Apostila TAC

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desse conteúdo, sem prévia autorização da
Estrada Fácil Escola E Editora Eletrônica Ltda.,
CONSTITUI CRIME.
Estrutura Curricular do Curso Específico para
Transportador Autônomo de Cargas
MODULO 1A - Transporte Rodoviário de Cargas .................................. 07
1. Introdução
1.1. Contextualização do Transporte Rodoviário de Carga
1.1.1. O Transporte Rodoviário de Cargas
1.1.1.1. Tipos de modais e veículos utilizados.
1.1.1.2. O intercâmbio de cargas entre regiões
1.1.1.3. Importância do transporte rodoviário de cargas para o
desenvolvimento do país.
1.1.2. Tipos de Cargas e Veículos
1.1.2.1. Tipos de veículos rodoviários de carga.
1.1.2.2. Tipos de carrocerias.
1.1.2.3. Tipos de cargas.

MODULO 1B - Transporte Rodoviário de Cargas ................................... 13


1.1.2.4. Tipos de embalagens e símbolos de segurança.
1.2. Noções de livre concorrência e mercado regulado.
1.3. Entidades envolvidas na prestação do serviço de transporte
rodoviário de cargas

MODULO 2A – Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ............. 18


2. Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
2.1. Legislação específica ao serviço de transporte rodoviário de cargas.
2.1.1. Legislação relativa ao exercício da atividade de transporte
rodoviário de cargas e ao RNTRC.
2.1.2. Vale-pedágio obrigatório.
2.1.3. Pagamento eletrônico de frete.
2.1.4. Noções de transporte rodoviário internacional de cargas.

MODULO 2B - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas .............. 23


2.1.5. A - Legislação básica dos produtos perigosos
2.1.5. B - Simbologia dos produtos perigosos
2.1.5. C – EXTRA - COMO AGIR em acidentes x CARGA PERIGOSA
2.2. Legislação pertinente ao exercício da profissão de motorista
profissional
2.3. A - Código Penal. Crimes praticados por particular contra a
Administração em geral.
2.3 B - Responsabilidade do Transportador
2.4. Documentação do transporte rodoviário de cargas.
2.5. Documentação Estadual para o transporte de cargas.
2.6. Tributos relativos ao transporte de cargas.

MODULO 2C - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ........... 35


2.7. Distância entre eixos e dimensão total conforme a lei.
2.8. Capacidade máxima de peso por eixo e a total por tipo de veículo.
2.9. Altura máxima da carga em território brasileiro.
2.10 – EXTRA - Amarração das Cargas
2.11 – EXTRA - AET (Autorização Especial de Trânsito)

MODULO 3A - Operação de Transporte ............................................. 43


3. Operação de Transporte
3.1. Planejamento
3.1.1. A - Identificação da inter-relação dos diversos fatores operacionais
que interferem no planejamento da operação do transporte.
3.1.1 B - Dicas para otimizar seu planejamento
3.1.2. Preparação dos dados necessários para o planejamento das
operações de transporte.
3.1.3. Custos de transportes
3.1.3.1. Modelos de custos de serviços de transporte rodoviário de cargas
3.1.3.2. Variáveis importantes para a definição dos valores de frete e
custos dos serviços de transporte de cargas.
3.1.3.3. Gestão de custos e formação de preço.
3.2. Execução
3.2.1. Elaboração de contrato e Conhecimento de transporte
3.2.2. Documentação de porte obrigatório.
MODULO 3B – Operação de Transporte .............................................. 59
3.2.3. Procedimento de conferência
3.2.3.1. Carga e nota fiscal
3.2.3.2. Quantidade, peso e volume da carga.
3.2.3.3. Rota.
3.2.3.4. Lacre.
3.2.3.5. Rotina de carga e descarga.
3.2.3.6. Ferramentas necessárias
3.2.3.7. Condições operacionais do veiculo
3.2.3.8. Condicionamento adequado da carga
3.2.3.9. EXTRA Cuidados com sua carga
Tópicos Especiais ................................................................................ 68
4. Tópicos Especiais
4.1. Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho
4.1.1. Estatísticas e causas de acidentes rodoviários envolvendo caminhões
4.1.2. Legislação referente ao meio ambiente, saúde e segurança do Trabalho.
4.1.3. Normas e procedimentos de segurança.
4.1.4. Equipamentos de proteção individual.
4.1.5. Postura física adequada ao trabalho.
4.1.6. Exame de saúde periódico como fator de proteção à saúde
4.1.7. Cuidados com a sua saúde física e mental
4.1.8. Noções de combate a incêndio.
4.1.9. Utilização adequada de equipamentos necessários em situações de
emergência.
4.2. Logística integrada
4.2.1. Conceito de cadeia logística
4.2.2. Papel do transportador rodoviário de cargas dentro da cadeia logística.
4.2.3. Tipos de terminais de cargas e armazéns.
4.2.4. Noções de operação em terminais e armazéns de mercadorias

Endereços Úteis .................................................................................. 80

NORMAS E REGULAMENTOS - na íntegra 81 a 319


****“Estes textos não substituem os publicados no D.O.U - Diário Oficial da União”.
MODULO 1A - Transporte Rodoviário de Cargas

1. Introdução

Este curso visa atender às exigências descritas no §1º e §2º da Seção V da


RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015 para a pessoa física que tenha
no transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional - Transportador
Autônomo de Carga TAC, conforme LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007.

RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015

Seção V - Dos cursos específicos


Art. 16. O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá
ser ministrado considerando a estrutura curricular mínima das matérias que
compõem a ementa a ser publicada pela ANTT.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior a


sessenta por cento da nota máxima em prova de conhecimento.
§ 2º Considerar-se-á equivalente à aprovação em curso específico, a aprovação
em exame constituído de prova convencional ou eletrônica, na forma
estabelecida pela ANTT, sobre o conteúdo programático definido, devendo
obter, no mínimo, sessenta por cento de aproveitamento na prova.

O Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial, e


consequentemente possui uma das maiores malhas rodoviárias do planeta.

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Por isso, esta é a forma de transporte mais utilizada, e também, a mais
recomendada para o transporte de mercadorias de alto valor agregado ou
perecível.

1.1.1. O Transporte Rodoviário de Cargas

O Transporte Rodoviário de Cargas tem papel de extrema importância para o


desenvolvimento de uma sociedade e ele é responsável direto pelo grau de
desenvolvimento de uma nação, possibilitando a integração entre regiões e
nações ao transportar cargas pelas rotas internacionais.

Quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o seu


desenvolvimento!

1.1.1.1. Tipos de modais e veículos utilizados

MODAL Rodoviário - No Brasil, o caminhão é o principal veículo de transporte


de carga, responsável por 60% das cargas transportadas sendo um dos mais
flexíveis e ágeis no acesso às cargas, porque permite interagir em diferentes
regiões, mesmo as mais remotas

MODAL Ferroviário - Utilizado para o Transporte de passageiros e de cargas


através de estradas de ferro, com baixo custo operacional e pequeno consumo
de combustível comparando com o modo rodoviário.

MODAL Aquaviário - (Hidroviário).- Utilizado para o Transporte de passageiros


e de cargas através de rios, lagos, mares e oceano

MODAL Aeroviário - Utilizado para o Transporte de passageiros e de cargas


através de Aerovias, aviões e infraestrutura dos aeroportos

MODAL Dutoviário: Realizado através de tubos (dutos) divididos em


oleodutos, minerodutos e gasodutos (GNV)

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Veja a estimativa para os próximos anos por modal:

1.1.1.2. O intercâmbio de cargas entre regiões e infraestrutura

Infraestrutura é o conjunto de elementos estruturais que impulsiona o


desenvolvimento socioeconômico de um determinado local.

No Brasil, o modal rodoviário tem mais de 79.000km de rodovias federais em


todo o país, sem contar o acesso pelas Vias Urbanas para entregas de cargas
locais.

Desta forma, verificamos uma distribuição desigual pelo território brasileiro de


infraestrutura com maior concentração na região Centro-Sul , com destaque
para o estado de São Paulo

Já no interior do Nordeste, a rede de transporte é mais escassa.

Só uma infraestrutura adequada permitirá um intercâmbio rápido e eficiente


do transporte, entre os centros econômicos e os clientes/consumidores

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1.1.1.3. Importância do Transporte Rodoviário de Cargas para o
desenvolvimento do país

A maioria das atividades econômicas depende do transporte de bens e de


pessoas, por isso, a atividade de transporte é indiscutivelmente importante
para qualquer economia.

É através do Transporte Rodoviário de Cargas que a força de trabalho e


insumos chegam aos seus destinos, possibilitando produzir e distribuir
serviços, bens e tecnologia e consequentemente, o desenvolvimento.

E sua importância vem crescendo, fazendo com que o transportador se


preocupe também em realizar a movimentação dos produtos com qualidade,
melhorando o nível de serviço aos clientes e reduzindo custos.

1.1.2. Tipos de Cargas e Veículos

Há diversos tipos de veículos para diversos tipos de cargas, por isso vamos
conhece-los separadamente nos próximos itens

1.1.2.1. Tipos de veículos rodoviários de carga.

O transporte de carga pode ser efetuado por diferentes tipos de veículos, e


quando se trata do transporte rodoviário, o principal veículo utilizado é o
CAMINHÃO.

Os caminhões podem apresentar os mais variados tamanhos, ter 2 ou 3 eixos


e vários modelos, para os diversos tipos de cargas, como:

• com carroceria aberta, em forma de gaiola, plataforma, tanque ou


fechado (baú) – equipados ou não com refrigeração para transporte
de cargas congeladas e refrigeradas.

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Classificação dos Caminhões

 CAMINHÃO LEVE (3,5T A 7,99T)


 CAMINHÃO SIMPLES (8T A 29T)
 CAMINHÃO TRATOR
 CAMINHÃO TRATOR ESPECIAL
 CAMINHONETE / FURGÃO (1,5T A 3,49T)
 REBOQUE
 SEMI-REBOQUE
 SEMI-REBOQUE COM 5ª RODA / BITREM
 SEMI-REBOQUE ESPECIAL
 UTILITÁRIO LEVE (0,5T A 1,49T)
 VEÍCULO OPERACIONAL DE APOIO

1.1.2.2. Tipos de carrocerias

• Aberta - É bastante econômica e vista em ambientes rurais,


normalmente é feita em madeira e usada para o transporte de
diversos tipos de carga. Possui laterais fechadas utilizando lonas
enceradas, para proteger a carga em caso de chuva.

