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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

MARCOS VINÍCIUS ALMEIDA DOS SANTOS

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA EM IDOSOS

JOÃO PESSOA/PB
2017
MARCOS VINÍCIUS ALMEIDA DOS SANTOS

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA EM IDOSOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Departamento de
Nutrição da Universidade Federal da
Paraíba, como requisito obrigatório
para obtenção do título de Bacharel em
Nutrição.

Orientador: Prof. Dr. Roberto Teixeira Lima

JOÃO PESSOA/PB
2017
S237e Santos,Marcos Vinícius Almeida dos.

Efeitos da suplementação de creatina em idosos/ Marcos


Vinícius Almeida dos Santos; -- João Pessoa, 2017.
29f.
Orientador: Roberto Teixeira Lima.

Monografia (Graduação) – UFPB/CCS

1) Creatina; 2) Suplementação; 3) Saúde do idoso

BS/CCS/UFPB CDU: 612.398.192


(043.2)
MARCOS VINÍCIUS ALMEIDA DOS SANTOS

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA EM IDOSOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Departamento de
Nutrição da Universidade Federal da
Paraíba, como requisito obrigatório para
obtenção do título de Bacharel em
Nutrição.

Aprovado em:_____/______/_______

Banca Examinadora

Prof. Dr. Roberto Teixeira Lima


(Membro/Orientador)

Prof.ª MS. Ilka Maria Lima de Araújo


Departamento de Nutrição/UFPB
(Membro/Avaliador)

Evelyne de Lourdes Neves de Oliveira


(Membro/Avaliador)

JOÃO PESSOA/PB
2017
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde е força para superar as dificuldades.


Agradeço а minha mãe Rosemary, heroína, qυе mе dеυ apoio, incentivo nas
horas difíceis, de desânimo е cansaço.
Ao mеυ pai (in memoriam) qυе apesar de todas as dificuldades, mе fortaleceu
е incentivou a vencer todos os desafios.
A minha esposa Janaíne, pelo amor, incentivo е apoio incondicional.
A minha irmã Renata, por seu apoio em todos os momentos.
Ao Prof. Dr. Roberto Teixeira Lima pela oportunidade е apoio na elaboração
deste trabalho.
A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte da minha formação, о mеυ
muito obrigado.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;

FDA – Us Food And Drog Administration;

ACSM – American College Of Sports Medicine;

PTP – Association Of Professional Team Physicians;

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária;

BCCA _ Branched-Chain Amino Acids;

HMB -- Ácido Beta-Hidroxi-Beta-Metilbutírico;

TCM – Triglicerídeos de Cadeia Média;

SBME -- Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte;

SBGG -- Sociedade de Geriatria e Gerontologia.


RESUMO

O envelhecimento populacional é um fato na sociedade moderna devido a


urbanização e os avanços tecnológicos que possibilitaram o aumento da
expectativa de vida da população. Assim, os idosos passaram a ser um grupo
etário expressivo na organização familiar, o que faz surgir o interesse de
estudos deste contingente com o intuito de melhorar sua qualidade de vida.
Nesse sentido, o presente estudo tem por objetivo estudar os benefícios da
suplementação de creatina em idosos. Trata-se de uma revisão da literatura
nacional e internacionais da última década. O estudo foi realizado utilizando as
bases científicas: Scientific Electronic Library Online, Public Medline, Google
Acadêmico e da Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, identificando artigos
sobre o tema referenciados em seus trabalhos. Como resultado foi observado
que a melhora de massa corporal, massa magra, além do equilibrio e massa
ossea, indicando a segurança da suplementação de creatina para idosos,
trazendo beneficios à sua qualidade de vida e autonomia funcional. Além do
que os estudos também evidenciam a necessidade dessa suplementação
aliada à prática regular de atividade física. Portanto, conclui-se que a
suplementação de creatina em idosos, aliada a prática regular de atividade
física, traz benefícios a sua qualidade de vida.

Palavras-chaves. 1) Creatina; 2) Suplementação; 3) Saúde do idoso;


ABSTRACT

Population aging is a fact in modern society due to urbanization and the


technological advances that have made possible the increase of life expectancy
of the population. Thus, the elderly have become an expressive age group in
the family organization, which gives rise to the interest of studies of this
contingent with the aim of improving their quality of life. In this sense, the
present study aims to study the benefits of creatine supplementation in the
elderly. This is a review of the national and international literature of the last
decade. The study was conducted using the scientific bases: Scientific
Electronic Library Online, Public Medline, Google Academic and the Brazilian
Journal of Sports Nutrition, identifying articles on the subject referenced in their
work. As a result it was observed that the improvement of body mass, lean
mass, besides balance and bone mass, indicating the safety of creatine
supplementation for the elderly, bringing benefits to their quality of life and
functional autonomy. In addition, the studies also show the need for this
supplementation, coupled with the regular practice of physical activity.
Therefore, it is concluded that the supplementation of creatine in the elderly,
together with the regular practice of physical activity, brings benefits to their
quality of life.

