Infeccoes Transmissivel Sexualmente

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Infecções Transmissíveis Sexualmente

O que é

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou


outros microrganismos. São exemplos de infecções transmissíveis: Herpes genital, sífilis,
gonorreia, tricomoníase, HIV, HPV e Hepatite B e C. Também é visto que a faixa de maior risco
para contaminação é na adolescência, ali de 15 a 19 anos, que é quando a gente começa a ter
um desejo mais autônomo, onde a gente está se conhecendo, e por isso é importante adquirir
conhecimento sobre tal assunto, então com essa proposta a gente vai explicar sobre esse tema.

Por que não Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)?

R = Desde 2016, o Ministério da Saúde adotou a nomenclatura IST (infecção sexualmente


transmissível), em vez da tradicional DST. Isso porque o termo doença sugere que existam
sintomas visíveis na pessoa infectada, enquanto a palavra infecção admite que também há
problemas assintomáticos.

Herpes Genital
DEFINIÇÃO: Em primeiro lugar, é preciso entender que a herpes genital é uma infecção
sexualmente transmissível (IST) — ou seja, ela é transmitida a partir do ato sexual.

De modo geral, há dois tipos de vírus: o HSV-1 e o HSV-2. O segundo está mais associado
às infecções genitais, enquanto o primeiro é responsável pelas orais. Apesar disso, o contato
oral-genital pode fazer com que um patógeno — o agente causador de doenças — passe da boca
para outras áreas. Uma publicação de 2023 do Ministério da Saúde foi identificado que 13% e
37% das pessoas infectadas apresentam o sintomas, sintomas eles que são:

Sintomas:

 Lesões na região genital

Esse é o sintoma mais comum de que algo está errado: a presença de feridas bolhosas ou
ulceradas. Elas podem atingir não só a região íntima, como as áreas próximas — por exemplo, as
coxas e a pele).

 Dor e desconforto

Embora algumas pessoas não relatem incômodos, outras apresentam dor e coceira na
região das lesões. Uma sensação de queimação também pode estar presente — então, fique de
olho!

 Dor para urinar

Infecção urinária ou herpes? Às vezes, é difícil saber! Isso porque outro sintoma desse
problema é a dor ao fazer xixi, com uma ardência bem intensa que pode ser confundida com
outras doenças.
 Mal-estar geral

Por se tratar de uma infecção viral, é possível que algumas pessoas apresentem febre,
cansaço e ínguas (inchaço) na região da virilha, como sinal de resposta do sistema imunológico.

Tratamento:

A principal forma de prevenção da herpes genital é com o uso de preservativos. No


entanto, é importante ressaltar que o preservativo não cobre todas as áreas possivelmente
afetadas, como é o caso das coxas e de outras regiões da pele. Por isso, ainda é possível se
contaminar — mesmo que a camisinha reduza as chances de isso acontecer.

Diagnostico:

O diagnóstico é feito, na maioria das vezes, a partir do exame físico. Nesse caso, o médico
responsável pelo seu atendimento poderá identificar as lesões apenas de olhá-las.

No entanto, nem sempre elas estarão aparentes. Se isso ocorrer, testes laboratoriais
(como o PCR) serão úteis para tirar qualquer dúvida sobre outras possíveis mazelas.

Vale lembrar que os exames de rotina não costumam ajudar na investigação dessa
enfermidade, mas podem auxiliar na identificação de alterações em seu sistema imunológico,
assim como na busca por alternativas para evitar as recorrências da doença.

Cura:

Infelizmente, após a contaminação, a pessoa sempre será portadora da herpes genital. No


entanto, isso não quer dizer que os sintomas estarão sempre presentes em seu dia a dia.

Acontece que o vírus entra em um período chamado de latência, quando ele está inativo
ou “adormecido” — até que algum gatilho faça com que ele “acorde”. Nesses casos, há uma
recorrência da infecção, na qual os sintomas voltam a aparecer.

A herpes pode ser desencadeada por fatores como o estresse, presença de outras
doenças que debilitem o sistema imune e, até mesmo, o período menstrual.

Sífilis:
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria
Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis
primária, secundária, latente e terciária).

Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A


sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para
a criança durante a gestação ou parto.

A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também
pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e
parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental.

