Vida e Obra de Eça de Queirós

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………….2

1 BIOGRAFIA DE EÇA DE QUEIRÓS ............................................................................... 3


1.1 Infância e Formação ..................................................................................................... 3
1.2 Carreira Literária e Diplomática ....................................................................................... 3
2 CONTEXTO HISTÓRICO ................................................................................................. 4
3 OBRAS DE EÇA DE QUEIRÓS ........................................................................................ 4
3.1 O CRIME DO PADRE AMARO ..................................................................................... 5
CONCLUSÃO………………………………………………………………………………...6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………………7
INTRODUÇÃO

Para compreender e explicar o romantismo e o realismo na Europa, especificamente


em Portugal, deve-se estudar obras sobre autores que viveram neste mesmo período. Não
somente autores de uma corrente literária, mas de várias outras a fim de que se perceba
quando começou e terminou cada uma das correntes, assim como também compreender a
transição de uma corrente para a outra. Portanto, para entendermos sobre romantismo e
realismo, delimitámo-nos a estudar SOBRE Eça de Queirós. Estudar este autor, é buscar
entender e compreender, através de suas obras, como foi feita a transição do romantismo ao
realismo natural em Portugal, tanto quanto compreender os factos históricos, sociais, políticos
e culturais de Portugal.

Ao longo deste trabalho, apresentamos de forma sucinta abordagens sobre José Maria
Eça de Queirós, desde a sua biografia, formação até as suas obras literárias. Para se ter um
conhecimento profundo, recorremos às obras de diversos autores que abordam vida e obra de
Queirós.

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1 BIOGRAFIA DE EÇA DE QUEIRÓS

1.1 Infância e Formação


José Maria Eça de Queirós, popularmente conhecido por Eça de Queirós, nasceu no
dia 25 de Novembro, na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Filho do brasileiro José Maria
Teixeira de Queirós e da Portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça, seus pais, casaram-se
quatro anos após o seu nascimento. Esse facto fez com que ocultassem o filho por muito
tempo.
Eça Passou sua infância e adolescência longe da família, foi criado pelos avós
paternos. Foi interno no Colégio da Cidade do Porto. Em 1861 ingressou no curso de Direito
da Universidade de Coimbra, onde concluiu a formação em 1866. Nessa época, manteve
contacto com os movimentos estudantis liderados por Antero de Quental e Teófilo Braga.
Depois de formado foi para Lisboa viver com os pais, exerceu por um tempo a advocacia.

1.2 Carreira Literária e Diplomática


Eça de Queirós começou a sua carreira literária como romancista, caminhando para
prosa realista através de três fases:

 A primeira fase teve inicio em 1867 com “Notas Marginais” - folhetins


publicados na “Gazeta Portugal” (postumamente reunidas em Prosas Bárbaras)
Nesse mesmo ano dirigiu, na cidade de Évora, o Jornal de oposição “Distrito
de Évora”.
Em 1869 como jornalista, assistiu à inauguração do Canal de Suez, no Egipto, que
resultou na obra o Egipto, publicada postumamente. Depois instalou-se em Leiria como
administrador do conselho.
Em 1871, participou do grupo “Cenáculos” formados por antigos estudantes que
decidiram realizar uma série de conferências públicas para divulgar as novas ideias sobre a
arte, religião, filosofia e política. Nas “Conferência Democráticas do Cassino Lisbonense”,
proferiu a palestra “O Realismo Como Nova Expressão de Arte”. Com o escritor Ramalho
Ortigão, publicou em folhetins a novela policial O Mistério da Estrela de Sintra. Ainda em
1871, Eça e Ortigão criaram os fascículos mensais “As Farpas”, nos quais publicavam criticas
ferinas, sempre bem-humoradas sobre a realidade portuguesa do seu tempo, como os seus
costumes, instituições, partidos políticos e problemas.
Em 1872 Eça de Queirós ingressou a carreira diplomática ao ser nomeado ao cônsul
em Havana. Em 1874 foi transferido para o consulado de Newcaste-o-tyne, na Inglaterra.

