O Galhofeiro
O Galhofeiro
O Galhofeiro
e d ito ra
©g J & Ü S i l P
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- LIVRARIA QUARESMA - E ditora .
BONS LIVROS
Y E N S A M E N T O S dos grandes vultos da Litteratura Universal sobre
O amor — O casamento — A paixão — A amisade — A affeiçfio — A
belleza— O ciume — O odio, etc., etc. Um grosso volume bem im
presso em Paris, com linda capa em chromo-lithographia . 2S000
DICCIÒ NARIO DAS F L O R E S , folhas e fructos, ^ontendo o significado
de todas as flores, folhas e fructos, emblemas das cores,, arte de fazer
signaes por meio do leque e da bengala, etc., etc. Um grosso e ele
gante volume impresso em Paris, com esplendida capa, verdadeiro
primor de elegancia. . . . . . . . . 2$ooo
M ANUAL DO NAMORADO, contendo a maneira de agradar ás moças,
fazer declarações de amor, vestir com elegancia, estar á mesa, em
hailes, em passeios, etc., etc. Seguido de cem cartas de namoro, no
víssimas e elegantemente escriptas em estylo elevado, por Don Juan
de Botafogo. Um grosso volume ricamente impresso e bem encader
nado com finissimo chromo-lithogr&phia, trabalho executado em Raris
e proprio para presentear as namoradas. . . . . 3Ê000
S E C R E T A R IO PO ÉTIC O , collecção de poesias de bom gosto, próprias
para serem enviadas por escripto e recitadas em dias de anniversarios
natalicios, baptisados, casamentos, parabéns, etc., pedidos de casa*
mento e 7a ri os outros, declarações amorosas, etc., etc., por Horário
Brazileiro. Um grosso volume. . . . . . 2$ooo
ORADOR DO POVO, ou collecção de discursos familiares e populares
para baptisados, casamentos, anniversarios natalicios, exames e festr.s
collegiaes, felicitações, recepções, manifestações, enterros, etc., etc.
todos modernissimos e escriptos em linguagem fluente e estylo ele
vado pelo Dr. Annibal Demosthenes, o principe da eloquencia. Um
grosso volume encadernado . . . . . . . 2S000
TRO VAD O R MARÍTIMO", ou lyra do marinheiro, contendo innumeras
modinhas e canções marítimas, fadinhos, etc., etc., colleccionadas por
João Embarcadiço. U m growo volume ricamente impresso em Paris
com linda capa eni chromo-lithographia. . . . 2$doo
YH Y SIO LO GIA DAS P A IX Õ E S e sentimentos moraes do homem e da
mulher, pelo sabio./. L . A libert. Contem este grandioso trabalho, des-
envolvidamente todas as paixões humanas, taes como: Egoismo, Ava
reza, Ambição, Orgulho, Justiça, Benevolencia, Odio, Vingança, In
veja, Adulaç&o, Baixeza, Amor filial, paternal e maternal, Espirito de
imitação, etc. Um grosso volume de 300 paginas encadernado 28000
O \ H YSIO N D M ISTA ou arte de conhecer o caracter, o genio as incli
nações, as qualidades e os sentimentos moraes das mulheres peja
physionomia, segundo Lavater e Gall. Um grosso volume com grando
numero de retratos de todos os typos de mulheres. . 3Í000
L I V R A R I A Q U A R E S M A — R U A D E S. J O S E * Ns. 71 e 73
— L -
* *
*
" í{c >;<
0 G A LH O FEIR O
•:* •>
No tribunal:
J u i z ' — P ara que traz o réo esse páo?
Réo — Por ordem de Y E x .
Ju iz — Como assim ?
Réo — Pois não disse V . E x . que viesse
munido da minha defesa? Eu nunca tive outra.
12 ARSENAL DE GARGALHADAS
Batem á p o r t a .
O criado abre.
— Que pretende?
— F a la r á senhora.
E s tá recolhida. Si quizer, deixe ficar a
c o n ta .
— E u não trago conta a lgu m a .
— A h ! n ão?. . . E n tão enganou-se 11a porta.
« i|í >jí
— E ’ cégo? ■
— Sim, senhor.
-—-D e nascimento?
— X ã o senhor, do M aranh ão.
* * *
O juiz de p a z .
M A R T Y R E S DO M U N D O
X u m •exame de historia :
— Diga-me algum a cousa sobre a vida do
grande V asco da G am a.
O exam inando:
— X ã o está nos meus hábitos intrometter-
me com a vida alheia.
* * *
J
'* * *
— Decididamente, o filho de V . S . é de
condueta exem plar! Que idade tem elle?
— Vae fazer dois mezes na próxim a semana,
>{c >{í
*.
E m um café falava-se das emoções produzi
das pela pintura:
— Eu. disse um, recor/lo-me de um quadro
que me fez chorar am argam ente.
— A lgu m assumpto pathetico?
— X ã o senhor; era uma m agnifica paisa
gem do R o v le y M endes; mas quando estava a
olhar para ella, cahiu-me em cijma da cabeça. . .
* * *
No tribunal Correcional.
•
O presidente para uma testemunha:
— L evan te-se. Como se cham a?
A testemunha —7 Chamo-me Jayriie ou Ma
noel, mas não estou bem certo.
%
O GALHOFEIRO 27
Na policia:
O delegado ao accusado:
— E ' verdade que roubou um melão?
— A h ! meu caro senhor delegado, fui bem
castigado, pois que o maldito não prestava para
nada. . . e pilhei uma indigestão!
— Fo i a justiça divina que antecipou a dos
homens.
>O accusado :
— J á é azar! — Palm ei mais de 50. que eram
bons. . . e não fui filado. . . E ago ra por um, que
não presta, pregam commigo na c a d ê a !
N egociante quebrado.
Mulher preguiçosa.
Lou ça rachada.
Cadeira sem pé.
C avallo sem m archa.
Tinteiro sem tinta.
Charuto sem fo go .
Camisa sem casas.
* * *
E n tre duas a m ig a s:
I
— Porque brigas diariamente com o teu
marido? A s opiniões são differentes?
