Guia Prático de Recursos Manuais em Fisioterapia
Guia Prático de Recursos Manuais em Fisioterapia
Guia Prático de Recursos Manuais em Fisioterapia
CURSO DE FISIOTERAPIA
FORTALEZA - CE
2012
Orientação
Profa Ma Ana Karina Monte Cunha Marques
Profa Esp. Anairtes Martins de Melo
Profa Ma Jamille Soares Moreira Alves
Pesquisadores
Cassio Diêgo Albuquerque Saraiva
Danny Garcia Sales
Francisca Erlângia Barbosa
Laryssa Zabulon Feijó
Pâmela Almeida Costa
Colaboradoras
FORTALEZA
2012
Este estudo foi desenvolvido por alunos acadêmicos do curso de fisioterapia do último
semestre com intuito de aprofundamento das técnicas, entenderem as varias formas de
interpretação registrada por autores renomados da área alêm da criação de material criativo que
organize, em um só instrumento, definições e imagens das principais condutas que hoje são
mais utilizadas na pratica fisioterapeutica respiratória.
Desta forma este trabalho tem como objetivos primeiro registrar as condutas sob o
prisma de alguns autores de renome na área respiratória, as formas descritas e como são
realizadas as condutas de remoção de secreção, demonstrando a técnica, com especificações de
posicionamentos, indicações, contraindicações e o efeito fisiológico da técnica. Segundo que
este sirva de guia pratico a ser utilizado por acadêmicos na facilitação de sua capacitação.
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POSTIAUX, Guy; et. al. Fisioterapia respiratória pediátrica: o tratamento guiado por
ausculta pulmonar. 2ª Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
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A expiração lenta total com a glote aberta em infralateral (ELTGOL) é uma expiração lenta,
iniciada na CRF e continuada ate a VR; o fisioterapeuta toma cuidado de colocar a região
obstruída, localizada graças a detecção de estalidos de media frequência durante a ausculta
mediata, no lado do plano de apoio, isto é, em infralateral.A escolha de decúbito lateral para
sua realização deve-se a busca de uma melhor desinsuflação no pulmão infralateral.
Seu local de ação demonstrado é a arvore traqueobrônquica média, onde as expirações forçadas
têm apenas um efeito limitado ou mesmo nulo. Destacamos o caráter seletivo dessa técnica, que
permite dirigir-se a uma região pulmonar infralateral determinada de acordo com as
observações clássicas de uma ventilação infralateral predominante em decúbito lateral. Os
mecanismos que subtendem esses efeitos na periferia do pulmão podem ser de naturezas
diversas e são mencionados na síntese dos efeitos das expirações lentas que segue. Referimos
ao leitor a nossa primeira obra para uma descrição mais detalhada dos efeitos broncocinéticos
da ELTGOL.
ELTGOL
Técnica que utiliza expirações lentas e prolongadas ate o volume residual, com o paciente
posicionado em decúbito lateral, com pulmão comprometido em posição dependente da
gravidade para obter o deslocamento das secreções localizadas em vias aéreas medias.
Justifica-se a escolha pela maior excursão diafragmática e maior desinflação, o que faz
aumentar o tempo e o fluxo expiratório. O paciente respira a volume-corrente e, a partir da
capacidade residual funcional, realiza, com a glote aberta expiração ate o volume residual.
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A Expiração Lenta Total com a Glote Aberta em Decúbito Lateral (ELTGOL) pode ser
considerada uma técnica de desobstrução brônquica com expiração lenta. Ela deve ser realizada
em pacientes cooperativos, já que exige alteração dos volumes durante a ventilação.
Técnica:
Nesta técnica, o paciente deve ser posicionado em decúbito lateral, e o pulmão a ser tratado
(desobstrução) deve estar na posição dependente, ou seja, para baixo. Solicita-se ao paciente
que promova expirações lentas e totais partindo do VC até o VR, mantendo a glote aberta. Para
que se assegure de que o procedimento será executado com a glote aberta, o paciente pode
utilizar um bocal, ou respirar pela boca com a língua para fora.
Método de execução:
- A ELTGOL é uma técnica proposta pelo fisioterapeuta belga Guy Postiaux, e consiste em
realizar uma expiração lenta com a glote aberta, estando o paciente em decúbito lateral com a
região a ser desobstruída em infralateral.
DRENAGEM AUTÓGENA
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POSTIAUX, Guy; et. al. Fisioterapia respiratória pediátrica: o tratamento guiado por
ausculta pulmonar. 2ª Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
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Trata-se de uma técnica de higiene brônquica que utiliza inspirações e expirações lentas
controladas pelo paciente em posição sentada, começando em VRE para mobilização de
secreções situadas nos brônquios médios, depois evoluindo progressivamente ate o VRI para a
eliminação das secreções que se localizam na arvore aérea proximal.
Proposta por um grupo belga, a técnica visa obter, graças às expirações lentas, melhores fluxos
brônquicos que os fluxos produzidos pelas expirações forçadas.
