Educação Ambiental para Sustentabilidade 1
Educação Ambiental para Sustentabilidade 1
Educação Ambiental para Sustentabilidade 1
1
Sumário
Sumário ........................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
AMBIENTALISMO ......................................................................................... 25
1
NOSSA HISTÓRIA
2
INTRODUÇÃO
Fonte: https://www.todamateria.com.br/educacao-ambiental/
Desde o princípio, o homem tem relações vitais com a natureza, já que retira
dela sua sobrevivência. Na primeira parte do material será apresentada a abordagem,
e como se deu o progresso sustentável. Você verá o que é desenvolvimento
sustentável e a importância dele estar aliado ao sistema econômico, possibilitando
que os recursos tenham capacidade para atender esta e as futuras gerações.
A necessidade de um sistema sustentável traz o conceito de educação
ambiental, que esta aliada a técnicas de educação para sensibilização das pessoas
com a causa ambiental. Entender e desenvolver algumas técnicas de permacultura é
um meio para viver de forma sustentável, os princípios da permacultura induzem a
qualidade de vida e constante conservação da natureza.
Modificar atitudes e práticas pessoais, criando ações para desenvolver
sustentabilidade é o ponto de partida que cada cidadão deve dar no processo de
desenvolvimento sustentável. Para que a sociedade aja de forma sustentável são
necessárias não apenas ações locais, mas também globais, já que o planeta é um só,
e os impactos de uma região afetam outra.
Respeitar e cuidar das comunidades e de seres vivos é tão importante quanto
cuidar dos recursos naturais, pois são fundamentais para o equilíbrio das relações
ecológicas. Melhorar a qualidade de vida humana é necessário para que a sociedade
tenha interesse e desejo de desenvolver práticas sustentáveis. Integrar
desenvolvimento e conservação, no Brasil, é essencial para boas práticas ambientais,
o texto cita algumas metas importantes para agricultura, pecuária e gestão ambiental
3
nas empresas, para o desenvolvimento compartilhado da economia com a proposta
de sustentabilidade. Para finalizar o material, foi abordado o tema que propõe uma
aliança global, com a participação de todos os povos para construir uma vida
sustentável.
Vamos juntos compreender o histórico e a situação do desenvolvimento
sustentável a nível local e planetário, para que, no final da leitura, possamos fazer
uma reflexão sobre nossas práticas e o sistema que estamos inseridos de acordo com
os princípios básicos da sustentabilidade.
Fonte: http://as-one.main.jp/suzuka/Brasil/kinsetsu.html
4
espaço, dando origem à compreensão de fenômenos desconhecidos que ocorrem,
criando o sentido de funcionalidade da natureza.
Veremos que, com o tempo, os humanos foram percebendo que as fontes
naturais são limitadas, se não forem usadas com critérios. Com o desenvolvimento e
crescimento urbano e tecnológico, percebe-se a necessidade de proteger e preservar
a natureza. Vamos ver alguns acontecimentos marcantes no processo histórico da
abordagem do progresso sustentável: No Brasil, em 1934, ocorre a 1ª Conferência
Brasileira de Proteção à Natureza, no Rio de Janeiro, que denunciava a devastação
das florestas brasileiras e tinha como pauta a defesa da fauna e flora. Deste evento
surge à elaboração do Código Florestal de 1934(revogado posteriormente pela Lei
4.771/65, que estabeleceu o Código Florestal vigente até a publicação da Lei
Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012.), em 1958, foi criada no Rio de Janeiro, a
Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, que tinha como objetivo
principal a luta pela preservação da fauna e da flora de espécies ameaçadas (VIOLA,
1991).
Na década de 60, surgem diversas ONG’s (Organizações não Governamentais)
e movimentos ambientais ligados a assuntos de cunho ambiental. Em 1962, foi
publicado o livro Primavera Silenciosa (Silent Spring) nos Estados Unidos, onde a
bióloga Rachel Carson procurou mostrar os efeitos devastadores a médio e longo
prazo do uso de pesticidas na agricultura, após a Segunda Guerra Mundial, que dá
origem a Educação Ambiental, como você verá mais adiante. Em 1972, ocorre a
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo,
onde se oficializou uma preocupação internacional com os problemas ambientais.
Neste evento, foi criado o PNUMA-Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente. Com objetivo de propor estratégias para o desenvolvimento sustentável,
principalmente em relação à poluição, em 1987, foi publicado o relatório “Nosso
Futuro comum”, elaborado por comissão da ONU (Organização das Nações Unidas),
mostrando a importância de promover crescimento econômico em conjunto com a
preservação.
Em 1989, ocorre a Eco 92, a fim de chamar a atenção para a necessidade de
o mundo trabalhar por uma sociedade sustentável, em que foi aprovada a Agenda 21,
programa para o desenvolvimento ambiental no planeta.