Sintomas: Na fase primária, entre 10 e 90 dias após o contágio, surgem feridas no pênis, vulva,
vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele. Essa ferida não causa dor, coceira,
ardência ou pus e pode estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. A ferida desaparece
sozinha, mesmo que não seja tratada

Na sífilis secundária, os sinais aparecem entre seis semanas e seis meses após o aparecimento
e cicatrização da ferida inicial. Podem surgir manchas pelo corpo, que geralmente não coçam,
incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Além das manchas, pode ocorrer febre, mal-estar,
dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas desaparecem em algumas semanas, mesmo
sem tratamento, trazendo falsa impressão de cura.

A sífilis terciária pode surgir entre um e 40 anos após o início da infecção e costuma apresentar
lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas.

Nos casos de sífilis latente, a doença é assintomática. Neste cenário, é definida como latente
recente (até um ano de infecção) ou latente tardia (mais de um ano de infecção). A duração
dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma
secundária ou terciária.

Prevenção: A principal forma de transmissão de sífilis é por meio de relações sexuais


desprotegidas. Para prevenção, é fundamental o uso de preservativo interno ou externo. Em
2022, o Brasil distribuiu 413 milhões de preservativos externos e 7,4 milhões de internos para os
26 estados e o Distrito Federal.

Diagnostico: O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo
prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a
necessidade de estrutura laboratorial. Esta é a principal forma de diagnóstico da sífilis.

O TR de sífilis é distribuído pelo Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites


Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS) como parte da
estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica da doença. Nos casos de TR positivos
(reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um
teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico.

Tratamento: O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser


aplicada na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.

Esta é, até o momento, a principal e mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da
doença.

Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível,
com a penicilina benzatina. Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical,
ou seja, de passar a doença para o bebê.

Gonorreia
A gonorreia é a segunda mais comum IST (infecção sexualmente transmissível) causada
por bactéria, conforme estima a Organização Pan-Americana da Saúde.

A gonorreia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Ela
acomete homens e mulheres.
Transmissão: A gonorreia é considerada uma IST, ou seja, uma infecção sexualmente
transmissível. Se uma pessoa estiver contaminada, ela pode passar a bactéria para outro
indivíduo durante uma relação sexual desprotegida (mesmo que não ocorra ejaculação).

A transmissão da gonorreia pode acontecer quando não se usa preservativo no sexo vaginal, oral
ou anal. Compartilhar vibradores ou outros itens sem que estejam lavados ou cobertos por uma
camisinha também aumenta o risco de contágio.

Outra forma de transmissão da doença é pelo parto normal. Se a gestante estiver com gonorreia,
ela pode contaminar o bebê. Em recém-nascidos, a bactéria pode causar infecção nos olhos, nas
articulações e no sangue.

Sintomas: Muitos homens com gonorreia são assintomáticos. Mas, quando há sintomas, os
pacientes podem apresentar:

 Secreção (geralmente branca, verde ou amarela e com pus) saindo pelo pênis;
 Dor nos testículos;
 Ardor ao urinar.

Na maioria das vezes, as mulheres são assintomáticas — daí a importância de ir ao ginecologista


com frequência, pelo menos uma vez ao ano. Porém, é possível que algumas pacientes tenham
sintomas como:

 Secreção vaginal incomum;


 Ardor ao urinar;
 Desconforto na região inferior do abdômen;
 Sangramento vaginal fora do período menstrual ou após alguma relação sexual.

Além de infectar a área genital (incluindo a uretra, o colo do útero, o útero e as trompas de
Falópio), a bactéria da gonorreia pode atingir a garganta e o reto, dependendo da situação.

A infecção retal pode gerar secreção, coceira e desconforto anal. Já a infecção da faringe pode
causar dor de garganta.

Diagnostico: A gonorreia é diagnosticada a partir da secreção colhida do pênis, da vagina ou do


colo do útero. Com a amostra, é feito um exame PCR para buscar o DNA da bactéria Neisseria
gonorrhoeae.

Existem outros exames que podem ser utilizados, como a microscopia, a cultura e a detecção de
antígeno.

Tratamento: A gonorreia é tratada com antibióticos, que costumam ser administrados em dose
única oralmente ou via injeção. É fundamental seguir as orientações médicas. Se não for tratada
adequadamente, a gonorreia pode resultar em outros problemas de saúde, sobretudo no caso
das mulheres.

