C - 2 Série

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Olá, professora! Olá, professor!

Este componente surgiu como uma ideia criativa, fruto de uma oportunidade
acadêmica vivenciada por meio de uma parceria entre o Governo do Estado da
Paraíba e a Finlândia.

Duas professoras da Rede Estadual da Paraíba- Luiza Iolanda Cortez e


Giovânia Lira -, tiveram o insight de criar um projeto para os(as) estudantes da
Rede Estadual da Paraíba, que buscasse o desenvolvimento de uma cultura
empreendedora nas escolas cidadãs integrais, com contribuições significativas ao
autogerenciamento da aprendizagem e estímulo às competências do século XXI
(pensamento crítico, comunicação, criatividade, colaboração, resolução de conflitos
e adaptabilidade). Dessa forma, pretende-se oportunizar aos(às) estudantes,
através desse projeto, preparo e qualificação para o desenvolvimento de atividades
cotidianas da vida, sejam pessoais e/ou profissionais, com o intuito de que os(as)
jovens possam conhecer e se integrar ao mundo do trabalho.

O material que você encontrará a seguir constitui-se em uma orientação que


servirá de guia para os primeiros encontros da disciplina Colabore e Inove (Ci9).
Entendemos que os primeiros meses de atividades será um período de
familiarização, para docentes e discentes, do que a disciplina oferta. É importante
que esse período seja construído com paciência, disposição, criatividade e mente
aberta ao novo. E, para este ano, iremos trabalhar com os seguintes temas:

Tema 01: Ambientação com a Colabore e Inove: criatividade é a chave!


Tema 02: Revisando o Contrato de Aprendizagem
Tema 03: Aprendizagem baseada em projeto - Retomando os projetos
anteriores ou dando início a novos!
Tema 04: Prototipagem
Tema 05: Empreendedorismo social e economia criativa
Tema 06: Da gente para o mundo - Culminância

É fundamental destacar, que os temas são abordados em uma sequência em


que o primeiro é essencial para que o segundo possa ser implementado de maneira
satisfatória, e assim sucessivamente. Desse modo, a Colabore e Inove se constitui
em um conjunto coeso, no qual cada parte compõe um todo maior, articulado e com
uma finalidade pedagógica bem estabelecida.

A disciplina Colabore e Inove está inserida na Parte Diversidade do currículo.


E, para os(as) estudantes da 2ª Série, este componente curricular não é mais uma
novidade. Porém, é possível que a escola receba estudantes que não vivenciaram
CI9 no ano passado. Sendo assim, professor(a), não hesite em fazer uma pequena
apresentação de como CI9 foi vivenciada ano passado. Também procure apresentar
a disciplina de maneira que todos(as) entendam que, mesmo sendo da Parte
Diversidade, ela tem importância como os demais componentes curriculares e
dialoga com eles. A CI9 oferece oportunidades de crescimento intelectual,
desenvolvimento acadêmico e científico. As temáticas desenvolvidas dão
oportunidades para que docentes e discentes participem dos programas da Rede
como o Ouse Criar, Celso Furtado, entre outros.

Nosso desejo é que, no ano de 2023, todos e todas possam ampliar seus
conhecimentos através das aulas, reflexões e atividades pensadas para CI9.

Tenham um bom ano letivo!


1º SEMESTRE

Tema 01: Ambientação com a Colabore e Inove: criatividade é a chave!


CONTEÚDO: A criatividade no contexto educacional visando o futuro.

OBJETIVO: Relembrar os conceitos de criatividade e de inovação dos(as)


estudantes; Associar a criatividade com o projeto de vida.

CONEXÕES: Estudo Orientado; Filosofia; Sociologia; Língua Portuguesa;


Arte; Propulsão, Projeto de Vida.

HABILIDADES DE PROPULSÃO:

Matriz de Referência de Língua Portuguesa:

● Procedimentos de Leitura
○ H01- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
● Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na
Compreensão do Texto
○ H02- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.).
○ H03- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o
contexto de produção e de recepção.
● Relação entre Textos
○ H04- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
● Coerência e Coesão no Processamento do Texto
○ H05 - Identificar a tese de um texto.
○ H06- Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
○ H07- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
● Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
○ H08- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
○ H09- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação
e de outros recursos gráficos.
● Variação Linguística
○ H10 - Identificar as variedades linguísticas (o conceito de
norma-padrão e o de preconceito linguístico) evidenciadas na relação
locutor-interlocutor presentes nos textos.
Matriz de Referência de Matemática:
● Unidade Temática: Números e Álgebra
○ Habilidade 01: Compreender e resolver situações-problema
envolvendo cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração,
multiplicação e divisão, com foco nos números positivos e negativos.
○ Habilidade 02: Compreender e reconhecer a noção de conjunto no
contexto social, diferentes significados e representações dos números
e as operações que os envolvem, além de resolver
situações-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
● Unidade Temática: Geometria e Medidas
○ Habilidade 07: Resolver situações-problema que envolvem área e
perímetro de superfícies planas limitadas por segmento de retas e/ou
arcos de circunferência, propondo soluções adequadas.

PÚBLICO: Estudantes da 2ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs


Integrais.

DURAÇÃO: 2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min cada uma). Para
este encontro, recomendamos que a atividade seja realizada em seis semanas,
totalizando 12 aulas geminadas, sendo 2 por semana.

“If innovation is the big answer you seek,


what is the question that you’re trying to solve for?”
(Se inovação é a grande resposta que você procura,
qual a questão que você está tentando resolver?”)

(Autor desconhecido)

ADAPTAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM O TEMA:

De acordo com estudos feitos por diversos autores, incluindo Joy Paul
Guilford, psicólogo americano, que definiu a criatividade como a habilidade de
produzir trabalhos originais e significativos dentro do seu contexto, há uma
discussão sobre a definição padrão que diz que a criatividade requer tanto a
originalidade quanto a efetividade. A originalidade, por sua vez, é sem dúvida um
elemento importante, mas não é suficiente. Algumas ideias originais simplesmente
não funcionam pelo simples fato de não apresentarem a eficácia e relevância
daquilo que foi criado.
A neurocientista Dra. Shelley Carson fez um estudo com pessoas altamente
criativas e conseguiu mapear sete padrões cerebrais que estão relacionados com a
criatividade. E cada um desses “setores” é estimulado em situações distintas
quando se empenha na busca de soluções criativas. Carson nomeou este projeto de
“CREATES”, que é um acrônimo em inglês com as letras iniciais de cada um desses
"subcérebros", como ela mesma intitula.

Cada um desses setores pode ser estimulado a partir de atividades


direcionadas a eles:
● Conectar: através de desenhos, e construção de mapas mentais;
● Razão: dialogar com pessoas especialistas que possuem um nível de
conhecimento sobre o problema que você quer resolver;
● Visualizar: construir um moodboard, ou seja, uma coleção de imagens,
vídeos, elementos, recortes, objetos para a composição de tudo o que pode
ajudar a visualizar a resolução do problema;
● Absorver: fazer a prática de brainstorming e não descartar nenhuma opção a
princípio;
● Transformar: transformar uma inquietação, ou pensamento negativo em algo
prazeroso ou positivo, como praticar exercícios, fazer uma arte como pintar
um quadro etc;
● Avaliar: retomar as ideias no processo de visualização e fazer uma avaliação
dos objetos que não venham a acrescentar muitas contribuições e
informações ao projeto ou problema;
● Corrente: Deixar as ideias criativas fluírem de forma harmônica e vê-las
desenvolvidas na prática diária.

É importante lembrar que este é um exercício que precisa ser desenvolvido


com constância para que o seu resultado seja alcançado e não se deve desistir se o
processo criativo não fluir de primeira.

Outra metodologia para desenvolver a criatividade é o modelo SCAMPER


desenvolvido pelo professor Robert Eberle. Assim como o “CREATES”, “SCAMPER”
é um acrônimo em inglês.

● Substitute - Substituir um elemento por outro;


● Combine - Combinar elementos com vista a alcançar uma audiência maior;
● Adapt - Adaptar atividades;
● Modify - Modificar algo de forma sutil que não prejudique um produto, mas
que seja capaz de melhorar sua funcionalidade;
● Put to another use - Procurar usos diferentes de algo para outros setores
e/ou pessoas;
● Eliminate - Eliminar algo no processo mas que não prejudique o
desempenho do que se pretende entregar;
● Reverse - Reorganizar as etapas do processo e ver se a ordem em que as
ações são executadas fazem sentido para a entrega do produto final de
forma assertiva.

Para uma melhor compreensão e atuação desta metodologia se faz


necessário a atuação de atores de diversas áreas.

ATIVIDADE 01: MINHA COLABORE E INOVE


Duração: 2 AULAS - 1ª SEMANA

Abertura da aula (15 min):

Prezado(a) professor(a), ao receber seus(suas) estudantes, enfatize a


importância do componente curricular Colabore e Inove (CI9) e como eles(as) são
privilegiados(as) por terem a oportunidade de trabalhar juntos para traçar seus
projetos de vida, alcançando assim uma grande transformação social. Para este
momento,sugerimos uma calorosa saudação para recebê-los(as).
Para isso, recomendamos iniciar o ano letivo apresentando um vídeo
reflexivo disponível no seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=0kg7mcLTMSI. Em seguida, solicite que os(as)
alunos(as) observem sobre as mudanças, que o personagem passa ao longo do
vídeo. Para auxiliar nessas reflexões, você pode fazer as seguintes perguntas:
● Você acredita que o personagem desempenhou o papel de protagonista ao
longo de toda a história? Explique sua resposta.
● Em qual momento você acredita que o personagem assumiu o papel de
protagonista? Por quê?
● Esse fato o deixou mais realizado?
● Você acredita que é possível ser um protagonista de forma isolada?
● O personagem tentou inspirar outras pessoas?
Fique à vontade para fazer outras reflexões, prezado(a) professor(a).

DINÂMICA DA TEIA VARAL CI9

Prezado(a) professor(a), o objetivo desta atividade é fornecer aos(às)


estudantes a oportunidade de refletir sobre o contexto histórico e metodológico do
componente curricular Colabore e Inove, especialmente no contexto do Novo Ensino
Médio, além de ajudá-los a descobrir sua identidade, refletir sobre seu papel na
sociedade e compreender a importância da inovação colaborativa. Essa atividade
também visa criar um momento de interação entre os(as) alunos(as) para que
eles(as) possam se conhecer melhor, compreender a realidade social uns(umas)
dos(as) outros(as), e como isso impacta em seus Projetos de Vida.

Para realizar esta atividade, serão necessários os seguintes materiais: papel


colorido, canetas coloridas, barbante e cola branca ou grampeador.

Segue abaixo o passo a passo para esta atividade:

1. Que tal começar essa jornada incrível de aprendizado com um


exercício simples, professor(a)?
Você pode escrever o nome empolgante e inspirador da disciplina
COLABORE & INOVE (CI9) no quadro, ou projetá-lo para seus(suas)
estudantes. Isso irá estimular uma discussão animada e envolvente,
permitindo que eles(as) compartilhem suas opiniões, expectativas e
emoções em relação a esse componente curricular ao longo deste ano
letivo. Vamos juntos começar essa jornada rumo ao futuro, cheia de
criatividade e inovação!
2. Agora, é a hora de colocar a mão na massa. Distribua papel colorido e
canetas coloridas para os(as) estudantes, e dê a eles(as) até 15
minutos para expressarem suas perspectivas sobre a Ci9 para este
ano letivo. Além disso, peça que eles(as) reflitam sobre a influência
deste componente curricular em seus Projetos de Vida, e como suas
ações podem impactar diretamente na comunidade em que vivem (e
aqui vale usar e abusar da criatividade!). Lembre-os(as) de que
eles(as) são agentes sociais protagonistas e, portanto,
corresponsáveis pelo impacto em suas comunidades. E não se
esqueça de participar da atividade com eles(as)! Faça o seu próprio
papel e compartilhe suas expectativas e perspectivas para este ano
que se inicia.
3. Vamos lá, professor(a)! É hora de formar um grande círculo com os(as)
estudantes e iniciar a atividade! Primeiro, explique a dinâmica para
que todos(as) fiquem por dentro do que será feito. Depois, cole ou
grampeie seu papel no barbante e apresente-se como facilitador(a) da
disciplina Ci9, mostrando que está ali para ajudá-los(as) a alcançarem
seus objetivos.
Vamos nos inspirar juntos(as)! Compartilhe com a turma exemplos de
PROJETOS DE VIDA incríveis de pessoas locais ou de
personalidades que alcançaram o sucesso em suas áreas de atuação.
Não hesite em compartilhar seu próprio projeto de vida! Certamente
ele é muito inspirador para muitos(as) jovens. Mostre como ele faz a
diferença na sociedade e inspire-os(as) a seguirem seus sonhos.
4. Agora é hora de dar início à roda de conversa! Incentive a interação
entre os(as) estudantes e peça para que compartilhem suas
expectativas e perspectivas em relação ao componente curricular.
Vamos lá, juntos podemos criar um ambiente de aprendizado
enriquecedor e cheio de possibilidades!
5. Que tal assim: "Vamos começar a conhecer melhor nossos colegas e
suas perspectivas sobre a disciplina. Quem quer começar? Vou jogar o
barbante para um(a) estudante aleatório e pedir que se apresente, fale
sobre como a disciplina já ajudou em seu projeto de vida e compartilhe
um pouco sobre a comunidade em que vive. Também gostaria de
saber como vocês podem contribuir para melhorá-la. Vamos lembrar
que nossas ações podem mudar o mundo, e esse mundo pode ser
nossa própria comunidade, escola ou algo próximo a nós.”
“Então, quem vai ser o(a) primeiro(a) a se apresentar?"
O(A) educador(a) pode fazer mais perguntas ou ajustar o tempo de
fala conforme o número de participantes.
6. Hora de se divertir com a teia colaborativa! Mantenha o barbante nas
mãos e vamos brincar! Pergunte aos estudantes o que acharam da
atividade e, em seguida, peça para eles afrouxarem ou puxarem o fio.
Que tal dividir a turma em duas partes, uma que afrouxa e outra que
tensiona? Assim, todos perceberão que fazem parte de uma rede
colaborativa, na qual, cada percepção e expectativa se soma e é
fundamental para a vida em sociedade. Vamos manter o bem-estar da
teia!

7. Para finalizar, lembre-se de recolher a teia-varal Ci9 e guarde-a para


utilizá-la na dinâmica de encerramento do ano letivo. Essa atividade
pode ser uma forma interessante de rever e refletir sobre as
perspectivas e expectativas iniciais dos(as) estudantes em relação ao
componente curricular e como elas evoluíram ao longo do ano.
Guarde-a com cuidado para que possa ser reutilizada com a turma no
futuro.

ATIVIDADE 02: PRODUTOS BIZARROS


Duração: 2 AULAS - 1ª SEMANA

A busca por soluções criativas e disruptivas é essencial para o


desenvolvimento de uma ideia, de um produto ou de um negócio. Sendo assim,
essa atividade tem como propósito estimular a criatividade empreendedora dos(as)
estudantes, a fim de incentivá-los(as) a pensar “fora da caixa” e criar estratégias de
marketing inovadoras para produtos incomuns ou bizarros.
O objetivo desta atividade é estimular a reflexão sobre as características do
mercado e as possibilidades de criação de valor para os clientes. O desafio é
transformar um produto "original" em um produto inovador e diferenciado para um
público específico, utilizando as técnicas de design thinking.
A ideia é formar times incríveis com no máximo 5 estudantes! Eles terão um
super desafio pela frente: elaborar uma campanha de marketing que seja criativa e
eficiente para promover um produto nada convencional. É hora de colocar o espírito
empreendedor criativo em ação e aprender a aplicar estratégias de marketing de
uma forma inovadora. Todos preparados para esta aventura?
Depois de formar os times, é hora de cada membro(a) assumir uma função
especial para garantir o sucesso da campanha de marketing. Sugerimos os
seguintes papéis:
● O(A) coordenador(a), com função de liderar, encorajar, estimular a
participação do grupo, prevenir o desvio do foco da discussão,
assegurar que o grupo atinja os objetivos de aprendizagem e verificar
o entendimento sobre as questões discutidas;
● O(A) mediador(a), incumbido(a) de mediar as conversas dentro do
grupo, estimular que todos participem e que estejam compreendendo
a orientação das atividades;
● O(A) questionador(a), responsável por questionar os resultados que o
grupo encontrou na resolução da tarefa, os resultados esperados, a
importância do que foi abordado, etc.;
● ​O(A) relator(a), encarregado do registro dos pontos relevantes da
discussão e é orador da turma, quando necessário;
● O(A) monitor(a) de recursos e de tempo, delegado a garantir que não
falte as ferramentas para que o grupo consiga realizar sua atividade e
controlar o tempo da atividade, estipulado previamente pelo(a)
professor(a).
Vamos mostrar que juntos(as) somos imbatíveis e podemos criar campanhas
de marketing inovadoras e poderosas!
Estimado(a) professor(a), sugerimos que apresente aos times o seguinte
desafio: criar uma campanha de marketing para um produto nada convencional.
Para inspiração, sugerimos uma pesquisa prévia na internet com o título “produtos
bizarros”, onde você pode encontrar uma variedade de "objetos fascinantes". Aqui
está um exemplo de link que pode ajudá-lo(a) a encontrar ideias:
https://33giga.com.br/produtos-bizarros-vendidos-na-internet/. Mas não se limite
apenas a essa lista, deixe a criatividade fluir!
A metodologia prevê que os times só tenham conhecimento dos produtos no
momento de criação, por isso é importante manter o fator surpresa como parte do
processo.
Agora é hora de soltar a imaginação e criar uma marca incrível, um nome
impactante e um slogan que grude na mente dos clientes para o produto. Mas, não
basta só isso, é preciso convencer o público a comprá-lo e, é claro, fazer as contas
para estimar os lucros que ele pode gerar. Nós estamos aqui para ajudar e, por isso,
seguem algumas dicas para os times calcularem o lucro previsto:
1. Para começar, os(as) estudantes devem identificar o custo de
produção do produto escolhido, analisando as matérias-primas que o
compõem e estimando o valor de custo (C).
2. Em seguida, os times deverão calcular os insumos necessários para
produzir o produto, como energia elétrica, gás de cozinha, água, entre
outros. Esse valor deve ser somado ao custo estimado anteriormente
para se obter o custo total da produção.
3. Eles deverão ainda mensurar o tempo necessário para a produção,
assim como os custos de mão de obra envolvidos. Esses valores
também serão adicionados ao custo total do produto.
4. Após obterem o valor do custo, é importante que os(as) estudantes
verifiquem se esse valor é justo e realista. Em seguida, devem realizar
uma pesquisa entre os(as) colegas ou buscar informações de mercado
para estabelecer uma expectativa de preço de venda para o produto.
5. Para calcular o lucro, os estudantes podem utilizar a seguinte fórmula
matemática simples:
Lucro = preço de venda - preço do custo
Assim, é possível ter uma ideia de quanto dinheiro será gerado com a
venda do produto e avaliar se o empreendimento é viável
financeiramente.

Que tal sugerir aos times a confecção do marketing de seus produtos agora
que já descobriram sua rentabilidade? Para tanto, é possível utilizar a técnica do
design thinking, na qual os(as) estudantes…

1. procurem estabelecer uma conexão emocional com o produto;


2. definam o briefing da campanha, ou seja, respondam às perguntas:
"Quem eu quero convencer a comprar esse produto?" e "Para quem
ele se destina?"
3. realizem a fase de Ideação, utilizando a técnica do brainstorming
(tempestade de ideias), na qual são encorajados a pensar livremente
em soluções, sem nenhum tipo de censura ou julgamento.
4. construam um protótipo, ou seja, criem um modelo inicial do produto
ou serviço, a fim de testar sua funcionalidade e identificar possíveis
melhorias. É importante validar o protótipo com o público-alvo,
coletando feedbacks e fazendo os ajustes necessários para que o
produto final atenda às necessidades e expectativas do consumidor
.
Os times deverão apresentar um case de sucesso da campanha do produto,
que inclui uma descrição detalhada, a definição dos públicos-alvo e suas
características, além do posicionamento estratégico que explica por que as pessoas
deveriam comprar o produto.

Sugestão!
Que tal junto com a apresentação realizarmos uma atividade super
empolgante para colocar em prática tudo que os estudantes aprenderam sobre
empreendedorismo? Vamos realizar um leilão fictício dos produtos criados! Isso
mesmo, os estudantes terão a oportunidade de colocar em prática suas habilidades
de negociação em um ambiente lúdico e divertido.
Cada estudante receberá uma quantia de dinheiro fictício para ser usada no
leilão, e poderá criar seus próprios lances ou formar grupos para aumentar suas
chances de sucesso. Será uma competição emocionante para ver quem consegue
obter o melhor lucro com seu produto!
Cada time terá a chance de definir o lance inicial do seu produto e competir
pelo maior valor de venda, enquanto aprendem lições valiosas sobre
empreendedorismo e estratégias de mercado. E o melhor de tudo, ao final da
atividade, poderão compartilhar suas experiências e lições aprendidas,
enriquecendo ainda mais o processo de aprendizagem. Não deixe essa
oportunidade incrível passar e incentive o empreendedorismo da CI9!

E aí, professor(a), quem será o grande vencedor do leilão? O produto que irá
atrair mais investimentos e surpreender a todos? Prepare-se para uma dinâmica
emocionante e cheia de surpresas, na qual seus estudantes vão exercitar suas
habilidades empreendedoras e de negociação. Venha com a gente nessa jornada e
incentive os times a mostrarem todo seu potencial criativo e inovador. Vamos lá!

ATIVIDADE 03: COLABORE E INOVE E O EMPREENDEDORISMO SOCIAL


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Olá, educadores(as)!
Chegou a hora de apresentar aos(às) nossos(as) estudantes os incríveis
conceitos do empreendedorismo, em especial o empreendedorismo social, que
busca atender às expectativas da sociedade dentro de cada contexto territorial. Isso
pode incluir a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sempre com uma
perspectiva de bem-estar socioambiental e de desenvolvimento sustentável. E o
mais empolgante de tudo é que nós podemos incutir nos(as) nossos(as) estudantes
a ideia de que eles(as) podem ser os(as) protagonistas de mudanças locais e
globais!
O empreendedorismo é uma arte que transcende a mera criação de um
negócio ou serviço a partir de uma ideia. Trata-se de uma abordagem abrangente
que envolve encontrar oportunidades e problemas, desenvolver soluções
inovadoras e criar algo que realmente faça a diferença na sociedade. Para alcançar
este objetivo, é fundamental trabalhar em harmonia com os cinco eixos
fundamentais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Paz, Pessoas,
Planeta, Prosperidade e Parcerias. Ao dominar esses elementos, os(as) estudantes
poderão se tornar verdadeiros(as) agentes de mudança, transformando suas
comunidades e contribuindo para um mundo melhor.
disponível aqui
Desse modo, um(a) empreendedor(a) é alguém que desenvolve um conjunto
de habilidades para a resolução de problemas, fundamentais para a humanidade do
século XXI. Nesse contexto, a Colabore e Inove traz a proposta de desenvolver e
aprimorar essas habilidades para que possam ser atreladas ao desenvolvimento do
PROJETO DE VIDA dos(as) estudantes. Acreditamos que ao trabalharmos o
empreendedorismo, dessa forma, os(as) estudantes terão a oportunidade de
encontrar sua paixão, definir seus objetivos e metas, além de contribuir para o
desenvolvimento de suas comunidades e da sociedade.
Ser um empreendedor CI9 é uma jornada que exige muito mais do que uma
ideia brilhante. É preciso ter uma mentalidade positiva, ser criativo para inovar, ter
motivação para superar desafios, persistência para não desistir, foco para alcançar
objetivos, coragem para tomar decisões importantes e um forte senso de
responsabilidade social. São essas qualidades que moldam os verdadeiros agentes
de mudança e transformam sonhos em realidade. Aqui aprende-se a acreditar em si
mesmo e na sua capacidade de impactar o mundo.
De forma sucinta, podemos definir empreendedorismo como a capacidade de
transformar sonhos em ações concretas, saindo da zona de conforto e buscando
sempre novos desafios. Essa atitude proativa é essencial para aqueles que desejam
alcançar o sucesso em seus empreendimentos. Como bem definiu o SEBRAE em
2021.
Para esta atividade, é importante que os(as) jovens compreendam o que é
empreendedorismo social e como essa abordagem pode ter um impacto significativo
em suas vidas. Isso pode envolver a reflexão sobre como empreender projetos que
atendam às necessidades da comunidade em que estão inseridos, levando em
consideração questões socioambientais e de desenvolvimento sustentável. A partir
dessa compreensão, eles(as) poderão aplicar esses conceitos em seus projetos
pessoais e profissionais, tornando-se agentes de mudança em suas comunidades e
contribuindo para um futuro melhor.
Para iniciar a atividade, quebre o gelo instigando os(as) estudantes a
pensarem sobre suas experiências empreendedoras anteriores, verificando o nível
de compreensão deles sobre o conceito de empreendedorismo. Peça a eles(as) que
compartilhem um momento em que sentiram-se empreendedores(as) em suas vidas
e pergunte o que eles(as) entendem por empreendedorismo. É importante ouvir
atentamente as respostas e fazer intervenções/sugestões sempre que necessário
para esclarecer conceitos e estimular a reflexão.
Para a realização da atividade principal, é necessário dividir os(as)
participantes em grupos compostos por, no mínimo, três e, no máximo, seis
pessoas. Cada grupo deverá ter especialistas em três frentes: startups, negócios
sociais e ONGs. Certifique-se de que cada grupo tenha, pelo menos, um
especialista em cada frente.
Reúna os times e compartilhe textos e materiais selecionados sobre os temas
específicos de cada especialista de grupo. Dessa forma, cada participante poderá
aprofundar seus conhecimentos e contribuir ainda mais para a atividade.
Segue abaixo algumas sugestões de textos para enriquecer a atividade.
Entretanto, você, professor(a), poderá buscar outras fontes para ampliar o
conhecimento dos(as) estudantes. É recomendável também incluir exemplos,
preferencialmente locais, mas também pode utilizar personalidades ou empresas
conhecidas pelos(as) estudantes. Além disso, é possível acrescentar vídeos,
podcasts ou outras fontes de informação que possam contribuir para o
enriquecimento do tema.
Você, professor(a) desafiará os(as) estudantes a mergulharem nos materiais
distribuídos e extraírem os conceitos essenciais em um prazo de 10 minutos. E para
incentivar ainda mais a curiosidade e a busca por conhecimento, os(as)
especialistas de cada equipe poderão ser incentivados a procurarem,
antecipadamente, outras fontes de informação, seguindo a proposta inovadora da
metodologia ativa conhecida como sala de aula invertida.
Chegou a hora dos(as) especialistas colocarem em prática todo o
conhecimento adquirido! Eles(as) devem anotar suas observações e ideias dentro
do grupo base e depois reunirem-se em um novo grupo para debater as principais
ideias encontradas, registrando todas as contribuições dos(as) participantes. Mas, é
necessário ter atenção para o tempo do debate , que é de apenas 10 minutos.
Após o debate em grupo, é hora de consolidar as ideias e compartilhar com
os demais membros. Os grupos base retornam e apresentam suas análises,
incorporando as contribuições dos outros especialistas. A partir daí, poderão criar
um mapa mental ou utilizar outra dinâmica de apresentação, sugerida por você
professor(a) ou pelos próprios estudantes, para expor suas conclusões à turma.
Vamos compartilhar nossas descobertas e inspirar uns aos outros!
Ao final da aula, professor(a), resuma todos os conceitos e esclareça
possíveis dúvidas, isso os(as) deixará confiantes e motivados. Leve-os(as) a
refletirem sobre como esses conhecimentos adquiridos poderão ajudá-los(as) em
suas vidas, seja no âmbito pessoal ou profissional. Com certeza, esse momento de
reflexão trará uma grande contribuição para o PROJETOS DE VIDA desses(as)
jovens.

Textos que podem ser utilizados em sala de aula

Texto 1
O que é uma startup?
Uma empresa que nasce em torno de uma ideia diferente,
escalável e em condições de extrema incerteza. Entenda esse
conceito.

