P2 - Dispepsia
P2 - Dispepsia
P2 - Dispepsia
▫DIVISÃO:
▫ CURVATURA: ▫ CAMADAS:
CURVATURA MENOR: margem direita côncava mais Quatro camadas compõem a parede gástrica: mucosa,
curta. A incisura angular, parte inferior da curvatura, submucosa, muscular própria e serosa.
indica a junção do corpo gástrico com a parte pilórica MUCOSA: delimita o lúmen gástrico, revestimento liso,
do estômago e situa-se logo à esquerda da linha aveludado, preenchido de sangue. A mucosa da cárdia,
mediana. antro e plloro é um pouco mais pálida que aquela do
CURVATURA MAIOR : forma a margem convexa mais fundo e corpo. É dentro dela que a maioria dos
longa. Segue inferiormente à esquerda da junção do 5° elementos funcionais secretores do estômago estão
espaço intercostal e LMC; a seguir, curva-se para a localizados.
direita, passando profundamente à 9ª ou à 10ª SUBMUCOSA: adjacente à mucosa, fornece um
cartilagem esquerda enquanto continua medialmente esqueleto de tecido conectivo denso de colágeno e
para alcançar o antro pilórico. fibras de elastina. Os linfócitos, células plasmáticas,
Formato semelhante ao da letra J. Em seu arteríolas, vênulas, vasos linfáticos e o plexo
desenvolvimento a face dorsal cresce mais submucoso também estão contidos dentro da
rapidamente que a face ventral, formando assim a submucosa.
grande curvatura. MUSCULAR PRÓPRIA: é ume combinação de três
▫ VASOS:
IRRIGAÇÃO ARTERIAL: origem no tronco celíaco e em
seus ramos.
A maior parte do sangue provém de anastomoses
formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias
gástricas direita e esquerda, e ao longo da curvatura
maior pelas artérias gastromentais direita e esquerda.
O fundo gástrico e a parte superior do corpo gástrico
recebem sangue das artérias gástricas curtas e
posteriores.
A veia gastromental direita drena para a VMS. A linfa do terço esquerdo da curvatura maior drena
para os linfonodos pancreaticoduodenais, que estão
Uma veia pré-pilórica ascende sobre o piloro até a veia situados ao longo dos vasos gástricos curtos e
gástrica direita. Como essa veia é facilmente visível em esplênicos.
pessoas vivas, os cirurgiões a utilizam para
identificação do piloro.
Pâmela Cunha-T71
ANATOMIA DUODENO
▫ NERVOS:
A primeira e mais curta (25 cm) parte do intestino
INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA: troncos vagais anterior delgado, também é a mais larga e mais fixa.
e posterior e de seus ramos, que entram no abdome
Segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça
através do hiato esofágico.
do pâncreas; começa no piloro no lado direito e
O tronco vagal anterior, derivado principalmente do termina na flexura (junção) duodenojejunal no lado
nervo vago esquerdo, geralmente entra no abdome esquerdo.
como um ramo isolado situado na face anterior do
Essa junção ocorre aproximadamente no nível da
esôfago. Segue em direção à curvatura menor do
vértebra L II, 2 a 3 cm à esquerda da linha mediana.
estômago, onde emite ramos hepáticos e duodenais,
Assume a forma de um ângulo agudo, a flexura
que se separam do estômago no ligamento
duodenojejunal.
hepatoduodenal.
A maior parte está fixada pelo peritônio a estruturas
O restante do tronco vagal anterior continua ao longo
na parede posterior do abdome e é considerada
da curvatura menor, dando origem aos ramos gástricos
parcialmente retroperitoneal.
anteriores.
▫ DIVISÃO:
Plexo celíaco e tronco vagal.
PARTE SUPERIOR: 1° curta (aprox. 5 cm),
anterolateralmente ao corpo da vértebra LI.
Pâmela Cunha-T71
Os primeiros 2 cm, imediatamente distais ao piloro, para formar o mesentério duplo do colo transverso, o
têm mesentério e são móveis. Essa parte livre, mesocolo transverso.
chamada ampola (bulbo duodenal), tem uma
aparência diferente do restante do duodeno quando PARTE INFERIOR (HORIZONTAL): segue
observada radiologicamente usando-se meio de transversalmente para a esquerda, passando sobre a
contraste. VCI, a aorta e a vértebra L III.
É cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores
PARTE DESCENDENTE (SEGUNDA): mais longa (7 a 10 e pela raiz do mesentério do jejuno e íleo.
cm), desce ao longo das faces direitas das vértebras L Superiormente a ela está a cabeça do pâncreas e seu
I a L III. processo uncinado.
PARTE INFERIOR (TERCEIRA): 6 a 8 cm de A face anterior é coberta por peritônio, exceto na
comprimento, cruza a vértebra L III. parte em que é cruzada pelos vasos mesentéricos
superiores e pela raiz do mesentério.
PARTE ASCENDENTE (QUARTA): curta (5 cm), começa à
esquerda da vértebra L III e segue superiormente até a Posteriormente, é separada da coluna vertebral pelo
margem superior da vértebra L II. músculo psoas maior direito, VCI, aorta e vasos
testiculares ou ováricos direitos.
Os 3 cm distais da parte superior e as outras três
partes do duodeno não têm mesentério e são imóveis PARTE ASCENDENTE: segue superiormente e ao longo
porque são retroperitoneais. do lado esquerdo da aorta para alcançar a margem
inferior do corpo do pâncreas.
gástricas; são abertura de ducto, no qual uma ou mais GLÂNDULAS OXÍNICAS: Chamadas de glândulas
glândulas gástricas lançam suas secreções. gástricas. Localizam-se nas superfícies internas do
As criptas gástricas respondem por fração significativa corpo e do fundo do estômago (80% do estômago
da área da superfície total da mucosa gástrica. proximal).
A mucosa gástrica é dividida em três regiões distintas, 1. Células mucosas do cólon → secretam
com base na estrutura e suas glândulas. basicamente muco.
2. Células principais (pépticas) → secretam ↑
A pequena região glandular da cárdia, contém, quantidade de pepsinogênio.
principalmente, células glandulares de secreção de 3. Células parietais (ou oxínticas) → secretam HCl
muco. e fator intrínseco.
O restante da mucosa gástrica é dividido na região 3 substâncias estimulam a secreção de H+ pelas céls
glandular oxíntica ou parietal (secretora de ácido), parietais: histamina (parácrino- enterocromafins), a
localizada acima da incisura gástrica (equivalente à acetilcolina (neurócrino – liberada pelo nervo vago) e
parte proximal do estômago), e a região glandular gastrina (hormônio – secretada pelas céls).
pilórica, localizada abaixo da incisura (equivalente à
GLÂNDULAS PILÓRICAS: Possui 2 tipos de céls:
parte distal do estômago).
1. Células G → secretam gastrina na corrente
sanguínea.
2. Células mucosas → secretam muco e HCO3-
(proteção da mucosa pilórica).
Localizam-se na porção antral do estômago (20%
distais do estômago).
Regulação: A estimulação da secreção pelas células A secreção de muco é estimulada por alguns dos
pépticas nas glândulas oxínticas em resposta a dois mesmos estímulos que aumentam as secreções ácidas
principais tipos de sinais: (1) acetilcolina liberada pelo e de pepsinogênio, especialmente, pela acetilcolina,
plexo mioentérico; e (2) ácido no estômago. liberada pelas terminações nervosas parassimpáticas,
próximas a glândulas gástricas.
É provável que o ácido não estimule as células pépticas
diretamente, mas sim que provoque outros reflexos Se a mucosa gástrica é mecanicamente deformada,
nervosos entéricos que amplificam os sinais nervosos reflexos nervosos são evocados para aumentar a
para as células pépticas. secreção mucosa.
▫ FASES DA SECREÇÃO GÁSTRICA
SECREÇÃO DO FATOR INTRÍNSECO: É essencial para
absorção de vitamina B12 no íleo, é secretada pelas FASE CEFÁLICA: ≈ 30% do total do HCl secretado em
células parietais, juntamente com a secreção de ácido resposta ao alimento. Estímulos: aroma e gosto,
clorídrico. mastigação, deglutição e reflexos condicionados em
antecipação de alimento. Ocorre pela via direta e
indireta.