Uma das complicações mais comuns é o surgimento da doença inflamatória pélvica (DIP). Essa é
uma condição grave capaz de levar à gravidez ectópica (fora do útero) ou à infertilidade.

A gonorreia não tratada também pode aumentar o risco de um homem ou uma mulher contrair ou
transmitir o vírus HIV, que causa AIDS.
E, embora seja raro, a gonorreia pode afetar o sangue e as articulações, configurando um quadro
potencialmente fatal.

PREVENÇÃO: A principal forma de prevenir a gonorreia consiste em utilizar camisinha masculina


ou feminina corretamente durante as relações sexuais — seja no sexo vaginal, oral ou anal.

cura: Sim, gonorreia tem cura. No entanto, um paciente pode ser curado uma vez e, no futuro,
adquirir novamente a doença.

Curar-se da gonorreia não elimina os riscos de ser infectado pela bactéria em outro momento.
Para evitar uma nova infecção, é preciso adotar cuidados ao ter relações sexuais, como utilizar
corretamente o preservativo.

Tricomoníase
Tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo protozoário
Trichomonas vaginalis, causando sintomas como corrimento amarelado ou esverdeado, dor e
ardor ao urinar e coceira na região genital. A transmissão da tricomoníase acontece
principalmente por meio da relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada.

No entanto, também é possível haver transmissão durante a gravidez ou o parto, isso porque o
parasita é capaz de migrar para o canal do parto e infectar o bebê,resultando na tricomoníase
infantil, em que podem haver sintomas respiratórios e conjuntivite.

Sintomas: Os principais sintomas de tricomoníase são:

 Dor e desconforto ao urinar;


 Corrimento esverdeado ou amarelado com cheiro forte, no caso das mulheres;
 Corrimento branco e fluido, no caso dos homens;
 Vermelhidão na região genital.

Nas mulheres, os sintomas costumam ser mais intensos durante e após o período menstrual
devido à alteração do pH da vagina.

Já em homens é comum que o parasita permaneça na uretra, podendo causar infecção mais
séria, podendo ser notado inchaço da próstata e inflamação do epidídimo. Confira outros
sintomas de tricomoníase no homem e na mulher.

Os sintomas de tricomoníase podem surgir 5 a 28 dias após o contato com o protozoário, no


entanto, em alguns casos, é possível que a infecção seja assintomática.

Prevenção: A tricomoníase pode ser prevenida através do uso de preservativo de barreira, como
a camisinha masculina ou feminina, em todas as relações sexuais, seja vaginal, anal ou oral.

DIAGNOSTICO: O diagnóstico da tricomoníase pode ser confirmado pelo ginecologista,


urologista ou clínico geral através do exame físico, avaliação dos sintomas e histórico de saúde e
sexual.

Além disso, pode ser recomendada a realização do exame de urina, bem como análise do
corrimento ou secreção vaginal ou peniana.
Dessa forma, por meio desses exames, é possível confirmar a tricomoníase e iniciar o tratamento
mais adequado com o objetivo de prevenir complicações.

Tratamento: O tratamento para tricomoníase deve ser feito com orientação do ginecologista,
urologista ou clínico geral e tem como objetivo aliviar os sintomas da infecção, eliminar o
protozoário e prevenir complicações.

Os remédios para tricomoníase que podem ser indicados pelo médico são:

 Metronidazol comprimido
 Metronidazol creme vaginal
 Tinidazol comprimido

Cura: A tricomoníase tem cura quando é feito o tratamento é feito pelo tempo indicado pelo
médico, mesmo que os sintomas melhorem rapidamente, pois só assim é possível garantir que o
protozoário foi eliminado e não há mais risco para a saúde e/ou de transmissão.

Quando a infecção não é tratada ou o tratamento não é realizado conforme orientação do médico,
há maior risco da pessoa adquirir outras infecções sexualmente transmissíveis devido à maior
fragilidade do sistema imune, como HIV, gonorreia, clamídia e vaginose bacteriana.

HIV
HIV é a sigla em inglês para “vírus da imunodeficiência humana”. Biologicamente, ele faz parte da
categoria dos retrovírus, sendo classificado em uma subfamília chamada Lentiviridae.