O que é?
O termo startup era praticamente desconhecido no Brasil, embora bastante
popular nos EUA. Foi durante a chamada bolha.com, ou bolha da internet, entre os
anos 1996 e 2001, que o conceito se tornou mais comumente utilizado.
O significado literal seria “empresa emergente” - na verdade, o termo é
intraduzível ao pé da letra. Sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em
funcionamento, sempre foi revestido de uma aura romântica, lembrando jovens
trabalhando em uma garagem em torno de uma ideia que ninguém sabia explicar
muito bem qual era.
Pense no surgimento da Apple e da Microsoft, e terá captado a ideia.
Empresas não convencionais, que poderiam submergir em semanas ou arrecadar
fortunas, e aí desaparecer, ou não, subitamente. Esta é a ideia a que o termo
startup remete.

O que os investidores chamam de startup?

Outros defendem que uma startup é uma empresa inovadora com custos de
manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros
cada vez maiores.
No entanto, há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos
especialistas e investidores: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um
modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema
incerteza.

Conceitos

Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:


● Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela
ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo – ou ao menos se
provarem sustentáveis;
● O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como
transforma seu trabalho em dinheiro. Um dos modelos de negócios do
Google é cobrar por cada clique nos anúncios mostrados nos
resultados de busca – esse modelo também é usado pelo
Buscapé.com e incontáveis outras empresas. Outro formato seria o
modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca,
mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do
franqueador – e por isso aumenta suas chances de gerar lucro;
● Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto
novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas
customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito
tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou
tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma
analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é
possível vender a mesma unidade de DVD várias vezes, pois é preciso
fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível
ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é distribuído
a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na
disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por
cópia vendida;
● Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez
mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em
receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará
com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando
cada vez mais riqueza.

Os passos seguintes

É justamente por esse ambiente de incerteza (até que o modelo seja


encontrado) que tanto se fala em investimento para startups – sem capital de risco,
é muito difícil persistir na busca pelo modelo de negócios enquanto não existe
receita.
Após a comprovação de que ele existe e a receita começar a crescer,
provavelmente será necessária uma nova leva de investimento para essa startup se
tornar uma empresa sustentável.
O aporte inicial, muitas vezes, é realizado por investidores “angels”, uma
forma de identificar investidores de risco que colocam muito dinheiro, na casa de
milhões de dólares, em uma ideia que a princípio pode parecer até mesmo
excêntrica. Eles entram no investimento correndo o risco de não obter nenhum
retorno, mas quando acertam podem conseguir bilhões de dólares. Alguns nomes
concretos são: Google, Facebook, Uber, Aibnb, Instagram, Tiktok e muitos outros
que você conhece como marcas consolidadas mas que só cresceram graças à
confiança e ao aporte financeiro dos “angels”.

Startups são somente empresas de internet?

Não necessariamente. Elas só são mais frequentes na internet porque é bem


mais barato criar uma empresa de software do que uma de agronegócio ou
biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais fácil,
rápida e barata – além da venda ser repetível. Mesmo assim, um grupo de
pesquisadores com uma patente inovadora pode também ser uma startup – desde
que ela comprove um negócio repetível e escalável.

(Esse texto pode ser encontrado em: SEBRAE. O que é uma startup?. SEBRAE, 13
de jan. de 2014, atualizado em 25 de mar. de 2022. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-uma-startup,6979b2a
178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso em: 20 de out. de 2022.)

Para inspirar, também pode ser distribuído texto a seguir:


Texto A

Startups nordestinas: uma realidade em crescimento

Conheça esse modelo de negócio em ascensão em nossa


região. Saiba mais!

Você conhece o significado de uma startup? Apesar de ser um termo novo,


elas já estão na ativa a um tempo. Em nossa região, podemos enxergar claramente
o aumento do número de empresas abertas nesse modelo.

O que é uma startup?

Com a chegada da internet, tudo mudou. Nos relacionamos diferente,


comunicamos de forma mais ágil e remodelamos a forma que fazemos negócios.

Um exemplo é uma startup!

Esse modelo de empresa é caracterizada por ser um negócio escalável e que


cresce de uma forma muito mais rápida e eficiente em comparação a uma pequena
ou média empresa tradicional (PME). Alguns exemplos de startups de sucesso:
Uber, Spotify e Airbnb.
● Sendo assim, elas são:
● Empresas jovens;
● Escaláveis;
● Tecnológicas;
● Econômicas.

Cenário Paraibano

Em nossa região, podemos enxergar em números claros, o crescente


aumento. Entre as regiões, o nordeste é a maior comunidade em número de
startups e também a terceira em número de comunidades mapeadas. Um total de
558 startups mapeadas ativas atualmente.
De acordo com o estudo da Abstartups (https://abstartups.com.br/), A cidade
de João Pessoa está em 4º lugar, com 7,5% de empresas abertas nesse novo
modelo. Além disso, foram mapeadas 42 iniciativas ativas, destas 47,06% se
encontram na fase de Tração e 41,18% em Operação.
Sabe o modelo de negócio escolhido? os destaques vão para o SaaS
(38,46%) e o Marketplace (23,08%).
Já em Campina, temos 15 startups mapeadas ativas no startupbase. De
acordo com o mesmo estudo, a maioria ativa surgiu após 2015 e operam no modelo
marketplace.
[...]

(Esse texto pode ser encontrado em: SEBRAE. Startups nordestinas: uma
realidade em crescimento. SEBRAE, 17 de dez. de 2019. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pb/artigos/startups-nordestinas-um
a-realidade-em-crescimento,7ece7f04c101f610VgnVCM1000004c00210aRCRD.
Acesso em: 20 de out. de 2022.)

Texto 2:

Empresa Social

Falar de empresas sociais é, à partida, tarefa fácil. A vaga de


empreendedorismo social a que temos vindo a assistir nos últimos tempos conduziu
à divulgação de novos conceitos típicos do Terceiro Sector.
No entanto, apreender verdadeiramente a realidade das empresas sociais
numa perspetiva jurídica, identificando nomeadamente as formas jurídicas que mais
se ajustam ao conceito, já requer um exercício de análise rigoroso.
Sem prejuízo das múltiplas tentativas de se alcançar uma definição de
Empresa Social, a verdade é que não existe um conceito absoluto e inequívoco. As
variações em distintas jurisdições falam por si. Cumpre, assim, identificar um
denominador comum. Uma certeza existe: a Empresa Social assume uma estratégia
e uma função empresarial muito próprias intimamente ligadas à produção de valor
social e com o propósito de alcançar incidências sociais positivas.
A sustentabilidade, como em qualquer estrutura empresarial, assume
também aqui uma importância fundamental. A sua alavancagem no tecido
empresarial será tanto maior quanto maior for a sua capacidade de desenvolver um
verdadeiro e próprio negócio social. A Empresa Social deve ser independente,
obtendo as suas receitas mediante a venda de produtos e serviços da qual
decorrerá um benefício económico e visa, em última instância, solucionar problemas
de cariz social. É (ou terá de ser) uma organização de capital e de trabalho
destinada ao exercício de uma atividade económica (negócio social) a qual, com
base numa estratégia empresarial definida e dotada de receitas próprias, prossegue
fins sociais. O enfoque desta temática é, nesta medida, duplo: empresarial e social.
Segundo o Regulamento (EU) n.º 346/2013 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 17 de abril de 2013, Empresa Social deverá ser definida como “um
operador da economia social cujo objetivo principal, mais do que gerar lucros para
os seus proprietários ou sócios, é ter uma incidência social. Opera no mercado
fornecendo bens e serviços e utiliza os seus lucros essencialmente para atingir
objetivos sociais. É gerida de forma responsável e transparente, nomeadamente
através da participação de empregados, consumidores e outros interessados
abrangidos pela sua atividade comercial.” O conceito é amplo e transversal o
suficiente.
Cabe aguardar a criação de um regime jurídico “taylor made” das empresas
sociais, enquanto entidades que desenvolvem uma atividade comercial com fins
primordialmente sociais e cujos excedentes são essencialmente mobilizados para o
desenvolvimento daqueles fins ou reinvestidos na Comunidade.

(Esse texto pode ser encontrado em: BARATA, F. S. A Empresa Social. O


Jornal Econômico, 18 de dez. de 2014. Disponível em:
https://jornaleconomico.pt/noticias/a-empresa-social-7327. Acesso em: 11 de out. de
2022.)

Texto 3:

O que são ONGs?

Sigla muito empregada, as ONGs são um tipo de entidade cada vez mais
presente no dia a dia dos brasileiros. As ações do poder público, como bem
sabemos, nem sempre são suficientes e, por isso, todo engajamento da sociedade
civil conta. Este é um texto introdutório que será desdobrado em diversos conteúdos
sobre a temática das ONGs.

CONCEITO DE ONG

As organizações não governamentais (ONGs) são entidades privadas da


sociedade civil, sem fins lucrativos, cujo propósito é defender e promover uma
causa política. Essa causa pode ser virtualmente de qualquer tipo: direitos
humanos, direitos animais, direitos indígenas, gênero, luta contra o racismo, meio
ambiente, questões urbanas, imigrantes, entre muitos outros. Essas organizações
são parte do terceiro setor, grupo que abarca todas as entidades sem fins lucrativos
(mesmo aquelas cujo fim não seja uma causa política). São exemplos de outras
entidades do terceiro setor as associações de classe e organizações religiosas.
Segundo Ricardo Silveira, o termo foi usado pela primeira vez em uma
resolução do Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas
(ONU), em 1950. Desde então serve para designar as iniciativas privadas sem fins
lucrativos e que não surgiram de acordos entre Estados. É bem verdade que o
nome é considerado muito genérico e há sempre muita discussão sobre o que
exatamente é ou não uma ONG.

Base jurídica das ONGs

Segundo Ricardo Silveira, a base jurídica mais sólida para as ONGs no Brasil
é a Lei 9.790/1999. Essa lei se refere às organizações da sociedade civil de
interesse público (OSCIPs), mas não chega a mencionar o termo organização não
governamental. O título de OSCIP pode ser conferido, pelo Ministério da Justiça do
Brasil, a entidades privadas sem fins lucrativos (associações e fundações privadas)
que tenham pelo menos um dos objetivos sociais previstos na lei. Dentre esses
objetivos estão a promoção da assistência social, da saúde, da educação, do
voluntariado, etc. A titulação de OSCIP tem por finalidade facilitar parcerias e
convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e
municipal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser
descontadas no imposto de renda. Mais recentemente, a Lei 13.019/2014
estabeleceu as regras para parcerias entre poder público e as chamadas
organizações da sociedade civil (OSCs). Legalmente, portanto, o termo ONG não
existe no Brasil. Mesmo assim, ele é utilizado corriqueiramente pela população,
imprensa e governo. Em um segundo texto explicaremos o porque disto.

O que diz o Código Civil?

O chamado terceiro setor, composto pelas entidades sem fins lucrativos, está
definido em nosso Código Civil no 44º artigo. Há duas bases jurídicas para o que
chamamos de ONGs: associação ou fundação. A diferença entre elas está descrita
entre os artigos 44 e 69 do mesmo documento. Também trataremos mais
especificamente das suas diferenças em textos futuros.
[...]

POR QUE AS ONGS SURGIRAM – E POR QUE CONTINUAM A EXISTIR?

As organizações não governamentais, conforme elucida Ricardo Silveira,


surgiram para suprir demandas que não eram atendidas de modo satisfatório pelos
Estados. Muitos investidores sociais doavam recursos para governos de países
subdesenvolvidos e percebiam que tais quantias não eram revertidas em bens
públicos, por incompetência, falta de lisura ou uma série de outros motivos. Nesse
cenário, as ONGs prosperaram e proliferaram como organizações competentes e
exemplares, com as quais filantropos, governos e outras instituições podiam contar.
As ONGs também cumprem o papel de lidar com questões que todos os
governos (sejam eles de países desenvolvidos ou em desenvolvimento) não querem
ou não são capazes de tratar. Pela relevância das atividades que desenvolvem,
geralmente complementares às do poder público, as ONGs se popularizaram e
garantiram um espaço permanente na sociedade. E não é à toa: de modo geral, as
ONGs contam com pessoas profundamente engajadas com questões socialmente
relevantes. São entidades que podem oferecer novos insumos para o trabalho do
poder público, fortalecendo a busca por soluções para desafios sociais. É por isso
que as ONGs continuam a existir e a cumprir seu papel.
Em um próximo texto desta trilha abordaremos mais a fundo o histórico das
ONGs traçando uma linha do tempo sobre sua existência. Passaremos por
diferentes contextos sociais e governos e, ao final da leitura, você terá mais clareza
sobre como tudo começou e, inclusive, porque o termo organização não
governamental passou a ser disseminado.
COMO AS ONGS FINANCIAM SUAS ATIVIDADES?

Como não possuem fins lucrativos, as ONGs precisam buscar formas


alternativas para continuar em atividade. Para isso, contam com o apoio financeiro
de outras entidades privadas (do terceiro setor ou do empresariado), de pessoas
físicas (cidadãos conscientes e engajados como eu e você) e até mesmo do
governo, que pode fornecer recursos e apoio para atividades em que ambos
possam unir forças. Veja alguns exemplos de captação:

Pessoa física: organizações como o Médicos Sem Fronteiras e Greenpeace


são referência na captação direta com pessoa física. Outra forma comum de
levantar recursos com pessoas é por meio de campanhas como o Mac Dia Feliz;
Empresas: boa parte das grandes empresas têm um setor específico
chamado de responsabilidade social. Trata-se de uma área especializada em
promover impacto social positivo por meio de recursos (monetários ou não) da
própria organização. Em outros casos, empresas optam por criar fundações próprias
para atuar nessa frente, como a Fundação Grupo Boticário, por exemplo. Em ambas
situações há margem para que as ONGs proponham projetos que precisam de
financiamento;
Governo: o portal de convênios SICONV é um dos caminhos utilizados por
organizações do terceiro setor para viabilizar seus projetos com recursos do
governo. Outra forma muito conhecida é por meio das leis de incentivo fiscal, como
a Lei Rouanet para cultura e o PRONON e PRONAS/PCD para a área da saúde.
Não podemos esquecer que recursos não envolvem apenas dinheiro. Além
do famoso voluntariado, também temos uma frente de captação chamada in kind,
que basicamente foca na conquista de produtos e/ou serviços gratuitos para
organização. Por exemplo, uma organização poderia receber computadores de um
determinado fabricante ao invés de dinheiro para algum projeto. Essa mesma
organização poderia contar com os serviços de um escritório de contabilidade sem
ter que pagar por isso. [...]
[...]

(Esse texto pode ser encontrado em: BLUME, Bruno André; MARMENTINI,
Gabriel. O que são ONGs? POLITIZE!, 30 de mar. de 2019, atualizado em 06 de
abril de 2018.. Disponível em:
https://jornaleconomico.pt/noticias/a-empresa-social-7327. Acesso em: 11 de out. de
2022.)
Referências:

SEBRAE. Mas afinal, o que é empreendedorismo?. SEBRAE, 29 de jun. 2021.


Disponível em: https://www.sebrae-sc.com.br/blog/o-que-e-empreendedorismo.
Acesso em: 20 de out. de 2022.

SEBRAE. O que é uma startup?. SEBRAE, 13 de jan. de 2014, atualizado em 25 de


mar. de 2022. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-uma-startup,6979b2a
178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso em: 20 de out. de 2022.

SEBRAE. Startups nordestinas: uma realidade em crescimento. SEBRAE, 17 de


dez. de 2019. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pb/artigos/startups-nordestinas-um
a-realidade-em-crescimento,7ece7f04c101f610VgnVCM1000004c00210aRCRD.
Acesso em: 20 de out. de 2022.

BARATA, F. S. A Empresa Social. O Jornal Econômico, 18 de dez. de 2014.


Disponível em: https://jornaleconomico.pt/noticias/a-empresa-social-7327. Acesso
em: 11 de out. de 2022.

BLUME, Bruno André; MARMENTINI, Gabriel. O que são ONGs? POLITIZE!, 30 de


mar. de 2019, atualizado em 06 de abril de 2018.. Disponível em:
https://jornaleconomico.pt/noticias/a-empresa-social-7327. Acesso em: 11 de out. de
2022.

ATIVIDADE 04: DE OLHO NAS OPORTUNIDADES


Duração: 4 AULAS - 2 SEMANAS

Prezado(a) professor(a), temos o prazer de apresentar uma atividade que


certamente irá inspirar e engajar seus(as) estudantes. O objetivo é desenvolver a
criatividade, empatia, responsabilidade social, senso crítico e comunicação. É uma
oportunidade para estimular o aprendizado de forma dinâmica e participativa. Seu
papel fundamental é guiar os(as) alunos(as) nessa jornada e garantir que todos(as)
tenham uma experiência enriquecedora. Juntos podemos transformar a sala de aula
em um espaço de aprendizado e descoberta. Vamos lá!
Sugere-se para iniciar a aula, a seguinte dinâmica:

Dinâmica: Vendendo o absurdo


Para esta atividade, siga os seguintes passos:
● Divida a turma em duplas e atribua a função de vender um produto
absurdo para cada dupla. Alguns exemplos incluem um terreno na lua,
um tubo de pasta de dentes vazio ou uma caixa de fósforos
queimados.
● Dê aos alunos um tempo de 5 minutos para formularem suas ideias de
vendas.
● Dê início as apresentações dando a cada dupla um minuto para
apresentar e "vender" seu produto absurdo para a turma.

É de extrema importância que os estudantes entendam o que são os 17


Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e como podem contribuir para um futuro
mais justo e sustentável. Por isso, forneça acesso a esse documento e estimule-os
a confeccionar um cartaz coletivo que ficará permanentemente exposto na sala de
CI9, para que todos sejam lembrados da importância de agir em prol da
sustentabilidade.

Segue abaixo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:


● ODS 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os
lugares;
● ODS 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e
melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;
● ODS 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para
todos, em todas as idades;
● ODS 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para
todos;
● ODS 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as
mulheres e meninas;
● ODS 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e
saneamento para todos;
● ODS 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço
acessível à energia para todos;
● ODS 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;
● ODS 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a
industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;
● OSD 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
● ODS 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis;
● ODS 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;
● ODS 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima
e seus impactos;
● ODS 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e
dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
● ODS 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas,
combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e
deter a perda de biodiversidade;
● ODS 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para
todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em
todos os níveis;
● ODS 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria
global para o desenvolvimento sustentável.

Fonte:
https://www.comciencia.br/o-que-e-agenda-2030-das-nacoes-unidas-e-quais-sao-os-
objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/

Agora é hora de envolver os estudantes de forma mais pessoal e reflexiva.


Cada aluno(a) deve pensar em um problema social que o(a) afeta diretamente ou
que afeta sua comunidade.
Professor(a), reserve um tempo de 5 minutos para essa atividade,
incentivando-os a refletir sobre a importância da busca por soluções para esses
problemas. Em seguida, peça para que descrevam os problemas para a turma,
enquanto os demais estudantes observam e fazem anotações.
Após a exposição dos problemas, forme grupos ou utilize os mesmos times
formados na aula anterior. Agora, cada equipe deverá selecionar os problemas
encontrados e identificar oportunidades de negócios com base em:
- Necessidades não atendidas;
- Soluções inovadoras para problemas;
- Habilidades específicas do grupo;
- Projetos para desenvolvimento de produtos;
- Estabelecimento de parcerias;
- Aproveitamento de recursos locais;
- Aproveitamento de recursos financeiros;
- Utilização de tecnologias existentes;
- Satisfazer pelo menos um ODS.

Atribua funções para cada membro do time. Algumas sugestões de


denominações são:
● O(A) coordenador(a), com função de liderar, encorajar, estimular a
participação do grupo, prevenir o desvio do foco da discussão,
assegurar que o grupo atinja os objetivos de aprendizagem e verificar
o entendimento sobre as questões discutidas;
● O(A) mediador(a), incumbido de mediar as conversas dentro do
grupo, estimular que todos participem e que estejam compreendendo
a orientação das atividades;
● O(A) questionador(a), responsável por questionar os resultados que o
grupo encontrou na resolução da tarefa, os resultados esperados, a
importância do que foi abordado, etc.;
● ​O(A) relator(a), encarregado(a) pelo registro dos pontos relevantes da
discussão e é orador da turma, quando necessário;
● O(A) monitor(a) de recursos e de tempo, delegado(a) a garantir que
não falte as ferramentas para que o grupo consiga realizar sua
atividade e controlar o tempo da atividade, estipulado previamente
pelo(a) professor(a).

Que tal escolher um tema atual que seja considerado importante e que os
times possam contribuir para a discussão? Pode ser sobre mudanças climáticas,
violência de gênero, racismo, saúde mental, agricultura sustentável, inclusão de
pessoas com deficiência, entre outros assuntos relevantes. É importante estimular a
reflexão dos(as) jovens sobre como suas ideias podem gerar impactos positivos na
sociedade. Vamos lá!
Cada equipe deve elaborar um plano de negócios abrangendo os seguintes
tópicos:
- Objetivo do negócio;
- Público alvo;
- Análise de mercado;
- Estrutura operacional;
- Plano financeiro;
- Plano de marketing;
- Plano de recursos humanos;
- Plano de implementação.
Professor(a), o plano de negócios é essencial para fornecer uma visão geral
clara de como o empreendimento será desenvolvido pelos(as) estudantes. Ele deve
incluir detalhes sobre os objetivos do negócio e como eles serão alcançados, além
de abordar uma análise do mercado, concorrência e demanda por produtos e
serviços. A estrutura operacional também deve ser detalhada, incluindo as
responsabilidades e tarefas dos membros da equipe, o orçamento e as metas a
serem alcançadas.
O objetivo final é que cada time crie um produto ou serviço que possa
impactar positivamente o mundo ao seu redor. O desafio é pensar em como o
produto ou serviço pode contribuir para melhorar a vida das pessoas, seja na
comunidade local, na escola, na cidade ou em outro contexto. É importante que o
produto ou serviço seja viável e que tenha um plano de negócios bem estruturado
que explique como será implementado e quais serão os resultados esperados.
O empreendimento desenvolvido pelos times deve estar enquadrado em uma
das seguintes categorias: ONG, Negócio Social ou Startup.
Forneça aos times uma variedade de materiais, como canetas coloridas,
lápis, marcadores, post-its, folhas de papel em branco, réguas e outros materiais,
que possam auxiliar na criação e organização das ideias.
Para estimular a criatividade, incentive o processo de brainstorming com
os(as) estudantes. Explique que todas as ideias são importantes e que devem ser
anotadas. Forneça um espaço para que todos(as) possam registrar suas ideias,
incentivando a colaboração e a diversidade de pensamentos. Lembre-os de que não
há respostas certas ou erradas durante essa etapa e que todas as ideias serão
avaliadas e consideradas.
É necessário orientar os times a avaliarem todas as ideias geradas e
selecionarem a que considerarem mais viável para o desenvolvimento do projeto. É
importante que levem em consideração fatores como recursos necessários,
demanda de mercado e potencial de impacto social.
Incentive a liberdade criativa, deixando claro que este é o momento de soltar
a imaginação, e que a criatividade será a força motriz de todo o processo.
Agora é hora dos times colocarem toda a criatividade e planejamento em
ação. É momento de preparem-se para mostrar ao mundo como o seu produto ou
serviço pode fazer a diferença. Terão apenas 5 minutos para apresentar um pitch,
que irá impactar e inspirar a todos. Sugerimos que comecem com uma mensagem
impactante e clara sobre o produto ou serviço e não se esqueçam de destacar como
ele vai mudar o mundo para melhor. Apresentem o público-alvo, mostrem o tamanho
do mercado e a viabilidade financeira, incluindo o retorno do investimento. E não se
esqueçam de enfatizar como o produto ou serviço contribui para atingir os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a função social que ele desempenha. Por
fim, apresentem a equipe incrível que possuem, e mostrem como juntos(as) são
capazes de realizar grandes feitos. Terminem com um final feliz e deixem as
pessoas com vontade de conhecerem mais sobre o seu produto ou serviço.
ATIVIDADE 05: O ANTES E O DEPOIS
Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Olá, professor(a)! Chegou o momento de refletirmos com os(as) estudantes


sobre tudo o que aprendemos até agora com a Colabora e Inove.
Vamos refletir juntos sobre as abordagens e transformações que ocorreram
com os(as) estudantes durante todo esse processo de Colabora e Inove.
Que tal os(as) estudantes realizarem uma autoavaliação sobre sua
experiência com a CI9? Isso pode ajudá-los a refletir sobre as abordagens utilizadas
e as transformações ocorridas durante esse processo.
Sugerimos iniciar com a dinâmica das placas de emoções como primeiro
passo.
Que tal criar placas divertidas de emojis com os(as) seus(suas) estudantes?
O primeiro passo é distribuir folhas de papel A4 ou papel cartão, canetas coloridas
ou tinta guache e pincéis, palitos de picolé ou de churrasco e cola branca. Com
esses materiais em mãos, vocês poderão criar placas incríveis que expressam
diversas emoções. Vamos lá?
Agora vem a parte divertida! Cada estudante receberá uma folha de papel A4
ou papel cartão, canetas coloridas ou tinta guache e pincéis, palitos de picolé ou de
churrasco e cola branca para criar suas próprias placas de emoções. E o que elas
vão representar? Cada um deve desenhar um emoji que o(a) represente em cada
uma das etapas do processo vivido até aqui com o componente curricular CI9:
antes, durante e depois das aulas. Eles(as) não devem se preocupar se não
souberem desenhar, mas, você, professor(a) pode distribuir e apresentar exemplos
de emojis para inspiração.
Avise a turma que cada estudante terá a oportunidade de apresentar seus
emojis e justificar suas escolhas. Encoraje-os(as) a serem criativos e a explicarem o
motivo por trás de cada uma das suas escolhas. Esta é uma oportunidade única
para a turma se conhecer melhor e compreender a perspectiva de cada um em
relação à experiência vivida durante as aulas de CI9.
Solicite que cada estudante faça uma reflexão sobre sua experiência na CI9,
respondendo às seguintes questões:
● Quais habilidades eu trouxe para a CI9?
● Quais habilidades eu desenvolvi durante o percurso até aqui?
● O que eu aprendi de novo?
● Como isso pode ser útil para a formação do meu PROJETO DE VIDA?
● Quais emoções, sentimentos e sensações eu senti?
● Com qual aspecto do processo eu mais me identifiquei?
● Em que eu preciso melhorar? Quais habilidades eu preciso
desenvolver ou aprimorar para alcançar meu PROJETO DE VIDA?
● O que eu desejo fazer para mudar o mundo?
Cada estudante deve compartilhar suas respostas com a turma e promover
uma discussão sobre as experiências vividas e como elas podem ser aplicadas em
suas vidas pessoais e profissionais.
-

Tema 02: Revisitando o Contrato de Aprendizagem

CONTEÚDO: Elaboração do contrato de aprendizagem, reflexão sobre si.

OBJETIVO: Elaborar um contrato de aprendizagem com os(as) estudantes;


Fomentar um ambiente de reflexão, que propicie aos(às) estudantes a oportunidade
de progredir em direção aos seus objetivos e propósitos; Potencializar a capacidade
dos(as) estudantes por meio de uma visualização clara desses objetivos

CONEXÕES: Projeto de Vida; Língua Portuguesa; Propulsão; Filosofia; Arte;


História, Tutoria, Estudo Orientado.

HABILIDADES DE PROPULSÃO:

Matriz de Referência de Língua Portuguesa:


● Procedimentos de Leitura
○ H01- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
● Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na
Compreensão do Texto
○ H02- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.).
○ H03- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o
contexto de produção e de recepção.
● Relação entre Textos
○ H04- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
● Coerência e Coesão no Processamento do Texto
○ H05 - Identificar a tese de um texto.
○ H06- Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
○ H07- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
● Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
○ H08- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
○ H09- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação
e de outros recursos gráficos.
● Variação Linguística
○ H10 - Identificar as variedades linguísticas (o conceito de
norma-padrão e o de preconceito linguístico) evidenciadas na relação
locutor-interlocutor presentes nos textos.

