37 - Material Didático - Psicologia Da Educação
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NÚCLEO COMUM
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Núcleo de Ensino a Distância
Créditos e Copyright
95 fls.
CDD 700
Este curso foi concebido e produzido pela UNIMES Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
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SUMÁRIO
Aula 12_ A teoria de Carl Gustav Jung e a sua relevância para a Educação e atuação
do professor. ...........................................................................................................62
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O que é ciência?
A ciência é uma atividade reflexiva, que procura compreender, elucidar e
alterar o cotidiano a partir de um estudo sistemático e não simplesmente da
adaptação à realidade. Quando fazemos ciência, afastamo-nos da realidade para
compreendê-la melhor, transformando-a em objeto de investigação - o que permite
a construção do conhecimento científico sobre o real.
Por aspirar à objetividade na ciência suas conclusões devem ser passíveis
de verificação e isentas de emoção (isto é, busca-se atingir a neutralidade) para,
assim, tornarem-se válidas para todos, ou seja, poderem ser generalizadas em todas
as situações.
PSICOLOGIA CIENTÍFICA
A Psicologia, enquanto definida como ciência que tem por objeto o estudo
do homem considerando seus aspectos psicológicos, sociais, biológicos e seus
variados modos de expressão usufrui do conhecimento do senso comum para
analisar pensamentos, reações, sonhos, linguagem e comportamento. Não obstante,
o psiquismo humano, além de se formar de modo individual, relaciona-se fortemente
ao meio no qual o sujeito está inserido.
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O surgimento da Psicologia
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REFERÊNCIAS
BOCK, A.M. B; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao
estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.
CABRAL, C. & NICK, E. Dicionário técnico de Psicologia. 10. ed. Revista e
ampliada. São Paulo: Cultrix, 2000.
MYERS, D. Introdução à psicologia geral. Rio de Janeiro: LTC Editora AS, 1999.
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Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Burrhus_Frederic_Skinner
Acesso em: 03 abr 2023
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
BARROS, C.S.G. Pontos de Psicologia escolar. São Paulo: Ática, 1991.
BOCK, A.M.B; FURTADO, O; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao
estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.
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O que é Psicanálise?
Psicanálise é um método desenvolvido pelo médico neurologista vienense
Sigmund Freud, para tratar de distúrbios psíquicos a partir da investigação do
inconsciente.
Disponível em:
https://www.gettyimages.pt/fotos/freud?mediatype=photography&phrase=freud&sort=mostpopular
Acesso em 03 abr 2023
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Explorando o inconsciente
Para pesquisar essa possibilidade, Freud foi para Paris e lá permaneceu por
vários meses, estudando com Breuer, um neurologista que usava a hipnose para
tratar pacientes com esses distúrbios (estado mental transitório, semelhante ao
estado de sono embora afetando a pessoa acordada). É caracterizado pela ausência
de reação aos estímulos do ambiente, pela ausência de iniciativa comportamental,
pela sugestibilidade extrema e normalmente pelo esquecimento subsequente depois
da volta ao estado normal.
Ao voltar para Viena, Freud começou a hipnotizar pacientes, incentivando-
os, durante a hipnose, a falar de si mesmos e das circunstâncias relacionadas com
o início dos sintomas. Às vezes os sintomas diminuíam depois da terapia, ou até
mesmo chegavam a desaparecer.
Enquanto utilizava com seus pacientes a hipnose, Freud acabou
descobrindo o “inconsciente”. Analisando os relatos dos pacientes sobre suas
vidas, ele concluiu que a perda da sensibilidade da mão, ou uma surdez podiam ser
causadas por não querer o paciente ouvir ou tocar alguma coisa que lhe provocava
uma intensa ansiedade.
Assim, Freud convenceu-se de que a mente humana seria como um iceberg,
em que, a maior parte fica oculta. Nossa percepção consciente é a parte do iceberg
que flutua acima da superfície. Por baixo da superfície está a
região inconsciente, muito maior, contendo pensamentos, desejos, sentimentos e
lembranças para os quais, em grande medida, não estamos “despertos”.
