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UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

PÓS-LABORAL

IV GRUPO

Arnaldo Feliciano Macuacua

Líria Jorge armando

Manú José Manuel Inácio Campos

Yara Cassamo da Conceocao Mamade

Zacarias Casimiro Tomo

Contabilidade Como Instrumento de Gestão

Quelimane, Junho de 2024


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Arnaldo Feliciano Macuacua
Liria Jorge armando
Manú José Manuel Inácio Campos
Yara Cassamo da Conceocao Mamade
Zacarias Casimiro Tomo

Contabilidade Como Instrumento de Gestão

Docente: Raide Namuali Covua

Quelimane, Junho de 2024


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Índice
1.Intoduçao ................................................................................................................................. 4
2.Objectivos ................................................................................................................................ 5
2.1. Geral .................................................................................................................................... 5
2.2. Especifico ............................................................................................................................ 5
2.3. Metodologia ......................................................................................................................... 5
3.Contabilidade como Instrumento de Gestão ............................................................................ 6
3.1.Objectivo da contabilidade como instrumento de gestão ..................................................... 6
3.2.Áreas de actuação da contabilidade como instrumento de gestão ........................................ 7
3.2.1.Custos ................................................................................................................................ 8
3.2.2.Objectivos principais do sistema de custo gerencial ......................................................... 8
3.2.3.Custo variável .................................................................................................................... 9
3.2.4.Características de custo variável........................................................................................ 9
3.2.5.Exemplos de custo variável ............................................................................................... 9
3.2.6.Custos fixos ..................................................................................................................... 10
3.2.7.Características dos custos fixos ....................................................................................... 10
3.2.8.Custos directos................................................................................................................. 10
3.2.9.Custos indirectos ............................................................................................................. 11
3.2.10.Custos de oportunidade ................................................................................................. 11
3.2.11.Custo-padrão .................................................................................................................. 11
3.2.12.Tipos de custo-padrão .................................................................................................... 12
3.3.Demonstrativos Contábeis .................................................................................................. 12
3.4.Análise do Balanço Patrimonial para Fins Decisórios ....................................................... 13
3.5.Demonstração do Resultado do Exercício .......................................................................... 15
3.5.1.Demonstrações dos Resultados Exercícios Encerrado em 31 de Dezembro ................... 15
4. Conclusão ............................................................................................................................. 19
5. Referencias Bibliográficas .................................................................................................... 20
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1.Introdução

O presente trabalho Versa sobre a Contabilidade como Instrumento de Gestão, tendo sido o
foco principal demonstrar sua importância na tomada de decisões pelos gestores das pequenas
e médias empresas, visto que é através dela que os gestores têm acesso aos dados referentes às
movimentações financeiras, bem como à situação actual da mesma.

A contabilidade gerencial tem grande importância nas empresas, porque é ela quem vai
oferecer informações a serem usadas pelos administradores. Essas, por sua vez, irão dar
suporte nas funções gerenciais. Pode-se dizer que a contabilidade gerencial deve encarregar-
se da colecta e análise dos dados, e daí os retira para que auxiliem na tomada de decisões de
uma empresa de pequeno ou médio porte. Dentre as inúmeras vantagens em se usar a
contabilidade para gerenciamento, estão as seguintes: análise dos custos, projecção de
orçamentos empresariais, análise de desempenhos no que diz respeito aos índices financeiros,
cálculo do ponto de equilíbrio, determinação de preços de vendas, planeamento tributário,
controles orçamentários e auxílio no sistema de informação de gestão económica.

A contabilidade gerencial é uma técnica que permite prestar uma orientação para manter um
controle permanente do património. O “fracasso” de uma empresa, sem dúvida, pode estar
associado a uma má gestão empresarial, que de alguma maneira está ligado à contabilidade
gerencial. Ela é quem fornece dados relevantes para que se tome uma decisão na empresa.
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2.Objectivos:

2.1.Geral:

 Analisar a contabilidade gerencial como instrumento de geração de informações para


auxiliar os gestores das organizações de pequeno e médio porte no planejamento,
controle e tomada de decisões.

