1, 2 e 3 Instrução de MM

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1ª. Instr. M.M.

Orador (lendo) Como sabeis, meus VVen.. Ilr... nosso querido Mestre H.. A.. foi exumado pelos
lir...encarregados de descobrir o seu corpo. Depois de cumpridas as setenças que, para si
próprios, pediram J. J. e J., Salomão ordenou que fosse re-enterrado o corpo do saudoso Mestre.
Efetuou-se a sua inumação tão próximo do S.. S.. quanto o permitiam as leis israelitas. Não foi
enterrado no S..S.., porque ali só tinha entrada o S.. S.. e esse mesmo apenas uma vez por ano,
quando, após abluções e purificações, ia, no Dia da Expiação, festa religiosa dos Hebreus,
expiar os pecados do povo, visto como, pelas leis israelitas, toda a carne era considerada
imunda.
Nesse dia, o S.. S.. queimava incenso em honra e para glória do G.. A.. D.. U.. e orava para que,
na sua infinita Sabedoria e Bondade, derramasse a paz e a tranquilidade sobre a nação israelita,
durante o ano que começava.
Os utensilios com os quais o nosso Mestre H:.A.. foi assassinado são: a régua, o esquadro e o
malho.
Os ornamentos de uma Loja de Mestre são: o Pórtico, a Lâmpada Mística e o Pavimento
Mosaico.
O Pórtico é a entrada para o S..S.., a Lâmpada Mística é a fonte de luz que o ilumina e o
Pavimento Mosaico é o local em que caminha o S.. S...
O Pórtico é, também, uma recordação dos nosso deveres morais, pois, antes de transpô-lo para
chegarmos ao grau de Mestre devemos adornar e fortalecer nosso caráter para podermos
compreender os mistérios e receber a recompensa da C.. do M...
A Lâmpada Mística simboliza a irradiação divina, cuja luz penetra os nossos mais íntimos
pensamen- tos e sem a qual tudo voltaria às mais densas trevas.
O Pavimento Mosaico representa o Mundo, com as suas dificuldades e contrastes, cujo caminho
percorremos com intermitências de sombras e de luz , de alegria e tristeza, de felicidade e
desdita.
A caveira e as tíbias cruzadas são emblemas de mortalidade e aludem à sua morte, ocorrida a
três mil anos depois da criação do mundo: são, ao mesmo tempo, uma lição sobre a fragilidade
das coisas terrenas e sobre a vida efêmera do mundo físico.
Os utensílios do M.. M.. são: o Cord... oL..e o C.:
O Cord.. serve para traçar todos os ângulos do edificio, fazendo-os iguais e retos para que os
alicerces possam perfeitamente suportar a estrutura.
Com o L.. o arquiteto hábil desenha a elevação e traça os diversos planos para a instrução e
orientação dos Obreiros.
O C.. serve para determinar, com certeza e precisão, os limites e as proporções das diversas
partes da construção.
Não somos, porém, maçons operativos, mas especulativos. Por analogia, aplicamos todos estes
instrumentos à nossa moral. Assim, o Cord.. nos indica a linha reta de conduta, sem falhas,
baseada nas verdades contidas no L.. da L... OL.. nos adverte
que nossos atos, palavras e pensamentos são observados e registrados pelo Todo Poderoso, a
Quem devemos contas de nosso proceder nesta vida. Finalmente, o C.. nos recorda Sua Justiça
imparcial e infalível, mostrando-nos que é necessário aprendermos a distinguir o bem do mal, a
justiça da iniquidade, a fim de ficarmos em condições de, com um C.. simbólico, apreciar e
medir, com justo valor, todos os atos que tivermos de praticar.
Eis ai, meus VVen.. Ilr.. quanto nos ensina o Painel da Loja de Mestre, cujo estudo deveis fazer
com cuidado, pois resume o caminho do Mestre para a perfeição.
Ven..- Meus llr.., concito-vos a seguirdes os conse- lhos de nosso Ven.. Ir.. Orador, afim de que
não fiqueis Mestres apenas nas insignias e nos diplomas, mas, também, nos sentimentos e nas
ações.
Está terminada a primeira Instrução.