Matriz de Referência de Matemática:


● Unidade Temática: Números e Álgebra
○ Habilidade 01: Compreender e resolver situações-problema
envolvendo cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração,
multiplicação e divisão, com foco nos números positivos e negativos.
○ Habilidade 02: Compreender e reconhecer a noção de conjunto no
contexto social, diferentes significados e representações dos números
e as operações que os envolvem, além de resolver
situações-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
● Unidade Temática: Geometria e Medidas
○ Habilidade 07: Resolver situações-problema que envolvem área e
perímetro de superfícies planas limitadas por segmento de retas e/ou
arcos de circunferência, propondo soluções adequadas.
PÚBLICO: Estudantes da 2ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs
Integrais.

DURAÇÃO: 2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min cada uma). Para
este encontro, recomendamos que a atividade seja realizada em oito semanas,
totalizando 16 aulas geminadas, sendo 2 por semana.

ADAPTAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM O TEMA:

Acreditamos que a aprendizagem tem início quando as pessoas investem


em si, em seu autoconhecimento, e refletir sobre isto, está profundamente
relacionado com o projeto de vida dos(as) estudantes. Os encontros propostos
neste programa visam incentivá-los(as) a refletir sobre sua identidade, criando um
ambiente propício para o desenvolvimento do autoconhecimento. Isso significa ter
uma visão positiva e realista de si mesmo(a), transformando os sonhos em projetos
de vida tangíveis, evitando que se tornem utopias ou ideias que não levam à
realização efetiva.
Ao discutirmos a questão do autoconhecimento, torna-se relevante
compreender a importância do autodidatismo e do estudo orientado. Mas o que, de
fato, significa ser autodidata? E como podemos aplicar essa prática em nosso
cotidiano? Para nós, seres humanos, aprender a estudar é uma condição
indispensável para a continuidade do desenvolvimento de diversas habilidades. O
estudo não se limita apenas ao ambiente escolar, mas é uma atividade contínua em
um mundo cada vez mais volátil e instável (Escola da Escolha, 2019).
Além de competências e habilidades específicas para a formação acadêmica
de excelência, é imprescindível acrescentar elementos que promovam a
criatividade, a curiosidade, o pensamento crítico, a capacidade de solucionar
problemas, a atitude autocorretiva, de autorregulação, a perseverança e a
paciência, as habilidades de comunicação e o uso adequado da informação, a
atitude colaborativa e a iniciativa, a capacidade de organização e o compromisso
com a própria aprendizagem. (Escola da Escolha, 2019).
O termo "autodidata" é empregado para se referir a uma pessoa que tem a
habilidade de aprender por conta própria, sem a ajuda de um professor(a) ou
mentor(a). Em outras palavras, o autodidata busca por si só o conhecimento
necessário para atingir seus objetivos, adquirir técnicas e fornecer serviços. Isso
não significa que ele(a) estará completamente sozinho(a) nesta jornada; ele(a)
ainda pode contar com o apoio e inspiração de outras pessoas, mas de uma forma
diferente.
Ser um(a) autodidata(a) implica ser um(a) estudante ativo(a), autônomo(a),
solidário(a) e competente, além de ser protagonista de sua própria aprendizagem. O
desempenho acadêmico é muito mais eficaz quando o(a) estudante é ativo(a) em
sua busca pelo conhecimento. Aquele que depende exclusivamente do que ocorre
na sala de aula opta pelo passivismo, se conforma com o que lhe é ensinado e corre
o risco de perder a motivação na construção de seu aprendizado.
Existem obstáculos que podem dificultar o desenvolvimento do
autodidatismo. É comum que aqueles que acreditam que não podem aprender
sozinhos enfrentem os seguintes desafios:
1. Sentir-se incapaz ou insuficiente em termos de habilidades ou
inteligência;
2. Acreditar que nunca alcançará um nível de excelência imaginado;
3. Pensar que não é possível aprender algo sem que alguém ensine;
4. Considerar que não há nada novo a ser descoberto ou aprendido no
mundo.
Autodidatismo não é uma habilidade inata de gênios! Embora algumas
pessoas possam ter uma predisposição natural para a aprendizagem independente,
isso não significa que a habilidade seja exclusiva delas. O autodidatismo pode ser
desenvolvido por qualquer pessoa por meio de hábitos positivos, esforço, pesquisa,
prática e disciplina.
Destacar que cada indivíduo aprende de forma distinta é crucial. Na década
de 1980, o psicólogo Howard Gardner liderou um grupo de pesquisadores da
Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, para criar a Teoria das Inteligências
Múltiplas, que procurava revisar e analisar as noções de inteligência.
Essa teoria impacta, diretamente, a forma como enxergamos não apenas o
conceito de inteligência, mas também como trabalhamos no sistema educacional,
desafiando a ideia de que a inteligência é uma entidade única. Além da inteligência
lógico-matemática, comumente utilizada nos tradicionais testes de QI, Gardner e
sua equipe identificaram pelo menos outros 7 tipos de inteligência:
● linguística;
● musical;
● espacial;
● corporal-cinestésica;
● interpessoal;
● intrapessoal;
● naturalista.
Howard Gardner defende que todas as pessoas possuem os oito tipos de
inteligência, embora alguns tipos sejam mais desenvolvidos em algumas pessoas
do que em outras. Aqui há uma página com um teste que você e seus(suas)
estudantes poderão fazer.
O importante é compreender que todas as formas de inteligência são válidas.
Não devemos encará-las de maneira hierárquica, considerando que uma seja
melhor do que a outra. Existem aquelas que são mais cabíveis ou pertinentes a um
dado contexto; e, no mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) no qual
estamos, faz-se necessário que os múltiplos aspectos da inteligência sejam
utilizados para a resolução de problemas.

Desenvolvendo o Autodidatismo
Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender.
-Paulo Freire

Algumas dicas podem ajudar a desenvolver o autodidatismo, despertando a


habilidade de desbravar, descobrir e ter curiosidade construtiva, que estão
presentes em cada um de nós. Seguem abaixo algumas sugestões:

1. Ter curiosidade
Diante de situações adversas, podemos ignorar o que está acontecendo e
seguir nossas vidas ou podemos procurar entender melhor o que está acontecendo.
A segunda opção mantém acesa a chama da curiosidade que pode vir a se tornar
um valioso aspecto para quem deseja se tornar autodidata, pois são pessoas que
possuem sede por conhecimento e estão constantemente em sua busca.

2. Buscar fontes confiáveis


Saber em quais locais pesquisar é de grande auxílio no processo de
autodidatismo. A Internet provocou uma revolução no acesso à informação. Para
desenvolver o autodidatismo, é preciso despertar a habilidade do desbravamento,
da descoberta, da curiosidade construtiva, que reside dentro de cada um de nós. Eis
algumas dicas: nem todo o conteúdo disponível na internet é confiável. Em época
de destaque das notícias falsas, as famosas fake news, é fundamental seguir alguns
critérios para selecionar nossas fontes de informação. Esse processo de cuidado
em relação à informação que selecionamos e divulgamos também é uma forma de
responsabilidade social. Seguem alguns passos para identificar a idoneidade de
uma informação:

a) Quem está divulgando a informação? É importante entender qual é a


formação da pessoa (ou pessoas) envolvidas com os dados que estão sendo
divulgados. Por exemplo, o biólogo Átila Lamarino tem o seu canal de
divulgação científica no Youtube, e também colabora com o canal Nerdologia.
Átila costuma falar bastante sobre doenças e como se prevenir delas. As
informações que ele passa são confiáveis? Sim. E como podemos saber
disso? Quando você pesquisa no Google, você encontra a formação: “biólogo
e pesquisador brasileiro, formado em microbiologia e doutor em virologia”. As
informações sobre as pesquisas e os estudos que ele realiza também estão
disponíveis na Internet. Desse modo, a formação que ele possui o credencia
para falar sobre os temas que ele aborda no seu canal no Youtube e nas
entrevistas que concede. Outro exemplo é o historiador Leandro Karnal. Ao
pesquisar sobre sua formação, entendemos que o seu posicionamento e suas
reflexões são embasados e responsáveis.

b) Observar se a fonte de informação utiliza-se do letramento científico:


esse é um aspecto valioso! O letramento científico permite a conexão entre o
mundo em que se vive e o que vem sendo estudado pela ciência
continuamente. E, quando falamos em letramento científico, falamos em
ciência, que podemos conceituar como o conjunto de conhecimento que busca
compreender verdades ou leis naturais para explicar o funcionamento das
coisas e do universo em geral. Por meio da ciência, temos o aperfeiçoamento
tecnológico, o desenvolvimento de remédios e vacinas e de soluções para os
problemas existentes no mundo. A ciência segue, em geral, algumas etapas,
que são a observação, a elaboração do problema, o levantamento de
hipóteses, a experimentação, a análise dos resultados e a conclusão. Não é
um conhecimento baseado em “achismo”. Quando falamos em teorias
científicas, falamos sobre muito estudo, testes, dedicação e comprometimento
com a fidedignidade.

c) Respeito aos Direitos Humanos e ao Estado Democrático de Direito: o


que isso significa na prática? Quando destacamos a importância do respeito
aos Direitos Humanos, temos uma atitude de proteção aos direitos que são
inerentes a todos os seres humanos, independentemente de etnia, sexo,
nacionalidade, idioma ou qualquer outra condição. Os direitos humanos
englobam o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão,
o direito ao trabalho e à educação, entre outros. Todos merecem estes direitos,
sem discriminação. Já o Estado Democrático de Direito respeita as liberdades
civis, os direitos humanos e as garantias fundamentais, por meio do
estabelecimento de uma proteção jurídica. Se você vir, escutar ou ler sobre
alguém que não respeita esses princípios, é importante reavaliar se essa
pessoa pode ser uma referência para uma aprendizagem adequada.

3. Planejar
O planejamento é fundamental no autodidatismo. Tudo precisa ser planejado:
o tempo a ser dedicado aos estudos, o ambiente, os materiais, as tarefas diárias e
semanais, etc. O autoconhecimento é importante, assim como deixar visível o
projeto de vida. Lembrar das metas de curto e longo alcances. Por exemplo, um(a)
estudante que queira melhorar seu rendimento em matemática, pode ter como
objetivos de curto prazo: Resolver problemas simples que envolvam as operações
básicas; ou rever conteúdos que não foram bem compreendidos anteriormente.
Pode usar ferramentas para ajudar a planejar e organizar os estudos, como Kanban.
Imaginemos um(a) jovem estudante cujo Projeto de Vida é ser médico(a) no
futuro. Este(a) jovem deve esforçar- se para ser um(a) excelente estudante durante
o ensino médio. Deve ler assuntos que envolvam temas médicos, inspirar-se em
biografias de médicos(as), visitar postos de saúde e/ou hospitais, observar
médicos(as) em ação; talvez, voluntariar-se em serviços de saúde, nem que seja
por poucas horas nos finais de semana. Mesmo ainda não sendo um(uma)
médico(a), esse(a) estudante deve pensar e viver como se fosse um(a) estudante
de medicina, um(a) futuro(a) médico(a).
.
4. Manter a motivação
A motivação é um elemento muito importante, especialmente quando
estamos estudando e aprendendo. Estudar sem motivação significa pouco
interesse, baixa qualidade, baixa produtividade e procrastinação. O que deve ser
evitado. Vale ressaltar que ter uma causa enriquece a motivação. Transforme o seu
projeto de vida em sua causa, seu motivo de vida. É por isso que os planos
asseguram a motivação.
Desta forma, o contrato de aprendizagem - assim como o Projeto de Vida -,
pretende despertar no(a) estudante de ensino médio uma visão pessoal de mundo,
na qual seja possível caminhar com autonomia e reconhecer sua própria
personalidade. Isso não significa criar uma visão pejorativa ou depreciativa das
gerações anteriores, ou das profissões não reconhecidas na atualidade, mas
perceber que para cada época existem perguntas, valores e costumes que têm sua
importância e a sua peculiaridade no seu tempo, sendo necessário ponderar
sempre.
Nessa perspectiva que se propõe o encadeamento de trabalho, torna-se mais
perceptível ao(à) estudante tecer fios de condução dos seus sonhos, mediante o
fluxo da sociedade contemporânea. Assim, objetivamos uma abordagem que leva
em consideração os sonhos e possibilita caminhos para a realidade, visando a
satisfação e a realização pessoal.

O que é o contrato de Aprendizagem?


Segundo Heikki Toivanen (2018), a atitude para aprender e se desenvolver é
um fator determinado pelo próprio ser humano. Essa atitude inclusive é
desenvolvida durante toda a vida. Os seres humanos devem encontrar os seus
próprios “estilos” e “estratégias” de aprendizagem. Para isso é básico ter o
autoconhecimento, para que esse gerenciamento de pensamento, de aprendizagem
e de desenvolvimento seja otimizado e possibilite a consecução dos alvos e
propósitos almejados.
Então, compreender-se e desenvolver-se é o cerne do contrato de
aprendizagem. É importante que se deva considerar que ter autoconhecimento
significa “mergulhar fundo” em si, em um processo contínuo. Para que se atinja esse
nível de domínio próprio, faz-se necessário um exercício contínuo de disciplina, de
aprofundamento da sua visão pessoal. O intuito é aprender como focar energia no
que se quer conquistar.

Questões abordadas no contrato de aprendizagem


Quando se escreve sobre a própria história, a ideia é realmente conhecer a si
mesmo de maneira genuína, fazendo uma autoanálise, buscando assim, uma
autocompreensão. É necessário entender como o seu passado foi valioso. Que,
embora carregue algumas cicatrizes, foram elas que o/a deixaram mais forte. É
importante perceber-se como uma obra de arte em desenvolvimento contínuo.
O objetivo do contrato de aprendizagem é promover possibilidades de
desenvolvimento individual. Portanto, pedir ajuda aos colegas, familiares e pessoas
próximas é importante. É preciso pensar com cuidado sobre qual é o seu sonho e o
que fazer para atingi-lo.

Estimule os(as) alunos(as) a usarem algumas técnicas como:


● Fazer anotações;
● Reproduzir o contrato em algum lugar visível diariamente;
● Achar alguém que esteja próximo do sonho do(a) estudante, talvez
entrevistar essa pessoa, mas construir seu próprio caminho para esse sonho,
baseado em si mesmo;
● O(A) estudante pode ser estimulado(a) a fazer desenhos, colagens, histórias
em quadrinhos. O objetivo é estimular a criatividade do(a) estudante, mas
tendo atenção para que não fuja das perguntas norteadoras.
As atividades desse tema girarão em torno da elaboração do contrato de
aprendizagem e de estimuladores da criatividade. Além disso, serão sugeridos
vídeos de apoio para os(as) estudantes.

O Contrato de Aprendizagem:
Os(As) estudantes devem receber as perguntas relacionadas ao contrato de
aprendizagem. Cabe ao(à) professor(a) dialogar com os(as) estudantes sobre a
importância dessas questões, e inclusive levantar alguns questionamentos que
possam ajudá-los/a nesse processo que será de muita reflexão.
É importante destacar que esse contrato é um compromisso do(a) estudante
consigo próprio(a). A troca de relatos e experiências com os(as) colegas poderá
ajudá-lo(a) a entender melhor qual o espaço que ocupa no mundo e como as
vivências dos outros poderá auxiliar na compreensão de si próprio(a).

Os(as) estudantes devem ser estimulados(as) a:


● Responder o seu contrato de aprendizagem com sinceridade;
● Tentar desenhar o contrato de maneira criativa;
● Revisitar o seu contrato de aprendizagem.

Os processos que envolvem o contrato de aprendizagem vão aprofundar as


questões centrais dos(as) estudantes. Para que isso aconteça, diversas formas de
abordagem são bem-vindas. O objetivo é guiá-los(as) no desenvolvimento de um
caminho novo.

Algumas formas de abordagem são sugeridas abaixo:


● Roda de Conversa em sala de aula;
● Local com pouca distração (pode-se colocar música de fundo);
● Usar recursos audiovisuais;
● Criar uma atmosfera de segurança.

Conexões com o mundo acadêmico:


É importante apresentar a relação que o contrato de aprendizagem possui
com o Projeto de Vida daqueles(as) estudantes que almejam adentrar em uma
universidade. Ou seja, instigá-los(as) a elaborarem seus contratos com perspectiva
no futuro acadêmico, para os(as) que assim desejarem.

Dentro do universo do mundo acadêmico há diversas maneiras de se deparar


com o contrato de aprendizagem, como por exemplo, através de um termo de
ciência para que o(a) estudante possa estar ciente de seus direitos e deveres e se
comprometer de suas obrigações acadêmicas.
Sugerimos uma visita a um modelo de contrato de aprendizagem (Learning
Contract) em diversas instituições para análise e discussão.
.
Conexões com o mundo do trabalho:
Dentro do mundo do trabalho, é sabido que há leis que protegem a criança e
o(a) adolescente com direitos e deveres. Sugerimos uma visita ao que diz o Estatuto
da Criança e do Adolescentes (ECA) e a Lei 10.097 de 2000.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

As atividades desse tema girarão em torno da elaboração do contrato de


aprendizagem e de estimuladores da criatividade. Além disso, serão sugeridos
vídeos de apoio para os(as) estudantes.

ORGANIZAÇÃO DA TURMA: Aconselha-se que a sala esteja disposta em


círculo (roda de conversa) e que o(a) professor(a) (mentor(a)) seja também
participante, no intuito de introduzir o conceito de uma Educação Horizontalizada.

Para as atividades seguintes, você irá precisar de:


● Computador, data-show e caixa de som para a exibição do curta;
● Cartolina (1 por grupo);
● Canetas coloridas;
● Post-it´s ou papéis cortados em pedaços de tamanho médio (¼ de uma folha
de papel tamanho A3), com fita adesiva colada na parte de trás.

Referências:
Gardner, H. (1994). Estruturas da Mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto
Alegre: Artmed.
ATIVIDADE 01: MINHA LINHA DO TEMPO (REVISANDO O CONTRATO DE
APRENDIZAGEM)
Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Acreditar em si mesmo(a) e transformar os sonhos em realidade é


fundamental para o desenvolvimento dos(as) jovens. Esta atividade é uma
ferramenta poderosa para despertar em nelas(as) conceitos valiosos de
planejamento estratégico, aplicados na vida pessoal. O objetivo é fortalecer o
desenvolvimento de seus PROJETOS DE VIDA, e para isso, irão construir uma
linha do tempo com planos a curto, médio e longo prazo. Vamos nessa? Eles(as)
são capazes de alcançar tudo o que desejam, e você é peça fundamental nessa
descoberta!
Comece organizando a sala em formato de U e convide os estudantes a se
sentarem. Inicie uma roda de conversa e peça para cada um compartilhar um pouco
sobre a sua história, como chegou até ali, algo que o(a) entristece, o que o(a) irrita,
o que o(a) inspira e o que o(a) faz feliz. Em seguida, peça para que reflitam sobre
como se enxergam dentro dessa história.
Após essa reflexão, é fundamental que os estudantes compreendam o papel
central que desempenham em suas próprias vidas, sendo protagonistas de suas
escolhas e trajetórias. Nesse sentido, a Colabore e Inove visa desenvolver
habilidades consideradas fundamentais para a formação de cidadãos(ãs) do século
XXI, capacitando-os(as) para serem autônomos(as), solidários(as) e competentes
em suas jornadas.
Agora, distribua uma folha de cartolina ou papel A3 para cada estudante e
peça que construam uma estrada com curvas que representem sua linha do tempo.
Construir uma linha do tempo pode ser uma excelente maneira de auxiliar
os(as) jovens a enxergarem seus objetivos a longo prazo e a identificarem as etapas
necessárias para alcançá-los. Para apoiá-los(as) nesse processo, aqui estão
algumas dicas importantes. Peça que os(as) jovens:
● Identifiquem seus objetivos de longo prazo: Antes de construir uma
linha do tempo, é importante que os(as) jovens tenham uma ideia clara
do que desejam alcançar com o seu PROJETO DE VIDA.
Encoraje-os(as) a refletirem sobre seus sonhos, paixões e interesses.
Pergunte-lhes o que eles gostariam de realizar nos próximos cinco,
dez ou vinte anos.
● Identifiquem as etapas necessárias: Uma vez que os(as) jovens
tenham definido seus objetivos de longo prazo, ajude-os(as) a
fragmentá-los em etapas menores e mais concretas. Pergunte o que
eles(as) precisam fazer para alcançar seus objetivos e quais
habilidades e recursos serão necessários.
● Construam uma linha do tempo: Depois de identificar as etapas necessárias, é
hora de construir uma linha do tempo. Inicie com o objetivo final e trabalhe para trás,
incluindo as etapas intermediárias que precisam ser concluídas para alcançar cada
objetivo.
Certifique-se de incluir prazos realistas para cada etapa. Explique que é
importante revisá-la regularmente e fazer ajustes conforme necessário, para que
possam manter o foco e a direção em sua jornada de vida. Incentive-os(as) a ver a
linha do tempo como um aliado na busca pelo sucesso pessoal e profissional.
Na linha do tempo, também podem incluir momentos mágicos que marcaram
sua infância, como aquelas lembranças que os(as) faziam tão felizes, quando ainda
eram crianças e frequentavam o ensino fundamental I. Além disso, é importante
destacar alguma inspiração que tiveram ao passar para o ensino fundamental II,
aquela fase cheia de descobertas e novidades.
E o que dizer da primeira impressão ao conhecer a Colabore e Inove no ano
passado? Pode ter sido um misto de sentimentos, não é mesmo? Uma mistura de
curiosidade, expectativa e um pouquinho de ansiedade, talvez. Mas, com certeza,
foi um momento de aprendizado e novas possibilidades.
Ao finalizar suas linhas do tempo, cada um(a) terá a oportunidade de
compartilhar suas histórias com a turma. É hora de mostrar como os objetivos foram
alcançados, quais desafios foram superados e o que ainda está por vir. Vamos
juntos nessa jornada rumo ao sucesso e à realização pessoal!
ATIVIDADE 02: ESCAPE ROOM CI9
Duração: 4 AULAS - 2 SEMANA

Caro(a) educado(a), imagine uma sala misteriosa, repleta de enigmas e


desafios a serem resolvidos. Nessa atmosfera envolvente, pense nos(nas)
estudantes trabalhando em equipe, desafiando seus limites e desenvolvendo suas
habilidades cognitivas e sociais. Essa é a essência da metodologia ativa escape
room, que transforma o processo de aprendizagem em uma emocionante jornada
de descobertas e superações. Com ela, os(as) estudantes são estimulados(as) a
serem protagonistas de seu próprio aprendizado, construindo um conhecimento
sólido e significativo.

Para essa atividade em particular, sugerimos que os(as) estudantes criem um


roteiro baseado em uma história criada por eles(as) mesmos(as), usando a seguinte
dinâmica como inspiração:
● Organize os times sentados em forma de círculo;
● Explique que todos(as) irão contribuir para a criação de um roteiro da
história de um(a) personagem fictício;
● Entregue uma folha de papel, ou um laptop, tablet, celular, etc, com
um editor de texto aberto;
● Inicie escrevendo ou digitando o início da história, por exemplo, “era
uma vez…”, a partir daí, passe o instrumento ao(à) próxima estudante
para complementar a história;
● Avise que os últimos serão responsáveis pela finalização da história,
por isso, devem ter muita atenção;
● A história precisa ter um tom de superação, da qual o(a) personagem,
mesmo(a) com muitas adversidades, conseguiu superá-las e ter uma
vivência de empreendedorismo de sucesso;
● Chame a atenção para a obrigatoriedade de um final feliz.

Esta atividade serve como um quebra-gelo e seu propósito é evidenciar a


relevância do trabalho colaborativo, inspirar a criatividade, promover o
aprimoramento da escrita e do raciocínio lógico, entre outras habilidades valiosas.
Após concluírem essa etapa da atividade, é importante apresente aos(às)
estudantes a Declaração Universal dos Direitos Humanos e os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda 2030, disponíveis nos seguintes
links: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos e
https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel. Essas
ferramentas são essenciais para a compreensão dos direitos humanos e para a
promoção de um futuro sustentável para todos(as).
Para essa próxima etapa, siga as instruções:
● Divida a turma em times de até seis integrantes;
● Explique o objetivo da atividade: cada grupo deverá produzir um
desafio em forma de game para ser realizado pelos outros times;
● Reforce a importância do desafio estar conectado à Declaração
Universal dos Direitos Humanos e aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da agenda 2030;
● Incentive a criatividade e a colaboração dentro dos times;
● Estabeleça um prazo para a criação do desafio e para a apresentação
para os demais times;
● Lembre-os(as) que essa é uma oportunidade de aprendizado mútuo e
que todos os desafios produzidos deverão ser realizáveis e
desafiadores.
Preparado(a) para implementar essa metodologia ativa em sua sala de aula?
Aqui estão algumas dicas para você seguir:
1. Crie um cenário de escape room junto com seus(suas) alunos(as).
Isso pode ser feito de diversas maneiras, como por exemplo,
decorando a sala com elementos que remetam ao tema escolhido para
o desafio.
2. Divida os(as) estudantes em times, certificando-se de que eles(as)
sejam heterogêneos e tenham diferentes habilidades e
conhecimentos.
3. Crie instruções claras sobre as regras e expectativas da atividade,
incluindo o tempo disponível para solucionar cada uma delas.
4. Certifique-se de que os desafios criados pelos grupos sejam
desafiadores e suficientes para que os(as) alunos(as) não os resolvam
facilmente, mas não tão difíceis que os(as) desencorajem.
5. Promova a colaboração entre os(as) membros(as) do grupo,
encorajando-os(as) a compartilharem suas ideias, e a trabalharem
juntos(as) para resolver os desafios.
6. Ao final, celebre com os(as) estudantes essa experiência desafiadora
de construção e colaboração.
Escape Room na sala de aula incentiva autonomia, trabalho em equipe e
habilidades para o futuro, além de promover inclusão e diversidade. Parabéns pelo
empenho em transformar a educação e a vida dos(as) jovens. Obrigado(a) por ser
um(a) professor(a) comprometido(a) com a educação.

ATIVIDADE 03: IKIGAI


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

O que é IKIGAI?

Que tal fazer uma atividade em sala de aula que pode ajudar os(as)
estudantes a descobrirem seus propósitos e paixões? Com a metodologia proposta
nessa atividade, é possível explorar os interesses dos(as) estudantes e
conectá-los(as) com possíveis caminhos no empreendedorismo. Além de ser uma
atividade empolgante e motivadora, o uso dela pode levar os(as) estudantes a
descobrirem novas possibilidades e potencialidades em suas vidas.
Estamos falando do IKIGAI, que é uma ferramenta poderosa de
autoconhecimento que pode ajudar os(as) estudantes a traçar metas alinhadas com
suas vocações profissionais e, consequentemente, contribuir para o
desenvolvimento pessoal. Utilizar o recurso IKIGAI em sala de aula, pode ajudar
os(as) alunos(as) a desenvolver metas claras e objetivas para seus projetos de
vida.
IKIGAI trata-se de um conceito japonês, que pode ser traduzido como "razão
de ser". É uma combinação de duas palavras: iki, que significa “vida” e gai, que
significa “valor”. Essa filosofia encoraja a ideia de que todos têm um propósito na
vida e que encontrá-lo pode trazer verdadeira satisfação e felicidade.
Essa ferramenta constitui-se de uma mandala (conforme poderá ser visto
mais adiante), que compreende quatro questões fundamentais:
1. O que amo fazer?
2. O que faço bem?
3. O que posso ser pago para fazer?
4. O que o mundo precisa?

Para saber mais assista ao vídeo abaixo.