A partir dos anos 90, começou a implantação da gestão ambiental dentro das
empresas, minimizando os impactos ambientais. Cada vez mais as políticas públicas
5
abordam a questão ambiental e o desenvolvimento sustentável, porém ainda
esbarramos no sistema capitalista, que mais visa lucro. Porém, a tendência é unir
cada vez mais o ponto econômico e ambiental, afinal é possível viver sem as
plantas? Sem os animais? Sem os rios? Mais que lucro, seres humanos
necessitam sobreviver.
Desenvolvimento Sustentável
Como você viu acima, em 1987, foi feito um relatório em encontro presidido
pela ONU. Este documento nos traz o significado real de desenvolvimento sustentável:
“atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das
futuras gerações em prover suas próprias demandas”.O conceito de desenvolvimento
sustentável foi firmado na Agenda 21, documento desenvolvido na Conferência “Rio
92”, e transmitido a outras agendas mundiais de desenvolvimento e direitos
humanos.
Segundo Canepa (2007), o conceito ainda está em construção, no qual se
compatibiliza a exploração de recursos, o gerenciamento de investimento tecnológico
e as mudanças institucionais com o presente e o futuro.
Para Barbosa (2008), o conceito de desenvolvimento sustentável se dá por
conseqüência do desenvolvimento social, econômico e de preservação ambiental,
conforme mostra a figura1.
Sabemos que é notável que uma sociedade, com desenvolvimento sustentável,
tem, primeiramente, outros parâmetros que os levam a tal, como o
desenvolvimento social, a inclusão, desenvolvimento econômico, eco eficiência,
preservação e conservação ambiental e justiça socioambiental.
6
Fonte: Barbosa, 2008
Educação Ambiental
Com a necessidade de consumir e viver de maneira sustentável, eis que surge
a educação ambiental, em meados de 1960, em meio a uma crise socioambiental.
O marco da Educação Ambiental inicia, de fato, com a publicação do livro de
Rachel Carson, Primavera Silenciosa, já citado no histórico do progresso sustentável.
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental –
Lei nº 9795/1999, Art 1º: Entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A Educação Ambiental apoia-se numa teoria crítica que envolve, com vigor, as
contradições que estão no início do modo de produção capitalista. Ela incentiva a
participação social na forma de ação política.
7
Como tal, ela deve ser aberta ao diálogo e a resistência, visando à evidenciar
as contradições teórico-práticas subentendidas a projetos associados que estão
constantemente em disputa (TREIN, 2008).
Analisando o que diz a Política Nacional de Educação Ambiental (1999) e Trein
(2008), podemos perceber que o pensar sustentável está intimamente ligado a
práticas educativas, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), publicados pelo
Ministério da Educação (MEC), em Brasil (1997a) trazem a educação ambiental como
tema transversal, devendo este ser abordado em todas as disciplinas, além traz a
educação como elemento indispensável para a transformação da consciência
ambiental (Brasil, 1997b).
A criança em formação tem mais sensibilidade para as questões de cunho
ambiental. Segundo Bruhns (2009), atualmente, no meio urbano, o contato com o
ambiente natural vem tornando-se, cada vez mais, indireto e limitado a ocasiões
especiais, e o envolvimento do homem tecnológico com a natureza acontece mais de
forma recreacional que vocacional.
Falta às pessoas o envolvimento suave, inconsciente, com o mundo físico, em
um ritmo mais lento, como já fazem as crianças. Conservar essa sensibilidade pode
e deve ser experimentado através do ensino.
O esquema abaixo traz o paradigma da educação ambiental dentro das
escolas, abordando como tema transversal, que fará com que o educando se veja
dentro do seu ambiente, e traga para si a responsabilidade de atos locais para o
desenvolvimento sustentável, em uma visão posteriormente mais ampla.
8
Fonte: Vargas e Tavares (2004)
9
trabalho desenvolvido por ele e o estudante David Holmgren, em um curso pioneiro
de Design Ecológico na Tasmânia, Austrália.
Os dois, há mais de 30 anos atrás, já viam que, sem uma base agrícola
permanente, não era possível existir uma sociedade também permanente e
sustentável (PAMPLONA, 2013). A permacultura passa a ter uma proposta pioneira
como sendo um modo de suprir as necessidades humanas locais por meio de um
planejamento integrador dos humanos à paisagem.
Hoje, conhecida como uma cultura permanente, que vem sendo construída
pelas pessoas que vivem seus princípios, se baseia intrinsicamente na Flor da
permacultura (figura 3).
A flor se move através de etapas chaves (sete pétalas) necessárias para criar
uma cultura sustentável. Etapas que são conectadas por um caminho que se evolui
em forma de espiral, se inicia em nível pessoal e local, com tendência de evoluir para
o coletivo e global.