Para a Psicanálise, alguns desses pensamentos guardamos
temporariamente numa área pré-consciente, de onde podemos recuperá–los à
vontade para a percepção consciente. Freud, no entanto, interessava-se mais
detidamente pela “massa” de paixões e pensamentos inaceitáveis que ele acreditava
que reprimimos, ou bloqueamos à força, porque admiti-los seria doloroso demais.
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REFERÊNCIAS
BOCK, A.M.B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao
estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.
HUFFMAN, K.; VERNOY, M.; VERNOY, J. Psicologia. São Paulo: Atlas, 2003.
MYERS, D. Introdução à psicologia geral. Rio de Janeiro: LTC Editora AS, 1999.
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Gestalt
“cada parte é percebida como elemento formador do todo”
- os objetos parecem ser percebidos em relação ao seu fundo e esta relação
faz com que o indivíduo chegue a um julgamento (importância)
=> Figura e Fundo a parte que se destaca é denominada figura e o conjunto
menos definido chama-se fundo.
Imagem 4: Vaso de Rubin. Imagem preta e branca. Em preto vê-se um vaso. Em branco vê-
se duas faces rosto frente a frente
Figura e fundo
- O que nos permite diferenciar é o contorno (fronteira física que mais parece
pertencente à figura).
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Aplicações à aprendizagem
Segundo Barros (1991), na Psicologia da Gestalt, há vários modos de
aprender: por gradação, diferenciação, assimilação e redefinição.
Aprendizagem por gradação: uma das maneiras de perceber coisas
consiste em se estabelecer um relacionamento de gradação entre as várias partes
da coisa percebida.
Kohler, R. Grisi e outros demonstraram isso em experimentos.
O fato de a criança, de início, perceber a forma total, a Gestalt das coisas, e
estabelecer gradação entre suas partes, aconselha o ensino pela apresentação
inicial de frases e palavras completas, para que haja oportunidade de
estabelecimento dessa relação de gradação, e desaconselha a apresentação inicial
de letras ou sílabas isoladas.(KOHLER apud BARROS, 1991, p.75).
Aprendizagem por diferenciação: é o processo que realizamos para
destacar, dentre as restantes, uma parte do objeto que estamos percebendo.
Assim, quando alfabetizamos uma criança, apresentamos a mesma palavra
em sentenças diferentes, para que essa palavra se destaque dentre as demais
(BARROS, 1991, p. 76). Veja o exemplo:
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REFERÊNCIAS
BARROS, C.S.G. Pontos de psicologia escolar. São Paulo: Ática, 1991.
BOCK, A.M.B; FURTADO, O; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao
estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.
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Disponível em: https://iptc.net.br/carl-rogers/
Acesso em 03 abr 2023
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REFERÊNCIAS
CABRAL, C. & NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. 10. ed. Revista e
ampliada. São Paulo: Cultrix, 2000.
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supermercado, ela muito provavelmente nos levará até lá; no entanto, não consegue
representar o caminho para chegarmos até lá.
Representação icônica: neste nível, a criança já possui a imagem ou
representação mental dos objetos: tal imagem existe independentemente da ação.
Um exemplo é verificarmos como a criança consegue desenhar um copo, sem
representar o ato de beber.
Representação simbólica: neste nível, a criança pode representar o mundo
por símbolos, abstratamente, sem necessidade de usar ação ou imagens, já
conseguindo traduzir a experiência vivida em linguagem.
O princípio geral que norteia a proposta de Bruner está na concepção do
ensino voltado para a compreensão das relações entre os fatos e entre as ideias,
como única forma de se garantir a transferência do conteúdo aprendido para novas
situações. Este mesmo princípio, Bruner acredita que deva ser utilizado para
trabalhar o erro do aprendiz. O erro deve ser instrutivo na sua concepção. O
professor deverá reconstituir com o aprendiz o caminho de seu raciocínio, para
encontrar o momento do erro, e a partir daí, reconduzi-lo ao raciocínio correto.
