Transformadores, Reatores e Autotransformadores de Força: Manual de Instalação, Operação e Manutenção

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Motores | Automação | Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas

Transformadores, Reatores e
Autotransformadores de Força
TFC-001

Manual de Instalação, Operação e Manutenção.


Manual de instalação, Operação e Manutenção

Nº do Documento: 10002512960
Modelo: TFC-001
Idioma: Português
Versão: 07
Fevereiro 2022
__________________________________________________________________

Prezado Cliente,

Obrigado por adquirir o transformador de Força da WEG. É um produto desenvolvido com níveis de
qualidade e eficiência que garantem um excelente desempenho.
A energia elétrica exerce um papel de relevante importância para o conforto e bem-estar da humanidade.
Sendo o transformador elétrico um dos equipamentos responsável pela geração, transmissão e distribuição
desta energia, por isso este precisa ser identificado e tratado como uma máquina, cujas características
envolvem determinados cuidados, dentre os quais os de armazenagem, instalação e manutenção.
Todos os esforços foram feitos para que as informações contidas neste manual abrangessem ao máximo
as configurações e aplicações do seu transformador.
Assim recomenda-se ler atentamente este manual antes de proceder à instalação, operação ou
manutenção do transformador, assegurando uma operação segura e contínua, além de garantir a sua
segurança e de suas instalações. Caso as dúvidas persistam, solicitamos contatar a WEG.
Mantenha este manual sempre próximo ao seu transformador, para que possa ser consultado quando
necessário.

ATENÇÃO!
É imprescindível seguir os procedimentos contidos neste manual para que a garantia tenha validade
Os procedimentos de instalação, operação e manutenção do transformador deverão ser feitos por pessoal
qualificado.

NOTA!
A reprodução das informações deste manual, no todo ou em partes, é permitida desde que a fonte seja
citada;
Caso este manual seja extraviado, entre em contato com a WEG para que outra cópia seja fornecida.

WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A


TABELA DE CONTEÚDOS

INSTRUÇÕES GERAIS CAPÍTULO 1

DADOS DO EQUIPAMENTO CAPÍTULO 2

TRANSPORTE CAPÍTULO 3

RECEBIMENTO CAPÍTULO 4

MOVIMENTAÇÃO CAPÍTULO 5

ARMAZENAGEM CAPÍTULO 6

MONTAGEM, INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO CAPÍTULO 7

MANUTENÇÃO CAPÍTULO 8

ASPECTOS AMBIENTAIS APÊNDICE A


CAPÍTULO 1
INSTRUÇÕES GERAIS
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Versão 07
INSTRUÇÕES GERAIS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 2

1.1 OBJETIVO ........................................................................................................................................ 2


1.2 RESPONSABILIDADE ............................................................................................................................. 2
1.3 CONTATO ............................................................................................................................................ 2

2 SEGURANÇA ............................................................................................................. 3
2.1 AVISOS DE SEGURANÇA................................................................................................................ 3
2.2 PESSOAS QUALIFICADAS ...................................................................................................................... 3
2.3 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ................................................................................................................ 3

TERMO DE GARANTIA ...................................................................................................... 4


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Versão 07
INSTRUÇÕES GERAIS

1 INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVO

Este manual foi elaborado com o objetivo de dar as instruções necessárias para o recebimento, montagem,
instalação e manutenção do equipamento. Todos os procedimentos constantes neste manual deverão ser
seguidos para garantir o bom funcionamento do equipamento e a segurança do pessoal envolvido. O
manual deve ser lido antes do início de qualquer trabalho e deve estar presente juntamente com o
equipamento.
Estas instruções não pretendem abranger todas as situações que possivelmente podem ocorrer durante a
instalação, operação, manutenção, nem todos os detalhes e variações desses equipamentos. Mas pretende
orientar adequadamente o comprador na instalação quanto aos procedimentos e atividades necessárias
para receber e colocar o equipamento em serviço. Isto irá assegurar a proteção e validação do “TERMO
GARANTIA CONTRATUAL” do produto no caso de quaisquer problemas posteriores.
Este manual fornece informações sobre a validação da garantia, ensaios que devem ser executados e como
os resultados destes ensaios devem ser submetidos à WEG.

Se necessitar de informações adicionais referentes a esta instalação em particular ou à operação e


manutenção de seu equipamento, entre em contato com o representante WEG local ou Assistência Técnica
autorizada WEG.

1.2 RESPONSABILIDADE

Devido à constante evolução tecnológica, a WEG reserva o direito de fazer alterações neste documento
sem prévio aviso e não se responsabiliza por quaisquer ações de terceiros em função de tais modificações.

1.3 CONTATO

Para esclarecimentos sobre as informações contidas neste manual, entre em contato pelo seguinte
endereço ou e-mail da assistência técnica:

WEG Equipamentos Elétricos S.A. - Transmissão & Distribuição


Rua: Dr. Pedro Zimmermann, 6751 – Blumenau – SC/ Brasil
Fone: +55 47 3337-1000 / Fax: +55 47 3337-1090
E-mail: [email protected] (Comercial) / [email protected] (Suporte Técnico)
www.weg.net

Consulte a rede autorizada de Assistência Técnica WEG e as representações WEG distribuídas no Brasil e
no mundo no site da WEG.

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INSTRUÇÕES GERAIS

2 SEGURANÇA

2.1 AVISOS DE SEGURANÇA

Os seguintes avisos de segurança são utilizados neste manual:

PERIGO!
A não consideração dos procedimentos recomendados neste aviso pode levar à morte, ferimentos graves
e danos materiais consideráveis.

ATENÇÃO!
A não consideração dos procedimentos recomendados neste aviso pode levar a danos materiais.

NOTA!
O texto fornece informações importantes para o correto atendimento de um procedimento ou observação
que deve ser seguido para um bom funcionamento do produto.

2.2 PESSOAS QUALIFICADAS

Entende-se por pessoas qualificadas aquelas que, em função do seu treinamento, experiência, nível de
instrução, conhecimento de normas relevantes, especificações, normas de segurança e prevenção de
acidentes e conhecimento das condições de operação, tenham sido autorizadas pela empresa responsável
para a realização dos trabalhos necessários junto ao equipamento, e que possam reconhecer e evitar
possíveis perigos durante a realização dos serviços a serem executados.
Devem também conhecer os procedimentos de primeiros socorros e prestarem estes serviços quando
necessário.
Pressupõe-se que todo trabalho de instalação, operação e manutenção seja realizado por pessoas
qualificadas.

2.3 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

Os responsáveis pela segurança da instalação têm que garantir que:


▪ Somente pessoas qualificadas efetuem a instalação e operação do equipamento;
▪ Estas pessoas tenham em mãos este manual e demais documentos fornecidos com o equipamento, bem
como realizem os trabalhos, observando rigorosamente as instruções de serviço, normas e
documentação específica dos produtos;
▪ Pessoas não qualificadas estejam proibidas de realizar trabalhos nos equipamentos elétricos.

Devem ser observados também os seguintes pontos:


▪ Equipamentos para combate a incêndios e avisos sobre primeiros socorros deverão estar no local de
trabalho, sendo estes lugares bem visíveis e acessíveis;
▪ Os serviços deverão ser executados somente com o equipamento desenergizado;
▪ O equipamento deverá estar corretamente aterrado;
▪ Para o manuseio e transporte deverão ser empregadas ferramentas e equipamentos adequados;
▪ Todos os dados técnicos quanto às aplicações permitidas (condições de funcionamento, ligações e
ambiente de instalação) deverão estar contidos na documentação do equipamento.

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TERMO DE GARANTIA
A WEG Equipamentos Elétricos S/A, Unidade Transmissão e Distribuição, oferece garantia contra defeitos de fabricação e de
materiais para seus produtos por um período de 12 meses, contados a partir da data de emissão da nota fiscal da fábrica, limitado a
18 meses da data de fabricação. Nos prazos de garantia acima, constam os prazos de garantia legal, não sendo cumulativos entre si.
Caso um prazo de garantia diferenciado estiver definido na proposta técnico-comercial ou pedido de compra para determinado
fornecimento, este prevalecerá sobre os prazos já informados.
Os prazos estabelecidos acima, independem da data de instalação do produto e de sua entrada em operação.
Na ocorrência de um desvio em relação à operação normal do produto, o CLIENTE deve comunicar imediatamente por escrito
à WEG e disponibilizar o produto para avaliação pela WEG, pelo prazo necessário para a identificação da causa do desvio, verificação
da cobertura da garantia e para o eventual devido reparo. Toda e qualquer atividade que envolva a abertura# do equipamento* deve ser
realizada por pessoal capacitado, durante o período de garantia somente por pessoal WEG e após o período de garantia sendo
recomendável a contratação de profissionais WEG. O não cumprimento do exposto acima impossibilitará o acionamento da garantia
contratual do produto para qualquer tipo de reclamação.
Danos causados possivelmente em decorrência do transporte deverão ser informados no verso do conhecimento de transporte no
momento do recebimento do equipamento*, ou em um período máximo de 10 dias por escrito à WEG.
Para ter direito à garantia, o CLIENTE deve atender às especificações dos documentos técnicos da WEG. Especialmente àquelas
previstas no Manual de Instalação e Manutenção dos equipamentos* bem como as normas e regulamentações de instalação, operação,
manutenção e armazenagem vigentes em cada estado ou país.
Não possuem cobertura da garantia os defeitos decorrentes de utilização, operação, movimentação e instalação inadequadas
ou inapropriadas dos equipamentos*, sua falta de manutenção preventiva, bem como defeitos decorrentes de fatores externos ou
demais componentes não fornecidos pela WEG. Danos ocasionados aos equipamentos*, entre o local de entrega e a obra (base de
instalação do transformador), quando o transporte não é de responsabilidade da WEG, não estão cobertos pela garantia.
A garantia não se aplica se o CLIENTE, por própria iniciativa, efetuar a abertura, reparo ou modificação nos equipamentos sem prévio
consentimento por escrito da WEG.
A garantia não cobre demais componentes e partes e peças, cuja vida útil for inferior ao período de garantia. Não cobre, igualmente,
defeitos ou problemas decorrentes de força maior, negligência ou outras causas que não podem ser atribuídas à WEG, mas não
limitado a: especificações ou dados incorretos ou incompletos por parte do cliente, transporte, armazenagem, manuseio, instalação,
operação e manutenção em desacordo com as instruções fornecidas, acidentes, deficiências de obras civis, utilização em aplicações
ou condições ambientais que não eram de conhecimento prévio da WEG, ou demais componentes não inclusos no escopo de
fornecimento da WEG.
A garantia não inclui os serviços de desmontagem nas instalações do cliente, remoção, carregamento, os custos de transporte do
produto e as despesas de locomoção, locação de equipamento, hospedagem e alimentação do pessoal da Assistência Técnica,
quando solicitado pelo CLIENTE.
Os serviços em garantia serão prestados em oficinas de Assistência Técnica autorizadas pela WEG, em campo ou na sua própria
fábrica. Em nenhuma hipótese, estes serviços em garantia prorrogarão os prazos de garantia dos equipamentos* ou das partes e peças
substituídas ou reparadas.
A responsabilidade civil da WEG está limitada ao produto fornecido, não se responsabilizando por danos indiretos ou emergentes,
tais como lucros cessantes, perdas de receitas e afins que, porventura, decorrerem do contrato firmado entres as partes.

PERIGO

De seu fornecimento, até seu descarte, os equipamentos salvaguardados através deste termo,
representam riscos à segurança e à saúde dos indivíduos que, direta ou indiretamente, estejam
envolvidos em seu ciclo de vida.
Haja visto, o constante risco elétrico a que se expõem os indivíduos em contato com estes equipamentos
e os riscos inerentes aos agentes contaminantes e/ou químicos que podem estar presentes em sua
construção (tais como óleos minerais, gases tóxicos e asfixiantes), caso não atenda os padrões
estabelecidos nas regulamentações de prevenção contra acidentes e legislações ambientais locais
vigentes, seu mantenedor legal, responderá as consequências civis e/ou penais de seus atos e omissões.
Portanto não proceder com a abertura# do equipamento* sem o acompanhamento ou anuência da WEG.

Notas:
¹ Para os casos onde o transformador segue no transporte com registrador de impacto, o registrador de impacto deve ser retirado e enviado para
responsável na WEG em um prazo máximo de 5 dias após a entrega do transformador. Somente mediante confirmação destes dados recebidos, será
efetuada a validação da garantia.
² Após realizar o comissionamento do transformador em campo, seguindo os procedimentos descritos no manual de instalação do referido
equipamento, os resultados dos ensaios realizados durante essa atividade devem ser arquivados pelo período mínimo de vigência da garantia contratual
do produto, pois os mesmos poderão ser solicitados pela WEG para validação do atendimento em caráter de garantia.
# Abertura: retirada e/ou remoção de tampas e/ou janelas de inspeção ou tampa principal ou qualquer outra abertura que exponha a parte interna dos

equipamentos isolados a óleo. Remoção, retirada, substituição de qualquer componente em Chaves Secionadoras ou painéis de comando e/ou controle.
* Equipamento (s): Transformadores à óleo, Transformadores Secos e Chaves Secionadoras.

WEG EQUIPAMENTO ELÉTRICOS S/A – TRANSMISSÃO & DISTRIBUIÇÃO


Rua Dr. Pedro Zimmermann, 6751 – Bairro Itoupava Central 89068-005 – Blumenau – SC
Fone: (47) 3337-1000 – Fax: (47) 3337-1090
E-mail: [email protected] (Comercial) / [email protected] (Suporte Técnico)

Termo de Garantia 10002839659 – Rev.04 (10/2019)

Grupo WEG
Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300 - 89256-900 - Jaraguá do Sul - SC - Fone (47) 3276-4000 - Fax (47) 3276-4010 – www.weg.net
CAPÍTULO 2
DADOS DO EQUIPAMENTO
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Versão 07
DADOS DO EQUIPAMENTO

SUMÁRIO

1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS TRANSFORMADORES WEG ............................ 3

1.1 TIPOS DE TRANSFORMADORES....................................................................................................... 4


1.1.1 TIPO DE TRANSFORMADORES QUANTO À FINALIDADE ................................................................. 5
1.1.2 DIVISÃO DOS TRANSFORMADORES QUANTO AOS ENROLAMENTOS ............................................... 5
1.1.3 DIVISÃO DOS TRANSFORMADORES QUANTO AOS TIPOS CONSTRUTIVOS DO NÚCLEO ...................... 5
1.1.4 DIVISÃO DOS TRANSFORMADORES QUANTO AO NÚMERO DE FASES .............................................. 5
1.1.5 DIVISÃO DOS TRANSFORMADORES QUANTO AO MEIO ISOLANTE ................................................... 5

2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ....................................................................... 6

2.1 CARACTERÍSTICA INTERNA ............................................................................................................. 6


2.1.1 NÚCLEO E ELEMENTOS DE MONTAGEM DO TRANSFORMADOR ...................................................... 6
2.1.2 ENROLAMENTOS.................................................................................................................... 7
2.1.3 PARTE ATIVA ......................................................................................................................... 9
2.2 COMUTADORES DE DERIVAÇÕES.................................................................................................... 9
2.2.1 COMUTADORES TIPO ACIONAMENTO SOB CARGA (ENERGIZADO) ................................................. 9
2.2.2 COMUTADORES TIPO ACIONAMENTO A VAZIO (DESENERGIZADO) ................................................10
2.2.3 COMUTADORES TIPO PAINEL DE LIGAÇÃO ................................................................................11
2.3 CARACTERÍSTICA EXTERNA ...........................................................................................................12
2.3.1 BUCHAS ..............................................................................................................................12
2.3.2 TANQUE PRINCIPAL ...............................................................................................................13
2.3.3 SISTEMA DE RESFRIAMENTO ..................................................................................................15
2.3.4 ACESSÓRIOS GERAIS ............................................................................................................17
2.4 DESCRIÇÃO FUNCIONAL DOS ACESSÓRIOS .................................................................................17
2.4.1 INDICADOR MAGNÉTICO DE NÍVEL DE ÓLEO ..............................................................................17
2.4.2 DISPOSITIVO DE ALIVIO DE PRESSÃO .......................................................................................18
2.4.3 RELÉ DETECTOR DE GÁS TIPO BUCHHOLZ (RB)........................................................................18
2.4.4 DESUMIDIFICADOR (SECADOR) DE AR A SÍLICA GEL ...................................................................19
2.4.5 TERMÔMETRO DO ÓLEO (ITO)................................................................................................20
2.4.6 TERMÔMETRO DO ENROLAMENTO (ITE) ..................................................................................21
2.4.7 CONTROLADOR MICROPROCESSADO DE TEMPERATURA ............................................................22
2.4.8 TRANSFORMADORES DE CORRENTE (TC) ................................................................................23
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DADOS DO EQUIPAMENTO

2.4.9 BOLSA DE BORRACHA EM CONSERVADORES DE ÓLEO ...............................................................23


2.4.10 RELÉ DE RUPTURA DE MEMBRANA/ BOLSA ..............................................................................24
2.4.11 RELÉ DE PRESSÃO SÚBITA .....................................................................................................24
2.4.12 MANÔMETRO E MANOVACUÔMETRO .......................................................................................25
2.4.13 INDICADOR DE FLUXO DE ÓLEO ...............................................................................................25
2.4.14 RELÉ REGULADOR DE TENSÃO ...............................................................................................26
2.4.15 SUPERVISOR DE PARALELISMO ..............................................................................................26
2.4.16 MONITORAMENTO DE BUCHA ..................................................................................................27
2.4.17 MONITOR DE GÁS E UMIDADE ................................................................................................28
2.5 ÓLEO ISOLANTE ...............................................................................................................................28
2.5.1 ÓLEO MINERAL ISOLANTE (OMI) ............................................................................................28
2.5.2 ÓLEO VEGETAL ISOLANTE (OVI) ............................................................................................30
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DADOS DO EQUIPAMENTO

1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS TRANSFORMADORES WEG


Os Transformadores de Potência WEG são divididos basicamente em três linhas:

▪ Transformadores de força: transformadores de força, Figura 2. 1, utilizados em pequenas e médias


subestações industriais e em pequenas centrais geradoras termoelétricas emergenciais.

(a) (b)
Figura 2. 1 – a) Transformador de força WEG para centrais geradoras b) Transformador WEG para pequenas e médias
subestações industriais

▪ Transformadores de alta corrente: transformadores de alta corrente para alimentação de fornos de arco
direto, arco indireto, indução e redução, bem como para alimentação de retificadores para fornos de
indução e processos de eletrólise. Ver exemplo na Figura 2. 2. A corrente nos enrolamentos de baixa
tensão podem chegar a níveis de 100 kA, o que faz com que este tipo de transformador se torne especial,
tanto em projeto como em fabricação.

(a)

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DADOS DO EQUIPAMENTO

(b)
Figura 2. 2 – Transformador de alta corrente: a) exemplo vista interna b) exemplo vista externa

▪ Reatores: reatores aplicados, geralmente, para controle de parâmetros elétricos de linhas de


transmissão, os chamados reatores "shunt". Quando estas linhas estão sob tensão mas sem carga, a
distribuição capacitiva entre a linha de transmissão e a terra pode gerar oscilações de tensão ao longo
desta. Estes reatores têm como componente principal o núcleo com "gaps" de ar. Estes gaps podem
gerar inconveniências para o projeto pois o valor da permeabilidade relativa do ar causa uma distorção no
campo magnético próximo ao enrolamento, podendo gerar pontos quentes. Ver detalhe na Figura 2. 3.

Figura 2. 3 – Reator monofásico com distribuição de indução magnética e densidade de corrente em uma espira do enrolamento

1.1 TIPOS DE TRANSFORMADORES

Por ser um equipamento que transfere energia de um circuito elétrico a outro através de um acoplamento
magnético entre os enrolamentos, o transformador torna-se uma parte essencial nos sistemas de potência
pois ajustam a tensão de saída de um estágio do sistema à tensão da entrada do seguinte. O
transformador, nos sistemas elétricos e eletromecânicos, poderá assumir outras funções tais como isolar
eletricamente os circuitos entre si, ajustar a impedância do estágio seguinte a do anterior, ou, simplesmente,
todas estas finalidades citadas.

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A transformação do nível de tensão (e corrente) é obtida graças a um fenômeno chamado “indução


eletromagnética”, caracterizada pela Lei de Faraday.
A caracterização do transformador se dá basicamente de acordo com a sua finalidade, conexão entre
enrolamentos, forma construtiva do núcleo, número de fases, meio isolante e de troca térmica.

1.1.1 Tipo de transformadores quanto à finalidade

▪ Transformadores de corrente.
▪ Transformadores de potencial.
▪ Transformadores de distribuição.
▪ Transformadores de força (potência).

1.1.2 Divisão dos transformadores quanto aos enrolamentos

▪ Transformadores.
▪ Autotransformadores.

1.1.3 Divisão dos transformadores quanto aos tipos construtivos do núcleo


▪ Núcleo tipo Shell, ver Figura 2. 4 (a).
▪ Núcleo tipo Core e suas subdivisões abaixo:
▪ Enrolado: atualmente é o mais utilizado na fabricação de transformadores de pequeno porte
(distribuição). Alguns fabricantes chegam a fazer transformadores de até 10.000 kVA com este tipo
de núcleo. Podem ser:
▪ Envolvido (envolvidos pelas bobinas).
▪ Envolvente (envolvem as bobinas).
▪ Empilhado, podem ser:
▪ Envolvido, ver Figura 2. 4 (b).
▪ Envolvente, ver Figura 2. 4 (c).

Figura 2. 4 – a) Tipo Shell b) Tipo Core Envolvido c) Tipo Core Envolvente

1.1.4 Divisão dos transformadores quanto ao número de fases

▪ Monofásico.
▪ Polifásico (principalmente trifásico).

1.1.5 Divisão dos transformadores quanto ao meio isolante

Através de líquido isolante:


▪ Mineral.
▪ Vegetal.
▪ Sintético ou isolação sólida, com base celulósica.

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2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Cada fabricante possui suas características construtivas próprias mas, em essência, os princípios são todos
iguais conforme descritos nos itens abaixo.

2.1 CARACTERÍSTICA INTERNA

2.1.1 Núcleo e elementos de montagem do transformador

Entende-se por núcleo e elementos de montagem todo o circuito magnético do transformador e seus
elementos de fixação e montagem: núcleo, armaduras, culatras, tirantes e sapatas.
O núcleo é constituído por chapas de aço silício (Fe-3%Si) de grão orientado, um material ferromagnético
(Fe) que contém em sua composição química o elemento silício (Si), que lhe proporciona excelentes
propriedades de magnetização no sentido da laminação e perdas (W/kg) relativamente baixas.
A escolha do tipo de chapa de aço silício deve levar em conta o custo benefício do projeto observando-se
também que quanto menor o W/kg, menor será a perda no núcleo e quanto menor o VA/kg, menor será a
corrente de excitação do núcleo.
Este material que constitui o núcleo é um condutor e sob a ação de um fluxo magnético alternado dá
condições ao surgimento de correntes parasitas. Para minimizar este efeito, o núcleo, ao invés de ser
construído como uma estrutura maciça, é construído pelo empilhamento de chapas de aço silício
relativamente finas possuindo em suas faces uma película isolante que garante o efetivo isolamento entre
as chapas.
Durante a sua fabricação na usina, as chapas de aço silício recebem um tratamento térmico especial com a
finalidade de orientar seus grãos. É este processo que torna o material adequado à utilização em
transformadores devido à diminuição de perdas específicas.
O núcleo poderá ser construído com secção quadrada, retangular ou aproximadamente circular
(escalonada) conforme Figura 2. 5 (d). O usual é construir um núcleo de seção aproximadamente circular,
ou seja, escalonada. Esta forma geométrica do núcleo é favorável a suportabilidade de esforços de curto-
circuito ao qual o transformador é submetido.
A escolha da construção do tipo de núcleo deverá levar em conta a menor resistência à passagem do fluxo
magnético evitando ao máximo os entreferros nas junções de chapas de culatras e pilares do núcleo
conforme Figura 2. 5 (a). Os entreferros são responsáveis pelo aumento da corrente de magnetização do
núcleo e maiores perdas magnéticas nos cantos. Em transformadores de alta potência, estes entreferros
não influenciam muito na corrente de magnetização porém, para baixas potências a influência do entreferro
é significativa. Para reduzir estes entreferros poderão ser feitos cortes nas chapas de aço silício do núcleo a
45° montadas de forma transpassada conforme Figura 2. 5 (b).
Estas chapas podem ser montadas em camadas sucessivas colocadas de modo que os entreferros fiquem
localizados em posições diferentes. Cada camada pode ser constituída por 2 a 4 lâminas a fim de diminuir o
custo de empacotamento.
É prática comum numa fábrica de transformadores criarem seções normalizadas de modo a reduzir a um
mínimo o número de larguras de chapas e assim contribuir para a redução dos custos de produção e do
estoque de chapas para núcleos.
Para que o núcleo se torne um conjunto rígido, é necessário que se utilizem dispositivos de prensagem das
chapas. São vigas dispostas horizontalmente, fixadas por tirantes horizontais e verticais.
As peças metálicas de prensagem do núcleo também deverão ser isoladas do mesmo e entre si para evitar
as correntes parasitas nestas peças que aumentariam sensivelmente as perdas do núcleo medidas em
vazio.
Os materiais dos calços são vários e dentre eles destacam-se o papelão (Presspan), o fenolite, a madeira e
a madeira laminada.
Outra forma de construção de núcleo de transformador é o tipo “enrolado”, Figura 2. 5 (c), normalmente
utilizado em transformadores monofásicos ou trifásicos de distribuição.

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DADOS DO EQUIPAMENTO

(a)

(b)

(c) (d)
Figura 2. 5 – Núcleos: a) Com elementos de montagem b) Tipo empilhado c) Tipo enrolado
d) Seção circular escalonada do núcleo

2.1.2 Enrolamentos

Os enrolamentos constituem a parte mais importante do projeto de um transformador. Eletricamente, eles


devem possuir as características de isolamento de sua classe de tensão e temperatura de operação
compatível com sua classe de temperatura. Mecanicamente, as bobinas estão sujeitas aos altíssimos
esforços derivados das forças eletromagnéticas durante os curtos-circuitos no sistema elétrico do qual o
transformador faz parte. Além do mais, uma parcela muito significativa do custo do transformador está
concentrada nos enrolamentos.
Os enrolamentos primários e secundários do transformador são constituídos de fios de cobre ou alumínio
(isolados com esmalte ou papel) de seção retangular ou circular (Figura 2. 6) ou de chapas ou fitas de
alumínio ou cobre.

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DADOS DO EQUIPAMENTO

Figura 2. 6 – Enrolamento com fio de cobre

Nos enrolamentos feitos com chapas ou fitas, as espiras estão enroladas uma sobre a outra no sentido
radial da bobina (concêntricas), com folhas de papel para isolamento entre as espiras. O processo de
fabricação deste tipo de bobina é mais rápido que o de bobinas enroladas com fios.
O enrolamento secundário ou, dependendo do caso, baixa tensão (BT), geralmente constitui um conjunto
único para cada fase ao passo que o enrolamento primário pode ser uma bobina única ou fracionada em
enrolamentos concêntricos dependendo da aplicação.
Por motivos de isolamento e econômicos, no transformador, os enrolamentos são dispostos
concentricamente, normalmente com o secundário ocupando a parte interna e, consequentemente, o
primário a parte externa, esta disposição dos enrolamentos facilita a retirada das saídas das derivações.
Os pontos localizados no enrolamento primário, aos quais são conectados ao comutador sob carga ou
comutador a vazio são chamamos de derivações.

▪ Tipos de enrolamentos e utilização:


A definição do tipo de enrolamento a ser utilizado depende das características elétricas (tensões e
correntes), das condições de operação do transformador e da carga. Os limitantes são: temperatura dos
enrolamentos, dimensões dos isolamentos e dos condutores dos enrolamentos.
Exemplo de enrolamentos conforme os tipos listados abaixo e Figura 2. 7:
▪ Enrolamento tipo Barril.
▪ Enrolamento tipo Camada.
▪ Enrolamento tipo Disco.
▪ Enrolamentos tipo Hobbart e Hélice.
▪ Enrolamento tipo Hélice múltipla, usado para enrolamentos de regulação.
▪ Enrolamento tipo Discos paralelos, para altas correntes.

(a) (b)
Figura 2. 7 – Exemplos de enrolamentos de transformador de força: a) Baixa tensão b) Alta tensão

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DADOS DO EQUIPAMENTO

2.1.3 Parte ativa

A parte ativa do transformador é o conjunto formado pelos enrolamentos (primário, secundário, terciário e
regulação) e pelo núcleo com seus dispositivos de prensagem e calços. A parte ativa deve constituir um
conjunto mecanicamente rígido, capaz de suportar condições adversas de funcionamento. A Figura 2. 8
mostra a parte ativa de um transformador trifásico de força com os dispositivos de prensagem e
isolamentos.

Figura 2. 8 – Parte ativa transformador de força trifásico

2.2 COMUTADORES DE DERIVAÇÕES

Para adequar a tensão primária do transformador à tensão de alimentação, o enrolamento primário,


normalmente o de Tensão Superior, é dotado de derivações (taps) que podem ser escolhidas mediante a
utilização de um painel de ligações ou comutador conforme projeto e tipo construtivos instalados junto à
parte ativa no interior do tanque e acessível do lado externo do transformador.
Os comutadores, basicamente, dividem-se em dois tipos: comutadores sob carga (energizado) e
comutadores a vazio (desenergizado).

2.2.1 Comutadores tipo acionamento sob carga (energizado)

Este tipo de comutador permite a troca da posição das derivações do enrolamento com o transformador
energizado e com carga. Isto é possível porque durante a comutação a corrente é mantida (e limitada nos
enrolamentos), através dos resistores de transição. A tensão é mantida na posição anterior até que a troca
para a próxima posição (conexão dos pinos) seja completamente concluída.
Segue uma representação da sequência de troca de taps do comutador sob carga (passagem da posição 1
para a posição 2).
Sequência:

0 1 2 3 4

Sendo:
M1, M2: Resistores de transição.
H: Contato principal.
1...3: Pinos de ligação do comutador com os enrolamentos.
Os contatos do comutador sob carga poderão realizar a comutação dentro de uma câmara sob vácuo ou
imersos em óleo. A vantagem do comutador com câmara de extinção em vácuo é a durabilidade dos
contatos e do próprio comutador. Atualmente, este tipo de comutador está sendo muito utilizado não
apresentando grande diferencial de preço em relação aos modelos convencionais.

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DADOS DO EQUIPAMENTO

O acionamento motorizado do comutador sob carga é composto de alguns sistemas de proteção próprios.
Possui pontos básicos de funcionamento para conexão externa: alimentação do motor de rotação, pontos
de conexão local e remota para comando elevar-baixar, ponto de retenção da alimentação, além de outros.
O motor é ligado ao eixo do comutador e acionado normalmente através de uma chave reversora. Os
pontos elevar-baixar são acionados por comando externo e dão partida à chave reversora. Este mecanismo
realizará o giro do eixo do comutador e, consequentemente, do mecanismo de passagem entre contatos. A
passagem de comutação de um contato para o outro é extremamente rápida a fim de minimizar ao máximo
o centelhamento nos contatos do comutador.
O acionamento motorizado do comutador permite realizar as comutações manualmente através dos botões
de comando do próprio acionamento, remotamente através da disponibilidade de contatos e ligações em
seus bornes de acesso ou manualmente através da manivela a ser acoplada na parte frontal do
acionamento motorizado.
Quando é solicitada a indicação remota da posição em que o comutador está operando e também a
possibilidade de operá-lo remotamente, a operação poderá ser realizada através de sistemas digitais, relés
reguladores de tensão (que tornam a comutação sob carga automática) ou sistemas manuais instalados
remotamente em local pré-determinado pelo cliente.
Atualmente, existem poucos fabricantes de comutador sob carga no mundo. A Figura 2. 9 mostra um dos
modelos de comutador sob carga de fabricação MR e ABB.

(a) (b)

Figura 2. 9 – a) Comutador soc carga MR ou similiar b) Comutador soc carga ABB ou similiar

2.2.2 Comutadores tipo acionamento a vazio (desenergizado)

Este tipo de comutador tem como principal vantagem a sua facilidade de operação, sendo a manobra ou
comutação realizada internamente ou externamente por meio de uma manopla que pode estar situada
internamente acima do nível do óleo ou externamente na tampa ou lateral do transformador. Podem ser
monofásicos ou trifásicos. O acionamento externo do comutador é usado obrigatoriamente quando o
transformador possuir conservador de óleo. Normalmente, os comutadores de acionamento a vazio utilizam
acionamento não motorizado porém, dependendo do modelo poderão possuir acionamento motorizado.
Tipos de comutadores sem tensão utilizados nos transformadores de potência:
a) Comutador linear 300 A: até 13 posições, acionamento externo, tensões até classe 145 kV, usado
para potências superiores a 3 MVA ou quando a corrente for elevada. Este comutador, normalmente
instalado na vertical, possui grande flexibilidade. Admite até 3 colunas com até 4 grupos de contato
por colunas.

b) Comutador rotativo: até 7 posições, acionamento externo, tensões até classe 145 kV, corrente até
1.200 A, normalmente 200, 300, 400, 800, 1.200 e 2000 A (Figura 2. 10). Podem ou não possuir
acionamento motorizado e sinalizações remotas de operação, normalmente são instalado na vertical.

c) Comutador linear especial: até 13 posições e para qualquer classe de tensão e corrente até 2.500
A, pode vir com contatos para bloqueio de operação indevida. Pode ou não possuir acionamento
motorizado e sinalizações remotas de operação. Instalado na vertical ou horizontal. Neste grupo
incluem-se o comutador sem tensão para religação de tensões.

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DADOS DO EQUIPAMENTO

(a)

(b)
Figura 2. 10 – a) Comutador vazio tipo rotativo b) Acionamento externo do comutador a vazio tipo rotativo

2.2.3 Comutadores tipo painel de ligação

O painel é normalmente instalado imerso em óleo isolante e localizado acima das ferragens superiores de
aperto do núcleo, num ângulo que varia de 20° a 30°, para evitar depósitos de impurezas em sua superfície
superior.
A Figura 2. 11 apresenta um exemplo de comutador tipo painel que tem como base uma chapa de material
isolante “fenolite” que recebe, dentro de determinada disposição da mesma, os pinos de contato que irão
estar conectados nos terminais dos enrolamentos.
Os pinos de contato que recebem os terminais dos enrolamentos estão isolados desta chapa do painel por
meio de buchas de porcelana ou epóxi para garantir boa isolação entre eles.
A conexão entre os pinos de contato na parte superior é feita por pontes de ligação (barras) com
dimensionamento adequado para uma fácil troca de posição da ligação e garantir um perfeito contato
através do aperto com porcas.
Os comutadores tipo painel são utilizados nos casos em que o enrolamento possui 8 ou mais derivações ou
no caso de religáveis.

ATENÇÃO!
Transformadores com painel de religação e tensão ≥138 kV, possuem uma chave específica para
religação.
Utilizar esta chave (localizada no transformador) para efetuar a religação.

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Figura 2. 11 – Comutador tipo painel

2.3 CARACTERÍSTICA EXTERNA

2.3.1 Buchas

Buchas são dispositivos que permitem a passagem isolada dos condutores internos dos enrolamentos do
transformador ao meio externo. São constituídos basicamente por:

▪ Corpo isolante: de porcelana vitrificada ou material polimérico;


▪ Condutor passante: de cobre eletrolítico ou latão;
▪ Terminal: de latão ou bronze;
▪ Vedação: de borracha (resistente ao óleo) e papelão hidráulico.

As formas, tipos e dimensões variam com a tensão e a corrente de operação. Para os transformadores
desta especificação subdividem-se em:

a) Buchas em porcelana sólida padrão DIN

Buchas de média e alta tensão, classes de tensão de 15 / 24,2 / 36,2 / 52 kV e correntes nominais de 250 /
630 / 1000 / 2000 / 3150 A, fabricadas pela WEG conforme a Figura 2. 12 (a).
Buchas em porcelana sólida fabricadas por outros fabricantes, com padrão internacional, podem ser
fornecidas quando forem solicitadas tensão, corrente ou características especiais diferente do padrão de
fabricação da WEG. Ver Figura 2. 12 (b).

(a) (b)

Figura 2. 12 - a) Exemplo de bucha sólida DIN - fabricação WEG b) Exemplo de bucha sólida DIN - fabricação COMEM

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b) Buchas Condensivas

Normalmente são usadas em transformadores com potência superior a 4000 kVA e tensões maiores que
36,2 kV. No Brasil, atualmente, estas buchas são fabricadas para classe de tensão até 245 kV e correntes
até 1.250 A. Para maiores classes de tensão e correntes existem somente buchas importadas o que
impacta no prazo de entrega das mesmas. As buchas condensivas possuem um alto custo em comparação
às buchas secas como as de padrão DIN (Figura 2. 13).

(a) (b) (c)


Figura 2. 13 – Buchas condensivas: a) Corpo isolante de porcelana b) Corpo isolante polimérico c) Corpo isolante de porcelana (alta
corrente)

c) Buchas especiais

Buchas secas de alta corrente e com classe de tensão até 36,2 kV e corrente nominal de até 24.000 A,
caracterizam-se como especiais e normalmente são importadas, apresentado um custo bem elevado em
comparação com as buchas secas com valores de corrente padrões.

d) Buchas poliméricas

O corpo isolante de porcelana é substituído por um isolante polimérico.


A vantagem desse tipo de bucha é que elas são mais resistentes a quebras ou vandalismos e seu peso é
bem reduzido devido ao material. São muito utilizadas em transformador tipo subterrâneo e transformadores
móveis. Podem ser fabricadas a seco ou condensivas (Figura 2. 13).

2.3.2 Tanque principal

Destinado a servir de invólucro da parte ativa e de recipiente do líquido isolante, subdivide-se em três
partes: lateral, fundo e tampa.
Neste invólucro encontram-se janela de inspeção, dispositivos de drenagem e amostragem do líquido
isolante, conector de aterramento, furos de passagem das buchas, radiadores ou trocadores de calor,
suportes para acessórios e placa de identificação do equipamento. Em transformadores de maior porte,
encontram-se também, a caixa de ligações dos acessórios, tubulações e demais acessórios definidos
durante o projeto topográfico.
O tanque e a respectiva tampa devem ser de chapas de aço, laminadas a quente, conforme padronizados
em normas.
Para transformadores maiores não há normalização para as espessuras das chapas. Cada fabricante
escolhe as chapas conforme a especificação ou necessidade no projeto mecânico.
Com referência aos tipos construtivos do tanque, isto dependerá principalmente da especificação do cliente,
layout da subestação para definição da localização e saída das buchas, do tipo de derivação dos
enrolamentos para definição do comutador a ser utilizado e principalmente do projeto da parte ativa, dentre
outros requisitos gerais. Basicamente, os tipos construtivos dividem-se em:

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▪ Transformador com conservador de óleo: os transformadores que tem o tanque totalmente cheio de
óleo possuem o conservador de óleo para expansão do mesmo quando aquecido (Figura 2. 14), o
conservador é um acessório destinado a compensar as variações de volume de óleo decorrentes das
variações de temperatura ambiente e da parte ativa do transformador. Normalmente possuem forma
cilíndrica, com o seu eixo disposto na horizontal e instalado a uma altura suficiente que possa assegurar o
nível mínimo permissível para as partes isolantes, na condição de nível mínimo de óleo. Sua construção é
em chapa de aço e possuem resistência mecânica para vácuo pleno. Tem como vantagem melhor
controle da pressão interna no tanque e, se o transformador possuir relé detector de gás do tipo Buchholz,
possibilita o controle constante de gases no óleo bem como assegura o desligamento do transformador
na ocorrência de uma falha elétrica interna grave.