• Coberta/Fechada - Apresentam o formato de um vagão para proteger


as cargas das condições climáticas adversas, e não necessitam de
nenhum cuidado ou proteção especial. Possui agilidade na realização
da carga e descarga dos materiais.

• Refrigerado - Possibilita o transporte de mercadoria perecível, que


necessita ser mantida em uma determinada temperatura, como
ocorre no transporte de carne, produtos derivados do leite , etc.

• Tanque -Tem uma carroceria extremamente resistente, e por esta


razão é usada para o transporte de cargas perigosas e inflamáveis,
como combustíveis.

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• Plataforma - Usados para transportar contêineres, engradados
amarrados com cordas ou correntes, entre outros produtos

• Cegonheiros - Utilizados para o transporte de veículos (carros)

• Caçamba - São os caminhões basculantes, muito utilizados no


transporte de entulhos, terra, cascalho, etc.

• Canavieiro - Usados para o transporte de cana-de-açúcar

1.1.2.3-A Tipos de cargas por Classificação pode ser:

Carga Geral: é a carga embarcada e transportada com acondicionamento com


marca de identificação e contagem de unidades e podem ser:
- Soltas (não unitizadas): acondicionamento com dimensões e formas diversas,
( sacarias, fardos, caixas de papelão e madeira, engradados, tambores etc.)
- Unitizadas: uma carga com materiais (embalados ou não) arranjados e
acondicionados como uma única unidade
Carga a Granel : carga líquida ou seca (sólida) embarcada e transportada sem
acondicionamento, sem marca de identificação e sem contagem de unidades.
São exemplos desse tipo de carga: petróleo, minérios, trigo, farelos, grãos etc.

Carga Frigorificada: esse tipo de carga necessita ser refrigerada ou congelada


para conservar as qualidades essenciais do produto durante seu transporte e
sua armazenagem (frutas frescas, pescados, carnes etc).

Neo-granel: carregamento formado por conglomerados homogêneos de


mercadorias de carga geral, sem acondicionamento específico, para
transporte em um único embarque (transporte de veículos automotores).

Carga Perigosa: é aquela carga que, como apresentado na unidade anterior, é


composta por produtos classificados como “perigosos”

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1.1.2.3-B Característica das cargas

 Fragilidade
 Periculosidade e Perecibilidade - possibilidade de deterioração e/ou
contaminação, exigindo cuidados especiais no manuseio, transporte,
armazenagem e estivagem
 Dimensões: Comprimento x Largura x Altura do produto ou da carga
 Pesos considerados especiais: Exemplo: turbinas de hidrelétricas

MODULO 1B - Transporte Rodoviário de Cargas

1.1.2.4-A Tipos de embalagens

A embalagem é responsável por manter a condição de um produto por toda a


operação de transporte e deve ainda, conter instruções para o correto
manuseio, movimentação, armazenamento e transporte.

Tipos de Embalagens:

Caixa de Papelão acondiciona produtos leves ou frágeis, como brinquedos,


remédios.

Engradado usado para peças e equipamentos grandes, difíceis de arrumar,


como vidros ou de formas irregulares, etc.

Fardo usado para mercadorias que não exigem embalagem especial: tecidos,
algodão etc.

Feixe para produtos resistentes, difíceis de serem embalados sem necessidade


de muita proteção, como vassouras, picaretas, tubos plásticos, ferragens etc.

Sacos para alimentos como arroz, feijão, milho e cereais; materiais de


construção como cal e cimento

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Tambor para transporte de produtos a granel, diversos produtos sólidos,
líquidos, pastosos, em pó e granulados

Lata para transporte diversos produtos em estado líquido e pastoso, como


óleos comestíveis, alimentos.

Fonte: ANTT “Exemplos de embalagens para carga fracionada”

Classificação das Embalagens

As embalagens são classificadas de acordo com sua função, em primária,


secundária, terciária e quaternária (Contêiner)
As embalagens também têm outras funções essenciais como:
 Conter o produto
 Facilitar o transporte e o consumo
 Identificar um produto

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 Funcionar como uma barreira contra Temperatura, Odores
estranhos, Insetos/roedores, Luz, Oxigênio e Umidade
1.1.2.4-A Tipos de embalagens x Unitização

Conceito de Unitização de Carga - Unitizar uma carga significa agrupar


volumes, tendo como principal objetivo a facilitação no manuseio,
movimentação, armazenagem e transporte da carga

Principais Sistemas de Unitização de Cargas - Os dispositivos/sistemas de


unitização são essenciais para arrumar e organizar a carga nos depósitos, nos
pontos de venda e nos veículos de transporte.

Estes equipamentos oferecem agilidade ao processo de movimentação das


cargas e também contribuem com a melhor utilização dos espaços físicos,
dando maior produtividade aos equipamentos e instalações que podem ser:

Paletes/Pallets são normalmente engradados de madeira como suportes de


cargas que ficam atadas a estes, com vãos em sua parte inferior permitindo o
encaixe dos garfos das empilhadeiras, gerando, desta forma, uma otimização
do manuseio da carga.

Contêiner é uma estrutura em geral metálica de grandes dimensões, em forma


da baú, que acomoda cargas com maior segurança e facilidade de manuseio e
transporte

Por ser de fácil e ágil transferência entre várias embarcações, a unitização de


carga é a mais usada no transporte internacional (terrestre, marítima ou aérea)

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1.1.2.4 B Tipos de embalagens e símbolos de segurança para manuseio de
embalagens

LEGISLAÇÃO

No Decreto 96044 de 18.05.1988 e NBR 7500 das Normas Brasileiras para o


Transporte Terrestre de Produtos Perigosos apresentam:
 identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e
armazenamento de produtos
 identificação das embalagens e os símbolos de manuseio e de armazenamento
para os produtos classificados como não perigosos para transporte.
Com os símbolos você sinaliza devidamente sua carga

16
1.2. Noções de livre concorrência e mercado regulado.

O transporte rodoviário de cargas opera em regime de mercado livre, sem


exigências para entrada e saída do mercado.

Não existe legislação específica no campo dos transportes para o exercício


dessa atividade, não sendo, portanto, necessária a autorização da ANTT, ou
seja, não existe uma autorização, permissão e concessão dos serviços

No Parágrafo único do art.170 da Constituição Federal é assegurado a todos o


livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de
autorização dos órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

A função de um Mercado Regulado é essencial para a eficiência dos processos


e para o cumprimento das políticas determinadas pelo Estado, regulando e
fiscalizando falhas de mercado a fim de criar uma estabilidade que garanta o
princípio constitucional da livre iniciativa.

1.3. Entidades envolvidas na prestação do serviço de transporte rodoviário


de cargas

Os principais órgãos reguladores e fiscalizadores envolvidos na prestação de


serviço do transporte rodoviário de cargas.

• Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT


• Polícia Rodoviária Federal – PRF
• Departamento nacional de infra-estrutura de transportes
(DNIT)
• Departamento estadual de trânsito (DETRAN)
• Conselho nacional de trânsito (CONTRAN)
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
• Órgãos Fazendários

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Modulo 2A LEGISLAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

2. Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

A Lei 11.442/07 dispõe sobre o Transporte Rodoviário de Cargas – TRC,


realizado em vias públicas, no território nacional, por conta por conta de
terceiros e mediante remuneração

2.1.1. Legislação para exercer TRC e ao RNTRC

Relativa ao exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas e ao


RNTRC

Lei n°. 11.442/07 - Caracteriza o Transportador Autônomo de Cargas - TAC ,


dispõe sobre as regras de operação , determina inscrição prévia no RNTRC e
sobre a Responsabilidade do transportador

Resolução n°. 4.799/15 - Define os critérios para a inscrição no RNTRC, sobre


a Identificação dos veículos, Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),
Infrações e as penalidades

Res. nº 4.799 - DEFINIÇÕES - Art. 2º , considera-se:

XII - TAC-Auxiliar: É o motorista autorizado pelo Transportador Autônomo de


Cargas a conduzir veículo de carga de sua propriedade para o exercício da
atividade de transporte remunerado de cargas;

XIV – Transportador Autônomo de Cargas – TAC: É a pessoa física que exerce,


atividade profissional de transporte rodoviário remunerado de cargas, por sua
conta e risco, como proprietária, coproprietária ou arrendatária de até 3 (três)
veículos de cargas;

XV - Transportador Rodoviário de Carga Própria – TCP: É a pessoa física ou


jurídica que realiza o transporte de carga própria

18
Res. nº 4.799 - DAS CONDIÇÕES PARA O REGISTRO DOS TRANSPORTADORES

Inscrição e a manutenção do cadastro no RNTRC, para o TAC:

a) possuir Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ativo;

b) possuir documento oficial de identidade - RG;

c) ter sido aprovado em curso específico ou ter ao menos três anos de


experiência na atividade;

d) estar em dia com sua contribuição sindical, e

e) ser proprietário, coproprietário ou arrendatário de até três veículos


automotores de carga categoria “aluguel” na forma regulamentada pelo
CONTRAN.

2.1.1. Legislação Res. nº 4.799 – CURSOS

Res. nº 4.799 - Seção V

Dos cursos específicos

Art. 16. O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá
ser ministrado considerando a estrutura curricular mínima das matérias que
compõem a ementa a ser publicada pela ANTT.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior a


60% (sessenta por cento da nota máxima) em prova de conhecimento.

§ 2º Considerar-se-á equivalente à aprovação em curso específico, a aprovação


em exame constituído de prova convencional ou eletrônica, na forma
estabelecida pela ANTT.

19
2.1.2. Vale-pedágio obrigatório

LEI Nº 10.209 de 23 de março de 2001 e LEI Nº 10.561 de 13 de novembro de


2002 (medida provisória 68/02)

Art. 3º . Estabelece que o embarcador passará a antecipar o Vale-Pedágio


obrigatório ao transportador, independentemente do valor do frete

RESOLUÇÃO ANTT Nº 2.885 de 23 de setembro de 2008.

