Arte - Linguagens Da Arte
Arte - Linguagens Da Arte
Arte - Linguagens Da Arte
Desde sempre, a arte foi reflexo vivo da sociedade circundante; os historiadores e especialistas puderam
conhecer muitos aspectos dos povos e das culturas que nos precederam por meio do estudo da obra de arte,
de sua estética e daquilo que nela se expressava. Hoje, as pessoas continuam sentindo a necessidade de
expressar-se e comunicar-se por meio da arte – e esta continua sendo um reflexo da sociedade que a gera,
cumprindo simultaneamente a função de transmitir os valores dessa sociedade. É por isso que a arte pode
ser estudada do ponto de vista de várias áreas do conhecimento: da filosofia, da história, da sociologia,
antropologia, etc. Nenhuma delas, de fato, consegue analisar a arte independentemente. Todas essas áreas
acabam relacionando-se, por causa da grande complexidade que envolve as manifestações humanas.
FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
• O QUE É ARTE? A arte é a manifestação da atividade humana por meio da qual se expressa uma visão
pessoal e desinteressada que interpreta o real e o imaginário com recursos plásticos, linguísticos e
sonoros. Contudo, essa definição não esclarece em que uma obra de arte se diferencia de uma obra
que não o é, e se esse significado é válido para todos os tempos. Cada sociedade, em épocas e lugares
distintos, define seus padrões artísticos, e entende a arte de modos diferentes. O que é arte para uma
cultura e época pode não ser para outras.
• ARTESANATO: Técnica manual utilizada para produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural,
como barro, couro, folhas, pedras entre outros. As peças são, geralmente, elaboradas em série e o
principal objetivo é a comercialização. Em todas as regiões é possível encontrar artesanatos
diversificados originados a partir da natureza típica do local e de técnicas específicas.
• ARTE E ESTÉTICA: A concepção que as pessoas têm da arte mudou, muda e mudará de acordo com o
momento histórico e a sociedade. De fato, os primeiros artistas, os pintores rupestres, não tinham
noção de que estavam realizando uma obra de arte, embora o sentido que eles conferiam a essas
imagens estava relacionado com a magia ou a religião, desconhecemos se também com a estética.
Atualmente, contudo, consideramos que uma obra de arte, independentemente de expressar ou não
um significado ou sentimento e do modo como o faça, tem de produzir uma reação estética no
espectador (seja de prazer ou repulsa) e tem de ser criativa, isto é, deve mostrar formas e expressões
originais. A palavra estética vem do grego aisthésis, que quer dizer “percepção”. A percepção refere-
se àquilo que nos chega pelos cinco sentidos. Mas perceber algo pelos sentidos gera reações além
das sensações físicas, o que faz com que a experiência estética envolva também a interpretação feita
pela mente, as memórias, a imaginação e as associações com o que se conhece. A estética é também
uma área de estudo da filosofia, que busca refletir sobre as experiências relacionadas à arte e
também ao belo. Mas não é só a beleza que interessa à arte. O feio, o grotesco e o desagradável
também provocam experiências estéticas. A palavra estética também pode ser usada para se referir
às características de uma obra de arte ou movimento artístico, ou seja, os elementos que a definem.
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• A FUNÇÃO DA ARTE E A ARTE COMO NECESSIDADE: A arte pode apresentar diferentes funções em
vada sociedade. Ela pode contar histórias, educar, provocar reflexão; pode representar a realidade,
ou criticá-la; ser manifestação dos sentimentos do artista, do sonho, imaginação ou fervor religioso;
e pode também não ter função alguma, bastando-se por si mesma. Quando entra em contato com o
público, pode gerar interpretações muito diferentes das pretendidas pelo artista. Mas pode-se dizer
que, de forma geral,as manifestações artísticas possuem em comum seu caráter estético. Embora
hoje em dia o valor estético desempenhe papel muito importante, as pessoas continuam sentindo a
necessidade de expressar-se e comunicar-se por meio da arte – e esta continua sendo um reflexo da
sociedade que a gera, cumprindo simultaneamente a função de transmitir os valores dessa sociedade.
De fato, desde sempre, a arte foi reflexo vivo da sociedade circundante; os historiadores e outros
especialistas puderam conhecer muitos aspectos dos povos e das culturas que nos precederam por
meio do estudo da obra de arte, de sua estética e daquilo que nela se espressa.
