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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino: 1_1-1

RELEVO CONTINENTAL E SUBMARINO


1. Relevo Continental
Relevo são as formas e compartimentos da superfície do planeta (serra, montanha, colina, planalto,
planície, depressão, entre outras). Essas formas e compartimentos definem-se em função da atuação de
agentes internos e externos à crosta terrestre.
- Agentes internos (formadores) - vulcanismo, terremotos, movimento das placas; forças tectônicas em
geral.
- Agentes externos (modeladores) - chuva, vento, geleiras, rios, lagos, mares; agentes erosivos em geral.
A orogênese (formação de uma montanha) é ocasionada por agentes internos (dobramento, vulcão ou falha
geológica); sua forma atual decorre da ação de agentes externos.
A Geomorfologia é a ciência que estuda o relevo.
Antigamente, na classificação do relevo, considerava-se apenas aquilo que se via no terreno, as cotas
altimétricas, por exemplo. Dizia-se que Planalto era um "plano alto" e Planície um "plano baixo".
Atualmente a dinâmica tectônica e erosiva é levada em consideração na determinação e classificação das
formas do terreno.
Assim, temos por definição:
- Planalto: forma de relevo em que a erosão supera a sedimentação. Portanto, um relevo que sofre desgaste,
destruição.
- Planície: forma de terreno mais ou menos plana em que a sedimentação supera a erosão. Portanto, um
relevo em formação.
Note que as definições não consideram cotas altimétricas. Podemos encontrar uma planície a 4.000 m de
altitude (Altiplanos Andinos) e um planalto a 20 m de altitude (Bacia Amazônica).
Obs.: Não confundir bacia sedimentar com planície.
A estrutura geológica sedimentar corresponde à origem, formação e composição do relevo, ocorrida há
muito tempo atrás. Durante sua formação, a bacia sedimentar era (ou é) uma planície. Porém, hoje, pode
estar em um processo de desgaste e corresponder a um Planalto Sedimentar. Ex.: Baixo Platô Amazônico.
2. Pequeno dicionário técnico
(as definições que aparecem abaixo aplicam-se ao mapa de relevo do Brasil elaborado por Jurandyr
L.S.Ross) (Extraído de: Nova Escola - outubro/1995)
Depressão: superfície entre 100 e 500 metros de altitude com suave inclinação, formada por prolongados
processos de erosão. É mais plana do que o planalto. O mapa escolar de Jurandyr é o primeiro a aplicar
esse conceito.

Planalto: ao contrário do que sugere o nome, é uma superfície irregular com altitude acima de 300 metros.
É o produto da erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares. Pode ter morros, serras ou elevações
íngremes de topo plano (chapadas).

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Planície: superfície muito plana com no máximo 100 metros de altitude. É formada pelo acúmulo recente
de sedimentos movimentados pelas águas do mar, de rios ou de lagos. Ocupa porção modesta no conjunto
do relevo brasileiro.

Escarpa: terreno muito íngreme, de 100 a 800 metros de altitude. Lembra um degrau. Ocorre na passagem
de áreas baixas para um planalto. É impropriamente chamada de serra em muitos lugares, como na Serra
do Mar, que acompanha o litoral.
Serra: terreno muito trabalhado pela erosão. Varia de 600 a 3.000 metros de altitude. É formada por
morros ou cadeias de morros pontiagudos (cristas). Não se confunde com escarpa: serra se sobe por um
lado e se desce pelo lado oposto.

Tabuleiro: superfície com 20 a 50 metros de altitude em contato com o oceano. Ocupa trechos do litoral
nordestino. Geralmente tem o topo muito plano. No lado do mar, apresenta declives abruptos que formam
as chamadas falésias ou barreiras.

3. Mapas do Relevo Brasileiro


O Retrato do Brasil dos anos 40...
Aroldo de Azevedo, o pioneiro
Advogado que nunca exerceu a profissão, o paulista Aroldo de Azevedo (1910-1974) foi um dos primeiros
professores de geografia da Universidade São Paulo (USP). Foi também o nosso primeiro grande autor de
livros didáticos em Geografia. Na década de 40, fez o primeiro mapa do relevo brasileiro, ainda hoje usado
em livros escolares. Dividia o país em oito unidades de relevo.

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. . . É retocado em 1958 por :


Aziz Ab’Saber, o discípulo
Aluno de Aroldo de Azevedo, o paulista Aziz Ab’Saber, hoje com 71 anos, deu prosseguimento à obra do
mestre. Valeu-se sobretudo de observações do relevo feitas pessoalmente. Poucos geógrafos terão viajado
pelo país tanto quanto ele. Seu mapa foi publicado pela primeira vez em 1958. Ab’Saber acrescentou duas
unidades de relevo às oito de Azevedo.

Jurandyr Ross, o inovador


Deu aulas no primeiro grau ante de se tornar professor da USP. Jurandyr Luciano Sanches Ross, paulista
de 48 anos, ocupa a vaga que Ab’Saber deixou ao se aposentar. Durante seis anos foi pesquisador no
Projeto Radambrasil e ajudou a montar os mapas com as fotos de radar que usaria para revolucionar nossa
Geografia. Com ele, as unidades de relevo saltam de dez para 28.