A ANTT tem a responsabilidade de regulamentar, coordenar e fiscalizar, o


processamento e a aplicação das penalidades por infrações a esta Lei

, DE 2 DE MARÇO DE 2015 - Art. 17º . Estabelece que não pagarão taxas de


pedágio sobre os eixos que mantiverem suspensos os veículos de transporte
de cargas que circularem vazios

RESOLUÇÃO ANTT nº 4.898 de 13 de outubro de 2015 - Dispõe sobre as


medidas técnicas e operacionais para viabilizar a isenção da cobrança de
pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de transporte de carga que
circulam vazios

PENALIDADE no descumprimento devem ser denunciadas à ANTT com multa


de R$ 550,00 como por exemplo não aceitar o Vale-Pedágio

As empresas atualmente habilitadas pela ANTT ao fornecimento do Vale-


Pedágio obrigatório, em nível nacional são:

• DBTRANS ,

• REPOM ,

• CGMP -Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. e

• VISA
20
2.1.3. PEF - Pagamento Eletrônico de Frete

Legislação

Lei nº 11442, de 05 de janeiro de 2007 Conforme Art. 5o-A., o pagamento do


frete do TRC ao Transportador Autônomo de Cargas – TAC, deverá ser
efetuado por meio de crédito e será regulamentado pela ANTT, à critério do
prestador do serviço

Resolução ANTT nº3658 de 19 de abril de 2011 Regulamenta o art. 5º-A da Lei


nº 11.442 que “dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de
terceiros mediante remuneração”

Esta Resolução cria o CIOT - Cadastro para a geração de Código Identificador


da Operação de Transporte e regulamenta a remuneração dos caminhoneiros
autônomos

CONCEITOS, conforme Resolução ANTT nº3658

CÓDIGO IDENTIFICADOR DA OPERAÇÃO DE TRANSPORTE: É o código


numérico obtido por meio do cadastramento da Operação de Transporte nos
sistemas específicos

CONTRATO DE TRANSPORTE: São as disposições firmadas entre o contratante


e o contratado que estabelece as condições da prestação do serviço

CONTRATANTE: É a pessoa jurídica responsável pelo pagamento do frete

CONTRATADO: É o TAC ou seu equiparado, que efetuar o TRC mediante


remuneração, indicado no cadastramento da Operação de Transporte

INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO ELETRÔNICO DE FRETE: É a pessoa jurídica


habilitada junto ao Banco Central do Brasil e habilitada junto à Agencia
Nacional de Transportes Terrestres

21
2.1.4. Noções de transporte rodoviário internacional de cargas

O Brasil mantém acordos de transporte internacional terrestre,


principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul,
através de negociações conjuntas periódicas visando atender as crescentes
necessidades de todas as partes
Nos Países do Cone Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e
Uruguai) contemplam os transportes ferroviário e rodoviário
Entre Brasil e Venezuela refere-se apenas ao transporte rodoviário.
Com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa o acordo está em
negociação apenas ao transporte rodoviário
Paralelamente existem acordos específicos no Mercosul para Transporte de
Produtos Perigosos e Acordo sobre Trânsito
LEGISLAÇÃO - A Resolução ANTT nº 1.474, de 31 de maio de 2006 é o
instrumento legal que disciplina o exercício da atividade de Transporte
Internacional de Cargas.
Nesta tabela você pode ter uma ideia do número de empresas habilitadas
para atuar no Transporte Rodoviário Internacional de Cargas, onde apenas
33% são de empresas brasileiras (625), apesar de estar igualmente
competitiva com 50% de toda frota, com mais de 48.000 veículos,
comparando com as empresas estrangeiras

MODULO 2B - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas


22
2.1.5-A. Legislação básica para produtos perigosos.

Carga Perigosa é aquela que, em função da sua natureza, pode provocar


acidentes, danificar outras cargas ou os meios de transporte ou, ainda, gerar
riscos, para a segurança pública ou para o meio ambiente

O Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos da


Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações dispõe, dentre outras exigências,
incluídas na íntegra, ao final desta apostila

Na RESOLUÇÃO ANTT Nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, com 748


páginas, há uma classificação de produtos perigosos que é baseada na
classificação ONU com 9 classes e dentro de cada classe há as sub classes:

Classe 1: Explosivos
Classe 2: Gases
Classe 3: Líquidos inflamáveis
Classe 4: Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea;
substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias infectantes
Classe 7: Material radioativo
Classe 8: Substâncias corrosivas
Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos
**Consulte as subclasses na Resolução que incluímos ao final desta apostila

DICA : Consulte toda legislação NACIONAL e INTERNACIONAL X P. PERIGOSOS


no site http://www.produtosperigososbrasil.com/#!legislacao/c66t
2.1.5-A. Legislação básica para produtos perigosos - NBRs

23
Normas Técnicas

- NBR 7500 referente a Simbologia e seu emprego

- NBR-8286 especifica o emprego da sinalização nas unidades de


transporte e de rótulos nas embalagens de produtos perigoso

- NBR 14619 Incompatibilidade de Produtos Perigosos

- NBR 9735 Conjuntos de Equipamentos de Segurança/EPI

- NBR-7504 apresenta as características e dimensões do envelope que


deve acompanhar o transporte de produtos perigosos,

- NBR-7503 com dimensões da ficha de emergência e envelope

- NBR-8285 estabelece como preencher a ficha de emergência

Resolução ANTT nº 3665/11,

24
Art. 22. O condutor... deve ter sido aprovado em curso específico para
condutores de veículos utilizados no transporte rodoviário de produtos
perigosos e em suas atualizações periódicas, segundo programa do Contran.
Parágrafo único. O expedidor, além de exigir que o condutor porte
documento comprobatório referente ao curso mencionado no riscos
correspondentes aos produtos embarcados e aos cuidados a
serem observados durante o transporte.
Art. 28. Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de
trânsito, relativa aos produtos transportados, e nas instruções
complementares a este Regulamento, os veículos ou os equipamentos de
transporte transportando produtos perigosos, somente podem circular pelas
vias públicas acompanhados dos seguintes documentos:
I - originais do CIPP e do CIV, no caso de transporte a granel, dentro da
validade, emitidos pelo Inmetro ou entidade por este acreditada;
II - documento fiscal contendo as informações relativas aos produtos
transportados, conforme o detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
III - Declaração do Expedidor de que os produtos estão
adequadamente acondicionados e estivados para suportar os riscos normais
das etapas necessárias à operação de transporte e que atendem à
regulamentação em vigor, conforme detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
IV - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo
expedidor, conforme o estabelecido nas instruções complementares a este
Regulamento, preenchidos de acordo com informações fornecidas pelo
fabricante ou importador dos produtos transportados;
V - autorização ou licença da autoridade competente para expedições de
produtos perigosos que, nos termos das instruções complementares a este
Regulamento, necessitem do(s) referido(s) documento(s); e
VI - demais declarações exigidas nos termos das instruções complementares a
este Regulamento.
Documentos exigidos para o transporte de PRODUTOS PERIGOSOS

Veículo:
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 CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) ou
Certificado de propriedade do Veículo;

 Rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com a


NBR-7500 da ABNT (cargas perigosas);

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte. (cargas perigosas);

 Kit para atendimento à emergência conforme NBR 9735 da ABNT.

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel) fornecido pelo INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular, para caminhão-trator - INMETRO

Emissões do escapamento (fumaça preta) dentro dos limites legais

Carga:

 Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) da Carga Transportada

 Declaração assinada pelo expedidor de que o produto está


adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de
carregamento, descarregamento, conforme a regulamentação

 Embalagem adequada ao transporte Certificada pelo INMETRO

 Autorização ou licença da autoridade competente para expedições de


produtos perigosos

2.1.5-A. Legislação básica dos produtos perigosos – EPI


CONCEITO Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Exemplos de conjuntos de Equipamentos de Segurança conf NBR 9735


26
2.1.5. B- Simbologia dos produtos perigosos

Conforme NBR 7500 estabelece os padrões para identificação dos produtos e


riscos
Os veículos autorizados a transportar cargas perigosas devem trafegar com
sinalização especial, que identificam o produto e o grau de perigo que ele
representa em que constam:
 “Rótulos de risco”

 “Painéis de segurança”

MEIO AMBIENTE - O RÓTULO DO PEIXE foi introduzido na Resolução ANTT


nº. 3632/11 como um item adicional, para a identificação dos riscos relativos
aos números ONU 3077 e ONU 3082

Deve ser utilizado nas embalagens e nas unidades de transporte carregados


com substâncias perigosas para o meio ambiente.

Importante: Este rótulo, não substitui o painel de segurança nem o rótulo de


risco indicativo da Classe

27
2.2. Legislação

, DE 2 DE MARÇO DE 2015 pertinente ao exercício da profissão de motorista


profissional

Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista e busca disciplinar a jornada


de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional

Principais pontos da Lei dos Caminhoneiros

PEDÁGIO - isenção das taxas de pedágio sobre os eixos que mantiverem


suspensos.

MULTAS - perdão das multas por excesso de peso dos caminhões recebidas
nos últimos dois anos

AUMENTO DE PESO - Fica permitida, na pesagem de veículos de transporte de


carga e de passageiros, a tolerância máxima de 5% sobre os limites de peso
bruto total; e de 10% sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo de
veículos à superfície das vias públicas.

EXAME TOXICOLOGICO - exigidos na admissão e no desligamento, com direito


à contraprova e confidencialidade dos resultados
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PROGRAMA DE CONTROLE DE USO DE DROGA e de BEBIDA ALCOÓLICA -
instituído pelo empregador, pelo menos uma vez a cada 2 anos e 6 meses, e a
recusa, será considerada infração disciplinar

JORNADA e INTERVALO –

• A jornada diária será de 8 horas, admitindo-se a prorrogação por até 2


horas extraordinárias ou, se previsto em convenção ou acordo
coletivo, por até 4 horas extraordinárias,

• 1 hora para refeição,

• a cada 6 horas na condução do veículo 30 minutos para descanso,


exceto em situações excepcionais, para que o condutor chegue a um
lugar que ofereça segurança.

É vedado ao motorista dirigir por mais de 5 horas e meia ininterruptas.

REPOUSO SEMANAL - Nas viagens de longa distância com duração superior a


7 dias, o repouso semanal será de 24 horas por semana ou fração trabalhada

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2.3. Código Penal

Conforme RESOLUÇÃO Nº 4.799 “§ 2º A aplicação das penalidades


estabelecidas no Art. 36 da Resolução 4.799 não exclui outras previstas em
legislação específica, nem exonera o infrator das cominações civis e penais
cabíveis “

O Código Penal Brasileiro dedica, exclusivamente, o TÍTULO XI para CRIMES


PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO GERAL – Art. 328
a 337-A, CÓDIGO PENAL.

