Linguagens - Tema 12

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EXTENSIVO Tema 12 – Linguagens - ITA

MANHÃ
CADERNO 2 – PROF. CAIO

1. Para apresentar a sua Antologia poética, Carlos a) “Eta vida besta, meu Deus.” (“Cidadezinha
Drummond de Andrade escreveu: “Algumas poesias qualquer”).
caberiam talvez em outra seção que não a escolhida, b) “Amanhecem de novo as antigas manhãs/ que não
ou em mais de uma. A razão da escolha está na vivi jamais, pois jamais me sorriram.” (“Campo de
tônica da composição, ou no engano do autor.” flores”).
(“Informação – NOTA DA PRIMEIRA EDIÇÃO”). c) “Não cantarei amores que não tenho,/ e, quando
Diante do trecho citado, é possível afirmar que tive, nunca celebrei.” (“Nudez”).
a) o poeta quer dizer que a divisão é rígida e espelha d) “E como ficou chato ser moderno./ Agora serei
fielmente as fases de sua obra. eterno.” (“Eterno”).
b) o poeta admite, com ironia, a própria falibilidade e e) “Então nos punimos em nossa delícia./ O amor
faculta ao leitor a liberdade de outra organização atinge raso, e fere tanto.” (“Ciclo”).
dos poemas.
c) a Antologia poética deve ser entendida 4. A respeito da obra de Carlos Drummond de
normativamente, isto é, segundo uma “ordem Andrade, é incorreto afirmar que
interna” inalterável e que representa a chave da a) a sua poética mantém uma relação ambígua com
poética de Drummond. a memória, com traços de esperança, embora sem
d) o poeta retira do leitor a possibilidade de saudosismo ou idealização, como atestam os
interpretar a sua poesia. versos: “Pois de tudo fica um pouco./ Fica um
e) é evidente a falta de critério para a seleção dos pouco de teu queixo/ no queixo de tua filha.”
poemas, o que indica apenas a intenção de (“Resíduo”).
amostragem, sem qualquer planejamento ou b) não é sua característica tratar do amor como
organização. luxúria carnal que intensifica a dor de amar,
conforme atestam os versos: “Não cantarei amores
2. Leia atentamente os versos destacados de “Amar”, que não tenho,/ e, quando tive, nunca celebrei.”
da seção “AMAR-AMARO”. Em seguida, assinale a (“Nudez”).
alternativa CORRETA. c) não é marcada por terna evocação saudosista do
passado, como atestam os versos: “E de tudo fica
Este o nosso destino: um pouco./ Oh abre os vidros de loção/ e abafa/ o
amor sem conta, insuportável mau cheiro da memória.” (“Resíduo”).
distribuído pelas coisas d) o poeta jamais demonstra dúvidas relativamente
pérfidas ou nulas, ao amor, conforme atestam os versos: “Amarei
doação ilimitada a uma mesmo Fulana?/ ou é ilusão de sexo?” (“O mito”).
completa ingratidão, e) o poeta não evita o tema da memória e só trata da
e na concha vazia do expectativa do futuro, como atestam os versos:
amor a procura medrosa, “Amanhecem de novo as antigas manhãs/ que não
paciente, de mais e mais vivi jamais, pois jamais me sorriram.” (“Campo de
amor. flores”).
a) os versos evidenciam que o amor, na poética de
Drummond, não representa um tema importante e 5. Leia atentamente, a primeira estrofe de “Morte do
é apenas ligeiramente abordado em seus poemas. leiteiro”, da seção “NA PRAÇA DE CONVITES”. Em
b) os versos evidenciam a centralidade do amor seguida, assinale a alternativa CORRETA.
erótico na poética de Drummond, por meio do qual
a subjetividade individual se exprime. Há pouco leite no país,
c) os versos evidenciam que, na poética de é preciso entregá-lo cedo.
Drummond, o amor vai além do sentimentalismo Há muita sede no país,
individual para englobar relações humanas mais é preciso entregá-lo cedo.
profundas. Há no país uma legenda,
d) nestes versos, o poeta reduz o amor ao ato que ladrão se mata com tiro.
sexual, ao desejo carnal entre homem e mulher. a) os verbos, advérbios e complementos
e) nestes versos, o amor restringe-se a um representam uma situação perigosa para quem
sentimentalismo convencional, evidenciado pela bebe pouco leite.
escolha da forma tradicional do soneto para b) a construção repetitiva dos versos sugere uma
exprimir o tema. tensão entre as condições de vida, a repetição
própria do trabalho moderno e uma moralidade
3. Assinale a alternativa que confirma a seguinte social violenta.
afirmação: a poética de Drummond mantém uma c) o estilo coloquial do poema está em perfeita
relação ambígua com a memória, com traços de consonância com os preceitos da poética
esperança, embora sem saudosismo ou idealização. romântica do autor.