— N ã o . B rig a m o s muito porque temos opi
niões iguaes. Elle quer mandar em casa, e eu
também.
% ífc ^
* * y
Num barbeiro:
— V ou fazer-lhe a barba com uma navalha
histórica: era a do barbeiro de D . Jo ão V I .
D'ahi a pouco o fireguez estava com os olhos
cheios de la g r im a s .
— Porque está chorando? — pergunta-lhe
F ig a r o .
— Chóro, ao lembrar-me do que não deveria
ter soffrido o pobre m onarcha.
jjí 5{í
Num hotel:
— Foi o senhoir que pediu que o accordasse-
mos a tempo de tomar o comboio das 4 ?
— Sim senhor, eui mesmo.
— Muito bem : póde continuar a dormir, por
que o comboio! . . já partiu ha meia hora.
* * *
— Oh que h ôrrifel n e v r a lg ia !
— M as de onde te veio isso."
— Sei lá ! O diccionario diz que vem do g re
go, mas eu não creio: soffro immenso e nunca es
tive na G r e c ia ,
O GALHOFEIRO
'fc H1
Geographia m od ern a :
— Que é zona tórrida?
— U m a bella rapariga de 18 a 20 annos.
— E a zona temperada ?
— O am or dos 30 aos 40 annos.
—- E a zona glacial ?
— O amor de dois velhos. *
— Ouantos são os pontos çardeaes?
ARSENAL DE GARGALHADAS
* * *
\
No tribunal:
— Como se chama?
— Jo sé A ntu nes.
r— Seu estado?
— C asad o.
— Com quem?-
— Com uma mulher.
— Pü d éra!
— Piudéra, não, S r . Juiz, porque tenho uma
irmã que é casada com um homem.
* * *
E m um hospital m ilitar:
U m a irmã de caridade, de uma belleza in-
comparavel, vela perto de um officiaL doente.
— Me-ul D eu s! meu D eus! murmura o en-
ferm o.
— Que quer de Deus, meu am igo? F ale que
sou filha delle.
Q ueria. . . queria ser seu genro.
* * *
U m borracho philosophando:
— E ’ preciso acostum ar o corpo ás contra
riedades. Si pede agua, dá-se-lhe vinho!
— E si pede vinho? — perguntou-lhe alguem.
— H o m em ! T am bem lá uma vez se lhe ha
de fazer a vontade.
* * *
* * * /■
* * *
T T • • •
Um sujeito casado, mas muito mentiroso,
já não sabe o que ha de inventar para illudir a
mulher a respeito das suas continuas sahidas de
casa- . '■ ; í,
U m dia lembrou-se de dizer que ia á ca
ça. . . mas logo, por infelicidade, esqueceu-se de
levar a espingarda. A o voltar compra duas per
dizes mortas, e quando entra em caka dá-as á
mulher, com ar triumphante.
— E n tã o como é isso? Pois si tu esqueceste a
espingarda! Como mataste as perdizes?
— D eixa-m e cá filha, tens razão, tens! Bem
me parecia a mim, a cada tiro que dava, que me
faltava algum a cousa: era a espingarda!
O GALHO FEIRO
* * *
* * *.
* * * 1
* * *
i
O GALHOFEI RO 57
* * *
/
64 ARSENAL DE GARGALHADAS
N a estrada de ferro :
* * *
/
Num a hospedaria da roça.
* t- *
À
* * *
* * *
* 'K 'K
A ó jantar:
^ ^ H*
Scena de h o te l:
O freguez. ao partir um ovo quente, conhece
que já está um pouco passado.
O G ALHOFEI RO
* * i
Certo medico, que contava os seus setenta
janeiros, residindo na provincja, não sabia, pa
ra distancia superior a um kilometro, sem ir a
cavallo e fazer-se acom panhar de um criado tam
bém montado.
R azões que não vêm para aqui, lèvaram -n’o
a despedir o.antigo criado.
Tom ou outro, rapaz novo, analphabeto, bo
cal, vindo lá da terrinha. . .
No primeiro dia, entreteve-se o c r ia d o a ver
o movimento, os costuimes da casa, e tc , '
A ’ noite ordena-lhe o medico: “ A m anhã,
cedo, apparelha o cavallo e o burro; vamos fo ra ."
O lorpa não entendeu e pediu explicações á
creada. mulher de idade e com uns 15 annos de
bons serviços na c a s a .
E sta esclareceu-lhe o que o amo dissera: e
até, de manhit, o foi ensinar a apparelhar as ca
va lgaduras .
O esculapio quando viu serem horas, desceu
ao pateo, achou as cousas em ordem, põe-se a ca
vallo e diz para 0 creado:
“ Monta esse animal, e se g u e - m e ."
O criado atira-se para cima da albarda, e
70 ARSENAL DE GARGALHADAS
■ xf - <- ’’ ■
C GA LH OF E I RO
O G A LL O E A R A PO SA
^ ^
— E u sou um doutor.
— O que vem a ser um doutor?
— E ’ um homem que sabe tudo.
— Pois então deve tajmbem saber abrir a por
teira. disse o matuto, voltando-lhe as' costas.
*
>!<
* í!< *
* * *
\
Ho ARSENAL DE GARGALHADAS
^
Nuana sala:
* * *
Si o padre-santo tivesse
U m pé tão longo e tão máo,
Pudera, mesmo de Roma,
D ar beija-pé em M acau.
* * *
™ Como é b e lla !. . .
Vira-se a dama. e vendo-o feissimo, responde:
— Sinto muito não lhe poder dizer*o mesmo.
— E ’ mentir como eu, minha senhora, lhe
replica o outro.
3}í %
0
* * *
9
90 ARSENAL DE GARGALHADAS
íjí-
^ ^ ^
* * *
•
F u g iu do incêndio de T ro y a ,
L á desse incêndio voraz,
Enéas com o pai ás costas,
E o 'm o ço c o ’aquillo a trá s.
— S e n h o r , perderei o olho.
; — Não meu amigo, disse o cirurgião, que cá
o tenho na m ão.
* *
i
U m sujeito que estava com a casa cheia de
visitas, ou palradores, querendo á noite dar seu
passeio, e não o podendo fazer por causa dos im
portunos, lembrou-se de um expediente, dizendo:
— Ora estou com o moleque atacado de be
x ig a s bravas.