Figura 2. 14 - Tanque com conservador de óleo.

▪ Transformador com tanque selado: transformadores cujo tanque assegura a separação total entre os
ambientes interno e externo. O tanque, neste caso, mantém-se parcialmente cheio de óleo (Figura 2. 15)
sendo necessário um espaço interno de ar para expansão do óleo quando é aquecido.
Tem como vantagem uma melhor preservação do óleo uma vez que o mesmo não está em contato com
o meio externo.

Figura 2. 15 - Transformador com tanque selado

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2.3.3 Sistema de resfriamento

Os transformadores são classificados de acordo com o sistema de resfriamento utilizado, que é calculado e
projetado para a dissipação das perdas internas do transformador. Para transformadores imersos em óleo
isolante, esta designação é realizada por meio de um código de quatro letras conforme abaixo relacionadas:

Primeira letra: Natureza do meio isolante de resfriamento interno em contato com os enrolamentos:
O = óleo mineral ou líquido isolante sintético de ponto de combustão ≤ 300 °C.
K = líquido isolante com ponto de combustão > 300 °C.
L = líquido isolante com ponto de combustão não mensurável.

Segunda letra: Natureza da circulação do meio de resfriamento e dos enrolamentos:


N = circulação natural por convecção através do sistema de resfriamento e dos enrolamentos.
F = circulação forçada através do sistema de resfriamento, circulação por convecção dentro dos
enrolamentos.
D = circulação forçada através do sistema de resfriamento e dirigida através do sistema de resfriamento
pelo menos até os enrolamentos principais.

Terceira letra: Meio de resfriamento externo:


A = ar.
W = água.

Quarta letra: Natureza da circulação do meio de resfriamento externo:


N = convecção natural.
F = circulação forçada (ventiladores, bombas).

▪ Sistema ONAN

Para adequar a área de dissipação necessária às perdas internas do transformador a serem dissipadas,
neste sistema são utilizados somente radiadores para o resfriamento do óleo. A circulação de óleo é
realizada por convecção natural através das aletas dos radiadores.

▪ Sistema ONAN/ONAF

Este sistema além dos radiadores possui um jogo de ventiladores que podem ser colocados em serviço em
função do carregamento. A circulação de óleo é realizada por convecção natural em ambos os casos,
ONAN e ONAF. Possui a vantagem de que o transformador não precisa ser desligado quando o sistema de
resfriamento estiver desligado, fornecendo nesta situação somente a potência do sistema ONAN. Os
ventiladores podem ser instalados na parte inferior dos radiadores ou na lateral (Figura 2. 16).
Poderão haver até dois regimes ONAF trabalhando juntos em um mesmo transformador sendo admitido
atualmente em torno de 25% de acréscimo de potência para cada regime de resfriamento forçado.
O sistema de resfriamento poderá ser acionado manual ou automaticamente através dos contatos do
termômetro de imagem térmica ou de um sistema digital.

Figura 2. 16 – Instalação dos ventiladores

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▪ Sistema OFAF

O transformador possui um sistema de resfriamento composto normalmente por bombas e trocadores de


calor óleo-ar (Figura 2. 17 (a)) que devem ser colocados em serviço sempre que o transformador estiver
energizado. Este sistema também pode ser formado com radiadores e bombas de óleo dependendo da
complexidade do projeto. Recomenda-se a utilização de bombas centrífugas (Figura 2. 17 (b)), pois estas
permitem a passagem do óleo somente em um sentido garantindo a eficiência do sistema, além do que as
bombas helicoidais possuem limitações de vazão máxima.

(a) (b)
Figura 2. 17 – a) Trocador de calor óleo-ar b) Bomba centrífuga

As bombas centrífugas operam em qualquer posição, devendo ser instaladas no lado da entrada do
trocador de calor, a fim de evitar a queda de pressão nos mesmos.
As bombas são acionadas tanto manualmente quanto automaticamente através dos contatos do sistema de
imagem térmica ou sistema digital, ou em conjunto com o fechamento do disjuntor de proteção do
transformador.
Esse sistema tem como desvantagem a necessidade de desligar o transformador caso o sistema de
refrigeração deixe de funcionar devido ao fato de praticamente todas as perdas do transformador, inclusive
as perdas a vazio, estão previstas para dissipação nos trocadores do tipo aerotermos.

▪ Sistema ODAF

Sistema de resfriamento composto por bombas e trocadores de calor óleo-ar externamente idêntico ao
sistema OFAF. Dentro do transformador a circulação do óleo é direcionada (daí o termo óleo dirigido)
diretamente para dentro dos enrolamentos e de tal forma que a maior vazão de óleo será calculada para o
enrolamento que possui maiores perdas térmicas a serem dissipadas.

▪ Sistema OFWF

Neste sistema, a dissipação das perdas no transformador é realizada por intermédio de um trocador de
calor casco-tubo do tipo óleo-água (Figura 2. 18). Normalmente esse sistema é usado em UHE (Usina
Hidro Elétrica), por ter água disponível na própria barragem muito próxima ao ponto de resfriamento e em
transformadores de forno, por estes normalmente estarem instalados em locais de temperatura ambiente
mais elevada.
Nesse sistema, o óleo é forçado a passar no trocador por uma bomba e a água vem de uma torre de
resfriamento ou água corrente proveniente de um rio.

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(a) (b)
Figura 2. 18 – a) Trocador de calor casco-tubo b) Trocador de calor montado no transformador

Combinações dos sistemas de resfriamento citados acima poderão ser realizadas de acordo com a
complexidade do projeto do transformador, instalações disponíveis no cliente e das restrições de espaço de
instalação do mesmo.

2.3.4 Acessórios gerais

Os acessórios são componentes que complementam o conjunto tanque, tampa e conservador (se aplicável)
necessários para vários procedimentos aplicados a transformadores, tais como: proteção, retirada de óleo,
indicação de nível, sinalizações, acionamento da refrigeração etc.
Os acessórios tratados neste manual são apenas aqueles utilizados para proteção e supervisão de
transformadores e reatores imersos em óleo isolante. No item 2.4 do manual está a descrição funcional
resumida dos principais acessórios. Definições mais detalhadas devem ser consultadas nos desenhos do
fornecimento, catálogos e manuais de cada fabricante do componente específico.

2.4 DESCRIÇÃO FUNCIONAL DOS ACESSÓRIOS

2.4.1 Indicador magnético de nível de óleo

O óleo isolante do transformador se dilata ou se contrai de acordo com a variação da temperatura ambiente
e a variação da temperatura gerada pela parte ativa do transformador. Em função desta variação haverá um
aumento ou uma diminuição do nível do óleo do transformador. Sendo assim, a finalidade do indicador de
nível do óleo (Figura 2. 19) é indicar com relativa precisão o nível de óleo no interior do tanque do
transformador ou do conservador de óleo. Para esta indicação são utilizados normalmente indicadores
magnéticos de nível podendo possuir ou não sistema de indicação elétrico (contatos, transdutores etc.).
Poderá servir como aparelho de proteção indicando local ou remotamente o status do nível de óleo do
transformador.
A denominação “magnético” do indicador de nível se dá porque o mesmo possui o acoplamento da parte
posterior (onde é instalada a boia) à parte dianteira (ponteiro) sem comunicação física entre eles, sendo
esta comunicação realizada pelo acoplamento magnético de dois imãs denominados “acionado” e
“acionador”. O imã acionador fica ligado ao eixo da boia e o imã acionado fica ligado ao eixo do ponteiro.
Existem no mercado vários modelos de INO que podem ser utilizados em transformadores.
A Figura 2. 19 mostra exemplos de modelos de INO utilizados.

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Vista frontal Vista posterior axial Vista posterior radial


Figura 2. 19 – Modelo de indicador magnético de nível de óleo

2.4.2 Dispositivo de alivio de pressão

A válvula de alívio de pressão é utilizada contra surtos de sobre pressão em tanques de transformadores e
reatores selados ou com conservador de óleo. Pode ser fornecida, dependendo de seu modelo, com ou
sem capa de proteção para direcionar o fluxo do líquido, que por ventura será ejetado quando a mesma
atuar. Também pode ter contatos de sinalização para alarme e/ou desligamento.
Pode ser fornecida com ajustes de 0,25 a 0,9 kgf/cm² (25 a 90 kPa), conforme modelo. É normalmente
fornecida já calibrada de fábrica com 0,7 kgf/cm² (70 kPa).
Em transformadores podem correr sobre pressões no interior do tanque causado por curto-circuito de causa
tanto interna (ex.: curto circuito entre espiras) ou como externa (ex.: raios).
Quando ocorrer uma sobre pressão interna no tanque, que ultrapasse a pressão de calibração da válvula,
esta irá atuar imediatamente aliviando a sobre pressão interna excedente, preservando assim a integridade
física do tanque e dos equipamentos a ele ligados. Após o alívio da pressão, a válvula retorna à posição
original automaticamente. É equipada com ou sem contatos elétricos e pode possuir um sinalizador,
conforme modelo de válvula, que irá permanecer atuado até o seu rearme manual.

ATENÇÃO!
A válvula de alívio de pressão instalada submersa em líquido, antes de colocada em operação, deve ser
purgada até que os gases existentes internamente sejam eliminados.

A Figura 2. 20 apresenta algumas válvulas existentes no mercado que são utilizadas para proteção de
tanques de transformadores.

Figura 2. 20 – Modelos de válvulas de alívio de pressão

2.4.3 Relé detector de gás tipo Buchholz (RB)

O relé detector de gás tipo Buchholz (Figura 2. 21) tem por finalidade proteger equipamentos imersos em
líquido isolante, através da supervisão do fluxo anormal do óleo ou ausência dele, e a formação anormal de
gases pelo transformador. É utilizado em transformadores que possuem tanque para expansão de líquido
isolante (conservador de óleo). Detecta de forma precisa, por exemplo, os seguintes problemas: vazamento
de líquido isolante, curto-circuito interno do transformador ocasionando grande deslocamento de líquido

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isolante, formação de gases internos devido a falhas intermitentes ou contínuas que estejam ocorrendo no
interior do transformador.
O relé detector de gás é normalmente instalado entre o tanque principal e o tanque de expansão do óleo
(conservador de óleo) do transformador. O acoplamento é feito através de flanges com aberturas para
passagem do óleo com diâmetro que varia de acordo com o modelo do relé. Possue visores nos quais está
indicado uma escala graduada do volume de gás. Internamente, o relé tem uma estrutura de sustentação
onde estão presas duas bóias e dois ou mais contatos elétricos. Uma das bóias é destinada à atuação por
acúmulo de gases e a outra destinada à atuação por fluxo ou falta de óleo. Se por sua vez uma produção
excessiva de gás provoca uma circulação de óleo no relé, é a boia inferior que irá reagir, antes mesmo que
os gases formados atinjam o relé. Em ambos os casos, as bóias ao sofrerem deslocamento, acionam os
respectivos contatos.
A escolha do relé detector de gás é normalmente realizada de acordo com a potência do transformador e do
diâmetro da tubulação (1”, 2”, 3” ou 4”) no qual o mesmo será instalado.

Figura 2. 21 – Modelos de relés detectores de gás (tipo Buchholz)

2.4.4 Desumidificador (secador) de ar a sílica gel

O desumidificador de ar a sílica gel é utilizado nos transformadores que são providos de conservador de
óleo isolante. É instalado na tubulação de respiro do conservador e tem como função retirar as impurezas e
a umidade do ar que passa por dentro do mesmo através da ação da sílica gel existente no seu interior
evitando assim a deterioração do óleo ou bolsa de borracha existente no interior do conservador de óleo.
Ao passar pela sílica gel, o ar deixará umidade, fazendo que com o tempo a sílica gel troque de coloração,
até a sua saturação. No estado de saturação a sílica muda de cor indicando a necessidade de sua
substituição ou regeneração.
Devem-se observar nas instruções contidas no catálogo do fabricante da sílica para as colorações
predominantes para cada estado de saturação.
Para regeneração da sílica gel pode-se colocar em estufa com temperatura máxima de 120 °C por 2 a 4
horas até o retorno da coloração original da sílica. Porém, existe um número máximo de regenerações
possíveis uma vez que a cada regeneração ocorrerá um percentual de perda da capacidade de absorção de
umidade pela sílica.
Os desumidificadores de ar poderão ser fornecidos com o corpo em alumínio, ferro, aço inox, acrílico ou
policarbonato. As capacidades internas dos mesmos variam de 0,5 a 7,0 kg de sílica gel e as formas de
fixação ao transformador são normalmente através de luva roscada ou flange.
O dimensionamento da capacidade do reservatório do desumidificador de ar varia de acordo com cada
fabricante e está relacionado diretamente com o volume de óleo existente no transformador.
Existem vários fornecedores de desumidificador de ar e de modelos. A Figura 2. 22 apresenta alguns
modelos disponíveis no mercado.

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Figura 2. 22 – Modelos de desumidificadores de ar a sílica gel

2.4.5 Termômetro do óleo (ITO)

O termômetro de óleo é utilizado para medir e indicar a temperatura do óleo, que varia em função da carga
e da condição climática a que é submetido o transformador ou reator.
Existem termômetros de óleo com haste rígida, usados nos transformadores de menor porte, e termômetros
de óleo com capilar, usados nos transformadores de maior porte. O sistema é constituído de um sensor de
temperatura, um capilar e um mostrador.
O sensor de temperatura é encapsulado e montado em um poço protetor, que é imerso em uma câmara de
óleo na tampa do tanque do transformador, ponto mais quente do óleo. Conforme a variação da
temperatura no sensor de temperatura, o fluído térmico em seu interior sofre dilatação ou contração,
transmitindo a variação de temperatura para o mecanismo interno do mostrador do termômetro.
O capilar também é composto de fluído térmico em seu interior e une o sensor de temperatura ao
mecanismo do mostrador do termômetro.
O mostrador do termômetro é constituído de uma caixa com visor de escala graduada, microchaves,
ponteiros de limite (ajustados manualmente), ponteiro indicador da temperatura e ponteiro de araste para
indicação da máxima temperatura.
O ponteiro indicador da temperatura movimenta-se de acordo com a variação do fluído térmico em seu
mecanismo, acionando as microchaves ao atingir as temperaturas ajustadas nos ponteiros de limite.
O ponteiro de araste é movimentado pelo ponteiro indicador da temperatura somente no processo de
elevação de temperatura, ficando estacionado na maior temperatura atingida pelo equipamento num
determinado período.
Em função da necessidade, pode-se especificar modelos de termômetros de óleo com até seis contatos tipo
microchaves (NAF) independentes, saída de 0 a 1 mA, 4 a 20 mA e termoresistência Pt100.
Seguem exemplos de termômetros de óleo com as características construtivas mencionadas neste capítulo,
sendo a Figura 2. 23 para termômetro com haste rígida e a Figura 2. 24 para termômetro com capilar.

(a) (b)
Figura 2. 23 - Termômetros com bulbo com haste rígida: a) com contatos elétricos b) sem contatos

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Figura 2. 24 – Termômetros com bulbo com capilar e contatos tipo microswitch

2.4.6 Termômetro do enrolamento (ITE)

O termômetro do enrolamento é utilizado para medir e indicar indiretamente a temperatura do enrolamento,


que varia em função da carga a que é submetido o transformador ou reator.
A informação da temperatura do enrolamento, quando não houver medição direta do mesmo através de
fibra óptica, é obtida através de um sistema chamado de imagem térmica. Ela é denominada imagem
térmica por reproduzir indiretamente a temperatura do enrolamento sendo esta última a composição da
temperatura do óleo acrescida do gradiente de temperatura do enrolamento (Δt) em relação ao óleo.
Esta medição de temperatura poderá ser realizada através de termômetros do enrolamento convencionais
ou eletrônicos.
Os termômetros convencionais utilizam a calibração do sistema de imagem térmica realizada através do
ajuste de uma resistência de aquecimento (que representará o gradiente de temperatura (Δt) calculado do
enrolamento). A corrente do TC de imagem térmica do enrolamento passará por esta resistência devendo a
elevação da temperatura da resistência de aquecimento ser proporcional à elevação da temperatura do
enrolamento em relação ao óleo.
São constituídos basicamente de um bulbo, capilar, termoresistência (opcional), resistência de ajuste e
mostrador. O bulbo é instalado na parte mais quente do óleo (topo óleo) em um reservatório geralmente
localizado na tampa do transformador. O capilar, quando existir, liga o mostrador ao bulbo possibilitando
que o mostrador fique localizado em um local distante do mesmo mas de fácil visualização do usuário.
Termoresistência é um elemento sensor de temperatura de cobre (Cu) ou platina (Pt) que é utilizado para
transmitir remotamente um sinal de temperatura do enrolamento. A resistência de ajuste serve para ajuste
do incremento do gradiente de temperatura (Δt) do enrolamento. O mostrador é constituído de uma caixa,
um visor com impressão das temperaturas, contatos elétricos ou microrruptores, ponteiro indicador da
temperatura, e ponteiro de arraste para indicação de temperatura máxima com retorno manual. Este
ponteiro de arraste é impulsionado pelo ponteiro indicador da temperatura e apenas quando em ascensão
desta, possibilitando assim, a verificação da temperatura máxima do enrolamento atingida em um dado
período.
Com a variação da temperatura do óleo no bulbo, o líquido (fluído térmico) em seu interior sofre uma
dilatação ou contração, transmitindo esta variação de temperatura até o mecanismo interno do mostrador do
termômetro. No mesmo momento, o sistema também sofre o acréscimo do gradiente de temperatura do
enrolamento que se soma a temperatura do óleo. Esta informação é repassada ao ponteiro do indicador de
temperatura que é acionado indicando esta composição de temperaturas no display do mostrador. Quando
o valor da temperatura atingir os valores ajustados para fechamento dos contatos elétricos ou
microrruptores, o sinal será transmitido ao sistema de proteção podendo acionar alarme, desligamento ou
fazer o controle automático do dispositivo de resfriamento do transformador.
Quando o transformador é dotado de termômetros do óleo e enrolamento, levando-se em consideração que
a resposta de aumento de temperatura é mais rápida no enrolamento do que no óleo, geralmente o controle
da ventilação forçada do transformador é realizado pelos contatos do termômetro do enrolamento.
A constante do tempo do sistema é da mesma ordem de grandeza do enrolamento. Logo, o sistema
reproduz uma verdadeira imagem térmica da temperatura do enrolamento do transformador.

Estão apresentados na Figura 2. 25 alguns termômetros de enrolamento convencionais bem como um


esquema representativo elétrico das ligações do TC de imagem térmica ao termômetro.

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DADOS DO EQUIPAMENTO

(a)

(b)
Figura 2. 25 – Termômetro do enrolamento (ITE): a) Bulbo com capilar (com contatos tipo microswitch) b) Exemplo de
representação esquemática

2.4.7 Controlador microprocessado de temperatura

Os controladores microprocessados de temperatura (Figura 2. 26 (a)) foram desenvolvidos para substituir,


com a vantagem da tecnologia microprocessada, o termômetro de óleo e enrolamento tradicional. É um
sistema microcontrolado de alta precisão, confiabilidade e versatilidade, sendo desenvolvido especialmente
para utilização em transformadores e reatores. Sua aplicação é a leitura, cálculo, indicação e transmissão
da temperatura do ponto mais quente do óleo e enrolamento. Recebe valores de corrente provenientes de
TCs e de resistência de um sensor do tipo Pt100 (Figura 2. 26 (c)), que são transformados através de um
software incorporado em temperatura equivalente vista no display. Possuem relés de contatos fixos ou
programáveis, saídas analógicas individuais programáveis, saídas de comunicação serial RS232 e RS485
em protocolo a ser especificado.
O monitor de temperatura desempenha diversas funções de controle e supervisão, sendo que através do
mesmo é possível configurar os parâmetros de sua atuação e ler os valores medidos e programados.
Para verificar o funcionamento dos contatos e configurar os parâmetros no monitor de temperatura, com o
mesmo instalado no transformador ou reator, proceder conforme orientação específica de cada fabricante.

(a) (b) (c)


Figura 2. 26 – Conexão do monitor de temperatura: a) Controlador de temperatura (MT) b) Esquema de ligação (Representação) e
c) Sensor de temperatura (STO)

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DADOS DO EQUIPAMENTO

2.4.8 Transformadores de corrente (TC)

O transformador de corrente faz parte de um grupo denominado transformador para instrumento. Este
transformador de corrente é mundialmente utilizado nos sistemas de transmissão e distribuição de energia
elétrica. Ele proporciona isolamento contra a alta tensão e corrente do circuito de potência, suprindo
instrumentos que integram os sistemas de medição, controle e proteção da rede de transmissão e
distribuição.
O circuito primário do TC é constituído de poucas espiras (uma, duas ou três, por exemplo) feitas de
condutor de cobre de grande seção. No caso do TC instalado na bucha do transformador de potência, o
próprio condutor do circuito serve como primário. O circuito secundário fornece uma corrente proporcional à
passante no circuito primário porém suficientemente reduzida de forma que os instrumentos conectados a
ele possam ser fabricados relativamente pequenos. Esses instrumentos são elétricos de baixa impedância,
e fazem parte dos sistemas de proteção, medição e controle. Tratam-se de amperímetros, relés de corrente,
termômetros temperatura, monitores de temperatura, reguladores de tensão, entre outros.
Para os TCs fabricados no Brasil são estabelecidas correntes primárias nominais dentro de uma faixa que
varia de 5 A à 8000 A. A corrente secundária nominal é padronizada em 5 A, porém correntes de 1 A, 1,5 A,
2 A, 2,5 A também são frequentemente utilizadas. A norma especifica as correntes primárias e as relações
nominais para transformadores de corrente em quatro grupos que caracterizam respectivamente os tipos de
relações nominais simples, duplas, triplas e múltiplas.
Os TCs utilizados em transformadores são do tipo bucha e possuem o núcleo com formato toroidal,
conforme ilustrado na Figura 2. 27, construído com chapas de aço silício ou outro material de
características ferro-magnético adequadas a esta utilização. São normalmente classificados como: TC para
medição com classes de precisão de 0,3; 0,6; 1,2 ou 3% e TC para proteção com classes de precisão de
3,5 ou 10%.
Outras relações de transformação poderão ser projetadas de acordo com as necessidades de cada cliente,
porém cuidados devem ser tomados, pois relações de transformação muito baixas para este tipo de TC
poderão acarretar dimensões e peso muito grandes. Dependendo da classe de precisão requerida, a
fabricação do TC poderá tornar-se inviável.
São instalados internamente no transformador nos canecos sobre a tampa do transformador onde estão
fixadas as buchas, ou presos em sustentações abaixo da tampa.
Para o projeto dos TCs tipo bucha deverá ser seguido todas as recomendações descritas em normas.

Figura 2. 27 – Transformador de corrente tipo bucha

2.4.9 Bolsa de borracha em conservadores de óleo

O sistema de selagem através de bolsa de borracha (Figura 2. 28) no conservador de óleo de


transformadores de potência e reatores previne que o óleo isolante do equipamento tenha contato com o ar
ambiente, evitando assim sua contaminação com oxigênio e umidade, fatores aceleradores do
envelhecimento da celulose, além de evitar a deterioração do óleo e a redução de sua rigidez dielétrica.

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Figura 2. 28 – Montagem da bolsa de borracha

2.4.10 Relé de ruptura de Membrana/ Bolsa

Eventuais vazamentos na bolsa de borracha podem permanecer despercebidos, expondo o transformador a


um processo de contaminação contínua por um longo período. O relé de ruptura (Figura 2. 29) monitora on-
line a ruptura da membrana ou bolsa, emitindo alarme se for detectada a presença indevida de óleo na
parte interna da bolsa de borracha. É constituído por um sensor óptico que é instalado dentro da bolsa de
borracha (lado do ar), que se interliga a uma unidade de controle localizada no painel do transformador,
dotada de contato de alarme e sinalização local de ruptura.
O princípio de funcionamento é baseado na reflexão da luz. Quando não há presença de óleo, a luz emitida
pelo led-emissor (contido no sensor óptico) é totalmente refletida internamente pela cúpula da cápsula e
captada pelo receptor óptico. Caso o óleo atinja a cúpula, a quantidade de luz emitida será diferente da
captada pelo receptor causando desequilíbrio dos circuitos de acoplamento e atuação do contato de
sinalização.

(a) (b) (c)


Figura 2. 29 – Relé de ruptura de membrana: a) Relé b) sensor c) Esquema de instalação

2.4.11 Relé de pressão súbita

O relé de pressão súbita (Figura 2. 30) é um equipamento de proteção de súbitas pressões internas em
transformadores. Existem modelos distintos para instalação em transformadores selados ou com
conservador de líquido isolante. Normalmente, o relé de pressão súbita para transformadores selados é
instalado acima do nível máximo do líquido isolante, no espaço compreendido entre o líquido isolante e a
tampa do transformador. Entretanto, é aceitável também a montagem horizontal, sobre a tampa do
transformador. Para transformadores com conservador de óleo, o relé de súbita pressão normalmente é
instalado na parte inferior do tanque no mesmo nível da válvula de drenagem de óleo do transformador.

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O relé é projetado para atuar quando ocorrerem defeitos no transformador que produzam pressão interna
anormal, na ordem de 0,2 kgf/cm 2, sendo sua operação ocasionada somente pelas mudanças rápidas da
pressão interna independente da pressão normal de operação do transformador.
Por outro lado, o relé não opera devido a mudanças lentas de pressão, próprias do funcionamento normal
do transformador, bem como durante perturbações do sistema (raios, sobre tensões de manobra ou curto-
circuito), a menos que tais perturbações produzam danos internos no transformador.

Figura 2. 30 – Relé de pressão súbita

2.4.12 Manômetro e Manovacuômetro

O manômetro (Figura 2. 31 (a)) é um instrumento utilizado para medir a pressão interna do tanque do
transformador, e o manovacuômetro (Figura 2. 31 (b)), mede a pressão interna e o vácuo no tanque do
transformador. Podem ou não possuir contatos de atuação.

(a) (b)
Figura 2. 31 – (a) Manômetro (b) Manovacuômetro com contato elétrico

2.4.13 Indicador de fluxo de óleo

O indicador de fluxo de óleo (Figura 2. 32) é utilizado para indicar a existência ou não de vazão de líquidos
em circuitos de resfriamento de água e/ou óleo de transformadores. Está normalmente presente em
transformadores com sistema de refrigeração tipo ODAF, OFAF, ONAN/OFAN/ONAF/OFAF.
Princípio de Funcionamento:
O indicador de fluxo convencional consiste em um sistema com uma palheta fixa a um eixo sendo a mesma
acionada pelo fluxo de óleo ou água que passará na tubulação. O movimento do eixo ao ponteiro é
transmitido através do acoplamento magnético de imãs permanentes. O mecanismo externo de indicação
de fluxo aloja também o(s) contato(s) elétrico(s) para sinalização.
A calibração do equipamento está normalmente relacionada com a vazão da bomba de circulação do
líquido.

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Figura 2. 32 – Modelos de indicadores de fluxo

2.4.14 Relé regulador de tensão

O relé regulador de tensão (Figura 2. 33) tem como finalidade manter automaticamente um nível constante
de tensão de saída em transformadores dotados de comutador sob carga na mesma relação de tensão da
rede de alimentação. Alguns modelos de relé regulador de tensão realizam também a função de paralelismo
entre transformadores do tipo mestre-comandado ou por corrente circulante.
Através de um transformador de potencial e um transformador de corrente instalados no lado de baixa ou
alta tensão, o relé regulador de tensão faz um comparativo entre a tensão na rede e o valor nele ajustado
da tensão e corrente nominais a serem fornecidas à rede do consumidor. Caso os valores permanecerem
divergentes por tempo maior do que o tempo pré-ajustado no relé este, através do fechamento de seus
contatos, envia sinais de “elevar tap” ou “baixar tap” ao mecanismo motorizado do comutador sob carga do
transformador. Quando o transformador estiver instalado em paralelo com outro(s) transformador(es), o relé
poderá também ter a função de operar os outros comutadores sob carga dos transformadores que
estiverem ligados ao circuito em paralelo.
O relé regulador de tensão normalmente possui contatos disponíveis para sinalização de sobre corrente,
subtensão e sobre tensão, podendo bloquear a comutação sob carga em caso destas ocorrências. Vários
modelos possuem disponíveis portas de comunicação com saídas analógicas e digitais (RS232, RS 485,
IEC, MODBUSS etc.) muito solicitadas atualmente para comunicação com sistemas de monitoramento de
transformadores, sistema scada, etc.

Figura 2. 33 – Exemplos de relé regulador de tensão

2.4.15 Supervisor de Paralelismo

Para se efetuar o paralelismo entre transformadores estes deverão possuir obrigatoriamente comutador sob
carga, a mesma relação de transformação e mesmo defasamento angular afim de que não ocorram
correntes de circulação entre os dois transformadores. Além dessas condições, para que o paralelismo seja
ideal, as contribuições percentuais de cada transformador devem ser iguais. Para que isso ocorra, os
transformadores deverão possuir o mesmo módulo da impedância percentual e o mesmo ângulo da
impedância percentual.
Quando as impedâncias percentuais têm módulos diferentes, as contribuições individuais dos
transformadores em paralelo serão também diferentes. Isso faz com que quando o transformador de menor
impedância estiver liberando 100% da sua potência nominal, o outro, de maior impedância, estará liberando
menos de 100%. Se a potência desses for aumentada, o primeiro, de menor impedância, ficará
sobrecarregado.
Se os transformadores apresentarem ângulos das impedâncias internas diferentes, ou diferença nas
relações entre resistência e reatância internas, mesmo que os módulos das impedâncias sejam iguais, o
módulo da soma das potências individuais será sempre maior do que o módulo da carga, fazendo com que
os transformadores liberem mais potência do que a carga exige. Isso se dá porque potência também é

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fasor, e as potências liberadas pelos transformadores não estarão em fase se os ângulos das impedâncias
internas forem diferentes.
O comando dos circuitos auxiliares dos transformadores poderá ser colocado para trabalhar em paralelo da
seguinte maneira: o controle pode ser feito por um sistema totalmente analógico, através de lógica com
contatos ou ser feito com sistema microprocessado.
O sistema microprocessado reduz consideravelmente as dimensões da caixa de equipamentos auxiliares e
a fiação localizada no transformador possibilita o controle e supervisão de forma analógica (local e remota)
da operação em paralelo dos transformadores.
Modelos atuais de relés reguladores de tensão incluem saídas para utilização em paralelo com demais relés
reguladores. Desta forma pode-se trabalhar com vários transformadores em paralelo limitado pela
capacidade de cada modelo de relé. Quando o paralelismo é feito através de equipamento específico, é
necessário apenas um relé regulador de tensão para cada transformador. Porém, é necessário um
equipamento de paralelismo para cada transformador.
Existem dois métodos para o paralelismo de transformadores com CDC:

▪ Corrente circulante: o objetivo deste sistema é manter a corrente de circulação entre os transformadores
a menor possível, admitindo assim pequena diferença nos taps do comutador sob carga.
▪ Mestre-comandado: Sua filosofia de operação está baseada no método mestre-comandado, no qual um
dos transformadores deve ser escolhido como Mestre, ficando os demais como Comandados ou como
Individual, fora do paralelismo.
Deste modo, toda comutação efetuada pelo transformador mestre também é iniciada simultaneamente
nos comandados, mantendo a mesma posição em todos os transformadores e evitando que haja
circulação de corrente entre os enrolamentos em paralelo. Em caso de discrepância de um tap entre os
transformadores em paralelo, assim como na ocorrência de qualquer outro erro (programação inválida,
falha na comunicação serial, etc.), a operação dos comutadores fica bloqueada.

2.4.16 Monitoramento de bucha

O monitor de buchas permite que seja efetuada de forma on-line, durante a operação normal, a monitoração
da capacitância e do fator de dissipação (tangente delta) da isolação das buchas. Com isso, podem ser
evitadas falhas potencialmente catastróficas, ao se detectar os problemas ainda em fase incipiente.
A forma construtiva da bucha capacitiva dá origem a uma capacitância entre o condutor central da bucha e
o terra, conforme ilustra a Figura 2. 34. Uma vez energizada a bucha, esta capacitância permite a
passagem de uma corrente de fuga para a terra. Esta corrente também possui componente resistiva.
Qualquer alteração nestes dois parâmetros da isolação da bucha (capacitância e tangente delta) causa uma
mudança correspondente na corrente de fuga.
O monitor de buchas opera medindo continuamente as correntes de fuga das 3 buchas de um conjunto
trifásico através de adaptadores conectados aos taps de teste ou taps de tensão de cada bucha
comparando estes valores com os valores iniciais das buchas obtidos dos ensaios de fábrica, no caso de
buchas novas, ou de ensaios off-line realizados na instalação do Monitor de Buchas.
Atualmente, o monitor de buchas é composto por um adaptador (1 por bucha), módulo de medição (1 para
cada 3 buchas do enrolamento de mesmo nível de tensão) e módulo de interface (1 para até 3 níveis de
tensão do mesmo transformador).

(a) (b)
Figura 2. 34 – Monitor de buchas: a) Esquemático de uma bucha condensiva b) Monitor de buchas

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2.4.17 Monitor de Gás e Umidade

Os gases combustíveis dissolvidos no óleo de equipamentos de alta tensão são reconhecidamente um dos
melhores indicadores do estado interno do equipamento e de sua isolação. O hidrogênio é considerado um
gás chave por estar presente na maioria dos defeitos em transformadores, podendo indicar a ocorrência de
falhas ainda em fase incipiente.
O monitor para medição de gás e umidade (Figura 2. 35) poderá ser encontrado no mercado para medição
só de gás, só de umidade ou para medição de gás e umidade juntos.
O monitor de gás e umidade efetua geralmente o monitoramento on-line da quantidade de hidrogênio
dissolvido em óleo mineral isolante, emitindo alarmes tanto por níveis de hidrogênio acima do limite
estabelecido, quanto por taxa de aumento elevada. Mede o conteúdo de hidrogênio sem interferência
cruzada de outros gases, como por exemplo, o CO (Monóxido de Carbono). Desta forma é obtida a máxima
sensibilidade na detecção de defeitos, sem que as alterações no hidrogênio sejam encobertas por
concentrações constantes e muitas vezes mais elevadas de CO. Existem monitores de gases que podem
ser configurados para monitorar também a saturação relativa de água no óleo (0 a 100%) e a temperatura
do óleo associada, calculando o teor de água (ppm) no óleo isolante.
Geralmente é composto pelo módulo de medição e pelo módulo de interface. O módulo de medição é
acoplado a uma válvula de óleo do tipo passagem livre localizada em local com boa circulação de óleo.
Possui uma porta de comunicação serial RS485 através da qual são transmitidas as informações ao módulo
de interface, podendo disponibilizar informações localmente em seus displays e remotamente através das
saídas analógicas, saídas a contatos secos e pelas portas seriais RS485 e RS232 com protocolos Modbus
RTU e DNP3.0, etc.
Dependendo do modelo do monitor de gás e umidade, o módulo de interface efetua também cálculos de
tendência e armazenamento de valores históricos em memória não volátil. Já existem no mercado modelos
de monitor de vários gases ao mesmo tempo.

Figura 2. 35 – Monitor de gás e umidade

2.5 ÓLEO ISOLANTE

O óleo isolante utilizado em transformadores possui a finalidade de garantir isolação elétrica entre os
componentes do transformador, e dissipar para o exterior o calor gerado pelos enrolamentos e núcleo.
Para que o óleo c satisfatoriamente as duas condições acima, o mesmo deve atender os parâmetros físicos-
químicos estabelecidos em normas técnicas para cada tipo de óleo. Pode-se destacar que os fatores
umidade e impurezas alteram significativamente o desempenho elétrico do óleo, portanto devem ser
controlados.

2.5.1 Óleo Mineral Isolante (OMI)

Os Óleos Minerais Isolantes (OMI) são obtidos através do refino de petróleo. Podem ser de base naftênica
(tipo A) ou de base parafínica (tipo B).
Existem também, fluídos isolantes de alto ponto de fulgor* (maior que 300°C) e baixa inflamabilidade, esses
fluídos são recomendados para áreas que necessitam de alto grau de segurança, pois essas características
reduzem significativamente a probabilidade da propagação de incêndio e explosão.

*Ponto de Fulgor: é a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável desprende vapores em quantidade suficiente
para que a mistura vapor-ar, logo acima de sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição. Os vapores
liberados a essa temperatura não são, no entanto, suficientes para dar continuidade à combustão. A pressão atmosférica influi
diretamente nesta determinação.

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A Tabela 2. 1 apresenta características físico-químicas dos óleos mineiras naftênico e parafínico novos,
sem contato com o transformador. Os valores especificados na Tabela 2. 1 estão de acordo com a
RESOLUÇÃO ANP Nº 36, DE 5.12.2008 - DOU 8.12.2008.