Consideram-se CRIMES IMPRÓPRIOS:

Art. 328, CP – USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA exercer a função do outro


querendo se passar por ele.

Art. 329, CP – RESISTÊNCIA Opor- se à execução de ato legal, mediante


violência ou ameaça a funcionário competente para executá -lo

Art. 330, CP – DESOBEDIÊNCIA no descumprimento da ordem legal de


funcionário público – Ex Não soprar o bafômetro, parar em local proibido, não
retira o veículo do local

Art. 331, CP – DESACATO Menosprezar a função pública que a pessoa exerce.

]Art. 332, CP – TRÁFICO DE INFLUÊNCIA obter, para si ou para outrem,


vantagem ou promessa de vantagem

Art. 334, CP – CONTRABANDO OU DESCAMINHO de mercadoria proibida ou


sem pagamento de imposto

Art. 335, CP – IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE CONCORRÊNCIA


Impedir, perturbar alguém no trabalho ou o sossego alheio, Ex.: transportador
interrompe a circulação de veículos ou dificulta a entrega de mercadoria

30
Art. 336, CP – INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL crime comum cujo objeto
material é o edital, ou seja, danificar documento fixado

Art. 337, CP – SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO


confiado à custódia de funcionário

Art. 337-A, CP – SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – sonegar


ou ter conduta omissa (deixar de fazer algo o que deveria).

RESPONSABILIDADES- O transportador no exercício de sua atividade de


prestação de serviço está sujeito a Responsabilidade Contratual e
Extracontratual

A RESPONSABILIDADE CONTRATUAL é aquela que se refere ao contrato formal,


firmado entre as partes envolvidas na prestação de serviço Ex. avaria na
mercadoria, atraso na entrega por sua culpa

Já a RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL engloba aquelas situações de


casos alheios ao contrato de prestação de serviço ex. acidentes de trânsito com
vítimas fatais ou lesionadas

31
2.4. Documentação do Transporte rodoviário de cargas

Do motorista:

 Carteira de Habilitação, Categorias “C” ou “E” e para casos específicos


portar:
 Transporte de Carga Perigosa - certificado do curso MOPP ou constar
inscrito no campo de observações da CNH, o requisito “Produtos
Perigosos”.
 Transporte de Carga Indivisível – certificado do Curso de condutor de
veículos para Transporte de Cargas Indivisíveis

Do Veículo e da Carga para PRODUTOS NÃO PERIGOSOS:

 Nota Fiscal de transporte da mercadoria

 CT-e - Conhecimento de Transporte eletrônico ou Contrato , desde


que contenha as informações necessárias

 Certificado de Inscrição no CRNTRC - Registro Nacional de


Transportadores Rodoviários de Cargas, em tamanho natural ou
reduzido, desde que legível, mesmo que em preto e branco, ou do
CRLV - Certificado de Reg e Licenciamento de Veículos + n.o do RNTRC

 Adesivos com o n.o de inscrição no RNTRC nas laterais dos veículos.

 MDF-e - Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais

 Ordem de Coleta de Carga - emitido pelo transportador que executa


serviço de coleta de carga

 AET (Autorização Especial de Trânsito) para as rodovias estaduais e


federais, cada uma diferente conforme seu órgão de atuação

 Rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com a


NBR-7500 da ABNT (cargas perigosas);
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 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte (Cargas perigosas);

 EPI - Kit para atendimento à emergência conforme NBR 9735 da ABNT.

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel), para o transporte de PP a granel - INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular para caminhão-trator, conforme


Portaria 204/11 do INMETRO

 Nivel de Emissões do escapamento (fumaça preta) x limites legal.

2.5. Documentação Estadual para o TC Outras Licenças/Autorizações que


podem ser exigidas conforme o tipo da carga a ser transportada e o Estado
percorrido durante seu trajeto.

Por exemplo, para Cargas Perigosas poderá será solicitado

IBAMA - Licença Ambiental para o transporte de carga perigosa no


Estado que percorrer
CFT - Certificado de Regularidade do Cadastro Técnico Federal para
produtos perigosos passíveis de controle ambiental
CNEN – Normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear para
material radioativo;
Vigilância Sanitária – para alimentos, remédios e outros
Polícia Federal – para produtos químicos utilizados no processamento
ilícito de drogas
Ministério do Exército – para explosivos, insumos de explosivos,
armamentos e outros

DICA : Consulte toda legislação referente PRODUTOS PERIGOSOS no site


http://www.produtosperigososbrasil.com/#!legislacao/c66t
33
2.6. TRIBUTOS relativos ao transporte de cargas é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada

Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA: pago no início


de cada ano pelo proprietário do veículo e a cobrança é proporcional ao valor
do veículo.

Imposto sobre Serviços de Qualquer Espécie – ISS: é um imposto municipal


pago por profissional autônomo que presta o serviço tributável, e pode ser no
máximo 5% do valor cobrado pelo frete.

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS: é informado na


nota fiscal, proporcional ao valor do frete e recai sobre as prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, com
porcentagem variada de Estado para Estado.

Contribuição de Intervenção sobre o Domínio


Econômico – CIDE: É o tributo pago na compra
de combustíveis e deve ser revertida, por
exemplo, ao financiamento de programas de
infraestrutura de transportes, assim como os
pedágios cobrados em algumas rodovias do País

MODULO 2C - Legislação do Transporte


Rodoviário de Cargas

2.7. Distância entre eixos e dimensão total conforme a lei.

LEI nº 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) fiscaliza o excesso de peso

34
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006, revogou a Res.
CONTRAN nº 12/98 - estabelece os limites de peso e dimensões para veículos
que transitem por vias terrestres e dá outras providências

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Estabelece limites de pesos e


dimensões em viagem internacional pelo território nacional.

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010 do CONTRAN é obrigatório


possuir AET (Autorização Especial de Trânsito) quando exceder os limites
definidos nas resoluções 210 e 318

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 520, 29 de JANEIRO de 2015 , revogou a Res. nº


603 de 1982 - estabelece os requisitos mínimos para a circulação de veículos
com dimensões excedentes

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015, revogou a Res. nº.


258/07 dispões sobre identificação do infrator responsável pela infração de
excesso peso e dimensões

2.8. Capacidade máxima de peso por eixo

A ANTT é responsável pela fiscalização, na verificação do peso por eixo, ou


conjunto de eixos. e do peso bruto total, efetuada nas praças de pesagem com
balanças móveis ou fixas.

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Por isso, as normas a seguir são todas em torno dos limites de peso por eixo,
as quais iremos apresentar os pontos principais nos próximos slides.

LEI nº 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) fiscaliza o excesso de peso

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006, revogou a Res.


CONTRAN nº 12/98 - estabelece os limites de peso e dimensões para veículos
que transitem por vias terrestres e dá outras providências

RESOLUÇÃO Nº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 obriga a emissão de


Autorização Especial de Trânsito – AET para veículos com peso acima de 57 t
ou com comprimento total acima de 19,80 m

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Estabelece limites de pesos e


dimensões em viagem internacional pelo território nacional.

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 489 DE 05 DE JUNHO DE 2014 revoga a Res. nº 258,


de 30 de novembro de 2007 - fixa metodologia de aferição de peso de veículos,
estabelece percentuais de tolerância e dá outras providências.

, de 2 de março de 2015 conhecida como a “Lei dos Caminhoneiros” altera a


tolerância de limite de peso que não difere muito das normas da Res.
CONTRAN 489

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015, revogou a Res. nº.


258/07 dispões sobre identificação do infrator responsável pela infração de
excesso peso e dimensões

Conceitos

PESO DO CONJUNTO – seja do próprio veículo, acrescido dos pesos da


carroçaria, do reboque, semi-reboque e equipamento / acessórios
obrigatórios por lei.
PESO BRUTO TOTAL (PBT) - peso máximo que o veículo transmite ao
pavimento, constituído da soma da TARA mais a LOTAÇÃO.

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PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) - peso máximo transmitido ao
pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semi-reboque,
ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques.
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máximo peso que a unidade de
tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições
sobre suas limitações de geração e multiplicação de momento de força e
resistência dos elementos que compõem a transmissão
Tipos de Suspensão : A verificação do tipo de suspensão de determinado
grupo de eixos é de extrema importância na determinação do limite de peso
do veículo em função das diferenças de limites de peso para cada tipo de
suspensão

EIXO TANDEM originado do latim, é o conjunto de eixos (dois ou mais) que


buscam compensar as irregularidades do terreno, distribuindo a carga de
forma homogênea, para proteger os rodados e pneus de uma avaria.

Eles absorvem mais impactos, produzindo menos balanços, o que mantém a


carga mais segura, consequentemente, torna o reboque mais estável, durável
e forte.
37
EIXO NÃO TANDEM, é aquele que tem sua suspensão independente, sem
compartilhamento de suspensão com outro eixo

Um componente fundamental usado na fiscalização do peso é a plaqueta ou


etiqueta indicativa da TARA no veículo.

"TARA” ou "Peso do Veículo em Ordem de Marcha”: É o peso próprio do


veículo, acrescido dos pesos da carroceria e/ou equipamento, do combustível,
das ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do extintor de
incêndio e do fluido de arrefecimento, expressa em quilogramas.

"LOTAÇÃO” a carga útil máxima (incluindo condutor e passageiros) que o


veículo pode transportar,

A Tara e a Lotação devem ser instaladas na parte externa, lateral e em local


visível

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Art. 1º Os veículos


habilitados ao transporte internacional de carga quando em circulação
internacional pelo território nacional, devem obedecer aos limites de pesos de
que trata o acordo aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/ nº. 65/2008.

CONTRAN nº489 - O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a

RESOLUÇÃO Nº 489 DE 05 DE JUNHO DE 2014, que aumenta para 10% o limite


de peso por eixo para os veículos de carga

- Lei dos Caminhoneiros de 03 de março de 2015 Com a nova Lei no


13.103/2015, a tolerância na pesagem por eixo passa a ser de 10%,
independente de o peso bruto total estar ou não dentro dos limites legais.
38
CONTRAN Nº 547 Resolução CONTRAN Nº 547 DE 19/08/2015 , revogou a
Resolução nº. 258/07 dispõe sobre o procedimento para identificação do
infrator responsável pela infração de excesso peso e dimensões de veículos

RESOLUÇÃO CONTRANº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 Estabelece que


a circulação de Combinações de Veículos de Carga – CVC, com mais de duas
unidades, incluída a unidade tratora, só pode ocorrer para veículos com peso
bruto total acima de 57 t ou comprimento total acima de 19,80 m,

DOCUMENTO DE PORTE OBRIGATÓRIO - É obrigatório portar Autorização


Especial de Trânsito – AET com validade de 1 ano,

HORÁRIO PARA TRANSITAR - O trânsito de CVC será do amanhecer ao pôr do


sol e sua velocidade máxima de 80 km/h, medicante previa avaliação das
condições de tráfego das vias publicas do percurso.