— D e v e r a s ! exclam aram os hospedes, to
mando os chapéos; adeus, boa noite, até amanhã.
— A rre diabo! — disse em voz baixa o dono
da casà vendo todos sahirem, só assim poderia
ver-me livre destes m assadores.
* * *
* * / jK
* * *
* * *
* * * 0
/
O G A L H O F E IR O
* * *
* * * ^
5ÍC 3fc
* * *
«
v
U m viajante pediu em uma estalagem que
lhe servissem algum a coisa de comer, e responde
ram-lhe que não havia senão ovos cozidos .
— J á não tem daquella exquisita carne sal
gada que me apresentou a ultima vez que estive
aqui? — perguntou o viajante.
U m criado da estalagem respondeu immedia-
ta mente:
A h ! senhor, a carne de que fala, sahe-nos
muito cara; que seria de nós si todos os dias no?
morresse um burro!
* * *
* %*
, ' I
P ergu n taram um dia a Themistocles a quem
concederia da melhor boa vontade a -mão da filha :
si a um homem honrado e pobre, si a rico tolo. ou
de má réputaçãò?
E lle respondeu:
— A ntes quero um homem sem dinheiro do
que dinheiro sem homem.
* * *
* * *
No commissariado de policia:
— O lá! este anno já é a terceira vez que o
prendem. Que o traz cá?
— O sr. commissario bem sabe. Quem me
traz cá são os .policias!. . .
O G A L H O F E IR O 113
>{c >Jí
* * *
i
* *
• V
Confissão de Simplicio:
* * *
* * -f
* * sje ■
* * *
* * *
✓
Conta um jornal que uma bonita mulher
hespanhola recebeu em um dos dias de rigoroso
inverno, a seguinte carta:
“ Form osíssim a vizinha. — Não tenho em
casa, nem chaminé nem brazeiro. Si a vizinha
não quer que eu morra gelado, appareça um bo
cadinho á jan ella. E stá úm frio diabolico. e não
122 ARSENAL DE GARGALHADAS
* * *
•
* *
O freguez:
— Homem, você nem ao m enos leu ainda os
livros sagrad os? Pois nunca ouviu dizer que, ao
som da trombeta, se reunirá a carne aos ossos?
* * *
* * *
q *
U m credor entra em casa de um dos seus de
vedores mais caloteiros, 110 momento em que elle,
ao jantar, ia trinchar twn enorme peru’ .
— Meu caro senhor, vinha vêr si afinal se
resolvia pagar-m e o que me deve.
— O xalá eu o pudesse fazer, meu caro am i
go mas é-me completamente im possível: esti/;
arruinado, não tenho nem um real de meu.
O G A L H O F E IR O
* * *
—* * *
N o re s ta u ra n t:
— Que fim levou o coelho que sempre brin
cava alli na área? — pergunta um freguez ao pa
trão da c a s a .
1^7
* * *
* * *
* * *
Entre caçadores.
■ « ísií^
Depois de uma prolongada palestra, em que
se ouviram as mais descommunaes patranhas,
um delles disse que vira uma vez unia lebre que
galgo algum poderia caçar, pois que, além das
patas ordinarias, possuía outras quatro sobre o
lombo, de modo que, quando estava cançada
dum lado, virava-se do outro.
j — D essas tenho eu morto muitas, acudiu
lo>go um hespanhol, que estava presente.
P- — C om o ?! interrogaram os circumstantes,
adm irados.
— Muito faciknente. A tando os meus dois
galgos pelo lombo ; emquanto um corre, descança
o outro que vai ás costas do primeiro.
* * $
— S e ja . J á podemos principiar.
t'1 " — Ainda não. A g o ra é necessário que V o s
sa Alteza tire as botas, as meias, a c a m i s a . . .
§■£■ — Basta, basta, disse o principe, renuncio
a eífectunr a a p o s ta : aqui estão as duas mil libras.
* * *
* * *
i
* * *
Q U E D O I S . ..
r
U m homem abastado, m orador em certa vil-
la, matou um porco, que tinha creado, e foi fóra
de tempo por lhe ver principio de papeira : porem
como nesta vilía era uso que todas as pessoas,
que matam porcos, mandem aos seus visinhos
O G A L H O F E IR O 137
sfc H
* H
*
/
O G A L H O F E IR O 139
— Conhece o D r. E lia s?
Perfeitam ente.
O G A LH O FEI RO i 4t
K __ _ -rv^---------------- ----------------------------- *---- - ---------- «*---
N u m a sala:
Fala-se de orçamento. U m i economista faz
uma cotrferencia que não acaba nunca.
— Que vem a. ser a divida fluctuante? per
gunta uma senhora.
O rçonomista zangado por ser interrom
pido, responde:
— A divida fluctuante, minha senhora, o
seu nome assás o indica: é o orçamento
da m a rin h a .
% ífc % ^
Dous m arselhezes:
A C A V E I R A DO D IA B O
— E u . . . a c h e i . . . sim, senhor.
— E não a restituiste?
— Não senhor.
— E r a objecto de valor?
— E r a . . . era. . . M as eu não d i g o ! . . .
— O que?. . . dize*
— Não digo, não senhor.
— Has-de dizer; na confissão nada se oc-
culta ; que era ?
— Ora, o sr. padre vai dizel-o !
— Não digo, não. O que aqui se conta, só
Deus é que o fica sabendo. O que f o i . . . dize,
avia-te.
— E stá a porta tanto p o v o ... podem o u v i r !...
Levantou-se o bom do padre; e chegando á
porta, ordena que todos se afastem para que o
penitente não tenha medo de que o ouçam ouvi
dos* indiscretos.
V oltando para a cadeira, tornou o padre a
p e rg u n ta r;
— Que foi ? dize. . .
— A i ! . . . sr. p a d r e ! . . . e u . . . sempre lh'o
digo; o sr. padre não o vai d iz e r ? !... Achei no
logar da horta do tio Simão um ninho de pinta-
silgos com cinco p assa rin h o s; mas, pelo amor de
sr. padre, não diga nada a ninguém,'sináo
outros rapazes vão lá c furtam -m ’©.
