Aula 01 Energias Renovaveis Uninter
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AULA 1
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TEMA 1 – EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
1.1 Energia
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de transferir calor para outro. Um exemplo da aplicação é a pipoca
estourando com o calor transferido pela panela.
• Energia Cinética: energia que está relacionada com o movimento de
corpos, independentemente de qual seja. Um exemplo da aplicação desta
energia é um carro em movimento ou o vento que balança as árvores.
• Energia Elétrica: energia gerada pelo movimento de elétrons em um
átomo, presente em todos os materiais.
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fontes de energia que mais crescem no mundo, com baixíssimo impacto
na sua instalação e utilização.
• Fonte Eólica: utiliza a energia cinética dos ventos para geração de energia
mecânica e posterior conversão em energia elétrica. Esta fonte de energia
está sendo amplamente difundida, pois também apresenta baixo impacto
ambiental para sua instalação.
• Fonte Geotérmica: utiliza a energia térmica (calor) proveniente do centro
da Terra, sendo necessárias grandes perfurações no solo para a captação
e utilização. O grande risco que esse tipo de instalação apresenta é caso
essa retirada seja feita de maneira irregular, podendo causar grandes
danos ao planeta.
• Biomassa: utiliza a matéria orgânica, tanto de origem animal como
vegetal, para produção de energia, através da transformação química da
própria matéria ou de seus resíduos e rejeitos. É largamente utilizada no
Brasil em usinas termelétricas, substituindo combustíveis fósseis.
• Fonte oceânica: utiliza a energia cinética das marés ou das correntezas
marítimas ou a energia gravitacional das ondas do mar. Uma fonte de
energia que apresenta grande potencial, mas ainda está em
desenvolvimento.
• Fonte de Hidrogênio: reação química entre o hidrogênio ou metano
quando entra em contato com o oxigênio, resultando em energia elétrica
e água. Outra fonte de energia que ainda está em desenvolvimento.
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Na figura a seguir, são apresentadas as fontes de energias renováveis e
não renováveis descritas anteriormente.
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Consiste na relação entre a quantidade de energia empregada em uma
atividade e aquela disponibilizada para sua realização.
Vamos conferir a eficiência energética dos sistemas de geração de
energia e dos equipamentos que utilizamos no nosso cotidiano.
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A energia necessária para tais operações é considerada como entrada do
processo, que é parcialmente transformada em trabalho útil, enquanto o restante
é transformado em desperdício (geralmente calor).
Para uma máquina, ferramenta ou equipamento, tanto as características
intrínsecas quanto as condições de uso afetam sua eficiência energética.
Para orientar os consumidores na hora de comprar seus equipamentos, o
Selo Procel classifica os diferentes tipos de equipamentos elétricos com letras
variando de A a G (e eles também são indicados por cores que vão do verde ao
vermelho). Para melhor entendimento, A representa os mais eficientes, enquanto
G, os menos eficientes. O Selo Procel A é o mais indicado, porque significa que
aquele aparelho é um dos mais eficientes da categoria.
Cada equipamento é comparado com seus semelhantes, ou seja, a
eficiência energética de uma geladeira não é comparada com a de uma lâmpada.
Ao adquirir um eletrodoméstico com alta eficiência energética, você garante que
o equipamento vai consumir o mínimo de energia necessária para funcionar.
A seguir, podemos visualizar um exemplo de selo Procel e a explicação
de cada quadro que o compõem. Fique atento na hora de comprar.
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TEMA 2 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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Terra está passando por mudanças inconfundíveis no funcionamento de
processos-chave, como os ciclos da água, do nitrogênio e do carbono, dos quais
a vida depende.
As mudanças climáticas definem direta ou indiretamente as atividades
humanas que alteram a composição da atmosfera global. O clima está mudando,
mas a situação alarmante é que, nos últimos anos, a velocidade das mudanças
está aumentando, ameaçando cada vez mais a Terra.
O crescimento populacional e o uso de recursos naturais de maneira
insustentável serão uma barreira ao crescimento socioeconômico. O
crescimento populacional e as atividades econômicas devem estar dentro da
capacidade suportada pelo planeta. Evidências apontam que a humanidade está
avançando cada vez mais para uma situação insustentável. Estamos utilizando
os recursos mais rápido do que eles podem ser restaurados e liberando resíduos
e poluentes mais rápido do que a Terra pode absorver.