2.2.Específicos:

 Abordar a importância da contabilidade gerencial como instrumento eficiente de


geração de informações internas para os gestores das organizações;
 Identificar qual a utilidade do balanço patrimonial para os gestores de negócios e, qual
a sua importância na contabilidade gerencial para análise de performance;
 Analisar a Demonstração do Resultado do Exercício para auxiliar na gestão;
 Demonstrar que o sistema de custos é ferramenta geradora de informações para
auxiliar na tomada de decisões.

2.3.Metodologia:

A metodologia usada para realização do presente trabalho, quanto aos fins, foi descritiva e
explicativa. Quanto aos meios, a pesquisa foi bibliográfica, através de livros, artigos, sites e
trabalhos académicos.
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3.Contabilidade como Instrumento de Gestão

A contabilidade como instrumento de gestão, atende aos usuários internos das empresas
responsáveis pela tomada de decisões. Processo de identificação, mensuração, análise e
comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planeamento e
controlo das empresas, para assegurar o uso apropriado de seus recursos. A contabilidade
como instrumento de gestão fornece informações necessárias para a administração e para o
desenvolvimento das empresas.

Segundo Marion, diz que “a contabilidade gerencial é o instrumento que fornece o máximo de
informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa”.

Partindo desse conceito a contabilidade gerencial continua a mesma, porém, agora está mais
voltada para as decisões dentro da empresa, servindo de instrumento para o gestor de
negócios.

De acordo com (MARQUES, Wagner Luiz 2011), afirma que:

A contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração,


acumulação, analise, preparação, interpretação e comunicação de informações
financeiras utilizadas pela administração para planeamento, avaliação e
controle dentro de uma organização e para assegurar o uso apropriado de seus
recursos.

Os contabilistas são profissionais capazes de interpretarem e explicarem os dados contábeis


para os donos dos negócios, directores e gerentes das empresas. A partir dessa análise do
facturamento, lucros e despesas, os directores possam tomar decisões estratégicas mais
eficazes.

Se analisarmos o fluxo de caixa mensal das empresas, os profissionais da contabilidade


podem fornecer dados suficientes aos gerentes de recursos humanos para medir a
produtividade de sua equipe e assim tomar decisões de contratação, demissão ou até
bonificação de cargo.

3.1.Objectivo da contabilidade como instrumento de gestão

Deste modo, Crepaldi (2008, p. 2) afirma que:

a contabilidade é instrumento gerencial que se utiliza de um sistema de


informações para registar as operações da organização, para elaborar e
interpretar relatórios que mensurem os resultados e forneçam informações
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necessárias, para subsidiar o processo de tomadas de decisões e para o


processo de gestão, planeamento, execução e controle.

Seguindo o raciocínio desse autor pode-se atribuir alguns objectivos a contabilidade gerencial,
sendo eles:

 Auxiliar no processo decisório,


 Fornecer dados da empresa através de um sistema de informação,
 Gerar relatórios referentes às transacções ocorridas no negócio.

Esses são os principais objectivos da contabilidade gerencial que dizem respeito à gestão de
um negócio. Não só as informações prestadas pela contabilidade, mas a própria contabilidade
gerencial devem manter-se sempre actualizada e conciliada com tudo que ocorre em seus
sectores, para que, de forma concisa esses objectivos sejam alcançados. Portanto, a
contabilidade sempre representará para uma empresa uma fonte de informações a fim de
auxiliar os gestores.

Crepaldi (2008. p. 5) salienta, ainda que:

é importante ressaltar que as informações são importantes, na medida em que,


os gestores consigam identificar tanto as oportunidades quanto as ameaças que
o ambiente oferece às empresas.

Assim sendo, mesmo prestadas as informações que irão auxiliar as decisões, deverão atentar-
se, também, ao fato de que ela pode trazer tanto resultados positivos como prevenções para a
empresa. Esses resultados positivos referem-se à performance do negócio. Já as prevenções
seriam as medidas tomadas para evitar resultados que poderiam prejudicar a continuidade da
empresa.