ARSENAL DE GARGALHADAS
* * *
S E G R E D O EM BOCA D E M U L H E R ...
* * *
N a delegacia:
i ^
; — Onde mora você?
— Moro com meu irm ão.
— Onde morá seu irmão?
— M ora coimmigò.
— E onde moram os dois, com os diabos?
— M oram os juntos.
JS6 ARSENAL DE GARGALH ADAS
* t- *
E ntre a m ig o s :
* %
* * *
No juiz de paz:
— E ’ viuvo?
— Sim, senhor, e venho aqui porque desejo
casar segunda vez.
O juiz de paz, unais amedrontado que irri
tado :
— Prendam -n’o! E s tá doido!
* * *
— O senhor é astronom o?
— Não, senhor; sou pertuguez.
* * *
U m padre no púlpito:
I — Meus filh o s . . .
U m bebedo adm irado:
p — O lá! então você sempre os tem?
í|c í|í ;}c
A arte. é occultar a a r t e .
* $ *
Quem mais sabe, mais aprende.
* * *
Quem tem arte, em todo lugar tem parte.
* %*
E stan darte velho, honra o capitão.
* * *
Segundo o fructo julga-se a arvore.
, ** *
U M A M IN A D E S A L
* * *
U M C A S A M E N T O E N T R E P R IM O S
/
*i88 ARSENAL DE GARGALHADAS
O R IC O E O P O B R E
sj; ;Jí
sjí sjc
HOROSCOPOS
SIGNOS E SINAS
ZO D ÍA C O
13
O G A L H O F E IR O 195
H O R O SC O P O D E J A N E I R O
Característicos
«35.
»
106 ARSENAL DE GARGALHADAS
Conselhos
Os meninos
H O R O SC O P O D E F E V E R E I R O
Característicos
Conselhos
Os meninos
H O R O SC O P O D E M A R Ç O
Característicos
Conselhos
H O R O SC O P O D E A B R I L
Característicos
Conselhos
Os meninos
H O R O SC O P O D E M A IO
f
Para pessoas nascidas entre 22 de Abril
e 21 de Maio
Característicos
Conselhos
H O R O SC O P O D E JU N H O
Característicos
Conselhos
Os meninos
H O R O SC O P O D E JU L H O *
4
Para pessoas nascidas entre 21 de Junho e
20 de Julho
Característicos
Conselhos
Os meninos
H O R O SC O P O D E A G O S T O
Característicos
Conselhos
Os meninos
H O R O SC O P O D E S E T E M B R O
Característicos
(
22» A R S E N A L DE G A R G A L H A D A S
230 A R S E N A L DE G A R G A LH A D A S
Conselhos
Os meninos
H O R Ó SC O P O D E O U T U B R O
Característicos
/
Os nascidos duraftute esta epocha do anno são
ambiciosos, generosos e frequentemente são do
tados de uma intelligemcia superior. Não perdem
facilmente as esperanças em obter o que aspira
ram; são enthusiastas e os obstáculos, contra
tempos e as cahidas, parecem incutir-lhes novas
energias para a lucta.
São descuidados em matéria de dinheiro c,
si bem que honrados por natureza, retardam fre
quentemente o pagamento de suas dividas- e a
miudo esquecem as que contrahiram, isso porque
não apreciam o valor do dinheiro-.
São bondosos e amaveis e aborrecem a cruel
dade, qualquer que ella seja ; são escrupulosa
2 J2 A R S E N A L DE G A R G A LH A D A S
Conselhos
Os Meninos 1
Os meninos nascidos durante este periodo, j
são geralmerlte de caracter exaltado e coléricos; ]
têm grande habilidade para-a mechanica;' são <le j
íacil com(prehensão e bons juizes do caracter hu- 1
mano. Deve-se dizer-lhes sempre a verdade e 1
nunca se deve castigal-os sem razão. Quando 1
se enraivecerem não se deve ralhar até que te- 1
nharp voltado ao estado normal e quando es- *
tiverem calmos, proceda-se então a raciocinar so- 9
bre o caso. Estas criançàs necessitam ser educa- 1
das muito cuidadosamente, afim de tornarem-se I
uteis a si mesmas, á sua familia, aos seus sem e-1
lhantes e á patria. ,
O G A LH O F E IR O 235
H O R O SC O P O D E N O V E M B R O
'
Para pessoas nascidas entre 22 de Outubro
fe 21 de Novembro
Característicos
v Conselhos
H O R O SC O P O D E D ^ E M B R O
Característicos
J
^ ,
Conselhos
*
Aos que nasceram durante esta epocha do
anno se lhes aconselha aprender a conhecer os
seus defeitos e o modo de corrigil-os e ao mesmo
tempo aproveitar suas faculdades m&turaes; de
vem ser liberaes em suas apreciações e respeitar
as idéas alheias; devem, em todas as occasiões,
tratar de dom inar'a sua rudeza, ser commedi-
dos nas palavras e aprender que o caminho mais
curto, para a senda da felicidade, é aquelle que o
homem percorre, com o conhecimento de suas
faculdades, o proposito posto em pratica de corri
gir os seus defeitos, a confiança em si mesmos e a
resolução e perseverança, em terminar o que foi
proposto, alcançando assim a realisação de seus
ideaes. 1
Os Meninos
* * *
M ODO D E A C H A R -S E O D IA D A S E M A N A
Jjí >]í
• i 1 * * *
* * *
E m um exame de doutrina:
— Quantos sacramentos ha?
— A g o r a . . . nenhum .
— N e n h u m ? !...
— Nenhum, porque hontem morreu lá um
visinho, e o papá disse que elle tinha tomado o
ultimo sacramento.
í}i y
O domicilio, senhores,
Da morte qualquer explica:
— Nos tinteiros dos doutores, _
— Nas garrafas da botica.
* * *
— Eu ?
—- S im .
— One é que tenho?
— Então você 'não disse que tinha uma lin-
gua secca?
Tinha aiinida ha pouco, mas agora já está
m olhada.
* * *
:Jc s{í *
Barbeiro demorador,
Não me pilhas outra v e z !
