L3521-2022 - Código de Limpeza Urbana

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO

Região dos Lagos - Estado do Rio de Janeiro

GABINETE DO PREFEITO

LEI Nº 3.521, DE 24 DE MAIO DE 2022.

Publicado no Diário Oficial Eletrônico Institui o Código de Limpeza


Edição nº 456 Caderno 1 Ano II
Urbana do Município de Cabo
Data 30/5/2022
Frio.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO


Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS FINALIDADES

Art. 1º Fica instituído, nos termos desta Lei, o Código de Limpeza Urbana, que
estabelece normas ordenadoras e disciplinadoras para os serviços de limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos no Município de Cabo Frio, conforme determina o Plano Municipal de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PMGIRS), aprovado pela Lei nº 3.134, de 26 de
dezembro de 2019.

Parágrafo único. O serviço de limpeza urbana tem por finalidade dar destinação
adequada aos resíduos sólidos gerados no Município.

Art. 2º Ao Presidente e aos servidores da Companhia de Serviços de Cabo Frio


(COMSERCAF) compete cumprir e fazer cumprir as normas deste Código.

CAPÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS

Art. 3º Os serviços de limpeza pública são de competência da Companhia de Serviços


de Cabo Frio (COMSERCAF), que poderá executá-los diretamente ou através de contratação e
credenciamento de terceiros.

Art. 4º Compete à Companhia de Serviços de Cabo Frio (COMSERCAF) coletar,


transportar e dar destinação final aos resíduos sólidos:

I - de origem domiciliar e comercial;

II - de material de limpeza de logradouros públicos (varredura, remoção de resíduos de


poda e corte de vegetação, resíduos de obras municipais, esgotamento de vias de drenagem) e
limpeza de praias;

III - dos serviços de saúde gerados pela municipalidade.

Art. 5º O serviço de recolhimento da COMSERCAF compreenderá:

I - a coleta de até 20 (vinte) quilogramas de resíduos por retirada-dia, em unidade


unifamiliar;
II - a coleta de até 40 (quarenta) quilogramas de resíduos por retirada-dia, em unidades
comerciais e de serviços.

§ 1º SUPRIMIDO
§ 2º SUPRIMIDO
§ 3º SUPRIMIDO

III - no caso de unidades multifamiliares, edifícios e condomínios o limite da


quantidade coletada será o total de unidades multiplicado por 20 (vinte) quilogramas de
resíduos ao dia.

Art. 6º Os resíduos a seguir discriminados são de responsabilidade dos geradores e


deverão ser descartados seguindo as normas ambientais relacionadas ao gerenciamento de
resíduos sólidos:

I - entulhos, terras e sobras de materiais de construção;

II - folhagem e resíduos verdes;

III - resíduos pastosos de qualquer natureza;

IV - lotes de mercadorias, medicamentos, gêneros alimentícios ou quaisquer outros


condenados pela autoridade competente;

V - móveis e inservíveis, eletrodomésticos e outros materiais;

VI - resíduos dos serviços de saúde de hospitais e clinicas médicas particulares,


laboratórios de análise médicas, clínicas veterinárias, clínicas odontológicas, centros de
hematologia e outros que gerem estes tipos de resíduos.

§ 1º A Companhia de Serviços de Cabo Frio (COMSERCAF) poderá proceder a


remoção dos resíduos constantes no caput por solicitação do gerador.

§ 2º A remoção a que se refere o § 1º será remunerada, conforme valores previstos na


Tabela de Serviços Especiais definida pela COMSERCAF.

§ 3º Os valores constantes na Tabela de Serviços Especiais da COMSERCAF serão


informados à Secretaria Municipal de Fazenda no período de 1º a 31 de dezembro de cada ano
para aplicação no exercício seguinte.

§ 4º Os valores de remuneração serão definidos por fórmula representando a razão


entre os valores dispendidos e os volumes de resíduos coletados discriminados por classe dos
resíduos.