3.2.Áreas de actuação da contabilidade como instrumento de gestão

Algumas das áreas de actuação da contabilidade gerencial são: os custos e preços de vendas,
orçamentos e projecções, contabilidade por responsabilidade, centros de lucros e unidades de
negócios, análise de balanço etc. Embora todas elas tenham sua relevância e, todas se
apresentarem como instrumento da contabilidade gerencial, será apresentado três áreas de
actuação da contabilidade gerencial, sendo elas: os custos, análise de balanço e a
demonstração do resultado de exercício.
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3.2.1.Custos

De acordo com Martins (2003, p. 21) afirma que, [...] a Contabilidade de custos tem duas
funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões.

No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o
estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio
imediatamente seguinte, acompanhar o efectivamente acontecido para a comparação com os
valores anteriormente definidos.

No que tange a decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na
alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de
curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de
preços de venda, opção de compra ou produção.

Já Souza (2008, p. 39) é de opinião que, para as finalidades de tomadas de decisões gerenciais
são úteis os conceitos de custos fixos e custos variáveis e ainda, custos diferenciais, custos de
oportunidade e custos afundados [...].

O custo na finalidade gerencial pode ter como base o cálculo do custo actual, do custo futuro,
entre outros, buscando meios eficazes para gerenciar o sistema produtivo, no curto e longo
prazo, estabelecendo metas, parâmetros e estratégias.

3.2.2.Objectivos principais do sistema de custo gerencial

 Suprir a administração de informação para a tomada de decisão;


 Servir como ponto de orientação quanto a medidas de correcção;
 Acompanhar distorções de valores, níveis de eficiência de produção e qualidade dos
padrões estabelecidos.

Uma das principais ferramentas da contabilidade gerencial em relação à informações de


custos é usada para auxiliar no processo decisório. Em alguns casos de tomadas de decisões
pode-se identificar o uso dessas informações, como por exemplo, qual produto é mais
lucrativo, qual bem ou serviço deve ser colocado no mercado e, qual produto deve ser
fabricado ou comprado.
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3.2.3.Custo variável

De acordo com Lima (2000. p. 46) diz que, custos variáveis são os custos que estão
relacionados com os volumes de produção ou de vendas, sendo directamente proporcionais as
suas variações.

Desta feita, se o volume de produção ou serviço varia, o custo variável do produto também irá
variar. O valor desse custo cresce ou diminui de acordo com o volume das actividades e
produções da empresa.

3.2.4.Características de custo variável

 O valor total varia de acordo com o volume produzido e,


 O valor é constante por unidade independente da quantidade produzida.

3.2.5.Exemplos de custo variável

Impostos incidentes sobre o facturamento; comissão dos vendedores; gastos com fretes de
entrega de produtos; os gastos com facturamento e cobrança de vendas a prazo.

Segundo Souza (2008, p. 37), fala que:

sob um enfoque útil à contabilidade os custos variáveis variam linearmente


com o nível de produção, se referidos no total. Em termos unitários os custos
variáveis são constantes para todas as unidades produzidas, dentro de um
intervalo operacional de interesse.

E Leone (1997, p.322), refere-se ao custo variável, como sendo muito útil para intervir no
processo de planeamento e de tomada de decisão, até porque uma de suas potencialidades está
centrada na análise da variabilidade das despesas e dos custos.

Assim, os custos variáveis estão previstos dentro do valor de cada objecto fabricado ou
vendido. Sendo dividido entre os produtos fabricados, o valor desse custo representa o valor
que varia proporcionalmente em relação ao volume que foi produzido. Esse custo só irá existir
se houver volume de produção, caso não se produza não se terá esse valor. Sua importância
está, essencialmente, em analisar a variação das despesas, e através dessa análise extrair
informações que ajudem a planear e orientar as decisões gerenciais.
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3.2.6.Custos fixos

Martins (2005, p. 67) dá a seguinte definição para custos fixos, são aqueles custos que
permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independentemente do
volume de produção. Consequentemente, não são identificados como custos da produção no
período, mas como custos de um período de produção.