Mal haja o pai que te fez!
Devera ser m alfeitor!
♦
0 G A LH O F E IR O 257
Um transeunte a um mendigo:
— Faltam-lhe os dois braços, heim, meu
a m ig o ? ...
— E ' verdade, senhor! •
— E é isso que o obriga a estender a mão á
caridade publica?
* * *
Entre americanos:
— Eu sou da Califórnia; é uma terra tão
productiva que uima vez um homem perdeu num
sitio uma caixa de phosphoros de páo, e mo dia
seguinte encontroít nesse sitio uma verdadeira
floresta de postes telegraphicos.
— Isso não é nada, comparado com Illinois,
donde eu sou. Um primo meu que vive lá, per
deu uma vez o botão de sua jaqueta, e/no dia se
guinte encontrou um fato completo pendurado
níuma arvore, ao pé do sitio onde se perdera o
botão.
* * *
0
A s economias de D . Nicota:
— Ganhei 400$ hoje, disse a mulher para o
m arido.
— Ora essa ! Como?
— T u déste 300$ pelo piano velho, não é ver
dade? Pois eu vendi-o por 7oo$ooo!
266 A R S E N A L D E G A R G A LH A D A S
Em Nova Y o r k :
Entra num escriptorio de jornal um assi-
gnante, furioso.
—- Por que é que os senhores escrevem a
meu respeito um necrologio como si eu tivesse
morrido? Não estou morto, graças a Deus!
— Pois olhe, parecia! Escrevi-lhe umas pou
cas de cartas, para que viesse i*agar a sua assi-
gnatura. Não veiu; imaginei que tivesse mor
rido. Pague a sua assignatura, e desmentiremos
a noticia de graça. Mas, si não pagar continua
remos a consideral-o morto.
* * *
Entre homens experientes:
«
— Meu caro amigo, venho trazer-lhe os dez
mil réis que me emprestou.
— Então Y . está se preparando para pedir-
me cincoenta?
* * *
Dois hespanhóes falam na habilidade que
têm certos sujeitos para imitar as vozes dos ani-
maes.
— Eu já vi uma coisa extraordinária. . ^ T e
nho um amigo que, quando imita o canto do
g a l l o . ..
— Que succede?
— Nasce immediatamente o s o l!
O G A LH O F EIR O 269
* * *
* * *
Eíiitre caçadores:
— U m a vez matei tres lebres com utma bala.
— Isso não pode s e r !
— Pois foi o que aconteceu. A primeira le
bre matei-a com um tiro na cabeça a segunda
O G A LH O F EIR O
O papá ao bébé:
— Diz-me, Carinhoso, de quem gostas tu
mais, do avôsinho, ou da avósinha?
— A gora (não posso responder.
— Então quando ?
— Depois de passarem os meus annos.
* * #
Um pobre diabo apiesenta-se em um estabe
lecimento de banhos, pedindo que lhe dêin qual
quer occupação.
— Você é prático nesta questão de aguas?
perguntaram-lhe.
— Creio que sim . Fui taverneiro muito
tenq,
* s(s
No mercado :
Passa o X . com sua mulher.
— O’ patrão ccmpra-me estas gralhas?
— Deus me liv re ! J á tenho duas em casa.
A mulher:
—- Para que és mentiroso? Que gralhas te
mos nós em casa ?
— E ’ b o a ! tu e tua m ãe.
* * *
FalaVa-se das pessoas que chegam a uma
idadê avançadissima, de 90 annos pelo menos.
O Bermudes que estava presente, exclam ou:
— Essas idades só attingiram as pessoas -que
nasceram antigamente: vejam lá si alguma das
que nasceram nestes últimos annos já conseguiu
chegar a essa idade!
* 4c *
E u pergunto á natureza,
Segundo em seus filhos vejo,
Porque f.ez o goso anão
E fez gigatate o desejo?
* * *
E m uma escola agricola.
O professor — Qual a maneira de conservar
.fresca a carne do carneiro?
O estudante — E ’ não matar o carneiro.
* * *
— Isto meu amigo, é que é um cão, dizia o
Rocha, para caçar, para guardar a casa, para tu
do emfim. Agora, ficando velho, não presta e ain
da hontem tive a prova de que já não é o que dan
tes fôra. Atirei ao mar uma moeda de prata de
dez tostões e aticei-o para ir bulscal-a.
— E elle foi?
— Foi, coitado! mas, por mais que se esfor
çasse, só trouxe para terra dous cruzados.
v * * *
Calino mandou fazer uma lapide funeraria,
para collocar sobre a sepultura de sua esposa.
®w r-~
276 A R SEN A L D E GARGALHADAS
* * *
Na Sociedade Dramatica Particular Estrella
do Rio d'Ouro representava-se uma tragédia, e
na platéa se achava o Mette Braço, valentão te- *
mido por todos os do lugar. v
t No momento em que a heroina se debulhava
em lagrimas aos pés do rei pedindo-lhe que a per
doasse, o valçntão gritou, possesso, na platéa,
com voz de trovão :
— Perdôa diabo! Perdôa, rei do inferno!
Olha que eu trepo ahi e te faço em m igalhas!
E ’ o (jue te vale, acudia todo tremulo, o ty-
ramno. Estás perdoada. . .
— M as. mas, isso não é da peça, disse o
ponto, assustado.'- *
— Nãõ importa, torna elle ; estou em apuros
e manda quem p o d e .. .
0
* * *
* * *
* * *
A R S E N A L D E G A R G A LH A D A S
••
Na volta (já tarde), ao entrar no campo,
encontrou um sujeito, encostado a uma arvore.
Ao passar, o tvpo approximou-se-lhe, e, com
bons modos, pediu-lhe o fogo.
O nosso homem deu-lhe o charuto, mas, já
escabriado, apalpou o revolver.
O outro, sempre amavel, inquiriu das horas
que eram .
O nosso heróe proc*urou o relogio: não o en
controu, |passou-lhe rapido pela mente a ídéa —
Fui roubado!
Não hesitou:— puxou pelo revolver, e, apon>-
tando-o para o homem da arvore, intimou-o a en
tregar-lhe o seu relogio immediatamente.