Vírus desse tipo contam com um período de incubação prolongado antes do surgimento dos
primeiros sintomas, podem infectar as células do sangue e do sistema nervoso, além de atacar o
sistema imunológico.

Segundo o Ministério da Saúde, entre as mais de um milhão de pessoas que convivem com o
vírus no Brasil, a maior parte dos casos atinge a faixa etária dos 25 a 39 anos.

Em 2022, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do


Ministério da Saúde, foram registrados mais de 16 mil casos da infecção.

SINTOMAS: O Ministério da Saúde explica que os sinais variam de acordo com a evolução do
quadro e os primeiros sintomas do HIV podem ser similares ao de um quadro gripal.

Segundo o órgão, existe um período assintomático, que pode durar anos. No entanto, os
possíveis sintomas da infecção incluem:

 febre;
 diarreia;
 mal-estar;
 emagrecimento;
 suores noturnos;
 enfraquecimento do sistema imunológico.
Como o vírus ataca as células de defesa do organismo, sem tratamento, a imunidade baixa e o
corpo fica mais suscetível a infecções e doenças chamadas de oportunistas, como tuberculose,
hepatites virais e pneumonia, conforme esclarece o Ministério.

TRANSMISSÃO: Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus pode ocorrer por vias
sexuais e contatos com fluidos corporais, em situações como:

 uso compartilhado de seringa;


 transfusão com sangue contaminado;
 sexo vaginal, anal ou oral sem preservativo;
 uso de instrumentos perfurocortantes não esterilizados.

Além disso, mães infectadas também podem transmitir o vírus durante a gravidez, o parto ou a
amamentação.

No entanto, o Ministério da Saúde esclarece que, com tratamento adequado no pré-natal, parto e
pós-parto, essas mães têm 99% de chances de evitar a transmissão para os filhos.

O Ministério também esclarece as situações em que não ocorre transmissão:

 lágrimas e suor;
 doação de sangue;
 sexo com preservativo e masturbação a dois;
 banheiro, piscina, assento de ônibus ou pelo ar;
 compartilhamento de itens de higiene, como sabonetes;
 beijo na boca ou no rosto, bem como apertos de mão e abraços;
 compartilhamento de objetos como talheres, copos, lençóis e toalhas.

“Uma correta compreensão sobre transmissibilidade/intransmissibilidade tem efeitos positivos


sobre o estigma e o autoestigma, direitos sexuais e reprodutivos, testagem, vinculação aos
serviços de saúde e adesão ao tratamento”, diz o Ministério.

DIAGNOSTICO: O diagnóstico de infecção pelo vírus causador da Aids é feito por meio de testes
rápidos, com coleta de sangue ou fluido oral. Esses testes são responsáveis por identificar
anticorpos contra o vírus. A infecção pode ser detectada em até 30 dias após a exposição a uma
situação de risco – como relações sexuais sem preservativo, por exemplo.

Esses testes estão disponíveis gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e também nos
CTAs (Centros de Testagem e Aconselhamento).

TRATAMENTO: O tratamento do vírus causador da Aids é realizado a partir do uso de


medicamentos antirretrovirais, que impedem justamente o processo de replicação viral no
organismo humano.

Ao bloquear a produção de novas cópias do vírus, os medicamentos agem na redução da carga


viral no sangue. O objetivo do tratamento é reduzir a carga viral a níveis indetectáveis pelos
exames clínicos, para evitar o enfraquecimento do sistema imune.

CURA: Não tem.

HPV
É um vírus cuja abreviatura significa papilomavírus humano. Existem diversos subtipos deste
vírus, que podem causar desde verrugas em pele e mucosas até lesões precursoras de câncer.
Os HPV são classificados em tipos de baixo e alto risco para câncer. Entre os de baixo risco, o 6
e o 11 são os mais frequentes e causam sobretudo verrugas no trato genital. Os tipos de HPV
com potencial capacidade de causar câncer de colo do útero são chamados de oncogênicos,
especialmente o HPV-16 e HPV-18, presentes em cerca de 70% dos cânceres cervicais.

O HPV é dividido em dois grupos principais:

Tipos de HPV de baixo risco – alguns tipos de HPV podem causar verrugas (papilomas) nos
genitais e no ânus de homens e mulheres. As mulheres também podem ter verrugas no colo do
útero e na vagina. Como esses tipos de HPV raramente causam câncer, eles são chamados de
vírus de “baixo risco”.