Tabela 2. 1 – Especificação dos Óleos Minerais Isolantes Tipo A (Naftênico) e Tipo B (Parafínico)
LIMITES MÉTODO
ABNT MÉTODO
CARACTERÍSTICA UNIDADE TIPO A TIPO B
NBR e ASTM e IEC
LIMITE LIMITE
NBR/IEC
Claro, límpido e isento
- Visual
Aspecto impurezas
Cor ASTM, máx, - 1,0 14483 ASTM D1500
Massa específica a 20º C kg/m³ 861 - 900 860 máx. 7148 ASTM D1298
ASTM D97 ou
Ponto de fluidez, máx.(1) ºC -39 -12 11349 ASTM
D5950
Viscosidade cinemática, máx. (2): 25,0
a 20º C mm²/s 12,0
10441 ASTM D 445
a 40º C (cSt)
3,0
a 100º C
Ponto de fulgor, mín. ºC 140 11341 ASTM D92
Índice de neutralização (IAT), máx. mg KOH/g 0,03 14248 ASTM D974
Água, máx. (3) mg/kg 35 10710 B ASTM D1533
Cloretos - Ausente 5779 -
Bifenila Policlorada (PCB) mg/kg Não detectável 13882-B -
Carbono aromático % massa Anotar - ASTM D2140
ASTM D1275
10505
Enxofre corrosivo - Não corrosivo Method B
ASTM D2622
Anotar -
Enxofre total, máx. % massa ASTM D4294
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos,
% massa 3,0 - IP346
máx.
Fator de perdas dielétricas, máx. (4)
a 25º C e 0,05 12133 ASTM D 924
a 90º C, ou % 0,40
a 100º C 0,50
Rigidez dielétrica
Eletrodo de disco, mín., ou 30 6869 ASTM D 877
kV
Eletrodo de calota, mín. 42 NBR/IEC 601560
Rigidez dielétrica a impulse
kV 145 - ASTM D 3300
Eletrodos (agulha/esfera), mín.
Tendência a evolução de gases µl/min Anotar - ASTM D 2300
Tensão interfacial a 25º C, mín. mN/m 40 6234 ASTM D 971
Aditivo inibidor de oxidação DBPC (5)
Óleo não inibido % massa Não detectável 12134 A ASTM D 2668
Óleo inibido, máx. 0,33
Aditivos (6)
ENSAIOS COMPLEMENTARES
Óleo Não Inibido
Estabilidade a oxidação
Índice de neutralização (IAT), máx. mg KOH/g 0,40
10504 IEC 61125 A
Borra, máx. % massa 0,10
Fator de perdas dielétricas, a 90ºC, máx % 20
Óleo Inibido
Estabilidade a oxidação 164 horas
Índice de neutralização (IAT), máx. mg KOH/g 0,40 - ASTM D2440
Borra, máx. % massa 0,20
Bomba rotativa (RBOT), min. minutos 220 NBR 15362 ASTM 2112
1) Outros limites de ponto de fluidez poderão ser aceitos mediante acordo entre comprador e vendedor.
(2) O óleo mineral isolante estará especificado se atendidos os limites estabelecidos para duas dentre as três temperaturas citadas.
(3) Este limite não se aplica a produtos transportados em navios ou caminhões tanques, ou estocados em tanques, em que possa
ocorrer absorção de umidade. Neste caso, deverá ser processado tratamento físico adequado para atendimento do limite
especificado no presente Regulamento Técnico.
(4) O fator de perdas dielétricas do óleo mineral isolante deverá atender ao limite estabelecido para 25º C e, adicionalmente, a uma
das duas temperaturas adicionais citadas: 90ºC ou 100ºC.
(5) Este ensaio deverá ser executado em espectrofotômetro de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR).
(6) Somente é permitida a adição do aditivo antioxidante Di-Butil-Paracresol - DBPC. Qualquer outra substância química, além do
DBPC, deliberadamente adicionada ao óleo mineral isolante para melhorar desempenho das características da tabela acima, como
por exemplo, antiespumantes, anticarregamento eletrostático, outros antioxidantes, passivadores de metais, anticorrosivos,
depressores de ponto de fluidez, deverá ser previamente acordada com o comprador e deverá constar do respectivo Certificado d a
Qualidade.

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2.5.2 Óleo Vegetal Isolante (OVI)

Outros líquidos isolantes com características dielétricas e refrigerantes compatíveis para utilização em
transformadores estão sendo pesquisados tanto no Brasil quanto no exterior. Destaca-se o desenvolvimento
do óleo vegetal isolante (OVI) que tem a vantagem de ser biodegradável e possuir alto ponto de fulgor*
(maior que 300 °C). Porém, possui a desvantagem de ser altamente oxidante na presença de oxigênio,
sendo recomendável a utilização em transformadores com sistemas comprovadamente selados.
*Ponto de Fulgor: é a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável desprende vapores em quantidade suficiente
para que a mistura vapor-ar, logo acima de sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição. Os vapores
liberados a essa temperatura não são, no entanto, suficientes para dar continuidade à combustão. A pressão atmosférica influi
diretamente nesta determinação.

A Tabela 2. 2 e Tabela 2. 3 apresentam características físico-químicas dos óleos vegetais isolantes sem
contato com o transformador. Os valores especificados na Tabela 2. 2 e Tabela 2. 3 estão de acordo com a
norma ABNT NBR 15422 – Óleo vegetal isolante para equipamentos elétricos.

Tabela 2. 2 – Óleo Vegetal Isolante Novo

Características Unidade Método de ensaio Valor especificado

O óleo deve ser claro, límpido, isento de


Aspecto visual - Visual material em suspensão ou
sedimentado.

Cor - NBR-14483 1,0 máximo


Densidade a 20/4°C - NBR-7148 0,96 máximo
Viscosidade cinemática (1)
20°C 150 máximo
mm²/s (cST) NBR-10441
40°C 50 máximo
100°C 15 máximo
Ponto de Fulgor °C NBR-11341 275 mínimo
Ponto de Combustão °C NBR-11341 300 mínimo
Ponto de Fluidez (2) °C NBR-11349 -10 máximo
Rigidez dielétrica (3)
NBR-6869
Eletrodo de disco kV 30 mínimo
IEC-60156
Eletrodo VDE 42 mínimo
Fator de perdas dielétricas: (4)
25°C 0,20 máximo
NBR 12133
90°C % 3,6 máximo
100°C 4,0 máximo
Índice de Neutralização (IAT) mg KOH/g NBR-14248 0,06 máximo
Teor de água mg/kg NBR-10710 M 200 máximo
Teor de PCB mg/kg NBR-13882 < 2,0
(1) Recomenda-se que o ensaio de viscosidade cinemática seja realizado em duas temperaturas entre as três citadas.
(2) O ponto de fluidez do óleo vegetal isolante é importante como índice da temperatura mais baixa na qual o material pode ser
esfriado sem limitar seriamente seu grau de circulação. Alguns fluídos a base de óleo vegetal são sensíveis ao armazenamento
prolongado em baixas temperaturas, e seus pontos de fluidez podem não diagnosticar adequadamente suas propriedades de
escoamento em baixa temperaturas.

(3) Esta especificação requer que o produto seja aprovado em um ou outro ensaio e não nos dois. Em caso de dúvida, recomenda-
se que esta seja dirimida por meio do ensaio de eletrodo de disco.

(4) Esta especificação requer que o óleo isolante atenda ao limite de fator de perdas dielétricas a 90° C ou 100° C. Esta
especificação não exige que o óleo isolante atenda ao limites medidos nas duas temperaturas. Em caso de dúvida, recomenda-se
que seja dirimida por meio do ensaio de fator de perdas dielétricas a 100° C.

Tabela 2. 3 – Ensaios de Tipo para Óleo Vegetal

Características Unidade Método de ensaio Valor especificado

Coeficiente de expansão térmica a° CASTM D 190 30,0007 a 0,0008


Constante dielétrica a 25°C - NBR 12133 3,1 a 3,3
Calor específico a 20°C cal/ ASTM D 2766 0,45 a 0,60
Condutividade térmica cal/cm.s.°C ASTM D 271 70,00035 a 0,00045
Rigidez dielétrica a impulso kV ASTM D 3300 100 mínimo
Enxofre corrosivo - NBR 10505 Não corrosivo
Biodegradabilidade - OECB Prontamente biodegradável

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CAPÍTULO 3
TRANSPORTE
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TRANSPORTE

SUMÁRIO

1 TRANSPORTE ........................................................................................................... 2

1.1 ETAPAS EM FÁBRICA ANTES DO TRANSPORTE .......................................................................... 2


1.1.1 PRESSURIZAÇÃO PARA RETIRADA DE ÓLEO ................................................................................. 2
1.1.2 DRENAGEM DO ÓLEO ............................................................................................................... 3
1.1.3 DESMONTAGEM DAS BUCHAS .................................................................................................... 3
1.1.4 AMARRAÇÃO DO CABO LÍDER .................................................................................................... 3
1.1.5 DESMONTAGEM DOS RADIADORES ............................................................................................. 4
1.1.6 DESMONTAGEM DO CONSERVADOR DE ÓLEO .............................................................................. 4
1.1.7 DESMONTAGEM DAS TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS ....................................................................... 5
1.1.8 MONTAGEM DE TAMPAS DE INSPEÇÃO SUPERIOR COM PINOS DE FIXAÇÃO DA PARTE ATIVA PARA O
TRANSPORTE DE REATORES ................................................................................................................. 5
1.1.9 PRESSURIZAÇÃO PARA TRANSPORTE ......................................................................................... 5
1.1.10 INSTALAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO DE TRANSPORTE ......................................... 6
1.1.11 CARREGAMENTO ..................................................................................................................... 7
1.2 REGISTRADOR DE IMPACTO TIPO ELETRÔNICO .................................................................................. 8
1.3 EQUIPAMENTO PRESSURIZADO COM CILINDRO REGULADOR DE PRESSÃO ................................................... 9
1.3.1 VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO DO GÁS ............................................................................................ 9
1.3.2 PRESSURIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO ..........................................................................................10
1.3.3 PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE PRESSÃO DO GÁS ........................................................................12
1.4 TIPOS DE TRANSPORTES .............................................................................................................13
1.5 CONDIÇÕES ANORMAIS ........................................................................................................................14

1.6 CONTATO DA ASSISTENCIA TÉCNICA .........................................................................................14


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TRANSPORTE

1 TRANSPORTE

1.1 ETAPAS EM FÁBRICA ANTES DO TRANSPORTE

O equipamento é preparado para atender as limitações de espaço e peso para transporte ferroviário,
rodoviário ou marítimo. Por esta razão, e também para proteger os acessórios contra possíveis danos, o
equipamento, quando necessário, é despachado com as seguintes partes principais desmontadas:

▪ Buchas (condensivas)
▪ Para-raios (quando aplicável)
▪ Conservador de óleo
▪ Rodas
▪ Trocadores de calor ou radiadores destacáveis
▪ Motoventiladores (quando aplicável).
▪ Acessórios diversos e tubulações, conexões, suportes, etc

O equipamento é despachado com a sua parte ativa alojada dentro do tanque e protegida com gás
pressurizado (quando aplicável), que dependendo das características do equipamento pode ser controlado
por meio de cilindro regulador de pressão. O equipamento pode ser transportado sem óleo ou com óleo
rebaixado. O óleo para abastecimento do equipamento pode ser fornecido na forma de tambores ou
caminhão-tanque. Todas as partes desmontadas são cuidadosamente embaladas e protegidas. Cuidado
especial deve ser tomado com a embalagem de buchas e de todos os acessórios que forem particularmente
frágeis. Para os fins de proteção, todos os componentes feitos de aço, tais como o conservador, tubulações,
trocadores de calor, radiadores etc., que serão abastecidos com óleo na instalação do equipamento, têm
suas aberturas provisoriamente fechadas. Todas as aberturas da tampa e das paredes do tanque são
provisoriamente fechadas por meio de tampas à prova d’água ou flanges cegos de aço. Com a finalidade de
evidenciar quaisquer colisões ou choques que possam ocorrer durante o transporte e manuseio do
equipamento, quando aplicável é instalado em fábrica o registrador ou indicador de impacto.

As seguintes etapas são executadas em fábrica nos transformadores antes do transporte:

1.1.1 Pressurização para retirada de óleo

Finalidade: evitar que na retirada do óleo isolante e desmontagem do transformador, a parte ativa tenha
contato com o meio externo.

▪ Tempo permitido de exposição da parte ativa:


O transformador é embarcado, usualmente, cheio de ar seco ou gás nitrogênio, sob baixa pressão. Serviços
como inspeção interna (realizada somente por pessoal autorizado), instalação de bucha, conexão interna,
entre outros, são executados no transformador com a tampa aberta. Dessa forma o núcleo e as bobinas
absorvem umidade por estarem expostas à atmosfera. Por esta razão, o tempo de exposição do núcleo e
das bobinas deve ser limitado dentro do alcance mencionado no Gráfico 3. 1.

ATENÇÃO!
O tanque do transformador não deve ser aberto quando estiver chovendo, ameaçando tempestade ou
quando a umidade relativa exceder a 80%.

Feche e sele a janela de inspeção e aberturas imediatamente após a suspensão ou término do serviço
interno. Entretanto, não só o tempo de trabalho com a tampa aberta, como também o tempo no qual o
transformador permanece fechado e cheio de ar devem ser considerados como tempo de exposição, já que
o núcleo e as bobinas absorverão umidade durante este período. Se o tempo em que o transformador ficar
fechado com ar for menor que 4 horas, conte-o como tempo de exposição. De outra forma, considere
apenas 4 horas como tempo de exposição, se o tempo em que o transformador ficar fechado com ar for
maior que 4 horas.
No caso do transformador cuja tensão superior é menor ou igual a 362 kV, ilustra-se no Gráfico 3. 1, o
tempo permissível total de exposição.

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Gráfico 3. 1 – Tempo permitido de exposição da parte ativa do transformador

1.1.2 Drenagem do óleo

Finalidade: rebaixar ou retirar todo o óleo isolante de acordo com a especificação definida para o transporte
do transformador até o cliente.

1.1.3 Desmontagem das buchas

Finalidade: retirar, isolar e embalar buchas disponibilizando-as para transporte (Figura 3. 1).
As embalagens utilizadas para o transporte das buchas do tipo condensivas são as mesmas fornecidas pelo
fabricante das buchas.
As buchas do tipo secas sólidas normalmente são transportadas montadas no corpo principal do
transformador.

Figura 3. 1 – Desmontagem e embalagem de buchas condensivas

1.1.4 Amarração do cabo líder

Finalidade: evitar que durante o transporte ocorra a avaria principalmente nas bobinas, causada pelo
terminal de saída (Figura 3. 2).

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Figura 3. 2 – Amarração do cabo líder

1.1.5 Desmontagem dos radiadores

Finalidade: retirar, flangear e embalar, disponibilizando para transporte (Figura 3. 3).

Figura 3. 3 – Desmontagem dos radiadores

1.1.6 Desmontagem do conservador de óleo

Finalidade: retirar, flangear e embalar, disponibilizando para transporte (Figura 3. 4).

Figura 3. 4 – Preparação do conservador de óleo para transporte

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1.1.7 Desmontagem das tubulações e acessórios

Finalidade: retirar, flangear e embalar, disponibilizando para transporte (Figura 3. 5).

Figura 3. 5 – Preparação das tubulações e acessórios para transporte

1.1.8 Montagem de tampas de inspeção superior com pinos de fixação da parte ativa para o
transporte de Reatores

ATENÇÃO!
Para o transporte de Reatores são utilizadas tampas de inspeção com pinos internos próprios para a
fixação da parte ativa. Estas tampas deverão ser removidas e substituídas por tampas de inspeção sem o
pino interno (fornecidas juntamente com o equipamento), quando o Reator for colocado em operação.

▪ Para ensaios e durante operação do transformador, a tampa deve estar montada sem o pino da parte
ativa, conforme Figura 3. 6.
▪ Para o transporte do transformador, a tampa deve estar montada com o pino de fixação da parte ativa,
Figura 3. 6.

Figura 3. 6 – Tampas de inspeção para operação e transporte de reatores

1.1.9 Pressurização para transporte

Finalidade: manter a parte interna do tanque do transformador com pressão positiva durante as etapas de
manuseio e transporte, evitando contaminação por umidade externa, preservando a secagem da parte
interna do tanque e da parte ativa.
Quando o transformador for transportado com óleo, deve ser mantido um nível de óleo suficiente para cobrir
a parte ativa, bem como assegurada uma camada de gás seco, que possibilite a compensação da variação
de volume do óleo em função da variação da temperatura ambiente. Caso o cliente solicite monitoramento
desta pressão, é instalado um manômetro na tampa superior do transformador.

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Quando o transformador for transportado sem óleo, deve ser pressurizado com gás seco, mantendo-se
pressão positiva de 0,25 kgfcm², a uma temperatura referenciada a 25 °C (Figura 3. 7). Este sistema deve
ser composto por cilindros acoplados ao tanque, através de dispositivos que fornecem pressão positiva
constante.

ATENÇÃO!
Caso o transformador seja provido de comutador sob carga (CDC), o tanque do mesmo deve ser
equalizado com o tanque do transformador.

Durante o percurso e antes do recebimento, devem ser realizadas inspeções no sistema de pressurização
de gás para detecção de possíveis vazamentos (Consulte o item 1.3.3 deste capítulo).

Figura 3. 7 - Ligação do sistema de pressurização automático

1.1.10 Instalação de instrumentos de monitoramento de transporte

Servem para indicar a ocorrência de choques e vibrações nos sentidos transversal, longitudinal e vertical
durante o transporte, carga e descarga. A amplitude das vibrações e choques é registrada em termos "g"
(múltiplos da aceleração da gravidade), conforme Tabela 3. 1. São analisados os limites do indicador de
impacto após descarga do transformador e enviado ao fabricante. Caso estejam fora dos limites, o
fabricante tomará as devidas providências. Se os limites de aceleração recomendados forem extrapolados,
não significa que houve danos no transformador. Caso ocorra esta extrapolação, o fabricante deverá
realizar uma análise mais criteriosa da ocorrência, definindo a necessidade ou não de uma avaliação interna
ou, eventualmente, a adoção de outra ação específica. É necessário observar que, não somente o valor
máximo é importante, mas também a quantidade de vezes que este valor é atingido durante o transporte.

Tabela 3. 1: Valores de aceleração aceitáveis durante o transporte

Sentido da Transporte rodoviário Duração máxima do impacto


aceleração ou marítimo Modelo: MLog IM 100 Modelo: Shocklog 298
Longitudinal 2,0 g 35 ms 100 ms
Transversal 2,0 g 35 ms 100 ms
Vertical 3,0 g 35 ms 100 ms
Observação: g = Aceleração da gravidade (9,81 m/s 2)

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Em todos os transformadores com potência de 5000 a 20000 kVA, são instalados 4 (quatro) indicadores de
impacto na parte inferior do tanque. Quando especificado pelo cliente será instalado registrador de impacto
tipo eletrônico.
Para transformadores com potência de 20000 a 50000 kVA, são instalados 2 (dois) indicadores de impactos
diagonalmente opostos na parte inferior do transformador e 1 (um) registrador de impacto tipo eletrônico na
tampa principal do transformador.
Para transformadores com potência superior a 50000 kVA são instalados 2 (dois) registradores de impacto
do tipo eletrônico nas laterais do transformador.

O indicador de impacto apenas indica através de um LED vermelho Figura 3. 8 b a ocorrência de um


evento de choque ou vibração, caso o impacto ultrapasse o valor de “3g” nos sentidos transversal e
longitudinal.

(a) (b) (c)


Figura 3. 8 – (a) Registrador eletrônico (b) indicador de impacto (c) indicador de impacto instalado na parte inferior do transformador

NOTA!
Consulte no transformador qual indicador de impacto está instalado.

1.1.11 Carregamento

Esta operação é realizada em fábrica quando o transformador é expedido com auxílio de ponte rolante,
içado pelos quatro pontos de engate, atendendo sempre os requisitos de segurança para o manuseio do
transformador (Figura 3. 9).

Figura 3. 9 – Carregamento do transformador em fábrica

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1.2 REGISTRADOR DE IMPACTO TIPO ELETRÔNICO

A finalidade é registrar choques e vibrações ocorridas nos sentidos transversal, longitudinal e vertical
durante os processos de transporte, carregamento e descarregamento. A magnitude das vibrações e dos
choques é registrada em unidades de “g” (múltiplos de aceleração da gravidade). Os valores de impacto
serão analisados depois que o equipamento estiver descarregado e os dados para analise devem ser
enviados para a Assistência Técnica WEG.

NOTA!
A bateria utilizada para alimentação do registrador de impacto tem a duração aproximada de 6 (seis)
meses.
Recomenda-se que a bateria do registrador de impacto seja trocada por uma nova sempre que o
registrador de impacto for utilizado, evitando assim perda de informações por falta de carga na bateria.
A instalação do registrador de impacto (Figura 3. 10) é feita por técnicos especializados WEG antes do
embarque efetivo do equipamento, habilitando o início do processo do registro de impactos.
O registrador de impacto somente pode ser removido após o posicionamento efetivo do equipamento na
base definitiva. Para a remoção do instrumento, as seguintes informações devem ser registradas na
etiqueta:
▪ Data de remoção do registrador de impacto.
▪ Horário de remoção do registrador de impacto.
▪ Responsável pela remoção do registrador de impacto.

Após o preenchimento das informações, remover o registrador de impacto com o auxílio de uma chave
através dos parafusos de fixação.

ATENÇÃO!
O registrador de impacto é de propriedade da WEG e deve ser devolvido com a máxima urgência,
possibilitando a análise dos registros antes da energização do equipamento.
O registrador de impacto deve ser enviado para a WEG para análise assim que o equipamento estiver
alocado na sua base definitiva. Em caso de dúvidas, contate a Assistência Técnica WEG.

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Figura 3. 10 – Detalhes do registrador de impacto tipo eletrônico

1.3 EQUIPAMENTO PRESSURIZADO COM CILINDRO REGULADOR DE PRESSÃO

PERIGO!
O cilindro é altamente pressurizado. Desta forma, é necessário que seja manejado por pessoas treinadas.
A operação das válvulas deverá ser feita com movimentos suaves de operação das válvulas, tomando
cuidado com a integridade do cilindro.

1.3.1 Verificação da pressão do gás

Em casos onde se é necessário, um cilindro de gás, equipado com um regulador automático de pressão, é
conectado ao tanque principal do equipamento, e é mantido assim durante todo o processo de transporte.
O regulador automático de pressão possui dois manômetros: um de alta pressão, que indica a pressão
dentro do cilindro e um de baixa pressão, que indica a pressão dentro do tanque do equipamento. A
pressão dentro do tanque do equipamento é regulada entre 0,19 kgf/cm2 e 0,30 kgf/cm2, em 25ºC. A
verificação da pressão do gás deve ser feita de acordo com o a planilha de verificação de pressão de gás
no item 1.3.3.

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ATENÇÃO!
Caso o manômetro de alta pressão (pressão do gás do cilindro) indicar pressão menor do que 50 kgf/cm2
deve-se interromper o transporte e contatar a WEG imediatamente.

1.3.2 Pressurização do equipamento

Para realizar a pressurização do equipamento os procedimentos abaixo devem ser seguidos (ver Figura 3.
11):
▪ Conectar a mangueira na válvula 4 na parte superior do tanque do equipamento, normalmente conectada
a uma tampa de inspeção;
▪ Abrir lentamente a válvula 4;
▪ Abrir lentamente a válvula 1;
▪ Checar as leituras de pressão nos manômetros 2 e 3.

Figura 3. 11 – Arranjo de montagem do cilindro

ATENÇÃO!
A pressão-limite inferior do(s) cilindro(s) de suprimento do gás seco deve ser de 20 kgf/cm2.
Atingida esta pressão, este(s) cilindro(s) deve(m) ser substituído(s) por outro(s) de pressão não inferior a
160 kgf/cm2 (pressões referidas a uma temperatura de 25°C).

Para realizar a substituição do cilindro os procedimentos abaixo devem ser seguidos (ver Figura 3. 11):

▪ Fechar válvula 1;
▪ Fechar válvula 4;
▪ Desconectar o regulador de pressão do cilindro;
▪ Substituir o cilindro;
▪ Conectar o regulador de pressão no cilindro novo;
▪ Abrir a válvula 4;
▪ Abrir a válvula 1;
▪ Checar as leituras de pressão nos manômetros 2 e 3.

Dependendo do porte do equipamento, ou quando solicitado pelo comprador, pode ser necessária a
instalação de um ou dois cilindros de pressurização no tanque. Em qualquer um dos casos, deve-se garantir
que a válvula de cada cilindro permaneça na posição aberta de modo a garantir o bom funcionamento do(s)
cilindro(s) de pressurização durante a etapa de transporte e, quando for o caso, durante o armazenamento
com o tanque pressurizado (Ver detalhe na Figura 3. 12).

NOTA!
Em solicitações especiais, pode ser fornecido um cilindro reserva não acoplado ao tanque do
equipamento. Este cilindro é fornecido totalmente lacrado. O lacre só deve ser retirado antes de sua
colocação em operação.

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(a)

(b)
Figura 3. 12 – (a) Regulador automático de pressão; (a) Arranjo da montagem dos cilindros

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1.3.3 Planilha de verificação de pressão do gás

TRANSPORTADORA:

MEDIÇÕES DO PRESSURIZADOR

Medições de pressão:
(1) Antes do transporte rodoviário
(2) A cada 4 horas durante o transporte rodoviário
(3) Recebimento do equipamento após o transporte rodoviário
(4) Após o posicionamento do equipamento para transporte marítimo
(5) Recebimento do equipamento após o transporte marítimo

Data / Hora Opção de medição: Pressão no tanque Pressão no cilindro


(1) (2) (3) (4) (5) (kgf/cm2) (kgf/cm2)

Confirmo o recebimento de treinamento para execução do transporte do equipamento supra citado.

Limites de velocidade recomendados:

Condições da estrada Veículo Normal Veículo Rebaixado


Estradas com bom estado de conservação 70 km/h 40 km/h
Estradas com estado de conservação ruim 50 km/h 20 km/h

Nome Legível: Data:

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1.4 TIPOS DE TRANSPORTES

A WEG analisa cuidadosamente o tipo do transporte a ser aplicado para cada transformador, garantindo
assim mais agilidade e segurança na entrega do transformador ao campo.
O tipo do transporte a ser escolhido depende basicamente do tipo construtivo e características de cada
transformador. Abaixo, representado na Figura 3. 13, alguns exemplos de transportes comumente
utilizados.

(a) Prancha até 36 ton (b) Prancha e Dolly até 54 ton

(c) Linha de eixo até 140 ton (d) Gôndola acima de 140 ton

(e) Balsa e navio


Figura 3. 13 – Tipos de transporte de transformadores.

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TRANSPORTE

1.5 CONDIÇÕES ANORMAIS

ATENÇÃO!
Qualquer condição anormal que ocorrer durante ou após o transporte do equipamento deve ser
imediatamente informada à WEG. Caso isto não seja cumprido, pode causar perda da garantia contratual.

Caso ocorra uma condição anormal durante ou após o transporte do equipamento os seguintes
procedimentos devem ser seguidos:
▪ Informar a localização exata do equipamento para uma eventual inspeção.
▪ Informar o tipo de condição anormal ocorrida no equipamento.
▪ A condição de anormalidade deverá ser registrada através de fotos, caso a mesma seja de fácil
constatação.
▪ Enviar as fotos da anormalidade para a WEG.

1.6 CONTATO DA ASSISTENCIA TÉCNICA

WEG Equipamentos Elétricos S.A. - Transmissão & Distribuição


Rua: Dr. Pedro Zimmermann, 6751 – Blumenau – SC/ Brasil
Fone: +55 47 3337-1000 / Fax: +55 47 3337-1090
E-mail: [email protected] (Comercial) / [email protected] (Suporte Técnico)
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CAPÍTULO 4
RECEBIMENTO
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RECEBIMENTO

SUMÁRIO

1 PROCEDIMENTOS PARA RECEBIMENTO .............................................................. 2

1.1 ANALISES DOS REGISTROS DE TRANSPORTE ............................................................................ 2


1.1.1 REGISTRADOR DE IMPACTO TIPO ELETRÔNICO ............................................................................ 2
1.1.2 INDICADOR DE IMPACTO ........................................................................................................... 3
1.2 PREPARAÇÃO DOS COMPONENTES PARA INSPEÇÃO INTERNA ................................................................... 4
1.3 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO ................................................................................................................. 4
1.4 PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE RECEBIMENTO ......................................................................................... 5
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RECEBIMENTO

1 PROCEDIMENTOS PARA RECEBIMENTO


1.1 ANALISES DOS REGISTROS DE TRANSPORTE

Na etapa de recebimento do equipamento deve ser verificada a integridade e funcionamento do registrador


de impacto (Figura 4. 1). O registrador de impacto não deve ser desligado e nem retirado nesta etapa. Só
deverá ser desligado após o posicionamento do equipamento em sua base definitiva ou em um local de
armazenagem determinado pelo comprador, onde a aceitação final do equipamento será dada.

1.1.1 Registrador de impacto tipo eletrônico

▪ Programação:
É inserida uma programação com duração de gravação dos eventos para 60 dias para o mercado
nacional e 120 dias para o mercado internacional. Os valores configurados para impacto para transporte
rodoviário ou marítimo são: Sentido vertical: 3 g; sentido lateral: 1 g; sentido longitudinal: 1 g.

▪ Instalação:
O instrumento é fixado em cima da tampa superior ou lateral do tanque conforme definido na etapa de
transporte ou especificado pelo cliente.

▪ Análise dos registros:


As informações são coletadas via computador após a descarga do transformador em sua base definitiva.

ATENÇÃO!
Se caso na obra, antes da aceitação final do equipamento não existam condições de efetuar a análise dos
registros de impacto ocorridos. Os mesmos deverão ser enviados para a fábrica para que sejam
analisados e emitidos laudos técnicos.

Figura 4. 1 – Registrador de impacto eletrônico

Figura 4. 2 – Registro de eventos de impacto durante o transporte

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RECEBIMENTO

Figura 4. 3 – Exemplo: Oscilograma de evento característico de impacto ocorrido

Figura 4. 4 – Exemplo: Oscilograma de evento que não caracteriza impacto ocorrido

1.1.2 Indicador de impacto

▪ Programação:
Este Instrumento apenas indica que houve um evento de impacto durante o período de manuseio e
transporte (Figura 4. 5), acima do especificado. Este indicador é aferido para atuar com 3 g.

▪ Instalação:
Duas unidades são fixadas nas laterais do tanque do transformador conforme definido na etapa de
transporte.

▪ Análise da indicação:
Este indicador de impacto quando atuado, mostrará em seu visor um sinalizador na cor vermelha.

ATENÇÃO!
Caso na obra não existam condições de efetuar a análise da indicação, deve-se entrar em contato com a
WEG para receber informações de como proceder.

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Figura 4. 5 – Indicador de impacto atuado com sinalizador na cor vermelha

1.2 PREPARAÇÃO DOS COMPONENTES PARA INSPEÇÃO INTERNA

As embalagens contendo os componentes a serem montados no equipamento devem, se possível, ser


arranjadas em um local coberto para a realização da inspeção de recebimento.

ATENÇÃO!
Coloque as embalagens e componentes em um piso plano, nivelado, seco e o mais longe possível de
umidade.

1.3 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO

Com o propósito de identificar qualquer dano ocorrido durante o transporte, a inspeção de recebimento deve
ser feita antes do descarregamento do equipamento. A inspeção deve ser feita utilizando a planilha de
verificação de recebimento no item 1.4 e de acordo com os seguintes procedimentos:

▪ Fazer uma inspeção visual do exterior do equipamento, procurando por quaisquer danos ocorridos
durante o transporte. Esta inspeção consiste em procurar por avarias, vazamento de óleo, arranhões na
pintura e componentes ou acessórios danificados e/ou faltantes;
▪ Fazer uma conferência de todos os itens entregues de acordo com a lista de embarque (checklist)
contida dentro de cada caixa;
▪ Verificar a pressurização do transformador.

Considerando os efeitos causados pelo transporte do equipamento, principalmente o transporte marítimo,


uma análise final deve ser realizada em toda a parte ativa e elementos internos de fixação. Considerando a
dificuldade de realização da inspeção interna na etapa de recebimento, a mesma pode ser realizada antes
da montagem do equipamento. Para a realização da inspeção interna, seguir as instruções descritas neste
manual.

ATENÇÃO!
Ao remover qualquer embalagem que tenha sido exposta a intempéries durante o transporte, deve-se
verificar se nenhum dano ocorreu ao componente na embalagem.

ATENÇÃO!
Deve ser tomado cuidado ao abrir as embalagens para evitar que qualquer umidade presente entre em
contato com as partes do componente que estarão imersas no óleo do equipamento.

ATENÇÃO!
O equipamento nunca deve ser colocado em contato com o solo.

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RECEBIMENTO

1.4 PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE RECEBIMENTO

ITEM DESCRIÇÃO MARCAÇÃO

Com óleo ____________ mm abaixo da tampa


Tipo de transporte
Sem óleo
Possui____________kgf/cm2
No tanque
Não possui
Pressão de gás
Possui____________kgf/cm2
No cilindro
Não possui
Em ordem
Suportes de montagem dos
Não está em ordem
enrolamentos e núcleo
Não foi verificado
Em ordem
Cabos da parte ativa Não está em ordem
Não foi verificado
Em ordem
Montagem dos enrolamentos e núcleo Não está em ordem
Não foi verificado
Em ordem
Aterramento do núcleo Não está em ordem
Não foi verificado
Em ordem
Registrador de impacto (Se aplicável) Não está em ordem
Não foi verificado
Não possui
Danos na pintura Danos pequenos
Danos severos
Possui
Danos no tanque
Não possui
Possui
Danos nos acessórios
Não possui
Fornecidos corretamente
Acessórios
Não fornecidos completamente
Fornecido corretamente
Óleo
Não fornecido completamente
Em ordem, sem vazamentos
Vazamento de óleo Detectado vazamento
Não foi verificado
Em ordem, sem danos
Danos nas buchas Existem danos no componente
Não foi verificado

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CAPÍTULO 5
MOVIMENTAÇÃO
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MOVIMENTAÇÃO

SUMÁRIO

1 GERAL ....................................................................................................................... 2

1.1 APLICAÇÃO ..................................................................................................................................... 2


1.2 REQUISITOS BÁSICOS DE SEGURANÇA ....................................................................................... 2

2 INSTRUÇÕES PARA MANUSEIO ............................................................................. 3


2.1 INSPEÇÕES E VERIFICAÇÕES DO EQUIPAMENTO ANTES DA MOVIMENTAÇÃO ....................... 3
2.2 OLHAIS DE LEVANTAMENTO E ARRASTAMENTO ................................................................................. 3
2.3 APOIO PARA MACACOS ................................................................................................................. 5
2.4 TIPOS DE DESCARGA ..................................................................................................................... 5
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MOVIMENTAÇÃO

1 GERAL
1.1 APLICAÇÃO

Este procedimento estabelece e recomenda práticas seguras e requisitos básicos para prevenção de
acidentes envolvendo operações de movimentação de carga e equipamentos.
Antes de iniciar qualquer movimento planejado utilizando equipamentos de carga pesada, é importante que
todo o equipamento a ser utlizado seja verificado para confirmar que a sua classificação seja adequada
para a atividade proposta. Os registros de ferramentas ou equipamentos especiais de manipulação de
cargas pesadas devem ser disponibilizados e analisados para verificar se os equipamentos foram mantidos
adequadamente.
Algumas medidas de precaução, verificações de segurança e ações de manutenção realizadas antes do
movimento da carga podem eliminar grande parte desnecessária de riscos, como por exemplo, a quebra de
uma peça ou um componente crítico de um equipamento de movimentação. Evitando assim a exposição
dos operadores a uma situação perigosa que pode causar graves danos aos equipamentos envolvidos,
ferimentos pessoais ou até mesmo pior.

1.2 REQUISITOS BÁSICOS DE SEGURANÇA

Os operadores envolvidos em atividades de movimentação de cargas devem ser capacitados e qualificados


através de treinamentos de segurança. Os treinamentos para executar a movimentação de cargas devem
no mínimo desenvolver as seguintes capacitações para estas atividades:

▪ Reconhecimento e análise dos riscos associados à atividade com objetivo de desenvolver a percepção de
riscos e a capacidade de antecipar e prevenir acidentes.
▪ Métodos para amarração e dimensionamento (cálculo ou pré-pesagem) da carga.
▪ Capacidade de realizar inspeções e check list de materiais e pessoal. Sobre tudo a analise sobre a
utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
segundo a norma vigente no local, região ou país da instalação.
▪ Operação segura das máquinas e equipamentos de içar, inspeções de cabos de aço, isolamento de área
e cumprimento dos procedimentos de segurança estabelecidos no local da operação.

ATENÇÃO!
O quantitativo máximo de operadores envolvidos na atividade deve ser avaliado, visando reduzir o
número de operadores expostos a riscos associados à movimentação de carga.

PERIGO!
É proibida a realização da atividade sob o efeito de álcool, substâncias psicoativas ou medicamentos que
causem distúrbios do sistema nervoso central.

Além dos operadores, os equipamentos utilizados para realizar a movimentação devem estar em condições
adequadas de conservação que garantam sua integridade e devem atender as especificações exigidas
pelos seus fabricantes. Cada equipamento possui requisitos de segurança específicos que variam de
acordo com seu porte e sua função. Como por exemplo, os citados abaixo:
▪ Indicação da capacidade de carga máxima visível ao operador.
▪ Partes rotativas motoras totalmente protegidas.
▪ Ganchos providos de trava de segurança.
▪ Alerta sonoro quando do movimento de translação da carga, etc.

PERIGO!
Quando a carga estiver sendo movimentada, o operador e qualquer pessoa deverão manter uma
distância de pelo menos 4 metros.

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Versão 07
MOVIMENTAÇÃO

PERIGO!
Ao transportar ou movimentar cargas, utilize equipamentos de içamento (guindaste, ponte rolante, etc.)
com capacidade correspondente ao peso de içamento do equipamento.

2 INSTRUÇÕES PARA MANUSEIO


2.1 INSPEÇÕES E VERIFICAÇÕES DO EQUIPAMENTO ANTES DA MOVIMENTAÇÃO

Ao executar um movimento de carga pesada de um equipamento, o transformador é geralmente primeiro


transferido a partir de outro meio de transporte, tal como um caminhão, navio, ou vagão. Portanto, um dos
primeiros passos é verificar se o equipamento a ser movimentado apresenta quaisquer sinais de danos
durante o transporte, antes de receber a unidade e movê-la para o meio de transporte de carga pesada
seguinte. Este processo de inspeção deve incluir o seguinte:

▪ Verificação dos registradores de impacto. Certifique-se que os registradores de impacto foram


posicionados no equipamento antes de movê-lo. O registrador de impacto deve ser verificado para
determinar se impactos severos ocorreram no equipamento durante o transporte anterior. Se existir a
indicação de um impacto que excede os critérios indicados neste manual (item 1.1.9 do Capítulo 3 –
Transporte), a WEG deve ser informada imediatamente, a fim de que novas inspeções ou ações possam
ser tomadas imediatamente.

▪ Verificação de que a pressão positiva é mantida no interior do equipamento. Durante esta verificação de
recebimento e inspeção, analise os seguintes pontos:
a) Vazamentos de óleo, no caso em que a unidade foi enviada preenchida com óleo para o transporte.
b) Pressão positiva foi mantida dentro do tanque principal. Esta pressão pode ser confirmada através
da verificação do medidor de pressão. A temperatura ambiente no momento da medição também
deve ser registrada.

▪ Verificação de danos físicos no equipamento, através de uma inspeção visual, que possam ter ocorrido no
transporte anterior. Caso observado algum dano, documentar os danos e notificar imediatamente a WEG
para que inspeções e ações possam ser tomadas o mais rapidamente.