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d) os versos tematizam a luta no campo entre c) “Acho que você nunca amou ninguém a não ser
grandes e pequenos pecuaristas dedicados à você mesmo, ela disse apertando as palmas das
produção de laticínios no país. mãos contra os olhos. Amei você – quis dizer e
e) a escassez de recursos linguísticos é uma não tive forças.” (“A sauna”).
metáfora da escassez de recursos na produção d) “Fiz minha cara inocente: na véspera, ele me
social de laticínios no país. advertira que eu podia ser uma moça de mãos
feias, ‘Ainda não pensou nisso?’. Nunca tinha
6. Leia atentamente o trecho destacado do conto pensado antes, nunca me importei com as mãos,
“Seminário dos ratos”, no qual o Chefe das Relações mas no instante em que ele fez a pergunta
Públicas dirige-se ao Secretário do Bem-Estar comecei a me importar.” (“Herbarium”).
Público e Privado. Em seguida, assinale a alternativa e) “E achei que seria a oportunidade de me livrar
CORRETA. dele, a troca era vantajosa, mas calculei mal, logo
nos primeiros encontros descobri que a traição faz
– Bueno, ontem à noite ele sofreu um pequeno apodrecer o amor. Na rua, no restaurante, no
acidente, Vossa Excelência sabe como anda o nosso cinema, na cama e em toda parte, Eduarda, você
trânsito! Teve que engessar um braço. Só pode esteve presente.” (“Noturno amarelo”).
chegar amanhã, já providenciei o jatinho —
acrescentou o jovem com energia. – Na retaguarda 8. Assinale a alternativa CORRETA acerca do conto
fica toda uma equipe armada para a cobertura. “Herbarium”.
Nosso Assessor vai pingando o noticiário por a) o conto narra um caso de sedução de um adulto
telefone, criando suspense até o encerramento, por uma menor, como atesta o trecho: “Herbarium,
quando virão todos num jato especial, fotógrafos, ensinou-me logo no primeiro dia em que chegou
canais de televisão, correspondentes estrangeiros, ao sítio. Fiquei repetindo a palavra, herbarium.
uma apoteose. Finis coronat opus, o fim coroa a Herbarium.”
obra! b) o conto narra o ingresso da protagonista na
adolescência, marcado pela sedução de um seu
a) a passagem exprime a moral da história, qual seja: primo adulto, como atesta o trecho: “Ele
a política é impossível sem jatinhos. selecionava as folhas ainda pesadas de orvalho
b) a preocupação das personagens com as quando me perguntou se já tinha ouvido falar em
aparências e a comunicação com o público folha persistente.”
representa os seus ideais republicanos e c) o conto descrever o desabrochar do primeiro amor
democráticos. – platônico e delicado – da protagonista, causado
c) a preocupação principal das personagens era pela presença de um primo mais velho: “Dizer-lhe
promover uma comunicação transparente e que diante dele, mais do que diante dos outros,
honesta com o público. tinha de inventar e fantasiar para obrigá-lo a se
d) a linguagem do Chefe das Relações Públicas demorar em mim como se demorava agora na
evidencia que ele não se preocupa apenas com os verbena — será que não percebia essa coisa tão
objetivos, mas também com a dignidade dos meios simples?”
para atingi-los. d) o conto narra o processo de amadurecimento
e) a tradução do adágio latino, na última frase, indica traumático de uma adolescente, desencadeado
a mentalidade utilitarista e a falta de princípios pelo assédio de um primo mais velho, como atesta
superiores das personagens em questão. o trecho: “Tia Marita me enlaçou pela cintura
enquanto se esforçava para lembrar o nome da
7. Relações amorosas desgastadas são uma recém-chegada, um nome de flor, como era
constante nos contos de Lygia Fagundes Telles. mesmo?”
Assinale a alternativa que não ilustra essa afirmação. e) o conto narra a história de uma família de
a) “Se por acaso alguém tinha pensado em comprar mulheres botânicas que viajam pelos sertões do
um novo fio dental porque este estava no fim. Não Brasil e sofrem todo tipo de assédio: “‘Aonde você
está, respondi, é que ele se enredou lá dentro, se vai com esse vestido de maria-mijona?’, perguntou
a gente tirar esta plaqueta (tentei levantar a minha mãe me dando a xícara de café com leite.”
plaqueta) a gente vê que o rolo está inteiro mas
enredado e quando o fio se enreda desse jeito, 9. Leia atentamente o trecho do conto “A mão no
nunca mais!, melhor jogar fora e começar outro ombro” e, em seguida, assinale a alternativa
rolo. Não joguei.” (“Noturno amarelo”). CORRETA.
b) “Chega também de banho? ela perguntou
enquanto dava tapinhas no queixo. Ele calçou os Deixou cair a folha seca, enfurnou as mãos nos
chinelos: se não estivesse tão cansado, poderia bolsos e seguiu pisando com a mesma prudência da
odiá-la.” (“A mão no ombro”). estátua. Contornou o tufo de begônias, vacilou entre