§ 5º Os resíduos sólidos relacionados nos incisos III e IV do caput deste artigo,


somente serão removidos mediante pareceres técnicos emitidos por autoridades competentes,
municipal, estadual ou federal.
§ 6º Compete à Companhia de Serviços de Cabo Frio (COMSERCAF) estabelecer
normas técnicas, credenciamento de terceiros e valores para a realização dos serviços descritos
neste artigo, realizados por terceiros.

CAPÍTULO III
DA RESPONSABILIDADE PELO CUMPRIMENTO DESTE CÓDIGO E DA
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Seção I
Da Responsabilidade

Art. 7º São responsáveis pelo cumprimento deste Código todos aqueles que produzem
resíduos sólidos e os executores dos serviços de limpeza pública, cabendo:

I - aos produtores, a obrigação de dispor os resíduos sólidos em locais, horários e


formas de acondicionamento adequado, seguindo as normas emitidas pela COMSERCAF;

II - aos executores dos serviços de limpeza pública, varrer, coletar, transportar e dar
destinação final aos resíduos sólidos, respeitadas as particularidades de cada operação.

Seção II
Da Classificação dos Resíduos Sólidos

Art. 8º Os resíduos sólidos para fins do trabalho realizado pela Companhia de Serviços
de Cabo Frio (COMSERCAF) são todos aqueles que podem ser recolhidos e classificam-se em:

I - facilmente degradável: é o resíduo que se decompõe em pouco tempo; como os


restos de comida, papéis e folhas;

II - inerte: é o resíduo que não está sujeito ao processo de decomposição espontânea


em curto espaço de tempo, como os metais, vidros, plásticos, terras, pedras, borrachas,
madeiras e couros;

III - perigoso: é o resíduo que apresenta características de inflamabilidade,


corrosividade, reatividade, toxidade e também objetos ou suas partes que possam ocasionar
riscos de perfuração ou cortes, como os produtos químicos, rejeitos industriais e de
laboratórios, lâminas, vidros, pilhas e baterias;

IV - séptico: é o resíduo patogênico que possa gerar contaminação como os plasmas


sanguíneos, agulhas, seringas, gazes e partes do corpo humano;

V - resíduos diversos: são os móveis, eletrônicos, eletrodomésticos e afins.

CAPÍTULO IV
DAS UNIDADES GERADORAS

Art. 9º São Unidades Geradoras de resíduos sólidos todas as pessoas naturais e


jurídicas, em especial:

I – o cidadão;
II – os estabelecimentos residenciais;

III – os estabelecimentos de prestação de serviços ou de comercialização de


mercadorias;

IV – os estabelecimentos industriais;

V – os estabelecimentos de serviços de saúde;

VI – o comércio itinerante e eventual;

VII – os órgãos públicos;

VIII – as igrejas, clubes, associações ou outras instituições.

§ 1º Cada unidade geradora de resíduos sólidos fica obrigada a dar tratamento


adequado e diferenciado à guarda, ao acondicionamento e à disposição para coleta do mesmo,
de acordo com as normas definidas pela COMSERCAF.

§ 2º Para fins deste Código, serão classificados como grandes geradores de resíduos
sólidos as pessoas físicas ou jurídicas que ultrapassem a produção de resíduos acima do limite
de 40 (quarenta) quilogramas por dia.

§ 3º Os grandes geradores são os responsáveis pela destinação adequada dos resíduos


por ele produzidos, devendo arcar com os custos relativos à coleta, transporte e destinação
final.

§ 4º SUPRIMIDO

CAPÍTULO V
DAS OBRIGAÇÕES DAS UNIDADES GERADORAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 10. Os responsáveis pelas unidades geradoras de resíduos sólidos deverão


providenciar, por meios próprios, os recipientes necessários ao acondicionamento dos resíduos
sólidos produzidos.

§ 1º O recolhimento dos resíduos sólidos excedentes/extraordinários será de


responsabilidade do gerador e deverá ser realizado:

I - por empresa especializada em coleta e transporte de resíduos; ou

II - pela COMSERCAF, mediante cobrança do preço público correspondente.