• O ARTISTA: Não se pode compreender a obra de arte sem o artista que o criou. Apesar disso, assim
como o conceito da arte mudou ao longo da história, o mesmo aconteceu com o artista, que deixou
de ser considerado simples artesão e passou a ser admirado como gênio criativo, capaz de gerar obras
únicas.
• O ARTESÃO: É um profissional que fabrica produtos através de um processo manual ou com auxílio
de ferramentas. Seus produtos são de caráter funcional ou decorativo, a partir do qual ele obtém a
sua renda.
Artesão-artista – É aquele que por sua criatividade, originalidade e perícia produz peças que
provocam profundo sentimento de admiração naqueles que as observam. Ex.: talhadores,
gravadores, ceramistas, pintor ingênuo (Arte Naif), etc.
Artesão-artesão – É aquele que trabalha em série, muitas vezes com ajuda de ferramentas
rudmentares, produzindo dezenas de peças, centrado mais no espécto utilitário das peças que produz
que em despertar no observador o sentimento de beleza.
Artesão semi-industrial – É aquele que trabalhando a partir de moldes ou e de outros processos
semi-industriais reproduz dezenas de peças iguais.
• LINGUAGENS DA ARTE: Tradicionalmente, há três grupos de linguágens: Artes Visuais, Música e Artes
Cênicas (teatro e dança); mas algumas manifestações podem misturar mais de uma linguagem
artística, gerando muitas outras. O cinema e o vídeo, por exemplo, são chamados de audiovisuais.
• PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL: São considerados patrimônios os bens materiais ou imateriais
considerados de importância para a formação cultural de um povo ou de toda a humanidade. Os bens
materiais podem ser monumentos, edifícios, sítios arqueológicos, obras de arte e outros, preservados
por leis que garantem sua conservação e restauração, se necessário. Os bens imateriais são as
expressões, modo de fazer, conhecimentos e técnicas que não são concretos, ou seja, sua
preservação se dá por meio de registros, especialmente com uso de tecnologias atuais, de modo que
não se percam no tempo. No Brasil, o órgão responsável pela preservação do patrimônio é o IPHAN:
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, criado em 1937 e vinculado ao Ministério da
Cultura. O patrimônio considerado de interesse mundial é registrado pela UNESCO: Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. O patromônio natural também é muitas vezes
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protegido por leis. O Parque Nacional da Serra da Capivara – PI, por exemplo, é considerado área de
preservação ambiental no Brasil, e seus sítios arqueológicos são patrimônio cultural da humanidade.
ARTES VISUAIS
As Artes Visuais são as artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação.
A área da arte visual é extremamente ampla, porém, destacam-se como produções visuais tradicionais e
consideradas como maiores, a arquitetura, a pintura e a escultura. Em seguida, destacam-se: a cerâmica, a
ourivesaria, o mosaico, o vitral, etc. A partir do século XX, surgem novas formas de expressão visual com
destaque para a fotografia e audiovisual como o cinema.
LINHA: é como se fosse o registro do movimento de um ponto. Ela é o elemento fundamental do desenho.
FORMA: A partir da combinação e variação de três formas básicas: círculo, quadrado, triângulo equilátero,
derivam-se todas as formas físicas da natureza e da imaginação humana.
1. Matiz é a cor em si. Existem três matizes primários ou elementares: amarelo, vermelho e azul. O
amarelo é a cor que se considera mais próxima da luz e do calor; o vermelho é a mais ativa e
emocional; o azul é passivo e suave. O amarelo e o vermelho tendem a expandir-se; o azul a contrair-
se. Quando são associados através de misturas outros significados são obtidos.
Em sua formulação mais simples, a estrutura da cor pode ser estudada através do círculo cromático,
composto pelas cores primárias – indecomponíveis (amarelo, vermelho e azul), e as cores
secundárias – formadas em equilíbrio óptico por duas cores primárias (amarelo + vermelho = laranja,
amarelo + Azul = verde e vermelho + azul = violeta).
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2. Croma é a saturação ou a pureza relativa dessa cor.
3. Valor é a luminosidade ou o brilho relativo, do claro ao escuro. A presença ou a ausência de cor não
afeta o tom, que é constante.