39
2.9 Altura máxima da carga – Legislação

RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 estabelece os limites para


veículos, com ou sem carga, que transitem por vias terrestres com Altura para
Caminhão – 4,40m

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 estabelece limites


para veículos de transporte de carga em circulação internacional pelo
território nacional com Altura para Caminhão – 4,30m

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010 do CONTRAN é obrigatório


possuir AET (Autorização Especial de Trânsito) quando exceder os limites
definidos acima

2.10 – EXTRA - Amarração das Cargas CONTRAN Nº 552

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 552, DE 17 DE SETEMBRO DE 2015 - fixa os


requisitos mínimos de segurança para o transporte de cargas em veículos de
carga.

A partir de 1º de janeiro de 2017 todo veículo (carroceria ou carreta) fabricado


no País terá de contar com dispositivos de amarração previstos na resolução.

O prazo de adaptação será até 1º de janeiro de 2018 para os proprietários dos


veículos que já estão em circulação e dos que forem fabricados até 31 de
dezembro de 2016

Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga,


“sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixação da lona de cobertura,
quando exigível”

Vale lembrar que estas regras não se aplicam ao transporte de cargas que
tenham regulamentação específica.

40
É responsabilidade do condutor verificar periodicamente durante o percurso
o tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando
necessário.

Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo, devem estar devidamente


amarradas, ancoradas e acondicionadas no compartimento de carga ou
superfície de carregamento do veículo.

Na inexistência de pontos de amarração adequados, ou em número suficiente,


fica permitida a fixação dos dispositivos de amarração no próprio chassi do
veículo.

É opcional a existência de pontos de amarração interna para os veículos com


carroceria inteiramente fechada (furgão carga geral, baú isotérmico, baú
frigorífico, etc.), já que suas paredes podem ser consideradas como uma
estrutura de contenção

É proibida a circulação de veículos cuja carga ultrapasse a altura do painel


frontal, possibilitando o deslizamento longitudinal da parte da carga , que está
acima do painel frontal

41
2.11 – EXTRA - AET (Autorização Especial de Trânsito)

Caso ainda não conheça uma AET (Autorização Especial de Trânsito) , incluímos
um modelo para que saiba quais informações fazem parte deste documento,
desde os dados do transportador, pesos e dimensões e outras especificações
para a sua emissão

42
MODULO 3A - Operação de Transporte

Este módulo é dedicado à operação do transporte rodoviário de cargas que é


efetuada por um transportador, pessoa ou empresa, mediante contrato
estabelecendo os parâmetros do negócio jurídico a ser realizado.

3.1. Planejamento

Para um bom planejamento você precisa definir bem seus objetivos e


organizar todas as etapas da operação com eficiência.

Afinal, você ou sua empresa não sobreviverão sem preparar antes detalhes do
seu transporte

Lembre-se, todas as decisões tomadas terão impacto direto, no volume de


gastos, no preço do frete e principalmente na sua lucratividade e rentabilidade
do seu investimento

Por isso, tente separar claramente seu custo variável, suas despesas fixas e os
custos da operação

3.1.1. A - Identificação da inter-relação dos diversos fatores operacionais que


interferem no planejamento da operação do transporte.

Há uma série de dificuldades estruturais no sistema rodoviário de cargas, que


poderíamos citar:

• Possíveis atrasos nas entregas pelo excesso de tráfego nas rodovias


o/ou dentro das cidades, prejudicando o cronograma

• Má conservação das rodovias, comprometendo a segurança da


operação, tornando-a mais onerosa

• Multas ou paralisações para atender normas de circulação em algumas


cidades/regiões Ex Em São Paulo, capital, a zona de restrição máxima

43
só permite que caminhões de pequeno e médio porte circulem pelas
ruas centrais em horários específicos

• Por se tratar do modal mais poluidor gera custo frequente de


manutenção e/ou revisão preventiva é muito alto

• Aumento no frete e custos com seguros elevados por depender do


local ou rota para carga ou descarga com um alto número de roubos e
furtos

• Ausência de frete de retorno, etc.

3.1.1 B - Dicas para otimizar seu planejamento

Como minimizar estes fatores com informações importantes:

• Conhecer a demanda na sua região, na busca de uma entrega eficiente


da carga

• Conhecer a demanda mensal de volume e peso da carga

• Definir o destino avaliando as condições de mobilidade dos veículos

• Determinar o tempo gasto em carga e descarga, paradas obrigatórias


(lei do descanso do motorista), necessidades fisiológicas, ou a
quantidade de diesel gasto

• Conhecer a característica da sua carga

• Buscar frete de retorno para não voltar sem gerar nenhuma receita.
Etc.

44
3.1.2. Preparação dos dados necessários para o planejamento das operações
de transporte

Escolha de Veículos e Equipamentos em função:

 das características do transporte


 das características dos roteiros (plano de viagem)
 quanto as características dos veículos

Defina a ROTEIRIZAÇÃO considerando alguns pontos que irão auxilia-lo


durante a utilização de softwares de roteirização, que podem ser próprios ou
de terceiros

Depois de definida a rota, sua empresa poderá utilizar Software de roteirização


para preparar o roteiro e instrumentos tecnológicos de comunicação para
rastrear o veículo e carga, como:

• GPS “Global Positioning System” -(sistemas de posicionamento global


por satélite),

• GIS (sistemas de informação geográfica) reúne o sensoriamento


remoto, o GPS e o geoprocessamento que possibilita aumentar a
produtividade

• Telefonia móvel,

• Sistemas de rádio transmissão

Mapas digitalizados é o levantamento de informações espaciais e tabulares


representado em formato digital

Mapas digitais podem ser aplicados aos mais variados estudos relacionados ao
espaço, como: mapeamento da malha viária de um país, mapeamento dos
clientes e fornecedores de uma

45
3.1.3. Custos de transportes

Boa parte dos transportadores leva em conta somente combustível e mão de


obra, esquecendo das demais despesas como depreciação e manutenção dos
veículos, por isso a importância desta aula para que você conheça os custos
que influenciam na definição do seu frete

CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS POR TIPO DE CARGA

Cargas Fracionadas – Itinerante, Urgente e Comum. São cargas fracionadas


com até 4.000 kg sujeitas ou não à prazos de entrega.

Carga Lotação

a) Carga Industrial: acima de 4.000 kg sem prazos de entrega, como aços,


peças, componentes, máquinas, equipamentos, tintas em recipientes, peças
de móveis etc.

b) Grandes massas: são grandes quantidades em fase intermediária ou em


processo de transformação, acima de 25 t ou mais, sem necessidade de
equipamento especial para contenção de carga.

c) Fertilizantes – são grandes quantidades de componentes e granéis sólidos


de fertilizantes, que requerem equipamento especial de contenção de carga
que suportem acima de 22t.

Containers: Movimenta cofres de carga em ciclos de viagens redondas (ida e


volta).

Outros serviços: Por exemplo: veículos zero quilômetro, transporte frigorífico,


carga líquida, bebidas, produtos perigosos, cargas volumosas etc.

46
COMO É FORMADA A TARIFA DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO DE
CARGAS

Os custos variam de uma empresa para outra e devem ser determinados por
meio de estudos técnicos, para finalmente decidir objetivamente sobre a
viabilidade do transporte de um determinado tipo de mercadoria

COMPOSIÇÃO DA TARIFA

A tarifa de frete é composta por cinco componentes básicos, que buscam


ressarcir, de forma equilibrada, os custos realizados com a prestação do
serviço:

Taxa de Despacho (para cargas fracionadas com nota fiscal) – é a parcela da


tarifa composta pelos os custos operacionais e administrativos que envolvem
a operação de despacho e nas atividades de coleta e entrega

Frete-peso corresponde, normalmente, à maior parcela na tarifa do seu frete,


por isso é importante conhecer os conceitos, que embora estejam presentes
no nosso dia a dia, são por vezes, utilizados de maneira incorreta.

+ custos fixos*/diretos e custos variáveis**/indiretos que formam o custo


operacional do veículo

+ despesas administrativas e dos terminais (DAT)***

+ os custos de capital

+ taxa de lucro operacional

= total é custo referente ao Frete-peso

Pedágio: taxa cobrada dependendo do caminho a ser percorrido para a


entrega

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Frete-valor é proporcional ao valor da mercadoria transportada, e visa
proteger o transportador dos riscos de acidentes e avarias envolvidos em sua
atividade, por isso sua alíquota tende a aumentar a medida que a distância
cresce.

GRIS – Gerenciamento de Riscos é representado por um percentual (%) sobre


o valor da Nota Fiscal, para cobrir os custos decorrentes das medidas de
combate ao roubo de cargas

Outras taxas – Generalidades, são taxas complementares que servem para


remunerar os serviços adicionais necessários à prestação dos serviços, que
pode variar com o peso transportado, valor da nota fiscal do produto ou do
frete cobrado

*Frete-peso é composto pelos CUSTOS FIXOS que podem variar conforme a


operação, portanto, são custos referenciais, e ocorrem mesmo com o veículo
parado, sendo calculados por mês (R$/mês).

Composto das seguintes parcelas:

• Reposição do veículo ou Depreciação (RV)

• Reposição do equipamento ou depreciação do Equipamento/Implemento


(RE)

• Remuneração mensal do capital empatado no veículo (RC)

• Custos da mão de obra dos motoristas (CMO)

• Tributos incidentes sobre o veículo (TI)

• Custo de risco de acidente e roubo de veículo (SV)

O custo fixo mensal resulta da soma das sete parcelas acima:

CF = RV+RE+RC+CMO+TI+SV+SE
48
**Frete-peso é composto também pelos CUSTOS VARIÁVEIS que dependem
da distância percorrida pelo veículo, ocorre mesmo quando o veículo estiver
parado (desligado) e são calculados em função da quilometragem (R$/Km).