§ 2º Os resíduos dos grandes geradores poderão ser recolhidos pela COMSERCAF às


expensas do contribuinte mediante agendamento e pagamento do preço público correspondente
definido na Tabela de Serviços Especiais estabelecida pela COMSERCAF.
Art. 11. O acondicionamento e a disposição dos resíduos para coleta residencial,
deverão ser feitos:

I - em lixeiras, colocados em sacos plásticos de até 100 (cem) litros, na cor preta para
residências unifamiliar;

II - em recipientes plásticos com tampa, azul escuro, de até 200 litros, em


conformidade com a normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), referência
NBR 10004:2004 Classe II A e II B, cujas características são similares aos resíduos
domésticos, não tóxicos e NBR 9191:2002, para condomínios ou prédios multifamiliar.

Parágrafo único. O acondicionamento e a disposição do resíduo sólido urbano para


coleta comercial e outros afins, deverão ser feitos obrigatoriamente em recipiente plástico com
tampa, de duas rodas, de 120 (cento e vinte) litros a 240 (duzentos e quarenta) litros, com uso
de sacos plásticos, na cor preta, para eliminar o contato do resíduo com o recipiente plástico em
conformidade com a normas da ABNT, referência NBR 10004:2004 Classe II A e II B, e
ABNT- NBR 9191:2002.

Art. 12. Os veículos transportadores de materiais a granel ficam obrigados à utilização


de cobertura e sistema de proteção.

Art. 13. Os veículos transportadores de resíduos pastosos ficam obrigados à utilização


de carrocerias estanques.

Art. 14. O gerador de resíduo a ser transportado, obriga-se à:

I - fornecer ao transportador a característica do material;

II - informar ao transportador sobre eventuais riscos na operação;

III - exigir do transportador o uso de veículo e equipamento em boas condições


operacionais e adequados a carga.

Art. 15. O transporte de resíduos sólidos por terceiros, classificados como entulhos,
terra e sobra de materiais de construção, de origem de obras, reformas ou demolição na
construção civil, será feito com prévia autorização da COMSERCAF.

Art. 16. Os locais para deposição de detritos obedecerão aos aspectos sanitários de
postura municipal, de preservação de fundos de vales e sistemas naturais de drenagem.

§ 1º Fica estabelecida a competência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para


autorizar a deposição dos resíduos referidos no art. 15 deste Código.

§ 2º É obrigatório ao transportador portar em seu veículo durante o trajeto a


autorização emitida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Art. 17. Os prestadores do serviço de que tratam este Código ficam obrigados a
cadastramento junto a COMSERCAF, que se efetivará mediante requerimento do interessado,
constando:
I - informações sobre o resíduo a transportar;

II - identificação do veículo, equipamento, proprietário e/ou responsável pelo


transporte;

III - condições de cobertura e sistema de proteção contra derramamento de resíduos.

§ 1º Os veículos e equipamentos aprovados na vistoria técnica da COMSERCAF terão


autorização de transporte a ser fixada no para-brisa dianteiro, obrigatoriamente.

§ 2º A autorização será concedida pelo prazo de 2 (dois) anos, podendo ser renovada
ao final deste período.

§ 3º A autorização de transporte será revista pela COMSERCAF quando persistir


infrações a este Código.

Art. 18. O transporte de resíduos sólidos com utilização de caminhões do tipo brooks,
com caçamba escamoteável, obedecerá às seguintes disposições:

I – a capacidade máxima de caçamba deve ser de 5 (cinco) metros cúbicos;

II - as caçambas devem ser estacionadas segundo as regras contidas no Código


Nacional de Trânsito;

III – a caçamba estacionada sobre o passeio do logradouro deverá manter um vão livre
de no mínimo 1,00 (um) metro, medido pela parte superior da caçamba, não ultrapassando o
limite da calçada;

IV - as caçambas, durante o período de estacionamento em vias ou logradouros


públicos, devem permanecer cobertas de acordo com norma técnica da COMSERCAF.

§ 1º Fica autorizada a colocação de caçamba na pista de rolamento dos logradouros


dentro da faixa de estacionamento.

§ 2º A distância mínima entre a caçamba e a esquina mais próxima será de 10 (dez)


metros.