Keywords. 1) Creatine; 2) Supplementation; 3) Health of the elderly;


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 08
2. OBJETIVOS ....................................................................................... 09
2.1 Objetivo Geral...................................................................................... 09
2.2 Objetivos Especifícos........................................................................... 09
3. METODOLOGIA.................................................................................. 10
4. DESENVOLVIMENTO......................................................................... 11
4.1 Considerações sobre o envelhecimento.............................................. 11
4.2 Considerações sobre a creatina 14
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................ 17
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................ 25
7. REFERÊNCIAS................................................................................... 26
8

1. INTRODUÇÃO:

Na sociedade moderna, a globalização e os avanços tecnológicos


influenciaram uma melhora não só da qualidade de vida, como da expectativa de
vida da população, aliado ao fato da diminuição da taxa de natalidade sobretudo nos
países desenvolvidos e em desenvolvimento. O que gera um aumento na população
idosa mundial.

Esse aumento, tem uma série de repercussões nas estruturas familiares e nos
gastos públicos com saúde, uma vez que este grupo está mais propenso a doenças
e acidentes que prejudicam no todo ou em parte sua autonomia. Diante deste
quadro, se faz necessário estudos para melhor compreender essa dinâmica. Um
aspecto que se destaca na saúde do idoso é a alimentação seja ela institucional ou
no âmbito individual/familiar, impactando na qualidade de vida desses indivíduos.

Sobre esse aspecto, o mercado disponibiliza compostos alimentares e


suplementos sobre a perspectiva da melhora da vida saudável. Diante disso cresce
o interesse em estudar quais os efeitos proporcionados por esses suplementos a
população idosa. Devido a infinidade da variedade, foi escolhido um em especial, a
creatina. Suplemento este, rodeado de pesquisas sobre sua eficiência e sobretudo e
seus efeitos danos em especial aos rins. Fato este controverso e em análise. Esta foi
minha motivação para o estudo e elaboração do meu Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC).

O presente estudo tem por objetivo analisar a literatura especializada sobre o


tema suplementação de creatina em idosos, de modo a contribui para a formação de
opinião crítica sobre o tema.
9

2. OBJETIVOS:

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar o uso da suplementação de creatina na dieta de idosos e seus


efeitos no quadro geral de saúde.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar os efeitos da suplementação na qualidade de vida do idoso;

Verificar o posicionamento atual da literatura sobre a suplementação de


creatina em idosos;

Analisar o impacto da suplementação de creatina nas condições físicas em


idosos.
10

3. METODOLOGIA:

Este estudo foi realizado com base em revisão bibliográfica de artigos


científicos nacionais e internacionais. Foram selecionados artigos publicados nos
últimos 10 (dez) anos.

Os meios utilizados para o levantamento foram as bases de dados: Scientific


Electronic Library Online, Public Medline, Google Acadêmico e a Revista Brasileira
de Nutrição Esportiva. Os seguintes termos de pesquisa (palavras-chaves) foram
utilizados em várias combinações: 1) Creatina; 2) Suplementação de nutrientes; 3)
saúde do idoso.
11

4. DESENVOLVIMENTO:

4.1 Considerações sobre o envelhecimento

O envelhecer é um processo gradual, universal e irreversível, provocando um


conjunto de modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, o
qual pode determinar a perda progressiva da capacidade funcional do indivíduo e
dificultar a adaptação ao meio ambiente. Envolve assim um somatório de fatores,
sociais, psíquicos e ambientais (CARVALHO, 2012).

Em 2010 era estimada a população de idosos, com idade igual ou superior a


65 anos, aproximadamente 524 milhões de pessoas, o que equivalia a 8% da
população mundial. Em 2050 esta estimativa passa de 1,5 bilhão de pessoas,
representando 16% da população mundial. Neste intervalo o crescimento
populacional será de 250% nos países menos desenvolvidos e 71% em países
desenvolvidos (PINTO, 2015).

No ano de 2014, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


anunciou que, no Brasil, a população idosa quadruplicará até 2060, representando
26,7% da população total (PINTO, 2015). Nesta mesma linha, já em 2030 estima-se
que o Brasil terá a sexta população mundial em número absoluto de idosos
(NÓBREGA et al., 1999).

O início do envelhecimento é de difícil demarcação variando de acordo com o


nível social e econômico dos países. Em países desenvolvidos a idade é de 65 anos
e em países em desenvolvimento e de 60 anos.

