BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA
DE
BIOSSEGURANÇA
Manaus, AM
Agosto – 2023
EQUIPE ORGANIZADORA
LUCIANA ARAGÃO
Coordenador da UTI
Manaus-AM
Janeiro – 2024
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
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OBJETIVOS GERAIS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
JUSTIFICATIVA
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL
Nas Unidades Centro Cirúrgico Obstétrico- CCO, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal-
UTIN, Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais- UCINCo e Unidade de Cuidados
Intermediários Canguru- UCINCA, fica proibido o uso de qualquer adorno, devido risco de
contaminação e acidentes e é estabelecido ADORNO ZERO.
Cabelos: Os cabelos devem estar presos para trás do pescoço e acima dos ombros, nas áreas
assistenciais e técnicas, de forma que evite contato com materiais e as superfícies
contaminadas. Esta regra também deve ser aplicada para os profissionais que circulam por
estas áreas, como por exemplo: colaboradores de higienização, lavanderia, administrativos
que necessitam levar materiais nas áreas assistenciais, núcleos assietnciais e de controle etc.
Calçados: O uso do calçado fechado é obrigatório nas áreas assistenciais e técnicas. De
preferência que seja de material impermeável e lavável.
Cosméticos/maquiagem: É permitido, desde que seu uso seja feito de forma consciente e
que não contenha um cheiro forte.
Cílios postiços: Fica proibido o uso em áreas assistenciais devido ao risco de contaminação
ao paciente, visto que, durante o tempo de uso há risco de queda dos cílios postiços no local
aplicado.
Unhas: Unhas naturais, limpas e curtas, não ultrapassando a ponta dos dedos e somente o
uso de esmaltes íntegros, sem apliques e sem estar craquelado.
Lentes de contato: O manuseio das lentes de contato é proibido nas áreas assistenciais.
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
Luvas cirúrgicas estéreis- Devem ser utilizados para procedimentos invasivos ou que exijam
desinfecção de equipamentos. O uso de luvas requer técnica asséptica.
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Óculos de proteção- Devem ser utilizados quando houver risco de exposição do profissional
a respingos de sangue, secreções corporais e excreções. Os óculos de proteção devem ser de
material rígido e leve, cobrir completamente a área dos olhos. Para profissionais que
utilizam óculos com lentes de grau, são oferecidos óculos de proteção sobrepor, pois
permite a sobreposição e melhor vedação na área ocular.
Máscara cirúrgica descartável- São utilizados em todos os procedimentos que envolvam a
formação de aerossóis ou suspensões de partículas.
Máscara n95- Recomendado para proteção respiratória e para reduzir a exposição
ocupacional a aerossóis contendo agentes biológicos potencialmente patogênicos e/ou
infecciosos.
Tipo de acidente;
Condições clínicas da paciente fonte e do trabalhador;
Gravidade da lesão;
Presença e volume de sangue da paciente fonte;
Conduta adequada pós-exposição;
Tempo decorrido entre exposição e início da PEP (Profilaxia pós-exposição) (procurar
e colocar aqui onde há PEP
Atenção! Evitar:
Manter relações sexuais sem o uso de preservativo;
Engravidar
Amamentar;
Doar sangue, órgãos.
Realizar rotina de limpeza e desinfecção das superfícies, que incluem leitos, colchões,
grades, mobiliários, equipamentos, e superfícies frequentemente tocada a cada 24
horas e entre um paciente e outro (realizado pela equipe de higienização);
Piso e parede devem receber limpeza e desinfecção sistemática, com água e sabão e
desinfetante quaternário de amônia (MIRAX)
Roupas
Manipular as roupas do paciente e as roupas de cama com mínima movimentação;
Colocar as roupas sujas no hamper;
Não jogar roupas no chão
Materiais perfuro-cortantes
Manusear o material com cuidado, não reencapar as agulhas, não as desconectar das
seringas e não as dobrar;
O descarte de agulhas, seringas e outros materiais contaminados devem ocorrer o
mais próximo possível da área onde são gerados;
Seguir as orientações para montagem desses recipientes e não ultrapassar o limite
indicado pela linha tracejada, ou seja, 2/3 de sua capacidade.
LABORATÓRIO
QUALIDADE DA ÁGUA
O fornecimento de água não contaminada é essencial para várias operações na
MASM. Além de ser necessária à vida, é utilizada para procedimentos de limpeza,
desinfecção e esterilização, para preparo de banhos, no preparo de alimentos; em
compressores e bombas de vácuo selados à água.
De um modo geral, a qualidade da água é estabelecida pela limpeza da caixa da
água e poço, comitês de saúde como FVS na qual estabelece parâmetros que podem incluir
amostragem e análises periódicas. Devido ao fato da água ser um veículo de contaminação
que atinge rapidamente uma grande quantidade de indivíduos, além dos testes e análises da
água, para verificação de sua qualidade, a Maternidade realiza semestralmente a limpeza da
caixa de água e poço, bem como realiza treinamentos sobre higienização das mãos e boas
práticas na manipulação de alimentos.
AR CONDICIONADO
. Higiene hospitalar
etc.); soluções injetáveis; roupas utilizadas nos atos cirúrgicos e obstétricos, em unidades
de queimados e berçário de alto risco. Os artigos críticos devem estar totalmente livres de
microrganismos (bactérias, fungos, vírus e esporos) ao serem utilizados. 3.1.2 Artigos
semicríticos São aqueles que entram em contato apenas com a mucosa íntegra, capaz de
impedir a invasão dos tecidos subepteliais. Entre outros, destacamos os equipamentos de
anestesia gasosa e de assistência ventilatória, alguns endoscópios, medicamentos orais e
inaláveis, pratos, talheres e alimentos Os artigos semicríticos também deveriam estar
totalmente livres de quaisquer microrganismos (estéreis) ao serem usados. Todavia, nem
sempre é possível submetêlos a processos capazes de destruir esporos sem danificá-los.