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4. Três grandes perfis que resumem nosso relevo (Por Jurandyr Ross)
Região Norte

Este corte (perfil noroeste-sudeste) tem cerca de 2.000 quilômetros de comprimento. Vai das altíssimas
serras do norte de Roraima, na fronteira com a Venezuela, Colômbia e Guiana, até o norte do Estado de
Mato Grosso. Mostra claramente as estreitas faixas de planície situadas às margens do Rio Amazonas, a
partir das quais seguem-se amplas extensões de terras altas: planaltos e depressões.
Região Nordeste

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Este corte tem cerca de 1.500 quilômetros de extensão. Vai do interior do Maranhão ao litoral de
Pernambuco. Apresenta um retrato fiel e abrangente do relevo da região: dois planaltos (da Bacia do
Parnaíba e da Borborema) cercando a Depressão Sertaneja (ex-Planalto Nordestino). As regiões altas são
cobertas por mata. As baixas, por caatinga.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste

Este corte, com cerca de 1.500 quilômetros de comprimento, vai do Estado de Mato Grosso do Sul ao
litoral paulista. Com altitude entre 80 e 150 metros, a Planície do Pantanal está quase no mesmo nível do
Oceano Atlântico. A Bacia do Paraná, formada por rios de planalto, concentra as maiores usinas
hidrelétricas brasileiras
5. O Relevo Brasileiro
Brasil: Cotas Altimétricas
terras baixas 41,00%
0 a 100 metros 24,90%
101 a 200 metros 16,91%
terras altas 58,46%
201 a 500 metros 37,03%
501 a 800 metros 14,68%
801 a 1.200 metros 6,75%
áreas culminantes 0,54%
1.200 a 1.800 metros 0,52%
acima de 1.800 metros 0,02%

O território brasileiro, de formação muito antiga e altamente desgastado pela erosão, não apresenta cadeias

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montanhosas (Dobramentos Modernos). Isso, como vimos, devido ao fato de localizar-se no meio de uma
placa tectônica.
Considerando a classificação de Aziz Ab’Saber, notamos que basicamente o Brasil possui dois planaltos: o
das Guianas e o Brasileiro. Porém, o Planalto Brasileiro é dividido em várias partes em função da estrutura
geológica e das formas diferenciadas em seu interior, já que é grande e sujeito a condições climáticas e
hidrográficas (o que implica erosão) distintas.
Planaltos
1. Planalto Meridional
Constituído por um derrame de basalto na era Mesozóica (que deu origem à terra roxa). Também
conhecido como planalto arenito basáltico.
2. Planalto Atlântico ou Serras e Planaltos do Leste e Sudeste
Apresenta as serras do Mar, Mantiqueira e Espinhaço. Destacam-se, ao lado do Vale do Paraíba e em
Minas Gerais os mares de morros.
3. Planalto Nordestino
Destacam-se as chapadas da Borborema e Apodi.
4. Planalto do Maranhão-Piauí ou do meio Norte
Apresenta chapadas de origem sedimentar.
5. Planalto Central
Chapadões sedimentares (Chapada dos Guimarães).
6. Planalto Uruguaio-Sul Riograndense
Colinas suaves ou coxilhas.
7. Planalto das Guianas
Extremo norte do país, coincide com o escudo cristalino das Guianas. É aí que aparece o pico culminante
do Brasil: Pico da Neblina (3.014 m).
Planícies
1. Planície do Pantanal
É a mais típica planície brasileira por sofrer inundação anual (Rios Paraguai e Taquari); quando a água
perde velocidade só ocorre sedimentação.
2. Planície e Terras Baixas Amazônicas
Apenas as várzeas dos rios da Bacia Sedimentar Amazônica constituem-se de Planícies. O que predomina
são os baixo platôs.
3. Planície Costeira
Estende-se do Maranhão ao Rio Grande do Sul recebendo sedimentos tanto do continente quanto do
oceano, conforme a localização.
Relevo submarino e litoral
1. Introdução

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O relevo submarino é subdividido em quatro partes: Plataforma continental, Talude, Região Abissal e
Região Pelágica.

Plataforma Continental
É a continuação do continente (SIAL), mesmo submerso. Possui profundidade média de 0 a 200 m, o que
significa que a luz solar infiltra-se na água, o que gera condições propícias à atividade biológica e ocasiona
uma enorme importância econômica - a PESCA. Há também, na plataforma continental, a ocorrência de
petróleo.
Talude
Desnível abrupto de 2 a 3 km. É o fim do continente.
Região Abissal
Quando ocorre aparece junto ao talude e corresponde às fossas marinhas.
Região Pelágica
SIMA - é o relevo submarino propriamente dito, com planícies, montanhas e depressões.
Surgem aqui as ilhas oceânicas:
- Vulcânicas, como Fernando de Noronha
- Coralígenas, como o Atol das Rocas
2. Litoral
Corresponde à zona de contato entre o oceano e o continente; em permanente movimento, possui variação
de altura - as marés, que são influenciadas pela Lua.
Quando, durante o movimento das águas oceânicas, a sedimentação supera o desgaste, surgem as praias,
recifes e restingas. Quando o desgaste (erosão) supera a sedimentação, surgem as falésias (cristalinas ou
sedimentares).
Restinga:

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Falésia

Fonte: Extraído do Panorama Geográfico do Brasil - Melhem Adas


O litoral brasileiro é pouco recortado. Esse fato ocorre em função da pobreza em glaciações quaternárias
que atuaram intensamente nas zonas temperadas do globo. O poder erosivo das geleiras é imenso.
● O litoral norte brasileiro apresenta a plataforma continental mais larga, pois muitos rios (entre eles o
Amazonas), ali deságuam, despejando uma quantidade enorme de sedimentos. O litoral nordestino
possui a mais estreita plataforma continental.
● Principais lagoas costeiras: dos Patos e Mirim (RS); Conceição (SC); Araruama (RJ).