Cor Terceária: É a cor intermediária entre uma cor secundária e qualquer das duas primárias que lhe
dão origem.
Branco: Resultado da mistura de todos os matizes do espectro solar, o branco é a síntese aditiva das
luzes coloridas. Do ponto de vista físico, o branco é a soma das cores; psicologicamente, é a ausência
delas.
Preto: O preto não é cor. Seu aparecimento indica a privação ou ausência de luz. Em condições
normais, o reto absoluto não existe na natureza.
Cores Complementares: As cores complementares são aquelas que ocupam lugares opostos no
círculo cromático, ou seja, é a cor primária que não existe numa cor secundária. Ex.: O vede e o
vermelho são complementares porque não há vermelho na composição do verde (amarelo e azul).
Cores Quentes: São o vermelho e o amarelo, e as demais cores em que eles predominem. Cores
Frias: São o azul e o verde, bem como as outras cores predominadas por eles.
TEXTURA: A textura pode ser apreciada e reconhecida tanto através do tato qunto da visão, ou ainda
mediante a combinação de ambos.
Os elementos visuais influenciam as impressões que temos ao olhar para uma imagem, se relacionando e se
organizando no espaço. Isso pode acontecer de forma bidimensional ou tridimensional. As três dimensões
do espaço tradicionais são: altura, largura e profundidade. As imagens bidimensionais são, portanto,
compostas por duas dimensões: altura e largura. Os desenhos, pinturas e fotografias, por exemplo, são
bidimensionais.
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Tridimensional é tudo o que possui as três dimensões. Em arte, as esculturas são exemplo de obras
tridimensionais.
DIMENSÃO: A dimensão existe no mundo real, porém, em manifestações artísticas como o desenho, a
pintura, a fotografia, o cinema e a televisão ela é implícita.
• IMAGEM: As imagens são constituídas pela combinação dos elementos da linguagem visual, que
percebemos pela visão, porém, para reconhecê-las dependemos da luz e da nossa experiência visual.
• COMPOSIÇÃO: A composição é a distribuição harmoniosa de um conjunto de elementos visuais, em
que, no suporte, o lugar ocupado pelas figuras, suas proproções e os espaços vazios que as rodeiam
sejam ordenados e combinados, de forma que, ao observarmos, percebamos não formas e cores de
maneira separada, mas um conjunto, uma totalidade.
• COMUNICAÇÃO VISUAL: Muitas imagens que existem ao nosso redor são construídas com o objetivo
de transmitir mensagens. As formas e cores têm significados especiais, como acontece com os sinais:
o desenho de um cigarro aceso, com uma barra, quer dizer “proibido fumar”; o desenho de um
telefone com uma seta indica onde está o telefone… As imagens que transmitem mensagens, como
as imagens publicitárias e os sinais, têm formas bem definidas, para que a informação possa ser
entendida rapidamente. Mas as imagens além de informar, provocam emoções. Ao apreciar uma
obra artística, as pessoas podem reagir com emoção, pois os sentimentos e as sensações também
são transmitidos por meio de imagens.
• CÓDIGOS VISUAIS: são importantes para as pessoas se conduzirem em diferentes locais com
independência. Esses códigos são formados por desenhos, formas ou cores que têm significados
especiais. Ex.: Na cidade, sinais de trânsito; dentro dos edifícios, sinais que indicam as saídas de
emergência, os extintores, os banheiros. Todos devemos conhecer e respeitar esses sinais visuais.
• ARTE FIGURATIVA ou REPRESENTATIVA: Representação de seres, paisagens e objetos de forma
realista, ou seja, reconhecíveis para o espectador.
• ARTE ABSTRATA: Estilo artístico moderno em que há a representação de seres, paisagens e objetos,
geralmente em pinturas e esculturas, de forma irreconhecível para o espectador.
• PERSPECTIVA: É o método para a representação tridimensional em um suporte bidimensional.
• SUPORTE: São superfícies sobre os quais se trabalha técnicas artísticas, como por exemplo, a pintura,
que pode ter como suportes a tela, a parede, o papel, objetos diversos, etc.
• PINTURA: Técnica de representação através da aplicação de pigmentos em forma pastosa, líquida ou
em pó a uma superfície, tais como papel, tela, parede, etc.