Exige-se contudo, que os mesmos sejam isentos de bactérias, fungos e vírus. Os catéteres
vesicais, traqueais e nasogástricos, embora entrem em contato com a mucosa íntegra,
devem estar isentos de quaisquer microorganismos (estéreis) para uso. Há elevada
incidência de infecções urinárias e respiratórias associadas à cateterização. 3.1.3 Artigos
não-críticos São todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra e ainda os que
não entram em contato com o paciente. Por exemplo: mesas de aparelhos de raios-X,
equipamento de hidroterapia, incubadoras sem umidificação, microscópios cirúrgicos,
telefones, mobiliário em geral. Os artigos não-críticos devem estar isentos de agentes
transmissíveis de doenças infecciosa (microorganismos não encontrados na flora normal da
maioria das pessoas). Admite-se, contudo, a presença em pequeno número de
microrganismos encontrados na micro-flora humana. 3.2. Áreas Segundo o mesmo
princípio, os diferentes ambientes que compõem a planta física de um hospital podem ser
classificados em três categorias: críticas, semicríticas e nãocríticas. 3.2.1 Áreas Críticas São
aquelas que oferecem maior risco de infecção, seja pela imunodepressão do paciente que
as ocupa ou devido às particularidades que aí se desenvolvem. Dividem-se as áreas críticas
em dois grupos: a. Áreas de risco aumentado devido à depressão da resistência anti-
infecção do paciente. São exemplos: salas de operação ou parto; salas de recuperação pós-
anestésica; nos isolamentos hospitalares tipo "isolamento protetor modificado", unidade
de diálise; unidade de tratamento intensivo; unidade de queimados; berçário de alto risco.
b. Áreas de risco aumentado dado a possibilidade de transmissão de infecções pelas
atividades alí desenvolvidas. São exemplos: isolamentos hospitalares relativos a doenças
transmissíveis, cujo diagnóstico foi comprovado; laboratório de anatomia patológica e de
análise clínicas; unidade de hemodinâmica; sala de necrópsia; cozinha, lactário e lavanderia
de hospitais de doenças transmissíveis. 3.2.2 Áreas semicríticas São todas as áreas que
apresentam menor risco de infecção, como as ocupadas por pacientes de doenças não-
infecciosas, doenças infecciosas não transmissíveis, central de esterilização de material e
lavanderia de hospitais gerais. 3.2.3 Áreas não-críticas São todas as áreas hospitalares que
teoricamente não apresentam risco de transmissão de infecção. São as áreas não ocupadas
por pacientes ou cujo acesso lhes é vedado, por exemplo: serviço de administração
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Cuidados para evitar queimaduras do bisturi elétrico Para evitar as situações acima,
as seguintes instruções devem ser seguidas: · deve ser certificado que o fio da placa neutra
não está rompido; · deve ser certificado que haja bom contato elétrico entre a placa neutra
e o corpo do paciente. Utilizar gel condutor próprio para este fim; · colocar a placa neutra o
mais próximo possível do ponto da intervenção cirúrgica; · utilizar, sempre que possível,
bisturi elétrico de última geração, com todos os dispositivos de proteção incorporados; ·
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Riscos Ocupacionais-
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Riscos Físicos
São todos os riscos que precisam do ar como meio de condução para se propagar,
diferentemente dos biológicos e químicos, que dependem do contato direto do trabalhador.
Neste caso, os Riscos Físicos são por si só os agentes causadores como, por exemplo:
Ruídos;
Vibrações;
Calor;
Umidade;
Frio;
Pressão;
Radiação.
Riscos Químicos
O Risco Químico é um tipo de risco ambiental (aquele que o trabalhador é exposto no
ambiente de trabalho), tal qual os físicos e biológicos, porém o risco químico trata da
probabilidade da exposição do trabalhador à agentes químicos, que geralmente são danosos
à nossa saúde.
Os agentes químicos que podem ser sólidos, líquidos e gasosos são divididos de acordo com
seus efeitos, sendo que os mais comuns são:
Agentes asfixiantes;
Agentes anestésicos;
Agentes tóxicos;
Agentes cancerígenos.
Riscos Biológicos
O Risco Biológico se trata da possibilidade de um trabalhador entrar em contato com algum
agente biológico patogênico. A seguir, destacamos os principais danos causados à saúde do
trabalhadores por agentes biológicos, comumente, presentes nos ambientes de trabalho
(hospitais, laboratórios clínicos, fazendas, canteiros de obras, entre outros):
Bactérias: Podem causar desde uma infecção alimentar a até mesmo doenças graves
como pneumonia, tuberculose e meningite.
Vírus: Causam nos trabalhadores desde simples resfriados a doenças como, hepatite,
sarampo, caxumba e em casos mais extremos, doenças pandêmicas como HIV, Ebola
e a nova COVID-19.
Fungos: Os fungos existentes no ambiente de trabalho podem ser causadores de
micoses, candidíase, dentre outros tipos.
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O mesmo vale para ações de limpeza e manutenção, além de pontos que reúnem riscos
incomuns, como as lavanderias.
Esses locais devem ser separados em área suja e área limpa, cada qual com suas próprias
medidas de proteção.
Além das NRs e outras normas do Ministério do Trabalho, regras da Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) e recomendações normativas da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) e OIT (Organização Internacional do Trabalho) devem ser consideradas.
GRUPOS DE RESÍDUOS
2 GRUPOS DE RESÍDUOS
2.1 Resíduo biológico
Pode haver a geração combinada de alguns dos três tipos de resíduos perigosos. Por
exemplo, restos de cadáver que contenha material radioativo, produto químico perigoso ou
talvez um agente infeccioso e que necessite de controle de acordo com as considerações e
as exigências de todos os três tipos de perigos definidos anteriormente.
Portanto, é preciso estar atento ao tipo de resíduo que eventualmente esteja
gerando e procurar a maneira apropriada de agir em cada caso.
REFERÊNCIAS
Fonseca, JCL. Manual para gerenciamento de resíduos perigosos. Colaboração de Mary Rosa
Rodrigues de Marchi - São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
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5 SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS
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Os resíduos desse grupo são classificados pela Anvisa como pertencentes ao Grupo
A.1 Dentre os resíduos biológicos, incluem-se também resíduos de outras correntes
(químicos e radioativos) que possam conter contaminantes que apresentem riscos de
infecção.
5..1.1 Separação
Tipo A1
Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de micro-organismos vivos
ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação biológica por agentes Classe de Risco 4, micro-organismos
com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido.
Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
oriundas de coleta incompleta.
Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Tipo A2
Não se aplica a este estabelecimento de saúde (Carcaças, peças anatômicas, vísceras
e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações, e
os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de
relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou
não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica).
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Tipo A3
Peças anatômicas humanas; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido
requisição por pacientes ou familiares.
Tipo A4
Quites de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de
conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e
risco de disseminação, ou micro-organismo causador de doença emergente que se
torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação
diagnóstica.
Bolsas transfusionais vazias ou com residual pós-transfusão.