● Ilhas Costeiras Continentais: Santa Catarina (Florianópolis); São Francisco (SC); São Sebastião (Ilha
Bela); Santo Amaro (Guarujá).
● Ilha Costeira Aluvial: Marajó.

● Ilha Vulcânica: Fernando de Noronha.

● Baías: Todos os Santos (BA); Guanabara (RJ); Paranaguá (PR); Laguna (SC); Angra dos Reis e
Parati (RJ).
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SOLOS
1. Introdução
O solo (agrícola) é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica, formando um mato
que recobre a rocha em decomposição.
2. Intemperismo Físico ou Desagregação Mecânica
Na superfície da crosta terrestre as rochas expostas estão sujeitas a grande variação diuturna e/ou anual de
temperatura e, portanto, grande variação no seu volume, decorrente da dilatação e contração dos minerais
que as constituem. Essa dinâmica rompe, divide a rocha em fragmentos cada vez menores.
3. Intemperismo ou Decomposição Química
Decorre da reação química entre a rocha e soluções aquosas. Caso a rocha tenha sofrido prévio
intemperismo físico, a decomposição química se acelera por atuar em fragmentos da rocha, ou seja, a
superfície de contato aumenta.
O intemperismo (químico ou físico) está diretamente relacionado ao clima. Na região Amazônica, onde a
pluviosidade é elevada e a amplitude térmica pequena, há intensa ação química. No Deserto do Saara, onde
a pluviosidade é baixíssima e a variação diuturna de temperatura muito alta, há intensa ação física,
decorrente da variação de temperatura.
Ao sofrer intemperismo a rocha adquire maior porosidade, com decorrente penetração de ar e água, o que
cria condições propícias ao surgimento da vegetação e conseqüente fornecimento de matéria orgânica ao
solo, aumentando cada vez mais a sua fertilidade.
4. Horizontes do Solo
A matéria orgânica, fornecida pela flora e fauna
decompostas, é encontrada principalmente na camada
superior da massa rochosa intemperizada que, ao receber
ar, água e matéria orgânica, transformou-se em solo
agrícola. Essa camada superior é o Horizonte A. Logo
abaixo, com espessura variável relacionada ao clima,
encontramos rocha intemperizada, ar, água e pequena
quantidade de matéria orgânica - Horizonte B. Em
seguida, encontramos rocha em processo de
decomposição - Horizonte C - e, finalmente, a rocha
matriz - Horizonte D - que originou o manto de
intemperismo, ou solo, que a recobre. Sob as mesmas
condições climáticas, cada tipo de rocha origina um tipo
de solo diferente, ligado à sua constituição mineralógica.
Ex: Basalto - Terra Roxa.
Gnaisse - Massapê
OBSERVAÇÃO : Solos sedimentares ou Aluvionais não
apresentam horizontes.
5. Erosão Superficial
Corresponde ao desgaste do solo e apresenta três fases:
Intemperismo - Transporte - Sedimentação. Depois de intemperizados, os fragmentos de rocha estão

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livres para serem transportados pela água que escorre pela superfície (erosão hídrica) ou pelo vento (erosão
eólica). No Brasil, o escoamento superficial da água é o principal agente erosivo. À medida em que o
horizonte A é o primeiro a ser desgastado, a erosão acaba com a fertilidade natural do solo.
A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento superficial da água;
quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da água transportar material em suspensão
e, quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentação.
A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno - em áreas planas a velocidade é baixa - e
da densidade da cobertura vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa pois a água encontra muitos
obstáculos (raízes, troncos, folhas) a sua frente e, portanto, a infiltração de água no solo é alta. Em uma
área desmatada a velocidade de escoamento é alta e, portanto, a infiltração de água é pequena.
6. Conservação do Solo
a) Rotação e associação de culturas
Toda monocultura (A) mineraliza o solo pois a planta retira certos minerais (X) e repõe outros (Y).
Deve-se, temporariamente, substituir (ou associar) a cultura (A) por outra (B), que retire os minerais
repostos por A e reponha no solo os minerais retirados.

b) Controle de Queimadas
A prática de queimada acaba com a matéria orgânica dos solos. Somente em casos especiais, na
agricultura, deve-se praticar a queimada para acabar com doenças e pragas.
c) Plantio em curvas de nível e Terraceamento
Curvas de nível são linhas que unem pontos com a mesma cota altimétrica.
Tal prática diminui a velocidade de escoamento superficial da água e, em decorrência, a erosão.
7. Erosão Vertical
A - Lixiviação - é a lavagem dos sais minerais hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, entre outros),
praticada pela água que infiltra no solo, o que lhe retira fertilidade.
B - Laterização
● a formação de uma crosta ferruginosa

● a laterita, vulgarmente chamada Canga - via formação de hidróxidos de ferro e alumínio, o que
chega a impedir a penetração de raízes no solo.
A lixiviação e a laterização são sérios problemas em solos de climas tropicais, onde o índice pluviométrico

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é elevado.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Hidrografia: 3_1-1

HIDROGRAFIA
1. Introdução
O vapor d’água contido na atmosfera, ao condensar-se, precipita. Ao contato com a superfície, a água
possui três caminhos: evapora, infiltra-se no solo ou escorre. Caso haja evaporação a água retorna à
atmosfera na forma de vapor; a água que se infiltra e a que escorre, pela lei da gravidade, dirigem-se às
depressões ou parte mais baixas do relevo - é justamente aí que surgem os lagos e os rios, que possuem
como destino, ou nível de base, no Brasil, o oceano.
País de grande extensão territorial e boas condições de pluviosidade, o Brasil dispõe de uma vasta e rica
rede fluvial, cujas características gerais são:
● Rios na maior parte de planalto, o que explica o enorme potencial hidráulico existente no país.