Vamos ver algumas das ações que levam a sustentabilidade pelos eixos da
permacultura, adaptado de Ipoema (2017):
Manejo da terra e da natureza: utilizar-se de técnicas naturais de plantio,
evitando o uso de produtos químicos; usar controle natural de pragas e harmonização
10
do plantio com as próprias plantas; preservar espécies por meio de armazenamento
de sementes; coletar e armazenar água; ter sistemas integrados para alimentação de
animais para consumo e recoletar alimentos.
Espaço construído: planejar os espaços pela orientação do sol; fazer
construções com materiais naturais; reutilizando recursos como a água; resistentes a
desastres naturais.
Ferramentas e tecnologias: reutilizar materiais; utilizar ferramentas manuais;
gerar a própria energia; utilizar fogão a lenha e de baixa poluição; combustíveis de
restos orgânicos e tecnologias renováveis. Cultura e educação: pais podem auxiliar
no ensino de economia da casa; uso da arte, música, ecologia social e cultura. Saúde
e bem-estar espiritual: optar por parto humanizado e aleitamento materno; manter a
saúde por meio de exercícios.
Economia e financias: utilizar caronas; compartilhamento de carros; comprar
ou trocar diretamente com os produtores; fazer uso da troca de produtos. Posse da
terra e governo comunitário: fazer parte de cooperativas e associações comunitárias;
criar ou participar de comunidades ecológicas.
11
e participativo, em que instituições políticas, sociedade civil e grupos de interesse
exerçam seus papéis de representação nas instituições que participam.
Existem as ações individuais, que, quando realizadas por mais indivíduos,
minimizam os danos ambientais gerados pelo impacto humano no planeta.
Abaixo, segue uma lista com 20 atitudes essenciais que podem ser praticadas
de maneira individual:
01 - Não deixar a televisão ou outros equipamentos ligados ao sair do ambiente;
02 - Fazer sempre a quantidade de alimentos que vai ser consumido;
03 - Comprar produtos que sejam reutilizáveis ou que venham em embalagens
reutilizáveis;
04 - Dar destino correto aos diferentes tipos de lixo, para que a maioria tenha
condições de ser reciclado;
05 - Reduzir o tempo de banho diário, o tempo ideal para higiene é de 5 a 7
minutos;
06 - Procurar utilizar torneiras, chuveiros e vasos sanitários com regulagem de
fluxo de água;
07 - Utilizar lâmpadas fluorescentes que têm uma vida útil maior;
08 - Escolher comprar móveis e utensílios que possam ser reciclados;
09 - Utilizar tintas e vernizes sem base de petróleo;
10 - Não comprar móveis feitos de madeira de desmatamento;
11 - Evitar o uso de plásticos;
12 - Usar caneca, invés de copos descartáveis;
13 - Usar cartuchos de impressão recarregáveis;
14 - Usar o papel de ambos os lados;
15 - Imprimir somente o que for estritamente necessário;
16 - Dar destino correto ao lixo eletrônico e baterias, a fim de não se misturar
ao lixo comum;
17 - Usar sacolas retornáveis quando for fazer compras;
18 - Dar e receber caronas;
19 - Comprar carros menores e mais econômicos e usar combustíveis não
fósseis;
20 - Estimular o comércio local, os produtos gastam menos energia de
transporte.
12
Além das atitudes corriqueiras e simples do dia a dia, como as listadas acima,
é importante participar das decisões políticas que envolvem a causa ambiental, tais
como reuniões de orçamentos participativos, conselhos e comitês regionais da área.
É o diálogo e a importância que a sociedade dá a sustentabilidade que faz com que
existam políticas públicas referentes ao tema, e, como consumidores, somos os que
mais mandamos no que será produzido, já que sem compra não há produção; é
necessário ser mais crítico no que fazemos e acreditamos.
Você deve estar se perguntando como lidar com o sistema econômico e ser
sustentável ao mesmo tempo, não é mesmo? A tese de Holmgren (2013) explica que
devemos projetar o sistema para que ele seja autossuficiente e se mantenha.
Para isso, é importante ter criatividade e flexibilidade, a fim de encontrar
maneiras de obter novos rendimentos, já que são eles que possibilitam a nossa
sobrevivência.
É importante lembrar que nossas ações sustentáveis devem ser de longo prazo,
pensando nas futuras gerações. Porém, precisamos investir em meios de
subsistência para o nosso presente, essas ações serão transmitidas aos nossos netos
por meio da imitação, da cultura que irão seguir. Segundo a proposta da Agenda 21,
nossas ações devem ser locais e globais.
O desenvolvimento local se baseia nas condições para um desenvolvimento
mais humano, mais sustentável, através da participação dos cidadãos, impulsionados
pela solidariedade, organizada de forma descentralizada e efetivada por múltiplas
parcerias.
