Relevo Do Brasil

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GEOGRAFIA

RELEVO DO
BRASIL
FICHA CATALOGRÁFICA

João Henrique Zoehler Lemos

Geografia / LEMOS, J. H. Z. - FILADD.


SUMÁRIO

RELEVO DO BRASIL 6
INTRODUÇÃO 7
1. RELEVO DO BRASIL 7
PARA FIXAR 13
REFERÊNCIA 14
RELEVO DO BRASIL

PRÉ-REQUISITOS:
• Conceitos e categorias
da Geografia.

• Geologia.

• Estrutura geológica do Brasil.

• Pedologia.

• Agentes internos do relevo.

• Agentes externos do relevo.


RELEVO DO BRASIL
INTRODUÇÃO
Trataremos agora dos relevos do Brasil, tema inserido na unidade sobre ge-
ologia e geomorfologia. É um conhecimento fundamental para aprofundarmos
nossos estudos sobre a formação do planeta Terra.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Entender o relevo que forma o território brasileiro.

• Identificar as principais formas de relevo existentes no Brasil.

1. RELEVO DO BRASIL
O Brasil tem o predomínio de planaltos antigos e de baixas e médias altitu-
des. Isso resulta da ação de agentes modeladores do relevo, os quais veremos
mais adiante. Do ponto de vista da história geológica e geomorfológica nacio-
nal, o Brasil é bastante antigo. Cabem exceções a algumas frações da região
Sudeste e de porções mais setentrionais da região Norte.

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e a melhor forma de estudo para você!

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CADEIA DE MONTANHAS (SERRA DO MAR) NO RIO DE JANEIRO

Fonte: ©wirestock, Freepik (2023).


#pratodosverem: fotografia com montanhas no estado do Rio de Janeiro.

Temos que lembrar dos agentes internos e externos que atuam na modelagem
do relevo terrestre: o Brasil, por estar situado no centro de uma placa tectônica
– a placa sul-americana – depende muito pouco de agentes internos de trans-
formação para que seu relevo seja modificado. No entanto, os agentes externos,
como vento, chuva, ação antrópica etc. atuam intensamente na modelagem dos
relevos do país.

Os agentes externos do relevo brasileiro desempenham um papel fundamen-


tal na modelagem da paisagem. A ação das chuvas, rios, ventos e mares molda
gradualmente as formas do terreno ao longo do tempo geológico. As águas das
chuvas, ao escorrerem pela superfície, esculpem vales e desgastam montanhas,
formando rios e bacias hidrográficas. Ventos carregam partículas de solo, cau-
sando erosão e formando dunas em áreas costeiras. O poder das ondas mari-
nhas influencia a faixa costeira, moldando praias e promovendo a sedimentação.

Já os agentes internos do relevo brasileiro são forças que atuam de dentro da


Terra, causando deformações na crosta terrestre e originando diferentes formas
de relevo. Um desses agentes é o movimento das placas tectônicas que resul-
ta em dobramentos e falhas e criam cadeias de montanhas e vales profundos,
como a Cordilheira dos Andes. A atividade vulcânica é outro agente que dá ori-
gem a vulcões e planaltos basálticos, como o Planalto Central.

8 GEOGRAFIA
CURIOSIDADE
Dada a complexidade do relevo brasileiro, três geógrafos
foram fundamentais para a classificação do relevo do
país: Aroldo de Azevedo (década de 1940), Aziz Ab’Saber
(1958) e Jurandyr Ross (1980-1990).

Podemos classificar o relevo por meio de diversos fatores, não dependendo


apenas do fator altitude. Existem dinâmicas complexas, como o nível de transfor-
mação (erosão), contexto de flora, ação antrópica etc.

Aziz Ab’Saber (1958) dividiu o revelo brasileiro, basicamente, em duas catego-


rias: o planalto, área mais alta na qual predomina a erosão (saída de sedimentos);
e a planície, área mais baixa na qual predomina o depósito de sedimentos (sedi-
mentação, chegada de sedimentos).

Jurandyr Ross (2022) classificou o revelo brasileiro através de formas mais


sofisticadas. Utilizou o sensoriamento remoto e identificou onze planaltos, onze
depressões e seis planícies. O trabalho dele foi baseado em questões geomorfo-
lógicas e na estrutura geológica que formam o território brasileiro.

Veja só a classificação feita pelo professor Ross (2022), que abarca 28 unida-
des de relevo.

Utilize flashcards para anotar os conteúdos mais


relevantes deste tema!