Tipos de HPV de alto risco – outros tipos de HPV são chamados de “alto risco” porque podem
causar câncer em homens e mulheres. Os médicos se preocupam mais com as mudanças
celulares e com os pré-cânceres relacionados a esses tipos, pois existe maior chance de
desenvolvimento de câncer ao longo do tempo. Os tipos comuns de HPV de alto risco incluem o
HPV 16 e 18.

A infecção pelo HPV é muito comum. Na maioria das pessoas, o corpo é capaz de eliminar a
infecção por conta própria. Mas, às vezes, a infecção não desaparece. Infecções crônicas ou de
longa duração, especialmente quando são causadas por certos tipos de HPV de alto risco, podem
causar câncer a longo prazo.

Sintomas: A maioria das pessoas contaminadas pelo HPV não apresenta sintomas. Geralmente
quando as mulheres apresentam sintomas são relacionados à presença de verrugas ou manchas
que podem aparecer nos genitais. É possível descobrir que a mulher está infectada pelo HPV
quando apresenta essas lesões, as quais são detectadas pelo exame clínico no ginecologista.
Pode-se também descobrir a infecção pelo vírus quando é colhido o Papanicolau, um dos exames
responsáveis por diagnosticar o HPV.

DIAGNOSTICO: O diagnóstico de HPV é clínico, podendo ser analisado visualmente pelo médico
responsável. Na mulher, são também realizados exames laboratoriais como Papanicolau,
colposcopia e, se necessário, biópsia. No homem, são realizados exames urológicos.

PREVENÇÃO: A melhor forma de prevenção é a vacinação, porém a vacina não é capaz de


conferir proteção contra todos os tipos de HPV. Outros cuidados essenciais incluem o uso do
preservativo e escolher bem os parceiros sexuais.

É importante dizer que o uso de preservativo previne cerca de 80% a transmissão do HPV.

TRATAMENTO: O tratamento depende do tipo de lesão. Veja os métodos disponíveis:

● Métodos químicos: substâncias químicas que são aplicadas nas lesões (verrugas e no pré-
câncer) e são responsáveis por destruir aos poucos essas feridas.

● Métodos físicos: esses métodos, como o bisturi elétrico e o laser, são utilizados para cauterizar
as lesões.

● Procedimentos cirúrgicos: em determinadas lesões é necessário realizar a remoção, para isso


são feitas cirurgias. Na maior parte das vezes, isso ocorre quando a ferida está presente no colo
do útero, cirurgia chamada de conização.
● Métodos imuno estimulantes: é utilizada uma substância chamada imiquimode, que o paciente
passa nas lesões e o produto ativa a imunidade para destruir as lesões.

CURA: De acordo com os estudos, o vírus não fica para sempre no organismo humano.
Normalmente, o tempo de permanência do vírus é de 1 ano e meio a 2 anos, fazendo com que a
própria imunidade seja capaz de destruir o vírus.

Já para as pessoas que possuem o sistema imune comprometido, o organismo não é capaz de
destruir o vírus e ele fica persistente. Toda vez que o vírus continua no tecido genital tem chance
de a lesão aparecer novamente.

Hepatite B e C

O que é hepatite?

A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios,
álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

Quais os vírus que podem causar hepatites?

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.

A hepatite A é uma doença aguda e em geral evolui para a cura. Já as hepatites B e C podem se
tornar doenças crônicas e evoluir para cirrose e até câncer de fígado.

Quais são os principais sintomas das Hepatites Virais B e C?

As Hepatites Virais B e C são doenças silenciosas e quase sempre não apresentam sintomas, por
isso acabam sendo descobertas quando a doença já está muito evoluída, com cirrose ou até com
câncer de fígado. Caso ocorram sintomas, esses incluem: falta de apetite, náuseas, vômitos,
diarreia, febre baixa, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, dores no corpo, evoluindo para icterícia
(amarelão) e dor abdominal.

Como ocorre a transmissão do vírus da Hepatite B e C?

As Hepatites B e C são transmitidas pelo contato com sangue contaminado presente em objetos
compartilhados, como: seringas e agulhas, lâminas e alicates. Além disso, a transmissão pode
ocorrer pelo uso de materiais não descartáveis ou inadequadamente esterilizados durante a
realização de procedimentos como a colocação de piercings, tatuagens, cirurgias e intervenções
odontológicas.