SEGUNDA INSTRUÇÃO (Catecismo do Mestre)

Ven..- Meus VVen.. Ilr..., vamos, hoje, dar a segunda instrução do grau de Mestre para nos
recordarmos do dia memorável da nossa exaltação a este sublime grau e, principalmente, para
rememorarmos os ensinamentos contidos em suas diversas fases, a fim de que transfor- memos
os símbolos em realidade. (pausa)
Ven.. Ir.. 1º Vig..., sois Mestre-Maçom?
1º Vig.. Ven. Respeitab.. Mestr.., a a.. m.. é c.. Por que me respondeis desse modo, meu Ir..?
1° Vig.. Porque a a.. é o símbolo de uma vida indestrutível, cujos mistérios me foram
desvendados.
Ven..-Ven.. Ir.. 2º Vig..., onde fostes recebido Mestre?
2º Vig.. Na C.. do M.., Respeitab... Mestr...
Ven.. Que lugar é esse meu Ir..?
2º Vig. É o centro onde se encontram e para onde convergem aqueles que, depois de estudarem
e me- ditarem profundamente, compreendem os mistérios da Natureza.
Ven..- Que vistes, meu Ir.., quando ali entrastes?
2° Vig. Vi o luto e a consternação em todos os semblantes.
Ven... Qual era a causa dessa dor?
2º Vig..-A comemoração de um lúgubre acontecimento.
Ven.. Que acontecimento era esse, meu Ir..?
2º Vig.. O assassinato de nosso Mestre H..A...

Ven.. -Venerab.. Ir.. 1° Vig.. por quem foi assassina- do nosso querido Mestre?
1º Vig.. Por três Companheiros traidores e perjuros que queriam obter uma recompensa sem
havê-la merecido.
Ven.. Esse assassinato foi efetivamente praticado?
1º Vig.. Não, Respeitab... Mestr..; o assassinato de H.. A.. é uma ficção simbólica, mas
profundamente verdadeira pelos ensinamentos que encerra e pelas deduções que dela se
inferem.
Ven..-Dizei-me, meu Ir.., o que representa a morte de nosso Mestre.
1º Vig. O assassinato de H., A., simboliza a pura tradição maçônica, isto é, a Virtude e a
Sabedoria, postas constantemente em perigo pela ignorância, pelo fanatismo e pela ambição dos
Maçons que não 'sabem compreender a finalidade da Maçonaria nem
'se devotar à sua Sublime Obra.
Ven..-Venerab... Ir.. 2º Vig.., que vistes no local onde fostes admitido?
2º Vig.. O túmulo de H.. A., iluminado por tênue claridade.
Ven. Quais são as dimensões do túmulo de nosso Mestre?
2º Vig.- Três pés de largura, cinco de profundidade e sete de comprimento.
Ven.. A que aludem esses algarismos?
2º Vig.. Aos números sagrados propostos à medita
ção dos Aprendizes, Companheiros e Mestres. Ven.. Que relação tem esses números com o
túmulo de H.. A..?
2º Vig.. Esse túmulo encerra o grande segredo da Iniciação que só é desvendado pelos
pensadores capazes de conciliar os antagonismos pelo ternário, de conceber a quintessencia
dissimulada pelas exterioridades sensíveis e de aplicar a lei do setenário ao domínio da
realização.
Ven..-Venerab.. Ir.. 1º Vig..., qual foi o indício que fez reconhecer o túmulo de H.. A..?
1° Vig..-Um ramo de A.'., plantado na terra revolvida de fresco.
Ven..- Qual a significação simbólica deste ramo verdejante?
1º Vig..- Representa a sobrevivência de energias que a morte não pode destruir.
Ven.. Quando fostes conduzido para junto do túmulo de H.. A.. que fizestes do ramo de A..?
1º Vig.:.- Apoderei-me dele, por ordem dos que me conduziam.
Ven.. Que significa isso, meu Ir...?
1° Vig..-Segurando a A.., demonstrei que me ligava a tudo o que sobrevive da tradição
maçônica. Prometi, deste modo, estudar com fervor tudo o que subsiste do passado, dos seus
ritos, usos e costumes, sem me deixar influenciar pelas opiniões que os classificam de arcaicos
ou nocivos.
Ven.. Venerab.. Ir.. 2º Vig.., a que prova fostes submetido diante do túmulo de H.. A...?
2° Vig.- Tive que reabilitar-me da suspeita de ter participado da trama urdida pelos assassinos de
H.... Ven. De que modo provastes vossa inocência?
2° Vig- Aproximando-me do cadáver a passos largos, sem receio, com a minha consciência
tranquila.
Ven..-A que se relaciona a marcha que executastes?
2º Vig.: -A revolução anual do Sol, através dos signos do zodiaco.
Ven. Por que não parastes em vossa marcha, meu Ir..?
2 deg Vig.. Porque ela é, também, a imagem da vida terrena, que se precipita de uma só vez do
nascimento à morte.
Ven..- Venerab... Ir.. 1º Vig..., como fostes recebido Metre?
1 deg Vig.. Passando do E.. ao C...
Ven. Por que o C.. é utensilio particular dos Mestres?
1 deg Vig. Porque só eles sabem manejá-lo com precisão.
Ven..- Em que se baseiam os Mestres para usarem o C.. com precisão?
1º Vig..-Medindo todas as coisas, levando, porém, em conta sua relatividade. Sua razão, fixa
como a cabeça do C.., julga os acontecimentos, segundo as suas causas ocasionais. O
julgamento do Iniciado se inspi- ra não nas rígidas graduações da régua, mas num discernimento
que se baseia na adaptação rigorosa da lógica à realidade.
Ven..-Venerab.. Ir.. 2^ sqrt ig . , qual é a insígnia dos Mestres?
2º Vig.. Ο Ε.. unido ao C...
Ven..-Que significa a união desses dois instrumentos?
2° Vig..- O E.. regula o trabalho do Maçom, que deve agir com a máxima retidão, inspirado na
mais escrupu- losa equidade. OC.. dirige esta atividade, esclarecen- do-a, a fim de que ela
produza a mais judiciosa e fecunda aplicação.
Ven. Se um Mestre se perdesse, onde o encontrarieis, meu Ir..?
2º Vig..- Entre o E.. e o C... Respeitab.. Mestr... Ven.. Por que, meu Ir..?
2º Vig.. Porque o Mestre procurado distinguir-se-ia pela moralidade de seus atos e pela justeza
do seu raciocínio. É, sob este ponto de vista, que ele se conserva entre o E.. e o C...
Ven.. Que procuram os Mestres, Venerab.. Ir.. 1º Vig..?
1º Vig.. A palavra perdida.
Ven..- Qual é essa palavra?