Para Pinto (2015) o envelhecimento é conceituado como:

“um processo dinâmico e progressivo, no qual há


alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas que
modificam progressivamente o organismo,
comprometendo a capacidade de resposta do indivíduo
e tornando-o mais suscetível às agressões intrínsecas
(dificuldade na manutenção da homeostase) e
extrínsecas (estresse ambiental), as quais terminam
por leva-lo à morte”. (PINTO, 2015, Pag.11).
12

Nesse sentido a população idosa se constitui um grupo etário que necessita


de cuidados peculiares no tocante a atenção a saúde e a assistência hospitalar,
diante as dificuldades enfrentadas (BERRAL, 2008).

O envelhecimento tem como características a diminuição das funções de


órgãos primordiais. Considera-se que a partir dos 30 anos de idade, há a perda de
1% da função orgânica. Sendo o sistema musculoesquelético o principal afetado, e
este afeta diretamente a qualidade de vida na fase de senilidade (PINTO, 2015). No
sistema muscular, o envelhecimento ainda causa desnervação seletiva das fibras
musculares, que é diretamente afetada por uma diminuição da quantidade de
atividade física.

Logo, o envelhecimento submete o organismo a modificações anatômicas e


funcionais, com repercussões na saúde em geral do indivíduo e particularmente em
seu estado nutricional (BORREGO, 2012).

Agravos ligados ao processo do envelhecimento geram um grande impacto


na economia dos países devido ao alto custo das intervenções. (NÓBREGA e col.,
1999).

E estima-se que em 2020 ocorrerá um aumento de 84 a 167% no número de


idosos com incapacidade moderada ou grave. O que poderia ser bastante diminuída
com estratégias de prevenção, como a prática da atividade física regular e de
programas de reabilitação, promovendo a melhora funcional e prevenindo o
aparecimento de eventos danosos aos idosos (NÓBREGA e col., 1999).

Na busca pela promoção da saúde em idosos pela prática de medidas


preventivas como a atividade física, Nóbrega (1999) apud Melo (2016), afirma que a
capacidade de adaptação ao exercício no idoso não difere da capacidade de um
indivíduo jovem-adulto. Ao que indica a oportunidade de resgatar esse tipo de
prática recentemente observa-se um crescente aumento de pessoas idosas ativas
vem sendo observado nas academias do Brasil.

Nesse sentido, Fechine e Trompieri (2012) afirmam que por volta dos 30 anos
é atingido o pico de força de contração muscular, vindo a diminuir posteriormente.
Dentre as possíveis causas da força reduzida está relacionada a perca de 40 a 50%
13

na massa muscular em razão da atrofia das fibras musculares entre 25 e 80 anos de


idade, que atingem até mesmo entre adultos sadios fisicamente ativos.

Destaca-se que esta perda é de aproximadamente, 8% por década até os 70


anos de idade e a partir desta aumenta para 15%. Bem alinhado a esta ideia é de
frisar que depois dos 30 anos já ocorre uma redução contínua da força de contração
muscular, que atinge 15% de redução na sexta década de vida e 30% ou mais na
oitava década de vida (FAULKNER et al., 2007 apud PINTO, 2015).

No idoso essas perdas geram uma série de alterações funcionais e orgânicas


que se relacionam diretamente com limitação da mobilidade e o seu estado de
aptidão. O que por si só eleva o risco de acidentes em razão da fraqueza muscular,
fadiga e equilíbrio corporal precário. Neste grupo etário é um aspecto determinante
na morbidade e mortalidade (ARAÚJO; BERTOLINI; JUNIOR, 2014).

Essa perda de massa muscular relacionada a outros fatores foi denominada


de Sarcopenia que Cruz-Jentoft, e al. 2010 apud Pinto (2015) definiu como: “a
diminuição de massa muscular, associada à diminuição de força muscular ou
redução do desempenho físico, relacionadas à idade”.

Sua prevalência está na ordem de 5% a 13% para indivíduos de 60 a 70 anos


de idade, aumentando para 11% a 50% em indivíduos idade superior a 80 anos
(MORLEY, 2008).

Além da sarcopenia, o envelhecimento está relacionado com a perda de


massa óssea que afeta a agilidade e o equilíbrio corporal, aumentando o risco de
quedas, lesões e fraturas. Sobre esse aspecto ressalta-se que a taxa de
mortalidade de idosos após o primeiro ano de uma fratura é de 15 a 20% e a perda
de massa óssea ocorre a uma taxa de, aproximadamente, 0,5% ao ano após os 40
anos de idade (CANDOW; CHILIBECK, 2010).

