
autores mostra que, há uma necessidade de implementar mais espaços formativos no horizonte
da formação integrada.
Um ponto importante, e que os mesmos autores fazem um destaque, é em relação à
vida social-econômica enfrentada pela maioria dos alunos da rede pública de ensino, em que
precisam trabalhar para ajudar na renda da família, oferecer as famílias na Amazônia condições
para que possam ter um ambiente de vida digna e poder dar direito aos jovens em frequentar a
escola sem preocupações econômicas. (ALVES, VALENTE E ARAÚJO, 2019). Aqui, se
expressa a fala de milhares de pais que vivem na Amazônia Legal em ter condições econômicas
melhores para assim poder dá aos filhos momentos melhores na vida escolar, sem precisar
trabalhar para contribuir no sustento da família, mas que dedicassem seu tempo nos estudos, na
escola, na vida social como jovens.
ensino de qualidade, pois ao assumirem esse compromisso pode ser que a concepção de uma
educação para todos seja implementada.
Um ensino democrático com direitos garantido a todos são pensado e discutido em
políticas e programas para o ensino, com objetivo em melhorar a qualidade de educação do
ensino médio e da educação profissional com vista, segundo Dourado (2011, p.11), na
“superação do dualismo estrutural” da educação básica que tanto é discutida e apresentada por
muitos estudiosos, porém, por mais que políticas educacionais sejam pensadas para melhorar o
sistema de ensino, principalmente ao ensino médio, sempre esbarram em um ensino dualista.
Para Frigotto (2011), os fatores que interferem no desenvolvimento de uma educação
de qualidade são pensadas fora da escola, do âmbito da economia e das exigências do mercado
capitalista. Para que esse dualismo que caracteriza a educação brasileira, principalmente na
modalidade de ensino médio, seja superada é necessário que as políticas educacionais pensem
em propostas que atenda os interesses e necessidades da comunidade marginalizada, e que não
se detenham apenas em abstrações.
Todos programas, projetos educacionais visam a melhoraria do ensino público no
Brasil, na busca da qualidade de ensino como prevista na LDB, porém não se efetivam, pois
são nos exames e avaliações que se consegue ter a dimensão de que as escolas públicas precisam
de muitos projetos e principalmente interesse políticos para superação do ensino dual, no Enem
se compreende essa educação para poucos, nas falas de Garcia, Caldas, Torres (2021), os
documentos (portarias) do ENEM é contraditório ao discurso do processo de democratização
às vagas públicas de Ensino Superior, pois não é acesso para todos, é somente para os que
obtiverem êxito nas avaliações educacionais.
Também há uma diferença de ensino dentro das escolas públicas, como exemplo o
ensino médio diurno e noturno que se encontra uma limitação no currículo, a princípio, há uma
diferença na carga horária, o ensino médio nas instituições públicas a maioria dos alunos nos
turno noturno são pessoas com idades maiores que 17 anos, trabalhadores, donas de casa, que
já constituíram uma família, o ensino na fala de Ramos (2011) é um ensino, que tem o princípio
educacional para o trabalho, pois sua busca pela volta às salas de aula é exclusivamente pelas
exigências do mercado. No entanto, aos mais jovens a formação se dá para a aprendizagem da
sociedade e suas relações com o meio em que vive, e os estudantes noturno em sua maioria já
tem uma compreensão dessa relação.
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Figura 1.
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Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Básica.
Figura 2.
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Básica.
pontuação que vai de 0 à 500 (zero à quinhentos) na redação, conforme vai se aproximando de
1000 (mil) pontos, o número de candidatos diminui drasticamente, esse é o reflexo da educação
na região amazônica, que vive a falta de políticas educacionais específicas para essa população
que convive com o preconceito e excluída do restante do país.
dominantes. Essas classes se apropriam da força de trabalho dos mais vulneráveis dentro da
sociedade para obtenção de lucros e poder. Nessa relação, gera a desigualdade, a violência, o
ensino reflete esse sistema dualista, como aponta Libâneo (2013) As instituições educacionais,
abrangendo as escolas, igrejas e outras, são meios com vantagens ao repasse das ideologias
dominantes.