Composto das seguintes parcelas:

• Manutenção: mão-de-obra, peças, acessórios e material de manutenção


(PM)

• Despesas com combustível (DC)

• Lubrificantes (LB)

• Lavagem e graxas (LG)

• Pneus e recauchutagens (PR)

Custo variável total é obtido é pela soma destas seis parcelas

CV (R$/km) = PM+DC+AD+LB+LG+PR

3.1.3.1. Modelos de custos de serviços de TRC

Como uma empresa do ramo de transporte rodoviário de carga fracionada


calcula o preço de venda de seu frete? Abaixo você tem outro exemplo de
planilha referencial, desta vez para cargas secas fracionadas

Calcular o preço de um serviço de transporte não é fácil e esta tarefa poderá


ser facilitada utilizando alguns modelos, com valores referenciais disponíveis
em diversos sites, mas a escolha vai depender do tipo de carga transportada
que possa atender às suas necessidades

E pensando nisto, a ANTT preparou uma tabela de referência para o cálculo do


frete, disponível na integra no Site http://www.antt.gov.br/ selecione CARGAS
depois PLANILHA

49
Fonte: Site ANTT- conforme RESOLUÇÃO. Nº 4.810, DE 19 DE AGOSTO DE 2015

Nesta outra tabela, há outro exemplo de planilha para utilizar como referência na
definição dos custos do frete, destinada às cargas secas fracionadas.

50
Fonte: Site SETCERGS e DECOPE/NTC - Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos
e Econômicos

3.1.3.2. Variáveis importantes para a definição dos valores de frete e custos


dos serviços de transporte de cargas.

A formação do preço de venda do seu frete é influenciada:

 pelas condições de mercado,

 pelas exigências do governo,

 pelos custos**,

 pelo nível de atividade e

 pela remuneração do capital investido

**Nos custos do frete, existem algumas variáveis já classificadas como


OUTRAS TAXAS – GENERALIDADES, em função da dificuldade que os
transportadores tem de renegociar as tarifas junto aos Embarcadores, então
esta foi a forma de complementar o frete devido. com a cobrança de
generalidades

Na prática todas elas correspondem a uma resposta ao aumento de custos

51
Fatores que influenciam o custo e o preço do transporte

• Peso ou cubagem – a escolha depende daquele que mais limitar a


capacidade do veículo
• Distância - conforme as diferentes rotas, poderá gerar aumento no
custo operacional
• Facilidade de se carregar e se descarregar o veículo (ex paletização
que reduz de maneira significativa os tempos de carga e descarga)
• Facilidade de acomodação - peças com formatos muito irregulares ou
com grande extensão muitas vezes prejudicam a utilização do espaço
do veículo
• Carga retorno – falta de carga de retorno
• Perdas, avarias e risco da carga – perdas decorrentes de acidentes
rodoviários, danos ocasionados em virtudes da exposição à chuva etc
produtos inflamáveis, tóxicos ou mesmo visados para roubo são
fatores de risco que influenciam o valor do frete.
• Especificidade do veículo de transporte – quanto mais específico for o
veículo menor é a flexibilidade do transportador, desta forma o valor
do frete se eleva
• Entre outros como , vias utilizadas, pedágios e fiscalização, prazo de
entrega e aspectos geográficos.

Fonte: Lauro Valdivia -Custos, Preços e Produtividade

52
3.1.3.3. Gestão de custos e formação de preço

Depois de conhecer os principais custos do transporte rodoviário de cargas, é


primordial ter o controle dos processos da empresa, como uma questão de
sobrevivência!

Desta forma, o uso de tecnologias e métodos científicos irão auxilia-lo na


medição e resolução de alguns dos problemas, que se apresentam no setor,
possibilitando uma considerável redução dos custos de transporte

Por isso, não feche os olhos para um bom sistema de gestão de transporte para
ficar sempre no controle da operação!

3.2. Execução

3.2.1 - Elaboração de CONTRATO e CONHECIMENTO DE TRANSPORTE


ELETRÔNICO (CT-e)

Na realização do transporte rodoviário de cargas é obrigatória a emissão de


Conhecimento ou de um Contrato de Transporte, emitidos antes do início da
prestação do serviço pelo transportador

Ambos são documentos que caracterizam a operação de transporte, conforme


consta no Art.23 e Art.24 da Resolução N.o .4.799 e é usado em cada viagem

CONCEITOS

CONTRATO - De acordo com o Artigo 730 do Código Civil, um Contrato ocorre


quando “alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar
para o outro, pessoas ou coisas”

CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e) - também conhecido


pelas abreviaturas (CTRC ou CTO) é um documento fiscal emitido pelas
transportadoras de cargas para acobertar as mercadorias entre a localidade de
origem e o destinatário da carga.

53
Para a própria empresa transportadora, esse documento é a sua nota fiscal, ou
seja, é o documento oficial usado para contabilizar as receitas e efetivar o
faturamento.

DACTE (Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte Eletrônico) é


um impresso com a representação gráfica simplificada do CT-e e tem como
funções, dentre outras, conter a chave de acesso do CT-e (permitindo assim a
consulta às suas informações na Internet Portal Nacional do CT-e) e
acompanhar a mercadoria em trânsito.

Modelo DACTE

54
Elaboração CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e)

Consulte ao final desta apostila o Art. 23. da nova


Resolução 4.799 - o CTRC ou CTO deverá conter no
mínimo, as seguintes informações:

 Dados completos do Embarcador, Transportador, Motorista

 Dados do Veículo – placa, RENAVAM, etc.

 Data e horário previstos para o início da viagem

 Endereços de Retirada e/ou Entrega

 Natureza da Carga e outras informações (peso, quantidade, volume,


acondicionamento, etc)

 Valor do Frete e o responsável pelo pagamento

 Valor do Vale-Pedágio, desde a origem até o destino

 Dados da Seguradora e n.o de apólice

 CIOT - Código Identificador da Operação de Transporte

 Autorização de acesso ao arquivo digital do documento

55
Elaboração de CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE

Conforme Art. 24 da Resolução. n.o 4.799 será aceito


contrato de transporte particular, e deverá conter no
mínimo:

o DO OBJETO DO CONTRATO – descreve a prestação de serviços pela


CONTRATADA de transporte rodoviário para a CONTRATANTE

o DOS HORÁRIOS

o DAS RESPONSABILIDADES/ DAS OBRIGAÇÕES

o DA MULTA/ CLÁUSULA PENAL

o DA REMUNERAÇÃO/DO PREÇO e CONDIÇÕES

o DO EQUIPAMENTO ANTI-FURTO E GERENCIAMENTO DE RISCO

o DA NATUREZA DO CONTRATO. Ref. natureza comercial sem vínculo


empregatício, nem responsabilidade solidária ou subsidiária com o
CONTRATANTE

o DA RESCISÃO

o DO PRAZO

o DO FORO – foro (Cidade) definido para dirimir quaisquer controvérsias


oriundas do CONTRATO, etc.

o LOCAL, DATA e ASSINATURAS

56
3.2.2 – Documentos de porte obrigatório – Conforme já apresentado em aula
anterior, portar:

 CNH (Carteira Nacional de Habilitação)

 Contrato da Carga Transportada ou DACTE (Documento Auxiliar do


Conhecimento de Transporte Eletrônico) no caso de utilizar
conhecimento de transporte eletrônico (CT-e)

 CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) ou


Certificado de propriedade do Veículo

 Possuir Certificado de Inscrição no CRNTRC

 Adesivos do RNTRC nas laterais dos veículos

 Ordem de Coleta de Carga - emitido pelo transportador que executa


serviço de coleta

 DAMDFE - Documento Auxiliar do Manifesto Eletrônico de


Documentos Fiscais - acompanha a carga durante o transporte

No caso de cargas perigosas ou especiais, portar também...

 Comprovante do curso MOPP (cargas perigosas)

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte. (cargas perigosas);

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel) , fornecido pelo INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular, fornecido pelo INMETRO

 Declaração do expedidor sobre o acondicionamento adequado

57
 Declaração assinada pelo expedidor de que o produto está
adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de
carregamento, descarregamento, conforme a regulamentação

 AET (Autorização Especial de Trânsito) conforme seu órgão de atuação


e objetivos

 Certificado do Curso de condutor de veículos para Transporte


de Cargas Indivisíveis

 Licença específica das autoridades responsáveis para determinadas


substâncias como explosivos, regulados pelo Ministério da Defesa
através do Exército).

 Autorização Interestadual para Transporte de Produtos Perigosos -


independentemente do número de viagens que ele vai realizar,

 Licenças junto à Polícia Federal, no caso de materias primas para a


fabricação de entorpecentes, pasta da cocaina.

 Alvarás junto a Polícia Civil, Anvisa e Vigilância Sanitária

 Se o transporte for interestadual, a empresa ainda precisa estar


regularizada no Cadastro Técnico Federal (CTF)

58
MODULO 3B - Operação de Transporte

3.2.3. Procedimento de conferência

É fundamental que antes de iniciar a viagem, você confira todos os detalhes da


sua viagem e Carga, inclusive as condições do veículo. A seguir apresentamos
alguns itens importantes nesta etapa da execução da sua operação de
transporte

 Carga e nota fiscal

 Quantidade, peso e volume da carga.

 Rota.

 Lacre.

 Rotina de carga e descarga.

 Ferramentas necessárias

 Condições operacionais do veiculo

 Condicionamento adequado da carga

Se transportar Carga Perigosa ou Especiais:

 Verificar a documentação da carga x ficha de emergência;

 Confrontar os dados da ficha de emergência com a padronização do


veículo;

 Verificar se todos os equipamentos de segurança obrigatórios estão


disponíveis e adequados ao uso;

 Efetuar uma vistoria rigorosa em todo o veículo antes de partir

59
 Conferir as documentações de porte obrigatório

 Conferir se o Tacógrafo está funcionando e se o disco está no lugar

 Mantenha os telefones de emergência do Corpo de Bombeiros, Polícia


Rodoviária, Polícia Militar, etc

Ao receber ou entregar uma carga, será necessária uma conferência


quantitativa e qualitativa da sua carga

Na Conferência Qualitativa você analisa a qualidade da carga : temperatura,


dimensões, avarias características especiais e suas restrições em função das
condições descritas na nota fiscal como por exemplo o vencimento dos
produtos

Concluída a conferencia quantitativa e qualitativa, você já terá condições de


recusar ou devolver a carga

Na Conferência Quantitativa você verifica se a quantidade declarada pelo


Fornecedor na Nota Fiscal está igual à carga recebida ou que será entregue,
normalmente são utilizados formulários para realizar estas conferências, assim
você não esquece nenhuma etapa da conferencia

60
Utilize um formulário com plano de viagem, conforme modelo abaixo, para
auxilia-lo nesta conferência.

61
3.2.3.1. Carga e nota fiscal

A Nota Fiscal é o documento que comprova a posse da mercadoria para o


trânsito das mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e
fornecedores

Portanto, ela deverá ser utilizada neste momento de conferência porque


possui todos as informações necessárias para uma conferência eficiente e
completa!