▪ Certificação de que as instruções de manuseio crítico estão claramente marcadas e visíveis nos
documentos que fazem parte do fornecimento do equipamento, como por exemplo: pesos principais do
transporte e a localização do centro de gravidade. A fim de garantir uma elevação ou deslocamento
seguro e eficaz, cada movimentação deve ser planejada e avaliada sempre que necessário. Normalmente
a avaliação deve incluir, pelo menos, os seguintes elementos:
a) Analisar a carga.
b) Determinar o peso da carga.
c) Determinar o centro de gravidade.
d) Estabelecer os meios para estabilizar a carga.
e) Considere folgas disponíveis e o trajeto da carga.
f) Considere o histórico e lições aprendidas em movimentações semelhantes.
g) Cada etapa do processo deve ser registrado em um relatório para verificações posteriores.

O equipamento deve sempre ser manuseado na posição normal, na vertical, a menos que haja informação a
partir de um desenho especifico que indique que ele deva ser manipulado de outra forma. Os equipamentos
WEG são construidos com bases projetadas para que possam ser feitos arrastamentos bidirecionais, caso o
equipamento não possa ser movido por guindaste ou sobre rodas.

2.2 OLHAIS DE LEVANTAMENTO E ARRASTAMENTO

Olhais de elevação e olhais para arrastamento são tipicamente fornecidos para o levantamento e
arrastamento do equipamento completo.
Os olhais de levantamento são posicionados no tanque do equipamento. Os mesmos são projetados para a
elevação vertical do equipamento e são concebidos para suportar o peso do equipamento completamente
montado e com óleo (Figura 5. 1).

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MOVIMENTAÇÃO

Ao levantar o equipamento completo ou um pedaço pesado, o cabo deve ser fixado de modo que ele
forneça uma força vertical para cada terminal. Como precaução adicional para evitar qualquer deformação
das paredes do tanque, a tampa deve estar sempre firmemente presa no lugar. O comprimento dos cabos
de elevação deve ser apropriado e devem ser usados para que o equipamento seja levantado de maneira
uniforme. Os pesos são indicados na placa de identificação e desenho de dimensões externas do
equipamento.

(a) (b)

(c)
Figura 5. 1 - a) Olhal para levantamento b) Olhal levantamento com cabo de içamento c) Transformador levantado pelos
quatros olhais de levantamento

ATENÇÃO!
Radiadores, flanges, suportes, válvulas, caixas de proteção de buchas ou quaisquer outros componentes
externos NUNCA devem ser submetidos a apoios de carga, apoio do operador ou para apoio para
levantamento. Tais componentes não são projetados para esta finalidade.

ATENÇÃO!
Faça o levantamento utilizando os pontos de sustentação destinados para esta finalidade, conforme
indicação nos desenhos. O uso de quaisquer outros pontos resultará em danos severos ao equipamento.

PERIGO!
A carga suspensa nunca deve ser movimentada sobre pessoas.

Guias ou vigas intermediárias, “cabos guias”, devem ser usadas caso os cabos ou correntes não sejam
longos suficientes para permitir o levantamento adequado.
Esta instrução somente deve ser efetuada no caso de operações especiais, por exemplo, situações que
apresentem limitações de altura no local da instalação ou componentes montados na parte superior do
equipamento a ser manuseado, que não possam ser desmontados, e que interfiram diretamente nos cabos
de levantamento.
No mínimo quatro pontos de levantamento devem ser utilizados para evitar a inclinação do equipamento
durante o manuseio.

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MOVIMENTAÇÃO

ATENÇÃO!
Em caso de ventos e chuvas fortes a operação de levantamento e movimentação da carga deve ser
paralisada, sem deixar condições de risco no local.

2.3 APOIO PARA MACACOS

Os apoios para macacos (Figura 5. 2) são fornecidos nos equipamentos e normalmente posicionados nas
laterais maiores do tanque principal próximo à base do equipamento. São projetados para suportar o peso
do equipamento completamente montado e cheio de óleo. Consulte o desenho do arranjo externo para
verificar o posicionamento exato destes apoios.

Figura 5. 2 – Exemplo de apoio para macaco do transformador

2.4 TIPOS DE DESCARGA

Os serviços de descarga e manuseio do transformador devem ser executados e supervisionados por


pessoal especializado, obedecendo-se as normas de segurança e utilizando-se os pontos de apoio ou
tração indicados nos desenhos do fornecimento.
A utilização de outros pontos provocará graves danos ao transformador.
O método de descarga a ser executado depende das características do transformador e das ferramentas
disponíveis no local da instalação. A Figura 5. 3 apresenta exemplos de descarga normalmente aplicada
aos transformadores de grande porte.

Durante a descarga deve ser evitado:


Desequilíbrio do transformador (máximo 10°).
▪ Movimentos repentinos;
▪ Impacto contra o solo;
▪ Impacto lateral.

(a) Guindaste ou pórtico (b) Fogueira


Figura 5. 3 - Tipos de descarga de transformadores de potência

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CAPÍTULO 6
ARMAZENAGEM
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ARMAZENAGEM

SUMÁRIO

1 ARMAZENAGEM ....................................................................................................... 2

1.1 ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO PRESSURIZADO COM GÁS................................................ 2


1.2 ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO COMPLETAMENTE MONTADO E COM ÓLEO ................... 2
1.3 ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO PARCIALMENTE MONTADO E COM ÓLEO ....................... 3
1.4 ARMAZENAGEM DOS ACESSÓRIOS ............................................................................................. 3
1.4.1 COMPONENTES A SEREM PREENCHIDOS COM ÓLEO ..................................................................... 4
1.4.2 BUCHAS ................................................................................................................................. 4
1.4.3 SÍLICA GEL .............................................................................................................................. 4
1.4.4 INDICADOR DE NÍVEL, INDICADOR DE TEMPERATURA, VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO, ETC. ............. 4
1.4.5 EQUIPAMENTO DE RESFRIAMENTO ............................................................................................. 4
1.4.6 CONSERVADOR ....................................................................................................................... 5
1.4.7 CHAVE COMUTADORA .............................................................................................................. 5
1.4.8 ÓLEO ISOLANTE....................................................................................................................... 5
1.5 LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO ......................................... 7
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ARMAZENAGEM

1 ARMAZENAGEM
O equipamento que não puder ser colocado em serviço imediatamente pode ser armazenado. O método de
armazenagem escolhido deve levar em conta a necessidade de manter o equipamento seco e os acessórios
protegidos dos efeitos da umidade levando em consideração a possibilidade de período curto ou longo de
armazenagem. Para fins de tempo de armazenagem é considerada o inicio da armazenagem desde o
recebimento do equipamento.
Antes da armazenagem, a unidade deverá ser inspecionada e verificada por quaisquer danos visíveis ou
sinais de falha e o seu nivelamento deverá ser assegurado durante a armazenagem. No caso de qualquer
dano verificado, o mesmo deverá ser reportado imediatamente à WEG.

ATENÇÃO!
Durante o inverno ou quando a umidade estiver acima de 70%, as resistências de aquecimento do
equipamento devem estar ligadas.

ATENÇÃO!
Condições ambientais adversas para a armazenagem devem ser claramente especificadas com
antecedência à etapa, sob risco de causar mau funcionamento ao transformador quando da sua
energização.
Em caso de dúvidas, entre em contato com a Assistência Técnica WEG.

1.1 ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO PRESSURIZADO COM GÁS

ATENÇÃO!
Equipamentos pressurizados com gás podem somente ser armazenados por um período curto. É
considerado como período curto o máximo de até seis meses de armazenagem, porém isto depende das
reais condições ambientais (umidade relativa, variação de temperatura, etc.).

O equipamento que foi transportado pressurizado com gás pode ser armazenado da mesma maneira, ou
seja, utilizando o mesmo equipamento de pressurização. Antes da armazenagem com gás, também é
necessário verificar o funcionamento correto do equipamento de pressurização com gás. Devem ser
executadas as seguintes verificações:
▪ Se o cilindro de gás se encontra aberto.
▪ Se a mangueira está conectada no equipamento.
▪ Se há algum vazamento ou dano na mangueira. Caso a mangueira apresente alguma avaria a mesma
deverá ser substituída por uma nova.
▪ Se a pressão interna do tanque do equipamento está entre 0,19 kgf/cm2 e 0,30 kgf/cm2, em 25ºC
▪ Se a pressão interna do cilindro está mais do que 50 kgf/cm2, em 25ºC.

NOTA!
Se a pressão interna do cilindro estiver menos do que 50 kgf/cm2 em 25ºC, o mesmo deverá ser
substituído.

Durante a armazenagem, deve ser feita uma verificação de acordo com a planilha de verificação do item 1.5
deste capítulo.

1.2 ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO COMPLETAMENTE MONTADO E COM ÓLEO

Se o equipamento estiver previsto para operar dentro de um ano da data de entrega e ele puder ser
colocado na sua posição definitiva, o equipamento pode ser armazenado completamente montado e
abastecido com óleo. O equipamento deverá ser montado e tratado de acordo com as instruções contidas
neste manual.
Durante a armazenagem, deve ser feita uma verificação de acordo com a planilha de verificação do item 1.5
deste capítulo.

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ARMAZENAGEM

ATENÇÃO!
A válvula de conexão entre o conservador e o tanque principal do equipamento deve estar na posição
aberta.

1.3 ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO PARCIALMENTE MONTADO E COM ÓLEO

Se o equipamento estiver previsto para operar depois de um ano da data de entrega, mesmo se for
colocado na sua posição definitiva, ele não deve ser inteiramente montado. Neste caso os acessórios
ficariam expostos desnecessariamente às intempéries podendo ficar danificados, exigindo manutenção
especial ou até mesmo reposição parcial de algumas peças antes mesmo do equipamento ser colocado em
funcionamento. Desta forma, recomenda-se montar somente o conservador e abastecer o tanque do
equipamento com óleo, seguindo as instruções contidas neste manual. O conservador deverá ter todos os
seus acessórios e dispositivos de proteção, tais como secadores de ar, indicadores de nível de óleo, etc.,
devidamente montados. Durante a armazenagem, deve ser feita uma verificação de acordo com a planilha
de verificação do item 1.5 deste capítulo.

ATENÇÃO!
A válvula de conexão entre o conservador e o tanque principal do equipamento deve estar na posição
aberta.

1.4 ARMAZENAGEM DOS ACESSÓRIOS

Alguns acessórios requerem armazenagem em local coberto, enquanto que outros podem ser armazenados
ao ar livre, desde que tomadas as devidas precauções. As áreas de armazenagem devem ser secas e com
variações de temperatura ambiente limitada. A armazenagem ao ar livre deverá ser em áreas protegidas por
lonas para proteger o equipamento das intempéries. Para evitar qualquer infiltração de água, o equipamento
não deverá permanecer em contato direto com o solo, mas sim, sobre suportes adequados.
Se componentes forem armazenados ao ar livre, os pontos de acoplamento devem ser engraxados e as
suas aberturas expostas devem ser lacradas com flanges cegos apropriados, aplicando-lhes graxa, caso
necessário.
Os componentes e acessórios, quando recebidos e armazenados à parte, devem atender aos seguintes
requisitos:
▪ As buchas recebidas desmontadas e os componentes de proteção e supervisão tais como termômetros,
indicadores de nível, relé de gás, secadores de ar e outros acessórios desta natureza devem
obrigatoriamente ser armazenados em local abrigado e seco.
▪ Os demais acessórios entregues desmontados, como por exemplo: motoventiladores, radiadores,
conservador de óleo, tubulações, conexões em geral e etc., são de responsabilidade do CLIENTE e
devem ser armazenados em locais abrigados (galpão, telhado, container, etc.). Caso não seja possível
armazená-los em local coberto, é obrigatório que estes acessórios sejam cobertos com lonas e/ou
material impermeável resistente a intempéries, bem como garantir que os mesmos não permaneçam em
contato direto com o solo.
▪ Ressaltamos que a responsabilidade de armazenagem dos equipamentos entregues no local designado
pelo cliente, são de responsabilidade do CLIENTE. Também é de responsabilidade do cliente, os
cuidados que devem ser tomados em relação aos materiais fornecidos que necessitam ser armazenados
em local coberto.
▪ Os drenos dos motoventiladores tanto para armazenagem ou instalados no transformador deverão
permanecer abertos, verificar disposição aberto na Figura 7. 16 do Capítulo 7, deste manual;
▪ Transformadores providos de painéis de circuitos auxiliares devem ser mantidos com os resistores de
aquecimento ligados, comandados por termostatos regulados para temperatura recomendada de 30°C.
▪ Acessórios armazenados devem ser cuidadosamente inspecionados e limpos antes de serem montados
no equipamento. Certifique-se de que o material não tenha sido danificado ao remover a embalagem.

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ARMAZENAGEM

1.4.1 Componentes a serem preenchidos com óleo

Todos os compartimentos e itens que tiverem que ser preenchidos com óleo devem ser protegidos com
tampas provisórias e com flanges cegos. Tais itens são: trocadores de calor, radiadores, tanque de
expansão, etc.

1.4.2 Buchas

Todas as buchas devem ser armazenadas devem obrigatoriamente ser armazenados em local abrigado e
ambiente seco (umidade relativa menor do que 70%), com a temperatura ambiente a mais constante
possível. As buchas podem ser armazenadas dentro de suas próprias embalagens, mas é preciso tomar
cuidado para não deixar a umidade entrar em contato com as mesmas. As buchas com núcleo em papel
resina devem ser armazenadas em estufa, ou conforme recomendação do fabricante.

1.4.3 Sílica gel

O agente desidratador, denominado sílica gel, é vítreo e duro, quimicamente quase neutro e altamente
higroscópio. É um silício (95% SiO2) impregnado com um indicador laranja (5%), tendo a coloração laranja
quando no estado ativo. Com a absorção de água torna-se amarelo claro, devendo ser substituído ou
regenerado. A sílica gel pode ter a vida prolongada através de um processo de secagem (regeneração), que
pode ser aplicada repetida vezes, permitindo a sua reutilização desde que a mesma seja tratada e
armazenada de maneira adequada.
A higroscopicidade da sílica gel pode ser restabelecida pelo aquecimento em estufa na temperatura de 80 a
100ºC, evaporando desta maneira, a água absorvida.
A fim de acelerar o processo de secagem, convém mexê-la constantemente, até a recuperação total de sua
cor característica laranja.

ATENÇÃO!
Durante o tratamento de regeneração o contato da sílica gel com óleo, por menores vestígios que seja,
deve ser evitado. O contato com óleo pode levar a sílica a uma tonalidade marrom. Isto indica que a sílica
está imprestável para a reutilização.

Após a regeneração, a sílica gel deve ser imediatamente conservada num recipiente seco e hermeticamente
fechado.
As embalagens de sílica gel devem ser inspecionadas regularmente para verificação da sua cor:
▪ Se os grãos de sílica gel estiverem na cor laranja, os mesmos estão secos.
▪ Se estiverem na cor amarelo claro, os grãos de sílica gel estão saturados com umidade.
Tenha sempre uma quantidade de sílica gel seca ou regenerada em uma embalagem selada e pronta para
uso. Evitando que o transformador permaneça desprotegido durante o tratamento de regeneração da sílica
saturada.

1.4.4 Indicador de nível, indicador de temperatura, válvula de alívio de pressão, etc.

Estes acessórios devem obrigatoriamente ser armazenados em local abrigado e ambiente seco (umidade
relativa menor do que 70%). Todos os pontos de conexão e aberturas deverão ser protegidos para impedir
a penetração de umidade e pó nas partes internas. Caso o período de armazenagem se estender além de
seis meses, é necessário verificar se as partes expostas do dispositivo não estão bloqueadas e se podem
se mover livremente.

1.4.5 Equipamento de resfriamento

O equipamento de resfriamento composto de trocadores de calor, radiadores, ventiladores e bombas


deverão ser armazenados em local coberto e seco. Não deverá permanecer em contato direto com o solo
(no mínimo a 10 cm do solo) e deverá ser protegido com cobertura à prova de água. Todas as aberturas
devem ser protegidas para impedir a penetração de pó e umidade. Este procedimento é para impedir a
condensação interna, que pode criar uma corrosão interna durante a armazenagem. Todas as partes
móveis que forem cobertas deverão ser inspecionadas em intervalos trimestrais para se certificar que não
estejam bloqueadas e possam se mover livremente. Bombas de óleo devem ser postas em funcionamento
periodicamente durante a armazenagem.

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ARMAZENAGEM

1.4.6 Conservador

O conservador pode ser armazenado ao ar livre, mas não diretamente sobre o solo e deverá ser
adequadamente protegido com cobertura à prova de água. Flanges cegos devem ser usados para proteger
as aberturas do conservador.

1.4.7 Chave comutadora

Chaves comutadoras sobressalentes de comutador sob carga (quando aplicáveis) devem ser armazenadas
em tanque, imersas com óleo isolante.

1.4.8 Óleo isolante

PERIGO!
É estritamente proibido manter chamas ou fogo perto do óleo isolante.

ATENÇÃO!
Não abra recipientes com óleo, a não ser que seja estritamente necessário. Tampouco abra recipientes
com óleo sob condições climáticas adversas (chuvas, umidade excessiva, etc.).

O óleo é entregue em tambores, tanques ou caminhão-tanque. Na ocasião da chegada, amostras do óleo


devem ser coletadas para assegurar a ausência de água no óleo.
Os tambores de óleo são transportados na posição vertical e devem ser armazenados na posição horizontal
e preferencialmente com as suas tampas alinhadas (ver Figura 6. 1 e Figura 6. 2) de maneira que haja uma
pressão do óleo na tampa ou no bujão, evitando absorção de umidade para o interior do tambor.

Devem ser armazenados em local coberto e higienizado, sempre que possível. Se, excepcionalmente,
forem armazenados ao ar livre deve ser tomado as seguintes precauções para evitar uma possível
contaminação do óleo novo:
▪ Deve ter suportes adequados para evitar contato direto com o solo;
▪ Não guardar os tambores ao ar livre por tempo indeterminado, porque a ferrugem, desgaste do metal e a
corrosão podem contaminar o óleo;
▪ É necessário assegurar que as costuras do metal dos tambores não se deteriorem. Isso pode ocorrer
porque as mudanças de temperatura levam à expansão e contração do metal, causando vazamento de
óleo e sua consequente contaminação;
▪ É adequado guardar os tambores sob uma cobertura de proteção, um alpendre ou cobrir com uma lona,
mantendo os tambores na sombra e sem exposição direta ao sol e ao calor;
▪ A área de armazenamento deve ser um local fresco e seco, livre de temperaturas extremas;
▪ Mantenha a área de armazenagem limpa em todos os sentidos, com uma programação formal de limpeza
no local;
▪ Antes de retirar os tambores do lugar onde estão armazenados, é apropriado secar e limpar ao redor das
áreas a fim de evitar a contaminação com terra e água (os dois poluentes mais comuns).

A manipulação dos tambores deve ser executada com equipamento apropriado, evitando danos,
perfurações, metais amassados e outros problemas.

Se forem utilizados tanques grandes para armazenamento, uma camada de nitrogênio levemente
pressurizada acima da superfície do óleo ou secadores de ar adequados pode ser utilizada para impedir a
absorção de umidade.
Não abra os recipientes de óleo, a não ser que seja necessário, tampouco abra recipientes de óleo sob
condições de mau tempo (chuva, umidade excessiva, etc.). Antes de abastecer o equipamento, certifique-se
de que as tubulações e equipamentos utilizados sejam limpos com óleo.

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ARMAZENAGEM

Figura 6. 1 – Armazenagem dos tambores de óleo

Figura 6. 2 - Depósito de tambores com óleo

ATENÇÃO!
A observância de todas as condições de armazenagem supracitadas é obrigatória e condição básica para a
manutenção e validação da garantia contratual.

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ARMAZENAGEM

1.5 LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA ARMAZENAGEM DO EQUIPAMENTO

PERÍODO
ITEM VERIFIQUE
ANO MÊS SEMANA

Rigidez dielétrica
Óleo 6
Teor de umidade

Nível de óleo Nível de óleo por inspeção visual (conservador) 1


Vazamentos de óleo por inspeção visual:
▪ Tanque
Vazamento de óleo
▪ Conservador
(para transformadores 1
▪ Tubulação
armazenados com óleo)
▪ Relé Buchholz
▪ Buchas
Diariamente
Pressurização Pressão de gás do tanque e do cilindro com registros
da pressão
Oxidação Pontos de oxidação 1

Proteção contra
Camada final de tinta acabamento (retoque se necessário) 1
corrosão
Vazamentos e sujeira em válvulas, bombas, ventiladores,
Sistema de resfriamento 6
radiadores e trocadores de calor.

Saturação da sílica gel (através da coloração da mesma).


Secador de ar inspecione se a embalagem da sílica está hermeticamente 2
fechada.
Danos e sujeira nas buchas,
Durante a armazenagem, a bucha pode ser colocada:
▪ Na posição horizontal
Buchas ▪ Na posição inclinada, mas com a cabeça na posição 1
mais elevada (verifique as instruções no manual do
fabricante das buchas).

Bombas de óleo Colocar em funcionamento por 1 hora 1

Acessórios Funcionamento 1

Comutador sob carga Funcionamento 6

Acionamento do
Aquecimento 1
comutador sob carga
Caixa de comando e
Aquecimento 1
controle

Aterramento Tanque 6

Sistema de resfriamento (radiadores, motoventiladores, trocadores


Limpeza 1
de calor e bombas de óleo)

7 de 7
CAPÍTULO 7
MONTAGEM, INSTALAÇÃO E
OPERAÇÃO
CAPÍTULO 7
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OPERAÇÃO

SUMÁRIO

1 LOCAL DA INSTALAÇÃO ......................................................................................... 5

1.1 CONDIÇÕES NORMAIS NA INSTALAÇÃO....................................................................................... 5

2 PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA............................................................................. 6

3 PREPARAÇÃO PARA MONTAGEM ......................................................................... 6

3.1 LISTA DE PESSOAL.......................................................................................................................... 6


3.2 LISTA DE EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS .............................................................................. 6
3.2.1 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ..................................................................................................... 7
3.2.2 DISPOSITIVOS ......................................................................................................................... 7
3.2.3 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA ............................................................................................... 7
3.2.4 MATERIAIS DIVERSOS E CONSUMÍVEIS ........................................................................................ 8

4 FUNDAÇÕES ............................................................................................................. 8

5 COLOCAÇÃO DO EQUIPAMENTO NA BASE DEFINITIVA..................................... 8

5.1 EQUIPAMENTO COM RODAS LISAS OU FLANGEADAS ................................................................ 9


5.2 EQUIPAMENTO COM BASE PARA ARRASTE ................................................................................10

6 INSTRUÇÕES PARA MONTAGEM ELETROMECÂNICA ...................................... 11

6.1 LIMPEZA DO TRANSFORMADOR...................................................................................................12


6.2 ENSAIO DO PONTO DE ORVALHO (URSI) – REFERÊNCIA ...........................................................12
6.3 JUNTAS DE VEDAÇÃO ...................................................................................................................12
6.4 TORQUE RECOMENDADO .............................................................................................................13
6.4.1 SEQUÊNCIA DE APERTO EM CONEXÕES QUE UTILIZAM JUNTAS DE VEDAÇÕES DE TEFLON EXPANDIDO

TEADIT OU GORE ................................................................................................................................16


6.4.2 TORQUE DE APERTO EM CAIXA DE PASSAGEM ............................................................................16
6.4.3 FECHAMENTO DE VÁLVULAS TIPO BORBOLETA ............................................................................16
6.5 MONTAGEM DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO ............................................................................17
6.5.1 MONTAGEM DOS RADIADORES .................................................................................................17
CAPÍTULO 7
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OPERAÇÃO
6.5.2 DESMONTAGEM DOS RADIADORES ............................................................................................19
6.5.3 MONTAGEM DOS MOTOVENTILADORES ......................................................................................19
6.6 MONTAGEM DO CONSERVADOR DE ÓLEO ..................................................................................22
6.6.1 PREPARAÇÃO PARA MONTAGEM DO CONSERVADOR ....................................................................22
6.6.2 CONSERVADOR DE ÓLEO COM BOLSA DE BORRACHA ..................................................................24
6.6.3 CONSERVADOR DE ÓLEO SEM BOLSA DE BORRACHA ...................................................................24
6.7 MONTAGEM DO RELÉ DETECTOR DE GÁS...................................................................................24
6.8 MONTAGEM DAS BUCHAS SÓLIDAS ............................................................................................25
6.8.1 TORQUE DE APERTO EM BUCHAS SÓLIDAS .................................................................................28
6.9 MONTAGEM DAS BUCHAS CAPACITIVAS ....................................................................................31

7 INSPEÇÃO INTERNA APÓS MONTAGEM ............................................................. 32

7.1 INSPEÇÃO DA PARTE ATIVA .........................................................................................................33


7.1.1 COMUTADORES A VAZIO, TIPO RÉGUA (LINEAR) ..........................................................................35
7.1.2 COMUTADORES A VAZIO, TIPO ROTATIVO ...................................................................................35
7.1.3 COMUTADORES SOB CARGA - MR ............................................................................................36
7.1.4 COMUTADORES SOB CARGA - ABB ...........................................................................................37
7.2 ENSAIO NOS TRANSFORMADORES DE CORRENTE ....................................................................37
7.3 ENSAIO DE ESTANQUEIDADE “PRELIMINAR” .............................................................................37

8 APLICAÇÃO DE VÁCUO, ENCHIMENTO E TRATAMENTO DO ÓLEO ................ 37

8.1 APLICAÇÃO DE VÁCUO .........................................................................................................................37


8.1.1 ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE VÁCUO ...........................................................................39
8.1.2 QUEBRA DO VÁCUO E PRESSURIZAÇÃO DO TRANSFORMADOR ......................................................39
8.2 MEDIÇÃO DO PONTO DE ORVALHO (U.R.S.I) .........................................................................................40
8.3 RECEBIMENTO DO ÓLEO ..................................................................................................................42
8.3.1 ÓLEO TRANSPORTADO EM TAMBORES .......................................................................................42
8.3.2 ÓLEO TRANSPORTADO EM CAMINHÃO TANQUE ...........................................................................42
8.4 TRATAMENTO DO ÓLEO ANTES DO ENCHIMENTO.........................................................................43
8.4.1 ENSAIOS NO ÓLEO MINERAL ISOLANTE (RECEBIMENTO) – ANTES TRATAMENTO ..............................43
8.4.2 ENSAIOS NO ÓLEO MINERAL ISOLANTE – APÓS TRATAMENTO E ANTES ENCHIMENTO .......................44
8.4.3 ENSAIOS NO ÓLEO MINERAL ISOLANTE – APÓS O TRATAMENTO NO TRANSFORMADOR .....................44
8.5 APLICAÇÃO DE VÁCUO PARA ENCHIMENTO ............................................................................................45
8.6 ENCHIMENTO DO ÓLEO DO EQUIPAMENTO ..............................................................................................45
8.7 SANGRIA (DESAERAÇÃO) .............................................................................................................48
8.8 T RATAMENTO DO ÓLEO ISOLANTE NO TRANSFORMADOR..................................................................48
8.9 AFERIÇÃO DO NÍVEL DO ÓLEO .....................................................................................................49
8.10 PERÍODO PARA IMPREGNAÇÃO .............................................................................................................49
8.11 TESTE DE ESTANQUEIDADE ...............................................................................................................49
CAPÍTULO 7
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OPERAÇÃO
8.12 AJUSTE DA BOLSA DE BORRACHA ..............................................................................................50
8.13 INSTALAÇÃO DO SECADOR DE AR ...............................................................................................51

9 COLETA DE AMOSTRAS DO ÓLEO ISOLANTE ................................................... 52

9.1 CONDIÇÃO DE COLETA EM TRANSFORMADORES EM OPERAÇÃO................................................................52


9.2 COLETA DE ÓLEO PARA TRANSFORMADOR PROVIDO DE SISTEMA DE SELAGEM .........................................52
9.3 PROCEDIMENTO PARA AVALIAR CONDIÇÃO DO SISTEMA DE SELAGEM .......................................................52
9.4 COLETA PARA ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA ....................................................................................53
9.4.1 UTENSÍLIOS DE COLETA DA AMOSTRA ........................................................................................53
9.4.2 LIMPEZA DOS FRASCOS DE AMOSTRAGEM..................................................................................54
9.4.3 PROCEDIMENTO PARA COLETA DA AMOSTRA COM FRASCO ..........................................................54
9.4.4 COLETA DE AMOSTRA DO COMPARTIMENTO DO COMUTADOR SOB CARGA ......................................56
9.5 COLETA PARA ANÁLISE CROMATOGRÁFICA ..............................................................................56
9.5.1 UTENSÍLIOS DE COLETA DA AMOSTRA ........................................................................................56
9.5.2 LIMPEZA DA SERINGA DE AMOSTRAGEM .....................................................................................56
9.5.3 PROCEDIMENTO PARA COLETA DA AMOSTRA COM SERINGA .........................................................57
9.6 IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS DE ÓLEO .................................................................................58
9.6.1 IDENTIFICAÇÃO DOS RECIPIENTES COM AMOSTRAS DE ÓLEO ........................................................58
9.6.2 ARMAZENAGEM DAS AMOSTRAS COLETADAS ..............................................................................59

10 ANÁLISE CROMATOGRÁFICA .............................................................................. 59

10.1 GERAL .............................................................................................................................................59


10.2 INTERVALOS DE TEMPO PARA REALIZAÇÃO ..............................................................................61

11 COMISSIONAMENTO .............................................................................................. 61

11.1 RELAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA OS ENSAIOS ELÉTRICOS ................................................61


11.2 RELAÇÃO DOS ENSAIOS E AÇÕES A SEREM EXECUTADOS......................................................62
11.3 SANGRIA (DESAERAÇÃO) .............................................................................................................63
11.4 RETOQUES FINAIS NA PINTURA ...................................................................................................63
11.4.1 INSPEÇÃO VISUAL ...................................................................................................................63
11.4.2 PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE ..................................................................................................64
11.4.3 PINTURA................................................................................................................................65
11.5 CONEXÃO DE CABOS E BARRAMENTO........................................................................................67
11.6 ATERRAMENTO DO TANQUE.........................................................................................................67
11.7 PROTEÇÃO E EQUIPAMENTOS DE MANOBRA .............................................................................67
11.8 EQUIPAMENTOS AUXILIARES .......................................................................................................68
11.9 INSTALAÇÃO SOBRE TRILHOS .....................................................................................................68

12 PROCEDIMENTOS PARA ENERGIZAÇÃO ............................................................ 69


CAPÍTULO 7
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OPERAÇÃO
12.1 VERIFICAÇÕES NA PRÉ-ENERGIZAÇÃO ......................................................................................69
12.2 ENERGIZAÇÃO ...............................................................................................................................74
12.3 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO TRANSFORMADOR .................................................................75
12.3.1 VERIFICAÇÃO APÓS 10 DIAS DE OPERAÇÃO ...............................................................................75
12.3.2 VERIFICAÇÃO APÓS UM MÊS (30 DIAS) DE OPERAÇÃO .................................................................76
12.3.3 VERIFICAÇÃO APÓS SEIS MESES DE OPERAÇÃO ..........................................................................76
12.3.4 VERIFICAÇÃO APÓS UM ANO DE OPERAÇÃO ...............................................................................76
12.3.5 VERIFICAÇÃO APÓS TRÊS ANOS DE OPERAÇÃO ...........................................................................77

ANEXO 1: TABELA DE REGISTRO DE VÁCUO TRANSFORMADORES DE FORÇA


CAPÍTULO 7
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OPERAÇÃO

1 LOCAL DA INSTALAÇÃO
Máquinas elétricas devem ser instaladas em locais de fácil acesso, que permitam a realização de inspeções
periódicas, manutenções locais e, se necessário, a remoção dos componentes para serviços externos. As
seguintes características ambientais devem ser asseguradas:
▪ Local limpo e bem ventilado.
▪ Instalação de outros equipamentos ou paredes não devem dificultar ou obstruir a ventilação do
equipamento.
▪ O espaço ao redor e acima do equipamento deve ser suficiente para manutenção ou manuseio do
mesmo.
No caso de instalações abrigadas, o recinto no qual será colocado o equipamento deve ser bem ventilado,
de modo que o ar aquecido possa sair livremente e ser substituído pelo ar fresco. Para tal, as aberturas de
entrada de ar devem possuir dimensões o quanto maior possível e sua distribuição devem ser de maneira
eficiente estando próximas do piso e de preferência abaixo do equipamento.

1.1 CONDIÇÕES NORMAIS NA INSTALAÇÃO

Em condições normais de funcionamento e altitude de instalação até 1000 m, é considerado para fins de
projeto que a temperatura ambiente não ultrapasse os 40 °C e a média diária não seja superior a 30 °C.
Para estas condições, os limites de elevação de temperatura prevista devem obedecer às normas ABNT,
IEC e ANSI.

ATENÇÃO!
Condições de operação e/ou ambientais adversas devem ser claramente especificadas pelo comprador do
equipamento.

Abaixo condições que devem ser informadas:


▪ Instalação em altitudes superiores a 1000 m;
▪ Instalação em locais em que as temperaturas do meio de resfriamento estejam fora dos limites
estabelecidos nas normas ABNT, IEC, ANSI;
▪ Exposição a umidade excessiva, atmosfera salina, gases ou fumaças prejudiciais;
▪ Exposição a pó prejudicial, materiais explosivos na forma de gases ou pó;
▪ Sujeição a vibrações anormais ou condições sísmicas;
▪ Sujeição a condições precárias de transporte, instalação e/ou armazenagem;
▪ Limitações de espaço na instalação;
▪ Dificuldade de manutenção;
▪ Funcionamento em regime ou frequência não usual ou com tensões diferentes das senoidais;
▪ Cargas que estabelecem harmônicas de correntes anormais, tais como as que resultam de correntes de
carga controladas por dispositivos em estado sólido ou similares;
▪ Condições de carregamento especificados (potência e fatores de potência) associadas a transformadores
ou autotransformadores de mais de dois enrolamentos;
▪ Exigência de níveis de ruído e/ou radiointerferência, diferentes das especificadas em normas.
▪ Exigência de isolamento diferente das especificadas em normas;
▪ Condições de tensão anormais, incluindo sobretensões transitórias, ressonância, sobretensões de
manobra, etc. que possam requerer considerações especiais no projeto da isolação;
▪ Campos magnéticos anormalmente fortes;
▪ Transformadores de grande porte com barramentos blindados de fases isoladas de altas correntes que
possam requerer condições especiais de projeto.

Necessidade de proteções especiais contra contatos acidentais de pessoas com partes vivas do
transformador.

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OPERAÇÃO

2 PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
Antes de iniciar os trabalhos de instalação, certifique-se que todos os requisitos para a instalação
apropriada tenham sido cumpridos. Tome as seguintes precauções de segurança:
▪ O pessoal designado para a montagem do equipamento deverá usar roupas apropriadas juntamente com
os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para o tipo de
tarefa a executar.
▪ Certifique-se que o pessoal não esteja usando anéis, pulseiras, relógio de pulso, etc. ou carregando
qualquer objeto nos bolsos, que possa cair dentro do tanque do transformador.
▪ Planeje cuidadosamente o controle das ferramentas. Faça uma lista de verificação de todas as
ferramentas a serem usadas durante a montagem do equipamento para evitar esquecer qualquer uma
delas quando do término das atividades de montagem e quando sair de dentro do tanque.
▪ Antes de remover qualquer tampa, certifique-se que o nível do óleo esteja abaixo da abertura e que a
pressão dentro do tanque esteja no mesmo nível que a pressão atmosférica.
▪ Antes de entrar no tanque do equipamento, troque o vapor do óleo por ar seco. O conteúdo de oxigênio
dentro do tanque deverá ser de pelo menos 19,5%. Se necessário, utilize uma máscara de oxigênio.
▪ Utilize lâmpadas de serviço à prova de explosão. Não troque lâmpada no interior do tanque.
▪ Mantenha sempre uma das pessoas da equipe de montagem próxima da abertura de inspeção para vigiar
os trabalhos no interior do tanque.
▪ Forneça as ferramentas uma a uma, conforme for necessário.
▪ Não fume enquanto trabalhar com o equipamento.
▪ Evite executar a instalação em dias chuvosos e não aplique vácuo se a umidade estiver acima de 70%.
▪ Inspecione a base e o exterior do equipamento.
▪ Faça a ligação de todas as conexões de aterramento.

3 PREPARAÇÃO PARA MONTAGEM

ATENÇÃO!
O supervisor de montagem juntamente com a equipe responsável deve assegurar que as ferramentas estão
disponíveis, inspecionadas, calibradas e que serão usadas corretamente por pessoal qualificado ou
certificado.
As especificações das ferramentas podem variar dependendo do porte do equipamento e a temperatura.

3.1 LISTA DE PESSOAL

É recomendada a seguinte equipe qualificada para efetuar a montagem completa do transformador. A lista
de pessoal pode variar de acordo com o porte do transformador e as atividades envolvidas na operação, por
isso é indicado uma lista de pessoal mínima recomendada:

Pessoal Quantidade
▪ Engenheiro responsável 01
▪ Supervisor de montagem 01 ou 02 (por WEG)
▪ Montadores 02 ou 03
▪ Auxiliares 02 ou 03
▪ Eletricista 01
▪ Operador de guindaste/guinchos 01
▪ Pintor 01

3.2 LISTA DE EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS

Podem ser necessárias ferramentas especiais que deverão estar explícitas nos documentos do
fornecimento (escopo de serviço WEG), de acordo com o tipo de equipamento fornecido. Caso permaneça
alguma dúvida, entre em contato com um representante ou Assistência Técnica WEG.

Recomendamos utilizar as ferramentas listadas abaixo para os trabalhos de instalação, montagem e testes
no campo do equipamento:

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OPERAÇÃO
▪ Máquina termovácuo (a capacidade deverá ser de acordo com a potência, classe de tensão e volume do
óleo isolante do equipamento) capacidade recomendada ≥ 6000 litros/hora e filtro novo de 0,5 micra;
▪ Conjunto de vácuo auxiliar com bomba para vácuo (“roots” com vazão de no mínimo ≥600m³/h);
▪ Tanque auxiliar (recomendado em aço inox) para armazenamento temporário do óleo com válvula inferior
e superior, ponto de respiro com sílica gel e janela de inspeção. Com capacidade de 120% do volume de
óleo do transformador;
▪ Caminhão MUNK com lança telescópica/guindaste (recomendado capacidade 5 t);
▪ Talha para levantamento de peças (recomendado capacidade 2 t);
▪ Roldana (recomendado capacidade 100 kg);
▪ Cintos/cabos de aço para elevação de peças (recomendado capacidade 2 t);
▪ Cordas diversas para amarração;
▪ Jogo de ferramentas (completo);
▪ Cilindro de ar sintético (comp. 20% O2 e 80% H2) – quantidade a definir no local da instalação;
▪ Regulador manual com manômetro para cilindro de ar sintético;
▪ Transformador trifásico com tensões de 440/380/220 V (potência a definir);
▪ Extensão elétrica monofásica ≥15 metros;
▪ Cabos trifásicos para alimentação dos equipamentos (quantidade e capacidade a definir);
▪ Lava jato com conexões e mangueiras;
▪ Pistola para reparos na pintura;
▪ Rolos e pincéis para reparo da pintura;
▪ Escada (recomendado comprimento ≥ 5m);
▪ Empilhadeira e macacos hidráulicos;
▪ Lanterna portátil (com bateria).