O paciente também pode colocar as mãos no prolongamento uma de outra, desde a boca ate a
orelha, com o propósito de perceber melhor seus ruídos brônquicos. A posição das mãos tem
por efeito aumentar o volume da caixa de ressonância nasobucofaríngea que transmite, dessa
maneira, os ruídos dos brônquios, normais e adventícios, com mais intensidade.
A escuta dos ruídos respiratórios é um meio mais seguro de perceber os sinais de obstrução
brônquica do que a percepção tátil sobre a parede torácica, a qual só permite a percepção de
frequências baixas. Uma inspiração diafragmática, nasal, seguida de uma pausa teleinspiratória,
com as vias aéreas superiores abertas, precede uma expiração nasal lenta. Como uma espécie de
suspiro, até o nível expiratório desejado. Na pratica, o tempo inspiratório reduzido e a pausa
teleinspiratória destinam-se a lutar contra o assincronismo ventilatório.
2 – uma ventilação a médiovolume pulmonar destinada a reunir as secreções nas vias aéreas
médias; e
3 – Uma ventilação a médio ou alto volume pulmonar destinada a eliminar as secreções das
vias aéreas centrais.
- de maneira passiva: fluxo de ar inicial rápido sem a ação dos músculos respiratórios.
- de maneira ativa: fluxo expiratório lento com sustentação dos músculos respiratórios.
Indicações da DA:
-Suas limitações são a falta de cooperação do individuo não sendo, além disso, aplicável na
criança pequena, que coopera pouco ou se controla mal.
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- O objetivo é proporcionar o Maximo fluxo aéreo dentro das vias aéreas para deslocar e
mobilizar secreções de vias aéreas periféricas para vias aéreas centrais para serem eliminadas.
O paciente pode realizar expirações forçadas com a glote aberta (huffing) para eliminar as
secreções.
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Por ser uma técnica ativa, a drenagem autógena requer treinamento e cooperação do individuo
para que possa ser realizada de modo independente. Uma vez aprendida, a técnica pode ser
realizada, inclusive, durante algumas atividades da vida diária, como, por exemplo, assistindo
televisão.
Posicionamento do paciente:
Fases da técnica:
1 – Fase do descolamento:
- inicia-se com uma expiração oral lenta e forçada, recrutando-se percentuais do volume de
reserva expiratório (VRE)
- Inspiração a baixo volume, recrutando-se percentuais do volume corrente (VC).
1. Durante a expiração, em todas as fases da DA, o paciente deverá utilizar um bocal para
ativação do reflexo bucofaríngeo que favorece a manutenção da glote aberta.
2. A fase de eliminação requer inspiração diafragmática.
3. Em todas as fases, a velocidade do fluxo expiratório deve ser controlada para se evitar
um pico de fluxo alto que resulte em fechamento precoce das vias aéreas com o
deslocamento do ponto de igual pressão para a periferia.
4. A tosse deve ser reprimida durante a realização das três fases.
5. Após todo esse processo, caso as secreções tenham alcançado as vias aéreas proximais e
o paciente não tiver apresentado o reflexo de tosse, ele deverá realizar uma cãoiração
forçada a alto volume (huffing) com o objetivo de mobilizá-las.
De acordo com a literatura, cada fase da técnica deve ser repetida de quatro a cinco vezes,
sucessivamente, sem intervalos. Concluídas as séries de repetições de três fases, todo o
procedimento pode ser repetido por 30 a 45 minutos, duas vezes ao dia. Porém, a duração e o
numero de sessões podem ser alterados, dependendo da quantidade e da viscosidade da
secreção.
A drenagem autógena, também conhecida como autodrenagem, tem como objetivo a realização
da desobstrução brônquica por meio da utilização de diferentes volumes pulmonares. Este
raciocínio é semelhante ao do ciclo ativo da respiração. Assim como o ciclo ativo, a drenagem
autógena depende principalmente da capacidade do fisioterapeuta em descrever como a técnica
deve ser executada pelo paciente.
A drenagem autógena é dividida em três fases. O próprio paciente pode decidir a posição em
que a técnica será realizada. Alguns autores descrevem que a posição sentada seria a melhor
escolha, talvez pelo favorecimento da mecânica ventilatória. Após o paciente adotar a postura,
ele deve permanecer em uma posição confortável, como os ombros relaxados.
Em todas as fases da DA o paciente deverá inspirar, de preferência pelo nariz, de forma lenta, a
fim de evitar que as secreções se desloquem para áreas mais periféricas dos pulmões. Além
disto, a expiração deve ser sempre, realizada com a boca e a glote abertas, para facilitar a
audição do movimento das secreções. As secreções mais periféricas tendem a ser escutadas no
final da expiração. Durante a técnica, a posição das secreções pulmonares também pode ser
detectada por meio da palpação torácica, verificando-se sua frequência (variação de fluxo).
Secreções mais centrais possuem maior frequência.
Neste ponto serão discutidas como as três fases da DA devem ser executadas.