O outro, tremulo, executou a ordem e ras
pou-se.
Elle, suspirando:
— E ’ v e rd a d e .. . São mais felizes que as mi
nhas cam isas. ..
* £ *
Nwm exam e:
— Que é patrimonio?
—- E ’ o que o filho herda do pae.
— E si herdar da mãe?
— Então, chama-se matrimonio.
* * *
Um sujeito que tinha mais dividas do que
dias, estava fazendo uma conferemcia sobre a
Theoria do dever.
— Ora, diga-me, perguntou um credor,
quando dissertará o S r. sobre a Theoria do
p agar.
* >1= =t= #
Simplicio está narrando peripecias tristes
de sua vida, apoquentadoras como a sopa a fer
ver em frente de um esfaim ado.
— Pois é verdade, meus amigos; naquella
noite embranqueceram-se-me os cabellos todos
num quarto de hora !
— Mas você já era calvo nesse tempo. ..
— Bem sei! Talvez você queira saber mais
da minha cabeça do que eu mesmo! Não tinha
cabello nenhum, mas nasceram-me todos brancos
num quarto de hora. Depois tornaram-me a
cah ir!
284 A R S E N A L DE G A R G A LH A D A S
C A R T A D E UM P A E A SE U F IL H O
ESTU D AN TE
^ ;Jc % •
A dona da casa precisa de creados, e apre-
senta-se-lhe um, a quem ella faz. as seguintes per
guntas:
— Quatn/to tempo esteve na casa que deixou
agora? k
— Dez annos, minha senhora.
— Bom sig n a l! E que casa era ?
— A casa de correcção.
288 A R S E N A L D E G A R G A LH A D A S
Francez — Comment?
Taverttyeiro — Sim, com a mão ou outra cou-
sa qualquer.
Francez (aborrecido) — Je ne comprend pas
d u to u t. v'
T&verneiro — Xão precisa comprar de tudo,
leve as que quizer.
Francez (retirando-se) — Je ne comprend
p a s.
Taverneiro — Pois si não queria comprar
não viesse cá me aborrecer.
* * :jí
Em um consultorio:
* * *
P ag s.
IN D IC E D O S C O N T O S :
HOROSCOPOS
SIGNOS E SINAS
♦ ♦ • ♦
* *
<* ❖
*
L I V R A R I A Q U A R E S M A — E d it o r a
O LIVRO
!X Si
DANÇAS DE SALÃO
Contendo a explicação facil e ao alcance de todos para se
aprender a dansar com perfeição todas as dansas de salão:
Valsas, Polkas, Quadrilhas. Schottischs, Mazurkas, Qua
drilhas Americanas e Quadrilha Imperial. — com as diversas
marcações em francez, etc.
Trazendo a maneira de convidar as damas para dansar. O
modo de proceder no salão, comsigo e para com os outros. M a
neira de saudar. A s reverencias e mezuras. Como se cumpri
mentam as pessoas. Os passos principaes de dansa. O modo de
segurar as damas, etc., etc..
Q U ADRILH A FR A N C EZA —-E xp licação do que se deve
fazer nas cinco partes.; os diversos finaes da quadrilha; resumo
de vozes para o marcante.
OS LA N C E IR O S — L e Polo ou quadrilha americana
DANSAS D IV E R SA S — A schottisch, a polka, a polka
russa ou troika, polka allemã ou Beiline, polka hespanhola oi
habanera, polka, mazurka, a redowa, valsa, mazurka e a polka
schottisch.
OS D IV ERSO S PAS — Pas de mazurka, ou de glissé; pas
de patineurs; pas polonais; pas boiteux; pas de deux ou W a s
hington; pas de quatre; pas de chant ou can-can.
DAS V A LSA S — V alsa a dois tempos; valsa a tres tem
pos; valsa á franceza ou suissa; valsa pulada, etc.
O BOSTON — Ou valsa americana.
A S DANSAS M ODERNAS — O C ak e-w alk ; a Furlana; o
One step; Th e t\yo steps; L e pas de l’ours (o passo do urso);
le turkey trot (o passo do peru’ ) ; the hitechy, koo, etc.
DOS TANGOS — O tango argentino; o maxixe brasileiro;
o tango dos gau'chos.
O CO TILLO N — Contendo as cem figuras com as com
petentes marcações em francez.
Terminando com um completo vocabulario de termos es
trangeiros, com a pronuncia figurada (franceza e portugueza),
usados nas dansas..
Obra enriquecida de numerosíssimas estampas explicativas,
de todos os passos e posições, mezuras, saudações, reverencias,
etc., etc. empregados nas dansas
por X I C O B R A Z
Um grosso volume encadernado cheio de estampas
explicativas....................................................... 3$ooo
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A V ISO
A L IV R A R IA Q UARESM A remelte para o interior, com
a maxima brevidade possivel e livre de despezas com o Correio,
estes sete volumes, bastajndo, tão somente, enviar a sua impor-
tancia (i2$ooo em dinheiro, não se acceitam sellos), em C A R T A
R E G I S T R A D A C O M O V A L O R D E C L A R A D O e dirigida a
PEDRO DA SILV A QUARESM A, rua de S . Jo sé ns, 7 1 2 73
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Contendo sessenta e um contos populares, moraes e
proveitosos, de varios paizes.
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Historias Brazileiras
Para CREANÇAS
POR
TYCHC) BRAHE
Bellissim a collccção de contos, em prosa e verso adapta
dos a factos da historia patria, instruindo e deleitando ao mesmo
tempo as creanças de todas as edades, pois, n’este volume, ao
lado da narrativa rigorosamente histórica,que instrue,encontrarão
os jovens leitores verdadeiros primores de phantasia em prosa
e verso, que deleitam o espirito e preparam o entendimento para
as futuras, incruentas e gloriosas batalhas do pensamento.
HISTORIAS BA M IN H A
L í y j *o p a j* a C ria n ç a s
A C A B A D E S A H IR A ’ L U Z
ACABA DE CH EGAR DE P A R IS
HISTORIAS DA BARATINHA
L IV R O P A R A C R IA N Ç A S
Castigo de um Anio
E ' um conto do grande escriptor russo, o sabio philosopho, o
santo varão Leon Tolstoi, o novo Jesus Christo, Apostolo do Bem.