• TEMA: O assunto de que trata uma obra de arte. Na pintura, alguns temas recebem nomes especiais,
por exemplo:
Natureza-morta – É uma pintura que representa objetos sem vida. Nesses quadros não aparecem
pessoas nem paisagens. Com frequência esses objetos estão sobre uma mesa e representam coisas
do cotidiano, como alimentos, por exemplo.
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Retrato – É a imagem que representa uma pessoa. Às vezes é feito com a intenção de que a pintura
fique muito parecida com a pessoa que serviu de modelo; outras vezes o artista capta somente as
formas mais essenciais, porque não quer imitar a realidade. Há ainda uma variante desse tema: o
autorretrato, que consiste na representação que o artista faz de si mesmo.
Paisagem – É uma pintura que representa a natureza, como as montanhas, árvores, rios, etc.
Também há paisagens urbanas, que representam ruas, casas, edififícios , etc.
Há outros tipos de pintura; por exemplo, as que representam cenas com personagens, para contar
algum fato histórico, religioso ou para mostrar uma situação do cotidiano de uma época ou de um
lugar determinados.
• ESCULTURA: As esculturas diferenciam-se umas das outras, não só porque são produzidas por
diversos povos, em diferentes regiões do mundo e em diferentes épocas, mas principalmente pela
variedade de formas, de técnicas e de materiais que são feitas. As técnicas utilizadas são:
Técnicas aditivas – A modelagem da escultura consiste na criação de formas por meio de acréscimo
de materiais, como o barro ou a cera para configurar a obra desejada. A modelagem em barro não
resiste ao tempo, a menos que se processe a queima do objeto.
Técnicas subtrativas – O entalhe consiste em criar formas por meio da eliminação de algumas partes
do material utilizado – madeira ou pedra, com uma ferramenta específica até que que se dá à obra
a forma desejada.
Técnicas construtivas – A elaboração se dá através da junção de materiais diversos, como
madeira, ferro, objetos reutilizáveis, etc. Para integrá-los formando uma escultura, pode-se colar,
soldar, pregar, encaixar uns aos outros, dependendo do material.
• ARQUITETURA: Disposição das partes ou dos elementos que compõem os edifícios ou espaços
urbanos em geral. É a arte ou a técnica de projetar uma edificação ou um ambiente de uma
construção.
ARTES CÊNICAS
Nas artes cênicas, o objeto artístico ou obra de arte é o espetáculo, que pode ser teatro ou dança.
Tradicionalmente é apresentado no palco, mas pode também acontecer fora dele.
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Um espetáculo de teatro mais tradicional é formado por cenas. Cada cena é composta pelos seguintes
elementos básicos:
• Espaço – onde a cena acontece segundo o texto que está sendo encenado.
• Personagem – quem executa a ação.
• Ação – o que o personagem faz na cena.
O conjunto de cenas forma uma narrativa, ou seja, nos conta uma história, que pode ser feita de
inúmeras maneiras diferentes.
O gênero no teatro é usado para definir uma categoria em que a peça está inserida. Cada uma dessas
categorias tem características que as diferenciam. Originários do teatro grego – cujos gêneros eram tragédia,
comédia e sátira – os gêneros teatrais mais comuns são: comédia, tragédia, drama, farsa, auto, ópera,
musical. Mas existem outros, e eles ainda podem se misturar gerando gêneros mistos, como tragicomédia
(mistura de elementos da tragédia e da comédia), melodrama (junção de elementos do drama com a música),
e outros.
• TRAGÉDIA: era o gênero mais respeitado por ser considerada mais séria e superior. Tratava de temas
religiosos e do conflito entre os grandes heróis e heroínas com as leis divinas e o destino. Imaginava-
se que assistir à representação das tragédias “purificava” ou “transformava” os espectadores.
• COMÉDIA: era considerada menos nobre e tratava de assuntos cotidianos. Os autores gregos as
escreviam para divertir os espectadores com situações ridículas que se referiam, por vezes, ao
comportamento de políticos e pessoas importantes da sociedade grega.
• SÁTIRA: ou dramas satíricos, eram tragédias mais curtas, mas tratadas com humor e ironia.