Tipo A5
Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos, com suspeita ou
certeza de contaminação com príons.
a) Os resíduos que serão destinados à incineração (A.1, A.2, A.3 e A.5) deverão ser
acondicionados em sacos brancos leitosos, contendo em uma de suas faces o símbolo
internacional de “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”, e tendo todas as demais características
estabelecidas pela NBR 9190 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – NBR
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1) Tanto as caixas de papelão como os sacos plásticos devem ser preenchidos até dois terços
de sua capacidade volumétrica (as caixas de papelão contêm nas faces externas uma linha
pontilhada indicadora do limite de preenchimento), e os sacos plásticos deverão ser
fechados com o lacre que acompanha a embalagem, com fita adesiva, cordão, ou
simplesmente com um nó. Ao fechar o saco plástico, deve-se retirar o excesso de ar de seu
interior, tendo a pessoa que o manuseia o cuidado de não inalar ou se expor ao fluxo de ar
produzido.
2) Quando o resíduo separado for de alta densidade, ou seja, uma quantidade pequena com
peso muito elevado, deverá ser acondicionada apenas a quantidade suficiente para que a
embalagem não seja rompida durante o manuseio e o transporte. A integridade dos sacos
deve ser mantida até o destino final para evitar que ocorra derramamento de seu conteúdo
nas dependências do estabelecimento de saúde, nas vestimentas dos transportadores, nos
veículos transportadores ou na via pública.
REFERÊNCIAS
6.2 Armazenamento
d) O piso deverá ser de material antiderrapante, ter caimento adequado e ralo ligado ao
sistema de tratamento de esgotos.
e) Junto ao depósito deverá existir um lavatório e torneira com água corrente para os
procedimentos de higienização do depósito, dos carrinhos de transporte e demais
equipamentos. A higienização deverá ser feita de acordo com a rotina do estabelecimento
ou sempre que se fizer necessária, e o efluente resultante da lavação
deverá ser canalizado para o sistema de tratamento de esgotos.
f) É necessário que exista iluminação suficiente tanto na parte interna quanto na parte
externa do depósito.
g) As dimensões do depósito deverão ser suficientes para abrigar a produção de resíduos
sólidos de dois dias, se a coleta pública for diária, e de três dias se a coleta pública for feita
em dias alternados.
h) Deverá ser previsto no abrigo local específico para armazenamento das caixas contendo
resíduos de serviço de saúde que se destinam à incineração; esses locais devem ser
protegidos da umidade, por meio da construção de estrados ou prateleiras.
i) Somente deverão ter acesso ao depósito funcionários que estiverem ligados diretamente
ao serviço de coleta.
j) A entrada para o depósito de resíduos de serviços de saúde deve conter advertência
contra aproximação de pessoas estranhas e placa com identificação de “Substância
infectante”.
k) No local de construção do depósito deverá ser previsto espaço suficiente para acesso e
manobras do veículo da coleta pública.
l) Para impedir acesso de vetores ao depósito, além das proteções já citadas, há necessidade
de se manter programas de desratização e desinsetização periódicos, abrangendo tanto o
depósito quanto seus arredores.
7 TRANSPORTE
7.1 Transporte interno
O transporte interno dos resíduos de serviços de saúde deverá ser realizado em rota
específica e planejada, de tal forma que evite a circulação em meio a cozinhas, UTI,
berçários, centros cirúrgicos, lavanderias etc., evitando-se coincidência com fluxos de roupa
limpa, medicamentos, alimentos e outros materiais e locais onde ocorra grandes
concentrações de pessoas, salas de espera e outros ambientes fechados.
Não deverão ser transportados manualmente recipientes de capacidade superior a
20 litros ou quilos. Os recipientes de maior capacidade deverão ser transportados em
carrinhos especiais que atendam às especificações da ABNT – NBR 12.810.
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7.3.1 Autoclavação
7.3.3 Incineração
Resíduo patológico
• Deve ser embalado e armazenado para o
descarte.
• Tecido humano
• Coletado em recipiente adequado por no
Perfurocortante máximo 90 dias ou até que complete três
quartos do volume. Em seguida, enviado
• Contaminado por agente infectante para incineração.
REFERÊNCIAS
NBR 9.190 Sacos Plásticos para Acondicionamento de Lixo – Classificação.
Esse grupo de resíduos deve ser separado de acordo com as categorias a que
pertençam:
Resíduos inorgânicos;
Resíduos orgânicos.
8.1.2 Acondicionamento
a) Resíduos inorgânicos ácidos e suas soluções aquosas: diluir com água, neutralizar com
bases diluídas (para pH entre 6 - 8) e descartar na rede coletora de esgoto em água corrente.
b) Resíduos inorgânicos básicos e suas soluções aquosas: diluir com água, neutralizar com
ácidos diluídos (para pH entre 6 - 8) e descartar na na rede coletora de esgoto em água
corrente.
c) Resíduos inorgânicos neutros e suas soluções aquosas: diluir com água e descartar na na
rede coletora de esgoto em água corrente. Concentração máxima permitida até 0,1g ou
0,1mL/3 mL de água e com baixa toxicidade, não deve exceder 100 g ou 100 mL/dia/ponto.
d) Resíduos inorgânicos insolúveis em água:
Com risco de contaminação ambiental – armazenar em frascos etiquetados para
posterior recolhimento.
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REFERÊNCIAS
9 RESÍDUOS RADIOATIVOS
São comumente chamados de rejeitos e podem ser definidos como qualquer material
resultante de atividade humana, que contenha radionuclídeos em quantidade superior aos
limites de isenção especificados na Norma CNEN-NE-6.02 – Licenciamento de Instalações
Radioativas, e para o qual a reutilização é imprópria ou
não prevista.
Todo o rejeito radioativo que também puder ser definido como rejeito perigoso (NBR
10.004) deve ser manuseado como mistura de rejeito, de acordo com as exigências de seus
constituintes radioativos e químicos. Isso inclui etiquetar o recipiente com a expressão
“Rejeito perigoso”.
A maioria dos rejeitos radioativos não se encaixa no critério de mistura de rejeitos;
entretanto, pode ser classificado como inflamável, corrosivo ou tóxico.
9.3.1 Separação
A separação dos rejeitos deve ser feita no mesmo local em que esses forem
produzidos, levando-se em conta as seguintes características:
a) estado físico;
b) tipo de radionuclídeo – seu tempo de meia vida;
c) compactáveis ou não-compactáveis;
d) orgânicos ou inorgânicos;
e) putrescíveis ou patogênicos, se for o caso;
f) outras características perigosas (explosividade, combustibilidade, inflamabilidade,
piroforicidade, corrosividade e toxicidade química).