Para o mesmo autor, o governo faz com que os trabalhadores aceitem a culpa pelo
seus fracassos, na vida social, escolar, financeiro, e para que essas ideologias não sejam
assumida é preciso que se tenham um conhecimento de mundo, das relações sociais, então, cabe
aos professores nas suas práticas conhecer os interesses que se apresentam na sociedade de
classes e a partir deste conduzir os alunos por meio dos processos educativos nos caminhos das
lutas por direitos e mudanças nas relações existente na sociedade brasileira.
Segundo Libâneo (2013), o campo específico de atuação profissional e política dos
professores é escola, à qual cabem tarefas de assegurar aos alunos um sólido domínio de
conhecimentos e habilidades, o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de
pensamento independente, crítico e criativo. Neste sentido, a prática dos professores é um
caminho de transformação do indivíduo que se encontra as margens da sociedade.
3.1 A importância da prática pedagógica dos professores para uma formação crítica.
A princípio, deve-se destacar que a prática pedagógica aqui entendida não é aquela
desenvolvida apenas dentro dos ambientes escolares, restrita à professores e alunos, para Alves
(2015), é necessário a compreensão da prática docente como processo histórico, possuindo
influências políticas no caminho pela formação do indivíduo. É importante guiar as práticas dos
professores no sentido da compreensão histórico-crítica, professores precisam desenvolver suas
atividades docente pela formação dos alunos para que possam entender e perceber de maneira
clara a realidade em que vivem.
A prática pedagógica garante a realização do trabalho dos professores. Para Libâneo
(2013) a escola é o campo de atuação dos professores, é lá que ensinam os alunos a terem
domínio de seus conhecimentos e suas habilidades, de conseguir desenvolver suas capacidades
intelectuais, capaz de pensar sem influencias externas, sejam pensadores críticos e criativo.
Nesse sentido, o papel da escola e da prática docente é muito importante para a sociedade, pois
cabem a eles a escolha de qual teoria ou métodos aplicar dentro de sala de aula para formar
alunos capazes de dominar seus conhecimentos e a capacidade de raciocínio da vida social.
Para Araújo, Frigotto (2015), destaca que o ensino no Brasil é marcada por currículos
que promovem uma formação de conformismo. Neste sentido, conformismo imposto pelas
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ideologias que controla a massa popular a aceitar o que lhe é determinado, então, se ver nas
práticas dos professores um caminho para barrar as ações manipuladoras que ditam as regras
que todos devem seguir. Propor um ensino com visão além dos muros escolares conseguindo
provocar nos alunos entendimento da sua história.
É importante que os professores conheçam cada indivíduo e suas realidades cotidianas,
que ajude-os a superar barreiras e dificuldades sociais. Mostre aos alunos que é possível
mudanças, a sociedade não é acabada e blindada as transformações, é permitido sim, quebrar
esses paradigmas impostas pelas classes dominantes, de que a sociedade marginalizada em que
nasceram serve apenas para reproduzir as funções pré-determinadas.
É necessário lutar, mas para que aconteça as transformações, se faz fundamental
dentro dos ambientes escolares, na relação professor aluno uma ação docente que realize uma
formação crítica. Para Libâneo (2013), as atividades realizadas pelos professores é parte
integrante do caminho pela educação em que os indivíduos são preparados para participar na
vida social.
Silva et al. (2012) ressalta que as ocupações em sala de aula se acarretarão em obras
visíveis, além do mais exercendo relação entre as experiências do dia a dia entre os professores
e alunos. Nesse sentido, quando o professor utiliza suas práticas pedagógicas relacionadas ao
cotidiano dos jovens o aprendizado se tornam satisfatórios, alcançando o envolvimento de toda
a turma impulsionando-os a permanecer na escola.
O cotidiano em que a classe trabalhadora vive é diferente da burguesa, essa
desigualdade é perversa e massacra a camada mais pobre para manter-se no poder, para isso, o
ensino precisa bloquear as intenções das elites, que diminui o filho do trabalhador e manipula
a cumprir com as exigências do mercado, se faz valer o desenvolvimento das atividades
docentes na busca pelos direitos dos menos favorecidos, Libâneo (2013), destaca que a prática
educativa e sociedade não existe sem a outra, apontando que uma só faz sentido em função da
outra.
A prática docente é importante para a transformação do ambiente em que o sujeito se
encontra em seu contexto social, político e cultural, quando bem desenvolvida e pensada de
forma a contribuir para uma formação emancipatória da pessoa, a prática se faz satisfatória,
Libâneo (2013), aborda que o ensino não é um processo que deve ser apenas pensada no
ambiente de sala de aula, vai muito além, requer um ensino que proporcione aos alunos
conhecimentos da sua posição dentro da sociedade e que contribua positivamente para
modificar.