- Fase 1 (deslocamento): Nesta fase o paciente deverá realizar uma inspiração profunda, pelo
nariz, e realizar uma apneuse (pausa inspiratória). Esta inspiração deve ser tão lenta que não
deve ser escutada. Logo em seguida o paciente deverá expirar, de forma lenta, até seu volume
residual, e assim realizar incursões inspiratórias e expiratórias, tentando manter esta dinâmica
abaixo do seu volume corrente. Não esquecer de manter, ao final das inspirações, uma pausa de
aproximadamente 1 a 3 segundos e realizar as expirações com a boca e a glote abertas. Deve-se
manter esta fase até que o muco seja deslocado para VA de maior calibre.
- Fase 2 (coleta): Nesta fase, o paciente continuará realizando incursões ventilatórias, com
pausas, e expiração, com a glote aberta, entretanto os volumes pulmonares deverão atingir a
faixa do volume corrente, podendo chegar no VRI na inspiração e no VRE na expiração. Logo,
deve-se alterar as incursões ventilatórias: entre o VRI e o VC e entre o VRE e o VC. Esta fase
deve ser mantida até que o muco periférico esteja coletado em VA mais centrais.
Método de Execução:
- Proposta por um grupo belga, a técnica visa obter, graças as expirações lentas, melhores
fluxos brônquicos que os fluxos produzidos pelas expirações forçadas.
- O paciente também pode colocar as mãos no prolongamento uma de outra, desde a boca ate a
orelha, com o propósito de perceber melhor seus ruídos brônquicos.
O objetivo é proporcionar o Maximo fluxo aéreo dentro das vias aéreas para deslocar e
mobilizar secreções de vias aéreas periféricas para vias aéreas centrais para serem eliminadas.
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POSTIAUX, Guy; et. al. Fisioterapia respiratória pediátrica: o tratamento guiado por
ausculta pulmonar. 2ª Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
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Definição de EDIC
- para o tratamento de uma afecção ântero-basal, como, por exemplo, do lobo médio, o
corpo deverá estar ligeiramente girado para trás e a pélvis mantida perpendicularmente em
relação ao plano de apoio.
2. A realização de uma apneia teleinspiratória mais longa do que aquela aplicada durante a
EI devido às importantes forças de coesão das obstruções periféricas.
Histórico e definição
Descrição da técnica
Posicionamentos do paciente
1. Póstero-lateral
Para realizar o EDIC póstero-lateral, deve-se posicionar o paciente em decúbito lateral com o
tronco ligeiramente inclinado anteriormente e a pelve perpendicular ao plano de apoio.
2. Ântero-lateral
A EDIC é uma técnica proposta pelo fisioterapeuta belga Guy Postiaux, estando o paciente com
a região a ser tratada em decúbito supralateral.
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O ciclo ativa da respiração é uma técnica que consiste na associação de manobras de controle
da ventilação (exercício diafragmático), manobras de expansão pulmonar e técnicas de
expiração forçadas (TEF), podendo as manobras de expansão pulmonar estar acompanhadas de
manobras desobstrutivas manuais (vibração, percussão e compressão). Para que o resultado
desta técnica seja positivo, o fisioterapeuta deve assegurar que o paciente compreendeu todas as
etapas da manobra. O ciclo ativo da respiração tem boa indicação em pacientes como doenças
pulmonares crônicas, porém sua execução em crianças e pacientes pouco cooperativos pode ser
impraticáveis.
A técnica pode ser dividida em três fases. A primeira consta em realizar em relaxamento
associado ao exercício diafragmático. Na segunda devem ser executadas manobras de expansão
pulmonar, como por exemplo, incursões profundas associadas à SMI. Há relatos de que as
manobras de expansão torácicas poderiam estar associadas a manobras desobstrutivas manuais,
como vibração torácica, tapotagem e compressão torácica. Por fim, na terceira etapa, o paciente
deverá realizar a técnica de expiração forçada, ou seja, realizar um ou dois huffs e, em seguida,
exercícios diafragmático. É importante enfatizar que o huffing deve ser de volume e fluxo
médios a baixos, mas ele poderá ser de alto fluxo se as secreções brônquicas estiverem em VA
centrais.
A técnica deve ser realizada com o paciente sentado ou adotando uma postura de drenagem.
Geralmente, em pacientes com volume médio de secreção brônquica, deve-se permanecer por
aproximadamente 10 minutos em posição de drenagem, e assim continuar as fases da técnica.
Os ciclos devem Cesar quando a remoção da secreção for alcançada ou se o paciente cansar, ou
seja, até que os objetivos do fisioterapeuta sejam concluídos ou não haja possibilidade de
realizar a técnica por parte do paciente.
Bases fisiológicas:
A execução do exercício diafragmático tem como objetivo relaxar o paciente, a fim de que ele
possa descansar entre a execução das técnicas e, consequentemente, reduzir o trabalho
ventilatório.