De modo particular quanto aos aspectos alimentares e nutricionais, esse


grupo merece uma maior atenção uma vez que os idosos constituem um grupo
vulnerável a carências de macro e micronutrientes. Pois na maioria das vezes
possuem dificuldades na manutenção de um consumo alimentar adequado seja por
motivos financeiros ou por perca da vontade de comer e ingerir líquidos.
14

Além destas mudanças, situações como sobrepeso, obesidade e o baixo-


peso são indicadores para o diagnóstico de diferentes patologias que se relacionam
com importante aumento no risco de morbi-mortalidade na população idosa.

Desta forma, Borrego (2013) recomenda que a complementação alimentar é


um meio válido e eficaz para recuperar e manter a nutrição em idosos. De tal forma
a contribuir para a manutenção do estado nutricional adequado, uma vez garantida o
consumo das necessidades diárias dos macros nutrientes. Dentre os suplementos
nutricionais, destaca-se creatina, que nos últimos anos vem sem alvo de vários
estudos.

4.2 Considerações sobre a creatina

A creatina foi descoberta em 1832, pelo pesquisador francês Michel Eugene


Chevreul. Porém só após a descoberta de outras substâncias é que a creatina
passou a ser estudada como forma de suplementação pelo Prof. Roger Harris e sua
equipe, quando demonstraram que a creatina podia aumentar suas concentrações
intramusculares (CHEVREUL, 1832; EGGLETON; EGGLETON, 1927; FISKE;
SUBBAROW, 1927; HARRIS; SODERLUND; HULTMAN, 1992).

A Creatina (ácido α-metil guanidino acético) é uma amina de ocorrência


natural encontrada primariamente no músculo esquelético e sintetizada
endogenamente pelo fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina e
arginina. Da mesma forma pode ser obtidas pela alimentação, principalmente pelo
consumo de carne vermelha e de peixes.

A sua produção endógena (1g/dia) somada à obtida na dieta (1g/dia para uma
dieta onívora) se iguala a taxa de degradação espontânea da Creatina e
Fosfocreatina, formando Creatinina, por reação não enzimática. A Creatina é
encontrada no corpo humano nas formas livre (60 a 70%) e fosforilada (30 a 40%).
Cerca de 95% é armazenada no músculo esquelético, e o restante situa-se no
coração, músculos lisos, cérebro e testículos (GUALANO, 2007).

A concentração normal de Creatina no músculo esquelético é de 120g,


atuando como importante fonte de energia, durante o início do sistema bioenergético
15

no exercício de alta intensidade e curta duração como, por exemplo, os treinamentos


de força, (MELO, 2016).

A Creatina e excretada espontaneamente pelos rins a uma taxa de,


aproximadamente, dois gramas por dia. Também foi observado que a Creatina
consumida oralmente é absorvida intacta pelo epitélio intestinal, assim entra na
circulação sem sofrer ação da secreção ácida gastrintestinal durante o processo
digestivo e daí ela é transportada pela corrente sanguínea para diversos tecidos.

Em estudos de Green et al. (1996a) e de Green et al. (1996b) inferem que a


retenção de Creatina no corpo é maior quando grandes quantidades de carboidratos
de alto índice glicêmico é consumido em conjunto. Essa maior retenção pode ocorrer
devido ao aumento da concentração de insulina no plasma.

Da mesma forma que o carboidrato tem um papel importante no fornecimento


de energia de forma rápida para o corpo e músculos, juntamente com a
suplementação de Creatina para indivíduos jovens e idosos é capaz de aumentar o
conteúdo intramuscular de creatina e fosforilcreatina (PINTO,2015).

Contudo, atualmente, os efeitos ergo gênicos da suplementação de Creatina


em atividades intermitentes de alta intensidade e curta duração são bem
documentados. Aliado a isto, estudos recentes vêm demonstrando que a
suplementação de Creatina pode ser benéfica em certos acometimentos
neuromusculares, doenças crônico-degenerativas e tolerância a glicose. Em
contrapartida, as dúvidas acerca dos efeitos adversos dessa substância são
inúmeras, sobretudo no que tange a função renal (GUALANO, 2007).

Neste sentido surgem é que surgem choques doutrinários uma vez que
importantes 45entidades como a US Food and Drog Administration (FDA), a
Association of Professional Team Physicians (PTP) e o American College of Sports
Medicine (ACSM) que apresentam estudos que atestam a segurança da
suplementação da Creatina em curto prazo. Mesmo colocando em ressalva a
necessidade de estudos a longo prazo (GUALANO, 2007).