Pâmela Cunha-T71
FASE GÁSTRICA: ≈ 60% do total de HCl secretado em tradicionais (incluindo EDA), nenhuma explicação para
resposta à comida. Estímulos: distensão do estômago os sintomas.
e a presença de produtos da degradação das proteínas,
dos aminoácidos e dos pequenos peptídeos. Os 4 DISPEPSIA ASSOCIADA A H-PYLORI: Pacientes com
mecanismos básicos da fase gástrica estão infecção pelo H. pylori, cujos sintomas melhoram ou
representados na tabela. Adicionalmente, o álcool e a desapareçam após o tratamento devem ter esse
cafeína tbm estimulam a secreção gástrica de HCl. diagnóstico.
DISPEPSIA GERAL: “má digestão”. Designa um Trocou-se o termo “dispepsia orgânica” por “dispepsia
conjunto de sintomas sugestivos de afecção do secundária”.
trato digestivo superior: A definição da síndrome do desconforto pós-prandial
mudou, pois não só a plenitude ou saciedade precoce
▪ Dor e ardor epigástricos.
ocorrem após a refeição, mas também a náusea, dor
▪ Sensação de desconforto em peso.
epigástrica ou ardor podem ser
▪ Plenitude e empachamento pós-
induzidos/aumentados.
prandiais.
▪ Saciedade precoce. Distensão gástrica, eructações excessivas e náuseas
▪ Sensação distensão abd. superior. podem estar presentes nas duas síndromes e devem
▪ Eructações excessivas. ser consideradas como características auxiliares no
▪ Náuseas e vômitos. diagnóstico.
É uma das condições mais frequentes na prática A presença de vômitos persistentes demanda a
médica (25% queixas). pesquisa por outros diagnósticos.
O alívio da dor epigástrica com a defecação ou
eliminação de flatos não deve mais ser usado como
▫ CATEGORIAS: critério diagnóstico.
DISPEPSIA SECUNDÁRIA: presença de causa orgânica, Introduziu-se o reconhecimento de que os sintomas
doença sistêmica ou anormalidade metabólica devem ser “incômodos” o bastante para interferir nas
detectada por procedimentos diagnósticos habituais e atividades habituais do paciente.
que os sintomas dispépticos melhoram ou Foi introduzida uma “frequência mínima” dos sintomas
desaparecem caso a doença melhore ou seja curada. para os critérios.
Inclui-se: doença péptica, neoplasia, doenças
biliopancreáticas, distúrbios endócrinos, medicações,
parasitoses.
DISPEPSIA FUNCIONAL: pacientes em que não se
identifique, por meio de procedimentos diagnósticos
Pâmela Cunha-T71
A microbiota tem um grande impacto, não apenas nos Caso seja feito e os sintomas não melhorarem,
processos que ocorrem no trato GI, mas também nas investigação complementar (pesquisa de H. pylori
funções sistêmicas e, portanto, desempenha um papel através da estratégia “teste e trate” ou pela EDA +
fundamental na nossa saúde geral. avaliação histopatológica e teste da urease).
Bloqueadores H2: empregados quando dor epigástrica Antidepressivos tricíclicos (ADT): em doses baixas
for dominante. podem atuar como “analgésicos centrais”, modulando
a percepção sensorial. A amitriptilina 50mg/dia é a
Inibidores da bomba de prótons (IBPs): melhora dor
mais usada. Caso a resposta clínica seja satisfatória, o
epigástrica só em 50%, menor do que aconteceria se a
tto deverá ser mantido, no mínimo, por 3-6 meses.
fisiopatologia estivesse ligada somente a secreção
Melhora dor e desconforto epigástrico.
gástrica (úlcera gástrica e esofagite de refluxo).