9.3.2 Acondicionamento
Devem ser acondicionados em saco plástico amarelo com espessura entre 0,08-0,2
mm de 20 litros, inseridos em lixeira de acrílico (radionuclídeos de emissão beta) ou de
chumbo (radionuclídeos de emissão gama).
Os recipientes de rejeitos líquidos devem ter uma embalagem secundária, tal como
uma bandeja plástica, para conter escapes ou derrames. Pode ser feito o ajuste do pH dos
rejeitos aquosos entre 5,5 e 9,0. A neutralização de líquidos corrosivos reduz extremamente
custos e riscos durante a eliminação.
REFERÊNCIA
Resolução 09/84 da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN (Norma CNENNE- 6.02).
Rio de Janeiro, 1998.
10 RESÍDUOS RECICLÁVEIS
1) Notificar o responsável pelo laboratório (ou similar) da ocorrência de todo acidente sem
qualquer risco de represália. Tal medida permitirá a avaliação da gravidade do acidente e se
existem medidas que possam evitar que novos acidentes voltem a acontecer.
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4) Não comer, beber, fumar, utilizar lentes de contato, e aplicar cosméticos nas áreas de
trabalho. O alimento deve ser armazenado fora da área de trabalho em armários ou em
refrigeradores designados somente para essa finalidade.
As mãos são nossa principal ferramenta, já que são elas as executoras das atividades
que praticamos. Assim ao tocarmos nos objetos e/ou nos pacientes entramos em contato
com uma enorme quantidade de microorganismos, os quais são repassados para outras
partes do corpo. Somente a lavagem das mãos com água e sabão poderá removê-los e evitar
a transferência de microorganismos para outras superfícies.
A lavagem rotineira das mãos com água e sabão elimina além da sujidade visível ou
não todos os micro-organismos que se aderem à pele durante o desenvolvimento de nossas
atividades, mesmo estando a mão enluvada.
A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de micro-
organismos e deve seguir a seguinte sequência de esfregação: as pontas dos dedos, o meio
dos dedos e os polegares, enfatizando essas que são as áreas de maior concentração
bacteriana. Deve ser executada nas seguintes situações:
A higienização das mãos também pode ser feita com álcool a 70% na ausência de
água e sabão e se não houver sujitade aparente.
12.2 Degermação
12.3 Antissepsia
1) recolhimento do lixo;
2) limpeza a partir do local mais alto para o mais baixo;
3) depois do local mais limpo para o mais sujo ou contaminado;
4) finaliza-se do local mais distante, dirigindo-se para o local de saída de cada ambiente.
2) Para coletar sangue, vômito, urina e outros fluidos, é indicada aplicação de hipoclorito
com concentração entre 1 e 2% (alvejante comum) sobre a secreção, deixando agir por
alguns minutos antes de remover com papel, que deve ser descartado no lixo.
3) Em caso de superfície suja com sangue ressecado, aplicar água oxigenada líquida 10
volumes antes da limpeza. O hipoclorito puro pode também ser usado para remover
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1
É o procedimento usado para remover materiais estranhos como pó, terra, grande
número de micro-organismos, matéria inorgânica (sais) e orgânica (sangue, vômito, soro,
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12.9.3 Esterilização
Conjunto de operações que objetiva remover todas formas de vida, incluindo esporos
bacterianos, com capacidade de desenvolvimento durante os estágios de conservação e de
utilização do produto. Conservar é manter as características do produto durante a vida útil
de armazenamento (vida de prateleira) à temperatura ambiente, assegurando a esterilidade
adquirida. Esterilidade ou nível de segurança é a incapacidade de desenvolvimento das
formas sobreviventes ao processo de esterilização durante a conservação e utilização de um
produto (Cf. Mastroeni, 2006). Os métodos de esterilização permitem assegurar níveis de
esterilidade compatíveis que possam suprir as necessidades; já o método escolhido depende
da natureza da carga microbiana inicialmente presente no item considerado. Dentre os
procedimentos de esterilização estão:
12.9.4 Desinfecção
12.10.2 Formaldeído
Modo de uso:
a) Para fumigação de ambientes fechados
b) Como formalina (18 mL de formalina+ 35 mL de água) por 24 horas.
c) Como paraformaldeído de 4 g/mL a 10,5 g/mL por 24 horas.
d) Para desinfecção: 4% (v/v) por 30 minutos.
e) Para desinfecção de capilares de sistemas dialisadores: 4%(v/v) por 4 horas.
Modo de uso:
a) Desinfecção de superfícies de áreas críticas em hospitais em soluções a 1%.
b) Desinfecção de artigos com resíduos de material orgânico (sangue, vômito, urina etc.) em
soluções a 1%.
c) Desinfecção de material semicrítico para inalação ou oxigenoterapia, anestesia em
soluções a 0,5%.
e) Desinfecção de tanques para a preparação de soluções parentais em concentração de
0,1%.
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Observações
1) Os compostos liberadores de cloro ativo estão tendo seu uso banido em razão da
formação de compostos organoclorados, mas no Brasil ainda são intensamente utilizados
pelo seu baixo custo.
2) As soluções de hipoclorito de sódio disponíveis para a comercialização se apresentam com
concentrações entre 5 e 12%, enquanto a concentração da conhecida “água sanitária” é de
2%.
Modo de uso
a) Desinfecção de artigos críticos, como endoscópio, solução a 3% durante 6-8 minutos.
b) Desinfecção de alto nível, solução com concentração entre 6-7,5% durante 30-60 minutos.
c) Esterilização, solução com concentração entre 6-7,5% por 6 horas.
Modo de uso
a) Biocida em baixas concentrações (0,0001 a 0,2%);
b) Bactericida em concentrações de 100 ppm;
c) Fungicida em concentrações de 200 a 500 ppm.
12.10.7 Glutaraldeído 2%
Modo de uso
Em imersão: a solução pronta ou ativada deve ser colocada em recipiente plástico, com
tampa e em quantidade suficiente para total imersão dos artigos, indicando no recipiente o
prazo de validade. Mergulhar completamente o artigo previamente limpo e seco, por um
período de 8 a 10 horas, conforme necessidade. Em artigos tubulares, injetar a solução
internamente com seringa. Após o término da exposição, retirar os artigos com pinça ou luva
estéril, promovendo um enxágue em água esterilizada, até remoção total da viscosidade na
superfície do artigo. Secar com compressas estéreis e acondicionar em invólucro estéril até o
uso.