O uso contínuo de fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis
tornou-se uma preocupação global ao criar problemas, como esgotamento das
reservas de combustível fóssil, emissões de gases de efeito estufa,
preocupações ambientais, conflitos geopolíticos e militares e contínuas
flutuações nos preços dos combustíveis.
Isso pode nos levar a problemas ambientais e econômicos globais. As
ameaças aos recursos hídricos são patógenas, toxinas bioacumulativas
persistentes, misturas de contaminantes, descoberta de águas subterrâneas e
problemas de reutilização de águas residuais.
A mesma importância e urgência são aparentes para as outras questões
ambientais, como os recursos aéreos e terrestres. A integração da pesquisa e
da educação com a análise e gestão ambiental revelará as interações entre as
disciplinas relevantes. A ciência deve ser elaborada com opções de engenharia
e políticas para a tomada de decisões para prevenir e mitigar impactos
ambientais adversos.
A seguir, vemos uma ilustração com alguns exemplos de problemas
relacionados a emissão de gases poluentes, despejo de lixos e rejeitos na
natureza.
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Figura 4 – Poluição
Créditos: Greenpic.Studio/Shutterstock.
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progresso em direção a um espaço seguro, justo e sustentável para todos os
seres humanos prosperarem no planeta. Eles refletem os princípios morais de
que ninguém e nenhum país deve ser deixado para trás, e que todas as pessoas
e todos os países devem ser considerados como tendo uma responsabilidade
comum de desempenhar sua parte na concretização da visão global.
A eletricidade é vista como um dos principais elementos para o
desenvolvimento de um país e um dos principais requisitos de infraestrutura para
o desenvolvimento agrícola, industrial e socioeconômico.
O acesso à energia é um fator determinante para o desenvolvimento
sustentável e a erradicação da pobreza. A energia é crucial para alcançar os
objetivos de desenvolvimento sustentável, por meio da erradicação da pobreza,
saúde, educação, água e adaptação às mudanças climáticas.
É evidente, baseado em pesquisas científicas, que a substituição de
fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis, por fontes renováveis,
como bioenergia, energia solar, geotérmica, hidrelétrica, eólica e oceânica,
ajudaria gradualmente o mundo a alcançar a ideia de sustentabilidade.
Globalmente, cada governo, agência, partido e indivíduo anseia por
alcançar um futuro sustentável, substituindo fontes de energia baseadas em
combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis.
No entanto, um dos grandes desafios em relação ao uso de energias
renováveis são os instrumentos políticos e a burocracia de cada país, muitas
vezes retardando e afetando os custos das inovações tecnológicas.
Com a transferência de tecnologia para opções menos poluentes, as
emissões de CO2 podem ser reduzidas, permitindo o desenvolvimento
econômico e social. Para alcançar o desenvolvimento sustentável e uma maior
qualidade de vida para todas as pessoas, políticas adequadas podem ser
introduzidas para reduzir os padrões insustentáveis de produção e consumo.
O desenvolvimento sustentável é um conceito central para a nossa época.
É uma forma de compreender o mundo e um método para resolver problemas
globais.
A geração de energia de forma sustentável se molda em torno da
harmonia dinâmica entre a disponibilidade de bens e serviços com o uso
intensivo de energia para todas as pessoas e a preservação da Terra para as
gerações futuras.
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Existe uma relação direta entre as energias renováveis e o
desenvolvimento sustentável, com impacto no desenvolvimento humano e na
produtividade econômica. Também são importantes as questões referentes a
segurança energética, acesso à energia para superar as mudanças climáticas e
impactos na saúde.
Os projetos de desenvolvimento social devem considerar os aspectos
econômica e ecologicamente sustentáveis, seus impactos na biodiversidade, na
qualidade do ar e da água.
A utilização de fonte de energia renovável colabora continuamente com o
fornecimento de energia, o que dá uma ideia de segurança energética,
permitindo a interdependência do crescimento econômico e do consumo de
energia. É possível também reduzir as importações de energia, a vulnerabilidade
econômica, a volatilidade e oferece uma oportunidade para aumentar a
segurança.
Assim, chegamos ao desenvolvimento sustentável. Como uma busca
intelectual, o desenvolvimento sustentável tenta dar sentido às interações de três
sistemas complexos: a economia mundial, a sociedade global e o ambiente físico
da Terra.