● Existência de importantes redes fluviais de planície e navegáveis como a Amazônica e Paraguaia.

● Rios, na maioria perenes, embora existam também rios temporários no Sertão nordestino
semi-árido.
● Drenagem essencialmente exorréica, isto é, voltada para o mar.

● Regime dos rios essencialmente pluvial, isto é, dependente das chuvas e, como o clima
predominante é o tropical, a maioria dos rios tem cheias durante o verão e vazante no inverno.
2. Principais Bacias Hidrográficas do Brasil

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Bacia Área % da Área


Autônomas (Km2 ) do País
1 - Amazonas 3.984.467 48
2 - Paraná 891.309 10
3 - Tocantins-Araguaia 809.250 9
4 - São Francisco 631.133 7
5 - Paraguai 345.701 4
6 - Uruguai 178.255 2
Bacias Área % da Área
Agrupadas (Km2 ) do País
7 - Nordeste 884.835 10
8 - Leste 569.310 7
9 - Sudeste 222.688 3

Bacia Amazônica
Abrange na América do Sul uma área de cerca de 6,5 milhões de Km² (dos quais 4,7 milhões no Brasil), e
é a maior do globo terrestre. Trata-se, na verdade, de um enorme "coletor" das chuvas que ocorrem na
região de clima equatorial, na porção norte da América do Sul. Seus afluentes provêm tanto do hemisfério
norte (oriundos do planalto das Guianas e que deságuam na sua margem esquerda), quanto do hemisfério
sul (procedentes do planalto brasileiro e que deságuam na sua margem direita), fato esse que provoca
duplo período de cheias em seu curso médio.
O Amazonas é um típico rio de planície, já que nos 3.165 Km que percorre em território brasileiro sofre
um desnível suave e progressivo, de apenas 82 metros, sem a ocorrência de quedas-d’água. Isto significa

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que é excelente para a navegação, podendo mesmo receber navios transatlânticos desde sua foz, onde se
localiza a cidade de Belém, até Manaus (próximo ao local onde o rio Negro deságua no Amazonas, a cerca
de 1.700 Km do litoral), ou navios oceânicos de porte médio até Iquitos (no Peru, a 3.700 Km da foz).
Bacia do Tocantins-Araguaia
Tanto o Tocantins quanto o Araguaia são rios que nascem no Planalto Central. Destaca-se, no baixo
Tocantins, a hidrelétrica de Tucuruí.
Bacia do São Francisco
O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais, e deságua no Atlântico - entre Alagoas e
Sergipe - depois de atravessar o sertão nordestino.
Bacia Platina
É formada por um conjunto de rios:
● Rio Paraná: é o principal rio da bacia, com aproximadamente 4.025 Km; possui um grande potencial
hidráulico
● Rio Uruguai: nasce do encontro dos rios Canoas e Pelotas, percorre trechos de planalto em seu curso
superior e de planície no inferior, onde é utilizado para navegação.
● Rio Paraguai: é um típico rio de planície, atravessa o Pantanal Mato-grossense e é utilizado como
hidrovia.
Bacias secundárias ou agrupadas
As bacias secundárias são agrupamentos de rios que não têm ligação entre si; são, na verdade,
agrupamentos de pequenas bacias.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Clima: 4_1-1

CLIMA
1. Introdução
Clima, por definição, é a sucessão habitual dos tipos de tempo (MAX SORRE) e tempo é o estado
momentâneo da atmosfera, uma conjunção momentânea dos elementos climáticos: temperatura, umidade e
pressão. Esses elementos, por sua vez, são determinados pelos fatores climáticos: Latitude, Altitude,
Massas de Ar, Continentalidade ou Maritimidade, Vegetação, Correntes Marítimas, Relevo e Ação
humana.
2. Latitude
Quanto maior a latitude, menor a temperatura.
Devido à curvatura do globo terrestre, à medida que
nos afastamos do equador, os raios solares incidem
cada vez mais inclinados na superfície terrestre, tendo
portanto que aquecer uma área maior, o que diminui a
Temperatura.
Ainda, quanto maior a latitude, maior a camada
atmosférica a ser atravessada pelos raios solares, o que

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aumenta a dificuldade desses raios atingirem a


superfície (nuvens).
(Anuário Estatístico do Brasil - 1995)

3. Altitude
Quanto maior a altitude, menor a temperatura.
A atmosfera é aquecida por radiação.
Ao incidirem na superfície, os raios solares a aquecem e ela
passa a irradiar calor à atmosfera. Portanto, um raio solar que
seja refletido ou que atravesse a atmosfera, sem incidir na
superfície ou em alguma partícula em suspensão, não altera em
nada a temperatura.
Influência da Altitude nas Médias de Temperatura
Quanto maior a altitude, menos intensa é a radiação.

4. Massas de Ar

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Para entender algumas das características dos tipos de clima no Brasil, interessam as seguintes massas de
ar:
● Massa equatorial atlântica (mEa) - quente e úmida, domina a parte litorânea da Amazônia e do
Nordeste. O centro de origem está próximo ao arquipélago dos Açores.
● Massa de ar equatorial continental (mEc) - também quente e úmida. Com centro de origem na parte
ocidental da Amazônia, domina sua porção noroeste durante o ano inteiro.
● Massa tropical continental (mTc) - quente e seca, origina-se na depressão do Chaco Paraguaio.