As manobras de expansão torácica são utilizadas para favorecer a ventilação colateral tentando
“alcançar” as constantes de tempo, para abrir VA colapsadas e evitar a precipitação de
airtrapping e crises de broncoespasmo após a realização do huffing
Nas manobras de TEF, o objetivo estará diretamente relacionado à execução dos huffs. Um
huffing de médio a baixo volume pulmonar associado a baixos volumes expiratórios favorece a
remoção de secreção de VA periféricas pelo deslocamento dos pontos de igual pressão. Este
tipo de manobra pode ser utilizado no inicio do ciclo ativo para deslocar as secreções em
direção às VA de grande calibre. Em contrapartida, o huffing com altos volumes tem como
finalidade a expectoração de secreções em VA centrais, por meio do deslocamento dos pontos
de igual pressão para as VA de grande calibre. Logo, este tipo de manobra deve ser realizado
apenas quando for assegurado que as secreções estão “alcançáveis”. Um método simples para
avaliar a localização das secreções nas VA, durante a aplicação do ciclo ativo. É a ausculta
pulmonar. É fundamental a execução do controle diafragmático após a técnica de huffings, para
que o paciente descanse e para evitar o colapso dinâmico das VA.
As precauções do ciclo ativo, na realidade, são recomendações. O ciclo ativo pode ser útil
como manobra desobstrutiva, porém, se as manobras forem executadas em ordem errada, pode-
se estar comprometendo a eficácia dele. Não se deve, por exemplo, realizar primeiro o huffing
com altos volumes se as secreções não estiverem em VA centrais. A falta de execução dos
ciclos de exercício diafragmático pode prejudicar a técnica e levar o paciente a uma exaustão
precoce.
Dessa forma sugere-se a execução da seguinte estratégia. Começar o ciclo ativo, sempre, com o
exercício diafragmático com aproximadamente 5 ciclos ventilatórios, para que o paciente se
familiarize com a técnica. Na sequência, utilizar as técnicas de expansão pulmonares durantes
três ou quatro incursões ventilatórias. Em seguida, realizar outro ciclo de exercício
diafragmático seguido da TEF, com volumes baixos e realização de, no máximo, dois huffs,
com a realização do exercício diafragmático novamente. Por fim, recomenda-se terminar o
ciclo ativo com as manobras de expansão torácica, para evitar que após a técnica haja colapso
dinâmico das VA, tentando assegurar ventilação pulmonar.
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BRITTO, Raquel Rodrigues; BRANT, Tereza Cristina; PARREIRA, Verônica Franco.
Recursos manuais e instrumentais em Fisioterapia respiratória. Barueri, SP:
Manole, 2009.
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O ciclo ativo das técnicas respiratórias (CATR) é uma técnica desobstrutiva com a finalidade
de promover a perviedade das vias aéreas a partir da periferia pulmonar. O controle da
respiração, os exercícios de expansão torácica e a técnica de expiração forçada (TEF)
combinados fundamentam o CATR. A TEF foi desenvolvida por Thompson e Thompson, em
1968, para auxiliar no deslocamento das secreções em pacientes asmáticos. Pryor e Webber,
1979, descreveram pela primeira vez a técnica, e em 1992, renomearam a TEF para Ciclo Ativo
das técnicas respiratórias com o objetivo de incorporar os exercícios de expansão torácica e os
períodos de controle da respiração juntamente com a TEF.
Descrição da técnica:
Esta fase pode ser repetida até duas vezes, caso as secreções atinjam as vias aéreas proximais, o
paciente deve finalizar o ciclo utilizando uma expiração rápida a alto volume (huffing),
promovendo a higiene brônquica. Alguns pacientes não realizam, até mesmo, a tosse
espontânea. Caso as secreções não atinjam as vias aéreas proximais, todo o ciclo deve ser
repetido.
-- Para que a etapa 2 da TEL seja realizada de modo eficiente, é necessário manter a glote
aberta com auxilio de um bocal e utilizar ativamente a musculatura abdominal e da parede
torácica.
Recomenda-se que o CATR seja realizado por no mínimo, 10 minutos na posição que melhor
favorecer a desobstrução. A técnica deve ser interrompida quando a tosse se apresentar seca
É importante salientar que a técnica pode ser aprendida pelo paciente para que ele possa
realizá-la quantas vezes forem necessárias durante o dia de forma autônoma e segura.
Controle da respiração:
Nesta fase, em que o paciente é encorajado a respirar a volume corrente utilizando o diafragma,
é possível prevenir o aumento na obstrução ao fluxo aéreo. O controle da respiração é o único
momento, durante a realização do ciclo ativo, em que o paciente se encontra relaxado e com
dispêndio mínimo de energia.
Estes exercícios auxiliam a ventilação dos canais colaterais por diminuírem a resistência ao
fluxo aéreo no sistema colateral e gerarem forças expansivas nos alvéolos adjacentes. A pausa
pós-inspiratória, realizada durante esta fase, tem o propósito de diminuir a velocidade do fluxo
aéreo, equalizar as pressões, e, assim, ventilar as vias periféricas e favorecer o deslocamento
das secreções durante a expiração.