O desenvolvimento sustentável significa proteger e conservar o meio
ambiente do planeta, promover a igualdade social e um grau de igualdade
econômica dentro e entre as nações, buscando tornar nosso mundo um lugar
melhor.
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Figura 5 – Desenvolvimento sustentável
Créditos: Metamorworks/Shutterstock.
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para criar uma força motriz, a qual poderia ser usada para bombear água para
fora dos poços das minas de carvão.
Poucos anos depois, James Watt percebeu que Newcomen havia, no
entanto, cometido alguns erros de projeto, fazendo com que o motor
desperdiçasse a maior parte de seu vapor. O modelo foi aprimorado e a mudança
de Watt melhorou radicalmente a potência, a eficiência e a relação custo-
benefício das máquinas a vapor. Então, ele adicionou eixos e engrenagens
rotativas e um novo mundo surgiu.
A energia química do carvão foi transformada em energia térmica e depois
convertida em energia mecânica. A máquina a vapor movia máquinas industriais
e locomotivas a vapor. De repente, o mundo precisava de pessoas que
entendessem os motores de combustão. Novos setores de educação, negócios
e empregos foram criados para apoiar essas novas tecnologias.
Do ponto de vista tecnológico, este foi o avanço mais importante da era
industrial e o gatilho tecnológico de muitos que se seguiram. Agora, era possível
aproveitar grandes quantidades de energia movida a carvão, de maneira
eficiente e econômica.
A máquina a vapor também possibilitou novas formas de transporte,
incluindo ferrovias e cargueiros oceânicos movidos a vapor. A energia muito
maior também permitiu uma escala muito maior de transformação industrial de
materiais do que nunca. No início, as máquinas começaram a substituir o
trabalho manual, a potência e a energia eólica e hidráulica.
A produção de aço disparou e isso, por sua vez, tornou possível a
expansão massiva de cidades, indústrias e infraestrutura de todos os tipos,
impulsionando a manufatura em grande escala.
Assim, a primeira revolução industrial surgiu. Foi um momento decisivo na
história da humanidade e, em pouco tempo, toda a civilização ocidental estava
entrincheirada nesta nova era industrial, movida a vapor e cercada por ideias
inovadoras.
A primeira revolução industrial (1760-1840) trouxe o advento da
mecanização, a qual levou à formação de uma nova estrutura econômica. Os
motores a vapor movidos a carvão provocaram revoluções no sistema de
produção e na rede de comunicação, como em teares manuais que foram
substituídos por teares mecânicos, e em ferrovias e barcos a vapor, permitindo
encurtar as distâncias.
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Com o surgimento de novas fontes de energia, como a eletricidade, o gás
e o petróleo, a segunda revolução industrial, instigada na metade do século 19
(1850) estendeu-se até a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Esta foi
essencialmente uma revolução tecnológica e conotada pela eletrificação dos
sistemas de manufatura, introduzindo as linhas de montagem e a produção em
massa.
Com o óleo, o motor de combustão interna se tornou a força da
industrialização moderna. Em sua forma mais simples, um motor de combustão
interna aproveita uma pequena explosão intensa para acionar um eixo ou
engrenagens, como as rodas de um carro ou uma turbina ou hélice. Uma
pequena quantidade de combustível de alta energia, como a gasolina, é
colocada em um espaço pequeno e fechado. Em seguida, o ar é misturado e a
mistura é inflamada, liberando energia na forma de gás em expansão. Esta
miniexplosão aplica força a uma parte do motor, geralmente a pistões, lâminas
de turbina ou um bico. Essa força empurra a peça do motor, convertendo energia
química em energia mecânica útil.
A fabricação e os empregos aumentaram à medida que a linha de
montagem tornou possível a produção em massa de bens e produtos. Em termos
gerais, a população mundial cresceu de maneira nunca antes vista. Com essa
expansão, vieram cada vez mais produtos e, consequentemente, aumento da
dependência de combustíveis fósseis.
A comercialização de combustíveis fósseis abriu o mundo para as
maravilhas do veículo de transporte pessoal. No início, os combustíveis fósseis
permitiram a transição de uma sociedade agrária para uma urbana, fornecendo
uma maneira de produzir eletricidade. Mas, quando usados para alimentar um
carro, os combustíveis fósseis permitiram que os trabalhadores urbanos
deixassem seus apartamentos na cidade e se instalassem nos subúrbios. Isso
levou à necessidade de construir rodovias e construir conjuntos habitacionais.