● Massa polar atlântica (mPa) - fria e úmida, forma-se nas porções do Oceano Atlântico próximo à
Patagônia. Atua de forma mais intensa no inverno, provocando chuvas e declínio da temperatura. A
massa polar atlântica pode chegar até a Amazônia fazendo surgir o fenômeno da friagem.
● Massa tropical atlântica (mTa) - quente e úmida atinge grande parte do litoral brasileiro.

❍ A. Massa Equatorial Atlântica

❍ B. Massa Equatorial Continental

❍ C. Massa Tropical Atlântica

❍ D .Massa Tropical Continental

❍ E. Massa Tropical Atlântica

Com base nessas massas de ar que atuam no território brasileiro, podemos agora entender a classificação
climática de Arthur Strahler
5. Classificação Climática Brasileira

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A classificação climática de Arthur Strahler (1951) tem por base a influência das massas de ar em áreas
diferenciadas. Ela não trabalha, portanto, com as médias de chuvas e temperaturas, mas com a explicação
de sua dinâmica.

A classificação climática de Wilhelm Köppen, apesar de clássica e intensamente utilizada até pouco tempo,
e ter representado um avanço em sua época (final do século XIX), é hoje bastante problemática, pois não
leva em conta os deslocamentos das massas de ar.

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Clima Equatorial Úmido

Médias térmicas elevadas (24° a 27° C) o ano todo,


chuvas abundantes e bem distribuídas (1500 a 2500
mm/ano). Pequena amplitude térmica anual.

Clima Litorâneo Úmido

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Estende-se do litoral do RN ao litoral de SP e apresenta apenas duas estações: verão chuvoso e inverno
mais seco ( com exceção do litoral nordestino, onde chove mais no inverno - 1º Ramo de mPa x mTa).
Clima Tropical Alternadamente Úmido e Seco
É o tropical típico com verão quente e úmido e inverno ameno e seco.
Clima Tropical Tendendo a Seco (pela irregularidade de ação de massas de ar, ou clima semi-árido)
Encontrado no sertão Nordestino, apresenta baixo índice de chuvas, concentradas no verão (até 800 mm),
quando a mEc atua na região.
Clima Subtropical Úmido
Encontrado ao sul do Trópico de Capricórnio, apresenta verão quente, inverno frio para os padrões
brasileiros, e chuvas bem distribuídas por todos os meses do ano.
Principais Observações Meteorológicas dos Municípios das Capitais
1992

Temperatura do ar (ºC)
Municípios das Umidade Relativa Altura Total da Precipitação
Capitais (%) Pluviométrica (mm)
Máxima Mínima
Absoluta Absoluta

Porto Velho 34,8 15 84 2310,1


Rio Branco 35,6 ** 85 1855
Manaus 36,4 19,3 80 1965,7
Boa Vista ** ** ** **
Belém 33,8 20,2 87 2786
Macapá 34 21,2 86 2905,4
São Luís 32,8 20,6 87 2786
Terezina ** ** ** **
Fortaleza 32,2 21 77 1075,8
Natal ** ** ** **
João Pessoa 31,2 20 75 1376,5
Recife 32 18,2 79 2491,1
Maceió ** ** ** 1637,5
Aracaju 32,6 18 75 1246,6
Salvador 32,6 ** 81 1762,1
Belo Horizonte 31,5 11,6 89 **
Vitória 36,5 15,1 77 1212,3
Rio de Janeiro ** ** ** **
São Paulo 33 6,4 76 1925,8
Curitiba 32,4 0,5 80 1238,1
Florianópolis 34,8 1,5 80 1770,9
Porto Alegre 38,2 0,6 72 1181
Campo Grande 35,3 4,1 75 1553

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Cuiabá 38,2 7 80 **
Goiânia 36,2 8,9 83 1534

Leitura Complementar
EFEITO ESTUFA
Relatório Aponta Soluções para Efeito Estufa
José Reis (Especial para Folha)
Muito alarido se tem feito ultimamente em torno do efeito estufa, ligando-o a calamidades atuais ou
iminentes, como por exemplo grandes secas no hemisfério norte. A verdade, porém, é que esse efeito é um
processo natural em nosso planeta e sem ele não estaríamos aqui.
O efeito estufa nada mais é que o resultado da irradiação de parte da radiação infravermelha pela
troposfera (a parte da atmosfera em contato com a superfície terrestre) no sentido dessa superfície, que
assim se mantém aquecida. Dessa irradiação participam vários gases, o mais importante dos quais é o
dióxido de carbono. Outros gases são o vapor d’água, o metano, o clorofluocarbono, o óxido nitroso etc.
Não fosse tal efeito, nossa situação seria parecida com a da Lua, na qual a temperatura sobe a 100°C na
superfície iluminada pelo Sol e vai a 150°C negativos à noite, com uma temperatura média de 18°C
negativos.
Na terra, graças à atmosfera que a envolve, a temperatura superficial média é de 15°C e a camada gasosa,
em consequência do equilíbrio da radiação que entra e sai, mantém o planeta 33°C mais quente do que
seria sem ela.
"Não há dúvida", salienta R. Kerr, "que a Terra se acha na iminência de um aumento da temperatura global
sem precedentes na história da civilização humana e é fato bem comprovado que tem havido um
aquecimento secular que culminou na década de 80". Mas os cientistas têm se recusado a ligar esses
extremos ao efeito estufa.
Em compensação, reconhecem que é preciso organizar um esforço internacional para prevenir as
consequências do aumento do efeito estufa, que provavelmente se manifestarão nos tempos vindouros.
Essa preocupação com as conseqüências do aumento do efeito estufa, aliadas a certos eventos como a
destruição de parte da camada de ozônio, justificou vários encontros internacionais que resultaram na
elaboração do chamado "Relatório Bellagio" ("Science,", 241, 23). Este não incorpora nenhum dado
essencialmente novo, mas apresenta de maneira nova as projeções do aquecimento do globo em
decorrência do aumento do teor de dióxido de carbono e outros gases. Sabe-se que em 1957 a concentração
básica do dióxido de carbono na atmosfera era de 315 partes por milhão (ppm) e é hoje de 350 ppm (0,035
por cento).
Previsões
As conseqüências do contínuo aumento de temperatura se manifestariam no aquecimento e expansão dos
oceanos, que avançariam pelas costas adentro, podendo elevar o nível marítimo de 30 cm nos meados do
próximo século, atingindo até um metro e meio. Sofreria a agricultura, especialmente a das regiões
semi-áridas, e sofreriam ainda mais os sistemas ecológicos não administrados.
Incerteza Científica
Para enfrentar tal situação, que provavelmente sobrevirá no futuro, o relatório salienta duas respostas.
Uma consiste na adaptação à mudança do clima, por exemplo pela construção de muralhas contra a
invasão das águas, ou abandono das áreas costeiras, medidas que em certas regiões já começam a ser
tomadas.