Efeitos Fisiológicos:
Indicações:
- pacientes em pós-operatório;
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A técnica do ciclo ativo da respiração foi inicialmente descrita como técnica de expiração
forçada, e só, aos tarde, em 1968, documentada como CAR, PR/or Thompsom & Thompsom².
Essa técnica tem se mostrado efetiva tanto para depuração das vias aéreas como para a melhora
da função pulmonar.
A técnica deve ser adaptada às características individuais de cada paciente, mas cada
componente do ciclo é claramente definido: controle respiratório (CR), exercícios de expansão
torácica (EET) e técnica de expiração forçada (TEF).
Controle respiratório
São exercícios respiratórios profundos que enfatizam a inspiração, com a expiração suave, não
forçada. Com o aumento no volume pulmonar se reduz a resistência ao fluxo aéreo em direção
aos canais colaterais. A passagem do ar ao longo desses canais e por trás das secreções pode
facilitar a mobilização do muco. Em alguns pacientes, uma apneia de três segundos ao final da
inspiração aumentará este efeito. Três ou quatro EET podem ser combinados com vibrações
torácicas ou tapotagem, e devem ser seguidos por CR. A tapotagem e as vibrações parecem ser
úteis em alguns pacientes, mas são desnecessárias em outros.
Consiste na combinação de uma ou duas expirações forçadas (huffs) iniciadas a alto, médio ou
baixo volume pulmonar, e períodos de respiração controlada. Os huffs são obtidos graças a
contração energética dos músculos respiratórios, principalmente abdominais.
Um huff de baixo volume, ou seja, iniciado na capacidade residual funcional, devera ser
utilizado para mobilizar secreções localizadas na periferia pulmonar. Quando o muco atingir
vias aéreas mais proximais, um huff ou tosse com alto volume pulmonar (iniciado na
capacidade pulmonar total) pode ser usado para elimina-lo. O comprimento do huff e a força de
contração dos músculos expiratórios deverão ser alterados para maximizar a depuração das
secreções.
Método de Execução:
- A técnica do ciclo ativo da respiração foi inicialmente descrita como a técnica de expiração
forçada e só mais tarde, em 1968, documentada como CAR, por Thompson & Thompson.
- A técnica deve ser adaptada às características individuais de cada paciente, mas cada
componente do ciclo é claramente definido: controle respiratório (CR), exercícios de expansão
torácica (EET) e técnica de expiração forçada (TEF).
- Controle da respiração;
- Exercícios de expansão torácica;
- Controle da respiração;
- Exercícios de expansão torácica;
- Controle da respiração;
- Técnica de expiração Lenta;
- Controle da Respiração;
- Técnica de Expiração Forçada (huffing).
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POSTIAUX, Guy; et. al. Fisioterapia respiratória pediátrica: o tratamento guiado por
ausculta pulmonar. 2ª Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
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Definição da GPR
A glossopulsão retrógrada (GPR) é uma manobra aplicada na criança pequena, que não
consegue expectorar. Tem como objetivo conduzir as expectorações expulsas pela tosse desde
o fundo da cavidade bucal, onde podem ser coletadas. Embora essa técnica não seja uma
inspiração forçada, ela faz parte das técnicas de desobstrução das vias aéreas extratorácicas,
complementando-as, o que justifica sua descrição nesta seção do capitulo.
Depois de a tosse ter projetado as secreções no fundo da cavidade bucal, o fisioterapeuta seguro
com uma das mãos a cabeça do lactente. Os quatro dedos exteriores são ligeiramente apoiados
sobre o crânio, e o polegar deve ser apoiado sob o maxilar inferior, na base da língua,
impedindo a deglutição. Durante o tempo expiratório segue, o estreitamento da região
orofaríngea aumenta a velocidade do ar expirado e impulsiona o catarro até a comissura dos
lábios. O escarro é coletado então sobre um lenço de papel ou em um recipiente.
Esta técnica permite coletar as expectorações do lactente, o qual evidentemente não consegue
cuspir e, habitualmente, as deglute. A deglutição das secreções leva à destruição da maior parte
dos germes pela acidez gástrica. Convém assinalar que um volume importante de
expectorações deglutidas pode provocar um reflexo emetizante e o vômito. É um inconveniente
menor. A validação dessa técnica não parece ser necessária.
Embora o gesto seja elegante, é muito desconfortável e não tem outra utilidade prática a não ser
o exame macroscópico da expectoração pelo fisioterapeuta, que aprecia sua coloração,
consistência, qualidades reológicas e a eventual presença de sangue. Em caso de expectorações
purulentas, ocasionalmente aplicamos para mostrá-la aos familiares, para que assim tomem
consciência da importância da boa higiene e da necessidade de um ambiente sadio, não
agressivo, no que diz respeito ao aparelho respiratório.