3.2.1 Instrumentos de medição

▪ Medidor de fator de potência 2,5 kV (para transformadores com classe de tensão até 245kV);
▪ Medidor de fator de potência 10 kV (para transformadores com classe de tensão acima de 245kV);
▪ Medidor de relação de transformação (TTR);
▪ Medidor de resistência ôhmica;
▪ Megômetro 5 kV;
▪ Multiteste: 02 Peças;
▪ Alicate amperímetro;
▪ Medidor de torque;
▪ Manômetros (escala 0 a 0,5 bar);
▪ Polarímetro;
▪ Termohigrômetro;
▪ Medidor de URSI (caso seja aplicado o ensaio de medição de URSI);
▪ Variador de tensão (0 – 220 V);
▪ Medidor de vácuo fino “tipo Pirani” com fundo de escala mínimo de 0,1mmbar;
▪ Poço térmico com temperatura controlável de 0 a 200°C para calibração dos termômetros.

3.2.2 Dispositivos

▪ Dispositivo para estanqueidade com manômetro (escala 0 a 1kgf);


▪ Dispositivo para puxar o cabo passante das buchas condensivas – comprimento 5m (quando aplicáveis
buchas condensivas);
▪ Seringas (50mml) com dispositivo para coleta do óleo para análise físico-química e cromatográfico;
▪ Frascos de vidro escuro (1 litro) para coleta do óleo antes e após tratamento do óleo isolante;
▪ Frascos de vidro escuro (50 ml) para PICB do óleo isolante.

3.2.3 Equipamentos de segurança

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários:


▪ Capacete;
▪ Óculos com lentes escura e clara;
▪ Protetor auricular;
▪ Luvas de algodão;

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OPERAÇÃO
▪ Luvas impermeáveis (látex, PVC ou vinil);
▪ Máscaras respiratórias para fumos metálicos;
▪ Máscaras respiratórias para vapores orgânicos (solventes);
▪ Cinto de segurança;
▪ Luvas de eletricista;
▪ Cremes de proteção para as mãos, proteção solar e proteção contra insetos.

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) necessários:


▪ Extintores de incêndio (recomendado Classe C);
▪ Oxímetro (para controle de oxigênio em espaço confinado);
▪ Isolamento de áreas de risco;
▪ Sinalizadores de segurança (como placas, cartazes de advertência ou fitas zebradas);
▪ Ventilação dos locais de trabalho;
▪ Kit de primeiros socorros;
▪ Cabos para aterramento dos sistemas elétricos.

3.2.4 Materiais diversos e consumíveis

▪ Cabos elétricos para conexão dos circuitos de ensaios no campo.


▪ Fita isolante.
▪ Lixa N°150.
▪ Lona plástica à prova d’água para proteção contra chuva.
▪ Escovas, panos/estopas e materiais de limpeza em geral.
▪ Colas, juntas, etc.

4 FUNDAÇÕES
Recomendamos as seguintes avaliações na fundação onde o equipamento será instalado:
▪ A fundação deve ser suficientemente rígida, plana, isenta de vibração externa que possa causar danos à
estrutura, ser capaz de resistir aos esforços mecânicos a que será submetida durante a operação do
equipamento;
▪ A base de instalação definitiva deve estar apropriadamente acabada para assegurar que nenhum pó nem
outros materiais caiam sobre o equipamento;
▪ O dimensionamento estrutural da fundação deve ser feito com base no desenho das dimensões externas
e forma construtiva do equipamento.

NOTA!
O usuário do equipamento é responsável pelo dimensionamento e construção da fundação onde o
equipamento permanecerá montado definitivamente.

5 COLOCAÇÃO DO EQUIPAMENTO NA BASE DEFINITIVA


Para a colocação do equipamento na sua base definitiva considere as recomendações a seguir:
▪ Antes de instalar o equipamento sobre a sua base definitiva, certifique-se que as verificações do item 4
deste capítulo tenham sido observadas.
▪ A base definitiva deverá estar corretamente nivelada;
▪ As instruções de movimentação do equipamento (capítulo 5) contidas neste manual devem ser
rigorosamente seguidas;
▪ Verifique possíveis interferências no local de instalação. Em uma situação ideal as interferências devem
ter sido identificadas durante a etapa de concepção do projeto. No entanto, podem surgir casos em que o
layout físico da planta não coincide com os desenhos, podendo surgir interferências no local durante esta
etapa. Nestes casos, a equipe do projeto deve programar procedimentos existentes para a resolução de
não conformidades, e dependendo da gravidade da interferência, coordenar a resolução envolvendo as
engenharias e organizações necessárias.

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OPERAÇÃO

ATENÇÃO!
Para executar o levantamento do equipamento utilize os olhais de içamento e apoios de macaco indicados
no desenho do equipamento.
O uso de quaisquer outros pontos pode ocasionar danos severos ao equipamento.

PERIGO!
Quando a carga estiver sendo movimentada, o operador deverá manter uma distância de pelo menos 4
metros da carga.

As estruturas no fundo dos equipamentos WEG são projetadas para suportar o peso total do equipamento
completamente montado e cheio de óleo. O tipo destas estruturas é construído conforme solicitações
especificadas no início do processo de compra do equipamento, podendo ser:
▪ Rodas orientáveis lisas para encaixe em canaletas ou somente sobre pisos;
▪ Rodas orientáveis flangeadas para encaixe em trilhos;
▪ Somente base para arraste.

NOTA!
Verifique as dimensões da base no desenho “Dimensões externas” do equipamento fornecido.

5.1 EQUIPAMENTO COM RODAS LISAS OU FLANGEADAS

As rodas do equipamento podem ser orientáveis flangeadas ou lisas, as quais normalmente são retiradas
para transporte devido ao tipo construtivo do equipamento e/ou limitações de altura para a realização do
transporte.
Quando a roda for do tipo flangeada, a medida da bitola “B” (distância entre as faces interna do trilho) é
extremamente importante, por isso deve ser verificada antes da montagem no trilho.
Durante a fabricação do equipamento é realizada uma pré-montagem dos suportes das rodas a base do
transformador. Cada suporte de roda e cada base, ao qual será fixado este suporte, recebem marcações
através de pontos puncionados (01 ponto, 02 pontos, 03 pontos e 04 pontos) para identificar o gabarito da
pré-montagem realizada em fábrica Figura 7. 1.

ATENÇÃO!
Utilizar a marcação do gabarito da pré-montagem de fábrica para a montagem das rodas em campo.
Isto irá garantir o melhor encaixe de cada suporte de roda a base do transformador.

ATENÇÃO!
Após montado em sua respectiva base, cada suporte de roda permite giro no seu próprio eixo de 360° para
eventual necessidade de deslocamento bidirecional do transformador. Para isso, proceder conforme abaixo:
▪ Suspender o transformador.
▪ Soltar as fixações dos suportes de roda.
▪ Fazer o giro das rodas no sentido desejado.
▪ Recolocar e apertar as fixações.
▪ Abaixar o transformador.

ATENÇÃO!
Cada um dos macacos utilizados para levantamento deve ser dimensionado para suportar no mínimo 50%
do peso total do equipamento.

ATENÇÃO!
Nunca faça a descida da ação dos macacos com o equipamento inclinado.
A falta desta observação pode causar deslocamento do centro de gravidade e sobrecarregar os dispositivos
de levantamento, podendo resultar em danificações na estrutura do equipamento e na base da instalação.

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OPERAÇÃO

Figura 7. 1 – Modelo de marcação da pré-montagem das rodas em fábrica

Faça a montagem das rodas com ajuda de macacos hidráulicos. Verifique se a distância entre centros das
rodas (EC) e a bitola (B) indicada nos desenhos do fornecimento estão de acordo com os valores
especificados e distância dos trilhos ou canaletas existentes no local da instalação.

Antes de apoiar as rodas, verifique se as mesmas estão alinhadas corretamente no trilho ou canaleta.
Desça a ação dos macacos até que as rodas se encostem ao trilho ou canaleta Figura 7. 2.

(a) (b)
Figura 7. 2 – Encaixe da roda no local da instalação: a) canaleta para rodas lisas b) trilho para rodas flangeadas

Após completamente montado, verifique nas rodas do equipamento por:


▪ Deformações ou trincas no conjunto;
▪ Existência de flexão nos eixos;
▪ Afrouxamentos.

Após montado no local inspecione o nivelamento do equipamento sobre a base da instalação.


Em caso de problemas ou dúvidas reporte imediatamente a um representante ou Assistência Técnica WEG.

5.2 EQUIPAMENTO COM BASE PARA ARRASTE

A base para arraste geralmente é uma estrutura composta de vigas do tipo “U” soldadas no fundo do
equipamento no sentido transversal e longitudinal. As dimensões e sua construção podem variar de acordo
com o tipo construtivo do equipamento e solicitações mecânicas a que serão submetidas. Ver Figura 7. 3.

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OPERAÇÃO

Figura 7. 3 – Detalhe típico da base de arraste

NOTA!
O CLIENTE responsável pelo dimensionamento e construção da fundação.
As dimensões e detalhes de construção da base de arraste do equipamento devem ser verificados nos
desenhos de cada fornecimento.

6 INSTRUÇÕES PARA MONTAGEM ELETROMECÂNICA


NOTA!
Estas recomendações destinam-se a auxiliar no manuseio para montagem, instalação e operação, visando
manter a qualidade e confiabilidade deste equipamento. Essas instruções não pretendem abranger todas
as situações e nem todos os detalhes e variações que possivelmente podem ocorrer durante a montagem
e manutenção deste equipamento.
Em caso de problemas ou dúvidas, reporte imediatamente a um representante ou Assistência Técnica
WEG para informações especificas sobre o equipamento adquirido.

No geral os componentes são removidos do equipamento principal devido a limitações de dimensões


durante a etapa de transporte. Estes componentes estão indicados na Lista de Embarque fornecida pela
WEG quando da expedição do equipamento. Consulte este documento e faça “Check List” dos
componentes. Certifique-se que não esteja faltando nenhum dos componentes antes da montagem.

A correta posição de montagem de cada componente deverá estar de acordo com a indicação no desenho
de Dimensões Externas do equipamento correspondente. Os componentes normalmente desmontados
durante o transporte são: buchas, sistema de refrigeração (radiadores, trocadores de calor, ventiladores e
bombas de óleo, etc.), conservador de óleo, secador de ar, para-raios, tubulações em geral, rodas e demais
periféricos.

ATENÇÃO!
A montagem do equipamento deverá ser executada em ambiente isento de poluição (poeira, limalhas de
aço e partículas em suspensão) e com umidade relativa do ar menor que 70%. Observe a identificação dos
componentes originário da montagem em fábrica e as instruções deste manual.

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OPERAÇÃO

PERIGO!
Durante a etapa de montagem devem estar disponíveis os equipamentos de combate a incêndio em local
próximo ao sistema de tratamento do óleo.
Estes equipamentos devem ter composição adequada para o combate a incêndio em equipamentos
elétricos a óleo.
Em hipótese nenhuma é permitido fumar próximo ou encima do equipamento.

ATENÇÃO!
O tanque principal do equipamento, os equipamentos de montagem e tratamento do óleo devem estar
corretamente aterrados na malha de aterramento existente no local da instalação durante os trabalhos de
montagem.

6.1 LIMPEZA DO TRANSFORMADOR

O processo de limpeza antes de iniciar a montagem eletromecânica do transformador assegura uma


condição ideal para as etapas seguintes de montagem, visto que as peças a serem conectadas terão
contato com o interior do tanque e, consequentemente, contato com a parte ativa do transformador. Este
procedimento de limpeza pode ser executado aplicando água, sabão neutro e escovação. Ver Figura 7. 4.

Figura 7. 4 – Limpeza do tanque do transformador

6.2 ENSAIO DO PONTO DE ORVALHO (URSI) – REFERÊNCIA

Após a etapa de limpeza do transformador e antes do início da montagem deve ser executado o Ensaio da
Umidade Relativa Superficial do isolamento (URSI). Este ensaio serve como referência para as etapas
seguintes em campo. Consulte o item 8.2 neste manual para realizar o teste.

6.3 JUNTAS DE VEDAÇÃO

Todas as juntas de vedações empregadas nas chapas ou flanges de fechamento temporário deverão ser
substituídas por novas, que são fornecidas junto com o equipamento. Antes de utilizar as novas juntas, as
superfícies devem ser limpas. Deve-se tomar cuidado para que não caiam partículas dentro do tanque
durante este procedimento.

Para comprimir uniformemente a junta, os parafusos devem ser apertados pouco a pouco e com o torque
recomendado conforme indicado nas instruções deste manual.

ATENÇÃO!
Não aplique solvente nas juntas. Do contrário, elas poderão se deteriorar.

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OPERAÇÃO

ATENÇÃO!
Juntas de vedações apertadas com torque inadequado podem causar vazamentos no equipamento.

6.4 TORQUE RECOMENDADO

Para o correto aperto dos elementos de fixações roscados, utilizar chaves com medidor de torque.
▪ Para a sequência de aperto observar a Figura 7. 5, Figura 7. 6 e Figura 7. 7;
▪ Torque admissível de acordo com o indicado na Tabela 7. 1.

Figura 7. 5 – Sequência de aperto para flange circular

Figura 7. 6 – Sequência de aperto recomendado para flange quadrado ou retangular

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OPERAÇÃO

Figura 7. 7 – Sequência de aperto para flange circular com juntas de vedações de Teflon expandido Teadit ou Gore

A Tabela 7. 1 indica o torque admissível para tipos diferentes de aplicações:

▪ Tipo 1: apresenta o torque requerido para diâmetros nominais de parafusos utilizados em conexões de
barramentos elétricos. Para esta aplicação deverá ser utilizado parafusos com resistência CLASSE 8.8.
▪ Tipo 2: apresenta o torque requerido para diâmetros nominais de parafusos, prisioneiros e tirantes
aplicados em conexões externas que utilizam juntas de vedações de borracha ou papelão hidráulico.
▪ Tipo 3: apresenta o torque requerido para diâmetro nominal de parafusos, prisioneiros e tirantes
aplicados em montagem geral interna e externa, nos locais sem juntas de vedações.
▪ Tipo 4: apresenta o torque requerido para diâmetros nominais de parafusos, prisioneiros e tirantes
aplicados em conexões externas que utilizam juntas de vedações de teflon expandido Teadit ou Gore.

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OPERAÇÃO

NOTA!
A classe de resistência dos materiais deve ser observada.

ATENÇÃO!
Exclui-se da Erro! Autoreferência de indicador não válida. o torque de aperto para buchas, válvulas
borboletas, caixa de passagem e elementos para prensagem do núcleo. Estas aplicações exigem valores
específicos.

ATENÇÃO!
Consulte a indicação do tipo do material das vedações nos documentos do fornecimento.
Caso isto não seja feito, pode ocasionar aperto com torques inadequados e causar vazamentos no
equipamento.

Tabela 7. 1: Torque admissível

TORQUE ADMISSÍVEL (Nm)


Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4
PARAFUSOS,
PARAFUSOS,
PARAFUSOS, PRISIONEIROS E
PRISIONEIROS E
PARAFUSOS EM PRISIONEIROS E TIRANTES EM
TIRANTES EM
CONEXÕES DE TIRANTES EM CONEXÕES
CONEXÕES EXTERNAS
BARRAMENTOS MONTAGEM EXTERNAS COM
Diâmetro COM JUNTAS DE
COM CONTATOS GERAL INTERNO JUNTAS DE
VEDAÇÃO DE
Nominal ELÉTRICOS
BORRACHA OU
E EXTERNO SEM VEDAÇÃO DE
VEDAÇÕES TEFLON
PAPELÃO HIDRÁULICO
EXPANDIDO
Materiais Materiais Materiais Materiais
Aço carbono Aço carbono Aço carbono
Aço Classe 8.8
Aço Inox Aço Inox Aço Inox
M8 24 14 15 -
M10 48 28 18 -
M12 84 50 30 68
M16 200 118 60 180
M20 390 250 115 352
M24 670 395 195 609
M30 - 790 390 -
M36 - 1375 - -

ATENÇÃO!
Para montagem de bujões ½" Figura 7. 8, utilizar torque de 40 Nm.

Figura 7. 8 – Bujão ½”

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6.4.1 Sequência de aperto em conexões que utilizam juntas de vedações de Teflon expandido
Teadit ou Gore

ATENÇÃO!
Conexões que possuem juntas de vedações de teflon expandido Teadit ou Gore, lubrificar o parafuso e
faces da porca com graxa Molycote P-74 usando um pincel, ou Spray WD-40.

Realizar a sequência de aperto conforme abaixo observando a Figura 7. 6 e Figura 7. 7:


▪ Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 30% do torque final;
▪ Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 70% do torque final;
▪ Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 100% do torque final;
▪ Apertar todos os estojos com 100% do torque final em sequência circular conforme mostrado;
▪ Repetir o quarto passo até que as porcas parem de girar;
▪ Efetuar reaperto com 100% do torque final no mínimo 4 horas após a instalação da junta;
▪ Reaperto com 100% do torque final antes do enchimento de óleo do transformador.

ATENÇÃO!
Para a desmontagem, realizar a sequência recomendada no item 6.4.1 deste capítulo com sentido de
torque anti-horário.
Não desmontar um conjunto parafuso e porca por completo, pois haverá o risco de empenamento e
deformação dos últimos parafusos.

6.4.2 Torque de aperto em caixa de passagem

▪ Para fixação da caixa de passagem Figura 7. 9, observar a sequência de aperto conforme indicado na
Figura 7. 5 e Figura 7. 6.
▪ Aplicar torque conforme Tabela 7. 2.

Figura 7. 9 – Caixa de passagem

Tabela 7. 2: Torque admissível caixa de passagem


Diâmetro
Tipo de fixação Torque (Nm)
nominal
M8 10
Fixação da caixa
M16 40
M5 2
Aperto dos terminais
M6 2,5

6.4.3 Fechamento de válvulas tipo borboleta

▪ Para garantir o fechamento completo das válvulas tipo borboleta, é necessário aplicar um torque mínimo
de acordo com a Tabela 7. 3 conforme orientação de cada fabricante.

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Tabela 7. 3: Torque para fechamento de válvulas borboleta

Diâmetro nominal da válvula Fabricante Torque (Nm)

2” Marangoni 34
Marangoni 115
3” SEI 70
Micromazza 59
4” 149
5” 136
Marangoni
6” e 8” 176
10” e 12” 217

ATENÇÃO!
Entrar em contato com a WEG caso a bitola ou fabricante da válvula borboleta instalada no transformador
não conste na
Tabela 7. 3.

6.5 MONTAGEM DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO

6.5.1 Montagem dos radiadores

Os radiadores são destacados para o transporte, e para evitar a entrada de impurezas, umidade e outros
elementos que possam contaminá-los, são colocadas tampas nos flanges, que deverão ser retiradas na
montagem.

ATENÇÃO!
As proteções dos flanges dos radiadores não devem ser retiradas durante o transporte e armazenamento
a fim de evitar qualquer penetração e/ou condensação de umidade. Recomenda-se a retirada somente
quando for executada a montagem dos radiadores no tanque principal.

Caso identificado entrada de umidade, deve-se lavar o radiador internamente com óleo mineral isolante
limpo e preferencialmente aquecido (máximo 50 °C). Este procedimento deve ser realizado por pessoal
especializado.
Os radiadores são embalados empilhados sobre um pallet de madeira e amarrados com cintos conforme
mostrado na Figura 7. 10. Para movimentar este conjunto de radiadores, deve-se utilizar empilhadeira ou
cintos que envolvam todo o estrado de madeira.

Figura 7. 10 – Embalagem dos radiadores

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A passagem de óleo dos radiadores (Figura 7. 11) ao tanque é feita através dos flanges de ligação (1)
soldados ao tanque. Os radiadores são fixados aos flanges de ligação (1) por meio dos flanges dos
radiadores (4) intercalando-se, em alguns casos, uma válvula “borboleta” (2) que permite a desmontagem
sem que seja necessário esgotar-se o óleo do tanque da unidade. Estas válvulas existentes nos tubos
superiores e inferiores são acionadas por meio de alavancas (3). O radiador possui um bujão superior (9)
para enchimento do óleo e purga de ar localizado no tubo coletor superior e um bujão inferior (8) para
drenagem do óleo. Para facilitar o içamento individual do radiador, existem dois olhais de suspensão
conforme (10 e 11), um posicionado no tubo coletor inferior e o outro no superior.

1. Flange de ligação ao tanque 8. Bujão inferior


2. Válvula de tipo borboleta 9. Bujão superior
3. Alavanca 10. Olhal de suspensão inferior
4. Flange do radiador 11. Olhal de suspensão superior
5. Tubo coletor 12. Fundo do tubo coletor
6. Suporte antivibratório 13. Tanque do transformador
7. Elementos 14. Guarnição
Figura 7. 11 – Montagem do radiador no transformador

Para o levantamento individual dos radiadores (Figura 7. 12) deve-se operar com cuidado, evitando batidas
e amassamentos. Para isto separe cada um de seu engradamento prendendo a cabo de aço nos olhais de
suspensão (itens 10 e 11 da Figura 7. 11).
A fixação do radiador ao transformador deverá ser realiza preferencialmente com guindaste conforme a
Figura 7. 12.

Figura 7. 12 – Levantamento do radiador para retirada da embalagem

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ATENÇÃO!
Durante o levantamento evite batidas, amassamentos ou danos à pintura do radiador. Batidas ou
amassamentos do radiador podem causar mau funcionamento do mesmo.

6.5.2 Desmontagem dos radiadores

O seguinte procedimento deve ser adotado para desmontagem dos radiadores, caso seja necessário no
futuro:
▪ Fechar as correspondentes válvulas tipo “borboleta” Figura 7. 11 (item 2).
▪ Retirar o líquido isolante contido nos radiadores, através dos bujões inferiores Figura 7. 11 (item 8). Para
facilitar o escoamento, abrir também o bujão superior Figura 7. 11 (item 9).
▪ Desmontar os radiadores, utilizando um guindaste Figura 7. 13, colocando as respectivas guarnições e
flanges cegos nos flanges dos radiadores e das válvulas tipo borboleta.
▪ Armazená-los conforme Figura 7. 10 (a).

Figura 7. 13 – Desmontagem do radiador

6.5.3 Montagem dos motoventiladores

A sequência de montagem para instalação dos motoventiladores (Figura 7. 14) deve ser verificada nos
desenhos dimensões externas e diagrama dos equipamentos auxiliares.

Motoventiladores montados na lateral dos radiadores Figura 7. 14 (a):


▪ Montar os motoventiladores com os drenos “A” (Figura 7. 15) dispostos para baixo. Manter os drenos “A”
abertos, a fim de evitar o acúmulo de água. Manter o dreno “B” (Figura 7. 15) fechado. Verificar
disposição aberto e fechado dos drenos conforme Figura 7. 16. Montar a conexão da caixa de ligação do
motoventilador conforme Figura 7. 17 disposta para baixo.

Motoventiladores montados no lado inferior dos radiadores Figura 7. 14 (b):


▪ Montar os motoventiladores com o dreno “B” (Figura 7. 15) disposto para baixo. Manter o dreno “B”
aberto, a fim de evitar o acúmulo de água. Manter os drenos “A” (Figura 7. 15) fechados. Verificar
disposição aberto e fechado dos drenos conforme Figura 7. 16.

ATENÇÃO!
Verificar disposição aberto e fechado dos drenos na Figura 7. 16.

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(a) Montagem lateral (b) Montagem inferior


Figura 7. 14 – Disposição de montagem dos motoventiladores

Figura 7. 15 – Detalhe drenos motoventilador

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Figura 7. 16 – Disposição aberto e fechado drenos do motoventilador

ATENÇÃO!
Montar a conexão da caixa de ligação do motoventilador conforme Figura 7. 17 disposta para baixo.

Figura 7. 17 – Detalhe conexão da caixa de ligação motoventilador

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6.6 MONTAGEM DO CONSERVADOR DE ÓLEO

O conservador de óleo possui tubos flangeados para as conexões das tubulações do secador de ar e do
relé de gás, para as conexões do indicador de nível de óleo, e válvulas para enchimento e drenagem de
óleo. É geralmente embalado separado do tanque principal e sem óleo e todas as suas tubulações são
tampadas com flanges.

6.6.1 Preparação para montagem do conservador

Verificar se o conservador está seco e limpo internamente e, caso necessário, lavá-lo com óleo limpo e
preferencialmente aquecido (máximo 50 °C).
Caso exista sistema de preservação do óleo isolante no conservador (membrana/bolsa), verificar sua
integridade e correto funcionamento.
Instalar o conservador (erguendo-o pelos pontos apropriados) e os respectivos suportes eventualmente
existentes.

ATENÇÃO!
Antes da montagem do conservador, deve-se proceder com uma inspeção visual e executar o ensaio de
estanqueidade na bolsa de borracha (caso a bolsa seja aplicável ao transformador).

ATENÇÃO!
Para o caso de transformadores recebidos com óleo ou sem óleo, porém com conservador resistente a
vácuo, montar a tubulação de interligação entre conservador e tampa do transformador, incluindo o relé
de gás e respectivas válvulas.

ATENÇÃO!
Para o caso dos transformadores recebidos sem óleo e o conservador não resistente a vácuo, montar a
tubulação, porém não montar o relé de gás e respectivas válvulas. A extremidade da tubulação ligada à
tampa do transformador pode ser utilizada para aplicação de vácuo.

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1 Caixa de passagem do ar 8 Tampa de inspeção


2 Equalização conservador/bolsa 9 Indicador de nível
3 Pontos de fixação da bolsa de borracha 10 Válvula de drenagem
4 Válvula para enchimento 11 Suporte do conservador
5 Bolsa de borracha 12 Tubulação do secador de ar
6 Conservador 13 Tubulação Buchholz do tanque principal
7 Abertura do conservador
(a)

1 Caixa de passagem do ar 11 Conservador do comutador


2 Equalização conservador do tanque/ bolsa 12 Abertura do conservador do comutador
3 Equalização conservador do tanque/ conservador do comutador 13 Abertura do conservador do tanque principal
4 Pontos de fixação da bolsa de borracha 14 Tampa de inspeção do conservador do comutador
5 Válvula para enchimento do conservador do tanque principal 15 Tampa de inspeção do conservador do tanque principal
6 Válvula para drenagem do conservador do tanque principal 16 Indicador de nível do óleo do comutador
7 Válvula para enchimento do conservador do comutador 17 Indicador de nível do óleo do tanque
8 Válvula para drenagem do conservador do comutador 18 Suporte do conservador
9 Bolsa de borracha 19 Tubulação dos secadores
10 Conservador tanque principal 20 Tubulação para relé detector de gás tipo Buchholz
(b)

Figura 7. 18 – Conservador de óleo: a) Conservador de óleo com bolsa de borracha b) Conservador de óleo com bolsa de
borracha e conservador de óleo para o comutador

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6.6.2 Conservador de óleo com bolsa de borracha

O ar existente entre a bolsa de borracha e suas adjacências (Figura 7. 18) deverá ser eliminado no local da
instalação durante o enchimento de óleo. O óleo devidamente preparado é introduzido no tanque até a
bolsa de borracha ficar vazia.
Exceto quando houver determinação especial, a temperatura deverá estar entre 5 e 35 °C, e a umidade
relativa do ar entre 45 e 85% durante os ensaios. Portanto, deverão ser evitadas correntes de ar para que
não haja variação de temperatura e umidade relativa, prejudicando assim os resultados.
O conservador deverá resistir ao ensaio de estanqueidade com colocação de ar seco à pressão de 0,1
kgf/cm². Não devendo apresentar nenhum vazamento durante o ensaio (Figura 7. 19). Durante o processo
de vácuo e pressurização do transformador manter aberta a válvula de equalização da bolsa.

ATENÇÃO!
Proceda com a inspeção visual da bolsa de borracha e execute o ensaio de estanqueidade na mesma
antes da montagem no conservador de óleo.

ATENÇÃO!
Deve ser evitado o uso de objetos pontiagudos e cortantes para manuseio da bolsa de borracha, já que
os mesmos podem furar ou cortar a bolsa.

Figura 7. 19 – Teste estanqueidade na bolsa de borracha

6.6.3 Conservador de óleo sem bolsa de borracha

Para conservador de óleo sem bolsa de borracha deve-se proceder a montagem normalmente.

6.7 MONTAGEM DO RELÉ DETECTOR DE GÁS

Quando o relé de gás (Buchholz) é desmontado (embalado em caixa separado) para o transporte do
transformador é necessário montar sua tubulação.
Deve-se proceder a inspeção geral, limpeza, substituição da guarnição existente e retirar o dispositivo de
trava boias. Observar a posição da montagem do relé de gás, onde a seta deverá indicar o sentido do fluxo
do liquido isolante do transformador para o conservador, ver Figura 7. 20.

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Figura 7. 20 – Inspeção no relé de gás e definição da posição de montagem

6.8 MONTAGEM DAS BUCHAS SÓLIDAS

Este item se refere ao manuseio para montagem e inspeção periódica de buchas de porcelana com classe
de isolamento 15, 25 e 36,2 kV, e correntes nominais de 250, 630, 1000, 2000 e 3150 A. Características
destes modelos de buchas de fabricação WEG são apresentados na Figura 7. 21 e Figura 7. 22.
O aspecto da bucha e suas dimensões devem ser verificados no desenho especifico do fornecimento.
Estas buchas normalmente são remetidas montadas no equipamento principal durante o transporte.
Quando as buchas são remetidas separadas do equipamento principal, estas são embaladas em caixas de
madeiras, que devem ser armazenadas em local protegido, de forma a evitar a penetração de água ou outra
impureza em seu interior.

Quando a bucha for montada ao equipamento principal (Figura 7. 23) devem ser seguidas rigorosamente as
seguintes instruções:
▪ Verificar visualmente se não há danos na bucha como trincas, fissuras nas regiões da porcelana e
limpeza das partes externa e interna quando desfizer a embalagem;
▪ Substituir/posicionar cuidadosamente as juntas de vedação;
▪ Limpar com pano seco a parte da bucha que ficar dentro do equipamento principal (sobretudo a
porcelana) e a face da porcelana que terá contato com a gaxeta na parte de fixação da bucha;
▪ Apertar as porcas de fixação da bucha equilibradamente e em diagonal;
▪ Centralizar a porcelana em relação às presilhas de fixação;
▪ Proceder à fixação apertando as porcas de forma que os esforços de aperto sejam distribuídos
igualmente. O torque recomendado para prisioneiros deve ser conforme apresentado na Tabela 7. 4;
▪ Instalar uma bucha de cada vez, a fim de reduzir a possibilidade de penetração de umidade no
transformador.

NOTA!
Quando utilizado aço inox nos materiais de fixação das buchas, é recomendada a aplicação de pasta
lubrificante especial “tipo Molykote” nestes materiais para a montagem da bucha.

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ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE


01 Condutor rígido 01
02 Centralizador 01
03 Corpo isolante 01
04 Fixação (ver Instruções para Montagem / Instalação) 04 ou 06
05 Junta chata 01
06 Anel de vedação 01
07 Prensa guarnição 01
08 Porca 01
09 Porca baixa 01
10 Condutor rígido - Terminal externo 01

Figura 7. 21 – Bucha sólida WEG

ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE


01 Flange da tampa 01
02 Guarnição 01
03 Prisioneiro de fixação 04 ou 06
04 Presilha 04 ou 06
05 Flange para fixação 01
06 Arruela lisa 04 ou 06
07 Porca 04 ou 06

Figura 7. 22 – Detalhe da fixação da bucha sólida WEG

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NOTA!
Verifique as características das buchas nos desenhos do fornecimento.
Algumas características das buchas podem sofrer alterações dependendo da necessidade do projeto.

ATENÇÃO!
O processo de aperto dos prisioneiros e porcas de fixação das buchas deve ser cumprido rigorosamente,
a fim de evitar trincas, quebras na porcelana e vazamentos em decorrência da má distribuição de torque.

ATENÇÃO!
Cuidado durante o manuseio das buchas. Evite danos ou trincas a porcelana.

Quando o cabo da linha da rede for ligado ao terminal da bucha, devem ser seguidas as seguintes
instruções:
▪ Apertar o terminal do lado externo à haste condutora certificando-se que não esteja frouxo;
▪ Manter o máximo de atenção com a face do terminal que terá contato com outros materiais para que a
mesma não seja danificada;
▪ Tomar o máximo cuidado quando o cabo de entrada for colocado para que não seja aplicada força de
flexão desnecessária na extremidade da bucha.

Figura 7. 23 – Montagem das buchas sólidas


As buchas que estiverem em funcionamento devem sofrer as seguintes inspeções mensais:
▪ Verificar se realmente não há sobreaquecimento em virtude do afrouxamento do terminal e das partes em
contato com o cabo de entrada. Se houver afrouxamento, as peças deverão ser reapertadas;
▪ Verificar se realmente não há sujeira sobre a porcelana da bucha. Se houver sujeira, esta deve ser
completamente retirada limpando a bucha;
▪ Verificar se não há danos na porcelana;
▪ Verificar se não há vazamentos de óleo.

PERIGO!
Se durante a inspeção for constatado sobreaquecimento em virtude de afrouxamento do terminal de linha,
sujeira excessiva, danos à porcelana ou vazamento de óleo na bucha. Faça as devidas correções sempre
com o transformador DESENERGIZADO.
Se o problema constatado não exigir desligamento emergencial, execute estas atividades através de uma
manutenção planejada.

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6.8.1 Torque de aperto em buchas Sólidas

Este item estabelece os procedimentos a serem seguidos durante a instalação e manutenções futuras em
buchas sólidas, visando padronizar o torque de aperto nas buchas sólidas instaladas em todo o
transformador de acordo com cada modelo de bucha. Desta maneira evitando avarias e possíveis pontos de
vazamento de óleo no equipamento.
Na Tabela 7. 4 são mostrados os torques requeridos para as fixações das buchas sólidas de acordo com
cada modelo de bucha. Para verificação do modelo utilizado em seu equipamento, consulte os desenhos do
fornecimento. Em caso de dúvidas consulte a WEG.

ATENÇÃO!
Os torques aplicados em buchas sólidas devem seguir rigorosamente as instruções contidas neste manual.
A falta de observância destas instruções pode causar avarias, quebra da porcelana isolante e vazamentos
de óleo no equipamento.
A aplicação correta do torque é condição necessária para a manutenção e validação da garantia contratual.

Realizar a sequência de aperto conforme abaixo observando a Figura 7. 23:


▪ Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 30% do torque final;
▪ Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 70% do torque final;
▪ Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 100% do torque final;

Figura 7. 24 – Sequência de aperto flanges buchas sólidas

Tabela 7. 4: Torque recomendado para montagem de buchas sólidas


(continua)
QUANTIDADE
LOCAL DO APERTO MODELO/ TIPO TIRANTES DE BITOLA MATERIAL TORQUE (Nm)
APERTO

1 M10 LATÃO 3,5

1,3kV 160A

1,3kV 400A
1 M16 LATÃO 11
1,3kV 800A

1 M24 LATÃO 22

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OPERAÇÃO

(continuação)

Torque não
aplicável,
15kV 160A
deformação
3 M6 AÇO PRETO
visual de
24,2kV 160A
aproximadamente
25%

1,3kV 2000A
3 M8 AÇO POLIDO 5
1,3kV 3150A

1,3kV 5000A 3 M10 AÇO POLIDO 12

15kV 250A M10 AÇO ZINCADO 11


24,2kV 4
36,2kV M10 AÇO INOX (1) 9
15kV 630A M10 AÇO ZINCADO 14
24,2kV 6
36,2kV M10 AÇO INOX (1) 10
15kV 1000A
2000A
3150A
6 M12 AÇO ZINCADO 16
24,2kV 1000A
2000A
3150A

36,2kV 1000A
2000A
3150A 6 M12 AÇO INOX (1) 14

52kV 1000A
2000A
24,2kV 5000A 10 M12 AÇO INOX (1) 16
(1) As porcas em aço inox devem ser lubrificadas com óleo para aplicação dos torques

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OPERAÇÃO
Os torques a serem aplicados nas porcas localizadas nos pinos terminais das buchas, assim como o torque
a ser aplicado no dispositivo de desaeração de ar destas buchas devem seguir a Tabela 7. 5.

Tabela 7. 5: Torque recomendado para porcas nos terminais e desaerador das buchas sólidas

BITOLA
MODELO DESCRIÇÃO CORRENTE TORQUE (Nm)
TERMINAL

250 A M12 15

630 A M20 25

Terminal de buchas 1000 A M30 65


padrão WEG
(GERMER) 1875 A 1.1/2” 80

2000 A M42 100

3150 A M48 130

4500 A M55 75
Terminal de buchas alta
5000 A M64 90
corrente (COMEM)
6300 A M75 110

Desaerador NA M6 5

ATENÇÃO!
Se o modelo de bucha sólida instalada no seu equipamento não esteja entre as descritas neste
procedimento de aplicação de torque, deve ser tratada como um modelo de construção especial. Neste
caso, informações referentes ao torque requerido devem ser solicitadas à WEG quando existir a
necessidade de montagem. Consulte os desenhos do fornecimento.

As ferramentas recomendadas e suas especificações mínimas para garantir o correto aperto das buchas
sólidas estão mostradas na Figura 7. 25.

TORQUÍMETROS:
▪ Torquímetro de estalo 2 a 25 Nm com encaixe 9 x 12 mm.
▪ Torquímetro de estalo 20 a 100 Nm com encaixe 9 x 12 mm.
▪ Torquímetro de estalo 40 a 200 Nm com encaixe 14 x 18 mm.
▪ Torquímetro axial com sistema de escape, 1 a 6 ou 4 a 9 Nm com encaixe sextavado ¼”, com bits fenda
simples 8 mm.

(a) Torquímetro de estalo e chaves intercambiáveis especiais

(b) Torquímetro axial


Figura 7. 25 – Modelos de ferramentas de aperto

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6.9 MONTAGEM DAS BUCHAS CAPACITIVAS

NOTA!
Este manual contém procedimentos gerais que se destinam a auxiliar a montagem de buchas capacitivas.
As instruções fornecidas neste manual não abrangem todos os modelos de buchas e nem todas as
condições possíveis durante a montagem e instalação das buchas.
É obrigatória a consulta no manual de instruções do fabricante da bucha, que é fornecido juntamente com
a documentação final do transformador.
Em caso de dúvidas entre em contato com a Assistência Técnica ou representante WEG autorizado.

As buchas capacitivas normalmente são acondicionadas em caixas de madeira para transporte, como
prevenção de possíveis danos físicos.
Buchas do tipo pequenas podem ser retiradas manualmente, porém tipos maiores precisam de guindaste,
cordas, cabos e talha.