Criar condições para o desenvolvimento humano e sustentável implica
estabelecimento de espaços ético-políticos, alternativos aos espaços políticos
tradicionais, a fim de promover a melhoria na qualidade de vida das pessoas e inclui-
las no processo de planejamento, decisão, execução e fiscalização. Para que a
sociedade como um todo tenha hábitos sustentáveis, é necessário compreender que
estamos interligados a natureza, que fazemos parte dela, e que, no momento que
recursos naturais vitais a nossa sobrevivência não existirem, não há mais o que fazer.
13
Em decorrência disto, surge a necessidade de controlar e cuidar do que se tem.
A agenda 21 segue quatro pilares importantes para a sustentabilidade
Adotar práticas corretas ecologicamente: respeitar o meio ambiente,
não apenas explorando a riqueza que a natureza possui, mas agindo de
maneira responsável, a fim de garantir que as gerações futuras possam
viver em um ambiente sadio.
14
Sempre que uma espécie sai de um ecossistema, gera desequilíbrio, a saída
de muitos deles pode levar a espécie humana a extinção. Segundo Rachid (2016), a
sociedade atual se insere num modelo de isolamento, com a natureza e a própria
humanidade, em que a apropriação de terra, a crescente produção de excedentes, a
má distribuição, o consumo exagerado e o desperdício geram efeitos gigantescos no
modo de vida em sociedade. Cuidar dos seres que habitam o planeta é como cuidar
de nós mesmos.
A Carta da Terra é uma declaração de princípios fundamentais para construção
de uma sociedade global no século XXI, justa, sustentável e pacífica, seu primeiro
princípio trata sobre:
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA. 1. Respeitar a
Terra e a vida em toda sua diversidade. a. Reconhecer que todos os seres
são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de
sua utilidade para os seres humanos. b. Afirmar a fé na dignidade inerente
de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e
espiritual da humanidade (Carta da Terra, 2000).
15
ambiental, que se sintam inseridas em um sistema e tenham vontade de fazer ele
melhor para si e seus amigos e familiares.
Além do problema de desigualdade social, temos a questão do consumismo,
que, cada vez mais, se encontra em maior escala no cotidiano. Diariamente somos
bombardeados de informações pela mídia sobre produtos e gêneros alimentícios que
tenta nos transmitir a ideia de que sempre precisamos de algo novo. As pessoas
chegam a se tornar infelizes por não conseguirem acompanhar o ritmo de consumo.
Consumir, inclusive, está voltado à aceitação na sociedade, quem mais tem bens
materiais chega a ser mais bem visto na sociedade capitalista. O consumo exagerado
prejudica muito a sustentabilidade.
Na reunião mundial sobre desenvolvimento, Rio+20 o Presidente do Uruguai,
José Pepe Mujica fala algo que é muito divulgado ao abordarmos o tema
sustentabilidade. “A grande crise não é ecológica, é política! O homem não governa
hoje, senão as forças envolvidas são as forças que governam o homem!” Esta frase
nos leva a uma reflexão profunda dos nossos valores.
Vivemos em um mundo onde “ter” parece ser mais importante que “ser”. E você,
acha que está vivendo de forma sustentável? Está cuidando da sua vida e saúde com
qualidade? Está consumindo aquilo que realmente necessita?
16
bem claro disso é a agricultura no Brasil, em que práticas voltadas a gestão ecológica
são vistas como desnecessárias.
Os grandes empresários não investem em técnicas que agridam menos a
natureza e proporcionem mais qualidade de vida a população, investem naquelas que
aumentem a produção. Isso não acontece por falta de conhecimentos na área, já que
a agroecologia é uma ciência que surgiu na década de 1970 (HECHT, 1989), e
estabelece base teórica para agricultura não convencional, busca o entendimento do
funcionamento dos agro ecossistemas complexos, usando a interação entre os seres
vivos presentes neste ambiente, e tendo por objetivo a conversação, bem como aliar
biodiversidade aos sistemas agrícolas, em que a própria natureza trata de regular a
plantação e, assim, ser um sistema sustentável, minimizando o processo artificial que
a agricultura tradicional traz para o ambiente natural.
Por meio de análise e estudo de cada ambiente, teorias e hipóteses se
estabelecem, como trabalhar no âmbito de agro ecossistemas de forma diversificada
(ASSIS, 2006). Além da agricultura e pecuária, que são os sistemas de produção
brasileiros que geram as principais fontes de alimentação, esbarramos também na
gestão ambiental nas empresas. Os impactos gerados pela indústria só vêm sendo
minimizado nas últimas décadas, e ainda é preciso mais neste aspecto. Uma empresa
que trata da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente, torna-se sustentável, pois
diminui o seu impacto poluidor, isso pode gerar mais custos no início do investimento,
mas, a longo prazo, trará lucros infinitos nos ganhos e reconhecimento, além de estar
em conexão com a realidade e necessidade do entorno em que se encontra.