Ou seja, os custos fixos não variam mesmo que o volume de produção aumente ou diminua,
ele se mantêm inalterado, não sofrerá oscilações. Alguns custos fixos são: salários e encargos
sociais das chefias dos departamentos e sectores produtivos, salários e encargos pessoais do
pessoal da segurança, aluguel do prédio ou das máquinas produtivas, depreciação do prédio
ou das máquinas. Nenhuma alteração no volume de produção irá alterar esses custos.

3.2.7.Características dos custos fixos

 O valor constante em determinado período de produção e,


 O valor da unidade que só varia se o volume de produção variar.

Sendo assim, os custos fixos são aqueles gastos que a empresa possui independente do
volume que for produzido ou vendido. Embora o custo fixo não se altere em relação ao nível
de produtividade, quanto maior for o volume produzido, menor será o custo fixo por unidade
produzida. O valor dele só vai alterar em relação à unidade, mas não em relação aos custos
que foram previstos para a empresa.

3.2.8.Custos directos

Lima (2000, p. 45) refere-se a custos directos como, custos que podem ser adequadamente
identificados com os bens produzidos ou com os serviços prestados.

Fazem parte desses custos: matéria-prima, mão-de-obra directa e os materiais directos usados
na produção. Esse tipo de custo é aquele em que se identifica o que foi empregado para a sua
produção, ou seja, através dele é possível identificar o que foi usado para produzi-lo e, assim
definir quais os custos do bem ou serviço.

Então, os custos directos são aqueles que podem ser facilmente identificados com o produto
em seu processo produtivo, pois são fáceis e directamente apropriáveis ao mesmo em sua fase
final.
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3.2.9.Custos indirectos

Oliveira (2005, p. 75) nota que:

os custos indirectos são aqueles custos, que, por não serem perfeitamente
identificados nos produtos ou serviços não podem ser apropriados de forma
directa para as unidades específicas, ordens de serviço ou produto. Necessitam
da utilização de algum critério para que possam ser identificados.

Exemplos desses custos são: mão-de-obra indirecta que é o trabalho realizado nos
departamentos auxiliares da empresa, materiais indirectos que são aqueles empregados nos
trabalhos auxiliar e, outros custos indirectos podem ser aqueles que estão ligados a existência
do sector produtivo, como a manutenção das máquinas.

Em vista disso, custos indirectos são aqueles incorridos dentro do processo produtivo, mas
que necessitam ser rateados aos produtos por não serem facilmente identificados com os
objectos de custeio. Esses custos não são possíveis de serem vistos com objectividade e
segurança as quais os produtos se referem.

3.2.10.Custos de oportunidade

Souza (2008, p. 41) diz que, um custo de oportunidade é o valor desprezado ou sacrificado,
como resultado de tomar uma decisão alternativa

Pode-se dizer que o custo oportunidade representa um valor associado a uma alternativa não
escolhida. Ele é um valor que foi cortado quando os gestores da empresa tomam uma decisão
diferente.

3.2.11.Custo-padrão

Crepaldi (2008, p. 175) define o custo-padrão como:

o custo estabelecido pela empresa como meta para produtos de sua linha de
fabricação, levando-se em consideração características tecnológicas do
processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos
necessários para a produção e o respectivo volume desta.

O objectivo desse custo é planejar e controlar os custos de produção, ele estabelece uma base
de comparação entre o que ocorreu e o que deveria ter ocorrido com os custos. Ele é um
instrumento de controlo para os gestores, pois através dele será visualizado o que foi usado
para a produção do bem ou serviço.
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3.2.12.Tipos de custo-padrão

Existem três tipos de custo-padrão:

 O custo-padrão ideal que diz respeito à qualidade dos materiais e a eficiência da


mão-de-obra usada na produção,
 O custo-padrão estimado é aquele que observando os custos passados estabelece
uma média de custos e,
 O custo-padrão corrente representa o objectivo de curto e médio prazo da empresa.