ATENÇÃO!
Devem-se tomar cuidados especiais com buchas condensivas com isoladores não cerâmicos.
Normalmente as saias destas buchas são suscetíveis a danos quando levantadas. Neste caso, não se
deve usar cabos entre as saias.
Consulte o modelo da bucha fornecida e as instruções de montagem no manual do fabricante da bucha.

Proceder conforme abaixo quando da montagem no transformador:


▪ Fazer uma avaliação geral das buchas antes da instalação, localizando possíveis pontos de avarias como
trincas, fissuras nas regiões da porcelana e metálica;
▪ Evitar vazamentos de óleo pelos visores, bujão de enchimento, região de acoplamento entre a parte de
porcelana e metálica;
▪ Fazer limpeza das partes externa e interna;
▪ Conectar cintas para içamento em seus devidos pontos, observando o ângulo de montagem conforme
mostrado na Figura 7. 26;
▪ Substituir e posicionar cuidadosamente as juntas de vedação;
▪ Instalar uma bucha de cada vez, a fim de reduzir a possibilidade de penetração de umidade no
transformador;
▪ Evitar esforço do cabo de saída durante a montagem da bucha, pois poderá comprometer a conexão do
mesmo na saída da bobina.

Figura 7. 26 – Montagem das buchas condensivas

PERIGO!
Ao transportar ou movimentar cargas pesadas, utilize equipamentos de içamento (guindaste, ponte rolante,
etc.) com capacidade correspondente ao peso levantado.

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NOTA!
A inclinação da montagem e a orientação do indicador de nível do óleo são considerações importantes
quando da montagem de buchas capacitivas.
Consulte o ângulo máximo permissível para levantamento e instalação no manual do fabricante da bucha.
O indicador de nível de óleo deve ser orientado para fora, permitindo fácil visualização a partir do chão.

Atenção especial deve ser dada quando da montagem do condutor interno e “Shields” das buchas
capacitivas. O condutor é definido de acordo com a classe nominal da bucha e de acordo com o projeto
interno do transformador. Os tipos de condutores internos podem ser:
▪ Cabo condutor interno: para correntes baixas, é soldado internamente ao terminal superior da bucha.
▪ Haste flexível única ou desmontável: para médias correntes, normalmente parafusados na parte inferior
da bucha.
▪ Haste rígida fixa: para correntes mais elevadas, aparafusados no inferior da bucha.

ATENÇÃO!
A sequência de montagem das partes internas da bucha pode variar de um fabricante para outro, pela
classe da bucha e modelo.
Verifique esta informação no manual de instalação do fabricante da bucha.

7 INSPEÇÃO INTERNA APÓS MONTAGEM

NOTA!
Esta atividade deverá ser realizada após a conclusão total da montagem eletromecânica do equipamento e
por profissionais devidamente qualificados e com autorização da WEG.

PERIGO!
Durante a execução das atividades no interior do transformador, os trabalhadores devem estar cientes das
regras e exigências da sua empresa e de todas as normas de segurança locais, estaduais e nacionais com
jurisdição sobre a área em que o trabalho em espaço confinado for realizado. O trabalho em espaço
confinado deve ser realizado em conformidade com todas estas regras, normas e orientações aplicáveis.
Na ausência destas orientações, e como um nível mínimo de práticas seguras devem ser adotadas as
seguintes recomendações:
▪ Apenas as pessoas que forem treinadas e familiarizadas com os procedimentos de entrada em
espaço confinado devem realizar os trabalhos no interior do transformador.
▪ Ao menos uma pessoa deve permanecer no lado de fora do transformador, e deve sempre manter
contato visual ou sonoro com os trabalhadores no interior do tanque. Se um trabalhador dentro do
tanque perder a consciência, o trabalhador externo deve chamar imediatamente a equipe de
resgate de emergência e nunca entrar no transformador para tentar remover o trabalhador caído.
▪ O óleo deve ser todo drenado do tanque para que a atividade no interior seja realizada. Elimine os
riscos com óleo em outros compartimentos isolados através de válvulas, como por exemplo, os
radiadores, conservador de óleo, tubulações e trocador de calor, etc. A quantidade de óleo nestas
áreas, quando não drenados, e somente isolados do tanque é suficiente para ocasionar um
acidente ao trabalhador no interior do tanque. Drene o óleo destes compartimentos ou garanta que
as válvulas estão trancadas na posição fechada.
▪ Somente entre no transformador quando o gás de transporte (incluindo ar seco) seja
completamente substituído com ar seco respirável que tem um ponto de orvalho máximo de -45°C,
garantido que a quantidade de oxigênio seja suficiente para manter a qualidade do ar respirável. O
teor de oxigênio deve estar entre 19,5% e 23%. Os níveis de monóxido de carbono deverão ser
também monitorados e mantido a um nível inferior a 25 ppm. O limite de explosividade deve ser
inferior a 20%. O teor de oxigênio e conteúdo de gás combustível devem ser verificados
periodicamente durante todo o processo de inspeção interna para assegurar que os níveis estão
aceitáveis.
▪ Deve ser prevista a iluminação adequada e do tipo não explosiva.
▪ Movimentos dentro do transformador deve ser lento e deliberado. Existem saliências que podem
causar cortes e contusões caso o trabalhador não tenha os cuidados para evitar. Os trabalhadores
não devem espremer-se em espaços apertados onde eles podem ficar presos.

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7.1 INSPEÇÃO DA PARTE ATIVA

Siga as seguintes etapas:


▪ Abertura da(s) janela(s) de inspeção superior;
▪ Medição e certificação do gás no interior do equipamento (Figura 7. 27);
▪ Instalação do sistema para manter o fluxo de ar seco;
▪ Estabelecimento do controle de entrada e saída de ferramentas;
▪ Definição dos pontos a serem inspecionados.

PERIGO!
Antes de abrir o tanque do equipamento, despressurize o ar interno através de uma das válvulas
superiores.

Recomenda-se inspecionar internamente a parte ativa, objetivando avaliar as condições de fixação


mecânica e conexões elétricas em geral. Pontos a serem avaliados:
▪ Aterramentos de núcleo (Figura 7. 28);
▪ Núcleo: verificar se houve deslocamento e as condições de aterramento;
▪ Conexões elétricas de cabos (Figura 7. 29);
▪ Posicionamentos de cabos de AT;
▪ Isolamentos;
▪ Comutadores;
▪ Visual das isolações acessíveis;
▪ Calços e espaçadores: fixação e deslocamentos. Se existirem calços temporários colocados para fins de
transporte, estes devem ser removidos;
▪ Transformador de corrente (TC): inspecionar terminais secundários, suportes e fiações;
▪ Condutores de ligação às buchas: inspecionar quanto ao isolamento, sistema de fixação, contato com
partes aterradas ou de potencial diferente;
▪ Parafusos e contraporcas: reapertar se necessário;
▪ Fundo do tanque: presença de objetos desprendidos e particulados;
▪ Blindagens de tanque e componentes: correta fixação, contato com partes aterradas, verificar se houve
deslocamentos.

Após a avaliação completa confira as ferramentas e materiais usados.

ATENÇÃO!
Durante este período de abertura do equipamento para efetuar as atividades citadas acima, manter fluxo de
ar seco (através de cilindros ou sistema de suprimento de ar seco controlado) a fim de evitar/minimizar o
contato da parte ativa com as condições externas do ambiente.

ATENÇÃO!
Não esqueça e nem deixe cair ferramentas no interior do equipamento. A falta deste pode causar severos
danos ao equipamento.

ATENÇÃO!
Informar imediatamente a WEG sobre qualquer condição de anormalidade encontrada durante a inspeção
interna do equipamento, sob risco de causar mau funcionamento. Este é um procedimento obrigatório para
fins de manutenção e garantia do equipamento.

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Figura 7. 27 – Verificação do ambiente interno

Figura 7. 28 – Aterramento do núcleo

Figura 7. 29 – Conexões elétricas e distancias dos cabos

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7.1.1 Comutadores a vazio, tipo régua (linear)

Objetivo: Após a montagem eletromecânica do transformador, inspecionar o acionamento interno e externo


do comutador (Figura 7. 30), a fim de avaliar as condições mecânicas e elétricas do mesmo.

Pontos a serem avaliados:


▪ Sincronismo entre a posição do acionamento externo e contato elétrico interno da posição
correspondente.
▪ Travamento do acionamento externo.
▪ Identificação das posições no acionamento externo.

Figura 7. 30 – Comutador a vazio tipo linear

7.1.2 Comutadores a vazio, tipo rotativo

Objetivo: Após a montagem eletromecânica do transformador, recomenda-se inspecionar o acionamento


interno e externo (Figura 7. 31), a fim de avaliar as condições mecânica e elétrica do mesmo.

Pontos a serem avaliados:


▪ Sincronismo entre a posição do acionamento externo e contato elétrico interno da posição
correspondente;
▪ Travamento do acionamento externo;
▪ Identificação das posições no acionamento externo;
▪ Lubrificação do acionamento externo do acionamento externo rotativo.

Figura 7. 31 – Comutador a vazio tipo rotativo

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7.1.3 Comutadores sob carga - MR

Objetivo: Após a montagem eletromecânica do transformador, recomenda-se inspecionar todo o sistema


interno e externo do comutador sob carga, a fim de avaliar as condições mecânica e elétrica do mesmo
(Figura 7. 32).

Pontos a serem avaliados:


▪ Avaliar o sistema de equalização entre os conservadores do comutador sob carga e do transformador;
▪ Verificar o acoplamento do acionamento com os eixos do comutador, com relação à folga e aperto dos
parafusos;
▪ Efetuar a comutação manual, antes de acionar o acionamento motorizado retirando o acionamento de
suas posições extremas;
▪ Instalar a célula filtrante somente após a conclusão do enchimento final do comutador (Figura 7. 33), caso
o filtro seja aplicável ao transformador;
▪ Lubrificar o acoplamento do eixo do acionamento externo.

Figura 7. 32 – Comutador sob carga MR - conexões

(a) (b)
Figura 7. 33 – Comutador sob carga MR: a) filtro de óleo e acionamento b) chave seletora interna

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7.1.4 Comutadores sob carga - ABB

Objetivo: Após a montagem eletromecânica do transformador, recomenda-se inspecionar todo o sistema


interno e externo do comutador sob carga do tipo ABB (Figura 7. 34), a fim de avaliar as condições
mecânicas e elétricas do mesmo.

Pontos a serem avaliados:


▪ Avaliar o sistema de equalização entre os conservadores do comutador sob carga e do transformador.
▪ Verificar o acoplamento do acionamento com os eixos do comutador, com relação à folga e aperto dos
parafusos;
▪ Não acionar o comutador sem óleo no interior de sua câmara;
▪ Efetuar a comutação manual, antes de acionar o acionamento motorizado retirando o acionamento de
suas posições extremas;
▪ Lubrificar o acoplamento do eixo do acionamento externo.

Figura 7. 34 – Comutador sob carga ABB

7.2 ENSAIO NOS TRANSFORMADORES DE CORRENTE

Após a montagem eletromecânica e antes de iniciar o processo de vácuo os seguintes ensaios devem ser
executados nos transformadores de corrente das buchas:
▪ Resistência ôhmica dos TCs;
▪ Relação de transformação dos TCs;
▪ Polaridade;
▪ Resistência do isolamento e saturação em todos os TCs instalados no caneco das buchas do
transformador.

7.3 ENSAIO DE ESTANQUEIDADE “PRELIMINAR”

Proceder com ensaio de estanqueidade “preliminar” por um período mínimo de 12 horas conforme
instruções e procedimentos descritos no item 8.11 deste manual.

8 APLICAÇÃO DE VÁCUO, ENCHIMENTO E TRATAMENTO DO ÓLEO

8.1 APLICAÇÃO DE VÁCUO

Visando a retirada da umidade absorvida durante as etapas de abertura do equipamento durante a


montagem e para efetuar a montagem das buchas e inspeção interna no equipamento, faz-se necessário
proceder com o tratamento da parte ativa, através de aplicação de vácuo.

Observando a Figura 7. 35 e Figura 7. 36. Proceda com as seguintes instruções:


▪ Verificar a rotação correta do motor da bomba de vácuo;
▪ Conectar a mangueira proveniente do conjunto de vácuo na válvula superior do conservador do tanque
principal “VSC”;
▪ Antes de iniciar o processo, manter a válvula “VSC” fechada e aplicar vácuo na tubulação (mangueira) da
máquina de vácuo e verificar se existem vazamentos nesta tubulação;

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▪ Conectar o sistema de medição de vácuo na válvula “provisória” conectada na tubulação do secador.
▪ Abrir a válvula de equalização entre conservador e bolsa de borracha “VEB”;
▪ Abrir a válvula de equalização entre o conservador do tanque principal e o conservador do comutador sob
carga “VEC” (CASO O COMUTADOR SOB CARGA SEJA APLICAVEL AO SEU EQUIPAMENTO);
▪ Abrir todas as válvulas “borboleta” que conectam os radiadores ao tanque principal;
▪ Abrir as válvulas que interligam o relé detector de gás ao tanque e ao conservador “VRB”;
▪ Fechar as demais válvulas que tenham comunicação com o meio externo e que não estejam envolvidas
no processo;
▪ Ligar a bomba do conjunto de vácuo e abrir lentamente a válvula “VSC”;
▪ Monitorar o processo de aplicação de vácuo.

Legenda:
VST: válvula superior do tanque
VSC: válvula superior do conservador principal
VIT: válvula inferior do tanque
VIC: válvula inferior do conservador principal
VEB: válvula de equalização da bolsa e conservador
CDCC: conservador do compartimento do comutador
VEC: Válvula de equalização entre os conservadores
VCC: válvula superior do conservador do comutador
VRB: válvula do relé buchholz
VDC: válvula inferior do conservador do comutador
RB: relé buchholz

Figura 7. 35 – Aplicação de Vácuo

Figura 7. 36 – Processo de vácuo em transformadores

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O período de vácuo a ser aplicado no transformador deverá ser seguido conforme valores relacionados na
Tabela 7. 6.

Tabela 7. 6: Tempo de vácuo

Equipamento transportado Equipamento transportado


COM ÓLEO REBAIXADO SEM ÓLEO
Classe de tensão Tempo de vácuo Classe de tensão Tempo de vácuo
equipamento (kV) (horas) equipamento (kV) (horas)
15 a 34,5 6 15 a 34,5 12

72,5 12 72,5 16
145 12 145 24
245 a 362 - 245 a 360 36
420 a 550 - 420 a 550 48

ATENÇÃO!
Nos casos que a WEG defina e apresente um escopo de serviço específico de montagem de campo, o
tempo de vácuo deverá ser seguido criteriosamente o especificado no documento referenciado (escopo de
montagem).

8.1.1 Acompanhamento do processo de vácuo

▪ Preencha os dados e registre os valores de vácuo a cada hora na tabela de controle de vácuo anexa
neste capítulo do manual para uma avaliação final.

Anexo 1 deste capítulo “Tabela de Registro de vácuo – Transformadores de força”.

ATENÇÃO!
A contagem do tempo de vácuo deverá ser considerada após o valor de pressão atingir ≤ 1mbar. Mantenha
os valores de vácuo anotados a cada hora na planilha.

ATENÇÃO!
Em caso de dúvidas nos valores e resultados obtidos durante a aplicação de vácuo, entre em contato com a
Assistência Técnica WEG.

8.1.2 Quebra do vácuo e pressurização do transformador

Para a quebra de vácuo, observar a Figura 7. 37 e proceder com as seguintes instruções:


▪ Instalar sistema de pressurização com ar sintético na válvula provisória instalada na tubulação do secador
de ar;
▪ Instalar manovacuômetro para controle de pressão na válvula provisória instalada na tubulação do
secador de ar;
▪ Abrir a válvula instalada na tubulação do secador de ar;
▪ Fechar a válvula de aplicação do sistema de vácuo “VCS”;
▪ Desligar as bombas do sistema de aplicação de vácuo;
▪ Iniciar lentamente a injeção de ar sintético através do sistema de pressurização instalado na tubulação do
secador de ar;
▪ fechar a válvula “provisória” instalada na tubulação e retire a célula de medição de vácuo;
▪ Em intervalos de aproximadamente 5 minutos, fechar a válvula instalada na tubulação do secador de ar
de acesso do ar sintético e verificar a indicação do mano vacuômetro com relação à pressão no interior do
conservador.

NOTA!
Quando o manovacuômetro indicar ligeira pressão positiva o processo de quebra de vácuo estará concluído.
Mantenha o equipamento pressurizado com valor de pressão de 0,25 kgf/cm².

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Legenda:
VSC: válvula superior do conservador principal VST: válvula superior do tanque
VIC: válvula inferior do conservador principal VIT: válvula inferior do tanque

CDCC: conservador do compartimento do comutador VEB: válvula de equalização da bolsa e conservador


VEC: Válvula de equalização entre os conservadores
VCC: válvula superior do conservador do comutador
VDC: válvula inferior do conservador do comutador VRB: válvula do relé buchholz
RB: relé buchholz

Figura 7. 37 – Quebra do vácuo e pressurização do transformador

8.2 MEDIÇÃO DO PONTO DE ORVALHO (U.R.S.I)

Com a finalidade de se determinar se houve absorção de umidade pela isolação da parte ativa durante o
processo de montagem após o equipamento completamente montado, deve-se efetuar a determinação do
ponto de orvalho, que é indicado através da realização do ensaio de URSI (Umidade Relativa da Superfície
da Isolação).
Através desta técnica, a URSI é medida com o preenchimento do transformador com ar sintético super-seco
e após um período de equilíbrio de no mínimo 24 horas, mede-se o ponto de orvalho do gás para
juntamente com a temperatura da parte ativa, conforme o diagrama abaixo (Gráfico 7. 1), obter-se a
umidade do papel.

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Gráfico 7. 1: URSI – Temperatura Isolação (ºC) x Temperatura ponto de orvalho (ºC) x Umidade da isolação (%)

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Siga com as seguintes etapas:
▪ Pressurizar o equipamento com ar seco – até 0,3 Kgf/cm²;
▪ Deixar o equipamento em repouso com tempo adequado de no mínimo 24 horas, permitindo tempo de
contato com o papel de 18 a 30 horas para que se estabeleça o equilíbrio entre a umidade na isolação
sólida e o gás de enchimento;
▪ Após o repouso, fazer a medição da URSI.

Os valores considerados como critérios de aceitação são conforme Tabela 7. 7:

Tabela 7. 7: Valores de aceitação da URSI

CLASSE DE TENSÃO VALOR DE URSI

≤ 69 kV 1,0 %
> 69 kV e < 345 kV 0,7 %
≥ 345 kV 0,5 %

8.3 RECEBIMENTO DO ÓLEO

É recomendado durante as etapas de vácuo, anteriormente descritas, que seja feito o recebimento e
homologação do óleo do fornecimento durante este período.

8.3.1 Óleo transportado em tambores

▪ Drenar o óleo dos tambores (Figura 7. 38) em um tanque auxiliar;


▪ Realizar análise físico-química do óleo isolante;
▪ Analisar os resultados do relatório, certificando sua qualidade;
▪ Iniciar o tratamento do óleo com máquina termovácuo.

Figura 7. 38 – Óleo transportado em tambores

8.3.2 Óleo transportado em caminhão tanque

▪ Inspecionar os lacres das válvulas conforme Figura 7. 40 do caminhão tanque mostrado na


▪ Figura 7. 39;
▪ Coletar/ realizar análise físico-química do óleo isolante conforme Figura 7. 41;
▪ Analisar os resultados do relatório, certificando sua qualidade;
▪ Iniciar o tratamento do óleo com máquina termovácuo.

Figura 7. 39 – Óleo transportado em caminhão tanque

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Figura 7. 40 – Lacres das válvulas

Figura 7. 41 – Coleta do óleo para análises

8.4 TRATAMENTO DO ÓLEO ANTES DO ENCHIMENTO

Para o tratamento do óleo isolante, proceder conforme abaixo:


▪ Após a certificação de recebimento do óleo isolante, iniciar o tratamento do mesmo com máquina
termovácuo;
▪ O período de tratamento dependerá da vazão da máquina termovácuo, onde geralmente são circuladas
três vezes o seu volume total;
▪ Realizar novamente coleta e análise físico-químicas do óleo antes do enchimento. Os valores obtidos
deverão ser analisados pelo supervisor, para posterior autorização do início do enchimento do
transformador.

ATENÇÃO!
Antes da utilização da máquina termovácuo para tratamento do óleo e tanque auxiliar, coletar amostra do
óleo existente no interior da mesma, e realizar o ensaio de PCBs pelo método cromatográfico.
A máquina somente poderá ser utilizada para o trabalho se no laudo constar “isentos PCBs”.

Para realizar as coletas de amostra do óleo para analises físico-química observe as instruções no item 9.4
deste capítulo.

8.4.1 Ensaios no óleo mineral isolante (recebimento) – antes tratamento

Ensaios físico-químicos (01 Frasco de vidro âmbar de 01 litro):


▪ Tensão interfacial;
▪ Rigidez dielétrica;
▪ Fator de potência a 100 °C;
▪ Ponto de fulgor;

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▪ Teor de água;
▪ Densidade.

Ensaios especiais (01 Frasco de vidro âmbar de 01 litro):


▪ Enxofre corrosive;
▪ Teor de DBDS;
▪ Teor de Passivador.

8.4.2 Ensaios no óleo mineral isolante – após tratamento e antes enchimento

Ensaios físico-químicos (01 Frasco de vidro âmbar de 01 litro):


▪ Tensão interfacial;
▪ Rigidez Dielétrica;
▪ Fator de Potência a 100 °C;
▪ Ponto de fulgor;
▪ Teor de Água;
▪ Densidade.

Ensaio de contagem de partículas (01 frasco de vidro de 01 litro).

8.4.3 Ensaios no óleo mineral isolante – após o tratamento no transformador

Ensaios físico-químicos (02 Frascos de vidro âmbar de 01 litro):


▪ Tensão interfacial;
▪ Rigidez dielétrica;
▪ Fator de potência a 100 °C;
▪ Ponto de fulgor;
▪ Teor de água;
▪ Densidade.

Ensaio de contagem de partículas (01 frasco de vidro de 01 litro).

Os valores recomendados para comparação de resultados das análises no óleo mineral estão descritos na
Tabela 7. 8.

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Tabela 7. 8: Valores de referência (1) para início de controle de óleos isolantes em equipamentos novos

Categoria de equipamento (3)


Características (2) Método de ensaio
≤ 72,5 > 72,5 ≤ 242 > 242
kV kV kV

Claro e isento de Claro e isento de Claro e isento de


Aparência Visual
material em suspensão material em suspensão material em suspensão

Cor máxima ABNT NBR 14483 1,0 1,0 1,0

Índice de neutralização,
ABNT NBR 14248 0,03 0,03 0,03
mg KOH/g, máximo

Tensão interfacial a 25° C,


ABNT NBR 6234 40 40 40
mN/m, mín.

Teor de água, ppm,


ABNT NBR 10710 15 15 10
máxima (4)
Rigidez dielétrica, kV,
ABNT NBR
Mínimo 60 70 80
IEC 60156
- Eletrodo calota
Fator de perdas
Dielétricas, %, máxima (5) ABNT NBR 12133
a 25° C 0,05 0,05 0,05

a 90° C 0,70 0,50 0,50

a 100° C 0,90 0,60 0,60

Contagem de partículas ABNT NBR 14275


(maior que 2µm)

Antes enchimento 1000 partículas/ 10mL 1000 partículas/ 10mL 1000 partículas/ 10mL

Após enchimento 2500 partículas/ 10mL 2000 partículas/ 10mL 1500 partículas/ 10mL

(1) Estes valores de referência são aplicados a ensaios realizados em amostras antes do enchimento, retiradas após 24 h e
até 30 dias do enchimento do equipamento, antes da energização.

(2) Além das mencionadas acima, outras características podem ser determinadas nos casos de necessidade de identificação
do tipo de óleo ou de mais informações sobre ele.

(3) Para óleos de tanque de comutador, os valores de referência são os mesmos do óleo do equipamento, respeitando a
classe de tensão.

(4) Para equipamentos novos não é necessário corrigir o teor de água no óleo em função da temperatura de amostragem,
devido ao tempo de contato do óleo com a isolação celulósica ser insuficiente para atingir o equilíbrio.

(5) Valores para fator de perdas dielétricas acima dos recomendados podem indicar excessiva contaminação ou aplicação
indevida de materiais sólidos na manufatura do equipamento e devem ser investigados.

8.5 APLICAÇÃO DE VÁCUO PARA ENCHIMENTO

Após a medição da URSI e antes do enchimento, o equipamento deve ser novamente submetido ao
processo de vácuo por um período mínimo 24 horas, contados a partir do valor de vácuo for ≤ 1,0 mbar.
Para aplicação de vácuo proceda de acordo com as instruções descritas no item 8.1 deste manual.

8.6 ENCHIMENTO DO ÓLEO DO EQUIPAMENTO

Antes de iniciar o procedimento de enchimento do equipamento, fazer as seguintes avaliações:


▪ Nível de medição de vácuo;
▪ Qualidade do óleo mineral isolante. Verificar se está dentro dos valores propostos no fornecimento.

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Legenda:
VSC: válvula superior do conservador principal VST: válvula superior do tanque
VIC: válvula inferior do conservador principal VIT: válvula inferior do tanque

CDCC: conservador do compartimento do comutador VEB: válvula de equalização da bolsa e conservador


VEC: Válvula de equalização entre os conservadores
VCC: válvula superior do conservador do comutador
VDC: válvula inferior do conservador do comutador VRB: válvula do relé buchholz
RB: relé buchholz

Figura 7. 42 - Procedimento de enchimento do equipamento

Observar a Figura 7. 42 e proceder com as seguintes instruções:

▪ Instalar o sistema de controle de nível (recomenda-se uma mangueira transparente com ø3/4”) entre a
válvula inferior do tanque “VIT” e a válvula inferior do conservador “VIC”;
▪ Instalar dispositivo com manovacuômetro (Figura 7. 43) para desaeração da mangueira e controle de
enchimento na válvula inferior do tanque “VIT”.

Figura 7. 43 - Dispositivo para enchimento e controle do óleo

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▪ Instalar a mangueira para enchimento na válvula do dispositivo instalado na válvula “VIT”;
▪ Com o equipamento termovácuo operando na condição de circulação de óleo interna, iniciar lentamente a
injeção de óleo na mangueira conectado ao dispositivo de desaeração instalado na válvula inferior do
tanque “VIT” para proceder com a desaeração (purgar de ar) da válvula antes de iniciar o procedimento
de enchimento;
▪ Reduzir a circulação interna do óleo na máquina termovácuo;
▪ Iniciar a injeção do óleo para enchimento, fazendo ao mesmo instante o fechamento da válvula de
desaeração (purga) da mangueira e abrir lentamente a válvula inferior do tanque “VIT” para permitir a
entrada do óleo no equipamento;
▪ Normalizar o funcionamento da máquina termovácuo;
▪ Monitorar durante todo o processo de enchimento para que a pressão indicada no manovacuômetro do
dispositivo se mantenha entre os valores 0,1 kgf/cm2 a 0,2 kgf/cm2.

ATENÇÃO!
Manter sempre pressão positiva na mangueira entre a válvula de saída da máquina termovácuo, e a válvula
de entrada do óleo do tanque do transformador durante o período de enchimento.

▪ Fechar a válvula “temporária” instalada na tubulação do secador de ar e retirar a célula de medição de


vácuo;
▪ Proceder com o enchimento do equipamento até que o nível de óleo atingir o relé detector de gás tipo
Buchholz;
▪ Parar momentaneamente com o processo de enchimento;
▪ Fechar a válvula de aplicação do sistema de vácuo (bomba de vácuo) na válvula superior do conservador
do tanque principal “VSC”;
▪ Desligar as bombas do sistema de aplicação de vácuo.

Nesta etapa faça a Quebra do vácuo conforme as instruções descritas no item 8.1.2 deste capítulo.

Após, retomar com o processo de enchimento parado momentaneamente.


Siga as instruções seguintes:
▪ Monitorar o nível do óleo isolante no sistema de controle de nível visual em relação ao nível no
conservador compatível com a temperatura do óleo (detectável pelo acessório indicador de nível). Ver as
instruções de aferição do nível do óleo no item 8.9;
▪ Parar o processo de enchimento do equipamento;
▪ Fechar a válvula inferior do tanque “VIT”;
▪ Retirar o dispositivo com manovacuômetro para desaeração da mangueira e controle de enchimento
instalado na válvula “VIT”;
▪ Retirar o sistema de controle de nível (mangueira transparente) instalado entre as válvulas “VIT” e a
válvula inferior do conservador “VIC”;
▪ Retirar o sistema de pressurização com ar sintético na válvula “temporária” instalada na tubulação do
secador de ar;
▪ Fechar a válvula de equalização entre a bolsa de borracha e o conservador “VEB”;
▪ Fechar a válvula de equalização entre conservador do tanque e conservador do comutador “VEC” (CASO
O COMUTADOR SOB CARGA SEJA APLICAVEL NO SEU EQUIPAMENTO);
▪ Instalar o acessório secador de ar;
▪ Verificar o correto funcionamento do sistema de preservação de óleo (bolsa ou membrana de borracha),
caso aplicável.

NOTA!
Os procedimentos para enchimento para transformadores dotados de conservador SEM BOLSA DE
BORRACHA e/ou SEM CONSERVADOR PARA O COMUTADOR são os mesmos descritos acima.
No entanto, deve-se observar que na ausência da bolsa e/ou conservador do comutador,
consequentemente, o transformador não será dotado das válvulas de equalização entre os compartimentos
citados na instrução.
Observe as variações destas configurações conforme na Figura 7. 44 (a) e Figura 7. 44 (b).

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ATENÇÃO!
Quando as válvulas de equalização de compartimentos forem aplicáveis, observar a correta posição de
“aberto ou fechado” durante as etapas de aplicação de vácuo e enchimento do transformador.

(a) (b)

Legenda:
VSC: válvula superior do conservador principal
VEB: válvula de equalização da bolsa e conservador
VIC: válvula inferior do conservador principal
VEC: Válvula de equalização entre os conservadores
VCC: válvula superior do conservador do comutador
VRB: válvula do relé buchholz
VDC: válvula inferior do conservador do comutador
RB: relé buchholz
VST: válvula superior do tanque
VIT: válvula inferior do tanque

Figura 7. 44 - Tipos de configurações do conservador de óleo: (a) Conservador de óleo SEM bolsa e SEM conservador do comutador.
(b) Conservador de óleo COM bolsa e SEM conservador do comutador.

8.7 SANGRIA (DESAERAÇÃO)

Após o enchimento do óleo, proceder com a desaeração nos seguintes pontos:


▪ Relé detector de gás tipo Buchholz. Efetuar a sangria no relé de modo a evitar acúmulo de gás nos
canecos das buchas;
▪ Radiadores;
▪ Tampas de inspeção posicionadas na tampa principal do transformador;
▪ Desaeração do comutador sob carga (caso seja aplicável ao equipamento).

ATENÇÃO!
Para radiadores e tampas de inspeção não apresentarem bolhas de ar, deve-se afrouxar o bujão dos
mesmos até que saia somente o óleo.

8.8 TRATAMENTO DO ÓLEO ISOLANTE NO TRANSFORMADOR

Com a finalidade de se garantir que o óleo após contato com a parte ativa do equipamento tenha as
mesmas características dielétricas obtidas no processo de tratamento para enchimento, deve-se proceder à
circulação através do equipamento termovácuo para o tratamento de óleo mineral isolante.

ATENÇÃO!
O óleo deverá ser circulado no interior do transformador no mínimo três passadas de seu volume total
circulando pela máquina termovácuo.

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OPERAÇÃO
Proceda com as seguintes instruções, observando a Figura 7. 44:
▪ Conexão da estação de tratamento (máquina termovácuo) entre as válvulas inferior do tanque “VIT” e a
válvula superior do tanque “VST”.
▪ Estabilização funcional da estação de tratamento (máquina termovácuo) com relação à temperatura e
nível de vácuo no interior da mesma.
▪ Abertura das válvulas inferior do tanque “VIT” e válvula superior do tanque “VST”.
▪ Início do tratamento (circulação) do óleo.

ATENÇÃO!
Fazer a coleta de óleo para análise físico-química para acompanhamento do processo.
Os valores obtidos no ensaio físico-químico do óleo devem estar de acordo com os valores propostos no
fornecimento.

8.9 AFERIÇÃO DO NÍVEL DO ÓLEO

Finalidade: Aferir o volume do óleo no conservador em relação ao indicador de nível de óleo do


transformador (Figura 7. 45).

Procedimentos:
▪ Instalar uma mangueira transparente na válvula de drenagem inferior do tanque do transformador;
▪ Posicionar a mangueira na lateral do conservador;
▪ Dividir a lateral (diâmetro interno) do conservador em três partes iguais;
▪ Manter a válvula de equalização da bolsa e a tubulação do secador de ar aberta;
▪ Abrir a válvula onde foi instalada a mangueira do nível;
▪ Com auxílio da mangueira de medição, verificar o nível do óleo no conservador em relação à indicação do
medidor de nível do transformador.

Avaliação: Um terço (1/3) do conservador deve ser ocupado pelo óleo, numa temperatura referenciada a
25° C.

Figura 7. 45 – Aferição do nível do óleo

8.10 PERÍODO PARA IMPREGNAÇÃO

ATENÇÃO!
O tempo de repouso entre o enchimento/circulação do óleo e a energização do equipamento deve ser no
mínimo de 24 horas.

8.11 TESTE DE ESTANQUEIDADE

Objetivando localizar pontos de vazamento no equipamento deverão ser realizadas as seguintes instruções:

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OPERAÇÃO
▪ Instalar um manômetro (recomendado com escala de 0 (zero) a 1,0 (um) kgf/cm2 e com divisão de
escala de 0,02 kgf/cm2) a ser instalado na válvula superior do tanque “VST”.

NOTA!
Visando a facilidade do procedimento o manômetro poderá ser instalado na tubulação do secador de ar
através de um dispositivo para estanqueidade já dotado de válvula para controle e manômetro, conforme
mostra a Figura 7. 46.

Figura 7. 46 – Dispositivo de estanqueidade

▪ Abrir a válvula de equalização entre a bolsa de borracha e o conservador “VEB”;


▪ Através da válvula instalada na tubulação do secador de ar deve-se pressurizar com ar sintético lenta e
cuidadosamente, devendo ser observada a evolução da pressão, através do manômetro até a indicação
de 0,3 kgf/cm2;
▪ Manter o equipamento pressurizado na pressão acima indicada pelo período mínimo de 24 horas,
registrando os valores de pressão, temperatura do óleo e ambiente a cada 06 horas;
▪ Proceder com inspeções visuais em todo o equipamento, objetivando localizar pontos de vazamento de
óleo;
▪ Após a aprovação do teste de estanqueidade, romper a pressão interna lentamente pela válvula instalada
na tubulação do secador de ar;
▪ Retirar a válvula instalada na tubulação do secador de ar;
▪ Instalar o secador de ar.

NOTA!
Os dispositivos de alívio de pressão, instalados na tampa do equipamento normalmente são calibrados para
atuar com pressão de 0,7 kgf/cm². O teste de estanqueidade deve ser realizado com valor abaixo da
pressão de atuação destes dispositivos, com o equipamento totalmente montado e com o nível de óleo no
conservador compatível com a temperatura indicada no indicador de temperatura do óleo.

8.12 AJUSTE DA BOLSA DE BORRACHA

Finalidade: Ativar a selagem do transformador (quando aplicável a bolsa de borracha)

Proceder com as seguintes etapas:


▪ Instalar sistema de pressurização com ar sintético no dispositivo dotado de válvula e manômetro instalado
na tubulação do secador de ar;
▪ Fechar a válvula de equalização entre a bolsa de borracha e o conservador “VEB”;
▪ Fechar a válvula de equalização entre conservador do tanque e conservador do comutador “VEC” (CASO
O COMUTADOR SOB CARGA SEJA APLICAVEL NO SEU EQUIPAMENTO);
▪ Instalar sistema de controle de desaeração (mangueira transparente) do conservador na válvula superior
do conservador “VSC”;
▪ Abrir a válvula superior do conservador “VSC”;
▪ Iniciar a pressurização lentamente da bolsa de borracha através do sistema de pressurização instalado na
válvula instalada na tubulação do secador de ar;

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OPERAÇÃO
▪ Observar a saída (purga) do gás pelo sistema de controle de desaeração instalado na válvula “VSC”.

NOTA!
O processo de desaeração do conservador pode ser considerado encerrado, quando iniciar a saída de óleo
pela válvula superior do conservador “VSC”.

▪ Após a desaeração fechar a válvula “VSC”.


▪ Parar com o processo de pressurização instalado na tubulação do secador de ar.
▪ Fechar a válvula “temporária” instalada na tubulação do secador de ar.
▪ Equalizar a pressão da bolsa de borracha à pressão atmosférica, retirando o sistema de pressurização
instalado na tubulação do secador de ar e abrir a válvula instalada na tubulação do secador de ar.
▪ Retirar o sistema de controle de desaeração do conservador instalado na válvula “VSC”.
▪ Fechar a válvula de equalização entre a bolsa de borracha e o conservador “VEB”.
▪ Fechar a válvula de equalização entre conservador do tanque e conservador do comutador “VEC” (CASO
O COMUTADOR SOB CARGA SEJA APLICAVEL NO SEU EQUIPAMENTO).
▪ Instalar o secador de ar.

ATENÇÃO!
Para manter a selagem do transformador, a válvula de equalização deve permanecer sempre em sua
posição “fechada”.
Caso o transformador for submetido a qualquer atividade de manutenção preventiva ou corretiva que
envolva a abertura da válvula, deverá ser repetido o procedimento para que se tenha a ativação da
selagem.

8.13 INSTALAÇÃO DO SECADOR DE AR

Finalidade: Retirar o máximo possível de umidade existente no ar que percorre o secador de ar. Possui
internamente a sílica gel responsável pela absorção desta umidade.

Inspeção: Nível de óleo existente no selo hidráulico do secador e a saturação da sílica gel em seu interior.

Procedimento para enchimento do secador de ar com sílica gel:


▪ Identificar o ponto de colocação de sílica gel no secador de ar (consultar o manual do fabricante)
conforme Figura 7. 47 (a).
▪ Colocar a quantidade de sílica gel de acordo com a capacidade de cada secador de ar conforme
mostrado na Figura 7. 47 (b).
▪ Fechar o secador de ar (consultar o manual do fabricante).
▪ Instalar o secador de ar na tubulação específica para esta finalidade existente no transformador conforme
Figura 7. 47 (c).
▪ Colocar óleo no copo destinado para o selo hidráulico do secador de ar conforme Figura 7. 47 (d).

