Estruturas Isos

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO

Antonio Paulo Fada Maia – 6102472

Estruturas Isostáticas.

DUQUE DE CAXIAS, 2024


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 2
2 DESENVOLVIMENTO 3
3 CONCLUSÃO 4
REFERÊNCIAS 5

Treliças planas e isostáticas:

Treliça na engenharia é o objeto que visa suportar os esforços


normais(compressão e tração), desta maneira, ajudando no equilíbrio estrutural, e
denomina-se treliça as barras redondas, chatas, cantoneiras etc, que se interligam
entre si de forma geométrica triangular. É o sistema a reticulado e indeformável cuja
todas as forças estão sendo aplicadas nas rotulas, como observamos no exemplo
abaixo.
Figura 1

Nesta outra, a diferença de esforços normais é vista:

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Figura 2

É de se imaginar que que as treliças só absorvem esforços normais, já que que suas
extremidades são rotuladas e rotulas não absorvem momento, desenvolvendo assim
apenas esforços normais constantes ao longo de suas barras. Concluímos que a
única solicitação interna desenvolvida é o esforço normal.

Sendo assim, conseguimos calcular o seu valor em quaisquer seções da barra.


Figura 3

Rotulas: Em treliças planas, temos rótulas de segunda e terceira espécie. Podemos


pensar assim, o vínculo de segunda espécie, permitem apenas o movimento em
uma única direção, translação na maioria das vezes. Um exemplo são as juntas de
dilatação em pontes que só permitem movimentação na horizontal.

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Figura 4

Já as treliças de terceira espécie, permitem movimentos em duas direções,


translação e rotação, como uma esfera, por exemplo, os amortecedores sísmicos
em arranha-céus, atuam como vínculos de terceira espécie, reduzindo as forças
sísmicas transmitidas para o edifício.

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Figura 5

Classificação da treliça quanto à lei de formação.

Simples: Na união de duas barras e partindo nós que já existem, obtemos a treliça
simples.
Figura 6

Composta: A treliça é isostática e composta quando for formada por duas treliças
simples ligadas por 3 barras não simultaneamente concorrentes ou paralelas, ou por
um nó e uma barra sendo que esta barra não concorre no nó citado:

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Figura 7

Alguns aspectos sobre a utilização de treliças:

 Mais econômicas do que as vigas para vencerem grandes vãos e maiores


cargas.

 A mais utilizada nas construções são as treliças planas.

Método dos Nós

O método dos nós é um procedimento de equilíbrio estático utilizado para determinar


as forças nos membros de uma treliça. Este método baseia-se no fato de que, em
um nó em equilíbrio, a soma das forças horizontais e a soma das forças verticais
devem ser iguais a zero.

Passos:
Identificação dos nós: Identifique todos os nós na treliça.

1. Equilíbrio de forças em cada nó: Para cada nó, escreva as equações de


equilíbrio:
 ΣF_x = 0 (soma das forças horizontais)
 ΣF_y = 0 (soma das forças verticais)
2. Resolução das equações: Resolva o sistema de equações simultâneas para
encontrar as forças nos membros.

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Método das Seções
O método das seções, também conhecido como método de Ritter, é uma técnica
que permite calcular diretamente as forças em membros específicos de uma treliça
sem precisar resolver o sistema completo.

Passos:

1. Corte da treliça: Realize um corte que passe por até três membros cujas
forças são desconhecidas.
2. Equilíbrio da seção: Considere uma das duas partes da treliça dividida pelo
corte e aplique as equações de equilíbrio:
 ΣF_x = 0
 ΣF_y = 0
 ΣM = 0 (soma dos momentos)

A treliça abaixo:

A----B----C
|\ | /|
|\ | /|
| \|/ |
D---E----F

A treliça é suportada por uma reação vertical em A e uma reação vertical e


horizontal em F. As forças aplicadas são:

- Uma força vertical de 10 kN para baixo em C


- Uma força vertical de 10 kN para baixo em B

Dados:
- Distância entre os nós horizontais (AB, BC, DE, EF) = 3 m
- Distância entre os níveis horizontais (AD, BE, CF) = 4 m

Passo 1: Determinação das Reações de Apoio


Primeiro, calculamos as reações nos apoios usando equilíbrio global da treliça.

ΣM_A = 0 (tomando momento em A):


10 kN × 6 m + 10 kN × 9 m - R_{F_y} × 12 m = 0
R_{F_y} = (10 × 6 + 10 × 9) / 12

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R_{F_y} = (60 + 90) / 12
R_{F_y} = 12.5 kN

ΣF_y = 0:
R_{A_y} + R_{F_y} - 10 kN - 10 kN = 0
R_{A_y} + 12.5 kN = 20 kN
R_{A_y} = 7.5 kN

ΣF_x = 0:
R_{F_x} = 0 kN

Passo 2: Método dos Nós


Começamos pelo nó A:

- Força em AD (F{AD}) é vertical.