PENALIDADE – na ausência da Nota fiscal o TRRC pagará multa de R$ 550,00


(quinhentos e cinquenta reais);

3.2.3.2. Conferencia quantidade – PESO – VOLUME DA CARGA

Com base na nota fiscal, conferir de forma rigorosa:

 a quantidade de volumes de carga,

 o peso especificado

 e a quantidade

ATENÇÃO: Não será permitido divergência nas informações que gerem


prejuízos a todo setor.

Por isso, vale lembrar que todos os envolvidos serão responsabilizados, com base
na legislação vigente, caso seja constatada irregularidades durante a fiscalização.

62
3.2.3.2. Conferencia quantidade – PESO – VOLUME DA CARGA

Quanto maior a força aplicada pelos pneus sobre o asfalto, maior será o
desgaste da estrada.

Sendo assim, o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) limitou o peso


máximo, por eixo, a ser carregado pelos veículos, buscando:

• Garantir que o transportador opere dentro das normas

• Garantir de segurança e dos demais motoristas

• Garantir a qualidade da via por onde os veículos trafegam.

3.2.3.3 – ROTA

Através das informações coletadas durante o planejamento, confira:

 Rota de origem e destino e os pontos de referência

 Distancia total

 Dados sobre o veículo (modelo, etc)

 Tempo estimado de viagem

 Velocidade média

 Praças de Pedágio

 Postos de pesagem e Polícia Rodoviária Federal

 Cidades próximas para descanso e

 Equipamentos que serão utilizados no percurso (GPS, etc)

63
3.2.3.4. LACRES

Após concluída a conferencia da carga e do roteiro, será o momento de usar


lacres de segurança para trancar sua carroceria, impedindo o acesso ou
violação antes de chegar ao destino final.

Os lacres, possuem identificação e visam garantir a segurança no


deslocamento de produtos e mercadorias, evitando violações e sua
numeração deverá ser registrada no Manifesto para ser conferido tanto na
descarga/entrega

ATENÇÃO: Os lacres somente poderão ser abertos por autorização de quem de


direito.

64
3.2.3.5. Rotina de carga e descarga

Durante suas atribuições rotineiras relacionadas à carga e descarga, será


necessário seguir uma rotina que garanta segurança e sucesso durante todos
procedimentos, desde a identificação, movimentação, organização e
separação das cargas/embalagens para outras áreas.

Embarque: Começa com a retirada da carga do local de estocagem e com a sua


colocação no veículo de transporte interno.

Não esqueça de realizar um EXAME DE AVARIAS E CONFERÊNCIA DE VOLUMES


neste momento

Desembarque: Envolve:

- Recebimento dos veículos contendo cargas,


- Transbordo da carga para o veículo de transporte interno,
- Transporte interno até a área de armazenagem,
- Transbordo da carga para a área de armazenagem e
- Armazenagem, enquanto aguarda o embarque em um novo veículo.

3.2.3.6. Ferramentas necessárias –

Existem muitas formas de movimentar sua carga e você poderá utilizar alguns
métodos conhecidos como manual, mecanizados (empilhadeiras manuais,
carrinhos, etc.) e os motorizados (esteiras, empilhadeiras motorizadas, etc.)

A forma MANUAL é a mais usado para pequenos volumes

Durante a execução da operação de transporte, não podemos deixar de


mencionar outras ferramentas que auxiliam o transportador e as empresas,
como formas de Tecnologia de Monitoramento para as Frotas:

- Tecnologia embarcada são os recursos eletrônicos e computadores


instalados nos veículos de carga

65
Vantagem: permite uma interação em tempo real entre motoristas e seus
expedidores, agilizando eventuais alterações em suas rotas

- O botão de pânico é um outro equipamento de tecnologia embarcada que é


utilizado em casos de emergência, comunicando imediatamente a central de
controle de frota sobre a ocorrência de roubo ou situações suspeitas.

- Tecnologia de Transmissão de Dados Via Satélite que é um SATÉLITE é um


equipamento construído pelo homem, e colocado ao redor da Terra, para
permitir a comunicação rápida entre dois ou mais pontos distantes na Terra

- Os bloqueadores são dispositivos de segurança que permitem o bloqueio do


veículo à distância, e atua como antifurto com sensor de abertura de porta e
bloqueio depois de determinado tempo após o desligamento do veículo.

- Os rastreadores possibilitam a comunicação entre a central de


monitoramento da frota e os caminhões, fornecem a localização on-line de
veículos e auxiliam no Controle de Jornada de Trabalho, por acompanhar os
dados da viagem, da carga horária de trabalho e do motorista

3.2.3.7. Condições operacionais do veiculo

Depois de carregar seu veículo, é necessário checar os equipamentos que


monitoram as condições gerais e, por isso, o Tacógrafo é a ferramenta perfeita
para o efetivo gerenciamento da sua operação de transporte

TACÓGRAFO como é mais conhecido é um Tipo de Registrador Instantâneo


Inalterável de Velocidade e Tempo

Fornece: cumprimento de roteiros de viagem, itinerários, horários de saída e


chegada, respeito aos limites de velocidade, tempos de condução e descanso,
paradas não programadas e muitas outras

Obrigatório para os veículos com capacidade máxima de tração igual ou


superior a 19 (dezenove) toneladas e para o Transporte de produtos perigosos
66
CONTA-GIROS DO CARRO é outro equipamento que auxilia no monitoramento
do veículo e faz parte do Painel de instrumentos dos carros:

 Mostra, em tempo real qual a velocidade de rotação do motor, as


Rotações por Minuto (RPM)

 Demonstra para o motorista se ele dirige seu veículo da maneira


correta

 Possibilita saber se o consumo está além do necessário ou se a


aceleração está correta.

 Se o conta-giros atinge a marca vermelha, sinaliza que a forma de


conduzir está completamente errada e o motor começa a cortar a
aceleração para não ser danificado ou fundir

3.2.3.8. Condicionamento adequado da carga

Já conferimos a carga e os métodos para transporta-la, mas a arrumação


interna no caminhão é fundamental para otimizar o espaço dentro do veículo,
evitar danos ou riscos aos produtos ou evitar riscos aos outros usuários das
rodovias, por isso:

• Separe a carga, conforme sua característica

• Evite a movimentação manual, e se realizar, não ultrapassar o peso de


20 kg

• Se o veículo for aberto, verifique a regulamentação para amarração de


cargas

• Não ultrapasse a capacidade máxima do veiculo

– Tópicos Especiais

67
Neste modulo apresentaremos alguns tópicos especiais relacionados às
questões Saúde, cuidados com o Meio Ambiente e Segurança do Trabalho
através de equipamentos e métodos buscando prevenir acidentes e
das doenças do trabalho

4.1. Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho

MEIO AMBIENTE

O ar, água e solo são recursos indispensáveis à vida na terra, por isso
precisamos preservá-los, sendo responsabilidade do transportador minimizar
os impactos ambientais gerados por acidentes durante o transporte, ou pelo
alto nível de emissão de poluentes e os gases, causadores do efeito estufa,
entre outros danos ao meio ambiente.

As principais fontes poluidoras são os Veículos e as Indústrias

E seus principais poluentes estão relacionados com à combustão de veículos


que são:

- NOx os óxidos de nitrogênio

- ALDEÍDOS e a DIASINA a queima do diesel

- CO - o monóxido de carbono/gás carbônico – produzido pela queima


do óleo diesel, que em excesso é responsável pelo efeito estufa.

Infelizmente, a tendência é que os valores reais de emissão de poluentes sejam


ainda maiores, por causa da utilização de enxofre no diesel, o baixo nível de
manutenção e alta idade de nossa frota de transporte rodoviário.

68
4.1.1. Estatísticas e causas de acidentes rodoviários envolvendo caminhões
De acordo com o banco de dados de acidentes de trânsito do DNIT.

Em 2012, foram registradas 8610 mortes nas rodovias federais e 33% delas
foram registradas na região Norte com total de 2812, mortes, o que é bem
expressivo para uma região.

Veja na tabela os números, por região, desde 2007

ESTATÍSTICAS

• Acidentes mais frequentes e graves: 47% tombamento e 10%


capotagem.

• Causas principais: velocidade incompatível, fadiga.

• Fatores contribuintes: curva fechada, pista mal conservada.

• Faixa etária dos motoristas mais envolvidos: de 18 a 25 anos.

• Veículos mais vulneráveis: articulado, ou sobrecarregado.


69
4.1.2. Legislação – Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho

Nas Resoluções da ANTT nº. 3665 de 2011 e nº. 420 de 2004.

Entre parte dos Estados do MERCOSUL há o Decreto N° 1.797, de 25/01/1996


referente acordo para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos

As Normas Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do Trabalho,


que são:

NR 01 - Disposições Gerais relativas à segurança e medicina do trabalho

NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI

NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO

NR 17 - Ergonomia

NR 23 - Proteção Contra Incêndios - empregadores devem adotar medidas de


prevenção de incêndios

A legislação ambiental brasileira é uma das mais completas do mundo. São 17


leis ambientais elaboradas para garantir a preservação do grande patrimônio
ambiental do país.

O transporte de Cargas perigosas representa risco à saúde e ao meio ambiente


em geral, por isso é submetido às regras e aos procedimentos estabelecidos
na Resolução ANTT nº. 3665/11 e Resolução ANTT nº. 420/04

70
4.1.3. Normas e procedimentos de segurança

O cotidiano do transportador rodoviário cria situações de maior exposição aos


riscos, pelo constante estado de alerta e desgaste emocional, aos quais fica
exposto diariamente.

Por isso, algumas normas e programas foram criados buscando a prevenção


de acidentes e das doenças do trabalho, bem como da promoção da saúde e
da qualidade de vida.