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Método de Realização:
A GPR é uma Técnica utilizada em pacientes pediátricos, com o objetivo final de conduzir as
secreções expulsas pela tosse que se encontram no fundo da cavidade oral.
Essa técnica foi proposta por Bartle em 1988 e sua denominação foi dada por Postiaux.
- A glossopulsão retrógrada (GRP) é uma manobra aplicada na criança pequena, que não
consegue expectorar. Tem como objetivo conduzir as expectorações expulsas pela tosse desde
o fundo da cavidade bucal, onde elas aparecem, ate a comissura labial, onde podem ser
coletadas.
Depois de a tosse ter projetado as secreções no fundo da cavidade oral, o fisioterapeuta segura
com uma das mãos a cabeça do lactente, apoiando quatro dedos sobre ela, enquanto o polegar
deve ser apoiado sob o maxilar inferior, na base da língua, impedindo a deglutição. Na fase
expiratória, o estreitamento provocado pela compressão aumenta a velocidade do ar expulsando
e impulsionando a secreção em direção as comissuras labiais, de onde podem ser retiradas.
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A expiração Lenta Prolongada (ELPr) é uma técnica de higiene brônquica com o objetivo de
deslocar secreções de vias aéreas periféricas para vias aéreas mais proximais.
A criação dessa técnica se deu a partir de estudos a respeito da técnica de expiração lenta total
com glote aberta em infralateral (ELTGOL). Como a ELTGOL é dirigida a adolescentes e
adultos, criou-se a ELPr com base nos mesmos princípios fisiológicos, porem dirigida a
crianças.
Descrição da técnica:
Esta técnica é indicada para lactentes que apresentam secreção em vias aéreas
intratorácicas, preferencialmente vias aéreas médias, porém, pode ser aplicada em crianças até
a faixa etária entre 8 e 10 anos.
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POSTIAUX, Guy; et. al. Fisioterapia respiratória pediátrica: o tratamento guiado por
ausculta pulmonar. 2ª Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
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É uma técnica de ajuda expiratória ao lactante obtida por meio de uma pressão manual tóraco
abdominal lenta que se inicia ao final de uma expiração espontânea e prossegue até o volume
residual (VR). Seu objetivo é obter um volume expirado maior que o de uma expiração normal
que ela apenas prolonga e completa.
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É uma adaptação da técnica ELTGOL para aplicação em neonatos e/ou lactentes, baseada no
mesmo princípio de cisalhamento do muco brônquico por fluxo aéreo lento.
- Descrita por Postiaux, por volta de 1980. Seu objetivo é obter um volume expiratório maior
que o de uma expiração normal, buscando a melhor desinsuflação pulmonar e a depuração da
periferia bronco pulmonar.
- É uma técnica de higiene brônquica com o objetivo de deslocar secreções de vias aéreas para
vias aéreas mais proximais.
- Coloca-se a criança em decúbito dorsal sobre uma superfície semirrígida. Uma pressão
manual conjunta abdominal e torácica é exercida pelo fisioterapeuta ao final do tempo
expiratório espontâneo e prossegue ate o volume residual.
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POSTIAUX, Guy; et. al. Fisioterapia respiratória pediátrica: o tratamento guiado por
ausculta pulmonar. 2ª Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
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1 – A desobstrução da nasofaringe
Passiva ou ativa, a DRR aproveita o reflexo inspiratório que se segue à ELPr, à TP ou, melhor
ainda, ao choro no final do tempo expiratório, a boca da criança é fechada com o dorso da mão
que acaba de concluir seu apoio torácico expiratório e eleva a mandíbula inferior, obstruindo
rapidamente o orifício bucal e forçando assim, a criança a uma nasoaspiração. De outra
maneira, a mão abdominal, que conclui seu apoio expiratório passa a apoiar a mandíbula
inferior para fechar a boca. Quando a obstrução das vias aéreas extratorácicas é patente, essa
manobra é repetida várias vezes durante a higiene brônquica.
Propomos complementar a DRR com uma instilação local (DRR+I) de uma substância
medicamentosa cuja escolha é feita em acordo com o médico responsável. A instilação nas vias
respiratórias extratorácicas de soro fisiológico, ou, em acordo com o médico, de uma substância
medicamentosa, deveria quase sistematicamente complementar a higiene broncopulmonar do
lactente devido a associação frequente da obstrução brônquica com a da nasofaringe. A DRR
realizada para instilar a nasofaringe garante a penetração mais profunda possível da substancia,
isto é, até o cavum.
Esse procedimento constitui uma verdadeira higiene do cavum e, às vezes, dá lugar à emissão
de um volume muito importante de secreções purulentas provenientes da nasofaringe.
Conhecemos o desconforto ventilatório e até o mal-estar geral que sofrem as crianças afetadas
por uma quantidade tão relevante de secreções estagnando e obstruindo as vias aéreas
respiratórias extratorácicas. É pouco provável que, na ausência de um meio mecânico de
expulsão, a simples administração medicamentosa por via sistêmica geral e, inclusive, local
Os sintomas dessas infecções mantidas, relatados pela família, estão muitas vezes presentes há
muitos dias; às vezes, semanas.