Cabe ao governo vigente nos municípios, estados e união definirem políticas
ambientais de incentivo e fiscalização, para os mais diversos setores, como pecuária,
agricultura, empresas e instituições privadas, cabe ao cidadão ser crítico em relação
a suas atitudes e consumo, pois, como vimos anteriormente, quem consome pode
definir o que quer se for crítico ao adquirir seus produtos.
Se cada setor fizer a sua parte no desenvolvimento sustentável, teremos um
país cada vez mais desenvolvido e que preza pelo desenvolvimento aliado a
conservação.
17
Ações para uma vida sustentável em uma aliança global
Vimos uma série de ações para alcançar a sustentabilidade, do local ao global,
sabemos da extrema importância do nosso país conseguir atingir um bom
desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade do planeta depende da confluência
das ações de todos os países, de todos os povos.
A gigantesca desigualdade entre ricos e pobres é prejudicial a todos. “A ética
do cuidado com a Terra aplica-se em todos os níveis, internacional, nacional e
individual. Todas as nações só têm a ganhar com a sustentabilidade mundial e todas
estão ameaçadas caso não consigamos essa sustentabilidade” (BRASIL, 1997b).
Vários encontros mundiais foram e vêm sendo realizados para se chegar a um
desenvolvimento sustentável de forma global.
Eles têm como objetivo buscar soluções para os principais impactos
ambientais que geram. Já vimos algumas das conferências realizadas pela ONU no
decorrer do manuscrito. Sendo que as principais foram: o Estocolmo (1972) -
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente; o Rio de Janeiro (1992) -
ECO-92 - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento;
o Cúpula do Clima e Aquecimento Global; o Olinda (1999) - Convenção da
Desertificação; o Haia (2000) - Cúpula do Clima e Aquecimento Global; o Bonn (2001)
- Cúpula do Clima e Aquecimento Global; o Johannesburgo (2002) - Rio + 10 ou
Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento sustentável. Eventos que tratam do tema
sustentabilidade são muitos, mas é necessário que suas metas sejam, de fato,
colocadas em prática o mais breve possível, tendo um engajamento real de todas as
nacionalidades; que desenvolvam a mesma sensibilidade e desejo de um ambiente
equilibrado e que gere desenvolvimento, não só econômico, mas também de
qualidade ambiental, já que a biodiversidade e os recursos naturais são os maiores
patrimônios de cada país.
18
PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
19
Um grande exemplo deste descaso são as grandes redes de supermercados
e as cerealistas.
20
b) Saber antecipadamente, qual será a efetiva participação de cada parceiro
na execução do projeto. Isto deve ser documentado por escrito. Já ocorreram várias
decepções neste sentido por falta de comunicação ou de compromisso.
c) Infelizmente existem parceiros que aparecem no projeto apenas para
divulgar seus produtos ou sua marca; sem produzir benefício algum para o projeto.
Este tipo de parceria deve ser rejeitada.
d) Como muitos patrocinadores relutam em investir dinheiro em projetos que
consideram de retorno duvidoso; deve ser pensada a permuta como uma opção
importante. Por exemplo: Fornecimento de lanche, empréstimo de data-show,
transporte de materiais, concessão de diárias, etc. Esta permuta pode ser feita com
a contra partida de divulgação nos materiais gráficos, divulgação em telão, banners,
destaque antes e após as palestras, etc.
21
que a educação ambiental para ser efetiva deve-se percorrer um longo caminho,
completo e difícil e que são necessários investimentos relevantes para a capacitação
e orientação dos professores e dos multiplicadores de educação ambiental (MAIA et
al., 2011).
EMPREENDIMENTOS
22
A educação ambiental, neste caso, é a ferramenta que poderá orientar tanto o
empreendedor quanto o consumidor para a melhor conduta ambiental. De acordo com
os autores acima citados os consumidores estão preocupados em adquirir produtos
que sigam padrões de sustentabilidade e devem ficar atentos ao marketing utilizado
para seduzir os consumidores, nem sempre o que é “prometido” será entregue. O
comprador deve ser observador e questionador para identificar se realmente está
recebendo um produto que respeita o meio ambiente.
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
ELABORAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO
23
assimilação de atitudes, hábitos e valores, viabilizando a participação da comunidade
na gestão do uso dos recursos naturais e na tomada de decisões que afetam a
qualidade dos meios natural e antrópico.
Neste sentido, o programa educativo deve centrar seu foco em torno das
situações concretas vividas pelos diferentes setores sociais, reconhecendo a
pluralidade e diversidade culturais e ter um caráter interdisciplinar.