Nessa situação de discenso sobre o seu uso Gualano (2007) afirma que,
alguns países, como a Franca, proíbem a venda da Creatina. No Brasil, a Agencia
16

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da Portaria nº. 222 (24 de
Março de 1998), que discorre sobre as normas técnicas referentes a alimentos para
praticantes de atividade física, não contempla a Creatina.

Os especialistas defendem que diante das controvérsias é importante que se


estabeleça a segurança da creatina nas mais diversas situações fisiopatológicas,
ressaltando aquelas em que o consumo seja livre de riscos. Para tanto faz-se
necessários estudos mais abrangentes sobre a segurança da utilização de Creatina
em populações, particularmente em idosos (GUALANO, 2007).
17

5 . RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Utilizando o descritor “idoso” foram encontrados 3.000 publicações. Este


número demonstra a relevância desse tema de estudo. Ao fazer a associação dos
descritores “idoso” + “suplementação” foram encontrados 200 artigos. Tendo em
vista o interesse em estudar o uso de Creatina, foram encontrados 50 artigos.
Considerando o ponto de corte do tempo de publicação dos estudos e ainda alguns
aspectos de acesso ao conteúdo original, restou um total de 13 artigos úteis.
Após a seleção pelos critérios previamente definidos, foram analisados os
achados desses artigos, conforme descritos no quadro A, abaixo:

Quadro A: efeitos da suplementação de creatina em idosos, João Pessoa, 2017.

Autores Regime de Avaliação da Doenças Melhora


suplementação função muscular pré- com uso da
existente? creatina?

(Rawson et 20g/dia (10 dias) Fadiga Muscular Não Sim


al., 1999). 4g/dia (20 dias)
Huso et al. 20g/dia (4 dias) Massa Corporal e Massa Não Sim
(2002) 2 g/dia (17 dias) magra
Candow et 0,1g/kg/dia de creatina massa corporal e Não Sim
al. (2008) e 0,3g/kg/dia de espessura muscular
proteína soro do leite
Michael e - Melhora na massa magra, - Sim
Rawson composição corporal e
(2010) atividade diárias
Barrego 31,5g/dia IMC Não Sim
(2013) (Complemento Informado
alimentar)
Alves et 20g/dia Não afetou a peroxidação - Não
al.(2014) lipídica nas mulheres
idosas
Pinto (2015) 5g/dia IMC e Massa Magra Sim⃰ Sim
Candow, et 0,1g/kg/dia Tecido magro e força Não Sim
al. (2015) muscular
Melo (2016) 3g/dia Massa livre Não Sim
Vieira (2016) 0,3g/kg/dia Dados Antropométricos e Não Não
Dobras Cutâneas
Becker - Revisão Não Sim
(2016)
Johannsmey 1g/kg/dia + 1g/g/dia de massa muscular, força Não Sim
er, (2016) Partaltodextrina muscular, resistência
muscular e tarefas de
funcionalidade.
Araújo et al. 0,8 a 1,2 g/ptn/kg/dia Melhora a qualidade de Não Sim
(2016) vida e a musculatura
18

No estudo de Rawson et al. (1999) buscou-se avaliar quais os efeitos da


suplementação de Creatina na composição de força, força de cotovelo e fadiga nos
extensores de joelho. Para tal envolveu 20 indivíduos masculino com idades entre
60 e 82 anos, divididos em dois grupos de duplo cego em diferentes gradientes de
dosagem e tempo onde ingeriam 20 g de Creatina dia durante 10 dias, seguido por 4
g de Creatina, respectivamente, nos outros 20 dias. Concluíram que não houve
mudanças significativas na massa corporal, densidade corporal ou gordura. Contudo
apresentou resultados positivos sobre a fadiga muscular. Eles sugerem que a
suplementação de Creatina pode ter um efeito benéfico reduzindo a fadiga muscular
em homens com mais de 60 anos de idade, mas não na composição corporal ou
força, levando-se em consideração o prazo de 30 dias (RAWSON et al., 1999).
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e a Sociedade de
Geriatria e Gerontologia (SBGG), no estudo organizado por Nóbrega (1999),
recomenda que:
1 – a atividade física regular para a melhora da qualidade e expectativa de
vida do idoso;
2- que um programa de atividade física para o idoso deve ser precedido de
uma avaliação médica e abranger todos os componentes da aptidão física;
3 - e que o governo, as instituições médicas e as entidades não
governamentais, bem como a mídia devem divulgar o conceito de que a atividade
física e o papel fundamental para a promoção da saúde do idoso, bem como
desenvolver ações objetivas e concretas de forma a viabilizar a prática regular de
atividade física orientada nessa faixa etária (NOBREGA, 1999).
Já Huso et al. (2002) em seu estudo buscaram saber qual a influência da
suplementação de Creatina em repouso, por meio de um estudo duplo cego. O
estudo durou 12 semanas de treinamento de musculação com suplementação de
Creatina da seguinte forma: 20g/dia durante 4 dias, depois 2g/dia para 17 dias, em
dois ensaios. Os participantes foram orientados a manter sua dieta normal,
reduzindo apenas o consumo de cafeína, foram também realizados durante o ensaio
recordatórios de 24 horas, para saber o consumo alimentar geral.
Os resultados demonstraram um aumento significativo da massa corporal e
massa magra. Também observou que a Creatina pode inibir a perda normal de
gordura que ocorre em homens saudáveis com um programa de treinamento de
força, confirmando a hipótese de que a suplementação de Creatina teria como
19