(a) (b)

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OPERAÇÃO

(c) (d)
Figura 7. 47 – Secador de ar: a) Identificação do ponto de colocação de sílica, b) Colocação de sílica e
c) Instalação do secador na tubulação do transformador d) colocação do óleo no copo do secador

9 COLETA DE AMOSTRAS DO ÓLEO ISOLANTE


A verificação e acompanhamento das características físico-químicas e cromatográfica do óleo isolante são
indispensáveis para a segurança e vida útil do equipamento. Este procedimento estabelece a forma correta
de coletar amostras de óleo isolante do equipamento, comutador sob carga (quando aplicável), tambores e
outros recipientes.

Os ensaios a serem realizados no óleo isolante são:


▪ Análise físico-química;
▪ Análise cromatográfica.

Finalidade: Estas análises são realizadas (inicialmente) após a conclusão do enchimento do transformador,
os resultados serão uma referência para avaliação do desempenho de operação do transformador.
Os procedimentos descritos a seguir poderão também ser utilizados para coletas posteriores à energização
do transformador.

ATENÇÃO!
Se o transformador for dotado de COMUTADOR SOB CARGA, amostras de óleo do compartimento do
comutador sob carga devem ser coletadas para analise físico-química do óleo.
Verifique neste manual os intervalos de tempo para realizar a coleta deste compartimento.
Este procedimento é obrigatório para fins de manutenção e garantia do transformador.

9.1 CONDIÇÃO DE COLETA EM TRANSFORMADORES EM OPERAÇÃO

▪ Transformador desprovido de sistema de selagem - Proceder com a coleta normalmente.


▪ Transformador provido de sistema de selagem - Não é recomendável a sua coleta.

9.2 COLETA DE ÓLEO PARA TRANSFORMADOR PROVIDO DE SISTEMA DE SELAGEM

ATENÇÃO!
Não é recomendável proceder com a coleta do óleo nesta condição, sem antes certificar se o
transformador está com pressão negativa ou positiva em seu interior.
Se proceder à abertura do registro inferior na condição de pressão negativa, poderá o ar externo ser
sugado para dentro do transformador, formando bolhas de ar livres em suspensão que poderão passar por
um ponto crítico do dielétrico, vindo a comprometer a isolação localizada, causando descargas elétricas, e
podendo até mesmo levar à queima do transformador.

9.3 PROCEDIMENTO PARA AVALIAR CONDIÇÃO DO SISTEMA DE SELAGEM

▪ Conectar devidamente o dispositivo de coleta na válvula.


▪ Acoplar o mesmo na seringa.
▪ Forçar o êmbolo da seringa, certificando que o circuito está fechado.

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OPERAÇÃO

▪ Proceder cuidadosamente com a abertura da válvula e observar se o óleo é drenado normalmente. Caso
contrário, caracteriza que o transformador está com pressão interna negativa e sua coleta é recomendada
somente com o transformador desligado.

Figura 7. 48 – Coleta de óleo para análise de gás

Onde:
1. Conexão com a válvula do equipamento.
2. Garrafa de 1000 ml.
3. Seringa de 50 ml para teste cromatográfico.
4. Adaptador de gargalo de cobre ou de Teflon com cano.
5. Tampa para a garrafa de 1000 ml.
6. Mangueira plástica.
Figura 7. 49 – Dispositivos de coleta de amostra

9.4 COLETA PARA ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA

9.4.1 Utensílios de coleta da amostra

Ter à mão os seguintes utensílios para a coleta de amostras:


▪ Frasco de amostragem (Figura 7. 50): a garrafa de amostragem deverá ser de vidro escuro, com
capacidade para 1000 ml (1 litro) e deverá ser limpa conforme descrito no item 9.4.2.
▪ Aparatos de coleta de amostras: aparato de coleta (Bico) e mangueira.
▪ Dispositivos de coleta de amostras: dispositivo de coleta (niple) e mangueira.

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Figura 7. 50 – Frasco para amostragem

9.4.2 Limpeza dos frascos de amostragem

Os frascos devem ser limpos de acordo com o seguinte procedimento:


▪ Retirar eventual conteúdo dos frascos;
▪ Lavar os frascos e as tampas com detergente neutro (Figura 7. 51);
▪ Enxaguar os frascos com bastante água corrente comum;
▪ Deixar escorrer a água comum e enxaguar com água destilada;
▪ Secar os frascos na estufa, mantendo-os na posição vertical a uma temperatura de 102 ± 2°C por um
período mínimo de 2 horas;
▪ Deixar os frascos esfriarem dentro da estufa fechada, fechando-os em seguida, tomando cuidado para
não tocar com a mão a borda do frasco ou parte interna da tampa que entrará em contato com o óleo.

NOTA!
No lugar da água comum pode ser utilizada uma solução sulfocrômica diluída em água, nas proporções
indicadas pelo fabricante do óleo.

Figura 7. 51 – Limpeza do frasco amostragem

9.4.3 Procedimento para coleta da amostra com frasco

A coleta de amostras de óleo deve ser executada em condições de clima seco, de modo a impedir qualquer
contaminação externa. Se o clima estiver chuvoso, as seguintes precauções devem ser tomadas:
▪ Se possível, o óleo deverá estar pelo menos na mesma temperatura que o ar ambiente;
▪ Quando o equipamento estiver em operação, a temperatura do óleo no momento da amostragem deverá
ser anotada. Esta informação é necessária para verificar o conteúdo de água.

PERIGO!
Para equipamentos com conservador de óleo (tanque de expansão) que estejam energizados, o operador
deverá possuir treinamento de normas de segurança para executar a coleta de amostras de óleo com o
equipamento energizado.

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ATENÇÃO!
Se o transformador for dotado de COMUTADOR SOB CARGA, amostras de óleo do compartimento do
comutador sob carga devem ser coletadas para analise físico-química do óleo.
Verifique neste manual os intervalos de tempo para realizar a coleta deste compartimento.
Este procedimento é obrigatório para fins de manutenção e garantia do transformador.

Para a coleta da amostra do óleo, siga as seguintes instruções:


▪ Observar a coleta na sequência de 1 a 8 na Figura 7. 52.
▪ Remover a proteção do orifício de amostragem;
▪ Limpar toda a sujeira e poeira visível da válvula com um tecido limpo e sem fiapos;
▪ Conectar o dispositivo de coleta de amostra (niple e mangueira) na válvula;
▪ Abrir a válvula e deixar fluir, vigorosamente, no mínimo três vezes o volume da tubulação;
▪ Colocar o frasco debaixo do dispositivo de coleta de amostra;
▪ Encher o frasco desprezando, no mínimo, um volume de líquido igual à capacidade do recipiente.
Recomenda-se encher os frascos o máximo possível, levando-se em conta as variações de volume
decorrentes de possíveis alterações de temperatura;
▪ Depois de enchido o frasco, selar o mesmo e colocar a sua tampa tomando o cuidado para não tocar na
parte da tampa que ficará em contato com o óleo. Embrulhar o gargalo da garrafa com filme plástico
(cortado na forma de círculo), apertando-o firmemente e fixando-o com fita adesiva;
▪ Identificar o frasco conforme recomendado e enviar a um laboratório qualificado.

(1) (2)

(3) (4)

(5) (6)

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(7) (8)
Figura 7. 52 – Sequência de coleta com frasco

9.4.4 Coleta de amostra do compartimento do comutador sob carga

Se o equipamento possuir comutador sob carga é essencial que seja realizada a analise físico-química do
óleo do compartimento do comutador antes e logo após a energização do equipamento.

Normalmente é fornecida uma válvula destinada para a coleta de amostra do óleo do comutador. Consulte o
manual do fabricante do comutador sob carga e os desenhos do fornecimento para verificar o ponto correto
para efetuar a coleta. A coleta deve ser realizada de acordo com os seguintes intervalos de tempo:

1 - Antes da energização (referência)


2 - 24 a 36 h.
3 - 720 h (30 dias)
4 - Anualmente

ATENÇÃO!
Os intervalos de tempo para análise físico-química do óleo do tanque do comutador sob carga são um
procedimento obrigatório para fins de manutenção e garantia do equipamento.

9.5 COLETA PARA ANÁLISE CROMATOGRÁFICA

9.5.1 Utensílios de coleta da amostra

Ter à mão os seguintes utensílios para a amostragem:


▪ Mangueira resistente a óleo com uma torneira de 3 vias.
▪ Seringa de vidro de 50 ml (Figura 7. 53).

Figura 7. 53 – Seringa de vidro para coleta de amostragem

ATENÇÃO!
Não é permitido o uso de seringa com pistão de borracha.

9.5.2 Limpeza da seringa de amostragem

A seringa de amostragem deverá ser limpa de acordo com o seguinte procedimento Figura 7. 54.
▪ Remover qualquer conteúdo da seringa;

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▪ Lavar a seringa com detergente neutro;
▪ Enxaguar a seringa com água limpa comum;
▪ Escorrer a água comum e enxaguar a seringa com água destilada;
▪ Secar a seringa numa estufa, em temperatura de 102 ± 2°C durante pelo menos 2 horas;
▪ Deixar esfriar dentro da estufa fechada;
▪ Depois de esfriada a seringa, fechar a mesma.

NOTA!
Não tocar com as mãos na parte interna da seringa ao qual ficará em contato com o óleo.

(1) (2)

(3) (4)
Figura 7. 54 – Limpeza da seringa (1 e 2) e armazenamento (3 e 4)

9.5.3 Procedimento para coleta da amostra com seringa

A coleta de amostras de óleo deve ser executada em condições de clima seco, de modo a impedir qualquer
contaminação externa. Se o clima estiver chuvoso, as seguintes precauções devem ser tomadas:
▪ Se possível, o óleo deverá estar pelo menos na mesma temperatura que o ar ambiente;
▪ Quando o equipamento estiver em operação, a temperatura do óleo no momento da amostragem deverá
ser anotada. Esta informação é necessária para verificar o conteúdo de água.

PERIGO!
Para equipamentos com conservador de óleo (tanque de expansão) que estejam energizados, o operador
deverá possuir treinamento de normas de segurança para executar a coleta de amostras de óleo com o
equipamento energizado.

Para a coleta da amostra do óleo, siga as seguintes instruções:


▪ Observar a coleta na sequência de 1 a 6 na Figura 7. 55.
▪ Remover a proteção do orifício de amostragem;
▪ Limpar toda a sujeira e poeira visível da válvula com um tecido limpo e sem fiapos;
▪ Conectar o dispositivo de coleta de amostra na válvula;
▪ Abrir a válvula e deixar fluir, vigorosamente, no mínimo três vezes o volume da tubulação;
▪ Abrir a válvula para deixar o óleo entrar na seringa. Não puxar o pistão, mas deixar o mesmo mover-se
sozinho para trás apenas com a pressão da coluna de óleo;
▪ Mudar a posição da válvula e empurrar o pistão para esvaziar o conteúdo de óleo da seringa;
▪ Mudar a posição da válvula novamente para encher a seringa mais uma vez. Não puxar o pistão, mas
deixar o mesmo mover-se sozinho para trás apenas com a pressão da coluna de óleo;

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OPERAÇÃO
▪ Fechar a válvula do ponto de coleta da amostra;
▪ Desconectar a seringa do ponto de retirada da amostra;
▪ Identificar a amostra de acordo com o item 9.6 e enviar a mesma para um laboratório qualificado.

ATENÇÃO!
Cuidado para não deixar bolhas se formarem no interior da seringa.
Deixar de fazê-lo pode levar a resultados de teste incorretos.

(1) (2)

(3) (4)

(5) (6)
Figura 7. 55 – Sequência de coleta com seringa

ATENÇÃO!
A amostragem do óleo para analise cromatográfica deverá ser de pelo menos duas amostras (prova e
contraprova), ou seja, através de duas seringas para cada ponto de coleta.
Este procedimento é necessário para esclarecer qualquer dúvida que houver sobre algum resultado
inesperado.

9.6 IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS DE ÓLEO

9.6.1 Identificação dos recipientes com amostras de óleo

A identificação correta e bem identificada dos recipientes garantirá a qualidade e rastreabilidade do


processo. A identificação deve ser conforme descrito abaixo:
1) Nome do equipamento;
2) Fabricante do equipamento;
3) Instalação onde está localizado;
4) Tensão em kV;
5) Potência em MVA;
6) Número de série;

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7) Data de coleta da amostra;
8) Quando não se tratar de amostra de rotina, informar de forma detalhada o motivo da coleta;
9) Situação do óleo: Novo ou regenerado;
10) Temperatura do óleo coletado (não do equipamento);
11) Nome cliente (no caso de serviço terceirizado).

9.6.2 Armazenagem das amostras coletadas

O armazenamento das amostras preferencialmente deve ser conforme mostrado na Figura 7. 56.

ATENÇÃO!
O acondicionamento das amostras de óleo deverá ser o mais adequado possível, devendo garantir a
integridade das amostras bem como a proteção contra exposição aos raios solares.

Figura 7. 56 – Armazenagem dos recipientes com amostras de óleo

10 ANÁLISE CROMATOGRÁFICA

10.1 GERAL

A formação de gases em equipamentos elétricos imersos em óleo pode se dar devido ao processo de
envelhecimento natural, e/ou em maior quantidade, como resultado de defeitos incipientes, ou seja, aqueles
que estão no início e que usualmente apresentam baixa concentração de gases e, portanto seu
acompanhamento através de análises periódicas pode evitar danos mais sérios ao equipamento elétrico.
Logo, para fins de garantia e manutenção do equipamento é de grande interesse que se possa detectar o
defeito em seu estágio inicial de desenvolvimento, podendo a natureza e a importância dos defeitos serem
avaliados a partir da composição dos gases e da taxa de crescimento com que são formados. Os gases
analisados normalmente são:
▪ H2 (Hidrogênio), O2 (Oxigênio), N2 (Nitrogênio);
▪ CH4 (Metano), C2H2 (Acetileno), CO (Monóxido de Carbono), CO2 (Dióxido de Carbono), C2H4 (Etileno).
Estes gases encontram-se parcialmente dissolvidos no óleo, porém, usando técnicas adequadas, eles
podem ser removidos de uma amostra de óleo e analisados qualitativa e quantitativamente por
cromatografia gasosa.
A interpretação e a significação de uma análise serão melhoradas se forem utilizados o mesmo material e
as mesmas técnicas durante toda a investigação. Isto é particularmente importante quando se trata de
apreciar a evolução da formação de gases em um equipamento, através de análises de amostragens feitas
em intervalos sucessivos.

ATENÇÃO!
De um modo geral, os parâmetros utilizados para a avaliação de equipamentos durante e após
os testes finais são estabelecidos por cada fabricante, baseado em suas experiências. Esses
limites estabelecidos podem estar relacionados com o porte e outras características particulares
de cada equipamento investigado.

Através da concentração e da combinação de certos gases pode se diagnosticar uma provável falha elétrica
no transformador. Como referência, a seguir é apresentada a Tabela 7. 9 relacionando a concentração de
determinado gás a uma falha.

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Tabela 7. 9: Cromatografia: Diagnósticos e ações sugeridas

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10.2 INTERVALOS DE TEMPO PARA REALIZAÇÃO

Após os ensaios elétricos realizados no equipamento em fábrica, a análise do óleo é uma das ferramentas
avaliadas que certificará o equipamento como apto a aperar. Em campo, é necessário pela continuidade
deste acompanhamento com análises do óleo isolante, antes e após a energização do equipamento, de
acordo com os seguintes intervalos de tempo recomendados:

▪ Óleo do transformador:
Análise físico química;
▪ Antes da energização (referência);
Análise cromatográfica:
▪ Antes da energização (referência);
▪ 24 horas decorridos da energização;
▪ 72 horas decorridos da energização;
▪ 15 dias decorridos da energização;
▪ 30 dias decorridos da energização;
▪ Acompanhamento operacional a cada 180 dias.

▪ Óleo do comutador:
Análise físico química:
▪ Antes da energização (referência);
Análise cromatográfica:
▪ Antes da energização (referência);
▪ Acompanhamento operacional a cada ano.

Para retirada de amostra de óleo para análise cromatográfica, siga as instruções descritas no item 9.5 deste
manual.

ATENÇÃO!
Os intervalos de tempo para análise cromatográfica são um procedimento obrigatório para fins de
manutenção e garantia do equipamento.

11 COMISSIONAMENTO
Após montagem total e antes da energização do equipamento, deve-se testar o mesmo para verificar se foi
bem transportado e montado corretamente. Todos os ensaios elétricos de campo devem ser feitos com
instrumentos que tenham uma calibragem válida e fácil de acompanhar.
Essas instruções se destinam a estabelecer diretrizes para testes de campo, a fim de manter a qualidade e
a confiabilidade do equipamento.

A empresa responsável destes serviços deverá disponibilizar:


▪ Equipe especializada;
▪ Instrumentos calibrados e adequados para realizar, no mínimo, os ensaios conforme descritos neste
manual.

Os resultados de todos os testes devem ser registrados através de um “Registro de Testes”. Quando o
gerente de projetos no local ou de supervisão de montagem tiver marcado todos os testes aplicáveis, esse
documento passa a ser uma diretiva obrigatória relativa a todos os testes que devem ser realizados.

11.1 RELAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA OS ENSAIOS ELÉTRICOS

▪ Medidor de relação de transformação (TTR);


▪ Medidor de fator de potência;
▪ Ponte para medição de resistência ôhmica;
▪ Megômetro;
▪ Multímetro;
▪ Alicate amperímetro;

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▪ Variador de tensão monofásico;
▪ Termohigrômetro.

11.2 RELAÇÃO DOS ENSAIOS E AÇÕES A SEREM EXECUTADOS

Os registros dos ensaios listados a seguir devem ser datados e assinados pelo responsável pela sua
execução, sem o que não serão considerados válidos pelo fabricante ou seu preposto. Todos os registros
devem ser arquivados, e se necessário, devem ser disponibilizados para o fabricante para consulta e
verificação dos resultados.
1) Resistência ôhmica de todos os enrolamentos e de todas as posições do comutador sob carga ou
comutador de derivações sem tensão (caso o comutador sob carga ou comutador de derivações sem
tensão seja aplicável ao transformador).
2) Relação de transformação em todos os taps quando utilizado comutador de derivações sem tensão.
Para comutador de derivações em carga, deve haver medição de todas as posições.
3) Resistência do isolamento dos enrolamentos do equipamento.
4) Resistência do isolamento do núcleo do equipamento e armadura (se aplicável).
5) Resistência de isolamento de toda a fiação do painel de controle.
6) Ensaio de corrente de excitação do equipamento.
7) Relação de corrente dos TCs.
8) Polaridade dos TCs.
9) Resistência de isolamento dos TCs.
10) Resistência ôhmica dos TCs.
11) Ensaio de saturação dos TCs.
12) Curto circuitar e aterrar todos os secundários dos TC’s que não tiverem previsão de uso.
13) Fator de potência do isolamento do equipamento.
14) Fator de potência do isolamento e capacitância das buchas, se provido de buchas de derivações
capacitivas.
15) Simulação da atuação de todos os dispositivos de supervisão, proteção e sinalização. Verificação do
ajuste e/ou calibração dos termômetros e imagens térmicas (se aplicável).
16) Coleta de amostra para análise físico-química e cromatográfica previamente à energização.
17) Análise do líquido isolante (físico-química):
▪ Rigidez dielétrica.
▪ Teor de água.
▪ Fator de potência.
▪ Tensão interfacial.
▪ Ponto de fulgor.
▪ Densidade.
▪ Acidez.
18) Após energização dos painéis e acionamentos motorizados, verificar sentido de rotação dos motores
dos ventiladores e das bombas de circulação de óleo, sentido de rotação do motor de acionamentos
motorizados, chaves elétricas tipo fim-de-curso, indicadores remotos de posição, comando a distância
do comutador de derivações em carga, iluminação e aquecimentos dos gabinetes.
19) Programação dos monitores de temperatura (se aplicável).
20) Análise das condições e funcionamento dos demais equipamentos quando aplicáveis a subestação
(disjuntores, chaves seccionadoras, TPs, para-raios, transformadores auxiliares, relés de proteção,
etc...).
21) Complementarmente, antes e após a entrada do equipamento devem ser coletadas amostras para
análise cromatográfica com os intervalos de tempo conforme descrito no item 10.2.
22) No painel de controle: centralize toda a fiação e componentes de monitoramento e proteção do
transformador para verificação.

ATENÇÃO!
No painel de controle:
Verificar o aperto de todas as conexões elétricas de bornes e componentes, ajustar os parâmetros de
correntes dos disjuntores de proteções dos motoventiladores e bombas de circulação do óleo isolante,
curto-circuitar e aterrar os TCs que não forem utilizados.

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OPERAÇÃO

ATENÇÃO!
O intervalo de tempo para análise cromatográfica é um procedimento obrigatório para fins de manutenção e
garantia do equipamento.

ATENÇÃO!
Informar imediatamente a WEG sobre qualquer condição de anormalidade nos resultados dos ensaios
realizados antes da energização, com risco de causar mau funcionamento do equipamento. Este é um
procedimento obrigatório para fins de manutenção e garantia do equipamento.

11.3 SANGRIA (DESAERAÇÃO)

Caso o procedimento de desaeração não tenha sido executado logo após o enchimento de óleo no
transformador proceda com a desaeração nesta etapa nos seguintes pontos:
▪ Relé detector de gás tipo buchholz. Efetuar a sangria no relé de modo a evitar acúmulo de gás nos
canecos das buchas.
▪ Radiadores.
▪ Tampas de inspeção posicionadas na tampa principal do transformador.
▪ Desaeração do comutador sob carga (caso seja aplicável ao equipamento).

ATENÇÃO!
Para que não haja bolhas de ar nos radiadores e tampas de inspeção deve-se afrouxar o bujão dos
mesmos até que saia somente óleo.

11.4 RETOQUES FINAIS NA PINTURA

O sistema de pintura deverá estar perfeitamente íntegro para garantir a proteção anticorrosiva prevista pelo
projeto do equipamento.
Para garantir a integridade do sistema de pintura, possíveis pontos danificados no transporte e/ou
montagem (conforme exemplificado na Figura 7. 57) deverão ser restaurados o mais brevemente possível,
aplicando-se preferencialmente o mesmo sistema de pintura aplicado originalmente.
Ou seja, ao concluir a instalação do transformador deve-se executar a inspeção da pintura e recuperação
de possíveis danos mecânicos causados no transporte e/ou instalação.

Figura 7. 57 – Pontos de retoque mais comuns

O procedimento de inspeção e execução da restauração é detalhado a seguir:

11.4.1 Inspeção visual

▪ Realizar inspeção visual para identificar todos os pontos danificados ou que necessitem de recuperação;
▪ Considerar na inspeção que o reparo deve abranger não apenas área pontual do dano;

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▪ Para o reparo deve ser considerado um círculo de 20 cm de diâmetro à volta do ponto danificado. Quando
este círculo englobar outro ponto danificado, o mesmo deve ser novamente ampliado em 20 cm
(conforme Figura 7. 58).

Figura 7. 58 – Orientação: área de recuperação

11.4.2 Preparação de superfície

▪ Efetuar lavação para remoção de contaminantes;


▪ Lavar os pontos danificados (preferencialmente com lava jato a alta pressão) para eliminação de
sujidades e contaminantes;
▪ Esfregar as regiões com danos na pintura utilizando escova plástica, água doce limpa; utilizar detergentes
biodegradáveis;

NOTA!
Utilizar água doce limpa em volume suficiente para remoção do resíduo de detergentes.

ATENÇÃO!
O descarte de resíduos deve considerar os requisitos ambientais locais.

▪ Realizar tratamento mecânico dos pontos onde a pintura foi danificada;


▪ Perfil de rugosidade recomendado: 40 a 85 micrômetros;
▪ Recomenda-se o uso de máquina com escovas rotativas especiais tipo Bristle Blaster®/ Máquina Monti,
Figura 7. 59;
▪ Como alternativa, pode-se utilizar ferramentas rotativas tradicionais como escovas rotativas (Figura 7.
60);
▪ Regiões tratadas via ferramentas rotativas tradicionais (Figura 7. 59) deverão ter um acréscimo de 20%
na espessura de camada seca média visando aumentar a performance do sistema de pintura utilizado;
▪ Efetuar limpeza com Diluente Epoxi para remoção de poeiras e possíveis contaminações.

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Figura 7. 59 – Máquina especial tipo Bristle Blaster®/ Monti

Figura 7. 60 – Ferramentas rotativas tradicionais

11.4.3 Pintura

Danos severos e/ou que atingiram o substrato (aço carbono) devem ser recuperados com o sistema de pintura original
completo ou seguindo-se o sistema de pintura genérico de alto desempenho citado a seguir:

NOTA!
Danos superficiais no sistema de pintura podem ser recuperados apenas com tinta de acabamento.

Pintura primer:
▪ Preparar tinta PRIMER (vide Tabela 7. 10 com a lista de tintas recomendadas) conforme Boletim Técnico;
▪ Aplicar pintura com rolo ou trincha nas regiões onde foi executado o tratamento mecânico;
▪ Aguardar tempo de secagem conforme Boletim Técnico;
▪ Lixar levemente a superfície da tinta aplicada, preparando-a para a próxima demão;

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▪ Lixar também em torno de 20cm em volta da área pintada com primer visando melhor aderência sobre a
pintura atual;
▪ Limpar a região com um pano seco ou ar comprimido seco;

Pintura intermediária:
▪ Preparar tinta INTERMEDIÁRIA (vide Tabela 7. 10 com a lista de tintas recomendadas) conforme Boletim
Técnico;
▪ Aplicar pintura com rolo ou trincha nas regiões onde aplicado primer e sobre a pintura atual onde
previamente lixado;
▪ A demão intermediária deverá cobrir a área de desbaste e sobrepor a pintura antiga em aproximadamente
20 cm, conforme Figura 7. 61;
▪ Aguardar tempo de secagem conforme Boletim Técnico;
▪ Lixar levemente a superfície da tinta aplicada, preparando-a para a próxima demão.

Pintura acabamento:
▪ Preparar tinta ACABAMENTO (vide Tabela 7. 10 com a lista de tintas recomendadas) conforme Boletim
Técnico;
▪ A demão final de acabamento deverá recobrir toda região unitárida da área, conforme Figura 7. 61.

Detalhando procedimento ilustrado na Figura 7. 61:


▪ Aplicar o primer (e a primeira demão da tinta intermediaria, se houver) nas regiões em recuperação, nas
espessuras recomendadas atendendo os requisitos dos procedimentos de execução e inspeção;
▪ Aplicar a demão intermediária abrangendo 20 centímetros de cada lado acima do sistema de pintura
anterior, mediante prévia quebra de brilho (lixamento) para recuperação do intervalo de repintura;
▪ A tinta de acabamento deverá ser aplicada sobrepondo as demãos anteriores;
▪ Aguardar tempo de secagem conforme Boletim Técnico;

Figura 7. 61 – Ilustrativo da recuperação de pintura

▪ A espessura total do esquema de pintura deve ficar compreendida entre 300 e 400µm de filme seco;
▪ Diferenças de cor no sistema anticorrosivo já aplicado e o reparado, não são considerados defeitos;
▪ Boletins Técnicos das Tintas indicadas fazem parte deste procedimento e devem estar disponíveis para
consulta no processo de recuperação.

Tabela 7. 10: Modelo de sistema de pintura de alto desempenho

Função Tipo de Tinta / Característica Tintas WEG

Primer Epóxi Rico em Zinco N1277¹ Lackpoxi N12771¹


PRIMER ou ou
Primer Epóxi tolerante a superfície preparada por
Wegpoxi 89 PW Al2²
tratamento mecânico²

Intermediário Epóxi tolerante a superfície preparada


INTERMEDIÁRIA Wegpoxi 89 PW Al
por tratamento mecânico

ACABAMENTO Acabamento Poliuretano Acrílico Alifático³ W-thane HBA³


1. Ao utilizar máquina especial tipo Bristle Blaster®/ Máquina Monti (Figura 7. 59);
2. Ao utilizar ferramentas rotativas tradicionais (Figura 7. 60);
3. Verificar a cor original do equipamento.

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11.5 CONEXÃO DE CABOS E BARRAMENTO

As ligações do transformador devem ser realizadas conforme o diagrama de ligações de sua placa de
identificação, tomando-se o cuidado para que a sequência de fases esteja correta.
Deve-se observar se os dados da placa de identificação estão coerentes com o sistema no qual o
transformador vai ser instalado. Verificar também a correta ligação do comutador ou painel de derivações
em relação ao diagrama de ligações.

ATENÇÃO!
As buchas admitem consideráveis pesos de condutores, mas devem ser evitados longos trechos de
cabeamento com conexão diretamente na bucha.
Os cabos de entrada e saída das buchas não devem exercer esforços mecânicos excessivos sobre as
buchas. Caso isto não seja verificado, podem causar vazamentos e quebra da porcelana isolante.

Alguns tipos de buchas permitem a conexão direta dos cabos ou barramentos, outras necessitam de
conectores apropriados que podem ou não ter sido fornecidos juntamente com o transformador.

NOTA!
Os desenhos do transformador devem ser sempre consultados para análise dos detalhes das conexões,
dimensões dos pinos de buchas, conectores de buchas (quando fornecidos), etc.

Para conexão de cabos ou barramentos proceder com a limpeza da área de contato sem comprometer o
tratamento das peças na interface de contato e aplicar protetor de contato elétrico (Figura 7. 62).

Figura 7. 62 – Limpeza dos conectores das buchas

11.6 ATERRAMENTO DO TANQUE

Uma malha de terra constante de baixa resistência é essencial para uma proteção adequada. No
transformador estão previstos conectores para aterramento. A malha de terra deverá ser ligada a um desses
conectores por meio de um cabo nu de cobre com bitola adequada e mais curta possível. Um aterramento
perfeito é essencial para a segurança do pessoal e do equipamento.

11.7 PROTEÇÃO E EQUIPAMENTOS DE MANOBRA

Os transformadores devem ser protegidos contra sobrecargas, curtos-circuitos e surtos de tensão.


Normalmente, na instalação do transformador usam-se disjuntores, seccionadores, para-raios etc. Todos
esses componentes devem ser apropriadamente dimensionados para serem coordenados com o
transformador e testados antes de se fazerem as conexões ao mesmo. Deve ser instalado o mais próximo
possível do transformador.

ATENÇÃO!
Aterramentos de para-raios (quando aplicáveis) devem ser feitos com cabos independentes do aterramento
do neutro do transformador.

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11.8 EQUIPAMENTOS AUXILIARES

Todos os equipamentos auxiliares devem ser conectados aos circuitos adequados, consultando os
diagramas de ligações dos aparelhos auxiliares do transformador.
A fonte de suprimento para os aparelhos deve ser conectada aos bornes correspondentes, verificando se a
tensão e frequência estão de acordo com as características dos mesmos. Se o transformador possuir
ventiladores e/ou comutador sob carga, é importante ligar corretamente a sequência de fases.
Os bornes dos transformadores de corrente são curto-circuitados na caixa de controle. Quando se fizer as
conexões que conduzem os relés ou outros aparelhos de medida, essas pontes deverão ser removidas.
Todos os circuitos devem ser testados individualmente, e com o auxílio dos diagramas, conferir se toda a
interconexão foi realizada.

ATENÇÃO!
Em nenhuma situação o secundário dos transformadores de corrente (TCs) poderá ficar aberto.

11.9 INSTALAÇÃO SOBRE TRILHOS

Inspecionar e avaliar emendas em cruzamento de trilhos (Figura 7. 63) que o transformador irá percorrer
até sua posição definitiva para instalação.

ATENÇÃO!
Emendas em cruzamento de trilhos quando desalinhadas e com desníveis podem, durante a
movimentação, causar impactos e danos nas buchas, parte ativa e rodas.

Figura 7. 63 – Instalação do transformador em trilho com emendas

Caso o transformador seja equipado com travamento de rodas, proceder com o travamento das rodas do
transformador imediatamente após a sua colocação na base. Este travamento deve ser executado somente
em duas rodas diagonalmente opostas (Figura 7. 64).

Figura 7. 64 – Travamento das rodas no trilho

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12 PROCEDIMENTOS PARA ENERGIZAÇÃO

Nesta etapa deve-se avaliar se todos os procedimentos executados nas etapas de montagem, vácuo,
enchimento, comissionamento e instalação do transformador foram cumpridos corretamente.
Preencher a Planilha de Verificações Finais antes da energização. Após a devida análise e aprovação de
todos os itens, o supervisor procederá com a liberação do transformador para a energização.

12.1 VERIFICAÇÕES NA PRÉ-ENERGIZAÇÃO

Tanto o supervisor de montagem quanto o representante do cliente devem assinar a Planilha de


Verificações, garantido que todas as verificações necessárias antes da energização do equipamento foram
realizadas.
O equipamento estará pronto para ser posto em serviço após a conclusão bem-sucedida dos testes, a
Planilha de Verificações devidamente preenchida e o tempo de repouso estabelecido tiver transcorrido.

NOTA!
Após o preenchimento da lista de verificações “Check list da pré-energização do equipamento de força”,
uma cópia devidamente assinada pelo supervisor e pelo representante do cliente deverá ser disponibilizada
a um representante ou Assistência Técnica WEG antes da energização do equipamento.

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CHECK LIST - PRÉ-ENERGIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE FORÇA

Projeto:
Local: País:
Supervisor - Montagem:
Representante - Cliente: Data:

1. Lista de verificações

VERIFICAÇÃO SITUAÇÃO

1. Foram feitos o download e a leitura dos dados do registrador de impacto e enviado ao


representante WEG?

2. Todos os procedimentos de montagem foram concluídos com sucesso?

3. Verifique possíveis vazamentos. Se o equipamento ficou armazenado por mais de dois


meses após a montagem, todas as juntas de vedação devem ser reapertadas. Isto foi
executado?

4. O nível de óleo nos compartimentos imersos em óleo foi verificado?

5. Foi verificado o agente secante (sílica gel) e o nível de óleo do secador de ar?

6. Desaeração do relé de gás, cabeçote do comutador sob carga (se aplicável), bujão de
drenagem das janelas de inspeção e radiadores foi executada?

7. Foi inspecionada a tampa do tap de ensaio e/ou tap potencial das buchas? A tampa do
tap deverá estar montada para garantir um aterramento adequado destas derivações das
buchas. (Exclui-se esta inspeção quando existir um dispositivo conectado nestes taps).
8. Os valores de resistência ôhmica de todos os enrolamentos estão de acordo com os
resultados obtidos no relatório de ensaios realizados pelo fabricante?
(Para enrolamento com comutadores sob carga esta verificação deve ser realizada para
todos os taps)

9. A relação de transformação em todos os taps está de acordo com a placa de


identificação?

10. Os valores de resistência do isolamento dos enrolamentos dos transformadores estão


dentro do esperado?

11. Os valores de resistência do isolamento do núcleo dos transformadores estão dentro


do esperado?

12. Os valores de corrente de excitação apresentam coerência entre fases?

13. A relação de corrente, a polaridade e a resistência de isolamento dos TCs estão de


acordo com o esperado?

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14. O fator de potência do transformador e das buchas está de acordo com o esperado?

15. Os valores de resistência do isolamento da fiação do painel de controle estão dentro


do esperado?

16. A programação dos monitores de temperatura (quando aplicável) está correta?

17. Todos os equipamentos de proteção e controle (disjuntores, chaves seccionadoras,


TPs, para-raios, transformadores auxiliares, relés de proteção, etc...) estão funcionando
corretamente?

18. Durante a simulação dos dispositivos de proteção do transformador, os resultados


foram satisfatórios?

19. Os equipamentos de proteção e monitoramento estão conectados e em perfeitas


condições de funcionamento?

20. Todas as funções de alarme e disparo dos equipamentos de proteção estão


configuradas e funcionando de maneira correta?

21. O equipamento, a cabine de controle e todos os acessórios estão limpos?

21. O elemento aquecedor na cabine de controle está conectado e em operação?

22. Todas as entradas de ventilação, tubulações de água (quando aplicáveis), e sistemas


de ventilação estão em condições de operação?

23. O sistema de resfriamento do transformador está funcionando de maneira adequada?

24. Foram ajustados os valores de temperatura para o controle da refrigeração


configurada para a operação automática?

25. Quando o comutador sob carga (se aplicável) está configurado para operar
manualmente, a chave-seletora está na posição LOCAL?

26. Quando o comutador sob carga (se aplicável) está configurado para operação
automática, a chave-seletora está na posição REMOTO?

27. As posições (taps) de todos os comutadores ou painéis de reconexão internos ao


tanque (quando aplicável) estão corretamente ajustadas?

28. Foi realizada a coleta da amostra de óleo para análise cromatográfica e físico-química
de acordo com o solicitado neste manual?
Quando comutador sob carga (se aplicável), foi coletada amostra deste compartimento
para análise físico-química do óleo?

29. A condição dos componentes externos (buchas, para-raios, disjuntores, etc...)


garantem o perfeito funcionamento do equipamento?

30. As distâncias entre os terminais das fases, da fase à ligação a terra e de qualquer
objeto nas suas proximidades são suficientes, a fim de evitar a ocorrência de arcos
elétricos de qualquer natureza?

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31. Todos os aterramentos de proteção provisórios foram removidos dos condutores?

32. Todas as conexões para as linhas e ligações a terra foram feitas de maneira
adequada conforme indica a placa de identificação do equipamento?

33. Todas as válvulas estão na posição correta para o equipamento entrar em operação?
(Relé Buchholz, relé de fluxo do comutador, válvulas do sistema de resfriamento e
válvulas de equalização)?

34. Todos os lacres presentes no equipamento e acessórios se encontram intactos?

35. Todas as ferramentas utilizadas durante a montagem foram retiradas do


transformador?

36. Todas as tampas de proteção e inspeção estão corretamente fechadas e travadas?

37. Foi retirada uma amostra de óleo isolante para o ensaio de cromatografia?

38. Todos os circuitos conectados aos transformadores de corrente estão fechados e


aterrados?

39. Quando o equipamento possuir comutador sem tensão (sem carga).


O tap (posição) previsto para entrada em operação foi ajustado e travado?
Foi realizado o ensaio de resistência ôhmica na posição (tap) desejada nas três fases
onde o comutador sem tensão ou painel de religação está instalado e comparado com os
valores medidos em fábrica?
Foi realizado o ensaio de relação de transformação na posição (tap) desejado para
operar?

Notas:

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2. Calibração dos equipamentos

Foi realizado o controle dos equipamentos de medição utilizados durante o processo de liberação final do
produto? Os equipamentos utilizados são calibrados ou verificados em intervalos adequados de acordo com
normas pertinentes?

SIM NÃO

Nota:

Anotações gerais:

________________________________ __________________________________
Supervisor de montagem Representante do Cliente
_____________________________
Data

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12.2 ENERGIZAÇÃO

A energização é a etapa onde o transformador é colocado em serviço. Algumas vezes, é feita


imediatamente após a montagem e instalação. Nesse caso, toda uma série de medidas já foi tomada nos
passos que antecederam a energização, dispensando-se nova revisão. É comum ocorrer, entre a instalação
e a energização, um espaço de tempo relativamente longo e com diversos acontecimentos de obra, que
podem alterar as condições originais de montagem.
Independentemente de a energização acontecer logo após a etapa de montagem e instalação ou após ter
transcorrido um determinado intervalo de tempo, é absolutamente imperativo a necessidade de se realizar
todos os procedimentos da pré-energização descritos no item 12.1 deste manual.
Preferencialmente, a energização deve ser acompanhada por um supervisor da WEG.