O material educativo a ser elaborado deverá considerar as características dos
diferentes públicos alvo, utilizando linguagem e instrumentos adequados.
No caso de um empreendimento, o Programa de Educação Ambiental deve ter
como principais fontes de informação o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do
empreendimento, e os estudos realizados para a elaboração dos Programas
Ambientais na fase de Projeto Básico Ambiental, aprofundando, onde se fez
necessário, o diagnóstico ambiental da área.
São identificados como público alvo do Programa de Educação Ambiental os
segmentos relacionados a seguir:
24
trabalhadores das obras, para os beneficiários do Programa de Reassentamento e do
Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, população residente no
entorno das obras, organizações da sociedade civil e professores da rede pública.
AMBIENTALISMO
Segundo LAYRARGUES (2002) atualmente não é mais possível entender a
educação ambiental no singular, como um único modelo alternativo de educação que
simplesmente se opõe à educação convencional, que não é ambiental. Há novas
denominações para conceituar educação ambiental cunhadas a partir do final da
década de 80 e início da de 90. Entre essas: alfabetização ecológica, educação para
o desenvolvimento sustentável, educação para a sustentabilidade, ecopedagogia e
educação no processo de educação ambiental.
Conforme afirmativa de PELICIONI (2006) os trabalhos desenvolvidos
com o tema ambientalismo e educação ambiental demonstram uma ampla
diversidade de representações sociais e práticas em todo o planeta. A conseqüência
desta amplitude é que vários pesquisadores têm escolhido uma vertente do
ambientalismo para suas análises cientificas.
Um dos estudiosos citados pela autora é O’Riordan, este caracteriza a corrente
ambientalista tecnocêntrica, teoria que apóia a manutenção da estrutura de poder
vigente e incentiva maior responsabilidade por parte das instituições políticas. Outra
corrente é a ecocêntrica que defende a redistribuição do poder no sentido de criar
uma economia descentralizada que garanta a participação social. Os tecnocêntricos
acreditam que o modelo atual de gestão econômica e política é capaz de criar
soluções para os problemas ambientais com a utilização da ciência e da tecnologia,
enquanto os ecocêntricos são mais idealistas, afirmam que a humanidade faz parte
do sistema global, por isso esta sujeita a restrições, e esta humanidade deve respeitar
a natureza e considerar as limitações naturais. Desta posição ecocêntrica derivam
outras várias correntes de pensamento.
Essas vertentes do pensamento ambientalista ao mesmo tempo em que
refletem representações sociais sobre a problemática atual, suas causas e possíveis
soluções, dão origem a práticas sociais diversificadas que, por sua vez, reafirmam ou
alteram as representações que lhes davam sustentação (PELICIONI, 2006). Estas
25
vertentes ou teorias criadas sobre o problema ambiental foram incorporadas nos
programas de educação ambiental.
É necessário fazer uma boa reflexão para a criação de um projeto ou programa
de educação ambiental, tomar cuidado para não criar uma linha muito romântica ou
sonhadora, onde os objetivos desejados são quase “um sonho”. Por outro lado deve-
se evitar o radicalismo, o surgimento do chamado “ecochato”, lembrar sempre que
qualquer extremo não é ideal.
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Envolvendo o processo de acompanhamento e avaliação das ações
educativas.
As atividades educativas para a população local e entidades representativas
visam introduzir e reforçar noções de preservação ambiental e aumentar a qualidade
de vida das comunidades locais através da divulgação das principais características
da região, com ênfase nas áreas ambientalmente críticas, e de tecnologias de baixo
impacto ambiental.
Para tal, podem ser realizados mini-cursos e palestras enfocando temas como:
agroecologia, manejo sustentável de recursos naturais e resíduos, recuperação de
áreas degradadas, energia alternativa, hortas caseiras e medicinais e gestão
ambiental.
O material pedagógico a ser produzido ou utilizado pelo projeto, assim como
os respectivos conteúdos, deverão ser concebidos a partir da perspectiva do público
alvo a que se destina, em linguagem e formas adequadas e, acima de tudo,
respeitando as características sociais e culturais dos destinatários.
A avaliação da eficácia das ações educativas será realizada a partir da
definição das metas a serem atingidas em relação aos diferentes públicos alvo e da
identificação de indicadores apropriados – quantitativos e qualitativos.
O monitoramento será realizado visando avaliar, no processo, o atendimento
às metas planejadas e, se necessário, a correção de estratégias e rumos.
Como instrumentos de acompanhamento e avaliação deverão ser emitidos
relatórios periódicos, nos quais serão registrados os principais problemas detectados
26
e apontados, caso necessário, as mudanças de estratégia e as correções de rumos
a serem adotadas.