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Outra consiste na limitação das mudanças de clima pela redução da emissão dos gases responsáveis pelo
aumento do efeito estufa.
Esta solução será inevitável por ser proibitivo o custo da política de adaptação.
Salienta o relatório que não nos devemos deixar imobilizar pelo conhecimento de que se trata de eventos
distantes, ou esperar "até que a incerteza científica seja aceitavelmente pequena", protelando desse modo
as ações acautelatórias. Este é o grande aviso contido no relatório, que ressalta que o tempo envolvido na
efetivação das medidas é grande. A inércia térmica dos oceanos retarda de várias décadas o próprio
aquecimento e as reações da sociedade levam uns 30 a 50 anos para concretizar-se.
Restrições
Como recomendações práticas imediatas, o relatório reclama rápida aprovação e implementação do
protocolo firmado em Montreal a respeito da proteção da camada de ozônio. Já lembramos no outro artigo
que a restrição do uso dos clorofluocarbonados, segundo o protocolo, acarretaria baixa de 15 a 25% na taxa
de aquecimento.
Além de medidas imediatas, o relatório enumera as de longo prazo, com aumento da eficiência do
consumo de energia, uso de energias alternativas como a solar e a nuclear, substituição do carvão pelo gás
natural e reflorestamento. Propõe ainda um relatório mais estudo cientifico sobre o efeito estufa e
consideração de direitos da atmosfera semelhante ao marítimo, além de convênios internacionais como o
do ozônio.
Inversão Térmica
"Embora as condições normais por várias milhas (ou quilômetros) da atmosfera inferior mostrem um
decréscimo da temperatura com o aumento da altitude, freqüentemente acontece que estas condições se
vejam invertidas através de algumas camadas da atmosfera, de modo que as temperaturas temporária ou
localmente aumentem com a altitude. Esta condição, na qual o ar mais frio está mais perto da Terra e o ar
mais quente está acima, é chamada de "inversão "térmica".
Uma das formas mais comuns de inversão de temperatura é aquela que ocorre nas proximidades da
superfície da Terra e se forma como um resultado do resfriamento por irradiação do ar inferior junto à
superfície subjacente. Desde que a superfície terrestre é um corpo radiante mais efetivo do que a própria
atmosfera, o resfriamento noturno é mais rápido no terreno do que na atmosfera. Como conseqüência, o ar
mais frio pode ser encontrado próximo à superfície da Terra.
As condições ideais para tais inversões térmicas superficiais são:
a) noites longas como no inverno, de modo que haveria um período relativamente longo em que a saída de
radiação terrestre superaria a entrada de radiação solar;
b) um céu claro ou com núvens muito altas, de modo que a perda de calor pela radiação terrestre seja
rápida e não retardada;
c) ar relativamente seco, que absorve pouca radiação terrestre;
d) ligeiro movimento de ar, de modo que haja pouca mistura do ar, e a camada superficial, como
conseqüência teria tempo, por condução ou radiação, de tornar-se excessivamente fria;
e) uma superfície coberta de neve, que, devido à reflexão da energia solar, aquece pouco durante o dia, e,
sendo um pobre condutor de calor, retarda o fluxo ascendente de calor, do terreno para cima".
(Glen Trewartha) Fonte: Folha de São Paulo.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Vegetação e Domínios Naturais: 5_1-1

VEGETAÇÃO E DOMÍNIOS NATURAIS


1.Os domínios naturais do Brasil

Este mapa é uma grande síntese das condições físicas do território brasileiro: nele podemos observar a
distribuição dos domínios naturais, que contêm informações sobre o clima, a vegetação e o relevo; nos
climogramas, podemos observar o comportamento das temperaturas médias e o total das chuvas nos
principais domínios.

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O domínio amazônico
Nessa região de clima equatorial dominada pela Floresta Amazônica, as médias térmicas são elevadas e as
chuvas abundantes (observe o climograma). Na maior parte deste domínio predominam terras baixas, de
estrutura geológica sedimentar e relevo plano.