Para Bruner, o ensino envolve a organização da matéria de maneira eficiente
e significativa para o aprendiz. Desta maneira, o educador deve preocupar-se não
só com a extensão da matéria, mas, principalmente, com sua estrutura.
Compreende que a aprendizagem deve sempre ser capaz de nos levar
adiante, e está na dependência de como se domina a estrutura da matéria estudada,
isto é, a natureza geral do fenômeno; as ideias mais gerais, elementares e essenciais
da matéria. Para de fato, irmos adiante, torna-se necessário ainda o desenvolvimento
de uma atitude de investigação.
Assim, formula sua teoria enfatizando que a estrutura da matéria deve
caminhar no sentido de o conteúdo do ensino ser estruturado a partir dos conceitos
mais gerais e essenciais desta matéria e, a partir daí, desenvolver-se como uma
espiral - no sentido dos conceitos mais gerais para os particulares, aumentando
gradativamente a complexidade das informações. (BOCK, 2002).
Quanto à atitude de investigação, Bruner sugere que seja utilizado o método
da descoberta como método básico do trabalho educacional, pois concebe que o
aprendiz tem condições de percorrer o caminho da descoberta científica,
investigando, perguntando, experimentando e descobrindo.
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A partir dos 13 anos, o raciocínio pode, pela primeira vez, utilizar hipóteses,
que são possibilidades, nem falsas nem verdadeiras. O pensamento formal é,
portanto, hipotético-dedutivo, ou seja, é capaz de deduzir conclusões a partir depuras
hipóteses, e não somente através de observação real.
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Imagem 11: Fotografia com 3 crianças, aproximadamente 3 anos. Brincam com baldes e
areia.
REFERÊNCIAS
BARROS, C.S.G. Pontos de Psicologia Escolar. São Paulo: Ática, 1991.
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Disponível em:
https://guiadofuturo.com.br/henri-wallon/
Acesso em 03 abr 2023
Em 1914, atuou como médico do exército francês, permanecendo vários
meses no combate. O contato com lesões cerebrais de ex-combatentes fez com que
revisse posições neurológicas que havia desenvolvido no trabalho com crianças
deficientes, ao cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos.
Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da
inteligência nas crianças. Participou ativamente das propostas de reforma do sistema
educacional francês, notadamente na coordenação do projeto Langevin Wallon, de
Reforma do Ensino.
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pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. Segundo Wallon, ato mental
se desenvolve a partir do ato motor.
Personalismo: situa-se dos três aos seis anos de vida. Neste estágio
desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais,
reorientando o interesse das crianças pelas pessoas.
Categorial: dos 6 aos 11 anos, os progressos intelectuais dirigem o interesse
da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior.
Adolescência: a partir dos 11 anos ocorre nova definição dos contornos da
personalidade, desestruturados devido às modificações corporais resultantes da
ação hormonal. Questões pessoais, morais e existenciais são trazidas à tona pelo
adolescente, neste estágio.
Na sucessão de estágios, há uma alternância entre as formas de atividades
e de interesses da criança, denominada de “alternância funcional”, em que cada fase
predominante (de dominância, afetividade, cognição) incorpora as conquistas
realizadas pela outra fase, construindo-se reciprocamente, num permanente
processo de integração e diferenciação.
Segundo Wallon, ao nascer, a criança dispõe de expressividade que garante
que suas demandas, solicitações, sejam atendidas por outro membro da espécie.
Mas ainda, o meio humano serviria de intermediário até para as relações diretas
indivíduo-meio físico. Isso ocorre porque a emoção que a criança dispõe ao nascer
garante o surgimento de reações sensório-motrizes que irão constituir novas
condições de desenvolvimento, capazes de introduzir o indivíduo no ambiente físico
e, posteriormente, no das representações, garantindo-lhe o acesso ao meio
simbólico, cultural.
Na perspectiva walloniana, a inteligência está sempre a serviço da pessoa.
As etapas da inteligência são pensadas como instrumentos do “eu”e não como um
fim em si mesmas. Suas diferentes estruturas constituem recursos adicionais postos
a serviço de um “eu” ampliado e flexibilizado.