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necessário que o objetivo do trabalho docente seja em direção ao rompimento das ideologias
impostas e rumo a educação de qualidade para todos.
Segundo Barros e Jorosky (2015) expõem que o desenvolvimento das teorias não se
encaminham para a modificação da realidade e muito menos se consegue algum objetivo
positivo. Nessa posição, o autor reforça que para um bom aprendizado dos alunos, devem
relacionar teoria e prática, pois, o estudo somente das teorias não se pode alcançar o
desenvolvimento escolar desejável, dificultando o aprendizado dos alunos.
Para que a qualidade na educação aconteça é necessário entender que há um conjunto
de fatores que limitam essa busca, um ambiente escolar sem condições mínimas para o ensino,
professores que não conseguem acessar ou não se importam pela formação continuada, o
ambiente familiar desestruturado inclusive na falta de garantias básicas de sobrevivência, além
de políticas educacionais restrita aos interesses próprios são alguns fatores que limitam a
concretização de uma educação de qualidade.
A qualidade de educação não se apresenta por um único conceito e ainda pode sofrer
mudanças com o tempo, para Dourado, Oliveira, Santos (2007), o conceito de qualidade da
educação é entendida como polissêmico e multilateral. Neste contexto, a qualidade de educação
é entendida de várias maneiras no espaço e no tempo, o que pode ser defendida como qualidade
educacional para um grupo social, outros grupos podem ter uma outra concepção, porém, a
sociedade cria noções de qualidade a partir das suas experiências, vivencias e necessidades em
sociedade.
Por mais que as concepções de qualidade educacional se modifique com o tempo, a
inserção desse termo no ambiente escolar transforma a realidade educacional, causando
expectativas de melhorias na vida em comunidade. Um espaço escolar que não tem uma
estrutura adequada para receber seus alunos, o apoio dos pais para com os filhos, renda familiar
precária, professores não reconhecidos, esses e outros motivos acabam por afastar alunos da
sala de aula.
Então, a qualidade educacional envolve todos esses fatores intra e extraescolares,
como aborda Dourado, Oliveira (2009), a qualidade educacional é pensada em um conjunto de
fatores extra e intraescolar, ou seja, as atividades pedagógicas que envolvem os processos de
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4.1 Quais os fatores sociais que interferem no ensino aprendizagem dos alunos nas
escolas públicas?
O termo Qualidade se usa para expressar a satisfação de algo recebido. Quando
direcionamos o olhar para a qualidade da educação se entende que as concepções desenvolvidas
na sociedade não seguem um mesmo padrão, para Dourado, Oliveira, Santos (2007), apontam
que o termo qualidade de educação se transforma no espaço e no tempo, passam a ter outras
necessidades e exigências. Nesse sentido, qualidade educacional é um termo complexo porém
necessário a sua busca para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem dentro das escolas
públicas.
Para entender quais fatores sociais podem implicar na qualidade educacional é
necessário ter uma compreensão do que define uma educação de qualidade, para isso, é preciso
observar as ações de fatores externos e internos ligados a escola, aos fatores externos estão a
família e a relação de convívio do aluno, as questões socioeconômicas das famílias. A
desestrutura desses fatores podem surgir uma série de outros como: uso de drogas, violência,
pobreza, prostituição, gravidez na adolescência entre outros. Interferindo diretamente no ensino
de qualidade.
As questões internas se relacionam as estruturas escolares, as políticas educacionais
de governo, formação continuada dos professores, materiais tecnológicos ou quais quer outros
materiais e ações que proporcionam a aprendizagem e que implicam diretamente na ação da
instituição, a limitação ou a negação desses fatores relacionados aos deveres da escola, dos
governos, também contribuem para a insatisfação de qualidade.
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Com essas definições, fatores sociais e qualidade tem uma relação próxima que
precisam ser tratados com responsabilidade. Só faz sentido dialogar de escola com qualidade
se nos propusermos pensar no conjunto de elementos envolvidos, (DOURADO, OLIVEIRA,
SANTOS, 2007). Nas falas de Maia (2009), salienta que os fatores fora da escola é muito
relevante no resultado de ensino dos alunos, se torna difícil separar as experiências vivida
externamente ao espaço escolar e as vivida dentro da escola.