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os dois ciprestes (mas o que significava essa b) a idolatria do autor para com os políticos que
estátua?) e enveredou por uma alameda que lhe defendiam a volta do regime monárquico.
pareceu menos sombria. Um jardim inocente. c) a ironia com que a narrativa retrata a política
a) é um narrador predominantemente em terceira institucional da República Velha.
pessoa, que utiliza, por vezes, o discurso indireto d) a crença do narrador de que os males da política
livre para se confundir com a personagem tinham origem nas intrigas das cortes europeias.
protagonista. e) o tom de desesperança para com o futuro do
b) é um narrador em primeira pessoa que constrói Brasil manifestado na psicologia das personagens
um monólogo interior. femininas.
c) é um narrador protagonista, que relata, em
primeira pessoa, as experiências que outra 12. Identifique a CORRETA caracterização do
personagem lhe contou. narrador de Numa e a ninfa.
d) é um narrador em terceira pessoa pouco atento a) é um narrador onisciente, que julga crítica e
aos pensamentos da personagem protagonista. sarcasticamente os fatos e as personagens.
e) é um narrador judicativo que recrimina a culpa que b) é um narrador personagem, imparcial, em 3ª
a personagem protagonista sente e, por isso, faz pessoa.
perguntas a si próprio. c) é um narrador em 3ª pessoa, imparcial ao narrar
os fatos, mas que julga criticamente as
10. Leia atentamente o trecho destacado do conto personagens.
“Noturno amarelo” e, em seguida, assinale a d) é um narrador onisciente, em 1ª pessoa, que julga
alternativa CORRETA. moralmente as demais personagens.
e) é um narrador onisciente, distanciado dos fatos e
Tudo então aconteceu muito rápido. Ou foi lento? Vi das personagens.
o Avô dirigir-se para a porta que ficava no fundo da
sala, pegar a chave que estava no chão, abrir a 13. Leia atentamente o trecho destacado de Numa e
porta, deixar a chave no mesmo lugar e sair a ninfa e assinale a alternativa que a caracteriza
fechando a porta atrás de si. Foi a vez da Avó, que INCORRETAMENTE.
passou por mim com sua bengala e seu lorgnon, me
fez um aceno e deixando a chave no mesmo lugar, A Cidade Nova dança à francesa ou à americana e
seguiu o Avô. Vi Eduarda de longe, ajudando o noivo ao som do piano. Há por lá até o célebre tipo do
a vestir a capa, Mas onde foram todos? perguntei e pianista, tão amaldiçoado, mas tão aproveitado que
ela não ouviu ou não entendeu. bem se induz que é ocultamente querido por toda a
a) a visita de Laura, protagonista do conto, à antiga cidade. É um tipo bem característico, bem função do
casa de sua família, aconteceu realmente, mas lugar, o que vem a demonstrar que o 'cateretê' não é
isso não a afeta em nada. bem do que a Cidade Nova gosta.
b) a visita de Laura à antiga casa de sua família só
aconteceu na sua imaginação, o que revela a a) a observação de fatos cotidianos aproxima-se da
futilidade da personagem. crônica e permite ao narrador relatar algo que o
c) por nunca ter nutrido sentimentos de amor por sua senso comum não percebe imediatamente.
família, Laura decide voltar no meio do caminho e b) pelo relato dos fatos cotidianos, o narrador revela
cancelar a visita. que, por trás das aparências, há uma recusa da
d) mais importante do que saber se a visita de Laura cultura popular implícita na adesão à estrangeira.
à antiga casa de sua família aconteceu realmente c) o narrador manifesta sutilmente um juízo acerca
ou não é entender que as suas memórias a levam do que se passa.
a passar a sua vida a limpo. d) o relato e a interpretação do fato cotidiano
e) mais importante do que saber se a visita de Laura facultam ao leitor formular seus próprios juízos
à antiga casa de sua família aconteceu realmente sobre o que se passa.
ou não é entender que nenhuma lembrança é e) é um relato estritamente objetivo que não busca
capaz de alterar a sua falsidade e dissimulação em manifestar nenhuma perspectiva subjetiva ou
relação ao passado. aspecto despercebido do cotidiano.