A Hepatite B é uma infecção sexualmente transmissível (IST) sendo transmitida pelo esperma e
secreção vaginal.

As Hepatites B e C também podem ser transmitidas da mãe portadora do vírus para o filho,
principalmente no momento do parto, o que chamamos de Transmissão Vertical.

As Hepatites Virais B e C são transmitidas através do compartilhamento de talheres e copos?

Não, as Hepatites Virais B e C não são transmitidas através do compartilhamento de talheres,


pratos, copos, nem através de aperto de mão, abraço ou beijo.
Como se prevenir para não ser contaminado pelos vírus das Hepatites Virais B e C?

Não compartilhar materiais que possam conter sangue contaminado, como escovas de dente,
aparelhos de barbear, lâminas, alicates, entre outros;

Utilizar material descartável ou esterilizado adequadamente na realização de tatuagens ou


colocação de “piercings”.

Usar preservativo masculino ou feminino durante as relações sexuais.

Realizar o esquema completo de vacinação para Hepatite B, com três doses e em intervalos
adequados.

Qualquer pessoa pode ser vacinada contra a Hepatite B?

Sim, a vacina contra Hepatite B está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS)
para as pessoas de todas as idades.

Quantas doses de vacina contra a hepatite B são necessárias?

São três doses de vacina e é importante que as pessoas façam o esquema completo para
assegurar a imunidade.

O esquema para crianças pequenas inclui uma dose ao nascer, aplicada na maternidade e mais
três doses no primeiro ano de vida.

Posso me vacinar também contra Hepatite C?

Não existe vacina contra o vírus da Hepatite C.

Como saber se eu sou portador das Hepatites Virais B e C?

As Hepatites Virais B e C são diagnosticadas através de exames específicos. Esses exames


podem ser realizados em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos Centros de
Testagem e Aconselhamento (CTA) sem custo algum.

A aplicação de tatuagens e “piercings” podem oferecer riscos tanto para a saúde do


profissional/artista quanto do "cliente" e provocar doenças. Quais são essas doenças?

Para Hepatite C, atualmente existe um tratamento com medicamentos de uso oral atingindo a
cura se seguido corretamente.

Para Hepatite B, há tratamento que reduz a carga viral, ou seja, reduz a quantidade de vírus
circulante, mas até o momento não há cura, por isso é importante que as pessoas sejam
vacinadas contra a hepatite B.

Onde são realizados os testes rápidos para as hepatites B e C?

Testes Rápidos também estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Serviços
de Atendimento Especializados (SAE) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
IMPORTANCIA DO USO DE PRESERVATIVO

O preservativo, ou camisinha, como é popularmente conhecido, é a forma mais eficaz e acessível


de prevenção de IST (Infecção Sexualmente Transmissível). Adicionalmente, seu uso também
ajuda a evitar a gravidez.

De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um milhão de


novos casos de transmissão de ISTs acontecem por dia no mundo, entre pessoas de 15 a 49
anos. Isso representa mais de 376 milhões de novos casos por ano de quatro doenças: a
clamídia, gonorréia, tricomoníase e sífilis.

A principal importância do uso de preservativos é a proteção contra infecções sexualmente


transmissíveis, ou a prevenção das ISTs, além de ajudar a evitar uma gravidez indesejada.

Dessa forma, seja a camisinha para homem ou mulher, trata-se de um método contraceptivo
eficaz, se utilizada da maneira correta.

O preservativo protege as pessoas contra as ISTs, que são provocadas por vírus, bactérias ou
outros microrganismos. A transmissão acontece, principalmente, durante o contato sexual, seja
oral, vaginal ou anal, sem a proteção da camisinha masculina ou camisinha feminina.

Camisinha Masculina> O preservativo masculino, ou camisinha, é feito de látex e deve ser


colocado no pênis, quando ele estiver ereto. É importante abrir a embalagem da camisinha com
cuidado para não danificá-la.

No momento em que for colocá-la, é fundamental apertar a ponta dela para retirar o ar e deixar
um espaço para que não se rompa após a ejaculação. Em seguida, desenrole até que o pênis
esteja coberto.

Ao final, ela deve ser retirada com o pênis ainda ereto e fechada com nó. Depois, deve ser jogada
no lixo.