Os principais fatores que implicam na qualidade da educação está relacionado,
segundo Dourado, Oliveira (2009), no espaço socioeconômico e cultural, famílias com um
acumulo de saberes cultural, condições financeiras estável, frequentam locais para elite. Então,
para esses a qualidade na educação é presente na escola, já aos que não tem acesso a essas
dimensões tem uma qualidade de ensino mínima. Porém, para quebrar essa realidade de
limitação de acesso as escolas de qualidade é necessário que haja ações, planejamentos de
políticas públicas e projetos educacionais que tenham o objetivo de enfrentar questões que
causam o fracasso de ensino aprendizagem.
No que é compreendido na lei de diretrizes de bases da educação nacional (LDB), em
seu artigo 3ª que o ensino deve seguir alguns princípios e no inciso IX deste artigo destaca o
padrão de qualidade em que deve ser guiada a educação, não fazendo distinções de classes
(BRASIL 2018). No entanto, os direitos são reservados para todos os cidadãos, mas na realidade
poucos tem acesso a qualidade de ensino. Para que a qualidade seja alcançado é importante o
compromisso político voltado a educação pública, ética na gestão de governos e escolas,
professores tenham compromissos nas suas atividades de ensino, famílias presente na escola.
4.2 Quais os principais fatores sociais que interferem no ensino aprendizagem dos alunos
do ensino médio?
Nessa seção vamos tentar identificar os principais fatores sociais que interferem
negativamente no ensino aprendizagem dos alunos. Para isso a pesquisa se deu por aplicação
de questionário aos alunos do ensino médio de uma escola localizada no município de
Abaetetuba Pará, por ser uma escola afastada do centro da cidade se entendeu que a pesquisa
apontaria melhor os principais fatores sociais que se busca identificar. A identidade dos alunos
serão mantida em sigilo, pois como se trata de respostas envolvendo terceiros, é necessário
manter oculta a identificação do pesquisado.
O convívio familiar não é uma situação fácil e quase sempre requer muita paciência e
diálogo para evitar conflitos maiores, segundo Hintz (2001), em seu estudo, aponta um dado
histórico, no início do século XX no que diz ao contexto familiar e o número de membros
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vivendo na mesma casa como: pais, filhos, parentes. Pela metade do século essa configuração
foi ganhando uma outra roupagem, a diminuição de moradores em um mesmo ambiente devido
as questões sociais e econômicas.
Com isso, para conhecer um pouco da característica familiar desses alunos, foi
questionado o número de membros que compõe a família, convivendo na mesma casa. Os
alunos destacam, “Eu tenho 17 anos e na minha casa vivem 7 pessoas, eu, minha mãe, meus 4
irmãos e meu padrasto, me incomoda as vezes, por eu não me dá bem com meu padrasto”, a
primeira fala, aponta que a relação familiar é conflituosa por ser filha apenas da mãe. A segunda
resposta revela uma casa bem numerosa, “Professora, eu tenho 18 anos e eu moro na casa da
minha sogra o total de pessoas é 9”, ao seguinte aluno diz “Tenho 20 anos, mora na minha casa
6 pessoas, eu, minha mãe, minha esposa, meus dois filhos e meu pai”.
O ambiente familiar desses alunos, revelam números bastante expressivos em relação
aos membros da família, a quantidade de indivíduos vivendo na mesma residência é alta. Os
dados da pesquisa seguem em desencontro com o estudo, que aborda a diminuição do número
de pessoas na família. Nessa pesquisa é possível compreender que na região amazônica o
contexto familiar ainda é marcado por famílias numerosas e tudo isso pelo fator econômico,
que limita sua entrada para o mercado de trabalho com melhores salários, por não cumprir as
exigências do mercado atual e a consequência disso são várias pessoas vivendo no mesmo
ambiente.
Atualmente, as questões financeiras da população brasileira está dramática,
principalmente para as pessoas das classes baixas, com o aumento de preço de produtos e
serviços que tem pesado no bolso da maioria dos trabalhadores. Na maioria das vezes, “o acesso
ou retorno a vida escolar ocorre motivado pelas dificuldades enfrentadas no mundo do trabalho,
pelas necessidades de nele se inserir e permanecer” (RAMOS, 2011, p.777). Ou seja, com a
crise e recessão da economia brasileira os produtos e os altos índices inflacionários, o salário
dos trabalhadores já não dá para cobrir as despesas, o salário baixo faz com que as classes
trabalhadora não consigam manter as famílias e muitas vezes não conseguem permanecer no
emprego ou se empregar.