Observações
1) Pela dificuldade de processamento da técnica asséptica e enxágue abundante com água
estéril, além do tempo prolongado de exposição, esse método de esterilização tem seu uso
restrito. Pelo seu efeito tóxico e pela liberação de vapores, aconselha-se sua substituição
por: ácido peracético. O ácido peracético é resultante da mistura em equilíbrio de ácido
acético, peróxido de hidrogênio e água, sendo decomposto, ao final, em ácido acético e
água, e é seguro do ponto de vista ocupacional. É uma solução de amplo espectro de ação,
sendo viruscida, bactericida, fungicida e esporicida a baixas concentrações.
2) Quando a substituição não puder ser realizada, o processo deve ser realizado em local
ventilado, caso contrário fica indicado o protetor respiratório com carvão ativado. Utilizar
sempre óculos de proteção, máscara cirúrgica e luva estéril.
Para tanto, pode-se fazer uso das Instruções Normativas da Secretaria da Segurança e
Saúde do Trabalhador1 e das normas regulamentadoras relacionadas.2 A seguir estão
descritas algumas informações básicas sobre os EPI normalmente utilizados nos laboratórios
da Unesp.
13.1 Luvas
A luva é um EPI de uso obrigatório para todos aqueles que manipulem micro-
organismos patogênicos, animais, material quente ou frio, façam coletas de amostra para
análise, esterilizações, lavagem de material, preparação de reagentes, transporte ou
estocagem de produtos químicos, ou ainda em qualquer outra atividade com risco
conhecido ou suspeito.
A escolha da luva deverá ser determinada por uma avaliação de risco criteriosa,
levando em consideração a natureza do risco, o(s) agente(s) de risco, o tipo de atividade ou
ensaio a ser executado, além de considerar a resistência química específica do material,
assim como da razão de permeabilidade e tempo de rompimento.As recomendações do
fabricante sobre a natureza dos componentes da luva e a ficha de segurança do produto
devem sempre ser utilizadas na escolha do material e podem ser solicitadas no ato da
compra. Diante da grande variedade de composições de luvas disponíveis no mercado, qual
escolher para cada situação?
As luvas reutilizáveis devem ser guardadas em local próprio, limpo, seco e livre de
contaminação.
13.2 Calçados
‘O calçado é o EPI destinado à proteção dos pés contra umidade, respingo, derrames,
materiais perfurocortantes, impacto de objetos diversos, entre outros. Existem situações em
que são exigidos calçados especiais, apropriados ao risco, porém deve ser ressaltado que É
PROIBIDO O USO DE SANDÁLIAS, CHINELOS E TAMANCOS NOS AMBIENTES DE TRABALHO
QUE MANIPULEM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS OU BIOLÓGICAS QUE POSSAM OFERECER
RISCO. Deve-se favorecer a escolha de calçados cômodos e do tipo antiderrapante. Se o local
tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha.
EPI destinado à proteção dos olhos, confere proteção adequada aos respingos de
material infectante, substâncias químicas que possam causar irritação ou algum tipo de
lesão, ou ainda para proteger contra radiações ultravioleta ou infravermelha.
Seu uso deve ser compatível com a necessidade de se usar concomitantemente
outros EPI como máscaras ou respiradores.
Vale lembrar que existem diversos materiais dos quais os óculos podem ser
produzidos; o importante é garantir que não causem distorção da imagem, devendo ser
suficientemente transparentes, a fim de garantir a perfeita visualização.
Óculos em forma de concha e que permitam a perfeita vedação; não podem ter
sistemas de ventilação e podem ser feitos de vinil, borracha ou similar.
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0
As lentes devem ser resistentes a produtos químicos e a impactos, e sua escolha deve
ser feita em razão do uso. Existem fabricantes que relacionam os tipo de lentes e sua
resistência ante diversos solventes, facilitando a escolha.
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1
Não devem ser deixados próximos de fontes de calor, nem mesmo nos intervalos
entre atividades.
Devem ser guardados sempre limpos, longe de produtos químicos ou biológicos.
Devem ser guardados em local adequado evitando assim que as lentes sejam
riscadas.
Deve ser usado para proteger a face e os olhos de possíveis respingos de substância
química ou material infectante que possam causar algum tipo de dano. O protetor facial
deve ser leve, ter boa resistência mecânica, visor de acrílico incolor, transparente e sem
ondulações, deve ser ajustável.
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2
Este último grupo tem seu uso mais disseminado nos laboratórios da Unesp, Alguns
deles:
A purificação ocorre da mesma forma que nos semifaciais, sendo recomendados para
ambientes com altas concentrações de contaminantes; como protegem todo o rosto do
usuário, fica dispensado o uso de óculos de proteção.
Nunca usar barbas, bigodes e similares se precisar fazer uso de respiradores, pois
afetam a vedação.
Ajustar corretamente o respirador à face, pois sua eficácia depende do perfeito
ajuste.
Devem ser utilizadas sempre que forem manipulados agentes danosos que possam
causar doenças ocupacionais. O objetivo do uso da roupa de proteção é evitar o contato do
contaminante com a pele, eliminando ou minimizando a possibilidade de intoxicação, lesões
ou doenças.
As roupas de proteção devem ser constituídas de material próprio ao tipo de risco
que o trabalhador irá se expor. O tamanho não deve inferir nos movimentos. Em
laboratórios, a roupa de proteção indicada é o avental, ou jaleco. Deve ser obrigatório seu
uso por todas as pessoas (docentes, servidores e alunos) durante a manipulação de material
patogênico, animal, estocagem ou outra atividade em que sejam manuseados produtos
químicos, na limpeza, esterilização e desinfecção de material contaminado por agente
infectante.
Devem ser exclusivamente de manga longa, devendo ir até a altura dos joelhos. Sua
confecção deve ser adequada ao seu emprego, podendo ser de algodão, de fibra sintética
não-inflamável ou ainda descartável. Deve possuir sistema de fechamento que permita sua
rápida remoção em caso de emergência, como derrame ou respingo de produtos químicos.
Deve estar sempre fechado e nunca devem ser usados com as mangas dobradas.
Só deve ser usado nas áreas de exposição aos riscos; mesmo em saídas curtas o
usuário deve retirá-lo, recolocando-o em seu retorno.
Não devem ser usados em bibliotecas, refeitórios, administração etc.
Não deve ser guardado junto com objetos pessoais.
Deve ser trocado cada vez que estiver sujo ou contaminado.
Caso seja levado para casa para ser lavado, esse processo deve ocorrer
separadamente das demais roupas. Em casos de contaminação microbiológica deve-
se primeiramente proceder a sua descontaminação, seguida da lavagem.
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6
Observação: Informações específicas sobre o uso de EPI podem ser obtidas junto aos
fornecedores. Para tanto é necessário informar adequadamente qual será sua aplicação.