ATENÇÃO!
Os ensaios de comissionamento são considerados válidos por um período limitado em 6 meses. Caso o
transformador não seja energizado durante este período, o comissionamento de campo deverá ser
realizado novamente, sendo esta condição OBRIGATÓRIA e básica para a manutenção e validação da
garantia contratual.

O transformador deve ser energizado inicialmente em vazio, com a tensão nominal e sem carga por um
período de acordo com a Tabela 7. 11. Esse período de energização em vazio é necessário para uma
avaliação do equipamento previamente a aplicação da carga. Durante este período e antes de carregar o
equipamento execute as seguintes ações:
▪ Verifique nível de ruído e vibração.
▪ Monitore a temperatura do óleo e enrolamento (hot spot), registrando os valores de temperatura a cada
hora até a estabilização.
▪ Monitore a temperatura ambiente.
▪ Se o transformador for provido de comutador em carga, o mesmo deve ser acionado em todas as
derivações (taps).
▪ Acionar e verificar o desempenho de bombas de óleo e motoventiladores (quando aplicáveis).
Tabela 7. 11: Tempo recomendado para energização sem carga

PERIODO MÍN. RECOMENDADO DE


PERIODO DE ENERGIZAÇÃO
CLASSE DE TENSÃO ENERGIZAÇÃO
(horas)
(horas)
≤ 69 kV 8 8
> 69 kV e < 245 kV 12 8
≥ 245 kV 24 12

Após o transformador ter sido energizado e carregado com êxito, observar atentamente por 24 horas,
verificando os seguintes itens:
▪ Nível de ruído;
▪ Existência de vibrações excessivas;
▪ Monitorar a carga;
▪ Indicadores de temperatura: registrar a temperatura indicada a cada período de 6 horas durante as
primeiras 24 horas;
▪ Executar inspeção termográfica geral do equipamento após decorridos 24 horas de operação em carga
▪ Relé detector de gás: verificar sua operação;
▪ Indicadores de nível de óleo: se há alteração nos níveis do óleo devido ao aumento de temperatura;
▪ O correto funcionamento do comutador sob carga (se aplicável).

Faça uma inspeção diária durante os primeiros dias de operação. Observe atentamente por possíveis
vazamentos de óleo, aumentos súbitos da temperatura, qualquer operação anormal do relé detector de gás
(se aplicável) e operação anormal dos acessórios como buchas, comutador sob carga, comutador sem
tensão (se aplicáveis), etc.

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OPERAÇÃO

ATENÇÃO!
A observação de operação inicial do equipamento deve ser feita durante um mês (30 dias).
Observe durante os primeiros 7 dias diariamente. Após, poderá ser feita semanalmente.

ATENÇÃO!
Se o equipamento for dotado de COMUTADOR SEM TENSÃO ou painel de religação, SEMPRE realize a
comutação das posições (taps) com o TRANSFORMADOR DESENERGIZADO.
A cada mudança de posição do comutador sem tensão ou painel de religação para a operação e antes de
ENERGIZAR o transformador realize as seguintes ações:
▪ Verifique e execute somente ligações indicadas na placa de identificação do transformador;
▪ Faça uma inspeção visual do manipulo externo de comutação (quando aplicável comutador sem
tensão com acionamento externo);
▪ Inspecione os pinos de conexão (quando for aplicável painel de religação);
▪ Realize a comutação de extremo a extremo (quando aplicável comutador sem tensão), verificando se
não há travamentos na comutação dos taps. Caso haja travamento ou resistência para executar a
mudança de posição (tap), contate a WEG;
▪ Execute o ensaio de resistência ôhmica na posição (tap) desejado nas três fases onde o comutador ou
painel de religação está instalado e compare com os valores medidos em fábrica;
▪ Execute o ensaio de relação de transformação na posição (tap) desejado para operar.
▪ Trave o manipulo corretamente na posição (tap) de trabalho após todas as verificações.

A falta destas ações ANTES DA ENERGIZAÇÃO do equipamento pode causar danos severos ao
transformador.
Estas instruções aplicam-se sempre que for necessário energizar o transformador.

ATENÇÃO!
Fazer a análise cromatográfica nos intervalos recomendados. Esta condição é imprescindível para a
detecção de complicações internas do equipamento em estágio inicial.

PERIGO!
Todos os secundários dos transformadores de corrente (TCs) devem estar conectados aos dispositivos de
medição, de proteção ou curto circuitados e aterrados.
Caso isto não se cumpra, pode haver altas tensões nos secundários que provocam falha no transformador
de corrente, o que pode ocasionar incêndio no gabinete de controle do equipamento.

ATENÇÃO!
A observância de todas as condições supracitadas é OBRIGATÓRIA e condição básica para a manutenção
e validação da garantia contratual.

12.3 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO TRANSFORMADOR

Logo após a colocação do equipamento em operação algumas verificações são obrigatórias para garantir e
assegurar uma operação satisfatória do transformador. Estas verificações fazem parte de uma manutenção
inicial do seu equipamento.
Para mais informações e periodicidade dos procedimentos da manutenção do transformador, consultar o
CAPÍTULO 8 – MANUTENÇÃO.

Após a colocação do equipamento em operação certificar se foi efetuada a análise cromatográfica do óleo
isolante conforme as instruções descritas no item 10.2 deste capítulo.

12.3.1 Verificação após 10 dias de operação

Depois de decorridos 10 dias da sua energização. Verificar:


▪ Nível do líquido isolante do transformador e do comutador sob carga;
▪ Existência de vazamentos;
▪ Nível de ruído;
▪ Elevação de temperatura;

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OPERAÇÃO
▪ Resposta dos indicadores de temperatura.
▪ Registros de sobrecarga.
▪ Sobretensões.
▪ Temperatura ambiente excessiva.
▪ Resfriamento insuficiente.

12.3.2 Verificação após um mês (30 dias) de operação

▪ Inspeção externa com o transformador energizado, verificando o estado do desumidificador de ar e o


funcionamento dos ventiladores.

12.3.3 Verificação após seis meses de operação

▪ Análise cromatográfica do óleo isolante, somente do óleo do transformador;


▪ Verificação da limpeza dos radiadores e tanque;
▪ Limpeza das buchas e para-raios (desenergizados);
▪ Lubrificação das rodas;
▪ Óleo dos poços dos indicadores de temperatura (desenergizados);
▪ Funcionamento dos equipamentos de proteção e medição;
▪ Vazamentos;
▪ Nível do óleo isolante;
▪ Vibração do tanque e das aletas dos radiadores;
▪ Vazamentos na tampa, nos radiadores, no comutador de derivações, nos registros e nos bujões de
drenagem;
▪ Estado da pintura, anotando os eventuais pontos de oxidação;
▪ Danos na pintura e/ou pontos de oxidação devem ser restaurados o mais brevemente possível, aplicando-
se o procedimento descrito no item 11.4 – Capítulo 7 deste manual;
▪ Estado dos indicadores de pressão (para transformadores selados);
▪ Bases (nivelamento, trincas, etc.);
▪ Posição das válvulas dos radiadores;
▪ Valores de temperatura encontrados (anotar);
▪ Ventiladores quanto a aquecimento, vibração, ruído, vedação a intempéries, fixação, acionamento, circuito
de alimentação, pás e grades de proteção, pintura e oxidação;
▪ Bomba de circulação forçada de óleo quanto a aquecimento, ruído, vibrações e vazamento (se aplicável);
▪ Circuitos de comando, controle e alimentação das bombas (se aplicável);
▪ Correto funcionamento do indicador de fluxo (se aplicável);
▪ Funcionamento do pressostato (se aplicável);
▪ Estado de conservação, limpeza, nível de óleo do selo hidráulico, estado das juntas e vedações e
condições da sílica gel do desumidificador de ar;
▪ Presença de gás no visor, vazamentos, estado das juntas do relé de gás tipo Buchholz;
▪ Vazamentos e juntas do relé de pressão súbita (se aplicável);
▪ Nível de óleo do compartimento, condições da caixa do acionamento motorizado quanto a limpeza,
umidade, juntas de vedação, trincos e maçanetas, aquecimento interno etc., fiação, motor e circuito de
alimentação do comutador sob carga;
▪ Limpeza, estado da fiação, blocos terminais, resistor de aquecimento e iluminação interna da caixa de
terminais;
▪ Juntas de vedação, trincos e maçanetas da caixa de terminais;
▪ Fixação, corrosão e orifícios para aeração da caixa de terminais;
▪ Circuitos de alimentação externos.

12.3.4 Verificação após um ano de operação

▪ Limpeza geral externa do transformador;


▪ Análise cromatográfica de gases dissolvidos no óleo isolante;
▪ Análise físico-química do óleo isolante;
▪ Inspeção termográfica;
▪ Reaperto de todas as conexões elétricas dos cabos de entrada/saída e painel de controle.

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12.3.5 Verificação após três anos de operação

▪ Trincas ou partes quebradas em buchas, inclusive no visor do óleo das buchas condensivas;
▪ Condições e alinhamento dos centelhadores das buchas (quando aplicável no equipamento);
▪ Conectores, cabos e barramentos das buchas;
▪ Limpeza das porcelanas das buchas;
▪ Todas as conexões de aterramento (aterramentos do tanque, neutro, etc.);
▪ Registros entre conservador e tanque, se estão totalmente abertos;
▪ Fixação do conservador;
▪ Estado dos tubos capilares dos termômetros;
▪ Calibração e aferição dos termômetros;
▪ Nível de óleo no poço dos termômetros;
▪ Limpeza do visor do relé de gás tipo buchholz;
▪ Fiação e atuação dos contatos dos dispositivos de proteção;
▪ Estado geral e condições de funcionamento dos comutadores;
▪ Contatores, fusíveis, relés, chaves, régua de bornes, identificação da fiação e componentes da caixa de
terminais (comando);
▪ Isolação da fiação e aterramento do secundário dos TCs.

ATENÇÃO!
Durante o acompanhamento operacional do equipamento, seguindo todas as diretrizes indicadas neste
documento, caso ocorra alguma variável que possa vir a comprometer seu desempenho operacional,
indicamos consultar este fabricante para auxiliar na análise dos resultados obtidos e definir em conjunto,
medidas sejam elas preditivas, preventivas e até mesmo corretivas, caso necessário.

77 de 77
ANEXO 1: TABELA DE REGISTRO DE VÁCUO TRANSFORMADORES DE
FORÇA
Tempos Especificados
CAPÍTULO 7 – ANEXO 1: TABELA DE REGISTRO DE VÁCUO TRANSFORMADORES DATA: __/___/____
DE FORÇA Vácuo Impregnaç
< 1 mbar ão

Cliente: _________________________________________________________________ CP.: ____________________ Horas Dias Equipamento de Vácuo utilizado


Potência: ____________________ MVA Tensão: ____________________ kV N° Ordem: ____________________ ............... ............... ____________________

Dia Hora Vácuo (mbar) Operador Observações Dia Hora Vácuo (mbar) Operador Observaçõe Dia Hora Vácuo (mbar) Operador Observações
s
/ / 00:00 / / 00:00 / / 00:00
/ / 01:00 / / 01:00 / / 01:00
/ / 02:00 / / 02:00 / / 02:00
/ / 03:00 / / 03:00 / / 03:00
/ / 04:00 / / 04:00 / / 04:00
/ / 05:00 / / 05:00 / / 05:00
/ / 06:00 / / 06:00 / / 06:00
/ / 07:00 / / 07:00 / / 07:00
/ / 08:00 / / 08:00 / / 08:00
/ / 09:00 / / 09:00 / / 09:00
/ / 10:00 / / 10:00 / / 10:00
/ / 11:00 / / 11:00 / / 11:00
/ / 12:00 / / 12:00 / / 12:00
/ / 13:00 / / 13:00 / / 13:00
/ / 14:00 / / 14:00 / / 14:00
/ / 15:00 / / 15:00 / / 15:00
/ / 16:00 / / 16:00 / / 16:00
/ / 17:00 / / 17:00 / / 17:00
/ / 18:00 / / 18:00 / / 18:00
/ / 19:00 / / 19:00 / / 19:00
/ / 20:00 / / 20:00 / / 20:00
/ / 21:00 / / 21:00 / / 21:00
/ / 22:00 / / 22:00 / / 22:00
/ / 23:00 / / 23:00 / / 23:00

Taxa de Vazamento = TV Liberação de Processo para enchimento com óleo:


1
Data: ......../......../............ Assinatura Responsável:
0,9
TV = ( Vf – Vi ) x V
1800 Vencimento da
0,8 Final do enchimento:
impregnação:
0,7
Vf = Valor Final (mbar) .............. : ..............hrs
......../......../............
0,6
Vi = Valor Inicial (mbar) Sangria: ......../......../............
0,5

0,4
V = Volume de Óleo (litros) .............. : ..............hr
0,3

0,2
TV = ..............................-..............................x..............................=..............................mbar.l/s
0,1
1800
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72
Valor de Aceitação: TV ≤ 8 mbar.l/s
CAPÍTULO 8
MANUTENÇÃO
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Versão 07
MANUTENÇÃO

SUMÁRIO

1 MANUTENÇÃO .......................................................................................................... 2

2 CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO ........................................................................ 3


2.1 INSPEÇÃO SEMANAL ..................................................................................................................... 3
2.2 INSPEÇÃO PERÍODICA ................................................................................................................... 4

3 DESLIGAMENTO DE EMERGÊNCIA ........................................................................ 6

4 FALHAS E DIAGNÓSTICOS ..................................................................................... 7

5 ASSISTÊNCIA TÉCNICA ........................................................................................... 9


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MANUTENÇÃO

1 MANUTENÇÃO

Os equipamentos em operação são geralmente expostos a tensões mecânicas e elétricas provocadas pela
utilização normal do equipamento, pelas condições ambientais, etc. Para evitar qualquer falha ou dano para
o equipamento é importante monitorar algumas partes regularmente e cuidadosamente, assegurando o
funcionamento adequado. Se o equipamento é usado como uma unidade reserva, a inspeção e
manutenção devem ser iguais aos de um equipamento em operação.
As buchas isolantes do equipamento devem estar sempre limpas, e as partes vivas devem estar livres de
poeira e sujeira, principalmente em condições anormais, tais como a acumulação de sal, areia e produtos
químicos, que requerem uma limpeza regular para evitar a acumulação na superfície exterior.
Os componentes do sistema de resfriamento, como radiadores, ventiladores, bomba de óleo e todos os
acessórios devem ser limpos e livres de depósitos para garantir a troca correta de calor do óleo refrigerado.
A temperatura é um fator importante na vida útil do equipamento. É muito importante observar a
temperatura do equipamento continuamente e correlacionar os valores com a tensão nominal nos lados
primários e secundários, e com as condições de carga do equipamento. As altas temperaturas causam
envelhecimento acelerado das partes isolantes internas, e reduzem a vida do equipamento.
O sistema de pintura deverá estar perfeitamente íntegro para garantir a proteção anticorrosiva prevista pelo
projeto do equipamento.
Para garantir a integridade do sistema de pintura, possíveis pontos danificados no transporte e/ou
montagem deverão ser restaurados o mais brevemente possível, aplicando-se preferencialmente o mesmo
sistema de pintura aplicado originalmente, conforme procedimento descrito no item 11. 4 – Capítulo 7 deste
manual.
Deve-se checar o nível de óleo do comutador (se aplicável) e do equipamento durante a operação, mesmo
que não haja sinais de contato mínimo com o nível de óleo. Vazamentos de óleo no tanque não são muito
comuns, mas caso existam podem exigir solda, que deverá ser executada por pessoas qualificadas.
Acessórios como o indicador do nível de óleo, indicadores de temperatura do óleo e dos enrolamentos, relé
Buchholz, etc. são construídos para este tipo de aplicação ao tempo, mas o pó ou chuva podem ser filtrados
por estes acessórios e causarem oxidação no componente. Substituir o conjunto danificado, uma vez que é
necessário para o funcionamento correto do equipamento.
O gabinete de controle deve estar seco e limpo. Se necessário, altere as vedações para evitar a
contaminação dentro do gabinete. O acúmulo de poeira ou infiltração de água no compartimento de controle
pode causar danos ou mau funcionamento de equipamentos elétricos.

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MANUTENÇÃO

2 CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO
Os cronogramas de manutenção são aplicáveis para o equipamento, componentes e demais acessórios.

2.1 INSPEÇÃO SEMANAL

CRITÉRIOS DE
ITEM A SER INSPECIONADO DESCRIÇÃO/PROCEDIMENTO
AVALIAÇÃO
Temperatura do óleo do
Verifique a temperatura mediante uma inspeção visual. -
transformador
Nível de óleo do transformador Verifique o nível do óleo mediante uma inspeção visual. -
01- Quando existir um
vazamento de óleo em
qualquer junta/gaxeta.
Refaça o ajuste e o
reaperto.
Caso o vazamento
Vazamentos de óleo no Verifique se há algum vazamento mediante uma inspeção visual em
continue, informe a
transformador todo o perímetro do equipamento.
WEG.

02- Quando existir um


vazamento de óleo nas
soldas, informe
imediatamente a WEG.
Avaliação de aquecimento do Executar inspeção termográfica geral do equipamento após decorridos Se existir algum tipo de
equipamento 24 horas de operação em carga desvio informe a WEG.
Se existir algum tipo de
Danos no transformador Verifique se existem danos.
dano, informe a WEG.
Remova a oxidação e
Pontos de oxidação no
Verifique se existem pontos de oxidação pinte novamente a zona
transformador
oxidada.
Verifique se há algum vazamento mediante uma inspeção visual nos Se existir algum tipo de
Vazamentos de óleo no
radiadores, bombas de óleo, flanges de conexão e válvulas do sistema vazamento, informe a
sistema de resfriamento
de resfriamento. WEG.
Quando os grãos de
sílica estiverem na cor
amarelo claro, deve-se
Secadores de ar Verifique se existe saturação de água nos grãos de sílica-gel.
secá-los através do
processo de
regeneração da sílica.
Se existir algum tipo de
vazamento, peça
Buchas Verifique na porcelana que não haja trincas, peças quebradas e sujeira. quebrada, sujeira ou
qualquer outro defeito,
informe a WEG.
Consulte o manual de instalação do fabricante do comutador sob carga anexado a documentação
Comutador de derivações sob final do equipamento.
carga (QUANDO APLICÁVEL) Siga os procedimentos de manutenção indicados pelo fabricante do comutador sob carga.

Comutador sem tensão Verifique se existe dano ao acionamento manual ou manivela do Se existir algum tipo de
(QUANDO APLICÁVEL) comutador sem tensão. dano, informe a WEG.

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MANUTENÇÃO

2.2 INSPEÇÃO PERÍODICA

ITEM A SER
PERÍODO DESCRIÇÃO/PROCEDIMENTO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
INSPECIONADO
Verifique se há vazamentos. Se
necessário faça o reaperto dos
parafusos nas conexões. Verifique
Verifique se existem vazamentos de óleo.
se existem vazamentos nas juntas.
Se houver vazamentos nas soldas,
Inspeção geral no De 2 a informe a WEG.
transformador 3 anos
Retire os pontos oxidados e repinte
Verifique se existem pontos de oxidação.
a zona oxidada.
Faça o ajuste se necessário. Volte a
Verifique se as conexões a terra, os terminais, os
inspecionar no período de (6)
tubos, etc., estão ajustados corretamente.
meses.
Análise físico-química Conforme os procedimentos e as disposições da Conforme ABNT NBR 10576 para
Anualment
do óleo isolante do norma ABNT NBR 10576 para óleo mineral, e ABNT óleo mineral, e ABNT NBR 16518
e
transformador NBR 16518 para óleo vegetal. para óleo vegetal.
Análise cromatográfica Conforme ABNT NBR 7070 para
Conforme os procedimentos e as disposições da
do óleo isolante do 6 meses óleo mineral, e IEEE C57.155 para
norma NBR 7070 para óleo mineral e óleo vegetal.
transformador óleo vegetal.
Análise físico-química e Anualment Conforme os procedimentos e as disposições da Conforme ABNT NBR 10576 para
cromatográfica do óleo e norma ABNT NBR 10576 para óleo mineral, e ABNT óleo mineral, e ABNT NBR 16518
isolante do comutador NBR 16518 para óleo vegetal. para óleo vegetal.
Executar inspeção termográfica geral do
Avaliação de Faça o ajuste se necessário. Volte a
equipamento, avaliando pontos quentes em
aquecimento do 6 meses inspecionar no período de (6)
conexões elétricas no circuito de potência, painel de
equipamento meses.
controle e circulação natural do óleo
Verifique se todos os parafusos e porcas estão
Vazamentos 1 ano Se for necessário, faça o reajuste.
ajustados corretamente.

Verifique se o secador de ar e o indicador de nivel


Sistema do tanque de Caso algo não esteja nas condições
1 ano de óleo não têm falhas. Verifique a relação indicada
expansão do óleo adequadas, informe a WEG.
do nível de óleo e a temperatura.

01- Verifique a funcionalidade do secador de ar. O nivel de óleo não deve


Secador de ar 1 ano
02- Verifique o nível de óleo na cuba de purificação. ultrapassar a marca vermelha.
Limpe a superfície das aletas.
01- Verifique se existem contaminações sobre a Se necessário repinte as áreas
Radiadores 6 meses superfície das aletas do radiador. afetadas.
02- Procure por aranhões ou danos nas aletas. Se os danos forem muitos severos,
informe a WEG.
01- Teste o funcionamento dos relés: nivel do óleo,
fluxo de óleo, dispositivo de alivio de pressão,
indicadores de temperatura do óleo e enrolamento,
alimentação da bomba de óleo, etc.
De 2 a 02- Teste o funcionamento e a rotação da bomba de Todos os contatos deverão
Circuito de controle
3 anos óleo (se aplicável). Verifique o funcionamento dos funcionar de forma adequada.
contatores e disjuntores.
03- Meça a resistência de isolamento dos cabos.
04- Faça uma inspeção detalhada dos cabos e
conexões.
01- Verifique o estado externo da válvula.
Válvula de alivio de 02- Verifique se vazamentos de óleo. Caso algo não esteja nas condições
1 ano
pressão 03- Verifique o acionamento do pino indicador de adequadas, informe a WEG
atuação.
De 2 a 01- Verifique se tem presença de gás. Se caso haja gás dentro do relé
Relé Buchholz
3 anos 02- Teste o funcionamento adequadamente. Buchholz, informe a WEG.
01- Inspecione visualmente a parte externa.
1 ano -
02- Verifique as conexões dos cabos.
Compare a temperatura do óleo.
Resistência do 03- Verifique as seguintes características:
Todos os contatos deverão
termómetro Temperatura indicada.
3 anos funcionar adequadamente e a
Valor da resistência.
resistência de isolamento deverá
Resistência de isolamento.
ser superior a 2 M.

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MANUTENÇÃO

1 ano 01- Verifique o estado externo. 1 ano


Todos os contatos deverão
Termômetro do óleo 02- Verifique se está funcionando adequadamente. funcionar de forma adequada e a
3 anos
Verifique o isolamento e a resistência. resistência de isolamento deverá
ser superior a 2 M.
1 ano 01- Verifique o estado externo. -
02- Verifique os seguintes pontos:
Todos os contatos deverão
Indicador de nivel do Funcionamento adequado do indicador e a
funcionar de forma adequada e a
óleo 3 anos resistência de isolamento.
resistência de isolamento deverá
Funcionamento do microinterruptor.
ser superior a 2 M.
Funcionamento correto da boia e ponteiro.
1 ano 01- Verifique o estado externo. 1 ano
Todos os contatos deverão
funcionar de forma adequada e a
02- Verifique as seguintes características:
Equipamento para medir resistência de isolamento deverá
Indicador do termômetro.
a temperatura do ser superior a 2 M.
3 anos Valor da resistência.
enrolamento Compare com o termômetro do
Resistência de isolamento.
óleo. Se caso apresente algo
Transformador de corrente.
anormal dentro do transformador,
verifique também o TC.

ATENÇÃO!
Durante o acompanhamento operacional do equipamento, seguindo todas as diretrizes indicadas neste
documento, caso ocorra alguma variável que possa vir a comprometer seu desempenho operacional,
indicamos consultar este fabricante para auxiliar na análise dos resultados obtidos e definir em conjunto,
medidas sejam elas preditivas, preventivas e até mesmo corretivas, caso necessário.

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MANUTENÇÃO

3 DESLIGAMENTO DE EMERGÊNCIA
Durante o funcionamento do transformador é possível que ocorra a necessidade de um desligamento de
emergência. Dependendo do tipo da situação, as emergências podem ser classificadas basicamente em
dois tipos: Desligamento imediato e desligamento planejado.

Um desligamento imediato será necessário quando alguma (as) das seguintes condições forem constatadas
no equipamento:

▪ Ruído interno anormal;


▪ Vazamentos significantes de óleo;
▪ Aquecimento excessivo das conexões de carga;
▪ Colocação ao funcionamento do relé de gás;
▪ Sobreaquecimento do óleo ou bobinas;
▪ Buchas rachadas;
▪ Funcionamento anormal do comutador sob carga (quando aplicável);
▪ Estado anormal do óleo isolante;
▪ Surgimento de gases com tendência evolutiva ou atuação do relé detector de gás devido ao surgimento
de gases combustíveis.

Um desligamento planejado será necessário quando alguma das seguintes condições for constatada no
equipamento:

▪ Vazamentos em menor proporção do óleo isolante, que não causará baixa significante do nível do óleo;
▪ Aquecimento não excessivo das conexões de carga;
▪ Acessórios rachados;
▪ Defeitos nos acessórios de proteção e sinalização.

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MANUTENÇÃO

4 FALHAS E DIAGNÓSTICOS
A seguir, alguns defeitos possíveis de ocorrer em serviço nos transformadores e seus principais
componentes quando os mesmos forem aplicáveis ao transformador, bem como o procedimento correto
para sua verificação e possível correção.

DEFEITOS NO TRANSFORMADOR

Defeito Causa provável Ações corretivas

Ajuste a tensão através do comutador para evitar uma


1. Sobretensão
sobretensão excessiva.

Verifique o carregamento. Se for possível, ajuste a potência


através da correção do fator de potência para que fique de
acordo com o previsto para o equipamento.
2. Sobrecarga
Assegure-se de que não está ocorrendo circulação de
corrente nos barramentos de saída, já que as conexões em
paralelo podem ter diferenças na impedância.

Temperaturas muito 3. Temperatura da sala de instalação muito alta Melhore a ventilação na sala onde o equipamento está
elevadas (em caso de transformador abrigado) instalado.

Confirme o funcionamento adequado do sistema de


4. Não está refrigerando corretamente
refrigeração.

5. Baixo nível de óleo Complete o nível do óleo.

6. Óleo em condição inadequada Realize o tratamento do óleo.

Assegure-se que a corrente de excitação do núcleo está


7. Núcleo em curto-circuito
dentro dos valores garantidos.

Sobretensões devido a descargas atmosféricas,


Falha nos
curto circuitos, sobrecarga, óleo isolante em Contatar a WEG.
enrolamentos
condições inadequadas e com partículas sólidas.

Rompimento do isolamento do núcleo, curto-


Falha no núcleo Verifique a corrente de excitação e contate a WEG.
circuito no núcleo.

Encontre o ponto de fuga e realize o reparo. Caso não seja


Vazamentos Dano mecânico ou montagem incorreta.
possível, contate a WEG.

Ruído excessivo
Peças externas soltas ou com pouco aperto, Reaperte as conexões ou solde as peças que estiverem
(acima do valor
com vibração excessiva. soltas.
garantido)

Atuação da válvula
Falha interna Contatar a WEG.
de alivio de pressão

Atuação do
Verifique o nível de óleo e complete ou remova o óleo
indicador de nível Nível de óleo.
conforme a necessidade.
do óleo

1. Curto-circuito

2. Arco elétrico de alta energia nos enrolamentos


Atuação do relé
detector de gás Contatar a WEG.
(relé tipo Buchholz) 3. Bolhas de ar causadas pelo aquecimento
excessivo das conexões

4. Descargas parciais

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MANUTENÇÃO

Atuação do
Verifique o funcionamento da bomba, a pressão e a
indicador de fluxo 1. Fluxo de óleo inferior ao especificado
condição das tubulações.
do óleo

Atuação do
Verifique o funcionamento da bomba, a pressão e a
indicador de fluxo 1. Fluxo de água inferior ao especificado
condição das tubulações.
da água

DEFEITOS RELACIONADOS AO ÓLEO ISOLANTE

Defeito Causa provável Ações corretivas

Vazamentos nas
1. Juntas em más condições Substituia as juntas danificadas.
juntas de vedação

1. O óleo está saturado com componentes Tratar o óleo. Recomenda-se lavar a parte ativa com óleo
Oxidação
ácidos novo para remover a contaminação

DEFEITOS NO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

Defeito Causa provável Ações corretivas

Temperatura Determine a origem da falha (óleo, água ou ambos) e ajuste


1. Fluxo de água ou óleo insuficiente
demasiada alta o fluxo.

Vazamentos nos
trocadores de calor Se o problema for detectado nas juntas de vedação,
1. Juntas em condições inadequadas ou
(para substitua as mesmas. Se o problema for corrosão, verifique
corrosão causada pela presença de
transformadores se a qualidade da água está de acordo com o especificado e
componentes corrosivos na água.
equipados com contate a WEG.
trocador de calor)

Vazamento na Ajuste as juntas.


bomba de óleo 1. Juntas em condições inadequadas Nota: juntas mal apertadas podem resultar na contaminação
(quando aplicável) do óleo ou entrada de ar no óleo.

Atuação do relé de
proteção da bomba 1. Válvula fechada Verifique se as válvulas estão na posição correta.
de óleo

DEFEITOS NO COMUTADOR SOB CARGA (caso aplicável)

Defeito Causa provável Ações corretivas

Aquecimento 1. Atrito excessivo nos contatos móveis. Contatar a WEG.


excessivo nos
contatos 2. Pressão insuficiente nos contatos Contatar a WEG.

Atuação dos
disjuntores de 1. Curto-circuito entre o acionamento do motor
Contatar a WEG.
proteção ou a para pontos aterrados nas adjacências
abertura automática

Funcionamento
1. O motor está com algum componente
inadequado do Contatar a WEG.
danificado
motor

O motor para Verifique se a tensão de alimentação do motor está dentro


1. Tensão de alimentação incorreta
repentinamente dos limites especificados.

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MANUTENÇÃO

5 ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Para rede de autorizada de assistência técnica, consulte o site da WEG ou entre em contato pelos canais de
atendimento via telefone / e-mail.

WEG Equipamentos Elétricos S.A. - Transmissão & Distribuição


Rua: Dr. Pedro Zimmermann, 6751 – Blumenau – SC/ Brasil
Fone: +55 47 3337-1000 / Fax: +55 47 3337-1090
E-mail: [email protected] (Comercial) / [email protected] (Suporte Técnico)
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APÊNDICE A
CUIDADOS COM ASPECTOS
AMBIENTAIS
10002512960 APÊNDICE A www.weg.net
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CUIDADOS AMBIENTAIS

SUMÁRIO

1 CUIDADOS COM ASPECTOS AMBIENTAIS............................................................ 2


1.1 RESÍDUO DE MANUTENÇÃO .......................................................................................................... 2
1.2 DISPOSIÇÃO PÓS VIDA ÚTIL .......................................................................................................... 2
1.3 DESTINAÇÃO DE MATERIAIS UTILIZADOS PARA O TRANSPORTE DO TRANSFORMADOR ................................. 4
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CUIDADOS AMBIENTAIS

1 CUIDADOS COM ASPECTOS AMBIENTAIS


Esta instrução visa estabelecer parâmetros para análise de aspectos ambientais relacionados a materiais e
componentes de transformadores e determinar uma possível disposição dos mesmos, em caso de fim de
vida útil ou manutenções, evitando impactos ambientais negativos.

1.1 RESÍDUO DE MANUTENÇÃO

Recomenda-se que os resíduos gerados durante as atividades de manutenção de transformadores, tais


como panos e estopas com óleo e/ou graxa, sejam devidamente identificados e segregados em
compartimentos especiais (exemplo: tambores de aço), onde aguardarão posterior destinação.

ATENÇÃO!
Enfatiza-se que as manutenções sejam sempre executadas por pessoal devidamente treinado.
Em caso de substituição de peças, a disposição das mesmas deve seguir item 1.2 deste apêndice.

Os resíduos gerados ou contaminados, como por exemplo a brita/solo com óleo impregnado, recomenda-se
que sejam mitigados, de modo a minimizar os impactos ambientais, tais como: contaminação do solo, lençol
freático, rios e lagos. Posteriormente, essas partes contaminadas devem ser recolhidas e segregadas em
compartimentos especiais como, por exemplo, tambores de aço mantidos em locais adequados para
posterior destinação.
As peças danificadas devem ser dispostas conforme item 1.2 deste apêndice.

1.2 DISPOSIÇÃO PÓS VIDA ÚTIL

Após término da vida útil dos equipamentos, os componentes devem ser dispostos conforme Tabela A. 1.

ATENÇÃO!
Produtos pouco conhecidos quanto aos impactos e disposições pós vida útil, ou que não constam neste
apêndice, devem ser analisados e classificados conforme NBR 10004 (Resíduos sólidos - Classificação) ou
de acordo com a legislação ambiental do país vigente. Se tal classificação não for possível, recomenda-se
consultar o fabricante.

ATENÇÃO!
Materiais contaminados com óleo isolante devem ser tratados conforme descrito nos itens 1.1 e 1.2 desse
apêndice.

ATENÇÃO!
A WEG informa que a destinação dos resíduos gerados sempre deve ser feita de acordo com as
disposições da legislação ambiental do país vigente.

ATENÇÃO!
Independentemente das indicações contidas neste documento, a WEG recomenda que, previamente à
destinação de qualquer tipo de resíduo gerado em função da utilização ou manutenção de seus
equipamentos, esta seja submetida à aprovação do órgão de controle ambiental do país vigente.

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CUIDADOS AMBIENTAIS

Tabela A. 1: Disposição de materiais pós vida útil – parte 1 de 2

MATERIAL CLASSE DISPOSIÇÃO

Aço Carbono, Aço Silício, Aço Inox IIA Materiais recicláveis


Cobre, Alumínio, Latão e Bronze
P.V.C IIA Material reciclável
Enviado para local devidamente licenciado para receber
I
Tambores De Óleo resíduo classe I.
Os resíduos de óleo mineral isolante, conforme a
classificação da FISPQ (Ficha de informações de segurança
de produto químico), bem como os resíduos sólidos
Óleo Mineral Isolante I
contaminados com óleo isolante, devem ser destinados à
empresa ambientalmente licenciada para receber resíduo
classe I, atendendo a legislação ambiental do país vigente.
Em caso de derramamento, conter o vazamento utilizando
materiais absorventes, como turfas naturais e vermiculita.
Não utilizar tecidos e estopas.

Um vazamento de óleo vegetal isolante que represente risco


ambiental e deve ser comunicado aos órgãos de controle de
meio ambiente do país vigente.

Opções de descarte incluem a venda a processadores para


Óleo Vegetal Isolante I
reciclagem ou refino, conversão em óleo biocombustível, ou
como combustível para caldeiras e fornos industriais.

Os resíduos de óleo vegetal isolante, conforme a


classificação da FISPQ (Ficha de informações de segurança
de produto químico), bem como os resíduos sólidos
contaminados com óleo isolante, devem ser destinados à
empresa ambientalmente licenciada, atendendo a legislação
ambiental do país vigente.
Material não reciclável, porém, no caso de porcelanas de
buchas, podem ser reutilizáveis em dutos de águas pluviais
Porcelanas e Esteatites IIB Inerte e esgotos. Tanto a porcelana como o esteatite podem
também ser enviados para aterro sanitário ou conforme
solicita a legislação ambiental do país vigente.

Material impregnado com óleo isolante deve ser destinado


Presspan, Papel Kraft, Compensado
I como resíduo perigoso, conforme solicita a legislação
de Presspan, Madeira, Cortiça.
ambiental do país vigente.

Material inerte quimicamente (depois de seco). Não


Fibra de Vidro e Resina Epóxi I
reciclável.
Material pode ser reciclado ou enviado para aterro sanitário
Borrachas Nitrílica, Neoprene ou Viton IIA conforme solicita a legislação ambiental do país vigente.
Vidro IIA Material reciclável

Metal “pesado”, é extremamente tóxico. Não deve ser


disposto diretamente no solo ou esgoto. O seu manuseio
Mercúrio (Hg) I
deve ser feito apenas por pessoal especializado. Mais
informações consultar o fabricante.

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Versão 07
CUIDADOS AMBIENTAIS

1.3 DESTINAÇÃO DE MATERIAIS UTILIZADOS PARA O TRANSPORTE DO TRANSFORMADOR

Tabela A. 2: Disposição de materiais pós vida útil – parte 2 de 2

ITEM CLASSE DESTINAÇÃO / DISPOSIÇÃO

Caixas, engradados e Pallets de madeira Doação mediante termo de doação para


para acessórios desmontados IIA reaproveitamento.
Madeira utilizada no transporte do
Doação mediante termo de doação para
transformador para quebra fio e
IIA reaproveitamento.
escoramento na carreta
A empresa que transportará os tambores deverá
portar durante o transporte Plano de Atendimento à
Emergências e licenciamento para transporte de
Tambores para transporte do óleo I produtos perigosos.
Os tambores vazios deverão ser destinados para
local licenciado para recebimento de resíduo classe
I.
Óleo utilizado para limpeza e óleo Destinação para empresa licenciada para transporte
I
remanescente e recebimento de resíduo classe I.
Plásticos utilizados para proteger a
Enviar para locais licenciados que façam
embalagem e plásticos para proteger os IIA
reciclagem.
componentes inseridos na embalagem
Embalagens como caixa de papelão e Enviar para locais licenciados que façam
IIA
plástico dos acessórios desmontados reciclagem.
Proteção metálica para buchas,
barramentos e outros durante o IIA Enviar para empresa de reciclagem de metal.
transporte
Proteção de madeira para Cilindro de Doação mediante termo de doação para
IIA
pressurização reaproveitamento.
Juntas de vedação substituídas em
IIA Destinadas à aterro sanitário
campo
Abraçadeiras de nylon, abraçadeiras de Enviados para locais licenciados que façam
IIA
inox reciclagem.
Sílica gel usada na embalagem de
IIA Enviada a aterro sanitário.
transporte
Destinação para empresa licenciada para transporte
Lata de tinta / diluente / catalisador /
I e recebimento de resíduo classe I,
pincel
coprocessamento
Enviados para locais que façam reciclagem ou
Isopor e espuma dos acessórios IIA
aterro industrial classe II, coprocessamento.

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