Art. 19. A caçamba estacionária obedece ainda aos seguintes quesitos:

I - ser pintada em cores vivas e contrastantes com numeração;

II - prazo de estacionamento máximo de 72 (setenta e duas) horas;

III - colocação de somente 1 (uma) caçamba por vez, ressalvados casos de grandes
quantidades de resíduos a serem retirados ou utilização simultânea por mais de um usuário e
prédio multifamiliar, quando serão admitidas no máximo 2 (duas).

Parágrafo único. A não observância do disposto no caput sujeitará o infrator a multa


de 100 (cem) UFIR-RJ, bem como ao recolhimento da caçamba e ao pagamento das custas de
remoção e depósito.
Art. 20. Nas vias preferenciais de pedestres, os veículos transportadores dos resíduos
tratados neste Código, somente poderão trafegar entre 22 (vinte e duas) e 6 (seis) horas, sendo o
prazo previsto no inciso II do art. 19 reduzido para 24 (vinte e quatro) horas.

Art. 21. O estacionamento de caçambas nos corredores principais de tráfego somente


se efetivará mediante parecer favorável da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, compreende-se como corredores


principais de tráfego as vias que pela sua natureza não permitam estacionamento em ambos os
lados.

CAPÍTULO VI
DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES À LIMPEZA URBANA E DAS PENALIDADES

Seção I
Da Fiscalização

Art. 22. A fiscalização do disposto neste Código será efetuada pelos ocupantes de
cargo de provimento efetivo de Fiscal.

§ 1º A COMSERCAF exercerá a função fiscalizadora, no sentido de fazer cumprir os


preceitos deste Código e das normas que o complementem.

§ 2º Os servidores investidos de função fiscalizadora deverão, observadas as


formalidades legais, inspecionar, vistoriar, intimar, notificar e apreender, desde que
relacionadas com a legislação específica e com este Código.

§ 3º Pelas infrações às disposições da legislação sobre a limpeza urbana, serão


aplicadas multas às unidades geradoras de resíduos sólidos, definidas no art. 9°, deste Código.

§ 4º Os Autos de Infração não tributários serão lavrados pelos agentes competentes.

§ 5º Cabe à COMSERCAF o recebimento das multas aplicadas, em decorrência da


transgressão ou infringência deste Código.

§ 6º O desrespeito ou desacato ao servidor no exercício de suas funções ou empecilho


oposto à inspeção, sujeitará o infrator às multas previstas neste Código.

§ 7º Toda ação fiscal será precedida de notificação para que o infrator, em prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) horas, proceda às medidas necessárias à retirada dos resíduos
sólidos.

§ 8º Notificação é o ato pelo qual se dá conhecimento à parte de providência ou


medida que a ela incumbe realizar no prazo determinado.
Seção II
Das Infrações a Limpeza Urbana

Art. 23. Constitui infração à limpeza urbana:

I - depositar, lançar ou atirar nos logradouros públicos resíduos sólidos de qualquer


natureza;

II - distribuir ou afixar em logradouros públicos propagandas, faixas, cartazes ou


anúncios em locais que não estejam previamente autorizados ou licenciados, exceto campanhas
eleitorais e de saúde pública;

III - deixar de fazer a limpeza de logradouros ou passeios públicos, após carga ou


descarga de materiais;

IV - usar equipamento de redução de resíduos sólidos em operação deficiente ou


inoperante;

V - prejudicar, de qualquer maneira os serviços de limpeza do Município;

VI - não manter em perfeito estado de limpeza os passeios públicos, terrenos cercados


ou murados, edificados ou não;

VII - inobservar qualquer das disposições contidas neste Código.

Parágrafo único. Responderá pela infração quem, por ação ou omissão, lhe deu causa
ou concorreu para sua prática ou dela se beneficiou.