A floresta Amazônica apresenta árvores de grande porte e


uma enorme variedade de espécies animais e vegetais
(biodiversidade). Cerca de 15% da área original da floresta
já foi desmatada.

O domínio das caatingas


A maior parte desse domínio é uma depressão – área mais baixa que as terras ao redor – localizada entre
planaltos e com presença de chapadas. O clima é semi-árido, com chuvas escassas e mal distribuídas ao
longo do ano, o que provoca a existência de rios temporários, ou seja, que secam. A vegetação da caatinga
apresenta plantas com espinhos e aparecem cactos, o que caracteriza uma formação xerófila (adaptada à
escassez de água).

A caatinga desenvolve-se no Sertão nordestino. Cerca de 80% de sua


área já foi devastada pela implantação de atividades agrícolas e
pecuárias.

O domínio dos cerrados

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Neste domínio o clima é tropical típico (semi-úmido), com verão quente e chuvoso e inverno com
temperaturas amenas e baixo índice pluviométrico. O relevo é predominantemente plano, com presença de
chapadas. A vegetação dos cerrados é constituída predominantemente por arbustos e vegetação herbácea
(rasteira), sendo o ipê a árvore mais famosa desta formação.
No cerrado a estação seca dura cerca de seis meses e os solos
são predominantemente ácidos e ricos em alumínio. Nas áreas
de cultivo de grãos (soja, arroz, milho, trigo) e algodão, a acidez
do solo é corrigida com a calagem – utilização de calcário.
Cerca de metade do cerrado está ocupada por cultivo de cereais
e pela criação de gado.

O domínio dos mares de morros


Neste domínio aparecem várias serras e morros em forma de meia laranja, chamadas de “mares de
morros”. É onde encontramos a Mata Atlântica.

A Mata Atlântica é uma floresta densa, que possui uma enorme


biodiversidade. Assim como a floresta Amazônica, também é latifoliada,
ou seja, apresenta folhas grandes que facilitam o processo de transpiração.
Cerca de 95% da sua área já foram desmatados.

O domínio das araucárias


É uma região de planaltos e serras com clima subtropical - chuvas bem distribuídas durante o ano e
temperaturas médias de inverno mais baixas que no restante do país. Na mata de araucárias se destacam os
pinheiros (Araucaria angustifolia)

Na mata de araucárias as árvores ficam mais distantes entre


si, quando comparada às florestas tropicais. Cerca de 95% da
mata de Araucárias foi devastada pela extração da madeira
para a construção de móveis, casas etc.

O domínio dos campos naturais


Neste domínio aparecem as coxilhas - colinas de ondulação suave, originariamente recobertas por campos
naturais.
A campanha gaúcha também é chamada de pradaria ou pampas. Cerca de 90% de sua área estão ocupadas
pela agricultura e pecuária.
Para saber mais:
Na página eletrônica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), você encontrará informações sobre a fauna e a flora brasileiras, além de informações sobre
parques, reservas ecológicas e outras Unidades de Conservação. http://www.ibama.gov.br/

Na página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é possível acessar imagens de satélite com
dados meteorológicos e sobre desmatamento e muitas outras coisas interessantes.
http://www.inpe.br/

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Na página do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é possível você montar seus próprios
climogramas com dados de todas as capitais brasileiras. http://www.inmet.gov.br/

Na página do Ministério do Meio Ambiente existem vários dados e abordagens sobre os mais variados
temas ambientais. Visite-o: http://www.mma.gov.br/

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > População > O Crescimento da População Brasileira: 6_1-1

O CRESCIMENTO VEGETATIVO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA


O crescimento vegetativo de uma população é a diferença entre o total de nascimentos e o total de mortes.
Observe, no gráfico, o comportamento dessa taxa nas últimas décadas e sua projeção até o ano 2020:
Brasil: crescimento vegetativo (1960-2020)

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais; Anuário


estatístico do Brasil, 1997.
Nota: Os índices indicados em sua relação %o (por mil) podem ser expressos em % (por cento), caso sejam
divididos por dez. Exemplo: 30,0%o = 3,0%.
Já a taxa geométrica de crescimento, ou simplesmente crescimento populacional, engloba o crescimento
vegetativo e os movimentos migratórios. Portanto, mesmo regiões que apresentam crescimento vegetativo
elevado podem estar passando por processo de redução de contingente, caso os fluxos migratórios estejam
negativos, ou seja, grande parte da população esteja emigrando por qualquer motivo.
Analise, agora, o gráfico que mostra a expectativa de vida da população brasileira:

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Fonte: IBGE. Estatísticas históricas do Brasil; Anuário estatístico do Brasil, 1997; Brasil em números,
1998.
Ao longo do século XX a redução das taxas de natalidade e de mortalidade e o aumento da expectativa de
vida estiveram associados ao processo de urbanização e aos avanços da medicina.
Com o êxodo rural e o conseqüente aumento percentual da população urbana em relação à população rural,
há uma mudança no comportamento demográfico da população, com queda nos índices de fertilidade
(número de filhos por mulher) devido aos seguintes fatores: aumento do custo de criação, maior acesso a
métodos anticoncepcionais, maior índice de mulheres que trabalham fora de casa.
Ainda, com a urbanização, ocorre queda nas taxas de mortalidade e aumenta a expectativa de vida, uma
vez que aumenta o percentual de população com acesso a saneamento básico (água tratada e coleta de
esgoto) e serviços de saúde, além de maior eficiência nos programas de vacinação.
Tabela - Brasil: taxa de urbanização por regiões (%)

Planejamento familiar
Para que as mulheres tenham condições de optar conscientemente pelo número de filhos que desejam ter é
necessário que tenham acesso, em primeiro lugar, a um sistema eficiente de educação e saúde. À medida
que aumenta o índice de escolarização da população, mais mulheres passam a optar pelo método
anticoncepcional que seja mais indicado, por um médico, para a sua circunstância pessoal.
Adolescentes de 15 a 17 anos que tiveram filhos – 1995 (%)

Fonte: IBGE/PNAD. Indicadores sobre crianças e adolescentes, 1997. p.84.