resultado uma mudança na sua utilização em repouso isso levaria a maior oxidação
de carboidratos e menos oxidação de gordura (HUSO et al., 2002).
O estudo de Candow et al. (2008), teve como objetivo investigar se a
suplementação de Creatina em baixa dosagem durante exercícios de resistência era
eficaz para melhorar a força e a massa muscular em idosos, sem produzir
metabolitos citotóxicos. Foram selecionados 40 homens sem problemas de saúde,
que nunca haviam suplementado creatina, com idades entre 59 e 77 anos, que
preencheram uma avaliação e foram orientados sob os riscos e os motivos do
estudo. Após foram escolhidos aleatoriamente os grupos suplementado e placebo. A
dose de creatina foi de 1g/kg/dia por ser mais eficaz quando combinada com outras
proteínas, suplementada em 3g/kg/dia, pois é uma quantidade indicada para
aumentar a massa magra durante o treinamento. A creatina só era usada em dias de
treinamento (CANDOW et al.,2008).
Concluíram que a suplementação de Creatina em idosos em programa de
treinamento resistido, apresentou efeitos benéficos na massa corporal e espessura
muscular, e a que a adição de outras proteínas à Creatina aumentou ainda mais
massa muscular. Observou também que Creatina parece apresentar propriedades
anticabólicas em músculos e ossos de idosos durante o treinamento sem formar
formaldeído (CANDOW et al.,2008).
Estudo de Michael e Rawson (2010) envolveu uma série de artigos, os quais
em sua maioria posicionou pelos benefícios da suplementação de creatina e outros
contrários, os quais segundo o autor apresentaram algumas falhas de metodologia.
Mesmo assim afirmam que existem evidências para apoiar a suplementação de
Creatina em idosos, já que a maioria dos achados demonstra os benefícios na
função muscular e na composição corporal dos idosos, melhorando sua qualidade
de vida e desempenho das funções diárias.
Esses autores declaram que:
“Atualmente, a suplementação de Creatina representa
a única intervenção nutricional que pode melhorar a
função muscular e cognitiva, é barato, prontamente
disponível, e, além de existir uma grande quantidade
de pesquisas sobre sua eficácia, e tem dados que
demonstram um excelente perfil de segurança. “
(MICHAEL E RAWSON, 2010, pag.10)

Já Borrego (2013) em seu estudo buscou verificar o efeito da utilização de


complemento alimentar na população idosa atendida em um ambulatório na cidade
20

de São Paulo/SP. Para autor, dentre as mudanças fisiológicas que interferem no


estado nutricional do idoso, destacam-se: diminuição do metabolismo basal,
redistribuição da massa corporal, alterações no funcionamento digestivo, alterações
na percepção sensorial e diminuição da sensibilidade à sede. O que é de se
salientar que exceto a diminuição do metabolismo basal e a redistribuição da massa
corporal as demais modificações podem ser moduladas com o consumo alimentar.
Foi verificado que a utilização de complemento alimentar teve resultados
positivos no ganho de peso dos idosos. Este achado abriu margem ao
questionamento do incentivo a pesquisa e a programas de complementação
alimentar e acompanhamento nutricional de idosos no Brasil, dada a escassez dessa
abordagem sobre esse tema, o que justifica o desenvolvimento de mais estudos de
intervenção alimentar (BORREGO, 2013).
Em pesquisa realizada por Alves; Merege-Filho; (2014) de estudo clínico,
randomizado, duplo-cego e controlado com objetivo de avaliar o efeito da
suplementação de Creatina associada ou não ao treinamento de força sobre a
peroxidação lipídica em mulheres idosas.
Esses autores demonstraram que a suplementação de Creatina era capaz de
modular o balanço redox no envelhecimento, uma vez que não houve diferença na
peroxidação lipídica entre os grupos; bem como não houve diferença nos grupos
suplementados com associação do treinamento de força. Porém o grupo
suplementado não teve redução nos índices de hidroperóxidos lipídicos plasmáticos
quando comparado não grupo suplementado com placebo. Os autores concluíram
que:
“Em conclusão, a suplementação de creatina associada
ou não ao treinamento de força não afetou a peroxidação
lipídica plasmática em mulheres idosas, sugerindo que
essas estratégias não modificam o estresse oxidativo
nessa população”. (ALVES; MEREGE FILHO; et al.,
2014, pag.7).

