A Diferença de Profecia de Deus para Adivinhação

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A diferença de profecia de Deus para adivinhação

“Não se achará entre ti adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro

nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante,

nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele

que faz tal coisa é abominação ao SENHOR.

Deuteronômio 18.10-12

Este resumo de um texto do livro de Deuteronômio mostra que é um ato abominável


fazer prognosticação do futuro, praticar adivinhação. Sendo assim, nenhum homem pode
exercer esse costume de povos pagãos antigos, de acordo com a Bíblia. Todo mundo sabe que
o Deus das Escrituras proíbe prever o futuro.

Existe uma interpretação falaciosa de que Deus prevê, adivinha o futuro por meio de suas
profecias; este pensamento é falso. Deus não pode praticar coisas abomináveis para Ele, Deus
não é prognosticador e nem adivinho. Se Deus praticasse uma adivinhação do futuro, Ele
cometeria uma contradição de sua palavra. A palavra de Deus nunca é contraditória. Então o
que seria todas as profecias vindas de Deus da Bíblia?

Se analisarmos as profecias bíblicas iremos notar que elas usam uma pessoa, figura, coisa
ou acontecimento para narrar sua história, ou seja, toda profecia é uma história ou algo atual.
Deus usa o momento para passar uma mensagem. Essa mensagem que Deus usou de
momento passa a servir para o povo contemporâneo do texto, ou da fala, em forma de
exortação. Após Deus ter uma mensagem do passado, Ele fará a história do futuro se repetir
com o passado: Deus deixa sua palavra viva. Com isso, o que servia de palavra, exortação, para
o passado, passa a servir para o futuro também. Esta é a forma das profecias de Deus.

Deus faz a história se repetir. Vamos detalhar a ação de Deus e como se forma uma
profecia:

1. Acontece algo;
2. Deus fala sobre o acontecido;
3. Aquilo que Deus falou passa a servir como exortação para o povo contemporâneo do
ocorrido;
4. O acontecimento do passado se repetirá no futuro;
5. Aquilo que Deus falou no passado passa a servir para as pessoas do futuro pois a
história se repetirá;
6. Todo esse ciclo de repetição forma a profecia;
7. O ajuntamento de todos esses fatores monta a natureza da profecia.

Então, Deus agindo desta maneira não comete contradição, pois não prevê o futuro: o
futuro que se repetirá. Observamos esta prática de formação das profecias como uma maneira
peculiar e sábia de Deus, notamos que o passado serve para compreendermos o futuro.

Uma das formas de profecia é Deus usar pessoas do passado, são as figuras históricas,
que representarão respectivamente pessoas do futuro que farão se cumprir a profecia. Posso
citar um grande exemplo:

“Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará;


o meu servo Davi é que as apascentará;

ele lhes servirá de pastor”.

Ezequiel 34.23

Nesta profecia do livro do profeta Ezequiel, Deus usa o rei Davi, que já havia morrido há
muito tempo, para servir como figura histórica para indicar Jesus Cristo. Deus não podia
simplesmente colocar nesta profecia o nome de Jesus, pois estaria prognosticando, então usou
Davi para figurar quem iria cumprir a profecia, Jesus Cristo. A vida de Davi, em alguns
momentos, foi usada como uma pessoa de figura histórica para Jesus Cristo. Davi não foi o
único, temos vários casos de pessoas que foram usadas para indicar o Messias em um futuro
que viria de forma similar com o passado; um dos que foram usados é Isaque, filho de Abraão:
a história da provação de Abraão com o sacrifício de Isaque é similar com a história da
crucificação de Jesus Cristo.

A baixo uma relação de figuras históricas que serviram como exemplos para indicar
pessoas que fariam a história se repetir e cumpririam as profecias:

● o imperador romano Tito figurou historicamente Satanás;


● Ninrode, Nabucodonosor, Antíoco IV Epifâneo e César Nero figuraram historicamente
os quatro anticristos que entrariam no poder entre 2023 a 2027.