Indica resposta favorável a inibidores de bomba de ▫ FARMACOTERAPIA INICIAL:
prótons: melhora com antiácidos, dor retroesternal,
Pâmela Cunha-T71
Recomenda-se, fazer o uso de inibidores da bomba de regressão da sintomatologia. Caso contrario, deve-se buscar
prótons ou dos procinéticos. Eles são escolhidos conforme o outra alternativa terapêutica, ou por aumento de dose, ou
padrão sintomático, assim, os primeiros são utilizados para pela associação de medicamentos, ou pela mudança do
dor e desconforto epigástrico, e os fármaco.
últimos, para plenitude pós prandial e saciedade precoce. Se, mesmo após essa mudança do esquema terapêutico, os
A associação desses dois fármacos pode ter efeitos sintomas persistirem, podemos prosseguir com o uso de
sintomáticos aditivos, porém, é preferível a terapia com um antidepressivos, como a amitriptilina.
único agente. Opta-se por doses baixas quando de ausência de ansiedade
Após 4 semanas, faz-se uma reavaliação clínica, com ou depressão evidentes, doses mais altas quando esses
suspensão dessas medicações caso tenha se obtido a fenômenos são significativos.
BLOQUEADOR H2
OU INIBIDOR
BOMBA PRÓTONS
(MAIOR EFICÁCIA,
MAIOR CUSTO).
respiratórios com 13C ou 14C e pesquisa de antígeno ser retirados pelo menos 2 e 4 semanas,
fecal) ou por métodos chamados invasivos, que respectivamente, antes da data de exame.
requerem biópsias realizadas durante o exame Os inibidores de acidez do estômago e os
endoscópico. antimicrobianos podem ocasionar resultados falso-
▫ TESTES NÃO INVASIVOS: negativos.
TESTES DE ANTÍGENOS FECAIS (HPSA): Detectam a
A estratégia de “teste e trate”, utilizando testes não- presença de antígenos do H. pylori nas fezes.
invasivos e tratamento de indivíduos infectados, deve
ser considerada em adultos menores de 40 anos, sem CONSENSO - Se o teste de respiração não estiver
sinais de alarme e sem histórico familiar de câncer disponível, o teste de antígeno fecal é o método não
gástrico. invasivo de escolha para diagnóstico e confirmação da
erradicação de H pylori, desde que seja utilizado um
TESTES SOROLÓGICOS: A pesquisa de anticorpos anti- anticorpo monoclonal.
H.pylori no soro pode ser realizada por vários
métodos, mas a técnica de ELISA é a preferida, graças Suspensão remédios semelhante.
à sua simplicidade e baixo custo. ▫ TESTES INVASIVOS:
A detecção desses anticorpos não significa a presença
de uma infecção ativa por H. pylori. Após a erradicação As alterações macroscópicas da mucosa gástrica
da bactéria, os indivíduos podem manter os anticorpos visualizada no exame endoscópico não são confiáveis
anti-H.pylori durante vários anos (6,4 anos), mesmo para o diagnóstico dessa infecção.
não estando infectados. Vários trabalhos já demonstraram que pacientes com
CONSENSO - O teste sorológico é reservado para exame endoscópico normal podem apresentar gastr ite
estudos epidemiológicos e em situações especiais e por H. pylori.
deve ser validado localmente. A especificidade da Por outro lado, quando se realizam biópsias em
maioria dos testes sorológicos é > 90%, mas sua pacientes com alterações endoscópicas do tipo
sensibilidade varia de 60-90%, com precisão de 80- enantema, a histologia pode mostrar mucosa normal,
84%. sem a presença de H. pylori.
Sorologia pode ser usada como o teste inicial para EXAME HISTOLÓGICO: Permite a identificação da
diagnosticar a infecção por HP, especialmente na bactéria e, tbm, avaliar o tipo e a intensidade da
presença de sangramento gastrointestinal, gastrite inflamação da mucosa gástrica, a presença ou não de
atrófica, Linfoma MALT ou câncer gástrico. atrofia, metaplasia ou displasia. A classificação das
TESTES RESPIRATÓRIOS: A enzima urease, produzida gastrites mais utilizada atualmente é a denominada
em grande quantidade pelo H. pylori, é responsável Sistema Sydney.
pelo desdobramento da ureia marcada com 13C ou CONSENSO - A EDA em pacientes dispépticos, quando
14C, liberando CO2, que é rapidamente absorvido pela indicada, deve ser acompanhada por uma coleção de
mucosa gástrica e exalado pelos pulmões. fragmentos para estudo.