Já Pinto (2015) em estudo de ensaio clínico, duplo-cego, randomizado,


controlado por 12 semanas, com 32 idosos. Demonstra os benefícios da
suplementação contínua e de baixa dosagem de Creatina, associada à execução de
um programa de treinamento físico resistido em idosos. Essa suplementação levou
ao aumento de massa magra em curto espaço de tempo, além da diminuição da
incidência de sarcopenia no grupo que recebeu a intervenção. Com isso foi possível
21

estabelecer a relação entre a suplementação mais associação a treinamentos


resistidos no sistema musculoesquelético dos idosos (PINTO,2015).
Em outro estudo Candow, et al. (2015), de duplo-cego, onde os participantes
foram divididos em 3 grupos com faixa etária a partir dos 50 anos de ambos os
sexos. A dose de suplementação de Creatina de 0,1g/kg/dia, uma vez que de acordo
com o autor aumenta a massa muscular e a força sem causar efeitos adversos em
adultos jovens e idosos (CANDOW, et al., 2015).
Concluíram que a suplementação de Creatina aumentou o tecido magro e
força muscular em idosos quando consumidos antes e depois dos treinamentos de
resistência. Porém quando ingeridos imediatamente após o treinamento a resistência
aumenta a acumulação muscular em comparação com o treinamento de resistência
sozinho (CANDOW, et al., 2015).
No estudo realizado por Melo (2016) na cidade de Campina Grande/PB,
envolvendo um grupo de musculação com idosos e adultos, que atendiam os
seguintes critérios de inclusão: (1) disponibilidade para o treinamento, (2) não ser
fumante e/ou etilista, (3) não praticar outros exercícios fora do horário de
treinamento que pudesse prejudicar o rendimento do treino, (4) não fazer uso de
esteroides anabólicos androgênicos ou substâncias similares, (5) comprovarem não
possuírem nenhuma limitação a prática de exercícios físicos. (6) sem doenças osteo-
mioarticulares (MELO, 2016).
Foram divididos em 4 grupos, sendo: o grupo A1 suplementado com Creatina
(n = 13) e o grupo A2 não suplementado com Creatina (n = 09). O Grupo B1
Creatina (n=10) e o grupo B2 não suplementado (n=10).
Os resultados apontaram que a suplementação de Creatina combinada com
uma alimentação balanceada e treino específico, apresentou efeitos positivos junto
ao treinamento neuromuscular, tanto em jovens adultos quanto em idosos. Sendo
que no último grupo foi observado à amplificação da resposta hipertrófica
promovendo alterações positivas no ganho de massa livre de gordura em
comparação ao grupo não suplementado.
Essa atividade física visa primordialmente a recuperação muscular em idosos,
uma vez que é sabido que o decorrer da idade ocorre a diminuição e até mesmo a
perca de massa magra no corpo, devido ao processo natural do envelhecimento.
Práticas de atividades vêm sendo recomendadas como intervenções seguras e
eficazes, uma vez que está relacionada diretamente a: aumento de força,
22

resistência, massa muscular e aptidão física, que podem ser potencializadas com o
uso de suplementos e/ou complementos alimentares voltados a esse grupo
específico (MELO, 2016).
Logo, Melo concluiu que:
“ O uso de Creatina associada aos exercícios de força
podem ser condutas propícias para o idoso em relação
aos efeitos do envelhecimento, por ter favorecido no
desempenho em séries múltiplas de poucas repetições
de musculação (MELO, 2016, pag.7). ”