Assim, o custo-padrão é uma fixação dos custos que deveriam incorrer e servem de base para
comparação com os custos que realmente incorreram. Ele é utilizado com a finalidade de
oferecer informações para o controle do gestor. Sendo sua finalidade principal o controle, ele
só terá utilidade se a empresa tiver um sistema de custo baseado em custos reais, para que
haja condições de comparar o real com o padrão, pois isto dará condições para a empresa
encontrar e analisar as causas das distorções ocorridas e corrigi-las.

3.3.Demonstrativos Contábeis

A análise dos demonstrativos contábeis para a contabilidade gerencial serve para transformar
os dados extraídos em informações úteis para que os gestores tomem decisões. Esses
demonstrativos são analisados com a finalidade de se comparar e interpretar os dados da
empresa para que se alcancem os objectivos para os quais eles servem.

São demonstrativos contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do


Exercício, Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de
Caixa, Demonstração das Mutações do Património Líquido e Demonstração do Valor
Agregado se a empresa for S.A de capital aberto.

Embora seja significativo o número de demonstrativos contábeis, constará deste estudo


apenas a análise do Balanço Patrimonial como auxiliador para a tomada de decisão e a
Demonstração do Resultado do Exercício. A escolha pelo estudo desses dois demonstrativos
contábeis, Balanço Patrimonial e Resultado do Exercício se deu pela relevância que os dois
apresentam para gestores como ferramenta da tomada de decisão.

Importância essa que é destacada por Franco (1992, p. 97.), dizendo o mesmo que, as
demonstrações contábeis que melhores e mais completos elementos oferecem para análise
são:
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 O Balanço Patrimonial, que é a síntese de todos os componentes do património em


determinado momento; e
 A Demonstração do Resultado do Exercício, que é a síntese dos componentes da
dinâmica patrimonial (receitas, custo e resultado).

3.4.Análise do Balanço Patrimonial para Fins Decisórios

A análise do Balanço Patrimonial tem por objectivo demonstrar informações aos gestores. É
através dessas que poderá ser avaliada a situação económico-financeira da empresa, e após o
estudo dessas informações tomar decisões quanto a projecções futuras. Tal análise que se faz
em relação ao Balanço Patrimonial diz respeito à avaliação do activo, passivo e da situação
líquida patrimonial.

De acordo com Alexandre (2005, p.103), assim diz:

a análise do balanço patrimonial visa fundamentalmente ao estudo do


desempenho económico-financeiro de uma empresa em determinado período
passado, para diagnosticar, em consequência, sua posição actual e produzir
resultados que sirvam de base para a previsão de tendências futuras. Na
realidade, o que se pretende avaliar são os reflexos que as decisões tomadas
por uma empresa determinam sobre sua liquidez, estrutura patrimonial e
rentabilidade.

Dentro da análise que foi feita enfatizou-se o estudo da liquidez imediata, liquidez seca,
liquidez corrente e liquidez geral.

Franco (1992, p. 147.), diz que o quociente de liquidez imediata é a comparação entre o
disponível e o passivo circulante, indicando a percentagem dos compromissos que a empresa
pode liquidar imediatamente.

LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONÍVEL / PASSIVO CIRCULANTE

Utilizando os valores do Balanço da Souza Cruz S.A., teremos:

LIQUIDEZ IMEDIATA = 1.035,3 / 1.406,1 = 0,73

Do valor devido pela empresa, a mesma possui 73% para liquidez imediata.

Sobre a liquidez seca, Franco (1992, p. 148), diz que ele é o quociente de comparação do
disponível, mais os direitos realizáveis a curto prazo, com o exigível a curto prazo.
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LIQUIDEZ SECA = ACTIVO CIRCULANTE - ESTOQUES/ PASSIVO CIRCULANTE

Usando os dados da companhia escolhida, teremos:

LIQUIDEZ SECA = 2.584,00 – 900 / 1.406,1 = 1,2

A cada um real de dívida que a empresa tem ela possui um real e vinte centavos para pagá-la.