Os resultados desses aumentos de preços no cenário atual brasileiro se encontram nas
falas dos alunos pesquisados quando questionados das dificuldades que a família enfrenta
atualmente. “À dificuldade é muita, as vezes não tenho dinheiro nem pra comprar um pão, quem
dirá o almoço”, revela a situação que sua família enfrentam atualmente, para o próximo aluno
a situação não é diferente, “Hoje é pelo aumento de coisas que nós necessita”, o contexto atual
no Brasil está contribuindo para o aumento de pessoas convivendo com a fome, e mais uma
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fala reforça as dificuldades vivida, “diria uma dificuldade mesmo, quando falta as coisas não
tem com que comprar, as coisas estão difíceis, aumento das coisas”, outro diz, “Com aumento
do preço das coisas atualmente, eu acho que as questões financeira”.
A esses dados, se compreende que as dificuldades que os alunos passam é em relação
ao desemprego, ou a salários baixos que fica impossível de completar o mês e acabam passando
fome ou reduzindo ao máximo seus gastos para poder esperar o próximo salário. É possível
entender que as questões econômicas impactam profundamente na vida dos alunos.
A boa relação familiar é muito importante para conseguir enfrentar as dificuldades
existente, principalmente quando esbarra na educação. A LDB no seu artigo 2º destaca que a
educação é “dever da família e do estado, [...] tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Para
entender um pouco da relação da família que contribua para o bom desempenho educacional se
questionou se os alunos mantinham um bom convívio familiar, o resultado foi, “Sim, o que
prevalece é o diálogo e eu sei como conversar”, o bom convívio se mantem nas respostas dos
outros alunos, “Sim, me sinto muito acolhida em relação a família”, “Mantenho. É normal tenho
algumas discursões mais conseguimos viver um com o outro”, “Sim, nos damos bem sempre
existiram brigas mas isso se resolve na conversa”.
Com todas essas questões que envolvem a área financeira, os alunos conseguem
superar as dificuldades e o resultado surpreende pelo fato de que a relação familiar não é abalada
pelas situações que passam no dia a dia. Apesar das dificuldades que os alunos enfrentam em
sua vida social, Frigotto, Ciavatta, Ramos (2012, p. 12), os autores destacam que o Brasil passou
por vários golpes institucionais “trata-se da reforma mediante a qual o poder econômico e
político tem mantido a modernização conservadora e uma estrutura social das mais desiguais
do mundo.”
Nesse contexto, a estrutura social que os autores destacam é refletida nos ambientes
escolares, no ensino dualista em que a classe menos favorecida continuam a lutar por melhorias
na sua estrutura social e lutam por condições de vida melhores, a questão que se buscou foi,
qual seria o objetivo do aluno quando concluir o ensino médio e as repostas foram, “Fazer curso
pra enfermagem”, “Fazer vários cursos se Deus quiser”, “Fazer um curso de mecânica”,
“Trabalhar”, “Eu pretendo fazer um curso trabalhar, fazer uma faculdade”.
Esses dados revelam a busca por ingresso no mercado de trabalho de maneira imediata,
pois não tem como objetivo o ingresso em cursos de níveis superiores, pois as dificuldades por
emprego com condições melhores estão cada vez mais difíceis, e a entrada para o mercado de
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trabalho, com salários fixo é o objetivo principal, e o foco é atendendo as exigências capitalista
concluindo o ensino básico e ingressando na qualificação profissional realizando cursos.
A população dominada estão acostumadas com as ideologias dominantes e aceitam as
justificativas de que as classes trabalhadora são os próprios culpados pelos seus fracassos,
Libâneo (2013), destaca essa afirmação quando considera algumas afirmações, que são
repassadas pela sociedade dominante, uma delas diz que a sociedade é democrática, pois dá
oportunidades sem distinção, então, cabe cada um agarrar essas oportunidades, pois se não
conseguem um bom emprego ou estudos a culpa é do indivíduo.