O CO2 marcado é detectado no ar expirado por Para exame histológico, coleta de dois fragmentos do
espectrômetro de massa ou por equipamentos de antro e dois do corpo é recomendada porque isto
menor custo, como os analisadores por infravermelho. permite a análise morfológica da mucosa.
O teste respiratório com 14C, por ser radioativo, não É importante lembrar que, nos pacientes em
deve ser utilizado em crianças e grávidas. Na rotina tratamento com inibidor de bomba protônica (IBP), as
clínica, o teste com ureia 13C é o preferido, porque bactérias tendem a desaparecer no antro e ↑sua
não tem contraindicação, sendo realizado em adultos densidade no fundo e porção proximal do corpo
e crianças > 6 anos. gástrico, locais que devem ter a preferência das
CONSENSO - Quando disponível, o teste de respiração biópsias.
de ureia com 13 Carbono é o método não invasivo de TESTE DA UREASE: Haja vista a facilidade, rapidez,
escolha para diagnóstico e confirmação da baixo custo e eficiência, pode ser considerado o
erradicação bacteriana (após 4 semanas). recurso mais importante dos endoscopistas para o
Para realizar o teste de respiração de 13 C-ureia, diagnóstico da presença do H. pylori, na prática diária.
medicamentos antissecretoras e antibióticos devem Amostra de biópsia é colocada em gel contendo ureia
e um indicador. A presença de urease do H. pylori leva
Pâmela Cunha-T71
a uma alteração do pH e, por conseguinte, a uma Tratamento do HP após três falhas terapêuticas deve ser
mudança de cor. restrito a casos especiais e guiado por testes fenotípicos ou
CONSENSO - Recomenda-se a coleta de um fragmento genotípicos de susceptibilidade antimicrobiana. O uso de
do antro e um do corpo. Recomenda que os Rifabutina, quando disponível, pode ser uma alternativa.
fragmentos para o sejam colocados no mesmo frasco. A recomendação para indivíduos com alergia a Amoxicilina é
TRU sozinho não é recomendado para controle da IBP 2x/dia, + Claritromicina 500 mg 2x/dia + Levofloxacina
terapia de erradicação. 500 mg 1x/dia por 14 dias; ou IBP 2x/dia + Doxiciclina 100 mg
CULTURA: Permite a correta identificação da bactéria. 2x/dia ou Tetraciclina 500 mg 4x/dia + Metronidazol 500 mg
É caro, demorado e necessita de condições especiais 3x/dia + Bismuto 240 mg 2x/dia por 14 dias
para a sua realização. Usar IBPs após a erradicação do HP para cicatrizar úlcera
TESTES MOLECULARES: podem ser usados para acessar péptica duodenal é desnecessário. Em casos de úlcera
a resistência do HP a antimicrobianos após falha ao gástrica ou úlceras gastroduodenais complicadas,
segundo ou terceiro tratamentos. tratamento com IBPs por 4 a 8 semanas após a terapia de
erradicação é recomendada.
O uso de IBPs deve ser descontinuado por 2 semanas antes
da realização de testes diagnósticos para a infecção por HP,
exceto a sorologia. O uso de antibióticos e sais de bismuto
deve ser descontinuado por 4 semanas antes destes testes
diagnósticos.
TRATAMENTO
Atualmente não existe nenhum antibiótico específico
para H. pylori ou um único antibiótico capaz de curar
a infecção → o tto requer combinação de vários
medicamentos.
A aderência ao regime terapêutico pode ser um
problema, visto que a ingestão de vários
medicamentos é difícil e pequenos efeitos colaterais
são frequentes. Apesar destas preocupações, os
tratamentos disponíveis curam a infecção por H. pylori
em mais de 75% dos indivíduos.
HP e as drogas utilizadas na terapia de erradicação afetam a
fisiologia das microbiotas gástrica e intestinal e podem
modificar a microbiota, com graves consequências para a
saúde global.