A NORMA REGULAMENTADORA – NR 1 foi criada pelo Ministério do Trabalho


com o objetivo de promover saúde e segurança do trabalho

4.1.4. EPI – NR6 e NBR 9735

Em aula anterior já apresentamos os itens que compõem os equipamentos de


proteção individual de segurança, definidos na norma Brasileira 9735

Agora você conhecerá as disposições gerais da:

NR 1 e NR 6- regulamentam a SEGURANÇA NO TRABALHO – EPI e a NBR 9735


da ABNT definem os Conjuntos de Equipamentos de Segurança de uso
obrigatório

CONCEITO - O EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL é todo


dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado
à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho

Existe o EPI básico composto por capacete e luvas de material adequado


conforme o produto, além de outros utilizados em situações de emergência
como equipamentos para sinalização e isolamento da área em casos de avaria
ou acidentes utilizados durante o transporte.

4.1.5. Postura física – ERGONOMIA – NR17


71
A Norma Regulamentadora 17 estabelece parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características dos trabalhadores, de
modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente.

A aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho pode ser estabelecida nas


seguintes etapas:

1ª etapa Programa de Ergonomia – através do levantamento dos riscos


ergonômicos*

2ª etapa Conscientização –através de treinamentos e palestras a


conscientização acerca dos riscos ergonômicos e prevenção

3ª etapa Correção do Programa de Ergonomia –correção e aperfeiçoamento


do programa aplicado no ambiente de trabalho

RISCOS ERGONÔMICOS* são elementos que podem prejudicar os


trabalhadores, a nível físico ou psicológico, através de doenças ou desconforto

4.1.6. Exame de saúde periódico como fator de proteção à saúde

Um transportador com boa saúde terá com condições de exercer a sua


atividade profissional com mais eficiência com menor riscos de acidentes, por
isso, é importante realizar exames periódicos de saúde através de cuidados
básicos:

- Realizar pesquisa de doenças preexistentes como avaliar risco cardíaco,


medir a pressão arterial com frequência, checar nível de glicose, colesterol,
exames auditivos e oftalmológicos, avaliação vascular, entre outros...

4.1.6. Exame de saúde periódico – Norma Regulamentadora 7 – NR7 PCMSO

72
Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, do Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, para prevenção,
rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao
trabalho.

Objetivos: Prevenir a saúde através de divulgação de filmes, reuniões,


palestras e outras ações.

4.1.7. Cuidados com a sua saúde física e mental

Tirando os fatores físicos do motorista, a questão do consumo em excesso de


cafeína e pior ainda, de drogas tem preocupado muito as autoridades, porque
em função da pressão para cumprir horários determinados e entregar a
mercadoria, no seu destino o mais rápido possível alguns caminhoneiros usam
medicamentos proibidos (rebite, cocaína e até crack) para se manterem
acordados durante dias, por total desconhecimento dos riscos à saúde a que
estão expostos

A vida na estrada também exige muito do caminhoneiro, que passa longas


horas sentado em frente ao volante e atento no trecho.

Porém esquece que precisa ter atenção redobrada na maneira correta de


sentar, de conduzir o veículo.

4.1.8. Noções de combate a incêndio


Incêndio é o fogo fora de controle, e são causados por descuidos, na maioria
das vezes involuntários e as principais fontes causadoras nas rodovias são :

• Cigarros lançados pela janela do veículo;


• Falta de manutenção do veículo;
• Acidente envolvendo veículos com cargas perigosas
• Vidros, que funcionam como lente de aumento e outros
73
O combate por ser realizado por: retirada do material combustível,
resfriamento, abafamento ou extinção química

E neste momento, é importante conhecer os materiais envolvidos e as classes


de incêndio que pertencem, para definir qual o melhor método para uma
extinção rápida e segura.

Classificação dos incêndios: - determina qual agente extintor adequado

Classe A : materiais sólidos


Classe B : líquidos inflamáveis
Classe C : equipamentos elétricos
Classe D : metais combustíveis/pirofóricos (magnésio, zircônio, titânio)

74
4.1.9. Utilização adequada de equipamentos x situações de emergência.

Existem 5 tipos de extintores disponíveis e sua aplicação dependerá da


classificação que apresentamos nesta tabela

Aplicação
Tipo
Capacidade Utilização
Extintor
Classes

Pó químico
Rompa o lacre, aperte a alavanca e direcione o
para A, B e C 1 Kg e 2 Kg
jato para base das chamas
veículos

Puxe o pino de segurança, retire o esguicho e


Espuma
AeB 10 litros acione o gatilho direcionando o jato para base
mecânica
das chamas.

Abra o registro do propelente, puxe o pino


1, 2, 4, 6,
Pó químico
BeC 8,10 e 12 e empurre o esguicho devidamente, por fim
seco
Kg. acione o gatilho direcionando o jato para base
das chamas.

Abra o registro do propelente, puxe o pino


Água
A 10 litros e empurre o esguicho devidamente, retirando-o
Pressurizada
do porta-esguicho e acione o gatilho
direcionando o jato para base das chamas

Gás
Retire o pino acione o gatilho direcionando o jato
carbônico BeC 6 Kg
para base das chamas.
CO2

75
4.2. Logística integrada

Agora vamos apresentar a logística, os conceitos e o papel do transportador, e


comentar sobre os tipos de terminais e as operações que ocorrem no dia a dia
durante envolvendo o transporte rodoviário de cargas

É como o nome diz, é a integração dos processos, da origem dos produtos às


mãos do consumidor final, através de um sistema inteligente capaz de
planejar, implementar e controlar todos os passos

Geralmente, a logística integrada é dividida nas áreas de

• Administração de materiais/armazenamento,

• Movimentação e

• Distribuição dos produtos

Ter uma gestão eficiente é cada vez mais importante porque os consumidores
estão cada vez mais exigentes.

É por esse motivo que a logística integrada assume uma dimensão crucial nas
empresas.

4.2.1. Conceito de cadeia logística

É um conjunto de atividades interligadas que constantemente se articulam,


desde o início da elaboração de um produto, e de todas as etapas
intermediárias até atingir o produto final para sua distribuição e
comercialização.

O principal desafio e objetivo da logística, é conseguir criar mecanismo para


distribuição de produtos no menor intervalo de tempo possível, com redução
de custos, sem perda de qualidade

76
4.2.2. Papel do Transportador Rodoviário de Cargas dentro da cadeia
logística

Desde os primórdios, o transporte rodoviário de cargas tem sido utilizado para


disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, e tornou-se
fundamental para que seja atingido o objetivo logístico que é “o produto certo,
na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível”

A cadeia logística é dependente dos modais de transporte por transportar


grandes quantidades, alto valor, e pela praticidade de deslocamento entre um
e outro ponto do pais.

4.2.3. Tipos de terminais de cargas e armazéns

A armazenagem possui um papel importante no setor de transporte, assim


como na própria história da humanidade, existe a necessidade de armazenar
produtos e alimentos de forma consciente e como qualidade!

Os tipos de armazéns podem ser Próprios, Terceirizados ou Públicos

E suas operações, ocorrem conforme os produtos que manipula que envolve:


recepção da carga, pesagem de controle, classificação do produto, pré-
tratamento físico, químico ou biológico, se for o caso, armazenagem,
automática, mecânica ou manualmente, conservação para evitar a
deterioração e perdas, retirada para embarque, automatizada, mecânica ou
manual, contra pesagem e controle, manejo e carregamento, manual,
mecânico ou automatizado, emissão de conhecimento de embarque e anexos,
despacho do(s) veículo(s) para a operação de transporte

77
CROSSDOCKING ou CROSS-DOCKING (sistema de distribuição)

A competitividade empresarial acentuou a estratégia das empresas em


valorizar sua Logística na distribuição de produtos, utilizando entre outros, o
sistema de CROSSDOCKING , na qual a mercadoria recebida não é estocada, e
sim, imediatamente preparada para o carregamento da entrega, envolvendo
múltiplos fornecedores

Esta forma de distribuição tem a vantagem de reduzir o manuseio de materiais,


e a necessidade de guardar os produtos no armazém.

Existem também o sistema de TRANSIT POINT que utiliza um único


fornecedor, sem a necessidade de estoque e de fácil gerenciamento

78
4.2.4. Noções de operação em terminais e armazéns

Vamos primeiro compreender as diferenças entre Armazém e Terminal de


cargas

ARMAZÉM é um local onde podemos guardar os produtos que foram


fabricados ou que aguardam sua retirada pelos seus compradores.

O TERMINAL DE CARGAS nada mais é do que um amplo espaço, composto por


vários armazéns, com ótima infra-estrutura para operação de importação e
exportação de mercadorias

Em um armazém ou terminal, as mercadorias passam basicamente pelas


seguintes fases:

1) Agendamento - para evitar filas de caminhões e utilizar melhor os


recursos do armazém
2) Recebimento
3) Descarregamento, Inspeção e separação
4) Movimentação,
5) Picking (separação e preparação de pedidos)
6) Unitização ou Paletização
7) Carregamento,
8) Em alguns casos pode ser necessário: Embalar, montar Kits, Controle
de temperatura ou finalização de produtos
9) Despachar as mercadorias , também é conhecido por Shipping

ESTRUTURA de um ARMAZÉM precisa ter:

 Área suficiente para estacionamento e manobras dos veículos;


 Existência de dockboards;
 Área suficiente para paletizar ou contentorizar;
 Área suficiente para colocar artigos antes de despachar;
 Escritórios para guardar documentos e elaborar relatórios.

79
ENDEREÇOS ÚTEIS
Agência Nacional de Transporte Terrestres – ANTT www.antt.gov.br

Polícia Rodoviária Federal – PRF https://www.prf.gov.br/

Departamento nacional de infra-estrutura de transportes (DNIT)


www.dnit.gov.br

Departamento estadual de trânsito (DETRAN) www.detran.sp.gov.br/

Conselho nacional de trânsito (CONTRAN)


www.denatran.gov.br/contran.htm

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA


www.agricultura.gov.br/

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA www.portal.anvisa.gov.br

Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br

Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo: www.pfe.fazenda.sp.gov.br

Prefeitura Municipal de São Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br/

Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo


www.polmil.sp.gov.br/ccb/pagina3.html;

Departamento Nacional de Registro de Comércio - DNRC - Registro na Junta


Comercial dos Estados: www.dnrc.gov.br/

Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP: www.jucesp.sp.gov.br

Poupatempo - São Paulo: www.poupatempo.sp.gov.br;

Procon - São Paulo: www.procon.sp.gov.br/;

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