MÚSICA
A música é uma forma de arte imaterial (não possui matéria física) e temporal (acontece no tempo). A música
precisa do tempo para que os seus sons aconteçam uns após os outros e tomem forma na mente dos
ouvintes. Assim, determinados grupos de sons e silêncios se articulam criando um sentido na escuta. Não
sabemos exatamente a razão pela qual o ser humano inventou a música, mas ela está presente em todas as
civilizações e culturas conhecidas. É uma manifestação que rompe a relação específica com uma
funcionalidade determinada pelo ambiente. Ela carrega o componente da contemplação, isto é, a intenção
de apreciação, o elemento estético.
As músicas podem conter diversos significados, mas cada ouvinte, geralmente, tem uma intenção ou
percepção específica para cada uma delas. Podem conter um número muito grande de sons acontecendo ao
mesmo tempo, resultado de vários instrumentos sendo tocados e/ou pessoas cantando. Quando se ouve
uma música, existe uma predisposição do ouvinte na percepção dos sons, procurando e criando sentido e
dando uma ideia de unidade a ela. Isto é, a intenção de ouvir aquele grupo de sons como música é
fundamental para a percepção.
As práticas musicais no mundo apresentam diferentes graus de complexidade sonora. Isso faz com que a
escuta seja mais aguçada para o tipo de música que cada pessoa está mais acostumada a ouvir.
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O SOM
O som pode ser definido como uma onda mecânica, o que quer dizer que precisa de matéria física para se
propagar, e é percebido pela audição. Quase a totalidade dos sons que o ser humano ouve é transmitida pelo
ar, porque estamos imersos nele a maior parte de nossas vidas. A interpretação do som é pessoal e esta
relacionada com as experiências sonoras pelas quais cada pessoa já passou na vida – qualquer experiência
sonora, inclusive a música.
PARÂMETROS DOS SOM
Existem quatro parâmetros pelos quais cada som pode ser analisado: altura, intensidade, duração e
timbre.
Altura
A altura refere-se à frequência do som. A frequência é medida por em hertz. Pela sua altura, os sons podem
ser classificados em agudos ou graves. Por exemplo: a voz de uma criança costuma ser mais aguda que a voz
dos adultos, em especial a masculina nos seres humanos.
Intensidade
A intensidade refere-se ao que comumente conhece-es como volume. Classificamos os sons em fortes e
fracos e, às vezes, de maneira incorreta, em altos e baixos. É a quantidade de energia das ondas de som. Uma
das unidades mais comuns de medida é o decibel. Exemplo: um sussurro – 30 db; voz normal – 65 db; trânsito
em cidade – 90-110 db; grandes shows ao vivo – 100 db; o limite de dor e perda da audição – 120 db. O
aparato auditivo está entre os mais sensíveis do corpo e é um dos que não regenera em caso de lesão.
Duração
A duração se refere ao tempo de cada som. O tempo é medido em segundos e, em casos de sons muito
curtos, em milissegundos (o segundo dividido em mil partes).
Timbre
O timbre diz respeito à qualidade do som. É o parâmetro que apresenta maior dificuldade de definição,
porque não existe uma maneira exata de medi-lo. É o que dá um caráter único e particular a cada som. A
característica que nos faz reconhecer a voz de alguém muitas vezes é o timbre, mesmo quando varia na
intensidade, na altura ou na duração da fala. O mesmo se aplica a outros objetos que produzem sons, ou
mesmo instrumentos musicais.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
Existem várias maneiras de classificar os instrumentos musicais. Uma das mais conhecidas e usadas é a de
três categorias, as vezes chamadas de famílias: a percussão, as cordas e os sopros.
Percussão
Instrumentos que são percutidos (batidos), chacoalhados ou raspados, sendo a cartegoria mais numerosa.
Pela ampla variedade de instrumentos, é subdividida em membrafones (com alguma membrana que vibra)
e ideofones (o corpo todo do instrumento é usado para produzir sons). Exemplos de membrafones: pandeiro,
surdo, tímpano, caixa, etc. Exemplos de ideofones: marimba, triangulo, reco-reco, etc.
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Cordas
Instrumentos que usam cordas para produzir o som. Também conhecidos como cordofones.
Exemplos: violão, violino, rabeca, etc.
Sopros
Instrumentos que produzem sons pela vibração do ar, soprando ou por mecanismos para movimentá-lo.
Também conhecidos como aerofones. Exemplo: flauta, pífano, clarineta, safona, etc.