Ao final do programa será elaborado um relatório final de avaliação.
Quanto à qualidade do ar
27
Quanto à mudança de clima no planeta
28
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
FELDMANN & MACEDO (2001) afirmam: Mudanças climáticas são processos
naturais, consideradas as escalas de tempo de milhares de anos de eras geológicas.
Entretanto, a velocidade e a intensidade com que estão ocorrendo mudanças no
sistema climático da Terra a partir da Revolução Industrial é que têm sido objeto das
preocupações de cientistas e líderes mundiais, principalmente nas duas últimas
décadas.
O século XX testemunhou mudanças extraordinárias, tanto na sociedade
quanto no meio ambiente. E o que é mais importante, a escala dessas mudanças
passou do domínio local ou mesmo nacional para o âmbito global. Temos tecnologia
e meios hoje em dia para verificar que as atividades humanas estão transformando o
planeta em uma escala sem precedentes, e a experiência mais preocupante da
humanidade é a que vem se desenrolando com o clima da Terra. Nos últimos anos,
incidentes climáticos como enchentes, chuvas e outros desastres decorrentes da
influencia do El Niño, que afetaram a Indonesia, India, Chile, Canadá, Estados Unidos
dentre outros países, despertaram a atenção da população mundial. Até mesmo a
opinião pública aumentou seu grau de percepção recentemente, em grande parte em
razão da ocorrência de incidentes climáticos de vulto como o El Ninho, enchentes e
outros desastres em diversas partes do mundo (França, Espanha, Venezuela,
Inglaterra e Índia).
Os anos mais quentes de que se tem registro direto ocorreram na década de
1990. Sabemos hoje que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera
influencia a temperatura e está diretamente relacionada ao aquecimento global.
Sabemos também que juntamente com outros gases, chamados gases causadores
do efeito estufa, o dióxido de carbono tem aumentado seus níveis de concentração
desde a Revolução Industrial. Os gases de que falamos foram lançados em
quantidades cada vez maiores a partir de 1750, graças ao modelo de
desenvolvimento baseado na queima de combustíveis fósseis, como petróleo e
carvão mineral, por exemplo. Como resultado, o sistema climático do planeta está
sendo afetado de forma imprevisível. As consequências para o meio ambiente e para
as sociedades humanas poderão ser desastrosas. Com a diminuição da cobertura
vegetal, o derretimento de geleiras e calotas polares, as secas cada vez mais
prolongadas, o aumento de frequência e de intensidade de eventos climáticos
29
extremos, como enchentes, furacões e tempestades, temos uma equação de difícil
solução para os líderes mundiais.
As previsões, porém, não surgiram da visão catastrófica de ambientalistas
radicais. Esse cenário foi revelado pelos cientistas do Painel Intergovernamental
sobre mudanças climáticas que assessora as Nações Unidas desde 1988. São cerca
de dois mil cientistas do mundo todo, considerados os maiores especialistas em
pesquisas sobre o clima, reunidos em um painel internacional estabelecido em
conjunto pelo Programa das Nações Unidas sobre Desenvolvimento - PNUD (UNDP
é a sigla em inglês) e a Organização Mundial de Meteorologia – OMM, (WWO É a
sigla em inglês) em Toronto, em 1988. O primeiro relatório do IPCC, publicado em
1990, constatou que havia ocorrido uma elevação de 0,5 ºC na temperatura média
global em relação ao século anterior e alertou sobre a necessidade de serem tomadas
medidas severas para diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa como
sendo a única forma de evitar o aquecimento global. Com base nesses estudos, foi
iniciada uma série de negociações que resultou na convenção sobre o clima, assinada
durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, conhecida como Rio-92, ou
Eco-92.
Em 1992, mais de 160 países aprovaram a Convenção Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima, dentre outros tratados internacionais ambientais,
assumindo o compromisso de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Seu
principal objetivo é:
- Estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um
nível que evite a interferência perigosa de atividades antrópicas (humanas) sobre o
sistema climático. Tal nível deverá ser alcançado em tempo suficiente para permitir
que os ecossistemas se adaptem naturalmente às mudanças climáticas, de modo a
garantir que a produção de alimentos não seja ameaçada e o desenvolvimento
econômico continue de maneira sustentável.
Outras exigências foram acrescentadas pelo Protocolo de Kyoto e continuarão
sendo acrescentadas na forma de emendas e outros protocolos à medida que forem
sendo realizadas as sessões das Conferências das partes e novas descobertas
científicas se consolidarem.
O Protocolo estabelece que os países industrializados terão a obrigação de
reduzir suas emissões coletivas de seis gases efeito estufa em pelo menos 5%, se
30
comparados aos níveis de 1990, para o período entre os anos 2008-2012. Sua
inovação constituiu a inclusão de mecanismos econômicos para facilitar a redução de
emissões. Aberto para assinatura em março de 1998.