11. Em Numa e a ninfa, o episódio (cap. 10) das 14. Acerca das personagens Numa e Lucrécio Barba
contínuas interrupções do deputado Júlio Barroso no de Bode, de Numa e a ninfa, é possível afirmar
parlamento ilustra CORRETAMENTE que
a) o respeito distanciado, porém, genuíno, que as a) são o espelho da boa educação aristocrática que
classes populares da época nutriam para com os também caracteriza a dupla Edgarda e D. Florinda.
políticos. b) representam a dignidade de caráter do povo
brasileiro, como Bogóloff e Juca Chaveco.
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c) são personagens secundárias, cuja única função é complexa.


auxiliar as personagens verdadeiramente centrais
da narrativa. Resposta da questão 3: [B] Nos versos “Amanhecem de
d) são protagonistas porque contribuem novo as antigas manhãs/ que não vivi jamais, pois jamais
me sorriram.”, pode-se notar inicialmente os traços de
decisivamente para o sucesso das carreiras esperança ligados à memória, pela menção ao “amanhecer
políticas de Bentes e Benevenuto. de antigas manhãs” no primeiro verso, mas, em seguida,
e) representam ao leitor que o oportunismo e a ação no segundo verso, o eu lírico expõe não ter vivido isso, o
por mera conveniência estão presentes em todas que ressalta a relação de ambiguidade presente.
as classes sociais brasileiras.
Resposta da questão 4: ANULADA Questão anulada no
15. Leia atentamente o trecho destacado de Numa e gabarito oficial. Questão anulada por erro de digitação. No
entanto, pode-se observar que na alternativa [D] há a
a ninfa e o compare às declarações de I a III. Em
afirmação de que o poeta não demonstra dúvidas quanto
seguida, assinale a alternativa CORRETA. ao amor, o que não se confirma nos versos “Amarei
mesmo Fulana?/ ou é ilusão de sexo?”, uma vez que o eu
Era a política, era Campelo a garantir-lhe a lírico reflete e questiona seu sentimento, evidenciando
impunidade e, mais alto, os protetores de Campelo dúvida em relação a ele.
dando a este mão forte e prestígio… Se o Estado é
uma coação organizada, essa coação cessava por Resposta da questão 5: [B] Na primeira estrofe de “Morte
abdicação do próprio Estado… Era o ruir de tudo… do leiteiro”, o paralelismo sintático, devido à repetição
Onde nos levaria tudo isso?… A sua colaboração parcial dos versos quanto ao que há ou não no país, bem
como sobre a necessidade de entrega cedo, ressalta
não seria criminosa? Tinha direito perante a sua aspectos próprios da condição de vida do leiteiro, em que
própria consciência de contribuir para semelhante há sempre “pouco” daquilo que é necessário, mas “muito”
ruína? Sentiu perfeitamente que esse afrouxamento do que se mostra como negativo, neste caso, a violência.
da lei e da autoridade tinha por fim recrutar
dedicações aos ambiciosos antipáticos à opinião. A Resposta da questão 6: [E] Em “Seminário dos ratos”, há
coação legal do Estado fizera-se, para uma um retrato sobre um contexto político-social em que chefes