Link: É Assim que Você Encontra seu Propósito - IKIGAI

Para a realização dessa atividade:


1. Distribua folhas de papel (de preferência A3), canetas coloridas e objetos
circulares para que os(as) estudantes possam desenhar círculos;
2. Apresente o modelo de mandala, expondo no quadro, projetando com data
show ou da forma que preferir;
3. Explique o que se pede em cada círculo externo da mandala:
a. Para a parte “O que amo fazer”, o(a) estudante deve refletir sobre o
que gosta de fazer, o que o(a) apaixona e o(a) que o faz sentir-se
energizado(a). Considerando seus hobbies, interesses e quaisquer
atividades que lhe dêem um senso de propósito e realização. Eles(as)
devem se perguntar quais atividades e tópicos o(a) fazem você perder
a noção do tempo e lhe trazem alegria. Nesse momento eles(as)
devem construir uma lista de ações que os satisfazem.
b. Informe aos(às) estudantes que no passo “O que faço bem?” ele deve
identificar as coisas que consegue fazer com maestria, e que sentem
orgulho de fazer. Deixe claro que todo mundo tem suas próprias forças
e talentos únicos, todos se destacam em determinadas ações.
Exemplos: falar em público, resolver problemas, cozinhar, tocar um
instrumento musical, ensinar algo, jardinagem, pintura, programação e
muito mais.
c. Concluída as etapas acima, chega o momento de redigirem a parte “O
que posso ser pago(a) para fazer?”. De um modo geral, podemos ser
pagos(as) para fazer qualquer coisa, desde trabalho manual até
trabalho administrativo, empreendimentos criativos, etc. Tenha atenção
com respostas óbvias, como “comer”, “dormir”,..., existem pessoas que
são pagas para isso, porém, não é um mercado de trabalho de fácil
visualização.
d. Como fim das quatro questões norteadoras, peça para os(as)
estudantes identificarem “O que o mundo precisa?”. Lembre-os(as) o
conceito de “mundo” pode ser restrito a comunidade que vivem, ou a
projeção de mundo idealizada em seu PROJETO DE VIDA. Peça para
pensarem em questões coletivas, e como cada um(a) pode contribuir
para um mundo melhor.
4. Após certificar-se que todos concluíram a parte externa da mandala, chega o
momento da construção dos círculos internos.
Informe que agora irão interseccionar as quatro questões para encontrar o
seu ikigai:
a. Missão: para encontrar sua missão, o(a) estudante precisa encontrar a
intersecção entre aquilo que ama e o que o mundo precisa.
b. Vocação: para encontar sua vocação, o(a) estudante precisa encontrar
aquilo que está entre o que o mundo precisa e o que ele(a) pode ser
pago para fazer.
c. Profissão: para encontar sua profissão, o(a) estudante precisa
identificar aquilo que pode ser pago para fazer e o que faz bem.
d. Paixão: para encontar sua paixão, é preciso descobrir a relação entre
o que bom e o que ama fazer.

Após todo esse processo, peça para que os(as) estudantes apresentem sua
missão, vocação e paixão para os(as) colegas, e colha feedbacks sobre a atividade
e como isso pode auxiliá-los(as) em seus projetos de vida.
Esperamos que essa atividade seja enriquecedora para a sua jornada como
educador(a) e para a jornada acadêmica e para o desenvolvimento pessoal dos(as)
estudantes. Não se esqueça de incentivá-los(as) a explorar a criatividade e refletir
profundamente sobre as suas respostas para cada uma das questões da mandala
do IKIGAI. E acima de tudo, incentive-os(as) a se divertirem durante esse processo!
Queremos saber, qual foi a sua percepção sobre essa atividade? O que mais
gostou nessa tarefa? Estamos ansiosos para saber o seu feedback!

Modelo de IKIGAI
Referência: MOGI, Ken. Ikigai: os cinco passos para encontrar seu propósito
de vida e ser mais feliz. São Paulo: Austral Cultural, 2018.

ATIVIDADE 04: A COMUNIDADE QUE VIVO


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

O objetivo desta atividade é fomentar o diálogo entre os(as) participantes e


aproveitar a inteligência coletiva para responder questões importantes para a vida
dos(as) estudantes. Como parte do componente curricular Colabore e Inove, é
fundamental que os(as) jovens possam explorar temas relacionados a startups,
organizações não governamentais (ONGs) e negócios sociais, como o
empreendedorismo, de forma a torná-los(as) relevantes em suas trajetórias
pessoais. Nesta aula, vamos trabalhar em equipe para promover um trabalho
interdisciplinar e trocar conhecimentos e pontos de vista diferentes. Além disso,
vamos conectar conceitos relacionados ao empreendedorismo com atitudes e
comportamentos que são importantes para a trajetória acadêmica e profissional dos
jovens.

Divisão dos grupos

● Utilize a dinâmica que considerar interessante para dividir a turma em


times de cinco integrantes.

World Café

World Café é uma metodologia de diálogo em grupo, que visa criar um


ambiente colaborativo para a discussão e a troca de ideias sobre um tema
específico. É composto por diferentes rodadas de conversa, em que os(as)
participantes são divididos em grupos menores, e cada um(a) deles(as) discute um
aspecto do tema em questão. Após cada rodada, um(a) dos(as) participantes
permanece no grupo, enquanto os(as) demais se movem para outros grupos para
trocar ideias. Isso faz com que as ideias fluam livremente e sejam cruzadas entre
diferentes grupos, gerando um conhecimento coletivo.
O procedimento para a metodologia que vamos apresentar consiste nos
seguintes passos:
● Solicite que os(as) alunos(as) se organizem em papéis
pré-determinados dentro de cada time com funções como:
○ Coordenador(a): lidera, encoraja, estimula a participação do
grupo, previne o desvio do foco da discussão, assegura que o
grupo atinja os objetivos de aprendizagem e verifica o
entendimento sobre as questões discutidas.
○ Mediador(a): medeia as conversas dentro do grupo, estimula a
participação de todos e garante que estejam compreendendo a
orientação das atividades.
○ Questionador(a): questiona os resultados, que o grupo
encontrou na resolução da tarefa, os resultados esperados, a
importância do que foi abordado, entre outros.
○ Relator(a): registra os pontos relevantes da discussão e é o(a)
orador(a) da turma quando necessário.
○ Monitor(a) de recursos e de tempo: garante que o grupo tenha
as ferramentas necessárias para realizar a atividade e gerencia
o tempo de cada realização.
● Descreva minuciosamente o papel de cada função. Isso é crucial para
que todos(as) possam compreender a relevância do trabalho em
equipe e a importância de cada papel desempenhado;
● Recomende que cada membro(a) do time confeccione um crachá
utilizando ¼ de papel cartão e um pedaço de barbante, e que nele seja
especificada sua função. Ao final da aula, solicite que os crachás
sejam recolhidos para que possam ser reutilizados em outras
atividades;
● Distribua um papel cartolina e canetas coloridas para cada equipe;
● Nos próximos 10 minutos, cada equipe deverá realizar as seguintes
tarefas:
○ Identificar e listar os problemas sociais que afetam a
comunidade em que vivem;
○ Anotar esses problemas em uma cartolina, sendo que o relator
é responsável por registrar as informações;
○ Discutir possíveis soluções para esses problemas e o relator
deverá anotá-las na cartolina.
Após a análise dos problemas listados, o(a) relator(a) deve
permanecer na mesa, enquanto os(as) demais membros(as) visitam
os trabalhos dos outros grupos, ouvem os relatos e apresentam
comentários em post-its. O tempo para essa ação deve ser ajustado
de acordo com o número de grupos participantes;
● Ao fim da rodada, os(as) estudantes devem retornar às suas bases
para analisar os feedbacks recebidos. Em seguida, devem selecionar
um problema em particular e definir um esboço de uma ou mais
soluções que pretendem desenvolver;
● O(A) coordenador(a) expõe para a turma a seleção de problemas feita
pelo grupo e justifica por que escolheram determinado problema,
explicando por que consideram importante e correta a ação pensada
para solucioná-lo;
● Informe aos times que na próxima aula, eles deverão criar uma
empresa fictícia capaz de solucionar o problema escolhido.
Esta atividade é uma oportunidade incrível para mostrar aos(às) estudantes
como o empreendedorismo pode surgir da necessidade e como a colaboração e a
inovação são fundamentais para o seu desenvolvimento. Segundo o encontro
Entrecomp, “uma competência transversal, que se aplica a todas as esferas da vida:
desde o desenvolvimento pessoal até à participação ativa na sociedade…”
(Entrecomp, 2020, p.12), demonstrando que identificar problemas e buscar soluções
inovadoras é uma característica fundamental do empreendedorismo.
Caro(a) professor(a), lembre-se sempre de enfatizar a importância do
trabalho coletivo em sala de aula. Aproveite o momento para reforçar essa ideia
com os(as) estudantes, mostrando como cada um(a) deles(as) pode contribuir de
forma positiva para alcançar objetivos em conjunto. Mostre como essa dinâmica
pode ser aplicada em diferentes contextos, incentivando-os(as) a trabalhar em
equipe e a valorizar as habilidades e opiniões de cada integrante. Use exemplos e
histórias inspiradoras para que eles(as) possam entender como o trabalho em
equipe pode trazer benefícios tanto na vida escolar quanto na vida profissional.
Lembre-se de que o papel do(a) educador(a) é fundamental para motivar e guiar
os(as) estudantes em direção ao sucesso.

ATIVIDADE 05: EMPREENDEDORISMO E RESPONSABILIDADE SOCIAL


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANAS

Nesta semana, as atividades estão relacionadas aos problemas e soluções


identificados pelos times nas aulas anteriores e sua conexão com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os(As) estudantes serão desafiados a projetar
uma empresa que desenvolva ações para resolver esses problemas. O passo a
passo inclui:
● Apresente aos(às) estudantes, os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS);
● Leiam juntos cada um dos ODS e discutam a importância de cada um
deles;
● Separe os(as) estudantes em times e proponha que criem uma
empresa fictícia que contribua para o bem-estar social, o
desenvolvimento regional sustentável, uma instituição eficiente e
inclusiva, voltada para a educação e cultura para o desenvolvimento
ou outra iniciativa que considere relevante;
● Peça para que os times relacionem a empresa criada a uma das trilhas
propostas e a pelo menos três ODSs que sejam correlatos.

Trilhas do ODS relacionado


Conhecimento

Trilha I. Bem-estar ODS 3. Assegurar uma vida saudável e


socioambiental: viver, promover o bem-estar para todos(as), em todas as
morar, aprender, cuidar, idades;
incluir e interagir. ODS 4. Assegurar a educação inclusiva e
equitativa e de qualidade, e promover oportunidades
de aprendizagem ao longo da vida para todos;
ODS 5. Alcançar a igualdade de gênero e
empoderar todas as mulheres e meninas;
ODS 14. Conservação e uso sustentável dos
oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o
desenvolvimento sustentável;
ODS 15. Proteger, recuperar e promover o uso
sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de
forma sustentável as florestas, combater a
desertificação, deter e reverter a degradação da terra
e deter a perda de biodiversidade.
Trilha II. ODS 2. Acabar com a fome, alcançar a
Desenvolvimento regional segurança alimentar e melhoria da nutrição e
sustentável: ideias promover a agricultura sustentável;
inovadoras que integrem ODS 6. Assegurar a disponibilidade e gestão
economia e o meio sustentável da água e saneamento para todos;
ambiente, de maneira ODS 7. Assegurar o acesso confiável,
ética e sustentável. sustentável, moderno e a preço acessível à energia
para todos;
ODS 8. Promover o crescimento econômico
sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e
produtivo e trabalho decente para todos;
ODS 9. Construir infraestruturas resilientes,
promover a industrialização inclusiva e sustentável e
fomentar a inovação;
ODS 12. Assegurar padrões de produção e de
consumo sustentáveis.

Trilha III. ODS 1. Acabar com a pobreza em todas as


Instituições eficazes: suas formas, em todos os lugares;
como aperfeiçoar nossas OSD 10. Reduzir a desigualdade dentro dos
instituições e torná-las países e entre eles;
mais eficientes e ODS 11. Tornar as cidades e os
inclusivas? O foco deve assentamentos humanos inclusivos, seguros,
estar em ações voltadas resilientes e sustentáveis;
para os Três Poderes ODS 13. Tomar medidas urgentes para
(Legislativo, Executivo e combater a mudança do clima e seus impactos;
Judiciário), a mídia e o ODS 16. Promover sociedades pacíficas e
terceiro setor. inclusivas para o desenvolvimento sustentável,
proporcionar o acesso à justiça para todos e construir
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em
todos os níveis;
ODS 17. Fortalecer os meios de
implementação e revitalizar a parceria global para o
desenvolvimento sustentável.

Trilha IV. Educação ODS 4. Assegurar a educação inclusiva,


e Cultura para o equitativa e de qualidade, e promover oportunidades
Desenvolvimento - a de aprendizagem ao longo da vida para todos;
economia da cultura, ODS 5. Alcançar a igualdade de gênero e
criatividade e inovação empoderar todas as mulheres e meninas;
dentro de uma perspectiva ODS 9. Construir infraestrutura resiliente,
de promoção da promover a industrialização inclusiva e sustentável, e
educação, igualdade de fomentar a inovação;
gênero, identidade cultural ODS 12. Assegurar padrões de produção e de
e novas técnicas ou consumo sustentáveis;
metodologias de ensino ODS 17. Fortalecer os meios de
aprendizado com foco na implementação e revitalizar a parceria global para o
inovação social, consumo desenvolvimento sustentável.
sustentável e
desenvolvimento regional.
● Peça aos(às) estudantes que elaborem um plano detalhado para a
empresa fictícia, incluindo os serviços prestados, o público atendido, a
visão, a missão, entre outros aspectos relevantes, e que o registrem
em um papel. Certifique-se de que cada membro do grupo assuma um
papel específico:
○ O(a) coordenador(a), que liderará, incentivará e estimulará a
participação do grupo, garantirá que o grupo alcance os
objetivos de aprendizagem e verificará o entendimento das
questões discutidas, além de prevenir desvios de foco.
○ O(a) mediador(a), que mediará as conversas dentro do grupo,
estimulando a participação de todos(as) e garantindo que
compreendam as orientações das atividades.
○ O(a) questionador(a), que será responsável por questionar os
resultados encontrados pelo grupo na resolução da tarefa, os
resultados esperados, a importância do que foi abordado, entre
outros aspectos relevantes.
○ O(a) relator(a), que registrará os pontos relevantes da
discussão e atuará como orador(a) da turma, quando
necessário.
○ O(a) monitor(a) de recursos e tempo, que garantirá que o grupo
tenha as ferramentas necessárias para realizar sua atividade e
gerenciará o tempo de cada realização.
● Forneça os crachás já confeccionados anteriormente para os(as)
estudantes, e verifique se há material suficiente para a confecção de
novos crachás, caso algum(a) estudante tenha faltado na aula anterior
ou se houver mudança de função na equipe.
● Distribua cartolinas, papel A1 ou uma colagem de papel A4,
juntamente com canetas coloridas para que os(as) estudantes possam
criar cartazes que representem a empresa fictícia idealizada;
● Organize um congresso internacional fictício e, junto aos(às)
estudantes, escolha um nome criativo para ele, para que cada time
possa apresentar sua empresa;
○ Cada time deverá organizar um stand para apresentar sua
empresa;
○ Os(As) devem escolher uma dupla para realizar a apresentação
da empresa em cada stand, e essa dupla deverá revezar a
função;
○ Os demais membros dos times devem visitar todos os stands e
fazer anotações sobre sugestões e elogios para cada projeto;
○ Após a visita aos stands, os times se reúnem e realizam uma
análise a partir da visão de cada um sobre a atividade,
discutindo os feedbacks e sugestões recebidos pelos colegas.
● Por fim, faça uma reflexão com os(as) estudantes sobre como o
mundo seria impactado de forma positiva, caso a empresa
desenvolvida por eles, realmente existisse.
A atividade de World Café oferece uma excelente oportunidade para
incentivar o empreendedorismo e responsabilidade social. Durante essa atividade,
as equipes são desafiadas a criar uma empresa fictícia, que solucione um problema
social próximo à sua comunidade, e pode inspirar ideias para mudar o mundo ou
pelo menos o seu próprio mundo. Os(as) estudantes poderão pensar fora da caixa,
criar soluções inovadoras e aprimorar a habilidade de trabalhar em equipe,
fundamental para o cidadão do século XXI.
Será um espaço para a troca de ideias e experiências, proporcionando uma
forma divertida e engajadora de aprendizado. A atividade também será uma
oportunidade para o desenvolvimento de habilidades importantes como liderança,
trabalho em equipe, comunicação e criatividade. Essas habilidades serão essenciais
não apenas para o futuro dos(as) estudantes, mas também para a construção de
um mundo mais justo e sustentável.
Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão a você, professor(a), pela
sua colaboração. Sua presença e desempenho como educador(a) e facilitador(a)
têm um impacto significativo na construção de um mundo melhor. Agradecemos por
estar conosco nesta jornada CI9 e por dedicar-se a ajudar no desenvolvimento das
próximas gerações. Suas contribuições são inestimáveis e cruciais para o futuro da
sociedade. Continue com seu excelente trabalho e obrigado(a) por tudo o que faz
em prol dos(as) nossos(as) jovens!

MATERIAL DE APOIO:
https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel

ATIVIDADE 08: CELEBRANDO A CRIATIVIDADE


Duração: 4 AULAS - 2 SEMANAS

Vamos juntos(as) em uma jornada emocionante, que envolverá toda a


comunidade escolar! Estamos propondo uma atividade incrível que será realizada
em colaboração por todas as turmas de Colabore e Inove da escola, tanto da 2ª
quanto da 1ª série.
Nesse evento, os(as) estudantes serão os(as) verdadeiros(as) protagonistas,
liderando todo o processo criativo, enquanto os(as) professores(as) terão o papel
fundamental de orientá-los(as) e capacitá-los(as) para o futuro. Essa é a nossa
missão como educadores(as), e é o que nos enche de orgulho e motivação. Juntos,
vamos alcançar grandes conquistas e inspirar os(as) nossos(as) alunos(as) a
superarem seus próprios limites.
O objetivo deste evento é promover a integração dos(as) estudantes com os
princípios educacionais do modelo pedagógico das Escolas Cidadãs Integrais, por
meio de um contexto que valorize o conhecimento acumulado em sua trajetória na
Colabore e Inove. Para isso, os(as) estudantes serão incentivados(as) a
participarem ativamente de todo o processo, desde o planejamento até a avaliação
do projeto, o que permitirá uma experiência social significativa,
conscientizando-os(as) sobre a importância de seu papel na construção de uma
sociedade mais justa e solidária.
Ao final do evento, espera-se que os(as) estudantes tenham desenvolvido
habilidades para a cidadania, além de adquirido um conjunto de conhecimentos
técnicos e profissionais relevantes para sua formação acadêmica e pessoal.
Recomenda-se que a atividade escolhida seja discutida e aprovada pela
comunidade escolar. Algumas sugestões incluem feira cultural, feira de ciências,
exposição de arte, mostra de empreendimentos bem-sucedidos, sarau, homenagem
a uma figura importante da comunidade, entre outras opções. É importante que a
atividade tenha significado e seja capaz de motivar os(as) estudantes a participarem
ativamente em sua elaboração e execução.

Propomos o seguinte roteiro para a realização da atividade:

Etapa 1: Preparação do projeto

1. DEFININDO CAMINHOS PARA COMEÇAR


a. Vamos iniciar definindo o projeto, pensando em qual atividade
desejamos realizar e identificando as ações necessárias. É
fundamental ouvir todas as ideias sem fazer críticas. Neste
momento, para garantir um ambiente colaborativo.
b. Em seguida, é importante refletir sobre a viabilidade do projeto
e suas ações, levando em consideração os prazos e recursos
disponíveis. Devemos estar atentos para que o evento seja
compatível com a realidade da escola, para que possamos
executá-lo com sucesso.

2. ANALISAR AS PROPOSTAS
a. Vamos trabalhar em conjunto com os(as) estudantes para
selecionar a proposta mais viável e significativa. Se surgir
algum impasse durante essa escolha, o(a) professor(a) poderá
intervir para ajudar a tomar uma decisão.
b. Além disso, é importante expressar agradecimento e
parabenizar todas as colaborações feitas até o momento.
Reconhecer o esforço e a participação de cada um(a) é
essencial para fortalecer o espírito de equipe.

3. ESTABELECER A APRENDIZAGEM LIGADA AO PROJETO


a. É importante que o(a) professor(a) estabeleça uma clara
relação pedagógica com o projeto. Isso significa que ele(a) deve
entender como as atividades propostas se relacionam com os
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes.

Etapa 2: Estabelecimento de relacionamentos com a comunidade escolar

4. IDENTIFICAR PARCERIAS
a. Procure estabelecer parcerias com diversos atores da
comunidade escolar, como o corpo docente, o trio gestor, o
pessoal de apoio, palestrantes internos e/ou externos,
associações, indústrias e comércio, produtores rurais, artistas,
órgãos governamentais municipais, estaduais e/ou federais,
bem como outras escolas. Essas parcerias serão fundamentais
para enriquecer e fortalecer o evento, trazendo diferentes
perspectivas e recursos para os(as) estudantes.

Etapa 3: Planejamento

5. DEFINIR GESTÃO E ORGANIZAÇÃO


a. Estabelecer a organização e planejamento detalhado do evento,
levando em consideração todos os aspectos logísticos, como
local, horários, recursos necessários, equipamentos, transporte,
entre outros. Garantir que tudo esteja devidamente planejado
para o sucesso do evento.
b. Buscar firmar parcerias com as entidades e pessoas envolvidas,
formalizando acordos e colaborações mútuas. Estabelecer
acordos claros e definir as responsabilidades de cada parceiro,
visando a cooperação e contribuição de todos para a realização
do evento de forma eficiente e satisfatória.

6. DEFINIR AS ETAPAS DO TRABALHO COM O GRUPO


a. Estabelecer um plano de ação detalhado, definindo todas as
etapas do projeto com prazos e metas específicas. Isso
garantirá uma organização eficiente e um acompanhamento
adequado do progresso.
b. Dividir os(as) estudantes em equipes ou times, permitindo uma
distribuição equilibrada das tarefas e promovendo a
colaboração entre eles(as).
c. Designar funções claras e específicas para cada participante,
incluindo o(a) professor(a), no programa de ação. Isso
assegurará que todos(as) compreendam suas
responsabilidades e contribuam de forma efetiva para o
sucesso do projeto.
Etapa 4: Execução

7. MOTIVAR O GRUPO
a. É fundamental demonstrar aos times de estudantes que a
participação de cada um(a) deles(as) é fundamental para o
sucesso do projeto. Devemos enfatizar a importância da
inovação e da colaboração como pilares essenciais de todo o
processo. Ao incentivar a criatividade e o trabalho em equipe,
estaremos abrindo portas para soluções inovadoras e para o
desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e
resolução de problemas. Motivar os times, enfatizando a
relevância de suas contribuições individuais e coletivas, é a
chave para alcançar resultados extraordinários. Juntos, eles(as)
podem superar desafios, explorar novas ideias e alcançar
objetivos que talvez não fossem possíveis de alcançar de forma
isolada.

8. ORGANIZAR O TRABALHO A SER REALIZADO


a. Forme um time de supervisores(as) responsáveis por analisar
cada etapa do processo, garantindo uma visão ampla e uma
avaliação criteriosa. Sua contribuição será fundamental para
identificar pontos fortes e oportunidades de melhoria.
b. Colabore ativamente durante a execução do projeto,
trabalhando em conjunto com os(as) estudantes e demais
participantes. Sua presença e apoio serão essenciais para
manter a motivação e garantir que o trabalho esteja alinhado
com os objetivos estabelecidos.
c. Faça a intermediação sobre a logística com o trio gestor,
assegurando uma comunicação clara e eficiente. Essa
interação permitirá o alinhamento de recursos, prazos e demais
aspectos necessários para o bom andamento do evento. Sua
habilidade em coordenar e facilitar essa comunicação será de
grande importância para o sucesso do projeto.

9. REFLETIR SOBRE AS LIÇÕES APRENDIDAS COM A


PREPARAÇÃO
a. Estimule os(as) estudantes a refletir continuamente sobre todas
as etapas do processo, incentivando a autoavaliação e a busca
pelo aprimoramento constante. Reconheça e elogie cada ação
realizada, destacando o esforço e o progresso alcançado,
motivando-os(as) a superar desafios e a se superarem a cada
passo.
b. Seja um apoio constante, encorajando os(as) estudantes a ir
além de suas próprias expectativas. Mostre confiança em suas
habilidades e potencial, demonstrando que você acredita no
sucesso deles. Com seu apoio e incentivo, eles(as) se sentirão
motivados(as) e encorajados(as) a dar o melhor de si e a
alcançar resultados ainda mais significativos.

Etapa 5: Avaliação

10. REFLETIR E AVALIAR OS RESULTADOS DO EVENTO


a. Realize uma reunião com os(as) estudantes e convide-os(as) a
refletirem sobre a execução do projeto, destacando como cada
etapa contribuiu para o seu crescimento e desenvolvimento
pessoal. Incentive-os(as) a fazer conexões entre as atividades
realizadas e suas metas individuais, destacando como essas
experiências podem impactar em seus projetos de vida.
b. Encoraje-os(as) a compartilhar seus aprendizados e insights,
permitindo que expressem suas opiniões e reflexões. Mostre
interesse genuíno em suas experiências e ofereça apoio na
identificação das lições aprendidas e dos benefícios obtidos ao
participar do projeto.

11. REFLETIR E AVALIAR A APRENDIZAGEM ALCANÇADA


a. Promova uma reflexão conjunta com os(as) estudantes sobre
os aprendizados adquiridos durante o projeto.
b. Destaque a importância do desenvolvimento da autonomia,
solidariedade e competências.
c. Incentive-os(as) a compartilhar suas experiências, desafios
superados e habilidades desenvolvidas.
d. Valorize a autonomia demonstrada ao assumir
responsabilidades e tomar decisões.
e. Destaque a solidariedade demonstrada ao colaborar e apoiar
uns aos outros.
f. Enfatize as competências adquiridas, como trabalho em equipe,
liderança, resolução de problemas e comunicação efetiva.
g. Ajude os(as) estudantes a reconhecerem o impacto positivo
dessas aprendizagens em suas vidas.
h. Fortaleça sua motivação para buscar novos desafios e
continuar se desenvolvendo.

12. PERSPECTIVAS FUTURAS DO PROJETO


a. Realize uma avaliação da produção dos projetos futuros em
conjunto com os(as) estudantes.
b. Incentive-os(as) a expressar suas opiniões sobre o que
gostariam de repetir nas próximas atividades.
c. Promova uma reflexão sobre possíveis melhorias e inovações
que podem ser implementadas nos próximos projetos.
d. Estimule a criatividade e o pensamento crítico dos estudantes
ao sugerir ideias para aprimorar as atividades futuras.
e. Valorize as contribuições individuais e coletivas, reconhecendo
a importância do trabalho em equipe.
f. Enfatize a importância de aprender com as experiências
passadas e utilizar esses aprendizados para impulsionar
projetos futuros.
g. Promova um ambiente aberto e inclusivo, encorajando
todos(as) os estudantes a compartilhar suas sugestões e ideias.
h. Estimule os(as) estudantes a se comprometerem com o
aprimoramento contínuo e a trabalharem em colaboração para
alcançar os objetivos estabelecidos.