• Vigilância médica, a qual faz parte do gerenciamento de risco e assegura que as normas de
segurança surtam os resultados esperados. Nela estão incluídos os exames admissional,
periódico e demissional, além do monitoramento das condições de saúde do trabalhador e a
participação em um gerenciamento pós-exposição.
Uma lista mais completa dos micro-organismos pertencentes a cada uma das classes citadas
anteriormente pode se vista no Decreto-Lei n.8.974, 5/1/1995.
15 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Além das classes de risco ainda existem os níveis de contenção laboratorial ou níveis
de biossegurança denominados NB-1 NB-2, NB-3 e NB-4, que se apresentam em ordem
crescente de risco e correspondem às classes de risco biológico dos micro-organismos,
permitindo aos trabalhadores desempenhar suas funções em segurança.
Será considerado como OGM do Grupo II qualquer organismo que, dentro do critério
de patogenicidade, for resultante de organismo receptor ou parental classificado como
patogênico (classificados como classe de risco 2, 3, ou 4) para o homem e animais.
15.1.1 Grupo I
b) Vetor/Inserto
• deve ser adequadamente caracterizado quanto a todos os aspectos, destacando-se
aqueles que possam representar riscos ao homem e ao meio ambiente, e desprovido de
sequências nocivas conhecidas;
• às sequências genéticas necessárias para realizar a função projetada;
• não deve incrementar a estabilidade do organismo modificado no meio ambiente;
• deve ser escassamente mobilizável;
• não deve transmitir nenhum marcador de resistência a organismos que, de acordo com os
conhecimentos disponíveis, não o adquira de forma natural.
15.1.2 Grupo II
Resíduo biológico:
É a expressão usada para descrever os diferentes tipos de resíduos que incluem
agentes infecciosos. Para fornecer um ambiente de trabalho seguro, todos os agentes
infecciosos devem ser manipulados de acordo com o Nível de Biossegurança (NB) a que
estão relacionados, dependendo de: virulência, patogenicidade, estabilidade, rota da
propagação, comunicabilidade, quantidade e disponibilidade de vacinas ou de tratamento. O
NB aplicável define não somente os procedimentos gerais de manipulação, mas também o
tratamento dos resíduos biológicos. Atualmente, as seguintes categorias de resíduos são
consideradas resíduos biológicos:
Fonseca, JCL. Manual para gerenciamento de resíduos perigosos. Colaboração de Mary Rosa
Rodrigues de Marchi - São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
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3
5 SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS
5..1.1 Separação:
Tipo A1
Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de micro-organismos vivos
ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação biológica por agentes Classe de Risco 4, micro-organismos
com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido.
Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
oriundas de coleta incompleta.
Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Tipo A2
Não se aplica a este estabelecimento de saúde (Carcaças, peças anatômicas, vísceras
e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações, e
os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de
relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou
não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica).
Tipo A3
Peças anatômicas humanas; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
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menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido
requisição por pacientes ou familiares.
Tipo A4
Quites de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de
conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e
risco de disseminação, ou micro-organismo causador de doença emergente que se
torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação
diagnóstica.
Bolsas transfusionais vazias ou com residual pós-transfusão.
Tipo A5
Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos, com suspeita ou
certeza de contaminação com príons.
a) Os resíduos que serão destinados à incineração (A.1, A.2, A.3 e A.5) deverão ser
acondicionados em sacos brancos leitosos, contendo em uma de suas faces o símbolo
internacional de “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”, e tendo todas as demais características
estabelecidas pela NBR 9190 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – NBR
9.190). Deverão ser descartados em recipiente adequado ao funcionamento do
equipamento incinerador utilizado, confeccionadas de acordo com as normas vigentes.
1) Tanto as caixas de papelão como os sacos plásticos devem ser preenchidos até dois terços
de sua capacidade volumétrica (as caixas de papelão contêm nas faces externas uma linha
pontilhada indicadora do limite de preenchimento), e os sacos plásticos deverão ser
fechados com o lacre que acompanha a embalagem, com fita adesiva, cordão, ou
simplesmente com um nó. Ao fechar o saco plástico, deve-se retirar o excesso de ar de seu
interior, tendo a pessoa que o manuseia o cuidado de não inalar ou se expor ao fluxo de ar
produzido.
2) Quando o resíduo separado for de alta densidade, ou seja, uma quantidade pequena com
peso muito elevado, deverá ser acondicionada apenas a quantidade suficiente para que a
embalagem não seja rompida durante o manuseio e o transporte. A integridade dos sacos
deve ser mantida até o destino final para evitar que ocorra derramamento de seu conteúdo
nas dependências do estabelecimento de saúde, nas vestimentas dos transportadores, nos
veículos transportadores ou na via pública.
Botas (de material impermeável, resistente, tipo PVC, de solado antiderrapante, cor
clara, e de cano três quartos).
Avental (PVC, impermeável e de comprimento médio, na altura dos joelhos).
6.2 Armazenamento
Os resíduos gerados que não podem ser tratados no estabelecimento de saúde
devem ser armazenados para serem então enviados para tratamento ou destino final.
Dependendo do porte da unidade de saúde, pode haver necessidade de se ter um abrigo
interno e/ou um externo.
a) Área não inferior a 4m2, distantes das áreas de manipulação de alimentos, medicamentos
e setores de internamento.
b) Espaço suficiente para entrada completa dos transportes (carrinhos) de coleta.
c) Os pisos e as paredes deverão ser revestidos com material liso, lavável, anticorrosivo e
impermeável. O piso deverá ter caimento adequado e ralo ligado ao sistema de tratamento
de esgotos.
d) A ventilação será feita por meio de aberturas teladas, com no mínimo 1/20 da área do
piso e não inferiores a 0,20m2.
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i) Somente deverão ter acesso ao depósito funcionários que estiverem ligados diretamente
ao serviço de coleta.
j) A entrada para o depósito de resíduos de serviços de saúde deve conter advertência
contra aproximação de pessoas estranhas e placa com identificação de “Substância
infectante”.
k) No local de construção do depósito deverá ser previsto espaço suficiente para acesso e
manobras do veículo da coleta pública.
l) Para impedir acesso de vetores ao depósito, além das proteções já citadas, há necessidade
de se manter programas de desratização e desinsetização periódicos, abrangendo tanto o
depósito quanto seus arredores.
7 TRANSPORTE
7.1 Transporte interno
O transporte interno dos resíduos de serviços de saúde deverá ser realizado em rota
específica e planejada, de tal forma que evite a circulação em meio a cozinhas, UTI,
berçários, centros cirúrgicos, lavanderias etc., evitando-se coincidência com fluxos de roupa
limpa, medicamentos, alimentos e outros materiais e locais onde ocorra grandes
concentrações de pessoas, salas de espera e outros ambientes fechados.