Por mais de 100 anos, as descobertas de petróleo e gás fizeram fortunas
para aqueles otimistas e inteligentes o suficiente para entender a geologia da
Terra e explorá-la ou, no caso do Oriente Médio, sortudos o suficiente para viver
no topo de um enorme depósito de hidrocarbonetos.
A terceira revolução industrial se iniciou no mundo pós-Segunda Guerra
Mundial, na década de 60, com o início da geração de energia nuclear, o
desenvolvimento prodigioso em eletrônica, telecomunicações e tecnologia de
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computação, especialmente controladores lógicos programáveis e robôs,
levando à automação do sistema de produção.
Uma série de tecnologias notáveis foram surgindo, como softwares
inteligente, novos materiais, robôs mais hábeis, novos processos (impressão 3D)
e uma ampla gama de serviços baseados na internet.
Costumeiramente chamada de revolução digital ou do computador, foi
impulsionada pelo desenvolvimento dos semicondutores, da computação em
mainframe (década de 1960), da computação pessoal (década de 1970 e 1980)
e da internet (década de 1990).
Agora, muitos estudiosos estão anunciando que uma quarta revolução
industrial está se iniciando, também denominada de Indústria 4.0, caracterizada
por uma fusão de tecnologias que está confundindo os limites entre as esferas
física, digital e biológica. Envolve a proliferação do uso de computadores, a
automação industrial, robotização, Internet das Coisas e conectividade.
As tecnologias digitais, fundamentadas no computador, software e redes,
não são novas, mas estão causando rupturas à terceira revolução industrial, visto
que estão se tornando mais sofisticadas e integradas e, consequentemente,
transformando a sociedade e a economia global.
A quarta revolução industrial, no entanto, não diz respeito apenas a
sistemas e máquinas inteligentes e conectadas. Seu escopo é muito mais amplo.
Ondas de novas descobertas ocorrem simultaneamente em áreas que vão
desde o sequenciamento genético até a nanotecnologia, das energias
renováveis à computação quântica. O que torna a quarta revolução industrial
fundamentalmente diferente das anteriores é a fusão dessas tecnologias e a
interação entre os domínios físicos, digitas e biológicos.
A seguir vemos uma ilustração do avanço das tecnologias.
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Créditos: Elenabsl/Shutterstock.
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O declínio dos recursos naturais e dos combustíveis fósseis, aliado ao
aumento das mudanças climáticas, além do crescimento populacional cada vez
mais acelerado, estão nos empurrando para mais perto da catástrofe ambiental.
Se as políticas globais de energia não mudarem, as tensões políticas e sociais
aumentarão sobre os suprimentos e a localização dos combustíveis fósseis à
medida que se tornam mais escassos e caros.
O declínio das reservas de combustíveis fósseis e o aumento das
mudanças climáticas acentuarão as dificuldades em alimentar a crescente
população mundial. A saída é incentivar a revolução industrial verde e sua
promessa de comunidades sustentáveis, energia renovável e distribuída e redes
inteligentes.
A geração de energia renovável é a base para uma comunidade
sustentável. Basicamente, a energia renovável é uma fonte de energia que não
é baseada no carbono e não se esgotará.
Os sistemas de geração de energia mais comuns são a partir do vento,
do sol ou da água. No entanto, esses sistemas de energia renovável são
intermitentes e seria interessante de serem utilizados em conjunto com sistemas
de armazenamento. A integração desses sistemas é um componente-chave para
comunidades sustentáveis.
Outros sistemas renováveis usam processos digestivos que podem
converter resíduos em biomassa, já outros sistemas podem reciclar resíduos
para geração de combustível. Ainda há outras fontes renováveis, como os
sistemas geotérmicos, usinas a fio d'água, que incluem pequenas turbinas
hidrelétricas para gerar eletricidade e não envolvem a criação de represas.
Outros sistemas podem converter bactérias e algas em energia.
Em conteúdos posteriores, vamos aprofundar mais os conceitos de alguns
desses exemplos apresentados.
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disso, o fornecimento de energia renovável pode influenciar o crescimento
socioeconômico e ajudar na preservação do meio ambiente.
A partir do momento em que uma sociedade foi além da agricultura como
base de sua economia, se apoiando fortemente no setor industrial, exigiu uma
mudança fundamental de conhecimento e tecnologia. Assim como a vida
depende das interações complexas de muitos componentes de uma célula viva,
também a vida de uma economia moderna requer as interações de muitas
partes.