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ATENÇÃO
Conforme o trabalho de Jurandyr Ross (2022), estas são
algumas características das formas de relevo do Brasil:

• Planaltos = mais abrangentes no país, caracterizadas


por altitude mediana com topos planos ou suavemente
ondulados. Ex.: Planalto Central.

• Planícies = formas de relevo com menor altitude,


formadas por áreas basicamente planas onde há intensa
sedimentação. Ex.: Pantanal.

• Depressões = formas de relevo muito acidentadas, em


áreas de altitude rebaixada, comparadas às formas de
relevo próximas. Há intensa ação de agentes externos na
erosão. Ex.: região do rio São Francisco.

UNIDADES DO RELEVO BRASILEIRO CONFORME JURANDYR ROSS

Fonte: adaptada de Ross (2022, p. 56).


#pratodosverem: mapa com a classificação dos relevos brasileiros.

Como podemos apreender essa diferença entre as formas do relevo? Para


entendermos, podemos utilizar perfis topográficos. Lembra dos gráficos na Ma-
temática? É similar! Os perfis topográficos (gráficos do relevo) representam as
diferentes altitudes e formas. Veja a seguir três casos que ocorrem no Brasil.

10 GEOGRAFIA
PERFIS TOPOGRÁFICOS DO RELEVO QUE FORMA O TERRITÓRIO BRASILEIRO

1 Perfil noroeste-sudoeste

2 Perfil na região Nordeste

3 Perfil nas regiões Centro-Oeste e Sudeste

Fonte: adaptada de Brandão (2011).


#pratodosverem: ilustração com os perfis do relevo brasileiro – perfil noroeste-sudoeste, perfil
na região Nordeste e perfil nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

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Existem algumas formas principais encontradas no relevo brasileiro. O quadro
a seguir detalha quais são elas.

FORMAS DE RELEVO DO BRASIL

FORMA DE RELEVO CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

Serras Conjunto de morros do Planalto Cristalino (mais


consolidado e antigo). Ex.: Serra do Carajás, Serra
do Mar.
Chapadas Planalto sedimentar (depósito de sedimentos). Ex.:
formato de mesa, como a Chapada do Guimarães.
Falésias Paredões rochosos no litoral. Sofre erosão marinha.
Ex.: litoral do Nordeste e de Santa Catarina.
Dunas Acúmulo de sedimentos. Sofre erosão eólica. Ex.:
litoral do Nordeste, litoral da região Sul do Brasil.
Restingas Formas sedimentares paralelas ao continente.
Ex.: Lagoa dos Patos, Lagoa Rodrigo de Freitas.
Cuestas (Escarpas) Erosão diferencial desgasta o relevo dos
planaltos. Ex.: interior de São Paulo, áreas de
transição entre chapadas e serras.

Fonte: elaborado pelo autor (2023).


#pratodosverem: quadro com duas colunas mostra os principais tipos de relevo do Brasil – serras,
chapadas, falésias, dunas, restingas e cuestas (escarpas).

12 GEOGRAFIA
PARA FIXAR
Durante nosso estudo, exploramos o relevo do Brasil, verificando suas carac-
terísticas e a forma como que está estruturado.

Dominar o relevo do Brasil e seus principais aspectos é fundamental para resol-


ver questões de Geografia e ainda obter sucesso nos principais processos seletivos.

Não se esqueça de testar seus conhecimentos por meio dos nossos exercí-
cios e revisitar este material quando tiver dúvidas.

JÁ ESTÁ ESTUDANDO HÁ UMA HORA?


Então, chegou o momento de seguir para a resolução
de exercícios! Vamos lá! Foco na aprendizagem ativa!

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REFERÊNCIA
AB’SÁBER, A. N. A Geomorfologia no Brasil. In: Notícia Geomorfológica. Campi-
nas: [s. n.], 1958.

BRANDÃO, M. Relevo brasileiro: classificação, características e mapas. Geobau.


2011. Disponível em: http://marcosbau.com.br/perfil-de-pedra-guia-geo-
2009-pag-31. Acesso em: 7 jul. 2023.

ROSS, J. L. S. Componentes da geodiversidade. In: ROSS, J. L. S. et al. Ordena-


mento territorial do Brasil: potencialidades naturais e vulnerabilidades sociais.
Osasco: Ed. dos autores, 2022. p. 41-64. Disponível em: https://www.juraross.
com.br/livro.html. Acesso em: 7 jul. 2023.

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