mascarada eleitoral, ameaça de valentão… de diferentes nações estão reunidos para debater sobre a
epidemia dos ratos, principalmente visando ao controle de
informações, isto é, promovendo uma manipulação dos
I. O narrador usa o discurso direto para se distanciar
fatos. No trecho em foco, o Chefe das Relações Públicas
da personagem. apresenta no adágio latino uma síntese do que eles
II. O discurso indireto é usado unicamente para buscam realizar, revelando a mentalidade utilitarista de
explicitar ao leitor as certezas da personagem. propiciar o bem-estar a partir de determinadas ações, mas
III. O uso do discurso indireto livre não é evidenciado que, na verdade, apenas evidencia a falta de princípios
pela falta de referência direta aos pensamentos superiores das personagens em questão.
da personagem.
Resposta da questão 7: [D] No conto “Herbarium”, a
narrativa aborda a descoberta do sentimento, do amor, por
a) apenas I é verdadeira. parte da personagem. Nesse sentido, embora sejam uma
b) apenas II é verdadeira. constante nos contos de Lygia Fagundes Telles, não há
c) apenas I e II são falsas. retrato sobre relações amorosas desgastadas na obra em
d) apenas III é falsa. foco, diferentemente das demais narrativas mencionadas
e) todas são falsas. em [A], [B], [C] e [E].

Gabarito: Resposta da questão 8: [C] No conto “Herbarium”, a


narrativa aborda a descoberta do amor por parte da jovem
personagem em relação ao seu primo mais velho, recebido
Resposta da questão 1: [B] Drummond faz uso de um tom pela família. Dessa forma, o conto descrever o desabrochar
irônico ao evidenciar a possibilidade de inserir algumas do primeiro amor da jovem, platônico pela não
poesias em outra seção que não aquela escolhida por ele - correspondência e delicado ao se considerar a forma
o que revela a liberdade de outra organização dos poemas sensível como é retratado.
-, mas também justifica tal fato como um engano de sua
parte, isto é, revela a própria falibilidade, o que pode ser, Resposta da questão 9: [A] Em “A mão no ombro”, pode-
inclusive, questionado, visto que o autor domina os temas a se notar que o discurso do narrador, classificado como do
ponto de classificá-los de forma adequada em sua obra. tipo onisciente, é apresentado na terceira pessoa. Além
disso, no trecho em foco, entre parênteses, há uma
Resposta da questão 2: [C] Nos versos destacados, ao informação que pode ser diretamente remetida à
tratar sobre o amor, o eu lírico não se volta a uma personagem da história, o que caracteriza a noção de que,
perspectiva subjetiva ou a uma visão individual no que diz em determinados momentos, o narrador faz uso do
respeito a esse sentimento, restrita às emoções e ao discurso indireto livre, emaranhando-se à perspectiva da
sentimentalismo do sujeito, mas faz menção às relações personagem.
humanas por meio de uma caracterização mais profunda e

