Fonoaudiologia e A Seletividade Alimentar

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FONOAUDIOLOGIA E A SELETIVIDADE ALIMENTAR

O fonoaudiólogo pode fazer a terapia alimentar com o objetivo de aumentar o


número de alimentos que a criança consome, além de ser um profissional com
expertise nas funções que estão relacionadas com a alimentação (respiração,
sucção, mastigação e deglutição).

Porém, vale lembrar que, por se tratar de um problema multifatorial, o ideal é


ter um acompanhamento multidisciplinar.

Quando os estímulos são trabalhados em conjunto a um terapeuta


ocupacional, os profissionais oferecem:

 Estímulos táteis;

 Contato com as diversas texturas;

 Treino motor e

 Apresentação de novos alimentos.

Durante a estimulação são trabalhados todos os sistemas: olfato, visão,


audição, paladar, vestibular e proprioceptivo, e a família participa, reproduzindo
essa interação em casa.

O que fazer para auxiliar a criança na aceitação do alimento?

1. Estruture a rotina

Quando falamos em alimentação, criar um passo a passo para familiarizar a


criança com a hora de comer ajuda muito na seletividade alimentar do autismo!
Influencie ela a ajudar no preparo para a refeição, como: organizar a mesa,
lavar as mãos e sentar à mesa com os familiares.

2. Incentive o processo de descoberta

Deixe que a criança sinta os alimentos, tocando-os mesmo que seja um


“momento de bagunça”. É muito importante para que ela se familiarize com o
que vai levar à boca. Comer junto a outras pessoas da família também as
motiva para experimentarem algo desconhecido, pois se todo mundo está
comendo, a criança pode ficar curiosa e experimentar.
3. Ofereça alimentos variados

Converse com a sua equipe multidisciplinar que acompanha esse processo,


e descubra quais alimentos podem ser oferecidos para a criança. O
fonoaudiólogo poderá indicar um bom caminho a seguir para potencializar e
estimular o que é feito nos atendimentos, juntamente com um nutricionista que
indicará a melhor fonte de nutrientes.

4. Estimule-a

Celebre cada alimento novo que a criança comer. Convide-a para cozinhar
junto com você, lavar legumes e verduras, e deixe que ela participe da seleção
dos alimentos, assim a relação com a alimentação se torna cada vez melhor.

5. Conheça onde está a dificuldade da criança e estabeleça as etapas de

aproximação

Por exemplo: se a criança tem dificuldade com o cheiro do alimento no prato,


você pode fazer uma brincadeira na cozinha enquanto o almoço está sendo
preparado. Assim, a criança estará exposta ao cheiro, mas fazendo algo que
não seja relacionado a ingerir o alimento.

Toda família quer que a criança se alimente da melhor forma possível, para ter
um desenvolvimento saudável. Mesmo que a seletividade alimentar no autismo
tire a paz de muitos pais, é preciso lembrar de que a criança precisa de um
estímulo certo, com uma equipe multidisciplinar que potencialize o
desenvolvimento dela.

Nunca force a criança a comer e nem faça combinados que a fará comer por
ser uma troca. O prazer da alimentação deve ser o grande motivador e não
algo externo, como, por exemplo, comer para poder assistir televisão.

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