 Em 1875 teve inicio a segunda fase de sua obra quando publicou o seu primeiro grande
trabalho O Crime do Padre Amaro, este que foi um marco inicial do Realismo em
Portugal, inspirado na época em que esteve em Leiria. Eça faz uma crítica da vida social
em Portugal quando denuncia a corrupção do clero e a hipocrisia dos valores burgueses.
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Em 1878 foi transferido para o consulado de Bristol, também na Inglaterra. Nesse
mesmo ano publicou O Primo Basílio, no qual coloca como tema o adultério, focalizando a
decadência da família burguesa de seu tempo. A crítica social unida à análise psicológica
aparece também no romance Mandarim.
Em 1885 Eça visitou o escrito francês Émile Zola, em Paris. Casou-se em 1886, com
40 anos, com Emília Castro Pamplona Resende, jovem de família aristocrática. O casal teve
dois filhos, Maria e José Maria.

 Em 1888 começa a terceira fase sendo nomeado cônsul em Paris, ano que
publicou Os Maias, quando o autor se abstrai da sátira contundente e da ironia
caricatural da família ou da sociedade burguesa, para conduzir-se à uma trilha
construtiva.
O escritor abandona os elementos realistas e lança-se ao cultivo de princípios moralizantes
deixando transparecer que o valor da existência reside na simplicidade. É desse momento: A
Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras, o conto Suave Milagre e as biografias
religiosas.
Eça de Queirós faleceu em Neuilly-sur-siene, França, no dia 16 de Agosto de 1900.1

2 CONTEXTO HISTÓRICO

José Maria de Eça de Queirós viveu durante um período de significativas mudanças


sociais, políticas e culturais na Europa no século XIX. Época em que Portugal era uma
monarquia constitucional, momento em que o país passava por diversas crises políticas e
conflitos entre liberais e conservadores, momentos de revolução e reformas, incluindo a
Revolução Liberal de 1920, que culminou na Constituição de 1822 e a Guerra Civil
Portuguesa (18342-1834), momentos de modernização e industrialização em Portugal, em que
houve aumento na construção de infra-estruturas como caminhos-de-ferro, e estradas, além de
uma gradual urbanização. Queirós também participou do declínio colonial, na segunda metade
do século XIX, marcada pela queda do império colonial português, com perdas territoriais na
África. Queirós viveu numa época em que o realismo e o romantismo eram as principais
correntes literárias, chegando a destacar-se no realismo português. (FRANÇA, 1986).

3 OBRAS DE EÇA DE QUEIRÓS

As obras de Eça de Queirós dividem-se em três fases.


Numa primeira fase encontramos o autor ainda preso em ideias românticas. É dessa
fase a obra O Mistério da Estrada de Sintra, escrito em parceria com o amigo dos tempos
de escola Ramalho Ortigão;

1
FRAZÃO, Dilva. Biografia de Eça de Queirós. eBiografia. 2022. Disponível em:
https://www.ebiografia.com/eça_de_queirós/. Acesso em: 15 de Maio de 2024.

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Na segunda fase encontramos a consolidação das características realistas. Essa fase
tem início com a publicação da obra O Crime do Padre Amaro, considerado o primeiro
romance realista português e se estende até a publicação de Os Maias;
Já na terceira fase encontramos o autor mais preocupado com os valores tradicionais
da vida portuguesa, com a existência humana e a vida campestre. São dessa fase os livros
Ilustre a Casa de Ramires e A Cidade e as Serras.