Seção III
Das Penalidades

Art. 24. Pelas infrações às disposições deste Código, serão aplicadas as seguintes
penalidades:

I - deixar de utilizar recipientes próprios necessários ao acondicionamento dos


resíduos sólidos, conforme determina o art. 10;
Pena: multa no valor equivalente a 100 (cem) UFIR-RJ

II - não condicionar os resíduos sólidos, conforme determina o art. 11;


Pena: multa no valor equivalente a 100 (cem) UFIR-RJ

III - não atender às determinações previstas no art. 23;


Pena: multa no valor equivalente a 100 (cem) UFIR-RJ

IV - não utilizar cobertura e sistema de proteção nos veículos transportadores de


material a granel;
Pena: multa no valor equivalente a 100 (cem) UFIR-RJ

V - não utilizar carrocerias estanques nos veículos transportadores de resíduos


pastosos ou líquidos;
Pena: multa no valor equivalente a 100 (cem) UFIR-RJ

Art. 25. Sem prejuízo das multas previstas no art. 24, fica o infrator obrigado a
ressarcir à COMSERCAF os custos operacionais de execução dos serviços com um acréscimo
de 20% (vinte por cento) sobre o valor dos serviços executados.

Parágrafo único. O não pagamento dos custos operacionais no prazo de 30 (trinta) dias
implicará a remessa da despesa para a Secretaria Municipal de Fazenda para inscrição na
Dívida Ativa do Município.

Art. 26. O pagamento da multa não isenta o infrator, ficando o mesmo responsável
pelos danos causados à limpeza pública e suas consequências.

§ 1º Após a lavratura do auto, o infrator deverá providenciar a remoção dos resíduos


sólidos, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.

§ 2º O não pagamento da multa no prazo de 10 (dez) dias implicará a remessa do auto


de infração para inscrição na Dívida Ativa do Município, observado o procedimento recursal.

Art. 27. Na hipótese de o infrator estar em lugar desconhecido ou incerto, a notificação


far-se-á por edital, com prazo de até 15 (quinze) dias, a partir da data de sua publicação, para
cumprimento da obrigação, sob pena de recolhimento do material pela COMSERCAF ou à sua
ordem.

Art. 28. Persistindo a situação proibida ou vedada por este Código, serão lavrados
novos autos de infração, a cada reincidência, aplicando-se a multa em dobro, progressivamente.

Art. 29. Recusando-se o infrator a assinar o auto de infração, será tal recusa averbada
no mesmo, pela autoridade que o lavrar, publicando-se no órgão oficial do Município a notícia
da autuação e da recusa.

Art. 30. No caso de apreensão, o bem apreendido ficará sob a responsabilidade da


Companhia de Serviços de Cabo Frio (COMSERCAF).

§ 1º A devolução do bem apreendido dar-se-á após o pagamento das multas aplicadas


e das despesas decorrentes do transporte, depósito e guarda.

§ 2º As despesas decorrentes do depósito e da guarda dos bens apreendidos serão


calculadas com base em 10 (dez) UFIR-RJ, por metro quadrado diário de ocupação do bem,
acrescido do custo de transporte, conforme tabela da Empresa de Obras Públicas do Estado do
Rio de Janeiro (EMOP).

§ 3º O bem apreendido não reclamado no prazo de 30 (trinta) dias, será vendido pela
COMSERCAF, em leilão, ou terá a destinação por ela determinada, obedecidas as normas
legais.
CAPÍTULO VII
DA PROCURADORIA, DOS RECURSOS E DO JULGAMENTO

Art. 31. Caberá à Procuradoria da COMSERCAF o recebimento das intimações,


notificações, autos de infrações, recursos e seus procedimentos.

Art. 32. O contribuinte, após o recebimento do auto de infração, poderá interpor


recurso no prazo de 10 (dez) dias.

§ 1º O recurso em primeira instância será julgado por uma Comissão Especial


designada pela Presidência da COMSERCAF.

§ 2º O contribuinte poderá recorrer à Presidência da COMSERCAF da decisão de


primeira instância, no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data de ciência da decisão.

Art. 33. Findo o prazo para interposição de recurso e, não tendo sido recolhida a multa
ou ressarcidos os custos operacionais previstos no art. 25, o débito será encaminhado à
Secretaria Municipal de Fazenda para inscrição em dívida ativa e demais procedimentos
cabíveis.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34. O Poder Executivo regulamentará este Código no que couber.

Art. 35. Este Código entra em vigor na data de sua publicação.

Cabo Frio, 24 de maio de 2022.

JOSÉ BONIFÁCIO FERREIRA NOVELLINO


Prefeito

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