A criança, no início do desenvolvimento não está empenhada na “construção
do real”, mas sim, em constituir-se a si mesma, em explorar o corpo, em verificar os
próprios limites físicos, para só depois se entregar à exploração sistemática do
mundo externo. O desenvolvimento da pessoa para Wallon não começa
cognitivamente. Em quase todo o primeiro ano de vida, a atividade da criança está
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Disponível em:
http://rdrnews.com.br/2019/10/04/parceria-entre-professor-e-pedagogo-melhora-trabalho-
em-sala-de-aula/
Acesso em 03 abr 2023
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Wallon (1971, p. 91) diz sobre o caráter contagioso das emoções: “A emoção
necessita suscitar reações similares ou recíprocas em outrem e [...] possui sobre o
outro um grande poder de contágio”. Dentro desta ótica, o processo de ensino e de
aprendizagem envolvem tanto os aspectos racionais, quanto os emocionais, que são
sensíveis ao Homem. Assim, é necessário que os professores e alunos entrem em
contato com suas emoções e aprendam a lidar com elas e com as emoções do outro.
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REFERÊNCIAS
MYERS, D. Introdução à psicologia geral. Rio de Janeiro: LTC Editora AS, 1999.
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A psicologia analítica foi criada por Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço que
desenvolveu uma teoria que atualmente tem influenciado as práticas educacionais.
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aluno muitas vezes é diagnosticado como hiperativo e como tendo déficit de atenção,
o que é muito inadequado. Na realidade, verificamos que se trata de uma criança ou
adolescente que se expressa no mundo através do contato com o outro e articula-se
com muita facilidade. O educador deve preparar atividades que acolham os anseios
grupais e de interação desse aluno e também propor atividades individuais que
exijam uma maior reflexão e valorização do silêncio para que ele possa aprender a
cultivar também aspectos da introversão.
Já o aluno introvertido, provavelmente será mais silencioso, acolherá com
mais facilidade trabalhos individuais e fará suas reflexões sem tanta necessidade de
trocar com seus colegas. Muitas vezes é julgado, especialmente, por professores do
seu tipo oposto, como alguém triste, inadaptado e que não participa da aula. Isso
pode ser um erro, pois, na verdade muitos desses alunos, quando têm oportunidade,
demonstram que apesar de não falarem muito, participam das aulas compreendendo
bem o que diz o professor e se saem muito bem em tarefas individuais que não
exijam contato com os outros ou exposição diante da sala de aula. O professor
deverá criar atividades que valorizem esses aspectos e também atividades grupais
com maior exposição, para que possam trabalhar suas dificuldades com a
extroversão.
Além dos tipos psicológicos, Jung (2012) criou as funções da consciência
que se combinam com os tipos de atitude. São elas:
1- As funções racionais (pensamento e sentimento)
O pensamento, organiza, classifica, analisa e apreende o significado dos
fatos. O sentimento julga e atribui valores adequados aos aspectos positivos e
negativos de forma geral.
2- As funções irracionais (sensação e intuição)
A sensação é capacidade de perceber o mundo pelos sentidos. A intuição
ultrapassa a percepção pelos sentidos e é capaz de perceber aquilo que ainda está
inconsciente, mas que já está por acontecer.
Todos têm, em potencial, as quatro funções da consciência, mas devido a
vários fatores da história de vida de cada um, algumas serão mais usadas e outras
menos desenvolvidas. Essas quatro funções irão compor junto à atitude extrovertida
ou introvertida um tipo específico de personalidade.
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rápida da necessidade dos outros e estão sempre prontos para ajudar e dar apoio
aos que necessitam de ajuda. Como o pensamento introvertido é sua função inferior,
às vezes apresentam, sem perceber, pensamentos ruins sobre si mesmo.
4- Tipo: Sentimento Introvertido
Esse tipo também tem facilidade em adaptar-se à vida social, porém seus
valores são elevados e apresentam uma ética que é percebida por todos que o
rodeiam. São mais acomodados, porém, onde estiverem irão exercer uma influência
positiva. Apresentam a tendência de produzir, a partir de poucas ideias, uma grande
produção. Com o pensamento inferior extrovertido, não raro, invadem pensamentos
negativos sobre outras pessoas.