A liquidez corrente é explicada por Franco (1992, p. 149), como sendo:

o quociente da comparação do activo circulante com o passivo circulante, esse quociente nós
dá a possibilidade de solução dos compromissos em caso de conversão total dos direitos a
curto prazo. Trata-se, portanto, da relação entre o total do activo circulante e o passivo
circulante.

LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE

Exemplificando com os dados da Souza Cruz S.A., tem-se:

LIQUIDEZ CORRENTE = 2.584 / 1.406,1 = 1,84

A cada real devido tem-se um real e oitenta e quatro centavos para a quitação dos débitos.

Por fim, a liquidez geral que é definida por Franco (1992, p. 141.) como sendo “o quociente
que reúne todos os valores conversíveis, activo circulante e realizável a longo prazo, em
cotejo com o total das responsabilidades, passivo circulante e exigível a longo prazo”.

LIQUIDEZ GERAL = ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO /


PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Usando os dados extraídos da companhia Souza Cruz S.A., verifica-se que:

LIQUIDEZ GERAL = 3.050,7 / 1.921,7 = 1,58


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Assim a cada real devido à empresa possui um real e cinquenta e oito centavos para sanar seu
débito.

3.5.Demonstração do Resultado do Exercício

A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição


do resultado formado num determinado período de operações da entidade.

A demonstração do resultado, observado o princípio de competência, evidenciará a formação


dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes
custos e despesas.

O estudo do resultado do exercício foi feito em face de uma comparação entre o ano de 2008
e 2009 da companhia Souza Cruz S.A.. Sendo essa comparação usada para mostrar a
tendência de determinados componentes do exercício. Mostrando as variações que a empresa
sofreu em um determinado período quando comparado a outro.

3.5.1.Demonstrações dos Resultados Exercícios Encerrado em 31 de Dezembro


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A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) constitui-se no relatório sucinto das


operações realizadas pela empresa durante determinado tempo, nele sobressai um dos valores
mais importantes para as pessoas nela interessadas, o resultado líquido do período, Lucro ou
Prejuízo.

Foi apurado através da confrontação ordenada e sucessiva entre seus factores contribuintes:
Receitas, Custos e Despesas.

Da formação do Resultado, já apurado, destacam-se seus:

 Factores contribuintes; Destinação.

Essa demonstração evidencia o resultado que a empresa obteve na operação de suas


actividades, de forma resumida, destacando os principais factores contribuintes para o
Resultado Líquido do Período.

O ponto de partida da demonstração é iniciado a partir do valor total da receita apurada nas
operações de vendas.

Desse somatório é deduzido o custo total correspondente a essas vendas, apurando-se o


resultado bruto, que, se positivo, denomina-se Lucro Bruto.

As Despesas e Receitas Operacionais são demonstradas de forma segregadas por subtotais,


segundo sua natureza, quais sejam:

Despesas com Vendas; Despesas Financeiras – deduzidas das Receitas Financeiras; Despesas
Gerais e Administrativas; Outras Despesas e Receitas Operacionais.

Deduzindo-se os valores de natureza operacionais acima expostos, chegaremos ao resultado


operacional que é o Lucro Operacional.

As transacções estranhas ao objecto da empresa constituem as Receitas e Despesas Não


Operacionais. Essas são transacções não vinculadas à exploração do objecto da empresa.

Com isso, chega-se ao Resultado do Exercício Antes das Participações, Contribuição Social
antes do Lucro Líquido e Imposto de Renda.

As participações de terceiros são deduzidas, desse Resultado. São elas:


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 Debenturistas; Empregados; Administradores; Partes Beneficiárias; Fundos de


Assistência e Previdência.

Chegando-se ao Lucro Líquido Antes da Contribuição Social (tributos).

Deduzida a Contribuição Social sobre o Lucro, obtém-se o Lucro Líquido antes do Imposto
de Renda.

Deduzido o Imposto de Renda sobre o Lucro, obtém-se o Lucro Líquido após o Imposto de
Renda.

Para chegar ao Lucro Líquido do Exercício por Ação divide-se o Lucro Líquido do Exercício
pelo total de ações em circulação.