1° Vig.. - É a chave do segredo maçônico, ou melhor, é a compreensão daquilo que permanece


ininteligivel e incompreensível aos profanos e aos iniciados imperfeitos.
Ven.. Como se perdeu a palavra ?
1° Vig.. Pelos três grandes golpes que sofreu a tradição viva da Maçonaria, dos Companheiros
indignos e perversos.
Ven.. Podeis dizer-me, meu Ir.., como tornaram a encontrá-la?
1° Vig.. Tendo sido assassinado H.. A.., seus discípulos mais fervorosos resolveram descobrir
sua sepultura, que lhes foi revelada por um ramo de A... Decidiram, então, desenterrá-lo e
observar a primeira palavra que se lhes escapasse dos lábios, à vista do cadáver, e o gesto que
instintivamente fizessem, uns aos outros, como mistérios convencionais do grau.
Ven..- Qual foi, Venerab.. Ir.. 2º Vig..., a nova p.. s.. que substituiu a antiga?
2º Vig..-M...
• Ven.. - Que significa esta P.. ?
2º Vig..-A c.. s.. d.. d.. o...
Ven.. Não se usa outra P... S..?
2º Vig..- Sim, Respeitab.. Mestr... Em alguns países se diz: M.. B.., que quer dizer: FILHO DA
PUTREFAÇÃO ou FILHO DO MESTRE MORTO.
Ven. Nunca se suspeitou da primitiva P.. S.. que os conjurados tentaram arrancar a H.. A..?
2º Vig..-Sim, Respeitab.. Mestr..., acredita-se que ela corresponda ao Tetragrama Sagrado, cuja
pronuncia só era conhecida do Gr.. Sacerdote de Jerusalém.
Ven..-Como se comunica a P.. S.., Venerab.. Ir.. 1° Vig..?
1º Vig.. Pelos c.. pp.. de pp.. do mestrado. Ven.. Quais são eles?
1º Vig..-P.. contra P.. J.. contra J.. P.. contra P.. MM.. DD.. unidas em g.., a M.. E.. sobre o O..
D.. do interlocutor.
Ven. A que fazem alusão estes PP.. de PP..?
1° Vig..-A ressurreição de H.. A... A aproximação dos PP.. indica que os MM.. não hesitam em
correr em socorro de seus llr.., os JJ.. que se tocam são uma promessa de intercessão em caso de
necessidade; os PP.. são unidos em sinal de que abrigam as mesmas virtudes e de que seus
corações batem em uníssono, animados dos mesmos sentimentos; as MM.. DD.. em g.. indicam
a união indissolúvel que os une, mesmo no meio das maiores vicissitudes; finalmente as MM..
EE.. sobre os OO. DD.. simbolizam que se ampararão mutuamente numa possível queda.
Ven..- Qual é o sinal adotado pelos Mestres para se reconhecerem, Venerab.. Ir.. 2º Vig..?