Com isso, essas questões se confirmam nas falas dos alunos, “Sim, por que vai me
ajudar muito na minha vida financeira e preciso ter foco.”, “Acredito sim, independente de
todas dificuldades tenho certeza que pra Deus nada é impossível, se você correr atrás de seus
sonhos só depende de você”, “Hoje em dia tenho que me esforçar para conseguir o que eu quero,
eu acho que pode sim me proporcionar basta eu querer e acreditar”.
Percebam que a população marginalizada acreditam na culpa pelo seus fracassos,
pensando ser resultante de suas escolhas e para conseguir um bom emprego só depende de seus
esforços, por esse motivo a corrida pelo diploma do ensino médio é grande e o sacrifício de
trabalhar e estudar é forçada pelo mercado, impondo que para o trabalhador ter qualidade de
vida precisa de formação básica, porém, o aceite desse conceito empurram os jovens cada vez
mais a submissão aos ideários capitalistas, onde a busca é pelo diploma e não pelo
conhecimento.
Com a obtenção desses dados para identificar fatores sociais, se entendeu que os
principais fatores que interferem no ensino aprendizagem toca na questão econômica é por meio
desse fator que outros tomam destaque como: a fome, o desemprego e a falta de moradia, que
impactam dentro da escola.
4.3 De que forma os professores organizam suas práticas docentes contribuindo para o
aprendizado educacional dos alunos em sala de aula?
Aqui vamos analisar os dados obtidos através dos questionários aplicados aos
professores do ensino médio da escola pesquisada, as identidades não serão expostas.
Para Libâneo (2013), o objetivo imediato da escola pública é em preparar jovens para
a participação ativa na vida social. Para isso é necessário que a relação professor aluno seja
cordial, que os professores proporcione um ensino que vise o desenvolvimento intelectual dos
alunos, conhecendo a realidade em que estão inseridos, os esforços dos alunos em manter uma
boa relação contribui para um ensino satisfatória, neste contexto, se perguntou, como se dava a
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relação professor aluno dentro de sala de aula? Nas respostas foi possível entender a articulação
dos professores para manter uma boa relação.
É na fala dos professores que se pode compreender o que se faz necessário fazer ou
desenvolver para manter um bom convívio dentro de sala de aula. O trecho a seguir Expressa o
desafio que os professores encontram para que os alunos se interessem nas dinâmicas das aulas
que pretende desenvolver, “Uma boa relação, procuro sempre incentivá-los a participar das
aulas.”, aqui se percebe que o professor tenta envolver o aluno nas atividades de sala,
procurando a melhor forma de despertar o interesse desses discentes dispersos, para que em
conjunto realizem as atividades elaboradas para contribuir com seu aprendizado.
Já na segunda fala, o professor tenta conhecer o “universo” dos jovens e por meio das
expressões usadas por eles, o docente na tentativa de entender e ser entendido se apropria dessas
expressões, a fala retrata que a relação entre eles é “boa. Tento sempre fazer com que os alunos
se interessem pelas aulas falando a linguagem deles”, perceba que os docentes tentam encontrar
maneiras de envolver os alunos nas aulas, são observadores e estão em buscar de conhecer os
alunos, desta forma tentar propor um ensino aprendizagem que envolva a todos.
A próxima fala traz a reflexão de ambiente sadio, afetuoso na interação professor
alunos evidenciando uma interação como no relato do docente que fala de uma relação
“Amistosa” que está na busca de pensar nos dois lados, O docente é o ponto conciliador dentro
de sala de aula na tentativa de decidir o que interessa para o coletivo, visando qual a melhor
forma de realizar as práticas docentes para que os alunos consigam atingir um aprendizado
satisfatório.
Compreende-se uma boa convivência entre os professores e seus alunos, em que
professores se esforçam para manter o ambiente agradável e respeitoso na tentativa de tornar o
ensino aprendizagem de qualidade, que proporcione aos alunos um pensamento crítico da
sociedade. Um trabalho pedagógico consciente e com foco em proporcionar aos alunos
conhecimentos da realidade em que estão inseridos, conhecimentos de seus direitos enquanto
membro da sociedade, que podem reivindicar ações sociais que não os favorecem, pode se dizer
que a prática de ensino atingiu seu objetivo, o de formar para emancipação do sujeito.