5- Tipo: Sensação Extrovertido
Esse tipo é o mais perceptivo de todos no que se refere aos fatos externos.
Seus sentidos são bem apurados e além de bom gosto são capazes de perceber os
fatos e as pessoas com uma riqueza de detalhes. Em geral são detalhistas na
captação de dados da realidade, daí serem mais lentos na execução de tarefas,
embora sejam bem caprichosos.
Normalmente têm bom gosto e se dão muito bem em sua carreira
profissional. Na nossa cultura ocidental esse talvez seja o tipo mais aceito. Sendo a
intuição introvertida sua função inferior, costumam desconsiderar totalmente aquilo
que não é palpável para os sentidos e quando têm pressentimentos, normalmente
são sombrios.
6- Tipo: Sensação Introvertido
Esse tipo costuma observar com detalhes um ambiente, o tipo de pessoas
que nele se encontram, a partir de uma referência sua, mais subjetiva. Normalmente
são pessoas sensíveis que, aparentemente, parecem não ter percepção alguma.
Embora silenciosas são capazes de captar as coisas com profundidade e observar
o que se passa no ambiente, em detalhes. Por terem como função inferior a intuição
extrovertida costuma ter pressentimentos ruins a respeito do ambiente.
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REFERÊNCIAS
HUFFMAN, K.; VERNOY, M.; VERNOY, J. Psicologia. São Paulo: Atlas, 2003.
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Após termos discutido, vários aspectos relevantes das mais variadas teorias
do desenvolvimento e da aprendizagem humanas, nesta aula discutiremos alguns
pontos a respeito da atuação do educador e sua influência no desenvolvimento de
crianças e adolescentes.
Na interação adulto-criança, compete ao adulto ser mediador e colaborador
no processo de introdução da criança no universo cultural de sua sociedade dando
credibilidade à sua competência para ensinar, e na da criança em se apropriar do
conhecimento já elaborado pelos adultos. Da mesma forma, quando pensamos na
relação educador-educando supomos que aquele ajude, inicialmente, o educando
em sua tarefa de aprender, pois esta ajuda gerará a possibilidade de o educando
pensar com autonomia. Por meio desta interação, o educador, poderá ajudar o
educando a, aos poucos, ir construindo novos significados, novas habilidades e
novos conhecimentos.
Imagem 15: Fotografia de professor do sexo masculino que escuta atentamente seus
alunos
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Esse tipo de atuação envolve uma prática onde o professor tem que se
transformar integralmente, já que o ato de ensinar carrega, antes de tudo, uma
relação de ausência de poder e de respeito pelo outro que pode ser diferente, que
pode trazer questões nunca antes questionadas. Ou seja, um educador que vive
uma relação com o aluno onde ambos ensinam e aprendem como já destacou Freire
(1997) de forma contundente em toda sua obra.
“Mestre não é aquele que sempre ensina, mas quem, de repente, aprende”.
Guimarães Rosa.
Incentivar a participação ativa dos educandos no processo de
aprendizagem, onde estes possam expressar-se quer seja fazendo perguntas, quer
seja propondo soluções, dando opiniões nas variadas situações que se apresentam,
este pode ser o ponto inicial de um processo ensino-aprendizagem inclusivo,
participativo e que considera o educando não como um depositário dos saberes do
educador, mas sim, um contribuinte deste processo. De outro modo, um ensino
pautado exclusivamente em aulas expositivas está fadado ao fracasso.
É, portanto, necessário que este educador seja um interlocutor que incentive
o educando a estabelecer relações entre o que foi aprendido na escola com outras
experiências fora dela e a propor outros temas e problemas que considerem
relevantes para serem debatidos.
Para que isto possa ocorrer, o educador deve ter condições de poder ajudar
os educandos a superar visões de mundo restritivas, individualistas ou autoritárias,
fornecendo possibilidades de significações mais flexíveis, complexas e criativas, e
desta maneira, poder favorecer a compreensão de outros pontos de vista.