Camisinha Feminina>A camisinha feminina é feita com poliuretano, sendo mais fino que o látex.
Ao contrário da masculina, a feminina pode ser colocada até 8 horas antes da relação sexual.
Para colocá-la, é necessário segurá-la com o anel externo para baixo, de modo que o anel interno
seja introduzido na vagina. Será necessário empurrá-la para ficar bem no fundo da vagina a fim
de “tampar” o colo do útero. O anel externo precisa ficar cerca de 3 cm para fora da vagina. Ao
final da relação, a camisinha pode ser retirada pelo anel externo com delicadeza, bastando fechá-
la e jogá-la no lixo.
Testes de ISTs

Quando é feito o teste?

A investigação de uma suspeita de IST inicia-se por meio da anamnese, da descoberta das
diferentes vulnerabilidades e do exame físico do paciente. Se houver alguma suspeita de feridas
na região genital, ínguas na virilha, dor pélvica ou corrimento) ou relação sexual desprotegida,
busque auxílio em um posto de saúde mais próximo.

O profissional da saúde é responsável por fazer o exame físico e, quando recomendado, a coleta
de material biológico para aplicação de testes laboratoriais ou rápidos. É fundamental deixar claro
que, mesmo quando não há sinais e sintomas, as IST podem ser diagnosticadas e até
transmitidas pelo indivíduo.

 HIV: o teste deve ser feito principalmente se você teve alguma relação sexual
desprotegida. O autoteste também está disponível nas farmácias. Trata-se de um
procedimento no qual o indivíduo coleta a sua própria amostra (fluido oral ou sangue) em
sua residência. Depois, o teste interpreta o resultado de forma autônoma;

 Sífilis: o exame deve ser aplicado de forma regular, especialmente, se você fez sexo sem
proteção;

 Gonorreia: gestantes ou mulheres que desejam engravidar, além de indivíduos que têm
vida sexual ativa;

 HPV: mulheres com idade entre 30 – 65 anos – grupo de risco;

 Hepatite B e C: o exame é indicado quando a pessoa praticou sexo desprotegido ou


compartilhos alguns materias com outros indivíduos, como: seringas, agulhas, lâminas de
barbear, alicates de unha, além de itens que furam ou cortam.

TESTES RÁPIDOS

Uma das principais vantagens dos testes rápidos é que a leitura e interpretação dos resultados
são finalizadas em, no máximo, 30 minutos. Podem ser executadas com o auxílio de amostras de
sangue total. A coleta é feita por punção digital ou punção venosa. As amostras de soro, plasma e
fluido oral também são bem-vindas.

Se houver TR (testes rápidos) positivos (reagentes), uma amostra de sangue é coletada e


conduzida para aplicação de um teste laboratorial. Isso é importante para confirmar o diagnóstico.

Para as gestantes, devido às chances de transmissão ao feto, o tratamento deve iniciar


imediatamente, sem ser necessário esperar o resultado do segundo teste.

GESTANTES

Os testes de HIV, de sífilis e da hepatite B devem ser feitos pelas gestantes e seus parceiros
sexuais ainda no pré-natal. Isso porque, todas essas patologias podem ser transmitidas para o
bebê. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor serão os resultados dos procedimentos de
prevenção da transmissão vertical
EXAMES PARA ISTs:

 AIDS: exame de sangue (sorologia) e o teste rápido (que coleta saliva ou uma gota de
sangue do dedo);

 Herpes genital: exames de sangue (sorologia);

 Hepatite B: exames de sangue (sorologia) e o teste rápido;

 HPV: exame clínico dermatológico, ginecológico ou urológico;

 Gonorreia: análise do corrimento – o profissional da saúde coleta esse material na uretra


do homem, enquanto nas mulheres o processo é feito no colo do útero;

 Sífilis: o diagnóstico pode ser feito por meio de dados clínicos ou coleta de material da
úlcera (lesão aberta). O médico também pode solicitar exame de sangue (sorologia não
treponêmica e treponêmica): VDRL (ou RPR) e FTA-ABS (ou TPHA).

COMO BUSCAR AJUDA MÉDICA?

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST
no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o
serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando
indicado, avisar a parceria sexual.

Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas,
podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte.

Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma
pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou
feminina.

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