13. CELEBRAR A EXPERIÊNCIA VIVIDA


a. Reserve um momento especial no final para celebrar com os
times e reconhecer suas conquistas.
b. Organize uma comemoração para marcar o encerramento do
evento e o sucesso dos(as) estudantes.
c. Crie um ambiente festivo e alegre, no qual todos e todas
possam se sentir valorizados(as) e celebrem juntos(as).
d. Destaque as realizações individuais e coletivas, destacando os
esforços e o empenho de cada membro(a) do time.
e. Proporcione momentos de reconhecimento, como a entrega de
certificados, medalhas ou pequenos brindes simbólicos.
f. Encoraje os(as) estudantes a compartilharem seus sentimentos
e experiências durante o evento, promovendo um clima de
gratidão e satisfação.
g. Incentive a expressão de gratidão e reconhecimento mútuo
entre os(as) estudantes, reforçando a importância da
colaboração e do trabalho em equipe.
h. Valorize o aprendizado e o crescimento pessoal que ocorreram
ao longo do projeto, reforçando a importância dessas
experiências para o desenvolvimento de cada estudante.
i. Encerre a comemoração com palavras de encorajamento e
motivação, ressaltando que novas oportunidades e desafios
estão por vir, e que todos(as) estão preparados(as) para
enfrentá-los com confiança e determinação.
Com a conclusão deste evento, encerramos uma fase inspiradora em nossa
jornada. Agora, estamos prontos(as) para abraçar uma nova perspectiva social, que,
certamente, nos enriquecerá ainda mais. É momento de refletir sobre o que
aprendemos, e planejar o próximo semestre, com a expectativa de que seja ainda
mais gratificante.
É importante expressar nossa sincera gratidão pela dedicação e empenho de
todos(as) os(as) envolvidos(as), incluindo professores(as), estudantes e demais
colaboradores(as). Cada um desempenhou um papel fundamental no sucesso
desse projeto, e somos gratos pela contribuição de cada indivíduo.
Agradecemos especialmente aos(às) professores por sua dedicação
incansável, pelo compromisso em transmitir conhecimento, e pelo apoio constante
aos(às) estudantes. Essa paixão pela educação é inspiradora e nos motiva a buscar
sempre o melhor.
Acreditamos que essa sequência didática proporcionou um ambiente de
aprendizado enriquecedor, no qual, a autonomia, a solidariedade e o
desenvolvimento de competências, foram valores essenciais. Com base nos
aprendizados dessa experiência, vocês e seus/suas estudantes puderam avaliar
seus pontos fortes e identificar áreas que precisam ser aprimoradas, para que
possamos progredir continuamente.
Essa jornada foi marcada por desafios superados, trabalho em equipe e pela
busca constante por inovação e colaboração. Com o encerramento desta etapa,
podemos celebrar os resultados alcançados e nos orgulhar do caminho percorrido.
Agora, é hora de olhar para o futuro com entusiasmo e confiança. Certos(as)
de que estamos prontos(as) para enfrentar novos projetos e desafios, sempre em
busca do aprimoramento e do crescimento coletivo.
Que possamos continuar aprimorando nossas práticas, compartilhando
conhecimento e colaborando em prol de uma educação de qualidade. Estamos
ansiosos para o que o futuro nos reserva e confiantes de que, juntos(as),
alcançaremos grandes realizações.
Sigamos em frente, fortalecidos(as) pela experiência que compartilhamos, e
prontos(as) para os desafios e conquistas que ainda estão por vir.

Referência:
PUIG, Josep Maria; MARTÍN, Xus; BATLLE, Roser. Cómo iniciar un proyecto de
aprendizaje y servicio solidario. Disponível em
<https://www.zerbikas.es/wp-content/uploads/2015/07/1.pdf> . Acesso em 20 de
outubro de 2022.
2º SEMESTRE

Tema 03: Aprendizagem baseada em projeto - Retomando os projetos


anteriores ou dando início a novos!

CONTEÚDO: Agenda 2030 e fortalecimento dos ODS por meio da


territorialização; Design thinking.

OBJETIVO: Promover uma educação mais inclusiva, equitativa e


sustentável, preparar os(as) estudantes para enfrentar os desafios do século XXI e
capacitá-los(as) a contribuir para o desenvolvimento de seus projetos de vida. Isso
será realizado por meio de atividades que possibilitam a compreensão do mundo
em que vivem e despertam o poder de transformação que cada um(a) possui.

CONEXÕES: Biologia, Física, Química, Matemática; Geografia; Sociologia;


Língua Portuguesa; Arte; Propulsão; Projeto de Vida.

HABILIDADES DE PROPULSÃO:

Matriz de Referência de Língua Portuguesa:

● Procedimentos de Leitura
○ H01- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
● Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na
Compreensão do Texto
○ H02- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.).
○ H03- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o
contexto de produção e de recepção.
● Relação entre Textos
○ H04- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
● Coerência e Coesão no Processamento do Texto
○ H05 - Identificar a tese de um texto.
○ H06- Diferenciar as partes principais das partes secundárias em um
texto.
○ H07- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
● Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
○ H08- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
○ H09- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação
e de outros recursos gráficos.
● Variação Linguística
○ H10 - Identificar as variedades linguísticas (o conceito de
norma-padrão e o de preconceito linguístico) evidenciadas na relação
locutor-interlocutor presentes nos textos.

Matriz de Referência de Matemática:


● Unidade Temática: Números e Álgebra
○ Habilidade 01: Compreender e resolver situações-problema
envolvendo cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração,
multiplicação e divisão, com foco nos números positivos e negativos.
○ Habilidade 02: Compreender e reconhecer a noção de conjunto no
contexto social, diferentes significados e representações dos números
e as operações que os envolvem, além de resolver
situações-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
● Unidade Temática: Geometria e Medidas
○ Habilidade 07: Resolver situações-problema que envolvem área e
perímetro de superfícies planas limitadas por segmento de retas e/ou
arcos de circunferência, propondo soluções adequadas.

PÚBLICO: Estudantes da 2ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs


Integrais.

DURAÇÃO: 2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min cada uma). Para
este encontro, recomendamos que a atividade seja realizada em cinco semanas,
totalizando 10 aulas geminadas, sendo 2 por semana.

ADAPTAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM O TEMA:

A territorialização é essencial para a implementação efetiva dos Objetivos de


Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Agenda 2030. Cada
localidade apresenta particularidades e desafios únicos, o que demanda uma
abordagem adaptada às suas necessidades específicas. Ao considerar a
territorialização, é possível formular estratégias que abordem de maneira mais
precisa e eficiente as metas dos ODS em cada contexto local. Dessa forma, a
territorialização desempenha um papel crucial na busca por um desenvolvimento
sustentável global, ao reconhecer a importância das peculiaridades territoriais e
promover soluções personalizadas para alcançar os objetivos estabelecidos.
A proposta deste tema visa incentivar os(as) estudantes a refletirem sobre
seu contexto social e a idealizarem um ambiente de convívio ideal. É importante que
eles(as) considerem não apenas as características físicas desse ambiente, mas
também os aspectos sociais, culturais e ambientais que o tornariam propício para
uma convivência saudável e harmoniosa. Além disso, é fundamental que os(as)
estudantes busquem soluções criativas e inovadoras para concretizar esse
ambiente, levando em conta os recursos disponíveis e as limitações existentes. O
trabalho em equipe é essencial nesse processo, pois cada membro(a) poderá
contribuir com suas ideias e habilidades, promovendo uma abordagem
multidisciplinar e colaborativa. Assim, os(as) alunos(as) terão a oportunidade de
desenvolverem não apenas competências técnicas, mas também habilidades
sociais, como a capacidade de trabalho em grupo, a empatia e a comunicação
efetiva.
O Design Thinking, sem dúvida, desempenha um papel fundamental nessa
proposta. Essa abordagem metodológica oferece uma estrutura eficaz para
promover a inovação e a cocriação de soluções para problemas complexos. O
processo é composto por diversas etapas interconectadas que guiam os(as)
estudantes em sua jornada de resolução de problemas.
A primeira etapa é a empatia, na qual os(as) estudantes são incentivados(as)
a compreender profundamente as necessidades, motivações e experiências das
pessoas envolvidas no contexto social em questão. Essa compreensão empática é
crucial para a identificação precisa dos desafios a serem abordados.
A etapa seguinte envolve a definição do problema. Com base na empatia
desenvolvida, os(as) estudantes são capazes de formular uma problemática clara e
específica, que servirá como direcionamento para as etapas subsequentes.
A geração de ideias é o terceiro passo, no qual os(as) estudantes são
incentivados a pensar de forma criativa e divergente, explorando diferentes
possibilidades e soluções para o problema identificado. Nessa fase, a ênfase é na
quantidade e variedade de ideias, sem restrições.
A prototipação entra em cena como a próxima etapa. Aqui, os(as) estudantes
materializam suas ideias de forma tangível, criando protótipos simples que
representam suas soluções em potencial. Esses protótipos podem ser modelos
físicos, desenhos, simulações digitais, entre outros.
Por fim, a implementação é a etapa em que as soluções são testadas e
refinadas. Os(As) estudantes têm a oportunidade de receber feedback, realizar
iterações e aprimorar seus protótipos até chegar a uma solução viável e eficaz.
A integração do Design Thinking com a territorialização possibilita aos(às)
estudantes a desenvolverem soluções personalizadas para as necessidades de sua
localidade. Essa abordagem estimula a colaboração, a inovação e a criação de
soluções centradas nas pessoas. Ao compreender o contexto local e aproveitar a
diversidade de habilidades em equipe, os estudantes podem criar soluções viáveis e
adaptadas às características específicas de sua região.
Além disso, podemos aproveitar a oportunidade de aplicar a metodologia
STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts, and Mathematics), que é um
anagrama das iniciais de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. O
STEAM promove uma abordagem interdisciplinar e inovadora no ensino e
aprendizagem, incentivando a integração dessas áreas do conhecimento.
Por meio da metodologia STEAM, os(as) estudantes são desafiados(as) a
explorarem conexões entre as diferentes disciplinas, estimulando a criatividade, o
pensamento crítico, a colaboração e a resolução de problemas complexos. Ao
combinar conhecimentos e habilidades das áreas de Ciência, Tecnologia,
Engenharia, Artes e Matemática, os(as) estudantes podem desenvolver soluções
inovadoras e sustentáveis para os desafios do mundo contemporâneo.
No contexto da territorialização e do Design Thinking, o STEAM oferece uma
base sólida para abordagens interdisciplinares e soluções criativas. Ao integrar o
STEAM com essas metodologias, os(as) estudantes têm a oportunidade de explorar
as especificidades e necessidades de sua localidade, aplicando conhecimentos
científicos, tecnológicos, de engenharia, artísticos e matemáticos para desenvolver
soluções relevantes e impactantes.
A metodologia STEAM é uma forma de preparar os(as) estudantes para
enfrentar os desafios do mundo atual, promovendo habilidades essenciais para o
século XXI. Ao desenvolver competências como pensamento crítico, resolução de
problemas, criatividade, colaboração e comunicação, os(as) estudantes se tornam
mais preparados(as) para se adaptarem a um ambiente em constante mudança,
além de se tornarem agentes de mudança em suas comunidades.
Ao integrar o STEAM, a territorialização e o Design Thinking, os(as)
alunos(as) têm a oportunidade de vivenciar uma educação interdisciplinar, criativa e
contextualizada, que estimula o desenvolvimento integral e prepara-os para os
desafios do mundo contemporâneo.

ATIVIDADE 01: VAMOS CONSTRUIR NOSSO MUNDO PERFEITO (STEAM)


Duração: 8 AULAS - 4 SEMANAS

Na empolgante atividade que temos pela frente, os times serão desafiados a


desenvolver um projeto de STEAM que começa com uma questão central
fascinante: "Qual o lugar ideal para se viver?". Essa pergunta estimula a reflexão e a
criatividade dos(as) estudantes, levando-os(as) a explorarem diferentes aspectos do
convívio social e a buscar soluções sustentáveis.
O objetivo dessa etapa é incentivar os times a pensarem criticamente sobre
os fatores primordiais que contribuem para um ambiente de convivência
excepcional. Durante o processo, os times terão total liberdade para criar cenários
ideais, sem restrições ou subjugamentos, permitindo que os(as) jovens explorem
todas as dimensões relevantes para um local perfeito.
Nesse momento, os(as) estudantes serão convidados(as) a colaborarem em
equipe, compartilhando suas ideias e listando todos os fatores que consideram
relevantes. Aspectos como preservação do meio ambiente, inclusão social,
acessibilidade, segurança, igualdade de gênero, diversidade cultural, qualidade de
vida, educação e saúde podem ser explorados e discutidos.
Essa atividade formativa permite que os(as) estudantes desenvolvam
habilidades de pensamento crítico, criatividade, colaboração e resolução de
problemas. Além disso, eles(as) terão a oportunidade de se envolverem com os
princípios da agenda 2030 e dos direitos humanos, ao buscar soluções sustentáveis
que promovam um futuro melhor e mais equitativo para todos.
Ao longo desse processo, os(as) jovens terão uma experiência
interdisciplinar, integrando conhecimentos e habilidades das áreas de Ciência,
Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. A metodologia STEAM proporcionará
um ambiente de aprendizagem dinâmico e inovador, incentivando os(as) estudantes
a explorarem diferentes perspectivas e a desenvolverem projetos com impacto real
em suas comunidades.
Com essa atividade, os times serão desafiados a pensar além do óbvio, a
buscar soluções criativas e a se tornarem agentes de mudança em suas
localidades. Estamos ansiosos para ver as ideias inspiradoras que surgirão desse
processo de cocriação e como cada equipe contribuirá para um futuro mais
sustentável e inclusivo.
O(A) professor(a) pode utilizar uma abordagem interativa e tecnológica para
explorar essa questão. Uma opção é projetar a pergunta em uma tela e usar
ferramentas digitais como o MentiMeter, Padlet ou outra plataforma similar, no qual
os(as) estudantes podem contribuir com suas ideias em tempo real. Isso permite
uma participação ativa de todos(as) e a criação de uma nuvem de palavras
colaborativa, que reflita as percepções e opiniões dos(as) estudantes sobre o lugar
ideal para se viver.
Outra alternativa é criar um banner ou painel de cartolinas, no qual, os(as)
estudantes possam depositar post-its com suas ideias. Essa abordagem física
estimula a interação presencial e permite que os(as) estudantes visualizem e
compartilhem suas perspectivas de maneira tangível.
O importante é promover a interação e a colaboração entre os(as) jovens,
incentivando-os(as) a compartilharem suas ideias e a contribuírem para a
construção coletiva de conhecimento. Essas estratégias permitem que cada voz
seja ouvida e valorizada, fortalecendo o senso de pertencimento e engajamento dos
estudantes no processo de aprendizagem.
O desafio empolgante para a turma é criar uma comunidade ideal e
sustentável. Nesse projeto, cada time terá a oportunidade de contribuir para a
construção dessa comunidade dos sonhos, envolvendo diversas áreas, como
ciências da natureza, tecnologia, linguagens, matemática e ciências humanas. Eles
trabalharão em equipe para projetar uma cidade sustentável ou explorar a vida no
campo, levando em consideração, importantes aspectos, tais como eficiência
energética, uso responsável da água, transporte adequado, desenvolvimento
urbano equilibrado, inclusão social, igualdade de gênero, respeito à diversidade,
práticas sustentáveis na agricultura e pecuária familiar, entre outros.
Após essa reflexão inicial, os times se reunirão para escolher uma
necessidade prioritária a ser atendida na construção dessa comunidade perfeita.
Será uma oportunidade para explorar diferentes alternativas e soluções, utilizando a
técnica do brainstorming, conhecida também como "chuva de ideias". Durante essa
fase criativa, todos os membros do time poderão contribuir livremente, sem
restrições, e assim explorar uma variedade de perspectivas e propostas inovadoras.

Essa atividade proporcionará aos(às) estudantes uma experiência formativa e


inspiradora, estimulando o trabalho colaborativo, o pensamento crítico e a busca por
soluções sustentáveis. Ao explorarem diferentes disciplinas e integrarem
conhecimentos diversos, eles(as) terão a oportunidade de desenvolverem
habilidades e competências essenciais para enfrentar os desafios do mundo
contemporâneo.
O projeto da comunidade ideal e sustentável será uma oportunidade para os
estudantes exercitarem sua criatividade, engajamento e capacidade de
transformação. Por meio dessa jornada, eles poderão compreender a importância
de considerar diferentes perspectivas, respeitar a diversidade e agir de forma
responsável em relação ao meio ambiente e à sociedade. A construção dessa
comunidade dos sonhos será uma experiência enriquecedora, repleta de
aprendizado e descobertas, preparando os estudantes para se tornarem agentes de
mudança em suas próprias comunidades.
Vamos explorar alguns passos sugeridos para investigar e aprimorar a
solução do produto ou serviço:
● Inicie a investigação sobre o problema identificado, buscando registros
de resolução desse problema ou de problemas similares. Analise
exemplos anteriores que possam servir de referência.
● Faça uma especificação dos serviços oferecidos pelos concorrentes,
analisando suas características e como atendem às necessidades do
público-alvo.
● Pesquise os preços praticados pelos concorrentes, levando em
consideração a relação entre valor e qualidade dos serviços
oferecidos.
● Identifique o público-alvo para o produto ou serviço, considerando
suas características, necessidades e preferências.
● Com base na pesquisa realizada, os times devem produzir um
rascunho do projeto, considerando as informações levantadas até o
momento.
● Avance para uma análise aprofundada da ideia geral apresentada,
fazendo uma reflexão crítica sobre os seguintes pontos:
● Identifique elementos que podem ser eliminados do projeto, focando
na essência do problema e nas necessidades prioritárias.
● Avalie o que pode ser reduzido em termos de recursos, custos ou
complexidade, buscando uma solução eficiente e viável.
● Explore possibilidades de elevar aspectos importantes do projeto,
como a qualidade, a usabilidade ou o impacto positivo na comunidade.
● Destaque o diferencial da solução proposta, buscando inovar e
oferecer algo único que ainda não tenha sido feito por outros.
● Encoraje os times a apresentarem suas análises e a justificarem as
escolhas feitas, destacando o valor agregado e as vantagens
competitivas da solução proposta.
● Estimule a criatividade e a originalidade na busca por novas ideias e
funcionalidades que possam tornar o projeto ainda mais impactante.
● Promova discussões em grupo para troca de feedback e sugestões de
aprimoramento, incentivando o pensamento crítico e a colaboração
entre os membros dos times.
● Finalize essa etapa com a consolidação das ideias e a definição do
projeto de forma mais concreta, levando em consideração todas as
análises e reflexões realizadas.
● Reforce a importância de criar um diferencial competitivo e de entregar
valor aos usuários, destacando a relevância de oferecer algo novo e
relevante para o mercado.
● Lembre os times que o projeto está em constante evolução e que é
possível realizar ajustes e melhorias ao longo do processo, sempre
buscando a excelência na solução proposta.

Nota:
● É fundamental recordar que os membros das equipes possuem
funções bem definidas, estabelecidas previamente, porém, pode
haver trocas de papéis, se necessário.
● É crucial que cada membro esteja consciente da importância de
desempenhar seu papel da melhor forma possível, visando um
resultado final satisfatório.
● Recomenda-se a continuidade do uso dos crachás, pois eles
auxiliam na identificação e no trabalho em equipe.

É de extrema importância, reservar um tempo para que as equipes


personalizem e ambientem o seu espaço de trabalho, criando uma identidade visual
com a elaboração de logotipos e decoração.
Além disso, é recomendado iniciar a elaboração de uma planta baixa dessa
comunidade, atribuindo a cada equipe a responsabilidade de projetar uma parte
específica. Dentro dessa parte, deve ser incluído o empreendimento idealizado por
cada time.
Também é necessário que as equipes produzam protótipos, como maquetes,
cartazes, vídeos, animações, entre outros, para divulgar o empreendimento.
Os trabalhos devem estar intencionalmente alinhados com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), explorando as seguintes trilhas temáticas:
I. Bem-estar socioambiental: viver, morar, aprender, cuidar, incluir e interagir.
● ODS 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para
todos(as), em todas as idades;
● ODS 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos(as);
● ODS 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e
meninas;
● ODS 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos
recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
● ODS 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas
terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação,
deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
II. Desenvolvimento regional sustentável: ideias inovadoras que integrem
economia e o meio ambiente, de maneira ética e sustentável.
● ODS 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da
nutrição e promover a agricultura sustentável;
● ODS 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e
saneamento para todos(as);
● ODS 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço
acessível à energia para todos(as);
● ODS 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos(as);
● ODS 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização
inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;
● ODS 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
III. Instituições eficazes: como aperfeiçoar nossas instituições e torná-las mais
eficientes e inclusivas? O foco deve estar em ações voltadas para os Três
Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), a mídia e o terceiro setor.
● ODS 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os
lugares;
● OSD 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;
● ODS 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros,
resilientes e sustentáveis;
● ODS 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus
impactos;
● ODS 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento
sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos(as) e construir
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;
● ODS 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global
para o desenvolvimento sustentável.
IV. Educação e Cultura para o Desenvolvimento: a economia da cultura,
criatividade e inovação dentro de uma perspectiva de promoção da
educação, igualdade de gênero, identidade cultural e novas técnicas ou
metodologias de ensino aprendizado com foco na inovação social, consumo
sustentável e desenvolvimento regional.
● ODS 4. Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos(as);
● ODS 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e
meninas;
● ODS 9. Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização
inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação;
● ODS 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;
● ODS 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global
para o desenvolvimento sustentável.

Ao término do projeto, as equipes terão a oportunidade de apresentar suas


soluções em uma feira tecnológica. Os produtos desenvolvidos devem ser
armazenados de maneira segura, pois serão expostos em um evento envolvendo
toda a escola e a comunidade, planejado para o final do ano letivo.
É importante estabelecer critérios de avaliação em conjunto com os(as)
estudantes e criar uma dinâmica de gamificação para reconhecer e premiar as
melhores propostas, certificando e destacando aquelas de maior destaque e
conceito.

Referências:

GAROFALO, Débora. Como levar o STEAM para a sala de aula. Nova Escola, 25 de
jun. de 2019. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/18021/como-levar-o-steam-para-a-sala-de-aula.
Acesso em 08 de fev. de 2023.

SAE DIGITAL. Metodologia STEAM – Como é? Como aplicar na sua escola?. SAE
digital. Disponível em: https://sae.digital/metodologia-steam/. Acesso em 08 de fev.
de 2023.

ATIVIDADE 02: FEEDBACK E CELEBRAÇÃO


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA
Imagine uma dinâmica que possa impulsionar o crescimento pessoal e
promover um ambiente colaborativo e construtivo. A "Roda de Feedback" é uma
atividade que busca motivar e conscientizar os(as) participantes sobre a importância
do feedback para o aprendizado contínuo.
Nessa dinâmica, cada pessoa compartilha opiniões e observações
construtivas, motivando e inspirando os(as) colegas. O objetivo é criar um ambiente
de confiança e respeito, no qual todos(as) se sintam à vontade para expressar
ideias e perspectivas.
Ao formar um círculo, proporciona-se um espaço igualitário para receber
feedback e contribuições. Essa troca de experiências promove o crescimento
individual e coletivo, aproveitando cada feedback como oportunidade de
aprendizado e aprimoramento.
Antes de iniciar, ressalte a relevância do feedback para o desenvolvimento
pessoal e profissional. Ao compartilhar percepções e sugestões respeitosamente,
ajudamos uns aos outros a alcançar melhores resultados.
Crie um ambiente seguro e motivador durante a dinâmica. Incentive
feedbacks gentis e positivos, destacando pontos fortes e oferecendo sugestões
construtivas para o aprimoramento.
Todos os(as) participantes terão oportunidade de receber feedback, enquanto
os demais compartilham percepções. Reforce que feedback não se limita a críticas,
mas também inclui reconhecimento e incentivo, fortalecendo a confiança da equipe.
Durante a atividade, anote os feedbacks recebidos para reflexão posterior.
Isso estimula a conscientização sobre o desempenho individual e busca por
melhorias contínuas. Ao final, promova uma discussão em grupo para compartilhar
percepções e aprendizados. Incentive a aplicação das sugestões no
desenvolvimento pessoal e profissional. Lembre que o feedback é uma jornada
contínua. Encoraje a prática construtiva de feedback no ambiente de trabalho ou
estudo, mantendo uma cultura de apoio e crescimento mútuo.
Com a "Roda de Feedback", criamos um ambiente motivador e consciente,
no qual, todos(as) se tornam agentes de transformação e colaboração. Juntos,
impulsionamos nosso desenvolvimento e alcançamos resultados excepcionais.
Ao final desta jornada de atividades, é imprescindível preparar uma aula
especial para celebrar e valorizar todas as conquistas dos(as) estudantes. É um
momento único para refletir sobre o processo de aprendizagem, reconhecer o
esforço e progresso de cada jovem e fortalecer o senso de comunidade e
realização.
Na aula de celebração, crie um ambiente acolhedor e festivo, relembrando os
momentos marcantes vivenciados durante o projeto. Compartilhe os destaques e
realizações individuais e coletivas, destacando as habilidades desenvolvidas, as
descobertas feitas e os desafios superados.
Estimule os(as) estudantes a compartilharem suas experiências e
aprendizados, permitindo que cada um(a) expresse seus sentimentos e reflexões
sobre o processo. Promova interações por meio de jogos, dinâmicas ou
apresentações, que incentivem a participação ativa de todos(as) os(as)
envolvidos(as).
Valorize os esforços individuais e coletivos, reconhecendo o progresso de
cada estudante. Enfatize as competências adquiridas, os insights obtidos e as
habilidades desenvolvidas ao longo do projeto. Isso reforçará a confiança dos
jovens em suas capacidades e motivará a continuidade do crescimento pessoal e
acadêmico.
Aproveite também para expressar gratidão e valorizar o empenho dos(as)
estudantes, assim como a parceria e o apoio dos colegas e equipe docente. Essa
celebração não apenas reconhece as conquistas individuais, mas também fortalece
o sentimento de pertencimento e colaboração na turma.
Por fim, encoraje os(as) jovens a manterem a curiosidade, persistência e
criatividade em todas as suas jornadas educacionais. Lembre-os(as) de que essa
celebração é apenas um marco no caminho do aprendizado contínuo, e que cada
experiência vivida contribui para o desenvolvimento pessoal e acadêmico.
Que esta aula especial de celebração seja um momento inspirador e
inesquecível, repleto de reconhecimento, gratidão e motivação para seguir adiante
com entusiasmo e determinação em busca de novos conhecimentos e realizações.
Parabéns a todos(as) os(as) jovens por suas conquistas e pelo comprometimento
demonstrado ao longo desta jornada de aprendizagem enriquecedora!

Tema 04: Prototipagem


CONTEÚDOS: O que é um protótipo?; Como construir?; "Teste fumaça"; Como
convencer sobre a minha ideia? Estratégias de pitch.

OBJETIVO: Desenvolver habilidades essenciais, como pensamento crítico,


resolução de problemas, design, comunicação, colaboração e liderança, por meio
de um aprendizado prático e significativo. Capacitar os(as) estudantes para
enfrentarem desafios reais em seu contexto social, estimulando a criação de
soluções inovadoras e criativas. Prepará-los para se destacarem no mundo do
trabalho, utilizando suas habilidades adquiridas para contribuir de forma positiva e
eficaz.

CONEXÕES: Sociologia; Filosofia, Matemática; Língua Portuguesa; Arte; Educação


Física; Propulsão; Projeto de Vida.

HABILIDADES DE PROPULSÃO:

Matriz de Referência de Língua Portuguesa:

● Procedimentos de Leitura
○ H01- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
● Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na
Compreensão do Texto
○ H02- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.).
○ H03- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o
contexto de produção e de recepção.
● Relação entre Textos
○ H04- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
● Coerência e Coesão no Processamento do Texto
○ H05 - Identificar a tese de um texto.
○ H07- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
● Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
○ H08- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
○ H09- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação
e de outros recursos gráficos.
● Variação Linguística
○ H10 - Identificar as variedades linguísticas (o conceito de
norma-padrão e o de preconceito linguístico) evidenciadas na relação
locutor-interlocutor presentes nos textos.

Matriz de Referência de Matemática:


● Unidade Temática: Números e Álgebra
○ Habilidade 01: Compreender e resolver situações-problema
envolvendo cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração,
multiplicação e divisão, com foco nos números positivos e negativos.
○ Habilidade 02: Compreender e reconhecer a noção de conjunto no
contexto social, diferentes significados e representações dos números
e as operações que os envolvem, além de resolver
situações-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
● Unidade Temática: Estatística e Probabilidade
○ Habilidade 10: Resolver e elaborar situações-problema, em
diferentes contextos, que envolvam cálculo e interpretação das
medidas de tendência central (média, moda, mediana).

PÚBLICO: Estudantes da 2ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs Integrais.

DURAÇÃO: 2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min cada uma). Para este
encontro, recomendamos que a atividade seja realizada em cinco semanas,
totalizando 10 aulas geminadas, sendo 2 por semana.

ADAPTAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM O TEMA:

A prototipagem é um processo fundamental na jornada de criação de um


produto ou sistema. Consiste em desenvolver um modelo ou protótipo inicial, que
representa de forma tangível a ideia ou conceito em questão. O objetivo principal da
prototipagem é permitir que os criadores visualizem e testem o funcionamento
prático de suas ideias, além de identificar possíveis melhorias e ajustes antes de
investir na produção em larga escala.
No contexto educacional, a prototipagem se revela como uma poderosa
ferramenta de aprendizado. Por meio dela, os(as) estudantes têm a oportunidade de
colocar em prática suas habilidades de pensamento crítico, resolução de problemas,
trabalho em equipe e criatividade. Ao enfrentarem o desafio de transformar uma
ideia abstrata em um protótipo concreto, eles(as) são incentivados(as) a explorarem
soluções inovadoras e a buscarem maneiras de superar obstáculos.
Existem diferentes métodos e materiais que podem ser utilizados na
prototipagem, dependendo das necessidades e recursos disponíveis. Desde
desenhos à mão livre, até modelos em 3D, passando por protótipos digitais, cada
abordagem traz suas próprias vantagens e possibilidades.
Um conceito importante relacionado à prototipagem é o MVP, ou Produto
Mínimo Viável. Essa metodologia envolve a criação de um produto com o mínimo de
funcionalidades necessárias para atender às necessidades do cliente. Em seguida,
o MVP é testado no mercado para avaliar sua aceitação e coletar feedback dos
usuários. Com base nesses insights, são feitas melhorias incrementais no produto,
visando sua evolução contínua.
Uma técnica específica dentro do contexto do MVP é o Teste Fumaça,
também conhecido como Smoke Test. Essa abordagem consiste em realizar um
teste inicial de mercado para verificar a viabilidade e aceitação de um produto ou
serviço antes de investir recursos adicionais. É uma forma eficiente de validar a
demanda e avaliar o potencial sucesso do projeto, evitando desperdícios de tempo e
recursos em algo que não seja viável comercialmente.
Em resumo, a prototipagem é um processo valioso para transformar ideias
em realidade. Ela estimula a criatividade, o aprendizado prático e o aprimoramento
contínuo, permitindo que estudantes e empreendedores desenvolvam soluções
inovadoras e criativas. Ao incorporar o conceito de MVP e utilizar técnicas como o
Teste Fumaça, é possível garantir uma abordagem estratégica e eficiente na busca
por produtos e serviços de sucesso.

ATIVIDADE 01: POR ONDE COMEÇAR A MUDAR O MUNDO


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Na emocionante jornada desta atividade, os times terão a oportunidade de


explorar suas paixões e habilidades para enfrentar desafios significativos. Ao
escolher um problema que esteja alinhado com seus interesses e aptidões, os(as)
estudantes serão impulsionados(as) a se dedicarem com intensidade e a
alcançarem grandes resultados.
Para começar a atividade, organize os(as) estudantes em times e forneça
post-its ou tiras de papel. Em seguida, distribua para cada time uma série de
afirmações em folhas separadas, que serão utilizadas para uma dinâmica
energizante chamada "chuva de comentários".
Cada afirmação convida os(as) estudantes a expressarem seus sentimentos
e percepções sobre diferentes aspectos. Eles(as) devem escrever suas respostas
nos post-its ou nas tiras de papel, gerando uma troca animada de ideias dentro de
cada time.
Aqui estão algumas afirmações sugeridas:
1. Eu me sinto feliz quando...
2. Eu me sinto triste quando...
3. Eu enfrento o medo quando...
4. Eu me irrito quando...
5. Eu me orgulho quando realizo algo com excelência...
Essa atividade proporciona uma oportunidade valiosa para os(as) estudantes
compartilharem suas emoções e perspectivas, estimulando a reflexão e ajudando a
identificar áreas de interesse.
Após a autoavaliação em grupo, a próxima etapa consiste em utilizar uma
cartolina ou uma folha de tamanho A3. Peça aos estudantes que dividam o papel
em três partes e utilizem o título geral "AS SITUAÇÕES QUE ME INCOMODAM".
Essa divisão permitirá que eles organizem e registrem as situações que os
incomodam em diferentes categorias. Podem ser problemas sociais, questões
ambientais, desafios pessoais ou qualquer outro tema relevante para eles.
A ideia é que cada estudante escreva suas próprias situações, que causam
incômodo, preenchendo as três seções da cartolina. Encoraje-os(as) a serem
específicos e detalhados ao descreverem cada situação.
Essa atividade ajudará os(as) estudantes a identificarem os problemas, que
desejam abordar, e a compreenderem quais questões são mais significativas para
eles(as). Essas informações serão úteis nas próximas etapas do projeto, quando
eles(as) começarem a desenvolver soluções criativas e inovadoras para esses
problemas.
● Na primeira etapa, os(as) estudantes serão convidados a identificar
situações que lhes incomodam no âmbito físico. Essas situações
dizem respeito a problemas concretos, como buracos nas ruas,
matagais dentro da escola, entre outros exemplos.
● Cada estudante deverá fazer uma lista individual das questões físicas,
que lhes causam incômodo. Eles(as) podem usar uma cartolina ou
uma folha de tamanho A3 dividida em seções, reservando uma área
específica para abordar essa dimensão.
● O objetivo é que cada estudante reflita sobre os problemas físicos que
os(as) afetam em seu dia a dia, e os descrevam de maneira clara e
objetiva. É importante encorajá-los(as) a fornecerem detalhes sobre
cada situação, a fim de compreenderem melhor os desafios
enfrentados no contexto físico.
● Essa primeira etapa de identificação das situações incômodas na
dimensão física permitirá que os(as) estudantes tenham clareza sobre
os problemas a serem abordados, direcionando seus esforços para
encontrar soluções inovadoras e criativas.

● Na segunda etapa, os(as) estudantes serão convidados(as) a listarem


incômodos na dimensão social, que se referem a situações
desconfortáveis nas relações sociais. Exemplos desses incômodos
incluem bullying, racismo, misoginia e outros.

● Cada estudante deverá adicionar à sua lista individual os incômodos


relacionados à dimensão social. Assim como na primeira parte,
eles(as) podem utilizar uma cartolina ou uma folha de tamanho A3
dividida em seções, dedicando uma área específica para abordar essa
dimensão.
● Na segunda etapa, os(as) estudantes serão convidados(as) a listarem
incômodos na dimensão social, que se referem a situações
desconfortáveis nas relações sociais. Exemplos desses incômodos
incluem bullying, racismo, misoginia e outros.
● Cada estudante deverá adicionar à sua lista individual os incômodos
relacionados à dimensão social. Assim como na primeira parte,
eles(as)podem utilizar uma cartolina ou uma folha de tamanho A3
dividida em seções, dedicando uma área específica para abordar essa
dimensão.
● Nessa etapa, é importante incentivar os(as) estudantes a refletirem
sobre as questões sociais que lhes causam incômodo, identificando os
desafios presentes nas relações interpessoais. Eles(as) devem
descrever essas situações de forma clara e objetiva, fornecendo
detalhes que ajudem a compreender a natureza dos incômodos.
● Ao listar os incômodos na dimensão social, os(as) estudantes estarão
desenvolvendo a consciência sobre os problemas sociais que os
afetam e criando a base para buscar soluções e promover mudanças
positivas em suas comunidades. Essa etapa permite a identificação de
áreas de intervenção que podem contribuir para a construção de
relações mais saudáveis e igualitárias.
● Na terceira etapa, os estudantes serão convidados a listar fatos que os
incomodam na dimensão emocional, ou seja, situações que os afetam
emocionalmente de maneira negativa.
● Nesta parte, cada estudante deverá adicionar à sua lista individual os
fatos que os afetam emocionalmente, utilizando novamente a cartolina
ou a folha de tamanho A3 já dividida em seções. Eles(as) devem
dedicar uma área específica para abordar essa dimensão, intitulada
"Fatos que me incomodam emocionalmente".
● É importante que os(as) estudantes reflitam sobre as situações que
lhes causam desconforto emocional, identificando os eventos,
circunstâncias ou comportamentos que afetam negativamente seu
bem-estar mental e emocional. Os(As) jovens podem descrever esses
fatos de forma clara e objetiva, relacionando-os às emoções que
experimentam, como tristeza, raiva, ansiedade, entre outras.
● Ao listar os fatos, que os(as) incomodam na dimensão emocional,
os(as) estudantes estarão desenvolvendo a consciência sobre suas
próprias emoções e os desafios emocionais que enfrentam. Essa
etapa permitirá a identificação de aspectos que podem ser trabalhados
para promover o autocuidado, o desenvolvimento emocional e o
bem-estar geral.
● É importante incentivar os(as) estudantes a se expressarem
livremente, e a respeitarem suas experiências emocionais. A partir
dessa lista, eles(as) poderão explorar estratégias para lidar com essas
situações e buscarem apoio adequado, quando necessário.
● Lembre-se de que essa atividade visa promover a conscientização
dos(as) estudantes sobre diferentes dimensões de incômodo em suas
vidas, estimulando a empatia, a reflexão e a busca por soluções para
essas questões.
.
Após essas reflexões, é hora dos(as) jovens selecionarem um problema para
solucionarem e produzirem um briefing seguindo os passos da metodologia 5W2H:
1. What - O que será feito (etapas): Nessa parte, os(as) alunos(as) devem
descrever de forma clara e detalhada as etapas e ações necessárias para
resolver o problema escolhido. É importante incluir todos os passos
relevantes para implementar a solução.
2. Why - Por que será feito (justificativa): Aqui, os(as) jovens devem explicar a
importância e a relevância da solução para o problema identificado. Devem
destacar os benefícios e as razões pelas quais a solução é necessária.
3. Where - Onde será feito (local): Nesse ponto, é necessário especificar o local
onde a solução será implementada. Pode ser na escola, em um determinado
ambiente ou em uma comunidade específica.
4. When - Quando será feito (tempo): Os(As) jovens devem definir um
cronograma ou prazo para a implementação da solução. É importante
estabelecer uma linha do tempo realista e factível.
5. Who - Por quem será feito (responsabilidade): Aqui, é necessário identificar
as pessoas ou grupos responsáveis pela implementação da solução. Pode
ser um time de estudantes, professores, voluntários ou outros colaboradores
envolvidos no projeto.
6. How - Como será feito (método): Nessa parte, os(as) jovens devem
descrever os métodos, as estratégias e as ferramentas que serão utilizadas
para colocar a solução em prática. É importante detalhar as ações
específicas e os recursos necessários.
7. How much - Quanto custará fazer (custo): Aqui, os(as) jovens devem
considerar os recursos financeiros necessários para implementar a solução.
Podem incluir estimativas de custos relacionados a materiais, equipamentos,
transporte ou outras despesas relevantes.

Outro ponto importante que não pode ser deixado de lado é a explicitação de
quais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão sendo abordados
pela solução proposta. Os(As) jovens devem identificar e relacionar o ODS ou os
ODS que estão sendo trabalhados para resolver o problema escolhido.
Essa etapa do processo, permitirá que os(as) jovens desenvolvam um plano
detalhado para a implementação da solução, considerando todos os aspectos
necessários para seu sucesso.
É igualmente crucial destacar quais Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) estão sendo abordados na solução do problema escolhido. Com
base nessa definição, os times prosseguem construindo protótipos que encapsulam
a essência da ideia de produto ou serviço desenvolvida por eles.
ATIVIDADE 02: MEU PROTÓTIPO
Duração: 4 AULAS - 2 SEMANAS

Vamos começar a atividade do "Meu Protótipo" com muita criatividade e


animação! Chegou a hora de construir a identidade visual dos times, e deixar a
imaginação voar alto. Os(As) estudantes podem usar a identidade visual já adotada
anteriormente, ou criar uma nova identidade completamente única. Preparem-se
para mergulhar em um mundo de cores, formas e símbolos que representarão a
essência e o espírito inovador de cada time. É hora de mostrar sua criatividade e
deixar sua marca brilhar!
Professor(a), seguimos embarcando em uma emocionante jornada de
aprendizado juntos(as) aos nossos(as) estudantes! Agora, é hora de apresentar a
eles(as) um vídeo inspirador do renomado palestrante Simon Sinek, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=POfQlg0V0Cc.
Após assistir ao vídeo, incentive os times de estudantes a explorarem o
poderoso conceito do círculo dourado. Convide-os a responder as seguintes
perguntas com entusiasmo e reflexão:
● Por que vocês fazem o que fazem? Encoraje-os(as) a descobrir e
articular o propósito e a paixão que os(as) motivam em seus projetos.
Incentive-os(as) a explorarem as razões mais profundas por trás de
suas ações.
● Como fazem o que fazem? Ajude-os(as) a identificarem as estratégias,
habilidades e métodos que utilizam para trilhar o caminho em direção
aos seus objetivos. Promova a troca de ideias e o compartilhamento
de boas práticas entre os times.
● O que vocês fazem? Oriente-os(as) a definir claramente as atividades
e projetos que estão desenvolvendo. Ajude-os(as) a compreender
como essas ações se conectam com seu propósito maior, e como
podem causar um impacto positivo em suas vidas e na sociedade..
Lembre-se de enfatizar a importância dessas perguntas para que os(as) estudantes
se apropriem de sua própria aprendizagem, descubram seu propósito e sintam-se
motivados para alcançarem grandes realizações.
Com esse poderoso exercício, você, professor(a) estará guiando seus(suas)
estudantes rumo a uma compreensão mais profunda de suas paixões, habilidades e
propósito. Juntos(as), vamos desencadear o potencial criativo e transformador de
cada um(a) deles(as). Preparem-se para uma jornada incrível de autodescoberta e
crescimento!
Preparados(as) para a próxima etapa emocionante? Após refletirmos sobre o
círculo dourado e nos inspirarmos com o vídeo do Simon Sinek, é hora de
mergulharmos na construção dos protótipos dos projetos dos(as) nossos(as)
estudantes.
Os protótipos são representações tangíveis das ideias e soluções que
eles(as) desenvolveram com entusiasmo. Essas representações podem ser físicas,
como modelos em miniatura, ou virtuais, como designs em software. É a
oportunidade perfeita para transformar conceitos em realidade!
Aqui estão algumas sugestões para o passo a passo da construção do
protótipo, que irá guiar seus(suas) estudantes nessa jornada criativa, professor(a):
1. Definição do objetivo e do escopo do protótipo: Incentive-os(as) a
estabelecerem claramente o propósito e as metas que desejam
alcançar com o protótipo. É fundamental delimitar o escopo do projeto
para garantir um foco adequado.
2. Construção de um esboço: Incentive-os(as) a criar um esboço inicial
do protótipo, traçando as principais características e elementos que
desejam incorporar. Isso ajudará a visualizar a ideia de forma mais
concreta.
3. Listagem das funcionalidades necessárias para a primeira versão do
protótipo: Oriente-os(as) a identificar as funcionalidades essenciais
que devem estar presentes na primeira versão do protótipo. Isso
ajudará a priorizar o desenvolvimento e evitará sobrecargas
desnecessárias.
4. Escolha da plataforma de prototipagem: Explore diferentes opções e
ferramentas disponíveis para a criação do protótipo, seja ela física ou
virtual. Incentive-os(as) a buscar recursos e materiais adequados para
concretizar suas ideias.
5. Criação do protótipo: Chegou o momento de colocar as mãos na
massa! Acompanhe seus(suas) estudantes nessa etapa, oferecendo
suporte e orientação. Incentive a criatividade e a experimentação,
lembrando-os de que o protótipo é uma versão inicial e passível de
ajustes e melhorias.
Ao finalizar a construção dos protótipos, celebraremos o progresso alcançado
e nos prepararemos para a próxima etapa empolgante: o teste de fumaça! Essa
etapa será fundamental para avaliar a aceitação do mercado e obter feedback
valioso dos usuários, direcionando o refinamento e o aprimoramento dos projetos
dos(as) estudantes.
Lembre-se de que, através dessa atividade, estamos guiando nossos(as)
estudantes para a descoberta de seu potencial empreendedor, desenvolvendo suas
habilidades criativas e impulsionando sua confiança. Juntos(as), estaremos
construindo um futuro brilhante, cheio de ideias inovadoras e soluções impactantes.
Então, preparem-se para o próximo capítulo. Será uma jornada incrível! O
sucesso está à nossa espera, e estou confiante de que nossos(as) estudantes irão
surpreender a todos(as) com suas criações excepcionais. Vamos lá!

ATIVIDADE 03: TESTE FUMAÇA


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

O teste de fumaça, também conhecido como smoke test, é uma estratégia


vigorante de mão na massa que utiliza um MVP (Produto Mínimo Viável, do inglês
Minimum Viable Product) para avaliar a demanda do mercado antes do lançamento
oficial. Nessa etapa empolgante, o protótipo construído anteriormente ganha vida ao
ser apresentado ao público em uma escala reduzida, permitindo medir a interação e
a receptividade do público em relação ao produto ou serviço.
Para a realização dessa atividade, é essencial que os times construam um
roteiro abrangente que englobe toda a estratégia de marketing. Nesse roteiro, eles
devem detalhar quais redes sociais serão utilizadas para divulgação, qual
público-alvo pretendem alcançar, como irão coletar os feedbacks dos usuários e
quais métricas serão monitoradas para avaliar o desempenho da campanha. É
importante que cada etapa seja cuidadosamente planejada e que os times estejam
preparados para ajustar e otimizar a estratégia com base nos resultados obtidos.
É fundamental que os grupos tracem um plano de ação detalhado,
estabelecendo metas, prazos e estratégias claras. Para garantir um
acompanhamento efetivo, é recomendado que você, professor(a), reserve um
tempo para oferecer atendimento individualizado a cada time. Essa prática permitirá
que você compreenda melhor as necessidades e desafios de cada equipe,
fornecendo orientações personalizadas e auxiliando na elaboração e execução do
plano de ação. Dessa forma, os times terão um suporte adequado para enfrentar os
desafios e alcançar os objetivos estabelecidos.
Após a projeção do plano de ação, chegou o momento da execução! Os
times devem colocar em prática todas as estratégias e divulgar seus produtos de
forma ampla. A divulgação pode ocorrer tanto dentro da escola, por meio de
apresentações e exposições, quanto nas redes sociais, como WhatsApp, Instagram,
Facebook e outras plataformas relevantes. Além disso, é importante que os times
alcancem a comunidade, seja por meio de eventos, parcerias ou ações específicas.
Essa abordagem abrangente de divulgação garantirá que o trabalho dos times seja
conhecido e apreciado por um público diversificado, aumentando as chances de
sucesso e impacto positivo.
Ao fim do teste, os times devem refletir sobre o impacto do seu produto ou
serviço nas seguintes áreas:
● Verificar se o produto ou serviço está realmente resolvendo um
problema real para seus usuários.
● Avaliar se o produto ou serviço é superior em termos de qualidade,
velocidade ou preço em comparação a outras soluções existentes.
● Medir o nível de satisfação dos(as) usuários(as) em relação ao produto
ou serviço.
● Avaliar se os usuários estariam dispostos a pagar pelo produto ou
serviço (caso aplicável).
● Verificar se os(as) usuários(as) recomendariam o produto ou serviço a
amigos, familiares ou colegas de trabalho.
Essas reflexões serão fundamentais para orientar os times na próxima etapa,
que é o desenvolvimento do pith. O pith é uma apresentação concisa e persuasiva
do produto ou serviço, que busca despertar o interesse do público-alvo. Com base
nos resultados do teste de fumaça, os times poderão aprimorar sua abordagem,
destacando os aspectos positivos do produto ou serviço e trabalhando em possíveis
melhorias. O objetivo é criar um pith impactante, capaz de conquistar a atenção e o
interesse das pessoas, abrindo caminho para o sucesso e a valorização do trabalho
realizado.

Referências:

SCHÜLER, Cristian. Teste fumaça: o que é e como construir? SEBRAE, 15 de abril


de 2019. Disponível em:
<https://sebraers.com.br/start-up/teste-fumaca-o-que-e-e-como-construir-2/>.
Acesso, 20/02/2023.
IVISION. Minimum Viable Product (MVP). IVISION. Disponível em:
<https://www.invisionapp.com/defined/minimum-viable-product>. Acesso,
20/02/2023.

ATIVIDADE 04: NOSSO PITCH


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Vamos dar continuidade às atividades empreendedoras com uma importante


etapa: a construção do pitch. Nesta fase, os times terão a oportunidade de resumir e
apresentar as principais vantagens e benefícios do produto ou serviço que
desenvolveram.
Antes de iniciar a construção do pitch, é recomendado sensibilizar os times
sobre a importância dessa habilidade empreendedora. Para isso, sugerimos a
apresentação do vídeo disponível em: https://youtu.be/blGWa3c3qRw. Esse vídeo
oferece insights valiosos sobre como criar um pitch eficaz e envolvente, capaz de
atrair a atenção e o interesse do público-alvo.
Com base no aprendizado do vídeo, e nas diretrizes do SEBRAE (2021), os
times devem seguir os elementos essenciais para a construção de um pitch de
sucesso. Esses elementos incluem:

1) Pé na porta
● Por um momento, coloque-se na pele de um investidor que está
na metade para o final de uma série de apresentações de
negócios, dos quais ele deve escolher um para investir o seu
dinheiro.
● Um pitch encerrou, e o investidor está anotando os principais
insights que teve para depois repassar na hora de tomar
decisão. Enquanto isso, pense agora, que você é o
apresentador, e já está no palco, com o passador de slides na
mão e olhando para o público, tudo pronto para começar.
● O que garante que aquele investidor não vai começar a olhar
para você só quando já tiver passado um minuto da sua
apresentação?
● Por isso sempre indicamos que as startups iniciem o seu
discurso com um “pé na porta”.
● O primeiro momento da fala serve para chamar a atenção do
público e dar o toque do que você vai apresentar.
● Apresente algum dado impactante relacionado ao seu negócio,
a missão do seu negócio, o slogan da sua empresa, uma
metáfora que resume como o seu modelo de negócios funciona
(a Spotify pode ser explicada como a Netflix da música ) ou a
sua proposta única de valor.
● É a primeira impressão, então impressione!

2) O problema
● Alguns empreendedores podem estar ansiosos por não terem
começado a sua fala explicando como sua solução e os
recursos utilizados para criar elas são incríveis.
● Como diria o pai da administração moderna, Peter Drucker:
“Não existe nada mais inútil do que fazer de forma muito
eficiente o que nunca deveria ter sido feito”.
● Antes de falar da sua solução – sim, esse momento vai chegar
– é imprescindível evidenciar qual o problema que você se
propõe a resolver.
● Empreender é resolver problemas reais, então deixe-os bem
claros.
● Problema pode ser definido como a diferença entre como é e
como deveria ser. Responda qual o problema ou necessidade
que o seu negócio resolve, e, muito importante, quem sofre
desse problema.
● Um problema definido a partir da falta de uma solução ou com
um público muito genérico indica falta de maturidade e
entendimento do empreendedor quanto ao negócio que está
criando. Portanto, evite algo do tipo: “O problema é que o meu
público não tem a minha solução”.
● Quanto maior o problema a ser resolvido, maior o potencial do
negócio e mais interessante se mostra a solução. Use números
para embasar o seu argumento e referencie esses dados.
● Outra abordagem possível, é citar de onde veio a motivação
para a criação do negócio. É importante depois generalizar o
problema, evitando com que os ouvintes pensem que esse
problema é exclusivo dos empreendedores.
● Algumas pessoas recomendam, também, se utilizar de
ferramentas de storytelling para servir de plano de fundo para o
pitch, tais como “A Jornada do Herói”. É importante ter em
mente que essas ferramentas servem para reter a atenção do
espectador, e podem ser substituídas por outras abordagens
(como o próprio pé na porta que citamos, ou questões de
postura, oratória e design).
● Também é essencial garantir que a história contada não se
perca na estrutura lógica do pitch, e não ocupe tempo precioso
que poderia ser usado demonstrando os pontos fortes do
negócio.

3) A solução
● Pronto! Agora que o seu público já está prestando atenção e
entendeu que existe um problema real que você está tentando
resolver, é hora de expor a solução proposta.
● Mas isso, obviamente, você já sabe fazer, não é mesmo? Afinal,
quem melhor do que as pessoas que tiveram essa ideia para
explicá-la…
● Cuidado! Não é bem assim.
● Mais importante do que falar sobre a sua solução é garantir que
o ouvinte está entendendo. Deve ficar claro como você cria
valor, como a sua solução funciona e, principalmente, o que o
cliente ganha usando-a.
● Para atingir esse objetivo é necessário ter empatia pelos
ouvintes, e demonstrar a solução de maneira clara e menos
técnica possível. Um ótimo exemplo disso é a tag “explain me
like I’m five”, ou “explique-me como se eu tivesse 5 (anos de
idade)”.
● Você deve estar se perguntando como fazer isso. Foque nos
benefícios e nas funcionalidades, ou seja, na interface da sua
solução com o seu cliente. Demonstre os benefícios que ele
tem usando-a, e quais as funcionalidades que estão a sua
disposição.
● Diagramas, fotos, screenshots, screencast e vídeos são úteis
aqui. Se for possível, uma rápida demonstração ao vivo é ainda
melhor.
● Mas o mais importante é: fale na linguagem de quem está
ouvindo. A banca e os seus clientes podem, sim, ter um certo
nível de conhecimento técnico, mas com certeza eles não
sabem tanto do back office da sua solução como você mesmo,
então traduza isso.
● Por exemplo, se alguém quiser saber quais protocolos são
usados para garantir a segurança do seu sistema, essa pessoa
vai perguntar, caso contrário basta informar que o nível de
segurança que você oferece é superior ao do mercado.

4) Tamanho do mercado
● É impossível sustentar um modelo de negócios, baseado em
uma solução eficaz para um problema real, se esse problema
não for nada relevante, ou seja, se não houver um mercado por
trás desse problema.
● O conhecimento sobre o mercado de atuação da sua startup
demonstra a maturidade da equipe, e traz mais confiança nos
passos realizados até aquele momento e nas decisões futuras
sobre o rumo do negócio. Mais do que isso: uma equipe com
profundo conhecimento do mercado pode significar uma
barreira de entrada bastante competitiva para novos negócios
concorrentes.
● Argumente o porquê desse mercado ser quente e justifique a
criação do negócio agora:
● Quantifique os seus potenciais clientes;
● O tamanho total desse mercado (idealmente em valores
monetários);
● Tendências de crescimento ou disrupção, por onde você vai
começar;
● E qual a fatia desse mercado que o seu negócio busca
alcançar, e em quanto tempo.
● Traga dados que corroborem o seu discurso, e apresente-os de
forma didática. Uma ótima ferramenta para auxiliar nessa
análise e apresentação é o TAM/SAM/SOM.
● E atenção: ancore todos esses dados em análises sólidas e que
façam sentido. Fontes confiáveis de informação evitam
questionamentos sobre a validade desses números.

5) Modelos de receita
● Dentre as dúvidas evitáveis que um pitch pode gerar, as que
tangem o modelo de receita são as mais comuns.
● Chamo-as de evitáveis, já que, em se falando de modelo de
negócios, dentro da lógica de como uma empresa cria, entrega
e captura valor há um item exclusivamente focado na receita.
Portanto, não apresentar o modelo de captura de valor, ou
modelo de receita, é não apresentar de forma completa seu
modelo de negócio.
● Responda à dúvida evitável, então: como você ganha dinheiro?
Quanto e como você cobra pela sua solução? Cite as maiores e
mais promissoras fontes de receita. Aqui, menos é mais, e
mostrar um direcionamento para o modelo mais promissor traz
a segurança de que você não está perdido.
● Se for possível, cite seus clientes atuais como exemplo, ou um
balanço sobre quanto do faturamento total vem de cada
modelo. Se você ainda não gera receita, crie um racional sobre
as possibilidades e indique quais os modelos prioritários você
vai testar.

6) Concorrentes
● Um excelente jeito de estragar um pitch é ser superficial sobre a
concorrência. Dizer que não existem concorrentes pode
significar três coisas: ou não existe um mercado, ou a pesquisa
por concorrentes foi malfeita, ou os concorrentes indiretos foram
desconsiderados. Todas comprovam uma abordagem
superficial.
● Pesquise bem e liste todos os seus concorrentes, nacionais e
internacionais. O segundo caso pode, de quebra, trazer ótimas
referências para o seu negócio. Não conhecer um agente
importante nesse mercado, seja no Brasil ou fora, é uma grande
gafe.
● Atenção: você não concorre, necessariamente, só com outras
empresas ou startups, nem somente com quem entrega a
mesma solução. Outras soluções que resolvem o mesmo
problema, podendo estas serem até caseiras, também são
concorrentes. Outra forma de concorrer é competindo pelo
mesmo recurso, seja ele tempo, dinheiro, ou qualquer bem que
seja consumido pelo seu negócio e por outros.
● Por fim, compare e posicione o seu negócio. Defina em que
aspectos você é ou vai ser O Melhor. Duas ótimas maneiras de
expor essas duas análises são a matriz de concorrentes e o
quadro de funcionalidades.
● Se a construção do seu argumento de problema e solução foi
bem-feita, essa conclusão não deve causar objeções aos
ouvintes. Pergunte-se: “Meus diferenciais estão claros, tanto na
imagem, quanto na minha fala?” Mais do que isso, os motivos
que embasam essa hipótese de diferenciais foram
explicitamente mostrados?