Indicações da DRR
A DRR, associada ou não à instilação local, costuma ser eficaz no lactente com obstrução
brônquica. Constitui um elemento importante na avaliação especifica do fisioterapeuta. A
instilação por si só consiste, sobretudo, em colocar a mucosa em contato direto com os agentes
medicamentosos, já que sua administração por via geral proporciona uma concentração local
insuficiente. A técnica deveria ser utilizada nas infecções das vias aéreas extratorácicas, rinite,
sinusite, faringite, qualquer que seja sua etiologia. É bom lembrar que se trata de uma manobra
física que não pode substituir nenhum agente medicamentoso. Em caso de infecções repetidas,
teremos que preparar a mãe para que aprenda a realizá-la.
Em nossa pratica profissional, já nos deparamos com duas contra-indicações formais desta
manobra: a ausência de tosse reflexa ou eficaz, como a que encontramos em pacientes
acometidos de doenças neuromusculares, e a presença de um estridor laríngeo que constitui
uma contra-indicação para a fisioterapia em geral. O médico responsável deverá levar em conta
os antecedentes de reações de hipersensibilidade a algum componente do produto. Devem
também ser tomadas algumas precauções durante a utilização de certos produtos. Embora os
efeitos secundários do tipo broncoespasmáticos sejam raros, foram descritos casos de
pancitopenia provocada pela administração de clorafenicola (contido no fluimucil) no lactente
(sindrome de Grey). Todavia, esse fato fazia referencia à administração prolongada de colírios
por mais de três meses! O número de sessões de instilação aqui descritas e as doses
relativamente baixas utilizadas fazem com que os riscos sejam praticamente nulos. A
reinfecção por germes resistentes não pode ser excluída, embora nunca a tenhamos
comprovado. Deve ser evitado o uso prolongado de certos medicamentos, porque pode ocorrer
a absorção aumentada na mucosa inflamada, sobretudo na criança jovem. A instilação tópica de
um antibiótico só será adotada rara e unicamente em acordo e sob a prescrição do médico
responsável. De fato, alguns antibióticos de uso local, devem, às vezes, ser evitados,
principalmente em caso de angina viral. Os antibióticos podem perturbar a flora bacteriana, e
existe risco de seleção de cepas resistentes.
A acetilcisteína, quando utilizada isoladamente, pode bastar para obter uma fluifidicação que
permita a eliminação das secreções nasofaringeas. Sua ação é imediata e intensa sobre os
líquidos nasofaringeos solidificados (crosta).
Este tratamento local pretende diminuir a obstrução nasal, favorecer a expulsão das secreções
nasofaringeas e, descongestionando os orifícios sinusais e a desembocadura da trompa de
Eustáquio, tentar ventilar novamente essas cavidades. A técnica baseia-se essencialmente na
função de vetor que o ar assume durante a inspiração forçada. Ela também pretende criar o
efeito de Venturi diante dos orifícios sinusais e da trompa de Eustáquio, o que tende a favorecer
a mobilização das secreções dessas cavidades para a corrente principal.
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É uma manobra de inspiração rápida e forçada que utiliza o reflexo inspiratório como recurso
para desobstrução da rinofaringe, com o objetivo de promover a remoção de secreção da
rinofaringe.
A DRR aproveita o reflexo inspiratório como recurso para desobstrução da rinofaringe, com o
objetivo de promover a remoção de secreção da rinofaringe.
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O aumento de fluxo expiratório (AFE) é uma técnica de higiene brônquica que tem como
objetivo terapêutico mobilizar e eliminar as secreções das vias aéreas proximais.
Fisiologia: O aumento do volume de ar produzido pela pressão manual exercida sobre o tórax
da criança promove o deslocamento das secreções presentes na via aérea devido à interação
gás-líquido entre as moléculas de ar que circulam em alta velocidade pela via aérea e a secreção
aderida a parede bronquial. Além disso, a alteração do tipo de fluxo aéreo brônquico, que se
torna instável com formação de turbulências, também modifica as propriedades reológicas do
muco fazendo com que a eliminação das secreções diluídas e deslocadas se torne mais fáceis.
Descrição da técnica:
É indicado para crianças com idade superior a dois anos, que apresentam obstrução brônquica
proximal ou distal.
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Manobra que associa a compressão do tórax e do abdome com a finalidade de aumentar o fluxo
aéreo expiratório. Deslocar secreções brônquicas por aumento brusco do fluxo expiratório é o
principal objetivo dessa manobra.