Para Araújo, Frigotto (2015), diz que há diversas maneiras de se pensar os conteúdos
que busque desenvolver a capacidade de autonomia de interpretar diversos contextos sociais.
Existe diferentes meios de se organizar os conteúdos para se chegar no bom desenvolvimento
dos alunos, porém o fundamental é o compromisso de uma extensa formação dos trabalhadores
e articulando aos caminhos éticos e políticos de nova configuração social. Quando perguntado
a organização das práticas pedagógicas que os professores seguem para contribuir à um ensino
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“Trabalhar, chego muito morto como eu cheguei hoje” mostrando o quanto difícil é a realidade
de muitos jovens que decidem trabalhar e mesmo assim tentam concluir seus estudos, chegando
nas aulas esgotados.
O próximo relato só destaca as lutas enfrentadas para conseguir manter a família e
estuar “Pra falar a verdade o meu trabalho é a minha maior dificuldade, mas sem ele eu não
consigo ajudar minha família” tendo que dividir seu empenho e dedicação entre o trabalho e a
escola, parece que a justificativa em relação às dificuldades que esses jovens enfrentam toca na
questão do trabalho que precisam dele para não passarem maiores necessidades, mas uma fala
chama atenção quando diz “Meu irmão é dependente químico me causa preocupação e não
sabemos o que fazer” transparece pelo relato a tamanha preocupação que esse discente vivencia
em seu ambiente familiar, tendo que conviver com a angústia de se ter uma pessoas dependente
químico no meio familiar e sem condições financeiras para poder ajudá-lo com tratamentos.
Se encontra também relatos de mulheres mães que precisam deixar seus filhos para
poder estudar, porém o difícil é encontrar pessoas de confiança para tomar conta das crianças
“Achar alguém pra ficar com minha filha pra poder estudar”, pois as dificuldades é ter alguém
que cuide e seja responsável, só assim as mães jovens e estudantes conseguem ter um bom
rendimento escolar.
Para uma qualidade na educação dourado, Oliveira (2009), dizem que é necessário
levar em consideração as questões externas ao ambiente escolar, pois tem uma grande influência
na qualidade da educação. O contexto externo a escola significa muito quando o assunto é a
qualidade de ensino, o que acontece na vida dos alunos fora da escola interfere na relação
professor aluno e no processo educativo.
Nesse sentido foi questionado a esses alunos o que fazem no tempo livre? E as
respostas deixam claro que os alunos não possuem tempo livre, que possam se dedica a projetos
sociais ou outras atividades que contribua para sua formação na vida em sociedade, eles são
pessoas que já carregam responsabilidades, dedicando o tempo aos “Cuido dos meus filhos”
pois se tornaram pais precoce e ao invés de concentrar toda dedicação aos estudos ou lazer,
entraram direto para a vida adulta, cheia de tarefas e compromissos.
As preocupações surgem quando o básico para sobreviver começam a fazer falta, a
busca por trabalho na tentativa de contribuir na renda familiar também os deixam inquietos,
“Eu fora da escola trabalho pra ajudar em casa, porque as coisas hoje em dia tá tudo caro” o
contexto socioeconômico atualmente aperta e os jovens têm o trabalho como a única opção para
enfrentar as dificuldades e melhorar o mínimo a vida em sociedade, há quem consegue conciliar
algumas atividades para o bom funcionamento do corpo “Trabalho, faço academia, treino, ajudo
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em casa e faço alguns trabalhos da escola” porém com tantos compromissos o desempenho
escolar tende a diminuir.
Compreende-se através das falas dos alunos, que não usufruir de tempo livre, pois
quando estão fora da escola se dedicam ao trabalho e aos cuidados dos filhos, com o tempo
ocupado por outras atividades e compromissos, não conseguem dedicar-se as atividades
escolares e assim o ensino aprendizagem não se faz relevante, prejudicam no desempenho
escolar, na interação dentro da escola.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo histórico das classes trabalhadora sempre foi marcado pelo dualismo, os
ricos sempre decidiram pela atuação que os menos favorecidos deveriam exercer dentro da
sociedade, esse cenário até nos tempos atuais é imposta. A vida em sociedade do trabalhador
assalariado não é tarefa fácil, a pobreza, a fome, a falta de moradia são fatores sociais que
deixam marcas, pelo sofrimento e pela esperança de dias melhores, mas as ideologias impostas
fazem com que lutem por melhorias de vida, movida pelos pensamentos de culpa, pelas ações
das suas escolha, que impregnou na consciência das classes dominadas e é passada de geração
a geração.