7) Canais
● Canais podem ser divididos em comunicação, venda e
distribuição, e são a interface de contato entre o seu negócio e
o seu segmento de clientes. São os meios de entrega da sua
proposta de valor. Definem como seus clientes sabem que você
existe, como você vende ou eles compram e como a sua
solução chega às mãos deles.
● Muitas vezes um desses tipos se sobressai em relevância aos
outros no que diz respeito à incerteza do modelo de negócios.
Ou seja: validar um canal de um determinado tipo pode ser
crucial para a validação do seu modelo. Explicite essa hipótese
e se concentre nesses canais.
● Também vale ressaltar aqueles canais mais promissores, que
significam um diferencial para o seu negócio ou que trazem
mais clientes. Evite obviedades ou generalidades, como, por
exemplo, citar pura e simplesmente mídias sociais.
● Traga dados sobre as métricas-chave de tração para o seu
negócio.
As principais e mais comuns são:
○ Ticket médio;
○ Número total de clientes;
○ CAC (Custo de Aquisição de Clientes);
○ LTV (Lifetime Value, ou o faturamento total médio que o
seu negócio tem com cada cliente individual);
○ Churn (Percentual de cancelamentos em relação à base
total);
○ Retenção;
○ Recorrência ou qualquer métrica que avalie fidelização.
[...}

8) Projeções
● Ao se encaminhar para o fim, e já tendo abordado os principais
aspectos do seu modelo de negócios, já é possível ilustrar o
futuro que você imagina para o seu negócio. Agora é hora de
falar de ambição.
● Exponha a evolução da sua receita e dos custos, e como
aquelas métricas-chave se comportaram nos últimos tempos
(desde que esse comportamento tenha sido notável). Projete
esses resultados para o futuro e explique como você pretende
chegar lá e do que você precisa para isso.
● É possível também dar um zoom na sua solução e desenhar a
rota de desenvolvimento da mesma. Priorize
funcionalidades/serviços que mais tragam benefícios ao
usuário/cliente ao mesmo tempo em que sejam menos
complexos (na medida do possível).
● Ressalte o desenvolvimento que será necessário para alcançar
a visão de crescimento imaginada na projeção. Mudanças
futuras em outros aspectos do seu modelo de negócio também
podem ser mostradas.
● De qualquer maneira, é sempre importante notar que, em
estágios iniciais, as projeções financeiras são quase sempre
chutes. Entretanto, existem bons chutes, e péssimos chutes.
● Carl Sagan, um dos maiores astrofísicos da história, e um
excepcional divulgador científico, dizia que alegações
extraordinárias exigem hipóteses muito bem formuladas.

9) Equipe
● O penúltimo item na estrutura de pitch que recomendamos é o
time responsável por executar tudo que foi prometido nos
últimos quatro minutos e pouco.
● Muitos empreendedores e investidores indicam que esse, junto
com finanças – projeções e resultados financeiros –, é o critério
que mais pesa nas decisões de investimento de risco.
● De qualquer maneira a apresentação da equipe está
posicionada aqui por dois motivos: primeiramente porque dá
mais suavidade na linha lógica da apresentação. Apresentar
antes todo o modelo de negócios capacita a banca a enumerar
quais as capacidades necessárias para executá-lo. Além de
possibilitar que seja comparado às competências da equipe.
● Apresente os membros do quadro social e quais as
competências, cargos, experiência no setor de atuação do
negócio e histórico empreendedor de cada um, além da equipe
de colaboradores e suas funções.
● Mencione também quaisquer competências que sua equipe
deveria ter e não tem, o conselho de mentores, se houver, e
outros investidores que tenham participação no negócio.
Também é espaço para mostrar os programas e instituições que
apoiaram a startup durante a sua história, programas de
aceleração e editais vencidos.

10) Final feliz


● Assim como o pé na porta garante um início impactante, o final
feliz evita aquele silêncio eterno entre você terminar a sua
apresentação e começarem os aplausos tímidos.
● Primeiramente, é importante terminar o seu pitch aqui, e deixar
isso claro para todos que estão ouvindo. Fechar a linha lógica
que você construiu, retomando o que foi dito no pé na porta, é
um caminho. Alguns empreendedores promovem um call to
action para a plateia, pedindo para usar a sua solução ou
oferecendo descontos.
● Se for um pitch com objetivo de captar investimento, mostre
interesse em uma próxima conversa mais direcionada ou
enfatize o seu desejo de ter esses investidores como parceiros
do seu negócio.
● Deixe claro o que você espera com aquela apresentação.
● Termine com empolgação e, claro, diga “Obrigad@!” assim que
a sua fala acabar.

Texto retirado de SEBRAE. PITCH: o passo a passo para criar uma apresentação de alto impacto.
SEBRAE, 09 de dez. 2021. Disponível em
https://digital.sebraers.com.br/blog/empreendedorismo/pitch-o-passo-a-passo-para-criar-uma-aprese
ntacao-de-alto-impacto/. Acesso em 20 de out.de 2022.

É importante ressaltar que durante a construção do pitch, os(as)


professores(as) devem reservar um tempo para atendimento individualizado com
cada time, auxiliando-os(as) na elaboração do roteiro e na prática da apresentação.
Ao finalizar essa etapa, os times estarão preparados para apresentar seus
produtos ou serviços de forma clara, persuasiva e impactante. E não se esqueçam:
o pitch será fundamental para a próxima atividade, o teste de fumaça, em que os
times terão a oportunidade de validar suas ideias e obter um feedback ainda mais
preciso sobre seus projetos.
Com certeza, todos os trabalhos desenvolvidos pelos times, durante essa
jornada empreendedora, devem ser valorizados e compartilhados com a
comunidade! A feira tecnológica e cultural, programada para a culminância da CI9,
será o momento perfeito para expor e apresentar os projetos.
Cada time terá a oportunidade de mostrar seus produtos ou serviços de
forma criativa e interativa, demonstrando todo o processo de criação e
desenvolvimento. Além disso, será uma ótima ocasião para receber feedbacks e
reconhecimento pelo trabalho realizado.
É importante que os times organizem seus materiais, protótipos,
apresentações e outros recursos visuais necessários para a exposição. Eles
também podem preparar demonstrações práticas ou interativas, de modo a envolver
os visitantes da feira e mostrar o impacto de seus projetos.
A feira tecnológica e cultural será uma excelente oportunidade para os times
compartilharem seus conhecimentos, experiências e resultados com a comunidade
escolar e além. Será um momento de celebração e aprendizado, no qual todos
poderão se inspirar e se orgulhar do trabalho realizado ao longo da CI9.
Vamos aproveitar essa oportunidade para mostrar ao mundo o poder da
criatividade, inovação e empreendedorismo dos nossos(as) estudantes!

Tema 05: Empreendedorismo social e economia criativa


CONTEÚDO: Economia criativa como prática de reavivamento histórico.

OBJETIVO: demonstrar que os(as) estudantes são agentes sociais capazes de


transformar a comunidade e gerar impacto positivo na sociedade, por meio da
economia criativa, reconhecendo a sua identidade.

CONEXÕES: História; Geografia; Sociologia; Matemática; Língua Portuguesa; Arte;


Educação Física; Propulsão; Projeto de Vida.

HABILIDADES DE PROPULSÃO:

Matriz de Referência de Língua Portuguesa:

● Procedimentos de Leitura
○ H01- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
● Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na
Compreensão do Texto
○ H02- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.).
○ H03- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o
contexto de produção e de recepção.
● Relação entre Textos
○ H04- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
● Coerência e Coesão no Processamento do Texto
○ H05 - Identificar a tese de um texto.
○ H07- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
● Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
○ H08- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
○ H09- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação
e de outros recursos gráficos.
● Variação Linguística
○ H10 - Identificar as variedades linguísticas (o conceito de
norma-padrão e o de preconceito linguístico) evidenciadas na relação
locutor-interlocutor presentes nos textos.

Matriz de Referência de Matemática:


● Unidade Temática: Números e Álgebra
○ Habilidade 01: Compreender e resolver situações-problema
envolvendo cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração,
multiplicação e divisão, com foco nos números positivos e negativos.
○ Habilidade 02: Compreender e reconhecer a noção de conjunto no
contexto social, diferentes significados e representações dos números
e as operações que os envolvem, além de resolver
situações-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
● Unidade Temática: Estatística e Probabilidade
○ Habilidade 10: Resolver e elaborar situações-problema, em
diferentes contextos, que envolvam cálculo e interpretação das
medidas de tendência central (média, moda, mediana).

PÚBLICO: Estudantes da 2ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs Integrais.

DURAÇÃO: 2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min cada uma). Para este
encontro, recomendamos que a atividade seja realizada em seis semanas,
totalizando 12 aulas geminadas, sendo 2 por semana.
ADAPTAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM O TEMA:

A abordagem do empreendedorismo social, proposta pela Colabore e Inove,


visa ampliar a percepção dos(as) jovens em relação ao mundo que os cerca,
promovendo seu protagonismo juvenil por meio de metodologias ativas. Neste
contexto, a economia criativa se apresenta como uma ferramenta adicional para o
desenvolvimento da dimensão interpessoal dos(as) jovens. Ao explorarem a
economia criativa, os(as) estudantes são incentivados(as) a transformarem suas
ideias em projetos concretos, reconhecendo o impacto positivo que podem gerar na
sociedade. Assim, o empreendedorismo social e a economia criativa atuam como
poderosas ferramentas de capacitação dos(as) estudantes, empoderando-os(as)
como agentes de mudança.
Nesse contexto, trazemos a citação do ICE, que ressoa com grande
relevância. Ao enfatizar a busca pela plenitude e a inclusão de dimensões além da
racionalidade na educação, ela destaca a importância de uma abordagem
interdimensional que harmonize os aspectos intelectuais, emocionais, físicos e
espirituais dos(as) estudantes. Essa perspectiva alinha-se com os princípios do
empreendedorismo social e da economia criativa, ao reconhecer que o
desenvolvimento integral dos(as) estudantes vai além do aspecto cognitivo,
englobando seu potencial criativo, sua colaboração em equipe e sua capacidade de
impactar positivamente a sociedade.

Aristóteles dizia ser a vida em plenitude, a felicidade ou a sua própria


busca. Nessa perspectiva, é necessário pensar numa educação que
transcenda o domínio da racionalidade (do logos) e incorpore os domínios
da emoção (pathos), da corporeidade (eros) e da espiritualidade (mythos).
[...]
a Educação Interdimensional como Princípio Educativo apresenta-se como
possibilidade capaz de equilibrar as relações entre essas quatro dimensões
(logos, mythos, pathos e eros); o que não significa prescindir da educação
simbolizada pela dimensão da razão analítico-instrumental (o logos), mas
não se sobrepondo às demais dimensões. (ICE, 2020)

Ao unir os conceitos do empreendedorismo social e da economia criativa,


estamos promovendo uma abordagem educacional transformadora. Capacitamos
os(as) estudantes, não apenas com conhecimento teórico, mas também com
habilidades práticas, valores de colaboração e a consciência de que são capazes de
gerar mudanças positivas na sociedade. Ao adotar essa visão interdimensional da
educação, estamos construindo uma base sólida para que os(as) estudantes se
tornem agentes sociais ativos, capazes de transformar suas comunidades e
contribuir para um futuro mais justo, criativo e sustentável.
De acordo com Oliveira, Araújo e Silva (2013), a economia criativa abrange
um conjunto de atividades econômicas em que a criatividade desempenha um papel
fundamental na produção de bens e serviços. Essa abordagem está intrinsecamente
ligada à cultura, arte e ao conhecimento acumulado ao longo da história da
humanidade, proporcionando o desenvolvimento de diversas capacidades
cognitivas, corporais, afetivas, interpessoais, sociais, éticas, estéticas, científicas e
produtivas. A perspectiva da economia criativa busca promover a formação integral
do ser humano, reconhecendo a importância dessas dimensões para o seu
desenvolvimento pleno (ICE, 2020).
Em resumo, o empreendedorismo social é uma prática que envolve a criação
de negócios com o propósito de solucionar problemas sociais ou ambientais.
Diferentemente do empreendedorismo tradicional, o foco não está apenas na
geração de lucro, mas também na criação de um impacto positivo na sociedade. Por
outro lado, a economia criativa engloba a utilização da criatividade e da cultura
como fontes de valor econômico. Ao combinar esses dois conceitos, buscamos criar
oportunidades de negócios inovadores que não apenas gerem valor para a
sociedade, mas também tragam receita sustentável para os empreendedores. Essa
abordagem permite a construção de um modelo de negócio que integra o aspecto
social e ambiental com a capacidade de geração de valor econômico,
impulsionando uma transformação positiva na sociedade.
De acordo com a FGV (2020), a economia criativa engloba uma variedade de
segmentos que podem ser agrupados em diferentes categorias. Alguns exemplos
desses segmentos são:
● Consumo:

○ Publicidade & marketing: atividades relacionadas à


publicidade, marketing, pesquisa de mercado e organização de
eventos.
○ Arquitetura: engloba o design de projetos de edificações,
paisagens e ambientes, além do planejamento e conservação
desses espaços.
○ Design: abrange o design gráfico, multimídia e de móveis, com
foco na criação de produtos e soluções visuais.
○ Moda: envolve o desenho de roupas, acessórios e calçados
modelistas, buscando inovação e estilo na indústria da moda.
● Cultura:
○ Expressões culturais: abrange o artesanato, o folclore e a
gastronomia, que representam formas de expressão cultural e
artesanal.
○ Patrimônio e arte: engloba os serviços culturais, a museologia,
a produção cultural e a preservação do patrimônio histórico,
visando a valorização e conservação do legado cultural.
○ Música: envolve a gravação, edição e mixagem de som, bem
como a criação e interpretação musical, abrangendo diversas
vertentes e gêneros musicais.
○ Artes cênicas: compreende a atuação, produção e direção de
espetáculos teatrais e de dança, promovendo a expressão
artística e o entretenimento por meio das artes performativas.
● Mídia:
○ Editorial: engloba a edição de livros, jornais, revistas e
conteúdo digital, envolvendo o processo de seleção, revisão,
diagramação e publicação de materiais escritos.
○ Áudio visual: abrange o desenvolvimento de conteúdo
audiovisual, como filmes, séries, vídeos e animações, além da
sua distribuição, programação e transmissão em diferentes
plataformas e canais de comunicação. Essa área engloba
desde a criação e produção do conteúdo até a sua divulgação e
disponibilização para o público.
● Tecnologia
○ P&D: refere-se ao desenvolvimento experimental e pesquisa
em geral, com exceção da área biológica. Abrange atividades
de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e
inovação em diversas áreas do conhecimento.
○ Biotecnologia: engloba a bioengenharia, pesquisa em biologia
e atividades laboratoriais relacionadas à manipulação de
organismos vivos, visando a aplicação de tecnologias para
melhorar processos e produtos biológicos.
○ TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação): envolve o
desenvolvimento de softwares, sistemas e soluções
tecnológicas, assim como a consultoria em tecnologia da
informação e a área de robótica. Essa categoria abrange a
utilização de tecnologias digitais para a criação e otimização de
processos, comunicação e automação.
O mercado da economia criativa apresenta um expressivo crescimento ao
longo dos anos, como apontado pela FGV (2020). De fato, o mercado global de
produtos relacionados à economia criativa teve um aumento significativo, saltando
de US$ 208 bilhões em 2002 para US$ 509 bilhões em 2015. Esse dado revela um
vasto potencial de mercado para os jovens empreendedores que buscam explorar
as oportunidades oferecidas por esse setor. O crescimento constante desse
mercado, demonstra a relevância e o valor econômico gerado pela criatividade,
inovação e cultura, ressaltando a importância dos(as) jovens reconhecerem sua
capacidade de impactar positivamente a sociedade por meio da economia criativa.
Inspirados pelo Programa Arte em Cena, realizado anualmente pela
Secretaria de Estado da Educação (SEE), a Colabore e Inove propõe a criação de
um festival escolar com o objetivo de valorizar a cultura local. Reconhecemos a
importância dos(as) jovens desenvolverem seus projetos de vida, ao mesmo tempo
em que cultivam habilidades socioemocionais essenciais para sua formação
integral.
Nesse sentido, o festival busca promover a construção de conhecimentos
socialmente relevantes por meio da utilização das diversas linguagens, assim como
dos conhecimentos histórico-sociais, científicos e tecnológicos. Além disso, visa
fomentar a participação crítica e criativa dos(as) estudantes no universo das
relações simbólicas, abrangendo as ciências, a arte, a religião e outras áreas.
Ao mesmo tempo, busca-se a formação dos(as) educandos(as) com base
nos valores culturais e políticos de uma sociedade democrática, solidária e
participativa. Preparamos os(as) estudantes para o mundo produtivo, não apenas
com a intenção de capacitá-los(as) para ocupar postos de trabalho específicos, mas
também para desenvolverem habilidades fundamentais, como a capacidade de se
comunicar de forma oral e escrita, trabalhar em equipe e exercer suas funções de
maneira criativa e crítica (ICE, 2020).

Referências:

FGV. Relatório sobre os impactos econômicos da covid-19: economia criativa. FGV,


jun. 2020.

OLIVEIRA, João Maria de; ARAUJO; Bruno Cesar de, SILVA, Leandro Valério.
Panorama da Economia Criativa no Brasil. IPEA, 2013.

ICE. Modelo Pedagógico: Princípios Educativos. ICE, 2020.

ICE. Modelo Pedagógico: Eixos formativos. ICE, 2020.

ATIVIDADE 01: NOSSA HISTÓRIA


Duração: 8 AULAS - 4 SEMANAS

Olá! A proposta para esse tema é realmente envolvente e enriquecedora.


Através do protagonismo dos(as) nossos(as) estudantes, podemos contar uma
fração da história da comunidade em que a escola está inserida, destacando a
contribuição de personagens que tiveram um papel significativo, direta ou
indiretamente. Esses personagens podem ser figuras públicas ou locais,
organizações sociais ou até mesmo leis que tenham beneficiado ou modificado a
cultura escolar, do bairro, da cidade e assim por diante. Essa abordagem permitirá
que a escola e a comunidade se sintam representadas, fortalecendo os laços entre
ambas. É uma oportunidade valiosa para valorizar e resgatar a história local,
destacando o impacto positivo que essas figuras e acontecimentos tiveram no
desenvolvimento da comunidade. O protagonismo dos(as) estudantes nessa
narrativa histórica proporcionará uma experiência de aprendizado significativa,
estimulando a pesquisa, a expressão criativa e o orgulho pela identidade local.
Essa ação consiste na produção de materiais que envolvam a economia
criativa pelos(as) estudantes, com a ajuda de parceiros da comunidade. O objetivo é
abordar sobre uma pessoa ou sobre um grupo de pessoas, ou qualquer outra
temática escolhida pela própria comunidade escolar. Os(As) estudantes terão a
oportunidade de explorar sua criatividade e habilidades empreendedoras, enquanto
desenvolvem um trabalho relevante para a comunidade. Os materiais produzidos
podem incluir projetos artísticos, peças publicitárias, produtos culturais, entre outros,
alinhados com os princípios da economia criativa. Essa abordagem ativa permite
que os(as) estudantes se envolvam na produção de conhecimento, conectando-se
com a comunidade e gerando impacto positivo. A colaboração com parceiros locais
fortalece os laços entre a escola e a comunidade, promovendo um senso de
pertencimento e valorização mútua.
Na seleção das linhas de produção, fornecemos algumas sugestões, mas
os(as) estudantes têm a liberdade de escolher outro segmento, desde que seja
acordado previamente com o(a) professor(a) e a turma. Algumas das sugestões
incluem:
● Artes visuais: ramo das artes que se ocupa da criação, análise e
interpretação de imagens visuais. Elas incluem pinturas, esculturas,
fotografias, desenhos, xilogravuras, performance art e outros meios de
expressão, como a arte digital e a arte conceitual. Estes meios podem
ser usados para exprimir identidades culturais, narrar histórias,
promover ideias e expressar sentimentos. Também temos as artes
visuais modernas, meios de expressão que surgiram no século XX.
Estas incluem a arte abstrata, a arte Pop, a arte conceitual, a arte
digital, a arte minimalista, a arte da performance, etc. Estes meios
permitem aos artistas expressar ideias sobre o mundo contemporâneo
de forma criativa e cada vez mais interativa;
● Audiovisual: formas de expressão artística que utilizam tanto
elementos visuais quanto sonoros para transmitir uma mensagem ou
criar uma experiência sensorial. As artes audiovisuais englobam uma
variedade de formas de arte, incluindo cinema, televisão, vídeo arte,
animação, documentários, jogos de vídeo, performances audiovisuais,
entre outras;
● Dança: arte que envolve a técnica de movimentar o corpo em ritmo
com a música ou em harmonia. Pode ser realizada individualmente ou
em grupo;
● Fotografia: permite capturar e registrar imagens do mundo ao nosso
redor através do uso de uma câmera. Por ela, é possível explorar e
capturar a beleza, a complexidade e a diversidade do mundo natural e
da sociedade humana, criando imagens que podem ser apreciadas
como obras de arte. Com o uso de técnicas de composição, luz, cor e
sombra, pode-se criar imagens esteticamente atraentes e visualmente
impactantes. Também é importante a escolha correta da técnica, como
a fotografia em preto e branco, a fotografia de longa exposição, a
fotografia de paisagem, a fotografia de retrato, entre outras, para
conseguir expressar corretamente o idealizado. Podem ser escolhidos
os gêneros documental, conceitual, paisagem e experimental;
● Literatura: arte que usa a linguagem escrita como meio de expressão.
Os estudantes poderão apresentar seu projeto de produção em verso
(poema, repente ou SLAM) ou prosa (conto ou crônica);
● Música: arte de usar sons com intenção estética e expressiva,
combinando-os em uma composição criativa de ritmo, melodia e
harmonia. A música é uma forma de arte universal que tem a
capacidade de transmitir emoções, ideias e experiências por meio de
sons organizados e combinados de maneira única e expressiva;
● Teatro: arte de representar cenicamente a realidade ou compor
representativamente uma ficção. O teatro é uma forma de arte que
utiliza a performance ao vivo para contar histórias, transmitir ideias e
criar experiências emocionais para os espectadores, explorando uma
ampla gama de temas e ideias, desde questões sociais e políticas até
aspectos mais pessoais e emocionais da vida humana.
Alguns gêneros podem ser explorados, como:
● Drama: Uma peça dramática é uma representação teatral que
se concentra em conflitos e emoções intensas.
● Comédia: Uma peça de comédia é uma obra teatral que busca
divertir e fazer rir o público.
● Musical: Uma peça musical é uma obra teatral que apresenta
canções e danças como parte integrante da narrativa.
● Peça de época: Uma peça de época é uma obra teatral que se
passa em um período histórico específico, apresentando
figurinos e cenários que evocam a atmosfera da época
retratada.
Os times terão a responsabilidade de preparar todo o material de
apresentação, utilizando a forma de expressão escolhida e seguindo os passos do
design thinking. O primeiro passo será desenvolver um plano de ação,
estabelecendo prazos, metas e atribuições específicas para cada membro do time.
É essencial que os times criem identidades distintas, dedicando um tempo para
essa atividade, a fim de escolherem nomes e símbolos que os representem de
forma única e coesa.
Essa prática contribuirá significativamente para o engajamento e a coesão do
grupo, além de adicionar um aspecto criativo e personalizado ao projeto. Ao criar
identidades próprias, os times se sentirão mais motivados e conectados com o
trabalho em equipe, o que facilitará o desenvolvimento do material de apresentação,
e fortalecerá o espírito colaborativo entre os(as) estudantes. Com um plano de ação
bem estruturado e identidades definidas, os times estarão preparados para realizar
um trabalho eficiente e de qualidade.
No que diz respeito à formação dos times, não será estabelecido um número
fixo de participantes, pois isso dependerá do tipo de apresentação escolhida e da
natureza de cada projeto. Cada equipe deverá atribuir funções específicas aos seus
membros, levando em consideração as necessidades de cada tipo de projeto. Por
exemplo, para a realização de uma peça teatral, vídeo ou animação, serão
necessários diretor(a), roteirista, atores(atrizes) ou designers gráficos, entre outros.
É importante deixar claro para todos(as) os(as) envolvidos(as) quais são as funções
atribuídas a cada participante.
Os(As) estudantes terão a possibilidade de desempenhar mais de uma
função e também podem participar de mais de um time, desde que estejam de
acordo com a carga horária e a disponibilidade para cumprir suas
responsabilidades. Além disso, os demais membros da equipe escolar poderão
colaborar de forma facultativa no apoio a outros times. O planejamento do festival
deverá ser atribuído aos(às) estudantes, podendo ser formadas comissões
colegiadas, garantindo a participação de toda a comunidade escolar nas decisões.
Uma etapa importante do processo é a elaboração de um plano financeiro
pelos times, no qual serão definidos os gastos previstos e a projeção de possíveis
lucros. Isso permitirá uma visão clara dos recursos necessários para a realização do
festival, bem como a busca por parcerias e patrocínios, caso seja necessário. O
planejamento financeiro contribuirá para uma gestão eficiente dos recursos e
garantirá a viabilidade econômica do evento.

ATIVIDADE 02: GALLERY WALKING: MOSTRA DE PROJETOS


Duração: 4 AULAS - 2 SEMANAS

Prepare-se para proporcionar uma atividade emocionante e envolvente na


sala de aula da CI9: o Gallery Walking! Essa metodologia ativa promove uma
experiência única ao exibir projetos e trabalhos dos(as) estudantes em forma de
galeria, no próprio ambiente escolar. Durante essa atividade, eles(as) terão a
oportunidade de caminhar pela sala, apreciar as criações dos(as) colegas, refletirem
sobre elas e compartilharem um feedback construtivo. O Gallery Walking é uma
excelente maneira de estimular a aprendizagem ativa, o engajamento e a interação
entre os(as) participantes.
Vamos explorar as etapas para realizar com sucesso a atividade do Gallery
Walking. Seguem as sugestões:
● Preparação dos projetos: Os times devem dedicar-se à criação das
ideias de seus projetos, com o objetivo de desenvolver uma
apresentação impactante que desperte o interesse de todos. É
importante lembrar que o foco está nas ideias, não nos trabalhos
finalizados.
● Designação de um(a) estudante apresentador(a): Um membro do time
será designado para apresentar o projeto aos colegas. Essa atribuição
visa incentivar o protagonismo e a confiança dos(as) participantes,
permitindo que eles(as) se envolvam ativamente no processo.
● Montagem das bancadas: Antes do início do Gallery Walking, os
projetos serão expostos em bancadas na sala de aula. Essas
bancadas se tornarão verdadeiras galerias de criatividade e inovação,
nas quais, os(as) estudantes terão a oportunidade de compartilharem
suas criações.
● Caminhada e reconhecimento: Durante o Gallery Walking, os(as)
estudantes serão convidados a caminharem livremente pelo espaço,
admirando e reconhecendo os trabalhos dos(as) colegas. Essa etapa
visa promover a apreciação e o reconhecimento das diferentes ideias
apresentadas.
● Visitação em grupos: Os(As) estudantes serão divididos(as) em
pequenos grupos, que deverão visitar cada apresentação de forma
interativa. Eles(as) terão a chance de ouvir atentamente as propostas,
expressar elogios e oferecer sugestões construtivas, promovendo uma
troca de ideias enriquecedora.
A expectativa é que o Gallery Walking seja um momento de aprendizagem
importante, no qual todos(as) os(as) participantes se sintam inspirados(as) e
motivados(as) a compartilharem suas ideias de forma colaborativa. Ao finalizar a
atividade, reserve um momento para a reanálise dos projetos, um processo
fundamental para o aprimoramento das ideias e o estímulo à criatividade.
Por meio do Gallery Walking, estamos construindo um ambiente propício
para o florescimento de ideias transformadoras. Essa atividade promove o
protagonismo estudantil, a colaboração mútua e a celebração da criatividade.
Juntos(as), daremos vida a projetos inovadores e promissores! Preparem-se para se
surpreenderem com o talento e a originalidade dos nossos(as) participantes. O
Gallery Walking é uma oportunidade de compartilhar, aprender e inspirar-se
mutuamente. Vamos em frente e vamos criar algo extraordinário juntos!
.