Não deverão ser transportados manualmente recipientes de capacidade superior a
20 litros ou quilos. Os recipientes de maior capacidade deverão ser transportados em
carrinhos especiais que atendam às especificações da ABNT – NBR 12.810. Periodicamente,
esses carrinhos de transporte deverão passar por lavação e higienização completa, em local
apropriado, de preferência onde estiver localizado o ponto de água para limpeza do abrigo
externo. O efluente deve ser canalizado para o sistema de tratamento de esgotos do
estabelecimento de saúde.
7.3.1 Autoclavação
Na autoclavação, a descontaminação se dá quando o resíduo é exposto a altas temperaturas
mediante contato com vapor de água, durante um período de tempo suficiente para destruir
todos os agentes patogênicos. Para esporos bacterianos o processo requer uma temperatura
mínima de 121ºC. O tempo de contato teórico é de 20 minutos a 121ºC ou 5 minutos para
temperaturas superiores a 134ºC.
Porém, estudos realizados vêm demonstrando que a inativação de todos os micro-
organismos vegetativos e da maioria dos esporos bacterianos, para uma quantidade
pequena de resíduos (de 5 a 8 quilos), requer um ciclo de 60 minutos a 121ºC, para que
ocorra a completa penetração do vapor no material a ser autoclavado (cf. Michigan, 1999;
2001). A eficiência do processo depende do tipo e do tamanho dos recipientes a serem
esterilizados, e ainda de sua distribuição no interior da autoclave.
7.3.3 Incineração
Já incineração é um processo indicado para os resíduos que não podem ser reciclados,
reutilizados ou dispostos em aterros sanitários. Nesse processo de oxidação a elevadas
temperaturas, é possível reduzir significativamente, em volume e em peso, a matéria
orgânica submetida a esse tratamento.
Para que o processo ocorra de maneira eficiente é preciso controlar alguns
parâmetros como: conformação do equipamento, tempo de residência adequado,
temperatura, turbulência, alimentação e oxigenação – para facilitar a oxidação completa.
Recomenda-se que os materiais submetidos à incineração sejam pré-tratados por
processo adequado para minimizar risco de exposição. Os incineradores modernos atuam
com duas câmaras: na primeira, a temperatura deve ser de ao menos 800ºC; na segunda, de
ao menos 1000ºC.
Devem ser destinados à incineração os resíduos biológicos do tipo A1, A2, A3, A4 e
A5, além de curativos, chumaços, espéculos descartáveis, esparadrapo, algodão, gaze,
drenos, equipos, escalpes, bolsas coletoras, material de sutura, luvas, todo e qualquer
material que entrar em contato com pacientes. É importante ressaltar que cinzas e escórias
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obtidas com a incineração contêm metais pesados e, portanto, devem ser caracterizadas
segundo NBR - 10.004 e enviadas para aterro condizente com a classe do material.
Alguns resíduos podem receber mais de uma indicação. As técnicas recomendadas na Tabela
1 são as normalmente utilizadas; técnicas alternativas podem ser empregadas desde que
forneçam o tratamento adequado e respeitem a legislação.
8 RESÍDUOS QUÍMICOS
Esse grupo de resíduos deve ser separado de acordo com as categorias a que
pertençam:
• Resíduos inorgânicos;
• Resíduos orgânicos.
8.1.2 Acondicionamento
• Cada tipo de resíduo deve ser acondicionado em um frasco devidamente
• rotulado.
• Podem ser usados frascos de vidro ou polietileno, desde que não haja
incompatibilidade com o resíduo a ser armazenado.
• Não misture substâncias ou produtos incompatíveis.
• Não ponha produtos químicos corrosivos ou reativos em recipientes metálicos.
• Podem ser utilizados frascos de reagentes, desde que o rótulo seja completamente
retirado e o frasco seja lavado com água (deve se proceder à lavagem tríplice com o
menor volume de água possível, e a água de lavagem dos frascos deve ser
considerada resíduo da substância contida no mesmo).
b) Resíduos inorgânicos básicos e suas soluções aquosas: diluir com água, neutralizar com
ácidos diluídos (para pH entre 6 - 8) e descartar na na rede coletora de esgoto em água
corrente.
c) Resíduos inorgânicos neutros e suas soluções aquosas: diluir com água e descartar na na
rede coletora de esgoto em água corrente. Concentração máxima permitida até 0,1g ou
0,1mL/3 mL de água e com baixa toxicidade, não deve exceder 100 g ou 100 mL/dia/ponto.
d) Resíduos inorgânicos insolúveis em água:
• Com risco de contaminação ambiental – armazenar em frascos etiquetados para
posterior recolhimento.
• Sem risco de contaminação ambiental – coletar em saco plástico e descartar como
lixo comum.
e) Soluções contendo metal pesado. Devem ser armazenados em bombonas após terem sido
precipitados na forma de hidróxido por solução de cal ou hidróxido de sódio comercial.
Observando a faixa de pH indicada para precipitação de cada cátion.
8.2.1 Acondicionamento
Devem ser seguidas as mesmas orientações descritas no acondicionamento
de resíduos inorgânicos.
b) Resíduos orgânicos ácidos e suas soluções aquosas que não apresente toxicidade: diluir
com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar na rede coletora de esgoto em água
corrente.
c) Resíduos orgânicos básicos e suas soluções aquosas que não apresente toxicidade: diluir
com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar na rede coletora de esgoto em água
corrente.
d) Resíduos orgânicos neutros e suas soluções aquosas que não apresentem toxicidade:
diluir com água e descartar na rede coletora de esgoto em água corrente.
e) Resíduos orgânicos sólidos insolúveis em água.
• Com risco de contaminação ao meio ambiente – armazenar em frascos etiquetados e
para posterior recolhimento.
• Sem risco de contaminação ao meio ambiente – filtrar e descartar em lixo comum.
• Os adsorventes usados em cromatografia (sílica) devem ser coletados em caixa de
papelão revestida com saco plástico ou em um recipiente do polietileno. Não
misturar a sílica com resíduos líquidos, tampouco se pode misturar papel, plástico,
luvas ou recipientes de vidro naquele contendo resíduo de sílica. Se o adsorvente não
contiver metais pesados, solventes orgânicos, pesticidas ou outros produtos
classificados como tóxicos, podem ser dispostos no lixo comum. Caso contenha
alguns desses compostos, indicar a concentração de cada um dos contaminantes no
rótulo do frasco e coletá-lo para a eliminação como um resíduo perigoso.
f) Resíduos de solventes orgânicos
• Solventes halogenados puros ou em mistura – armazenar em
frascos etiquetados para posterior incineração.