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Resposta da questão 10: [D] No trecho em destaque da


narrativa fantástica de “Noturno amarelo”, a personagem
Laura encontra-se na casa de sua família. Por ser uma
obra de caráter fantástico, instaura-se o questionamento
sobre tal fato ter acontecido ou não. Contudo, o principal
foco deve estar na compreensão de que, ao longo da
narrativa, Laura manifesta memórias que recuperam
aspectos e momentos atrelados à família, uma experiência
significativa para refletir sobre sua própria vida.

Resposta da questão 11: [C] O episódio das contínuas


interrupções do deputado Júlio Barroso no parlamento, que
impediam a manifestação de críticas ao governo (como
toda a obra de Lima Barreto), apresenta de forma irônica
os personagens, suas ações e relações, a fim de
evidenciar como a política institucional da República Velha,
embora propusesse uma nova perspectiva, continuou a
manifestar as mazelas das estruturas político-econômicas
dos períodos anteriores.

Resposta da questão 12: [A] Na obra Numa e a ninfa,


pode-se notar um narrador onisciente, visto que a narrativa
é apresentada por um discurso na 3ª pessoa, permeado de
crítica e sarcasmo ao retratar o contexto político-
econômico, as relações e ações dos personagens,
costumes da sociedade do período focalizado na obra.
Dessa forma, é por meio de um narrador irônico, em
constante diálogo com o leitor, que se denuncia e revela os
diversos tipos de sujeitos e de situações vivenciadas por
eles.

Resposta da questão 13: [E] A alternativa [E] apresenta a


informação incorreta, visto que o relato presente no trecho
não é estritamente objetivo. Há menção a aspectos da
Cidade Nova, especialmente em relação à parte artística,
acompanhados de uma perspectiva subjetiva, como em
“tão amaldiçoado”, ao tratar do pianista, e em “não é bem
do que a Cidade Nova gosta”, avaliando o que seria mais
adequado àquele contexto.

Resposta da questão 14: [E] Na obra de Lima Barreto, os


personagens Numa e Lucrécio Barba de Bode pertencem a
classes sociais diferentes. Numa, embora de origem pobre,
ascende socialmente como bacharel em direito e,
posteriormente, como deputado, pela influência política da
família de sua esposa. Lucrécio, homem simples e
marginalizado, era inicialmente carpinteiro, mas abandona
o ofício para servir aos interesses de políticos influentes da
época, o que lhe proporciona, além de certa ascensão,
cometer delitos e permanecer impune. Nesse contexto,
marcado por profundas diferenças e desigualdades sociais,
Numa e Lucrécio assemelham-se por destacar como o
oportunismo e a ação por conveniência movem os sujeitos,
especialmente aqueles corrompidos pelo sistema vigente
durante a Primeira República.

Resposta da questão 15: [E] Ao contrário do que se


afirma em [III], por meio do “não é”, no trecho, o narrador
faz uso do discurso indireto livre, que relaciona a sua
perspectiva ao ponto de vista e pensamentos da
personagem, principalmente nos momentos em que há
questionamentos presentes. Desse modo, não há uso de
discurso direto ou indireto, conforme exposto em [I] e [II].

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