2º Vig..-É o gesto de horror, que não puderam reprimir quando descobriram o cadáver de H..
A...
Ven..- Tém os Mestres, meu Ir.., outro sinal ?
2º Vig..- Sim, Respeitab.. Mestr.., é o S.. de S.. reservado para os casos de extremo perigo.
Executa- se com os DD.. e.. e as MM.. sobre a C.., com as pp.. para c.., gritando-se: "A.. m. o. f.
d. v. " Ven.. Este S.. de S.. não tem uma variante ?
2º Vig..- Sim, Respeitab... Mestr.., e é preferivel por
ser mais discreto. Faz-se com a m.. d.. f.. colocada sobre a t.., abrindo-se, em seguida, os dd...
i..,m.. ea.. e pronunciando-se, sucessivamente, S..-C..-J...
Ven..- Qual é a V.. de que os MM.. se dizem F..?
2º Vig..- É Isis, personificação da Natureza, a Mãe Universal, V.. de Osiris, o deus invisível que
ilumina as inteligências.
Ven..- Qual é a P.. de P.. do 3º grau Venerab.. Ir.. 1º Vig..?
1º Vig..-T.. que, segundo a Biblia, foi o inventor das Artes, e quem primeirotrabalhou em metais.
(Gênesis, cap IV ver 22).
Ven..- Como batiam os Mestres-Maçons, meu Ir..? 1º Vig.. Por t.. pancadas, igualmente
espaçadas, para recordar a morte de H.. A..; quando, porém, esta bateria foi atribuida aos AAp..,
os MM.. MM... para se distinguirem, repetiram-na por t.. vezes.
Ven..- Que idade tendes, Venerab.. Ir.. 2º Vig..?
2º Vig.. S.. anos e mais, Respeitab.. Mestr...
Ven.. Por quê este número ?
2° Vig..-O Ap.. inicia as suas meditações pela Unidade e pelo Binário para demorar no ternário,
antes de conhecer o quaternário, cujo estudo é reservado ao Comp... Este parte do número
quatro para se deterno cinco, antes de abordar o seis e se preparar para o estudo do sete.
Pertence ao Mestre o estudo detalhado do setenário, aplicando o método pitagórico aos nú-
meros mais elevados. Dai ser sua idade iniciática a de S.. anos e mais.
Ven.. Como viajam os Mestres, meu Ir..?
2º Vig.. Do Or.. para o Oc.. e do S.. para o N... Respeitab.. Mestr..
Ven.. - Por quê?
2º Vig.. - Para espalharem a Luz e reunirem o que está disperso. Em outras palavras, para
ensinarem o que sabem e aprenderem o que ignoram, concorrendo, por toda a parte, para que
reinem a harmonia e a fraternidade entre os homens.
Ven.. Como trabalham os Mestres, Venerab.. Ir.. 1° Vig..?
1º Vig.. Traçando os planos que os AAp.. e os
CComp.. executam. Este traçado simbólico rep senta o preparo do futuro; baseando-se nas liçõe
nas experiências do passado.

Ven..- Qual o uso que os Mestres fazem da trolha


1º Vig..- Serve-lhes para encobrir as imperfeições trabalho dos AAp.. e dos CComp...
Realmente, significa os sentimentos de indulgência que anim todo homem esclarecido para com
as fraquezas manas, de que conhece as causas.
Os Mestres adotam como lema:
"A Sabedoria não está em castigar os er mas em procurar-lhes as causas e afastá-las Ven.. Onde
recebem os Mestres o salário?
1º Vig.. Na C.. do M.., isto é, no centro on inteligência é iluminada pela Luz da Verdade.
Ven..- Qual é o nome do Mestre-Maçom?
1º Vig.. - Só vós o sabeis, Respeitab.. Mestr... todos aqueles que tiveram a elevada honra de diri
trabalhos de uma Loja.
Ven..-Evós, Venerab... Ir.. 2º Vig..., podeis responder à pergunta que fiz ao Venerab.. Ir.. 1º
Vig..?
2º Vig.. Não, Respeitab.. Mestr.., e pelas mesmas razões. A compreensão mais elevada que tem
um Mestre-Maçom de seu verdadeiro papel é procurar, no seu intimo, o Mestre que está morto,
a fim de fazê-lo reviver para que ele ressuscite em cada um de nós. Ven.:-Meus Vven.. Ilr.., eis o
nosso objetivo. Esforçai- vos, como Mestres simbólicos, em transformar o símbolo na realidade.
Nunca desejeis ser apenas titulares de diplomas nem portadores de insígnias. Metamorfoseai-
vos em verdadeiros Mestres, isto é, naqueles que, pelo pensamento e pela ação, se encontram no
caminho da Verdade.
Que a Infinita Sabedoria, a Infinita Bondade do G.. A.. D.. U..se derrame sobre nós, a fim de
que possa- mos realizar a transformação do simbólico no real. Assim seja!
Todos- Assim seja!
Ven.. Está dada a segunda Instrução. Repousemos VVen.. Ilr...