Novas tecnologias, como a máquina a vapor, fiação e tecelagem
mecanizadas e a produção de aço em grande escala, eram certamente vitais.
Contudo, também eram necessárias muitas interconexões econômicas
complexas.
As áreas rurais precisavam de maior produtividade alimentar, visando
produzir um excedente que pudesse ser destinado à força de trabalho industrial
(que obviamente não estava mais cultivando seus próprios alimentos). O
transporte era necessário para levar alimentos das fazendas para as cidades
industriais, e bens industriais, como roupas de cama e roupas, das fábricas para
o campo.
Novos portos e embarques globais transportavam produtos
manufaturados para o exterior como exportações, para serem comercializados
pelas commodities primárias necessárias à produção industrial. Assim, um
sistema de abastecimento mundial começou a se estabelecer.
Todas essas transações cada vez mais complexas exigiam mercados,
seguros, finanças, direitos de propriedade e outros softwares e hardwares de
uma economia moderna baseada no mercado.
Em resposta à crise climática, os acordos globais se concentraram na
redução das emissões de CO2, de modo a conter o aumento da temperatura e
as mudanças climáticas antropogênicas. Um pilar central desses esforços gira
em torno de revolucionar o setor de energia e avançar em direção a uma
economia de baixo carbono.
Assim, abre-se o caminho para um futuro com energia de baixo carbono.
As mudanças recentes no setor de energia e suas consequências para o
crescimento econômico e o combate às mudanças climáticas foram notáveis.
Avanços na tecnologia não convencional de extração de petróleo e gás
natural reverteram o declínio de décadas em sua produção. O progresso
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tecnológico contínuo em energia eólica, solar e biocombustíveis, bem como
políticas de inovação e implantação nos níveis local, estadual e federal, causou
um avanço igualmente dramático no uso de energias renováveis.
A composição das fontes de energia está começando a se alterar. O
petróleo e o carvão estão sendo substituídos pelo uso crescente de gás natural
e renováveis, que são fontes mais limpas com menores, ou mesmo zero,
emissões de carbono.
No ano de 2014, as fontes de energia renováveis representaram metade
da nova capacidade instalada e as unidades de gás natural representaram a
maior parte do restante. Esses desenvolvimentos contribuíram para uma queda
dramática do preço do petróleo em meio a tensões geopolíticas que, de outra
forma, poderiam ter causado o aumento dos preços do petróleo.
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caseira (fiação e tecelagem) para a indústria moderna e, agora, para uma
economia industrial e de serviços de alta tecnologia e conhecimento intensivo.
Foi apenas nesse período moderno de cerca de 250 anos que as enormes
diferenças de renda entre ricos e pobres se iniciaram.
A energia renovável é a solução para os crescentes desafios energéticos
dos países em desenvolvimento. A forte dependência de combustíveis fósseis
importados, juntamente com a crescente demanda por eletricidade e o declínio
no fornecimento de combustível de madeira, exigem fontes alternativas de
energia.
De acordo com alguns relatórios internacionais, em todo o mundo,
existem cerca de 11,5 milhões de trabalhadores do setor sustentável, meio
milhão a mais em comparação com 2018. Essas profissões estão concentradas
predominantemente na China, nos Estados Unidos e na União Europeia, com
prevalência no setor de energia renovável.
O paradigma energético atual nos faz associar o uso da energia com a
destruição do nosso planeta. Isso porque queimamos combustíveis fósseis em
troca de acesso a serviços de energia baratos e abundantes. No entanto, se
quisermos enfrentar a crise climática, a energia continuará a ser um
componente-chave tanto na implementação das estratégias de adaptação e
mitigação necessárias para enfrentar a atual crise climática quanto na
prosperidade contínua de nossa sociedade. A energia é a razão de nossos
problemas e o instrumento para resolvê-los.
A economia por trás da transição é sólida e, juntamente com outras forças
dinâmicas de mudança, há uma esperança recém-descoberta em um futuro de
energia limpa.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. PROCEL
SELO: Eficiência Energética em Equipamentos, 2021. Disponível em:
<http://www.procelinfo.com.br/data/Pages/LUMIS623FE2A5ITEMIDF05F4A2E1
4D84958AAEE698B55F104EAPTBRIE.htm>. Acesso em: 18 out. 2021.
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