O estudo destacou que os principais fatores sociais que interferem no ensino
aprendizagem dos alunos está relacionado ao fator econômico desses discentes, pois em sua
maioria estão inserido no mercado de trabalho formal ou informal, estudar e trabalhar é a única
opção de muitos estudantes, pois entendem que sem estudos não se consegue trabalhos
melhores.
A pesquisa mostrou a realidade dos alunos de uma escola pública que trabalham e
continuam os estudos, passando por tantos desafios, mas persistem na tentativa de conciliar a
vida de trabalhador e estudante, porém a maior partes desses jovens apontam o fator econômico
como o principal ponto de desequilíbrio, pois é a partir desta que outros três principais fatores
sociais são identificados, a pobreza pois muitos vivem com renda bem baixa, a fome, a falta de
moradia que acabam impactando negativamente no desempenho escolar desses alunos.
E a ação pedagógica dos professores evidenciou um ensino expressivo cheio de bons
interesses para a aprendizagem crítica dos educandos, na tentativa de despertar interesse de
batalhar em busca de seus direitos. Compreendeu que há professores dedicados em transformar
a realidade dos alunos, planejando suas práticas pedagógicas que possibilite aos alunos a
compreensão da realidade em que vive, porém ainda existe aqueles que não se importam com
a transformação social e planejam suas atividades pedagógicas sem interesse na formação
crítica.
Mas, o que deixa afortunado é observar que a maior parte dos pesquisados tem gosto
em desenvolver seu trabalho da melhor forma possível tentando sempre articular conteúdo e a
realidade do aluno na busca por uma qualidade na educação, os professores têm suas pretensões
em mudar a realidade da educação pública, porém esbarram nas dificuldades encontradas como
a falta de interesse dos alunos, não querendo participar de maneira ativa das ações pedagógica
dentro de sala de aula.
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Essa questão foi esclarecida por meio das pesquisas, demostra quais os principais
fatores sociais influenciam na qualidade do ensino aprendizagem de maneira negativa. Ao
desinteresses e distrações que os professores abordaram é motivado pelo dia de trabalho dos
alunos, desempenhando funções desgastante, ao chegar nas escolas não conseguem ter um bom
rendimento, pois o cansaço físico e as preocupações acompanham esses educandos e a maioria
estão mais interessados em obter o diploma de educação básica do que o conhecimento.
Portanto, o estudo conseguiu responder que os principais fatores sociais que
prejudicam a qualidade educacional dos jovens que frequentam a escola pesquisada está no
fator econômico é através desse fator que a fome, pobreza, a falta de moradia ganham destaque,
causam estresse pela preocupação em tentar suprir as necessidades da família e
consequentemente impactam negativamente dentro de sala de aula no ensino aprendizagem de
qualidade.
Porém, se entendeu por meio da pesquisa que há professores dedicados na busca de
desenvolver um ensino satisfatória elaborando práticas pedagógicas que visam a qualidade de
ensino, na tentativa de tornar alunos críticos e com um bom desenvolvimento intelectual,
preparar para a compreensão da realidade e assim lutar pelos direitos de sua comunidade a
prática docente é fundamental para um ensino de qualidade contribuindo positivamente para o
aprendizado dos alunos.
No entanto, os docentes se deparam com o empecilho da falta de empenho dos alunos,
mais a esse impasse foi possível entender de maneira clara, que a falta de interação,
participação, interesse dos alunos está na vivência dos discentes fora do ambiente escolar, no
trabalho, na família, preocupações que é impossível deixar para o lado de fora da escola, que
impactam negativamente o processo de ensino aprendizagem.
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3°. Na sua concepção, que fatores sociais atrapalham o processo de ensino aprendizagem?
4°. Como você professor(a) organiza suas práticas educativas que contribua para um ensino
aprendizagem de qualidade?
6°. Quais dificuldades você enfrenta dentro de sala de aula que atrapalham seu ensino?
7°. De que maneira o professor pode contribuir para uma formação crítica dos alunos?
4°. Quais dificuldades você enfrenta na sua vida social (fora da escola) que interferem na sua
vida escolar?
8°. Você acredita que a realidade em que vive pode lhe proporcionar a realização desse
objetivo? Como?