- Força em AB (F{AB}) é horizontal.

Equilíbrio em A:
R_{A_y} - F{AD} = 0
7.5 kN - F{AD} = 0
F{AD} = 7.5 kN

F{AB} = 0 kN

Passamos para o nó D:

- Força em DE (F{DE}) é horizontal.


- Força em AD (F{AD}) é vertical.
- Força em BE (F{BE}) é diagonal (vamos decompor em componentes horizontais e
verticais).

Equilíbrio em D:
F{AD} - F{BEy} = 0
7.5 kN - F_{BE} × (4/5) = 0
F{BE} × (4/5) = 7.5 kN
F{BE} = 9.375 kN

F{DE} - F{BE_x} = 0
F{DE} - F{BE} × (3/5) = 0
F{DE} = 9.375 kN × (3/5) = 5.625 kN

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Passo 3: Método das Seções
cortar a treliça através dos membros CE, CF e EF e considerar a seção à direita do
corte.

Equilíbrio em E:
ΣME = 0
Considerando momentos sobre o ponto E:
F{CF} × 3 m = 10 kN × 1.5 m + 12.5 kN × 3 m
F{CF} = (15 + 37.5) / 3 = 17.5 kN

Equilíbrio de forças horizontais e verticais pode determinar outras forças na seção.

Vigas Gerber e Cálculo de Reações de Apoio:

As vigas Gerber, também conhecidas como vigas Gerber articuladas ou vigas de


momento, são um tipo de viga descontínua que consiste em segmentos
interconectados por articulações. Essas vigas são amplamente utilizadas na
engenharia civil devido à sua capacidade de acomodar movimentos diferenciais e
reduzir os momentos fletores em estruturas estáticas.

Teoria sobre Vigas Gerber


Uma viga Gerber é composta por várias seções de viga reta conectadas por
articulações chamadas de 'juntas Gerber'. Essas juntas permitem que a viga se
comporte como uma série de vigas simplesmente apoiadas, mesmo que a viga geral
seja contínua. A principal vantagem das vigas Gerber é a redução significativa dos
momentos fletores máximos, o que pode resultar em uma estrutura mais econômica
e eficiente.

Para analisar uma viga Gerber, utilizamos os métodos tradicionais de análise de


vigas, mas com considerações especiais nas juntas Gerber. Essas juntas são
tratadas como pontos de momento zero, onde o momento fletor é nulo, permitindo
que cada segmento da viga seja analisado separadamente.

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Considere a viga Gerber com as seguintes características:

1. Comprimento total da viga: 12 metros


2. Três segmentos com comprimentos iguais: 4 metros cada
3. Duas juntas Gerber localizadas após 4 metros e 8 metros
4. Cargas aplicadas:
- Uma carga pontual de 10 kN aplicada no meio do primeiro segmento
- Uma carga distribuída uniformemente de 5 kN/m ao longo do terceiro segmento

Procedimento de cálculo:

1. Segmento 1:
- Comprimento: 4 metros
- Carga: 10 kN no meio do segmento
- Reações de apoio: R1 e R2 nas extremidades do segmento
- Equações de equilíbrio:
• ΣFy = 0: R1 + R2 - 10 kN = 0
• ΣM = 0: 4R1 - 10 kN * 2 = 0 ⇒ R1 = 5 kN e R2 = 5 kN

2. Segmento 2:
- Comprimento: 4 metros
- Sem cargas aplicadas
- Considerando continuidade da força cortante nas juntas
- Reações de apoio: R3 e R4 nas extremidades do segmento
- Com R2 = R3, temos R3 = 5 kN

3. Segmento 3:
- Comprimento: 4 metros
- Carga distribuída: 5 kN/m
- Reações de apoio: R5 e R6 nas extremidades do segmento
- Equações de equilíbrio:
• ΣFy = 0: R5 + R6 - 5 kN/m * 4 = 0 ⇒ R5 + R6 = 20 kN
• ΣM = 0: 4R5 - (5 kN/m * 4) * 2 = 0 ⇒ R5 = 10 kN e R6 = 10 kN

Conclusão:
As reações de apoio para os segmentos da viga Gerber foram determinadas como
R1 = 5 kN, R2 = 5 kN, R3 = 5 kN, R4 = 5 kN, R5 = 10 kN, e R6 = 10 kN. Essas
reações são usadas para garantir que a viga esteja em equilíbrio estático sob as
cargas aplicadas.

Referências.
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HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


Estruturas de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de


Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios. Rio
de Janeiro, 2008.

BEER, F. P.; JOHNSTON, E. R.; DEWOLF, J. T. Mecânica dos Materiais. 5. ed.


Porto Alegre: AMGH, 2013.

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