Atualmente, é imprescindível que o educador se questione sobre seu método
de ensino e aprendizagem, pois deve levar em conta as diversidades culturais que
envolvem a inclusão social.
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a ser explorado e compreendido. Nesse processo terá que aprender com esse aluno
e buscar formas de interagir com o mesmo, além de fornecer atividades a ele que
contemplem sua participação com sua bagagem cultural.
Sobrinho (2011), comenta a respeito de uma criança indígena que vai
estudar na cidade e ao fazer uma atividade falando sobre profissão, o que gostaria
de tornar-se como profissional, a menina fez uma história de uma fazedora de farinha
que evitava que todos passassem fome e que era isso que gostaria de ser. Segundo
Sobrinho (2011.p.191) a professora da menina, desconsidera sua história e lhe
responde:
“Menina, você tá brincando comigo? Eu mandei falar de profissão e não ficar
inventando coisa que não tem sentido. Onde já se viu falar que fazedora de
farinha é profissão?! Acho mesmo que você não entende o que eu ensino e
quer continuar sendo índia. Presta atenção que você não está na aldeia e
que mora na cidade e na cidade todo mundo tem que ter uma profissão.”
REFERÊNCIAS
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FREIRE, P. Professora sim, tia não: carta a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho
d’Água, 1997.
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REFERÊNCIAS
BARROS, C.S.G. Psicologia e construtivismo. São Paulo: Ática, 1996.
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Eu não sei por que eu ainda não menstruei! Tenho vergonha de perguntar
pra minha mãe. Minhas amigas também não sabem que eu ainda não fiquei
mocinha. Quando elas comentam que estão naqueles dias e sofrem com as
cólicas eu fico quieta. Se elas perguntam eu digo que também sofro com as
cólicas... Por que até agora, não menstruei? (S. 14 anos)
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Nas meninas, o pico de crescimento em estatura ocorre por volta dos 12 anos
de idade e apresenta consideráveis variações em relação à idade
cronológica, podendo ocorrer entre os 10 e os 14 anos (Malina et al., 2009;
Rogol et al., 2002; Rowland, 1996). Após o pico de crescimento em estatura,
ocorre a menarca, diretamente associada à elevação da produção de
hormônios femininos (estradiol). Entretanto, não há um ganho acentuado de
massa muscular, uma vez que não há elevação significativa na produção de
testosterona (Malina et al., 2009; Rogol et al., 2002). Assim, as meninas
aumentam o percentual de gordura corporal (principalmente na região dos
seios e quadris), o que não favorece a execução de habilidades motoras. (RE,
A.H.N, 2011)
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Imagem 16: Imagem de desenho com dois adolescentes, um sexo masculino e outro do
sexo feminino. Ambos olhando para um espelho reconhecendo mudanças corporais
.Disponível em:
https://amigopai.wordpress.com/2017/04/22/mudancas-fisicas-e-comportamentais-da-
puberdade-e-da-adolescencia/
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preocupações do jovem adulto. Nesta fase há uma expectativa, por parte dos pais,
por este jovem firmar sua identidade, fazer uma escolha quanto a prosseguir nos
estudos ou iniciar um trabalho e se tornar independente.
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organizou-se ao longo das últimas décadas, uma rede de apoio político-social para
os adolescentes.
Ao longo dos anos, muitas tentativas foram feitas no sentido de acompanhar
e dar assistência aos adolescentes. Esta deve ser uma preocupação de pais,
educadores e de toda a sociedade. Segundo Davim et al (2009), o Código de
Menores, de 1927 foi o primeiro a regulamentar políticas públicas para crianças e
adolescentes. Depois, em 1941 surge o Serviço de Assistência ao Menor (SAM)
“com a finalidade de atender menores carentes e delinquentes, institucioná-los e
estudá-los” (p.134).