Assim, partindo de uma visão crítica do gestor e tomando como exemplo o resultado da
companhia Souza Cruz S.A., infere-se que o custo dos produtos vendidos, entre 2009 e 2008,
teve uma variação de - 2,6 pontos percentuais, o que caracteriza uma situação positiva.

Destaca-se, também, o resultado das despesas com vendas de – 0,14 pontos percentuais
representando outro fator positivo.

Outra ênfase é que as despesas administrativas aumentaram em relação ao exercício anterior,


e por ser uma despesa fixa constitui um dado negativo.

Interpretando os dados o lucro líquido do exercício aumentou em 2 pontos percentuais.

Os indicadores a seguir informam quanto o lucro da empresa se relacionam com outro


parâmetro de comparabilidade.

Margem Bruta: evidencia o lucro bruto sobre as vendas liquidas. A fórmula é:

Lucro Bruto / Vendas Líquidas = 3.444,00 / 5.792,70 = 59,45 %

Quanto maior o percentual, melhor, porque o lucro será maior.

Margem Operacional: compara, percentualmente, o lucro operacional com as vendas. Quanto


maior o percentual, melhor, porque o lucro será maior. A fórmula é:

Margem Operacional = Lucro Operacional / Vendas 1.889,60 /5.792,70 = 32,62 %


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O lucro operacional, em 2009, foi superior ao anterior.

Margem Líquida: similar ao índice anterior. Também nesse caso, quanto maior, melhor. A
fórmula é:

Lucro Líquido / Vendas = 1.484,90 / 5.792,70 = 25,63 %

Rentabilidade do património líquido: corresponde à remuneração do capital próprio, que é o


capital investido pelos accionistas. A fórmula é:

Rentabilidade do Património Líquido = Lucro líquido Final / Património Líquido 1.484, 90 /


1.895, 40 = 78 %

ortanto, a rentabilidade corresponde a 78% do patrimônio líquido.

Mesmo com uma análise sucinta dos tópicos acima, viu-se a importância da DRE para o
gestor.

Assim a contabilidade gerencial serve como instrumento para auxiliar a tomada de decisão. O
estudo comprova que as informações geradas a partir dos dados são fundamentais para se
posicionar em relação à situação da empresa. Os meios adoptados nesse estudo foram à
demonstração do resultado do exercício e a análise do balanço patrimonial. Elas podem
auxiliar os gestores a melhorar a qualidade das operações, do planeamento e do processo
decisório.
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4.Conclusão

De acordo com o estudo realizado, as informações prestadas pela contabilidade gerencial


tornaram-se instrumento para a tomada de decisão. Isso porque elas atendem as necessidades
dos gestores, instruindo as melhores alternativas a ser adoptado por eles. Por fornecer
informações precisas ela acaba valorizando ainda mais a empresa, pois, além de se tomar uma
decisão mais confiável e coerente, o gestor estará provido de informações atuais sobre a vida
da organização.

A contabilidade, em especial a contabilidade como instrumento de gestão, está mais presente


do que nunca nas decisões e no quotidiano das empresas. O pequeno empresário deve cobrar
de seu contabilista maior participação no que diz respeito a assessoria e ao apoio na
administração de sua empresa. O contabilista, por sua vez deve abandonar a figura de mero
cumpridor das obrigações fiscais e como um mal necessário às organizações empresariais e
ser um agente de transformação, um assessor nas decisões tomadas, alguém que extraia dos
números as informações necessárias para as decisões, um suporte a administração segura.
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5.Referencia Bibliográficas

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

ANTHONY, Robert N. Contabilidade gerencial: Introdução à contabilidade. São Paulo:


Atlas, 1976.

__________. e Adenilson Honório Soares. Contabilidade como instrumento para tomada de


decisões. São Paulo: Alínea, 2000.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

SOUZA, Luiz Eurico de. Fundamentos de contabilidade gerencial – um instrumento para


agregar valor. Curitiba: Juruá, 2008.

SILVA, G. R. Lima e José Barbosa - coordenador. Custos: ferramenta de gestão. Colecção


Seminários CRC-SP/IBRACON. São Paulo, 2000.

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