TERCEIRA INSTRUÇÃO
(para leitura a sós e meditação)
Noções de filosofia iniciática, relativas ao grau de Mestre-Maçom

OS MISTÉRIOS DO NÚMERO 'SETE'


Para justificar sua idade iniciática, o Mestre não pode ignorar coisa alguma das explicações que
os antigos davam sobre as propriedades intrinsecas dos números.

O 2º grau o conduziu ao limiar do setenário, fazen- do-o subir os sete degraus do Templo.
Compete-lhe, agora, partindo do sete, percorrer toda a série dos núme- ros superiores.

Comecemos por mostrar o prestígio excepcional de que goza o número sete. Já os Caldeus,
construindo sete ensilharias cúbicas na torre de Babel, e consideravam-na mais sagrada que os
outros, pois o setenário desse
edificio tinha por fim ligar a Terra ao Céu, porque a divindade se manifestava, aos olhos dos
Magos, por intermédio de uma administração universal composta de sete ministérios.

Estes departamentos correspondiam aos astros que percorrem a abóbada celeste e que eram,
naquele tempo, considerados mais ativos que as estrelas fixas. Sol, Lua, Marte, Mercúrio,
Júpiter, Vênus e Saturno partilhavam o governo do mundo.

Personificado pelos poetas por necessidade de dramatização mitológica, este setenário, em


seguida, sutilisou-se no espírito dos metafisicos. Em seu conju.n- to, o Templo de Baal
apareceu, então, como o símbolo da Causa Primária imanente, sendo cada um dos seus sete
planos consagrado a uma das Causas secundárias, organizadoras do Universo.
É a essas causas setenárias que se atribui a Obra da Criação, tal como nos aparece nas diversas
cosmogonias, das quais a Gênese hebraica é um espé- cime particular. Essas causas
coordenadoras tem sua
consagração nos sete dias da semana, símbolo submúltiplo das sete épocas da Criação, cujo
culto re- monta, no minimo, à civilização babilônica.

É a esta civilização que devemos, por transmissões sucessivas, as noções misteriosas


conservadas, sob a forma de ensinamentos secretos, no seio das Escolas Iniciáticas do Ocidente,
onde sempre se reconheceu que essa Luz Ihes vinha do Oriente.

Os filósofos herméticos distinguiam sete influênci- as distintas, que se manifestam em todo o


ser organiza- do, quer se trate do Macrocosmo (mundo celeste, cu mundos grandes) quer do
Microcosmo (mundo terres- tre ou mundos pequenos), representado pelo individuo humano,
animal, vegetal ou mineral.

Impunha-se-lhes uma distinção entre a natureza elementar ou rudimentar, sujeita à lei do


quaternário dos elementos (já estudada no 1º grau) e uma natureza mais elevada, em
consequência de um acordo vibratório com as sete notas que formam a gama da harmonia
universal.

Conhecer estas notas é de importância capital para


aquele que aspira iniciar-se na música das esferas, que Pitágoras pretendeu ter ouvido. Elas
correspondem aos

dias da semana que, a despeito das revoluções religiosas.

3 continuam consagrados ao setenário divino concebido,

• há mais de cinco mil anos, pelos sábios da era remota da • Verdadeira Luz.

Se este setenário procedesse, apenas, dos sete planetas e dos sete metais conhecidos dos antigos,
não teria grande importância para nós, por ter passado a sua época. É, porém, oriundo de uma
concepção muito mais elevada que a emanada de simples observações astro- nômicas
primitivas, ou mesmo de uma metalurgia ainda na infância.