3.1 O CRIME DO PADRE AMARO

O Crime do Padre Amaro é a primeira obra literária de Eça de Queirós, escrita em


1871 e publicado em 1875 por Batalha Reis e Antero de Quental. Este romance foi escrito
num período marcado por profundas transformações sociais, políticas e culturais em Portugal
e na Europa em geral. Na época, Portugal estava passando por um processo de modernização
e enfrentava tensões entre tradições religiosas e os novos valores seculares promovidos pela
burguesia emergente. Eça de Queirós, influenciado pelo realismo e romantismo, utiliza O
Crime do Padre Amaro para criticar a corrupção moral e institucional da Igreja Católica, bem
como a hipocrisia da sociedade portuguesa da época.

O Crime do Padre Amaro é um romance que se passa na cidade de Leiria, em


Portugal, durante o século XIX. Romance conta a história do jovem padre Amaro Vieira que
vivia em Lisboa, e que posteriormente foi transferido para Leiria, para substituir o falecido
pároco José Miguéis. Segundo Carlos Reis (2022), a eleição do jovem Amaro Vieira para este
cargo teve várias influências, política e por amiguismo. É o caso do apoio dado pelo ministro
da justiça, Brito Correia, e a persuasão do cónego Dias, antigo mestre de Amaro, no seminário
de Moral, ao seu amigo Mendes para que este aceitasse o jovem ao cargo de pároco da
paróquia de Leiria. O jovem Amaro é acolhido na casa da Sra. Augusta Caminha, também
conhecida por Joaneira por ser de S. João da Foz, amiga de cónego Dias, onde conheceu a
jovem Amélia, rapariga de vinte e três anos, filha da dona Joaneira. Amaro, apaixonou-se pela
jovem Amélia, o que dá início a um conflito entre suas obrigações religiosas e seus desejos
pessoais. Amaro, sucumbe às suas paixões e começa um caso amoroso com Amélia, uma
acção bastante influenciada pelo seu mestre, que mantinha uma relação amorosa com a dona
Joaneira. O romance entre Amaro e Amélia causa intrigas e fofocas na cidade, especialmente
entre os outros membros do clero e a sociedade local. A hipocrisia e a corrupção dentro da
Igreja são expostas, mostrando como os interesses pessoais frequentemente se sobrepõem aos
valores religiosos.

Ao longo da relação, Amélia engravida de Amaro. Desesperado para esconder o


escândalo, Amaro toma decisões, novamente sob influências do seu mestre, que têm
consequências trágicas, era do desejo de Amaro que a criança nascesse morta. Ele convence
Amélia a se esconder e entregar a criança a uma mulher que, em seguida, a abandona,
resultando na morte da mesma. Amélia, devastada pela perda e pela hipocrisia de Amaro,
adoece gravemente e acaba por falecer. Porém o padre Amaro, sem sofrer consequências, é

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transferido para outra paróquia, continuando sua vida clerical sem sofrer punições
significativas. O romance termina com uma crítica à Igreja e à sociedade portuguesa da época,
enfatizando a corrupção moral e a falta de justiça.

CONCLUSÃO

EM FALTA, ALGUÉM PRA FAZER UMA A CONCLUSÃO, POR FAVRO!

6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRANÇA, J. A. A Arte em Portugal no Século XIX. 1986. Disponível em:


https://.archive.org/details/aarteemportugalIn00fran. Acesso em 13 de Jun de 2024.

FRAZÃO, DILVA. Biografia de Eça de Queirós. eBiografia. 2022. Disponível em:


https://www.ebiografia.com/eca_queiroz/. Acesso em:
13 de Jun de 2024.
MÓNICA, M.F. (2001). Eça de Queirós. Lisboa: Gradiva.

REIS, CARLOS. Eça de Queirós: O Crime Do Padre Amaro. 2022. Disponível em


https://www.google.com/url?sa=t&/source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://imprensa
nacional.pt/wp-content/uploads/2022/09/Crime-do-Padre-Amaro-
Digital_V2.pdf&ved=2ahUKEwjno5PmuNeGAxXQ8gIHHZXBDrcQFnoECA4QAQ&usg=
AOvVaw2_dABV7RIU7FnYJc7kUfQo. Acesso em: 13 de Jun. 2024.

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