Tema 06: Da gente para o mundo - Culminância


CONTEÚDO: Elaboração e construção de eventos científicos, tecnológicos e
culturais.

OBJETIVO: Desenvolver e aprimorar as habilidades empreendedoras dos(as)


estudantes por meio de atividades tecnológicas, artísticas e culturais, com o intuito
de capacitá-los(as) a atuarem como agentes sociais transformadores.
CONEXÕES: História; Geografia; Sociologia; Filosofia; Arte; Educação Física;
Matemática; Língua Portuguesa; Biologia, Física; Química; Propulsão; Projeto de
Vida.

HABILIDADES DE PROPULSÃO:

Matriz de Referência de Língua Portuguesa:

● Procedimentos de Leitura
○ H01- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
● Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na
Compreensão do Texto
○ H02- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.).
○ H03- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o
contexto de produção e de recepção.
● Relação entre Textos
○ H04- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
● Coerência e Coesão no Processamento do Texto
○ H05 - Identificar a tese de um texto.
○ H07- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
● Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
○ H08- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
○ H09- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação
e de outros recursos gráficos.
● Variação Linguística
○ H10 - Identificar as variedades linguísticas (o conceito de
norma-padrão e o de preconceito linguístico) evidenciadas na relação
locutor-interlocutor presentes nos textos.

Matriz de Referência de Matemática:


● Unidade Temática: Números e Álgebra
○ Habilidade 01: Compreender e resolver situações-problema
envolvendo cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração,
multiplicação e divisão, com foco nos números positivos e negativos.
○ Habilidade 02: Compreender e reconhecer a noção de conjunto no
contexto social, diferentes significados e representações dos números
e as operações que os envolvem, além de resolver
situações-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
● Unidade Temática: Estatística e Probabilidade
○ Habilidade 10: Resolver e elaborar situações-problema, em
diferentes contextos, que envolvam cálculo e interpretação das
medidas de tendência central (média, moda, mediana).

PÚBLICO: Estudantes da 2ª série do Ensino Médio das Escolas Cidadãs Integrais.

DURAÇÃO: 2 aulas geminadas semanais (100 min/50 min cada uma). Para este
encontro, recomendamos que a atividade seja realizada em cinco semanas,
totalizando 10 aulas geminadas, sendo 2 por semana.

ADAPTAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM O TEMA:

Educação Cooperativa

A educação cooperativa é uma abordagem educacional, que se baseia nos


princípios e valores do cooperativismo. Ela busca promover a cooperação, a
solidariedade e a participação ativa dos(as) estudantes no processo de
aprendizagem, assim como no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais
e cognitivas.
Na educação cooperativa, os(as) estudantes são incentivados(as) a
trabalharem em equipe, a compartilharem conhecimentos, a colaborarem e a
tomarem decisões conjuntas. O objetivo é criar um ambiente de aprendizagem
colaborativo, onde todos os participantes sejam valorizados e tenham oportunidades
equitativas de contribuir e aprender.
Essa abordagem enfatiza a importância da autonomia e da responsabilidade
individual e coletiva. Os estudantes são encorajados a serem protagonistas de sua
própria aprendizagem, a assumirem responsabilidades e a se engajarem ativamente
nas atividades propostas. Dessa forma, eles desenvolvem habilidades de liderança,
negociação, resolução de problemas e tomada de decisões.
A educação cooperativa também valoriza a diversidade e a inclusão,
respeitando as diferenças individuais e promovendo um ambiente de respeito,
tolerância e igualdade. Ela busca criar condições para que todos(as) os(as)
estudantes se sintam acolhidos(as) e valorizados(as), reconhecendo e respeitando
suas habilidades, interesses e pontos de vista.
Além disso, a educação cooperativa busca estabelecer conexões com a
realidade social e comunitária dos(as) estudantes, incentivando o engajamento
cívico e a participação ativa na comunidade. Os projetos e atividades desenvolvidos
no contexto dessa abordagem, têm como objetivo contribuir para a melhoria da
qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Em resumo, a educação cooperativa é uma abordagem que busca promover
a cooperação, a solidariedade, a participação e a responsabilidade dos estudantes,
preparando-os(as) para serem cidadãos ativos, críticos e engajados em uma
sociedade democrática e colaborativa.

Festival tecnológico baseado na educação cooperativa: Celebrando a


colaboração e a transformação social

Para encerrarmos este ano letivo com chave de ouro, propomos a realização
de um evento grandioso, que envolva não apenas a escola, mas também toda a
comunidade. Será um festival tecnológico e artístico que reunirá os trabalhos
desenvolvidos pelos(as) estudantes ao longo do projeto Colabore e Inove,
juntamente com outras iniciativas realizadas ao longo do ano.
Nossos(as) estudantes serão os(as) verdadeiros(as) protagonistas deste
evento, desde a concepção e apresentação dos projetos que eles(a) construíram
até a organização, coordenação e avaliação de todo o festival. Será uma
oportunidade única para eles demonstrarem todo o seu talento, criatividade e
dedicação.
Ao criar um evento baseado na educação cooperativa, reconhecemos a
importância de desenvolver habilidades essenciais, como colaboração, trabalho em
equipe e responsabilidade coletiva. Promover um evento que envolva a participação
ativa de todos os envolvidos - estudantes, professores(as), funcionários(as) e
comunidade - fortalece os valores da cooperação e solidariedade.
Por meio desse festival, os(as) estudantes terão a chance de vivenciar na
prática os conceitos aprendidos em sala de aula, aplicando suas habilidades de
trabalho em equipe, negociação, liderança e resolução de problemas. Além disso,
aprenderão a valorizar e respeitar as contribuições individuais de cada membro do
grupo, compreendendo que, juntos(as), podem alcançar resultados maiores e mais
significativos.
Um evento baseado na educação cooperativa também promove a inclusão e
o respeito à diversidade, garantindo que todos(as) os(as) participantes se sintam
valorizados(as) e acolhidos(as). É uma oportunidade de compartilhar experiências,
ideias e conhecimentos, fortalecendo os laços de convivência e estimulando o
senso de pertencimento e coletividade.
Além disso, esse tipo de evento proporciona um ambiente propício para o
desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como comunicação efetiva,
empatia, resolução de conflitos e autoconfiança. Os(As) estudantes terão a chance
de expressar-se, mostrar seus talentos e construir relações saudáveis e
colaborativas com os demais participantes.
Portanto, ao criar um evento com base na educação cooperativa, estaremos
promovendo uma educação mais integrada, participativa e significativa. Será um
momento de aprendizado mútuo, troca de experiências e construção coletiva do
conhecimento. Estamos preparando nossos(as) estudantes para se tornarem
cidadãos ativos, comprometidos e engajados na construção de uma sociedade mais
justa e cooperativa.
E, é claro, não podemos deixar de celebrar esse momento tão especial. Será
um momento de reconhecimento e valorização, no qual nossos(as) estudantes
poderão sentir o orgulho de serem cidadãos(ãs) engajados(as) na construção de
uma sociedade mais justa e igualitária. Vamos celebrar juntos essa conquista e
inspirar ainda mais jovens a se tornarem agentes de transformação em nosso
mundo.
Preparem-se para um evento memorável, que irá marcar positivamente a
vida de todos(as) nós, e abrirá caminhos para um futuro promissor. Com entusiasmo
e determinação, daremos vida a esse festival tecnológico baseado na educação
cooperativa, unindo conhecimento, criatividade e cooperação. Juntos(as), vamos
celebrar o talento e a dedicação dos nossos(as) estudantes, enquanto fortalecemos
os laços com a comunidade e inspiramos outros a se envolverem ativamente na
transformação social.
Este será um evento inesquecível, repleto de aprendizado, descobertas e
momentos de orgulho. Vamos deixar nossa marca, construindo uma sociedade mais
justa e igualitária, impulsionada pela educação e pelo espírito cooperativo. O futuro
começa agora, e estamos prontos para fazer a diferença. Vamos criar um evento
extraordinário, que ecoará por muito tempo como um exemplo de como a educação
cooperativa pode transformar vidas.
Junte-se a nós nessa jornada de aprendizado e superação. O futuro está em
nossas mãos!

ATIVIDADE 01: ELABORAÇÃO DO FESTIVAL TECNOLÓGICO E CULTURAL


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Nesta primeira etapa, os(as) professores(as) convocam todos(as) os(as)


estudantes da disciplina Colabore e Inove, das primeiras e segundas séries
(podendo ser estendido para estudantes da terceira série), em um único momento,
preferencialmente antes das aulas relacionadas ao tema 05, em um espaço que
comporte todos(as), juntamente com os(as) profissionais da escola que possam
participar. O objetivo é definir o tema central de um projeto de culminância planejado
para o componente curricular Colabore e Inove, que envolva toda a comunidade
escolar e tenha como foco uma ação social.
Para a reunião, é crucial que haja esboços de ideias de temas relevantes
para a sociedade, levando em consideração os trabalhos anteriores realizados
pelos(as) estudantes e que sejam conhecidos pela comunidade escolar. É
importante que os temas sejam selecionados em conjunto pelos times,
professores(as), e a comunidade como um todo, portanto, é necessário estabelecer
estratégias para ouvir as sugestões e realizar uma triagem para apresentá-los na
reunião.
Recomenda-se que o tema do projeto interdisciplinar seja discutido em todas
as reuniões de planejamento da escola, tanto as anteriores quanto as posteriores,
permitindo que sejam feitas sugestões e ajustes adicionais. Além disso, é
importante incluir todas as etapas do projeto no calendário anual da escola.
A proposta da reunião é apenas sugestiva. Os(as) professores(as),
juntamente com a equipe gestora, os(as) estudantes e toda a equipe escolar, podem
elaborar outras ideias que incluam o planejamento completo do evento.
A participação de todos(as) é fundamental para garantir que o festival
tecnológico e cultural seja um sucesso e tenha um impacto significativo na
comunidade escolar.
Durante a reunião, serão exploradas as ideias propostas pelos(as)
estudantes, levando em consideração a relevância dos temas para a sociedade e a
viabilidade de realização do projeto. Será um momento de diálogo e construção
conjunta, em que os(as) estudantes terão a oportunidade de expressar suas
opiniões e contribuir para a definição do tema central.
É importante destacar que a escolha do tema deve refletir os objetivos gerais
do projeto interdisciplinar, considerando tanto os aspectos acadêmicos quanto
socioemocionais. Além disso, o tema deve estar alinhado com a realização de uma
ação social que traga benefícios para a comunidade. Essa ação social pode ser
definida e planejada durante a reunião, identificando o serviço a ser prestado e sua
importância para o contexto local.
Ao final da reunião, a ata será elaborada, registrando todos os pontos
discutidos e as decisões tomadas. Essa ata servirá como um guia para o
desenvolvimento do projeto, contendo informações importantes, como as etapas
necessárias, os materiais requeridos, as parcerias previstas e o calendário de
execução.
A ata da reunião deve conter os seguintes itens:
● O tema central do projeto interdisciplinar discutido;
● Os objetivos gerais, acadêmicos e socioemocionais estabelecidos;
● O serviço social a ser realizado e sua relevância para a comunidade;
● As etapas necessárias para a realização do projeto;
● Os materiais necessários para a execução do projeto;
● As parcerias previstas para o projeto;
● O calendário de execução de todas as etapas do projeto;
● O nome escolhido para o evento, tendo em vista que deve se tornar
um evento anual da escola e, portanto, deve ser um nome abrangente;
● A formalização do convite para a apresentação de todos os projetos
desenvolvidos pela escola, incluindo o Ouse Criar, Celso Furtado,
Meninas na Ciência e todos os outros, bem como os projetos da
componente curricular Colabore e Inove desenvolvidos em temas
anteriores, assim como as ações dos clubes de protagonismo juvenil,
programa Celso Furtado, Ouse Criar, Meninas na Ciência, projetos
Mestres da Educação e Escola de Valor (incluindo edições anteriores,
se relevantes), entre outros;
● As estratégias de divulgação a serem utilizadas.
Além disso, será definido o nome do evento, que deve ser abrangente e
transmitir a essência do projeto interdisciplinar. O objetivo é que o evento se torne
uma tradição na escola, realizando-se anualmente e promovendo a participação de
toda a comunidade escolar.
Por fim, serão discutidas as estratégias de divulgação do festival tecnológico
e cultural. É importante explorar diferentes meios de comunicação, como redes
sociais, cartazes, convites e outros recursos disponíveis, a fim de alcançar um
público amplo e engajar a comunidade na participação do evento.
Ao final desta atividade, os(as) estudantes terão contribuído ativamente na
definição do projeto , fazendo-os(as) se sentirem valorizados(as) por suas ideias e
participação. O engajamento de todos(as) é fundamental para que o festival seja um
momento de celebração dos resultados obtidos e um momento de orgulho para a
comunidade escolar.
Vamos aproveitar esse momento de planejamento e construção coletiva para
tornar o festival tecnológico e cultural um sucesso e uma oportunidade de
transformação social. Juntos(as), podemos fazer a diferença e deixar nossa marca
na escola e na comunidade.

ATIVIDADE 02: OFICINAS DE PREPARAÇÃO DOS PROJETOS


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Nessa etapa crucial do processo, o(a) professor(a) desempenha um papel


fundamental ao construir oficinas em conjunto com os(as) estudantes. Essas
oficinas têm como objetivo principal a efetiva construção dos produtos projetados
nas aulas anteriores, garantindo o aprimoramento de cada trabalho.
Cada oficina será direcionada para atender às necessidades específicas de
cada tipo de produto escolhido pelos(as) estudantes. Para enriquecer ainda mais o
aprendizado, é possível convidar especialistas no tema em questão para
compartilharem seus conhecimentos e experiências. Suas contribuições valiosas
fornecerão insights e orientações preciosas para o desenvolvimento dos projetos.
Além disso, uma opção interessante é selecionar e apresentar vídeos
relacionados ao tema, que possam inspirar e ampliar o repertório dos(as)
estudantes. Esses vídeos podem trazer exemplos práticos, casos de sucesso ou até
mesmo desafios a serem superados. A discussão em sala de aula, a partir dos
vídeos, estimula o pensamento crítico e a troca de ideias entre os membros dos
times.
Outra abordagem produtiva é a realização de tutoriais que ensinem o uso das
ferramentas necessárias para a materialização dos projetos. Nesse caso, é
recomendado que os(as) próprios(as) estudantes sejam incentivados a pesquisar
antecipadamente e compartilhar o conhecimento adquirido com sua equipe. Essa
dinâmica promove a autonomia, o protagonismo e o trabalho em equipe, elementos
fundamentais para a formação integral dos(as) estudantes.
Cada oficina deve ser estruturada de forma a proporcionar um ambiente
propício ao aprendizado ativo, à experimentação e à construção coletiva de
conhecimento. É importante que os estudantes se sintam incentivados a expressar
suas ideias, tirar dúvidas e explorar possibilidades criativas durante as atividades.
O(a) professor(a) deve desempenhar o papel de facilitador, estabelecendo um
ambiente acolhedor e encorajador para o desenvolvimento dos projetos.
As oficinas de preparação dos projetos são momentos de imersão,
aprendizado e crescimento. São oportunidades valiosas para os(as) estudantes
adquirirem novas habilidades, aprimorarem suas técnicas e expandirem sua visão
de mundo. Ao fornecer orientação, recursos e espaço para a expressão criativa,
estamos preparando nossos estudantes para enfrentarem desafios futuros e se
destacarem como agentes de transformação na sociedade.
Com dedicação e entusiasmo, vamos explorar todo o potencial dessas
oficinas, capacitando nossos(as) jovens a realizarem projetos significativos e
impactantes. Juntos(as), irão construir um ambiente de aprendizagem enriquecedor,
impulsionado pela colaboração, criatividade e busca constante pelo conhecimento.

ATIVIDADE 03: FINALIZAÇÃO DOS PROJETOS


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Agora é o momento de finalizar o projeto de apresentação. Nessa etapa,


os(as) professores(as) devem orientar os(as) estudantes para que realizem os
últimos ajustes, ensaios e todas as atividades necessárias para garantir o sucesso
das apresentações. Além disso, é hora de intensificar a campanha de divulgação
perante a comunidade, de modo a compartilhar o trabalho desenvolvido e despertar
o interesse de todos(as).
Durante essa semana, é importante que cada equipe se concentre em
aprimorar todos os detalhes do projeto de apresentação. Os(As) professores devem
incentivar os times a revisar a estrutura, o conteúdo e a forma de comunicação,
garantindo que tudo esteja alinhado com os objetivos propostos. Os(As) estudantes
devem buscar a excelência em cada aspecto, seja no design visual, na clareza das
informações transmitidas ou na coesão da apresentação como um todo.
Os ensaios desempenham um papel crucial nessa fase final. Os(As)
professores devem orientar os(as) estudantes a praticarem as falas, a postura no
palco, o uso de recursos audiovisuais e qualquer outra dinâmica planejada para a
apresentação.
Para intensificar a campanha de divulgação os(os) professores podem
sugerir diferentes estratégias, como a criação de materiais impressos, a divulgação
nas redes sociais, a realização de eventos prévios para convidados especiais, entre
outros. O objetivo é despertar o interesse da comunidade e garantir uma plateia
engajada e receptiva durante as apresentações.
Motivar os times nessa reta final é fundamental. Os(As) professores devem
ressaltar a importância do trabalho realizado e o impacto que ele poderá causar por
meio das apresentações. Ao compartilhar suas ideias e soluções, os(as) estudantes
têm a oportunidade de inspirar, influenciar e provocar reflexões nas pessoas que os
assistem. É uma chance de demonstrar suas habilidades, criatividade e capacidade
de se expressarem de forma clara e persuasiva.
Vamos destacar o valor da colaboração em equipe, pois durante as oficinas e
todo o processo de desenvolvimento do projeto, os(as) estudantes tiveram a
oportunidade de colaborar, compartilhar ideias e tomar decisões conjuntas. Agora,
na fase de finalização, é hora de celebrar essa cooperação e mostrá-los(as) como o
trabalho em equipe pode levar a resultados incríveis.
Preparem-se para uma semana intensa de trabalho, ensaios e divulgação,
pois estamos prestes a realizar um evento memorável e demonstrar todo o potencial
dos projetos desenvolvidos pelos(as) estudantes. Juntos, vocês irão brilhar,
compartilhar conhecimento e deixar uma marca significativa no mundo da educação.
O futuro está em suas mãos, e vocês estão prontos para fazer a diferença.

ATIVIDADE 04: EXECUÇÃO DO PROJETO ESCOLAR CI9


Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

Realização do evento: Apresentação dos projetos e engajamento da


comunidade

Chegou o momento tão aguardado: a realização do evento do projeto escolar


CI9! Nessa etapa, os(as) professores(as) e estudantes irão apresentar todos os
projetos desenvolvidos ao longo do período, incluindo outros projetos da escola, e
também compartilharem seus conhecimentos e conquistas com o público presente.
É fundamental que o evento conte com a participação ativa do público,
incluindo pais, autoridades locais e membros da comunidade. Sua presença não
apenas valoriza o trabalho dos(as) estudantes, mas também fortalece os laços entre
a escola e a sociedade, evidenciando a importância da educação e do engajamento
dos(as) jovens na construção de um futuro melhor.
Além da presença física no evento, é essencial ampliar o alcance e o impacto
do projeto por meio da divulgação em redes sociais e outros mecanismos de
comunicação. Utilize as plataformas digitais disponíveis para compartilhar
informações, os projetos e os resultados alcançados. Essa estratégia possibilita que
pessoas, além da comunidade escolar, tenham acesso aos trabalhos desenvolvidos
e se sintam motivadas a se engajarem e apoiarem iniciativas semelhantes.
Ao divulgar o evento nas redes sociais, utilize hashtags relevantes e marque
perfis e instituições relacionadas à educação do estado, à tecnologia e ao tema do
projeto. Isso aumentará a visibilidade e as chances de alcançar um público mais
amplo e interessado no assunto. Aproveite também para criar conteúdos atrativos,
como vídeos curtos, fotos dos(as) estudantes em ação, e depoimentos sobre a
importância do projeto.
Para garantir o sucesso, é importante que os(as) professores(as) orientem
os(as) estudantes sobre a importância de uma boa apresentação. Eles(as) devem
praticar suas falas, organizar os materiais audiovisuais necessários e se preparar
para responder perguntas e interagir com o público. Lembre-os(as), professor(a), de
que a apresentação é uma oportunidade de demonstrar não apenas os resultados
alcançados, mas também suas habilidades de comunicação, trabalho em equipe e
liderança. Encoraje-os(as) a transmitir entusiasmo e paixão pelo projeto, de forma a
envolver e inspirar o público presente.
Durante o evento, também é interessante promover momentos de interação e
compartilhamento entre os(as) estudantes e o público. Você pode organizar mesas
de discussão, exposições interativas, demonstrações práticas dos projetos ou até
mesmo convidar palestrantes especializados na área, para enriquecer as
discussões. Essas atividades proporcionam uma experiência mais enriquecedora
para todos(as) os(as) envolvidos(as), estimulando o diálogo, a troca de
conhecimentos e o networking.
Não esqueça de registrar o evento por meio de fotos e vídeos, que poderão
ser compartilhados posteriormente nas redes sociais e no site da escola. Essa
documentação é importante não apenas para a memória do projeto, mas também
para demonstrar o impacto e o envolvimento da comunidade. Ao compartilhar esses
registros, você estará promovendo o reconhecimento e a valorização dos(as)
estudantes e seus projetos, além de inspirar outras escolas e educadores(as) a
desenvolverem iniciativas semelhantes.
A execução do projeto escolar CI9 não é apenas a culminância de um
período de trabalho árduo, mas também uma oportunidade de promover a
aprendizagem significativa, o engajamento da comunidade e a valorização dos(as)
estudantes. Ao dedicar tempo e energia para planejar e realizar um evento de
qualidade, você estará criando um ambiente propício para o crescimento e o
sucesso dos(as) estudantes, incentivando-os(as) a se tornarem agentes de
transformação em sua própria comunidade.
Lembre-se que cada detalhe é importante, e o impacto do evento vai além
do momento em si. Ele se estende para o futuro, inspirando outras gerações de
estudantes e incentivando a busca por soluções criativas e inovadoras que
transformem a sociedade em que vivemos. Vamos lá!
ATIVIDADE 05: AVALIAÇÃO E CELEBRAÇÃO
Duração: 2 AULAS - 1 SEMANA

A avaliação dos trabalhos desenvolvidos no componente curricular Colabore


e Inove é uma oportunidade para refletir sobre o impacto das atividades realizadas
na vida dos(as) jovens, na comunidade e nas perspectivas de futuro. Os(As)
estudantes devem ser encorajados a revisitarem suas análises, e a mensurarem o
impacto de cada atividade, compartilhando suas experiências, aprendizados e
transformações pessoais. É importante criar um ambiente acolhedor para que
expressem suas opiniões de forma respeitosa, promovendo uma troca de
experiências que contribua para um maior entendimento coletivo e a identificação de
pontos fortes e oportunidades de melhoria em seus projetos de vida.
Além da avaliação, é momento de celebrar os resultados alcançados. Planeje
uma atividade especial de celebração, como uma festa, cerimônia de premiação ou
evento cultural, para que a turma se reúna e compartilhe suas conquistas. Durante
essa celebração, são destacados os momentos mais significativos do componente,
os desafios superados e os aprendizados adquiridos ao longo do processo.
Reconheça o esforço e empenho de cada estudante, valorize suas contribuições
individuais e o trabalho em equipe, além de agradecer a todos os envolvidos, como
professores(as), pais e membros da comunidade.
A celebração não apenas marca o encerramento de uma etapa, mas
fortalece os laços entre os(as) jovens, cria memórias positivas e reforça a
importância do trabalho colaborativo. É um momento de inspiração para que
continuem buscando novos desafios e acreditem em seu potencial para fazer a
diferença. Durante a avaliação individual, os(as) estudantes serão incentivados(as)
a refletirem sobre seu crescimento pessoal e o desenvolvimento de habilidades ao
longo do percurso, compartilhando exemplos concretos de como essas experiências
impactaram suas vidas.
Também é promovida uma avaliação coletiva, na qual a turma discute e
identifica os principais pontos positivos do trabalho cooperativo, compartilhando as
mudanças observadas na dinâmica do grupo, nas relações interpessoais e na forma
como encaram projetos e problemáticas sociais. Essa análise coletiva contribui para
construir um panorama abrangente do impacto do componente curricular Colabore e
Inove. Por fim, uma atividade especial é organizada para envolver toda a turma e
destacar as conquistas alcançadas ao longo do ano, como apresentações
panorâmicas dos projetos desenvolvidos em forma de linha do tempo.
Gostaríamos de aproveitar esse momento para expressar nosso sincero
agradecimento pelo seu empenho, dedicação e disponibilidade em promover uma
educação inovadora por meio da Colabore e Inove. Sua participação é fundamental
nessa construção coletiva e desempenha um papel essencial no sucesso do
programa. Aproveitamos também para desejar a você um período de descanso e
renovação, pois reconhecemos o quanto é importante recarregar as energias para
seguir adiante. Agradecemos pela parceria e cooperação ao longo do tempo e
esperamos continuar trabalhando juntos(as) no próximo ano. Estamos
entusiasmados(as) com as possibilidades que o futuro nos reserva e confiantes de
que continuaremos impulsionando a educação de forma inovadora. Até lá!
MENSAGEM DE ENCERRAMENTO

Chegamos ao fim dessa incrível jornada da Colabore e Inove. Uma jornada


de colaboração e inovação, que teve um propósito grandioso: desenvolver
nossos(as) jovens para os desafios deste século. E que jornada maravilhosa foi
essa! Um currículo repleto de atividades desafiadoras, que proporcionaram a todos
uma nova visão de empreendedorismo, repleta de criatividade, capaz de
compreender a responsabilidade social e a capacidade de mudar o mundo.
Queremos expressar nossa profunda gratidão por cada um de vocês,
professores(as), que participaram dessa jornada ao nosso lado. O
comprometimento e dedicação foram fundamentais para o sucesso da CI9. Vocês
abraçaram o desafio com entusiasmo, guiando e inspirando nossos(as) jovens a
cada passo do caminho, sendo verdadeiros agentes de transformação, cultivando
sonhos, talentos e potenciais em cada sala de aula.
Vocês são os heróis e heroínas dessa história. Com seu trabalho árduo e
amor incondicional pela educação, vocês têm moldado mentes, tocado corações e
plantado sementes de esperança e conhecimento. Cada aula, cada orientação,
cada sorriso compartilhado deixará uma marca eterna na vida dos nossos jovens.
Agradecemos por terem abraçado a missão de criar uma sociedade mais
justa e solidária. Vocês são verdadeiros(as) agentes de mudança, inspirando
nossos(as) jovens a acreditarem em si mesmos(as), a perseguirem seus sonhos,
fazendo a diferença no mundo. Vocês são os pilares dessa transformação, e é com
imenso orgulho que reconhecemos sua importância e dedicação.
Enquanto encerramos essa jornada, lembramos com emoção de cada
momento compartilhado, cada desafio superado, cada conquista celebrada e cada
aprendizado vivenciado. Juntos(as), criamos um ambiente de aprendizagem
vibrante e estimulante, no qual, o potencial de cada aluno(a) foi valorizado e nutrido.
Agora, é hora de olhar para o futuro com esperança e entusiasmo. O impacto
que vocês tiveram na vida dos(as) jovens ecoará por muitos anos, inspirando-os(as)
a buscarem seus sonhos, a abraçarem a criatividade, a enfrentarem desafios com
coragem, e a contribuírem, positivamente, para a sociedade.
Mais uma vez, agradecemos por sua dedicação, paixão e compromisso.
Vocês são verdadeiros(as) heróis(heroínas) e heroínas da educação, e nosso
reconhecimento e gratidão são eternos.

Com profundo carinho e admiração,

Equipe Colabore e Inove

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