Percebemos com tudo isto que Deus sempre usa o presente para indicar o futuro e o que
fará se cumprir é uma inclinação da natureza do ser cumpridor que Deus conhece. Se pararmos
para pensar, quais foram os seres cumpridores discutidos até então? Os seres cumpridores
foram: Jesus Cristo, Satanás e os quatro anticristos (os anticristos são demônios encarnados
[Apocalipse de Elias 35.2]) são seres que existem desde um princípio; logo, Deus Pai conhece a
natureza deles e sabe a inclinação do caminho de cada um. Refletindo mais um pouco,
notamos que as profecias estão concentradas nestes seres que já existem, é como que Deus
nunca saísse do presente quando fala deles, pois fala do que existe, do que está. Da mesma
forma, temos profecias para os dois mártires, Enoque e Elias, que são pessoas que hoje e desde
um tempo existem. Concluímos que as profecias estão voltadas para uma existência que é
conhecida por Deus na questão de sua natureza; Deus conhece a essência destes seres.
Compreenda que se Deus conhece uma natureza ele sabe de todos os caminhos e das
possibilidades do que é conhecido.

Com isto, está revelado o que é profecia: é uma narração de Deus sobre um ser existente
que se faz repetidor por causa de sua natureza; Deus narra a natureza, a essência, deste ser.

Assim, Deus não se contradiz em nenhum momento em suas falas, pois fala do que
conhece. Dentro da natureza imutável de um ser, é dado a profecia.

Para aqueles que estão no presente e serão cumpridores no futuro, é dado profecia,
porque existem, são um presente constante: quando é falado do presente, é história, nunca
adivinhação. Quanto aos personagens momentâneos do passado (Abraão, Isaque, Jacó, Davi, e
etc.), temos para eles promessas, não profecias.

Vamos observar um grande exemplo histórico do passado que serviu para as Escrituras
como uma profecia para os tempos vindouros, que é a destruição do templo de Herodes no
ano 70 d.C. Na época o templo foi destruído por ordem do príncipe Tito, configurando,
posteriormente, a ordem de Satanás para destruir o corpo humano. Já a invasão dos romanos
em Jerusalém, na mesma ocasião de destruição do templo, configurou profeticamente o
ataque que Israel sofrerá antes de fevereiro de 2027; é o que a Bíblia chama de a grande
tribulação, pois Israel será destruída pelo anticristo (Mateus 24.15-28). Note novamente que
ambos os seres cumpridores da profecia, Satanás e o demônio encarnado na função de
anticristo, existem.

Um pouco sobre a existência: sabemos que Jesus Cristo é o Verbo, é o ‫( יהוה‬nome


sagrado de Deus em hebraico que vem do verbo ser [‫היה‬, hāyāh]); sendo Verbo: Ele é, para o
presente, e Ele será, para o futuro; esta é a existência de Jesus Cristo. Por outro lado, Satanás e
os demônios têm uma existência diferente, eles são, mas, em um momento, tornam-se em já
não serão.

Outras formas de se fazer profecias são os sonhos e as visões em que Deus materializa
coisas para simbolizar o que o futuro fará se repetir.

Não podemos, também, deixar de dar como exemplo de construção de profecia as


parábolas que Jesus Cristo usava. Suas parábolas eram elaboradas dentro de uma figura de
linguagem, muitas vezes se inclinando em metonímia, para dar um sentido figurado para a
circunstância que posteriormente se repetiria na história.

Deus faz a profecia no momento correto para compreendermos as coisas e as


circunstâncias que fazem se repetir e se cumprir. A profecia é a forma mais completa de
orientação e conhecimento passado por Deus. Por meio de poucas palavras, que são as
profecias, temos grandes revelações e histórias duplicadas. Amém.

Autor: Diego Franco Facundo

Brasil, 30 de maio de 2024

REFERÊNCIAS:

FRANCO FACUNDO, Diego. O apocalipse começou em 2020 e acaba em 2027. 2024.

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