Vemos, com efeito, que entre os homens de uma mesma raça há, de fato, sete tipos nitidamente
caracte- rizados, quer no fisico quer no moral.
Os astrólogos e os quiromantes nos legaram, a este respeito, tradições preciosas, que
representam a aplicação geral da Lei do Setenário, da qual os verdad.i- ros iniciados devem
compreender todo o alcance. Um
Mestre nunca atingirá o Mestrado, se não compreender que tudo quando existe é, ao mesmo
tempo, único, tríplice e sétuplo.
Demos alguns exemplos para clareza do que acabamos de expor.

A TRINDADE SETENÁRIA
Colocadas, em triângulo, três rosetas de seda decoram o avental dos Mestres. Estas rosetas
representam, simbolicamente, três anéis entrelaçados para formar a trindade, onde se encontra o
setenário.

Nada mais simples do que esta representação muda, ocadora de conceitos filosóficos cuja
exposição forneceria matéria para uma série de numerosos volumes.
Nós nos contentaremos, porém, em dar nesta instru- ção, apenas, as indicações precisas e
concisas, destina- das a guiarem os aspirantes ao verdadeiro Mestrado intelectual.
1°) - Círculo de Ouro - Sol, centro imutável de onde irradia toda a atividade. Espírito que anima
a matéria - O enxofre dos alquimistas - Fogo interior, individual - Ele- mento gerador de cor
rubra: sangue, ação, calor e luz.
2°) - Círculo de Prata - Lua, astro variável, espelho 3 receptivo das influências; molde plástico
que determina toda a formação Substância passiva, esposa do - espírito, - O Mercúrio dos
hermetistas, veículo da ativida- de espiritual, que penetra em todas as coisas - Espaço, cor azul:
ar, sentimento, sensibilidade.
3°) - Círculo de Bronze ou de Chumbo Saturno, deus precipitado do Céu, que reina sobre o que
é pesado, material - Materialidade, positivismo, energia material Cor amarela, tendente a se
obscurecer, passando ao cinzento e ao negro: arcabouço ou carcaça óssea, base sólida de toda a
construção, rocha que fornece pedra bruta, ponto de partida da Grande Obra.
4°)-Interferência de 1e 2-O Filho, nascido da união do Pai e da Mãe. Júpiter, oposto a Saturno,
por ele destronado, corresponde à espiritualidade. É ele que ordena e decide, projetando o raio, a
Centelha da Vontade. Cor de púrpura ou violeta (complementar da amarela): idealismo,
consciência, responsabilidade, auto-direção. •
5º) - Espaço central, no qual as três cores primitivas se sintetizam na luz branca. Estrela
Flamigera, Mercúrio dos Sábios, quintessência - Eter vivente, sobre o qual tudo age e reflete.
Fluído de atração, grande agente do magnetismo.
6°) - Domínio da interferência de 2 e 3 - Vênus, a vitalidade, o orvalho gerador dos seres. Cor
verde: doçu- ra, ternura, sensibilidade física.
7°) - Interferência de 1 e 3-Atividade material-Marte, necessidade de ação, motricidade que
despende e con- some a energia vital. Fogo devorador, cor de chama, amarelo-vermelho-
escarlate: instinto de conservação, egoismo, ferocidade, mas, também, potência inquebran- tável
de realização.
Este setenário, assim esboçado, se encontra até nos sete pecados capitais, cuja distinção se funda
em dados iniciáticos.
1º) - Orgulho, prejudicial quando oriundo de uma vaidade frívola, ligado ao Sol, porque, como
ele, ofusca os fracos.
2°) - Preguiça, proveniente da passividade lunar, elanguecida em inércia abusiva.
3°) - Avareza, vício essencial dos saturninos, previ- dentes e prudentes em excesso.
4°)-Gula, própria dos jupiterianos, indivíduos hospi- taleiros e generosos, que cuidam muito do
próprio eu.
5°) - Inveja, tormento dos mercurianos, agitados, que jamais se satisfazem e não podem deixar
de ambi- cionar aquilo que não possuem.
6°)-Luxúria, proveniente do exagern das qualidades de Vênus.
7°) - Cólera, enfim, que é o defeito de Marte de que exalta a violência e os transportes.
Note-se bem que 1 se opõe a 6, 2 a 7 e 3 a 4, enquanto 5 a nada se opõe, assegurando o
equilíbrio geral.
Se fosse suprimido um só desses pecados capitais, o equilíbrio do mundo material romper-se-ia.
Nada demonstra melhor a importância do setenário tal como o concebem os Iniciados.

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