Em 22 de março de 2001, o presidente George W. Bush declarou que não
apoiaria o Protocolo de Kyoto e, voltando atrás em uma promessa de campanha,
disse que não ia exigir a restrição de emissões de Co2 do setor energético nos EUA.
Sua declaração gerou reações no mundo todo. Embora a incerteza quanto aos rumos
das negociações se tenha agravado com isso, em julho adotou-se o acordo de Bonn,
que regulamenta a implementação do Protocolo, conforme o cronograma
estabelecido pelo Plano de Ação de Buenos Aires. Confirma-se, portanto, a tendência
de o mercado se encarregar de disciplinar os mecanismos econômicos para redução
de emissões, como já vem sendo feito na prática em diversos países.
O Brasil é um dos países de maior relevância para a efetiva implementação da
convenção, por uma série de fatores de natureza econômica, social, política e
ambiental. Com relação à questão política, o Brasil tem exercido liderança no campo
internacional nessa matéria, desde a realização da Conferência da ONU no Rio em
1992 até a proposta em Kyoto do mecanismo que veio a transformar-se no
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Com relação aos aspectos ambientais, o país
destaca-se como o de maior biodiversidade do planeta (Amazônia), matriz energética
baseada em geração por hidroelétricas e existência de alternativas energéticas
menos poluentes, como o álcool, e enorme potencial para geração de energia
renovável, dentre outros.
Em 20 de junho de 2001, foi estabelecido por decreto o Fórum Brasileiro de
Mudanças Climáticas, presidido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Este
Fórum pretendia atuar como interface e consolidar a interlocução do governo com
múltiplos atores, incluindo-se a sociedade civil, em busca de subsídios e informações
sobre iniciativas em curso, promovendo uma troca dinâmica de informações entre
diversos atores sociais relevantes na questão do clima.
Seu objetivo primordial era conscientizar e mobilizar a sociedade para a
discussão e a tomada de posição sobre os problemas decorrentes da mudança do
clima por gases de efeito estufa. Como facilitador, o Fórum é a interface entre o
governo e a sociedade civil. Sua efetiva implementação dependia da articulação dos
setores envolvidos e serviria para inserir na agenda nacional um tema extremamente
relevante da agenda global.
31
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando o progresso sustentável, ao longo das décadas, percebemos que,
até a década de 60, o homem apenas usufruía dos recursos naturais, sem
preocupação com a conservação deles, e que o termo desenvolvimento sustentável
surge, duas décadas depois, pela preocupação com o uso indiscriminado da natureza
finita.
O conceito de educação ambiental surge como um processo em que indivíduos
e coletividade constroem atitudes e práticas essenciais para qualidade de vida e
sustentabilidade. A educação ambiental se encontra intimamente relacionada à
educação como um todo, e deve ser trabalhada com crianças na escola, de forma
transversal, levando, desde cedo, ao paradigma de cuidado com o meio em que vive.
As práticas de permacultura são bem complexas para viver e atingir o ápice da
sustentabilidade.
O esquema da flor da permacultura norteia todas as áreas para atitudes mais
saudáveis e agridam o menos possível o meio em que vivemos. Desenvolver a
sustentabilidade de fato se inicia modificando atitudes e práticas pessoais, e a própria
constituição federal rediz isso em lei, afirmando que é de responsabilidade também
da sociedade defender e preservar nosso ambiente. Além de ações pessoais, para
se construir uma sociedade sustentável, é necessárias ações regionais e globais,
unindo todos os povos em prol da gestão correta e minimização de danos ambientais.
Em todo o processo de desenvolvimento, é preciso envolver o respeito e
cuidado com as demais comunidades de seres vivos, enxergando seu papel no
equilíbrio dos ecossistemas. Alcançar condições sociais de paridade econômica é
algo que melhora a qualidade de vida humana e acende o desejo de uma sociedade
justa e viável ambientalmente para as pessoas.
Integrar desenvolvimento econômico a conservação é um desafio constante no
Brasil e no restante do globo. Temos várias barreiras que impedem um modo de
consumo mais sustentável, sendo o sistema capitalista o principal vilão para um
mundo em constante crescimento ambiental que garanta qualidade de vida a
gerações futuras.
32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUHNS, H. T. A busca pela natureza: Turismo e natureza, 1ªed. Ed. Manole, São
Paulo/SP, 2009. CANEPA, C. Cidades Sustentáveis: o município como lócus da
sustentabilidade. São Paulo: Editora RCS, 2007.
33
2011. 451 f. Tese (Doutorado) - Curso de Derecho, Departamento de Faculdad de
Derecho, Universidad de Alicante,Espanha,p.53, 2011.
34