Como benefícios do uso da Creatina destaca-se o aumento da síntese de


proteínas musculares. Em particular para o idoso, traz um benefício ainda mais
importante que à melhora da sua autonomia, uma vez que devido a perda da massa
muscular causa dentre outros problemas o maior risco de quedas e perda de
qualidade de vida.
Nesse sentido de mensurar a qualidade de vida dos idosos, estudos mostram
que o consumo da Creatina aliado a exercícios de força promovem um aumento
considerável na capacidade de realização de tarefas funcionais (MELO, 2016).
A suplementação de Creatina vem sendo estudada durante o treino de
hipertrofia, com o objetivo de aumento de força e massa magra, já que a mesma
proporciona uma capacidade de manutenção da força em exercícios de alta
intensidade, especialmente em exercícios de repetição em curtos períodos de
recuperação, o que gera um acréscimo de rendimento físico em torno de 7% (MELO,
2016).
Por outro lado, no estudo promovido por Vieira (2016) que buscou criar uma
relação entre o uso da Creatina e a melhora do desemprenho em estudos resistidos,
ele utilizou 20 voluntários do sexo masculino, com média de idade de 21 ± 2,0 anos,
com no mínimo de seis meses de treinamento de hipertrofia, dos quais não poderiam
estar fazendo uso de qualquer suplementação e/ou qualquer outro tipo de
substância.
O uso da creatina tem como objetivo melhorar o desempenho da atividade e
das condições gerais do indivíduo no menor tempo predominante em exercícios de
altíssima intensidade e curtíssima duração, como por exemplo nos treinamentos de
musculação para a hipertrofia muscular, porém, estudos demonstram que os
resultados nem sempre são aqueles desejados (VIEIRA, 2016).
23

Nesse estudo os participantes foram divididos em dois grupos de maneira


aleatória. Sendo o Grupo Creatina (GC) com 0,3g/Kg de creatina monohidratada e o
Grupo Placebo (GP). Após o período de estudo, não se observou com a
suplementação com seja eficiente na melhora da composição corporal e força
muscular. Em suas discussões alegou que à complexidade e a diversidade dos
modelos de estudos seja um fator limitante para os achados controversos (VIEIRA,
2016).
No estudo de Becker (2016) foram identificados os suplementos derivados
dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) que apresentaram alguma
significância clínica comprovação científica quanto ao efeito ergogênico num total de
oito suplementos.
Esse levantamento mostrou que dentre os suplementos pesquisados os que
possuíram um efeito significativo sobre o rendimento físico foram os aminoácidos de
cadeia ramificada (BCCA), Creatina, β-hidroxi-β- metilbu-tirato (HMB), Leucina,
Proteína do soro do leite e Triglicerídeos de cadeia média (TCM) (BECKER,2016).
Johannsmeyer (2016) realizou um ensaio duplo-cego, com objetivo de
investigar os efeitos da suplementação de Creatina aliadas ao treinamento de
resistência em idosos. Os grupos foram divididos de acordo com o sexo, idade,
peso, altura e o status de atividade. Os participantes preencheram 3 recordatórios de
24 horas durante a pesquisa para estimar o consumo de calorias diárias. Dentre os
critérios de exclusão estavam os idosos que estavam tomando corticoides ou
Creatina monohidratada nas últimas 12 semanas anteriores a pesquisa, bem como
idosos com doenças que afetem a biologia muscular e vegetarianos.
A dosagem utilizada de creatina foi 0,2g/kg/dia, e o grupo placebo recebeu
0,2g/kg/dia de maltodextrina que possuem o mesmo sabor, textura, cor e aparência.
O resultado mostrou um aumento de massa muscular, força muscular, resistência
muscular e tarefas de funcionalidade. Também com melhor eficácia entre homens
quando comparado com as mulheres. Indicando inclusive que a suplementação
aumenta a força da massa do musculo de resistência de indivíduos não treinados é
mais efetivos que nas mulheres idosas treinadas (JOHANNSMEYER, 2016).
O estudo realizado por Araújo et al. (2016) concluiu com o envelhecimento
ocorre o desgaste natural do corpo e a limitação para o desempenho de algumas
atividades. Sugerindo que o idoso passa a ter a oportunidade de melhorar sua
qualidade de vida por meio de uma alimentação saudável e da suplementação
24

devidamente orientada por um profissional habilitado, aliada a prática de uma


atividade física regular, o recolocando ou mantendo ao convívio da social.
25

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Os estudos descritos neste trabalho em sua maioria apresentaram efeitos


benéficos da suplementação de Creatina em idosos, indicando melhoria do IMC,
massa muscular, massa magra, além da melhora da funcionalidade em realizar suas
atividades diárias.
Portanto, é razoável indicar que a suplementação de Creatina aliada a prática
de uma atividade física regular é benéfica à saúde dos idosos de modo geral, de
forma que melhora sua resistência muscular e sua qualidade de vida.
Considerando o envelhecimento populacional um processo contínuo e
definitivo, estudos sobre essa população se faz necessário de forma a melhor intervir
na sua qualidade de vida, o que inclui sua saúde geral, seu bem-estar e sua
expectativa de vida. Sobre outro ponto de vista, há que considerar que a melhoria
desses indicadores resulta num menor gasto do poder público com internações e
tratamentos de reabilitação.
Por fim, é recomendável que estudos mais abrangentes, de base populacional
sejam realizados para o aprofundamento sobre suplementação alimentar com
idosos, dada a relevância dessa questão nas sociedades modernas.
26

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