Ela é aplicada, sobretudo em crianças. O fisioterapeuta coloca uma Mão sobre o tórax e a outra
sobre o abdome e acompanha alguns ciclos respiratórios. No início de uma expiração,
comprime-se o tórax bruscamente, no sentido Antero-posterior e cefalocaudal, enquanto a mão
sobre o abdome impede que haja dissipação da pressão gerada para o compartimento
Método de Execução
É uma técnica de higiene brônquica que tem como objetivo terapêutico mobilizar e eliminar as
secreções das vias aéreas proximais por aumento brusco do fluxo expiratório, associando a
compressão do tórax e do abdome. É indicado para crianças com idade superior a dois anos que
apresentam obstrução brônquica proximal.
È realizada durante todo tempo expiratório onde o Fisioterapeuta exerce uma pressão com uma
das mãos sobre o tórax da criança, deitada em decúbito dorsal e a outra mão deverá ficar
estática sobre o abdome. No inicio de uma expiração, o fisioterapeuta comprime o tórax
bruscamente, no sentido ântero-posterior e cefalo-caudal, com o objetivo de desinsuflação, cuja
velocidade deve ser superior à de uma expiração espontânea. Enquanto a mão sobre o abdome
impede que haja dissipação da pressão gerada para o compartimento abdominal.
EXPIRAÇÃO ABREVIADA
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É um padrão ventilatorio eminentemente expansivo proposto por Cuello et. al., pelo qual é
possível incrementar o VRI, a CRF e a CPT, favorecendo ainda a dilatação brônquica e
diminuindo o infiltrado intersticial e a congestão vascular pulmonar.
A expiração abreviada consiste em ciclos intermitentes de inspiração profunda, intercalados
com pequenas expirações.
Descrição da Técnica
1ª fase – O paciente inspira pelo nariz, suave e profundamente. Em seguida, expira uma
pequena quantidade de ar
2ª fase – Volta a inspirar profundamente a partir do término da fase 1. Expira novamente uma
pequena quantidade de ar.
3ª fase – Volta a inspirar profundadmente a partir do termino da fase 2, expirando
completamente.
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A inspiração feita de uma só vez pode não ser suficiente para que o paciente desenvolva uma
plenitude inspiratória com finalidade expansiva.
Desta forma, o uso de varias inspirações em um mesmo ciclo ventilatório pode desempenhar
um paple muito importante na terapia atual.
A expiração é oral até o nível de repouso expiratório, podendo em alguns casos se estender ao
VRE médio. A inspiração é dependente do numero de tempos programados, podendo ser
realizada a médios ou pequenos volumes.
INSPIRAÇÃO PROFUNDA
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PRESTO, Bruno; PRESTO Luciana Damázio de Noronha. Fisioterapia Respiratória
na UTI, 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
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A inspiração profunda talvez seja a técnica mais simples de se realizar. Nela o fisioterapeuta
solicita que o paciente realize incursões ventilatórias profundas. Esta técnica pode estar
associada a cinesioterapia motora de membros superiores e/ou membros inferiores.
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Inspiração Profunda
SOLUÇOS INSPIRATÓRIOS
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Soluços Inspiratórios
Cuello demonstrou que, utilizando o padrão ventilatório com soluços inspiratórios, é possível
reexpandir as zonas basais, incrementando a capacidade residual funcional e o VRI,
promovendo a dilatação brônquica e diminuindo o infiltrado intersticial e a congestão vascular
pulmonar.
As sucessivas inspirações são feitas por via nasal e a expiração, por via oral.
Para maior efeito da técnica, as narinas devem estar desobstruídas ou permeáveis, o que pode
ser conseguido por meio da higiene nasal.
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A Sustentação máxima da inspiração (SMI) é uma técnica que pode ser utilizada associada a
varias outras.
A frequência do tratamento na maioria dos estudos está em torno de 10 repetições por hora, ou
seja, o fisioterapeuta deve ensinar e encorajar o paciente a realizar a técnica.
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Toda atividade cinesica de padrão ventilatório, seja simples ou complexa, deverá ser eleita,
focada na fundamentação dos objetivos a serem alcançados, baseando-se em ausculta
pulmonar, controle radiológico, inspeção (ritmo, profundidade e trabalho ventilatório) e história
do paciente.
Sua utilização serve para não provocar um trabalho excessivo, não necessitando de aparatos
especiais, sendo de fácil aprendizagem.
- aumentar a complacência;
- aumentar a ventilação pulmonar;
- aumentar volumes e capacidades pulmonar;
- melhorar as trocas gasosas e oxigenação;
- reverter atelectasias;
- aumentar a força muscular respiratória.
Fonte: Azeredo, pag 93, 1998. Fonte: Azeredo, pag. 244, 1994.
- interação tórax-abdome;
- melhora da mecânica ventilatória.
AZEREDO, Carlos Alberto Caetano; et all. Fisioterapia Respiratória Atual. Edusuam, Rio
de Janeiro – RJ, 1998
POSTIAUX, Guy; et. al. Fisioterapia respiratória pediátrica: o tratamento guiado por
ausculta pulmonar. 2ª Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
SARMENTO, George Jerre Vieira et. al., Fisioterapia respiratória no paciente critico:
rotinas clinicas. 2ª edição – Barueri, SP: Manole, 2007.