Baseado na maxima christã; “ Amae-vos uns aos outros” , é, in-
contestavelraente um primor no seu genero.
Não conhecemos outro volume que tão profundamente commova
e. impressione o leitor.
Depois de lel-o, não ha coração por mais duro e empedernido
que negue uma esmola a aum pobre, recuse um auxilio a um desgra
çado.
Um lindo volume com bellos dezenhos.............................•. 2$ooo
Os meus brinquedos
Aífirmamos, garantimos que é O M E L H O R L IV R O P A R A
C R I A N Ç A S Q U E H A P U B L IC A D O E M L I N G U A P O R T U -
G U E Z A e o unico assim organisado.
Dividido em quatro partes, contém: P O P U L A R E S C A N T I
G A S D E B E R Ç O com que as mães costumam embalar os filhinhos;
interessantes diversões que se fazem com as crianças de tenra ida
de, de 2 a 4 annos, taes como sejam : “ O dedo minguinho, “ Sermão
de São Coelho, etc., etc., todos os JO G O S e B R IN Q U E D O S , usa
dos por meninas, não só em casa como nos collegios, nos pateos, nas
chacaras e até nas ruas exemplo: o “ Garrafão ” , a “ Amarella ” , a
“ Barra ” , em summa todos, sem exclusão de um só, acompanhados
de gravuras e explicações que ensinam como se brincam; as C A N T I
G A S e D A N Ç A S geralmente adoptadas pelas crianças de ambos os
sexos como sejam: “ Sinhá Viuvinha” , “ Meu bello castello” , a
"P rim a v e ra ” , e milhares de outras, e finalmente, JO G O S D E
P R E N D A S E JO G O S D E E S P IR I T O , que servem para adultos,
mas que a infancia tambem aprecia, e nesse caso estão: o “ A m igo ”1,
“ Cahi no P o ço ” . “ Lampeão de esquna” , acompanhados de toda?
as S E N T E N Ç A S , modo de dirigir o jogo. C O B R A R E P A G A R
E ’ por isso que dissemos e tornamos a dizer que: “ O S M E U S
B R IN Q U E D O S ” é um livro maravilhosíssimo, assombroso, extra-
ordinario, como não ha em lingua portugueza:
Um grosso volume de 300 paginai, ricamente impreso e
encadernado em Paris, com muitas estampas . . . . 5$ooo
O s JR oceiros
i
Sem contestação alguma, fóra de toda a duvida, este livro
é a maior novidade litteraria deste scculo, a obra mais en
graçada, mais comica (fazendo rir as pessoas melancólicas, tris
tes, sorumbaticas, graves e sérias), o volume mais original,
mais precioso, mais attrahente, que se tem publicado no Brazil,
talvez mesmo em lingua portugueza, e, quem sabe? no mundo
inteiro.
OS BOOIIBQS
como o seu proprio titulo está indicando, são historias verda
deiras, casos veridicos, contos, lendas, anecdotas, sobre a vida
dos matutos, os habitantes do sertão do Brazil, a gente da roça,
que nunca veio ou que raras vezes vem á cidade
H a neste livro uma completa, perfeita e leal dcscripção das
festas da roça, taes como: Santo Antonio, S. João, S. Pedro,
Sant’Anna, Natal, Reis, Carnaval e Entrudo, os sambas, os
fados, caterêtês, caxambús, batuques, mana-chica, os desafios
poéticos na viola por dois capadocios, os casamentos em car
roças de bois ou carrocinhas puxadas por um só boi ou por
burros, cobertos por esteiras, os casamentos a pé, em que os
noivos, padrinho, madrinha, convidados, etc., tudo vae de pé no
chão, com as botinas na ponta de uma vara, só as calçando na
entrada da villa, ou mesmo na igreja, e os casamentos a cavallo:
os baptisados em que as crianças vão em burro com cangalha;
as procissões, festas de igrejas, ladainhas, novenas, leilões de
prendas, bandeiras do divino, preces para pedir chuva; os en
terros em que se leva o defunto em rede ou em padiola; n’uma
palavra: todas as scenas, festas, episodios que acontecem, com
os costumes da roça, os mais ridiculos, mais exquisitos e en
graçados, bem como as comadres alcoviteiras, rezadeiras de que-
branto e feitiços; as benzedeiras com galhinhos de arruda; as
que tiram o diabo do corpo e máo olhado; as curandeiras de
espinhela cahida e madre virada.
A C A B A D E S A H IR A ’ LUZ
Casamento e Mortalha
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chrom o-lythographia, desenhada pc-o insigne artista brazileiro
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O Cozinheiro Popular
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MANUAL C O M P LET ISS 1MO DA A R T E DE
COZINHAR E FA Z E R DOCES
Verdadeira encyclopedia culinaria, onde ha receitas para todos
os gostos, todos os paladares. Além das receitas estrangeiras, como
F R A N C E Z A , P O R T U G U IÍZ A , T N G L E Z A , A L L E M Â , C III-
N E Z A , P O L A C A . T U R C A , R U S S A e de todos os paizes da
terra, com as suas especialidades, ha tambem a cozinha verdadei
ramente brazileira.
Guizados mineiros, quitutes babianos, generos paulista, iguarias
do norte, manjares do sul, principalmente do R io Grande. Tudo
quanto se qttizer!!!
Muquêcas, caruru’, angu’s, feijoadas á bahiana, com leite de
cóco; zorós, sarapateis, cangiquinhas, etc. .
A V IS O
Modinhas Brazileiras
C a n c io n e iro P o p u la r de modinhas brazileiras, organizado pelo S r.
Catullo da Paixão Cearense, distincto moço, conhecido poeta e
prosador, excellente professor de linguas — nome que toda a
gente conhece e tem applaudido.
O autor reuniu pacientemente as mais bellas modinhas popu
lares que se prestam para o canto (M odinhas ) , emendou-as de
modo que combinassem as palavras e a musica; indicou em cada
uma a musica com que deve ser cantada. Desse modo, o livro
tornou-se admiravel e precioso.