Este serviço foi identificado como semelhante ao sistema prisional, com
denúncias de tortura, abuso moral, sexual e corrupção administrativa e, por isso, em
1964 foi extinto. Em dezembro desse mesmo ano foi criada a Fundação Nacional do
Bem-Estar do Menor (FUNABEM) cujo objetivo era “promover políticas públicas de
bem-estar para crianças e adolescentes, distribuir recursos e financiamentos em
nível estadual das Fundações Estaduais do Bem-Estar do Menor (FEBEM)” (DAVIM
et al, 2009, p.134).
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18 anos de idade será considerado responsável por um ato criminal (artigo 104 do
ECA).
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Tais cuidados são necessários, para o equilíbrio emocional e uma educação plena.
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Eu adoro meu colégio, não por causa das matérias ou dos professores, mas
porque a gente pode conversar bastante e namorar. (Silene, 14 anos)
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Será então, neste ambiente que vamos encontrar uma queixa comum aos
pais e aos professores que atuam no final do Ensino Fundamental e no Ensino
Médio: a indisciplina dos adolescentes.
A indisciplina preocupa os adultos e os professores, principalmente quando
associada à violência. Os adolescentes têm dificuldades em controlar seus impulsos
e por isso, basta uma pequena provocação dos colegas para desencadear uma
reação, muitas vezes violenta. E a violência física ou moral (como no caso do
bullying) não é um problema só de países em desenvolvimento, como o nosso.
Mesmo em países desenvolvidos, com ótimas instalações e excelentes condições
de trabalho escolar há queixas de professores quanto à indisciplina e até episódios
de extrema violência, em que adolescentes armados executam colegas, professores
e funcionários e, em seguida, cometem suicídio.
A violência acontece em escolas públicas e particulares e não se restringe a
uma classe econômica, credo, gênero ou orientação sexual. Nos casos de atos
violentos os infratores são encaminhados pela escola ao Conselho Tutelar. Como
vimos na aula anterior, a função do Conselho Tutelar é orientar adolescentes e suas
famílias e não punir, até porque os adolescentes são considerados imputáveis antes
dos 18 anos.
A ideia de indisciplina está relacionada a uma dimensão ética de
cumprimento ou não, de um código de conduta. As regras podem ser cumpridas
porque concordam com elas ou porque temem alguma punição no caso de
descumprimento. Alunos indisciplinados são “reforçados” pelos colegas quando são
reconhecidos como corajosos por enfrentarem os professores e demais funcionários
da escola. Eles estabelecem, segundo Aquino (2009), a “soberania do um” (p.15).
Essa sensação de poder sobre os demais é um componente reforçador que exigirá
do professor uma atitude firme, mas não autoritária, para conter o aluno
indisciplinado.
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Estrela apud Aquino (2009) aponta outros fatores, além da falta de regras
que explicam a indisciplina dos alunos:
A escola não pode ficar imune às tensões e desequilíbrios da sociedade
envolvente e, por isso, poderá ver-se a indisciplina que atualmente perturba
a vida de muitas escolas como um reflexo dos conflitos e da violência que
grassa na sociedade em geral. As desigualdades econômicas e sociais, a
crise de valores e o conflito de gerações são alguns dos fatores que podem
explicar os desequilíbrios que afetam tanto a vida social quanto a vida
escolar. (p.39)
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Eu detesto Educação Física. Não tenho jeito para essas coisas. Sou muito
acanhada, tenho uma educação muito rígida em casa, morro de vergonha
e detesto me expor aos olhos dos outros. E se antes eu já não gostava,
agora odeio ginástica e os esportes em geral. Tenho medo do fracasso, da
gozação dos outros e dos ‘elogios’ da professora: ‘não é assim, manteiga
derretida’, ‘não é assado,madame gelatina, é assim! Ah, eu a odeio.
(Laurinha, 14 anos)
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REFERÊNCIAS
BEM ESTAR /G1. Brasil tem gravidez na adolescência acima da média latino-
americana, diz OMS, 01/03/2018. Disponível em
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/brasil-tem-gravidez-na-adolescencia-acima-
da-media-latino-americana-diz-oms.ghtml Acesso em: 04 abr 2023
FREIRE, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Editora UNESP,
2001.
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