• Solventes isentos de halogenados, puros ou em mistura tanto os com mais ou menos
que 5% de água – coletar em frascos etiquetados, para posterior incineração.
• Solventes isentos de toxicidade, puros ou em solução aquosa, utilizados em grande
volume – coletar em frascos etiquetados para posterior incineração.
• Solventes que formam peróxidos (ver Apêndice 8) e suas misturas — armazenar pelo
menor tempo possível.
• Recuperação de solvente. Indicada apenas se a unidade possuir infraestrutura
adequada e profissional preparado para desempenhar tal atividade.
g) Substâncias tóxicas (pesticidas: os frascos de pesticidas solúveis em água poderão ser
submetidos à tríplice lavagem e enviados aos postos de coleta (uso agrícola). Já os resíduos
de laboratório contendo pesticidas devem ser classificados como os demais resíduos
orgânicos.
9 RESÍDUOS RADIOATIVOS
São comumente chamados de rejeitos e podem ser definidos como qualquer material
resultante de atividade humana, que contenha radionuclídeos em quantidade superior aos
limites de isenção especificados na Norma CNEN-NE-6.02 – Licenciamento de Instalações
Radioativas, e para o qual a reutilização é imprópria ou
não prevista.
Todo o rejeito radioativo que também puder ser definido como rejeito perigoso (NBR
10.004) deve ser manuseado como mistura de rejeito, de acordo com as exigências de seus
constituintes radioativos e químicos. Isso inclui etiquetar o recipiente com a expressão
“Rejeito perigoso”. A maioria dos rejeitos radioativos não se encaixa no critério de mistura
de rejeitos; entretanto, pode ser classificado como inflamável, corrosivo ou tóxico.
Resolução 09/84 da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN (Norma CNENNE- 6.02).
Rio de Janeiro, 1998.
9.3.1 Separação
A separação dos rejeitos deve ser feita no mesmo local em que esses forem
produzidos, levando-se em conta as seguintes características:
a) estado físico;
b) tipo de radionuclídeo – seu tempo de meia vida;
c) compactáveis ou não-compactáveis;
d) orgânicos ou inorgânicos;
e) putrescíveis ou patogênicos, se for o caso;
f) outras características perigosas (explosividade, combustibilidade, inflamabilidade,
piroforicidade, corrosividade e toxicidade química).
9.3.2 Acondicionamento
Todos os recipientes contendo rejeitos radioativos devem ser corretamente
rotulados. As informações sobre o radioisótopobdevem estar dispostas no rótulo na parte
frontal do recipiente que o contém e na ficha, que deve ser preenchida e guardada por um
período igual a duas vezes o tempo de decaimento do radioisótopo em questão. As misturas
ou as soluções devem apresentar todos os componentes além de suas concentrações.
10 RESÍDUOS RECICLÁVEIS
Os resíduos destinados à reciclagem deverão ser devidamente acondicionados,
segundo o plano de gerenciamento próprio, observando condições higiênico-sanitárias
satisfatórias. A reciclagem é um método de reprocessamento de materiais úteis como vidro,
plásticos, papéis, papelão, metais etc. que não tenham entrado em contato com o paciente.
O processo de reciclagem visa evitar também que resíduos perigosos como o mercúrio,
utilizado tanto em simples luminárias como em atividades profissionais executadas em
clínicas odontológicas, venha a ser descartado juntamente com os resíduos comuns ou com
os resíduos de serviços de saúde, fato que pode colocar em perigo a saúde pública e a
qualidade do meio ambiente. Além disso, a reciclagem reduz consideravelmente o volume
de resíduos a ser tratado.
4) Não comer, beber, fumar, utilizar lentes de contato, e aplicar cosméticos nas áreas de
trabalho. O alimento deve ser armazenado fora da área de trabalho em armários ou em
refrigeradores designados somente para essa finalidade.
com uma enorme quantidade de microorganismos, os quais são repassados para outras
partes do corpo. Somente a lavagem das mãos com água e sabão poderá removê-los e evitar
a transferência de microorganismos para outras superfícies.
A lavagem rotineira das mãos com água e sabão elimina além da sujidade visível ou
não todos os micro-organismos que se aderem à pele durante o desenvolvimento de nossas
atividades, mesmo estando a mão enluvada. A lavagem das mãos é a principal medida de
bloqueio da transmissão de micro-organismos e deve seguir a seguinte sequência de
esfregação: as pontas dos dedos, o meio dos dedos e os polegares, enfatizando essas que
são as áreas de maior concentração bacteriana. Deve ser executada nas seguintes situações:
A higienização das mãos também pode ser feita com álcool a 70% na ausência de
água e sabão e se não houver sujitade aparente.
12.2 Degermação
É a remoção de detritos, impurezas e bactérias que se encontram na superfície da
pele, sendo utilizados para esse procedimento sabões e detergentes neutros.
12.3 Antissepsia
É a utilização de um antisséptico com ação bactericida ou bacteriostática que irá agir
na flora residente da pele. Existem vários tipos de antissépticos com diferentes princípios
ativos e diferentes veículos de diluição como sabão (sólido ou cremoso) ou solução alcoólica.
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2) Para coletar sangue, vômito, urina e outros fluidos, é indicada aplicação de hipoclorito
com concentração entre 1 e 2% (alvejante comum) sobre a secreção, deixando agir por
alguns minutos antes de remover com papel, que deve ser descartado no lixo.
3) Em caso de superfície suja com sangue ressecado, aplicar água oxigenada líquida 10
volumes antes da limpeza. O hipoclorito puro pode também ser usado para remover
manchas e mofo de superfícies (alvejamento). Atenção: o hipoclorito corrói superfícies
metálicas e desbota tecido.
• Limpeza: é o procedimento usado para remover materiais estranhos como pó, terra,
grande número de micro-organismos, matéria inorgânica (sais) e orgânica (sangue,
vômito, soro, detritos alimentícios). Geralmente são realizadas usando água e
detergentes. Limpeza é um pré-requisito indispensável que determina o sucesso da
esterilização, pois minimiza e previne a inativação da atividade dos agentes desinfetantes,
garante a permeabilidade e a difusividade mesmo nos locais de menor penetração. O
objetivo principal da limpeza é a eliminação da matéria orgânica, pois é nela que os
micro-organismos se proliferam com mais intensidade.