Neste volume encontram-se as mais bellas modinhas popu
lares, como sejam : Tenho saudades de M aura; A primavera;
Lá para as bandas do Norte; No Sertão da minha terra; Bor
boleta meus amores; O Perdão; Gosto de ti porque gosto; V ê
que amenidade; O vagabundo; e centenas e centenas de outras
modinhas cada qual mais linda. Um grosso volume de mais de
200 paginas, com bonita capa ............• • ........................... 2$ooo
I jra Brazileirn Repertorio de modinhas populares, escriptas e col-
leccionadas por Catullo da Paixão Cearense. Um grosso volume
de mais de 200 paginas, com bonita capa ..................... i$ooo
C h ô ro s a o V io lã o Optimo livro de modinhas, de Catullo da Paixão
Cearense. Um volume ...................................................... i$ooo
L y r a dos S a lõ e s lindas modinhas de Catullo Cearense, 1 grosso
volume ...................................................... • ■......................... 2$ooo
T r o v a d o r M o d ern o Collecção de modinhas brazileiras, organizada
por Francisco Affonso dos Santos; este volume contem esco
lhido repertorio de bellissimas modinhas, destacando-se: O
Despreso; Os Olhos A zu es; O Ciumento; Um dia louco; Elvira
quizera amar-te, mas não posso ainda, porque gelado trago o
peito m eu ; Na meiga L y r a ; A Mulata, mostraram-me uni dia
na roça dançando, e muitissimas outras Um volume t$ooo
C a n to r de M odinhas B ra z ile ira , contendo todas as modinhas do
cantor Eduardo das Neves e do barvtono cancionista Geraldo
de Magalhães; contem este livro, além de milhares de modi
nhas, as seguintes: O Augmento das Pasagens; Foi um Passos
IA da Estrada de Ferro ; O Cinco de Novembro ou a morte do
Marechal Bittencourt; Perdão Em ilia; A gargalhada; A Guer
ra de Canudos, etc.. etc. Um vojume com unia linda capa, com
o retrato de Eduardo das Neves...................... . . . . . . . lífooo
T ro va d o r da M alan d rag em Ultimo livro do popularissitno cantor
Rthmfdo das Neves, contendo centenas de modinha?,, entre ellas
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Annibal Masearenhas
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D E T IN T A S , V E R N IZ E S E O LE O S E D E
T O D O S OS S E G R E D O S D E O F F I C I N A S
Edição deste anno, 1919, contendo o ‘ fabrico de todas as
tintas: — tintas tvpographicas, Jythographicas, para marcar
roupa, de escrever, indeleveis, da China, para metaes, para pin
turas, vermelhas, amarellas, verdes, pardas, pretas, brancas, etc.
O ieos: — Yegetaes. animaes, etc. : V ernizes: — vernizes de
todas as qualidades, de álcool, de essências, graxos, de sanda-
raca, para madeira, para encadernadores, para metaes, de côr,
de rezira, de copai, para quadros, télas, molduras, gravuras, etc.
Collas, massas, gommas, balsamos, rezinas, etc. Os processcs
mais modernos de dourar, pratear, nickelar, bronzear, platin.tr
e cobrear; seus differentes banhos, etc., etc. Maneira de tii.ar
parafusos enferrujados, unir peças, collar vidíflfe p orcelan a^
louças, mármores, alabastros, etc.. O fabrico dos Xacres-, das gra
xas, das gorduras, argam assas, cimentos, collas, visgos, massas
para \udraceiro, etc.; limpeza dos objectos de ouro, prata, ,ni-
cket, etc. dos espelhos, dos crystaes, dos vidros, das vidraças,
dos copos, etc., etc. Processo para tirar-se qualquer jnodoa dos
tecidos de linho, algodão, lã, seda, etc. Innum cras,rec*i$»s-p*rs-
os variadissimos misteres, 110 que.xxinetitvlciTf todos os segre
dos de officimás. .
O g r a f l S i e valor c utilidade, indispen
sável ás mães de familia, donas de casa, aos ope
rários, negociantes, fabricantes, donos de offici-
nas e a todos, em geral, por conter innumeras re
ceitas de uso caseiro, conselhos, indicações, etc.
— todos de incontestável utilidade na vida pra
tica quotidiana.
POR A N N IB A L M A S C A R E N H A S
Um grosso volume enc., de 426 p a g s . 5$ ooo
— OU —
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A Sciencia de Juca Rosa
■ ..:*** '
Revel
líatadQ pi;atico»e completo fle todas as feitiçarias ct
cidas, mciosMe eniprcgal-as e proveito que dellas & pode
rar, acompanhado de uma jcollecção de reçeitas necessar;
todos os misteres da vidj, taes como: para se saber o pn
destino; para se vêr *■nj soa lio a m ulher que se ha de por
receita para obrigar o marido a ser fiel; receita para obrig:
moças solteiras e até mesmo as casadas^a dizerem tudo ac
que tencionarm fazer; receita para fazer-se amar pelas mulh
pelos homens; receita para se domar o amante ou marido
rico e m alcriado; para se fazer cousas impossíveis; veÜSai
oração para enxotar o canhoto do corpo; para destruir o,
feitos da feitiçaria; oração que.preserva do raio; figa quej
tege no com m ercio; taiisnian qüe faz voltar cedo para a i
natal, rico e feliz; receita para curar m andinga; para ganhi
j°g o , etc., etc., íeguido de 11111 "complctissimo '
T R A T A D O M I llA ET O M A K O IA
■
o trabalho mais completo qüe s,e tem publicado ate hoje, conte
A maneira de deitar as cartas'p ara se eonliêçer o fui
saber como Será succedido en) seus negcçios; nas suas cr#
. sas e cm seus am ores; a bô.a ou má estrella que nos aeoi
nha; felicidades e dcsgraç.is; ^ e casará ou não e com quet
com móço ou velho, rico ou pobre, feio ou bonito, e tan
para a descoberta de objeclos roubados, etc., etc. poi
L T V R A R T A - Q U A R E S M A — R U A D E S. ÍO SV J, 71 i
■. »