A gravidez acidental na adolescência compromete, na maioria dos casos, a formação educacional e
profissional das meninas. Muitas vezes é fruto da desinformação e da dificuldade de acesso a métodos

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anticoncepcionais.

7_1
Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > População > A Estrutura da População Brasileira: 7_1-1

A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA


1. A Pirâmide de Idades
A pirâmide de idades é um gráfico onde podemos obter dados sobre o número de habitantes de uma
cidade, um estado, um país ou qualquer outra base de dados, e sua distribuição por faixa etária e sexo. Ao
observá-la podemos tirar algumas conclusões sobre a taxa de natalidade e a expectativa de vida da
população:
● quanto maior a base, maior a taxa de natalidade e a participação dos jovens no conjunto total da
população
● quanto mais estreito o topo, menor a expectativa de vida e a participação de idosos no conjunto da
população.
Observe a evolução da pirâmide brasileira nas últimas décadas: a redução progressiva das taxas de
natalidade provocam redução da base enquanto que o aumento da expectativa de vida, um alargamento no
topo e na parte central.
CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996
A intensidade da prática anticonceptiva no País, quer seja através de métodos previsíveis (como a pílula
anticoncepcional) ou a esterilização feminina, contribui para acelerar o ritmo de declínio da natalidade ao
longo da década de 1980 (Gráficos 4 e 5).
Composição Etária segundo idades individuais 1980

Fonte IBGE, Centro Demográfico de 1980.


Composição Etária segundo idades individuais, 1991

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Fonte IBGE, Centro Demográfico de 1991.


Envelhecimento Populacional -
É um importante indicador que está relacionado à estrutura etária de um povo e que relaciona a população
idosa com o contigente de crianças. Trata-se de uma derivação do índice de envelhecimento populacional,
que se presta a significativos estudos comparativos.
O entendimento desse índice traduz-se da seguinte forma: quanto maior sua magnitude, mais elevada é a
proporção de idosos - no caso, a população de menos de 15 anos de idade.
O Brasil como um todo possui um índice de 16,97%, que está em ascensão, visto ter sido de 13,90% em
1991. Quando se estabelecem comparações regionais, percebe-se inicialmente que o índice está subindo
praticamente em todas as regiões, o que reflete a influência da continuada queda da fecundidade e,
simultaneamente, do aumento consistente da esperança média de vida.
Proporção de população de menos de 15 anos e de 65 anos e mais; e Relação Idoso/Criança,
segundo as grande regiões (1980 - 1996).
Proporção da População (%) Relação
Grandes Idoso/Criança (%)
regiões Menos de 15 anos 65 anos e meio
1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996
Brasil 66,23 57,43 50,18 6,95 7,98 8,52 10,49 13,90 16,97
Norte 90,47 78,13 67,88 5,51 5,52 5,70 6,09 7,07 6,52
Nordeste 83,29 70,95 60,30 8,34 9,11 8,34 10,02 12,04 15,40
Sudeste 55,09 49,06 43,18 6,00 5,06 8,78 12,27 16,47 20,33
Sul 60,57 50,98 45,51 5,41 7,88 8,68 10,58 15,57 19,08
Centro-
71,04 57,41 49,85 4,51 5,31 6,84 6,26 9,26 11,71
Oeste

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996


Os níveis mais elevados são encontrados nos estados pertencentes à Região Sudeste, destacando-se o
comportamento do Rio de Janeiro, com uma relação idoso/criança de 25,79%.
As estimativas atualmente disponíveis sugerem que esse índice deverá continuar crescendo no Brasil, a
partir principalmente da proporção de população jovem.
Fonte IBGE, Censo demográfico de 1980 e 1991 e Contagem da população de 1996
Extraído do CD-ROM: IBGE – Contagem da População, 1996

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População Segundo Grupo de Idades - Brasil (1940-2010) - Distribuição Relativa (%)

2. As atividades econômicas
À medida que a economia de um país vai-se desenvolvendo, diminui a participação da agricultura e
aumenta a participação da indústria e dos serviços na composição do PIB. Observe os dados da tabela:
Tabela de composição do PIB em alguns países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes
País PIB Agricultura Indústria Serviços
(bilhões de (% do PIB) (% do PIB) (% do PIB)
dólares)
Estados Unidos 7 834 2 27 71
Japão 4 190 2 38 60
Reino Unido 1 286 2 31 67
Brasil 820 8 35 35
Coréia do Sul 442 6 43 51
México 403 5 26 69
Bangladesh 41 24 27 49
Paraguai 10 23 22 55
Etiópia 6 55 7 38
Nicarágua 2 34 22 44

Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano – 1999, PNUD. Lisboa: Trinova, 1999.


Observe, no gráfico abaixo, que 24,5% da PEA * estão no setor primário da economia, responsável por 8%
do PIB. Esses números evidenciam a predominância de utilização de mão-de-obra desqualificada,
apresentando baixa produtividade.

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Fonte: IBGE, Brasil em números, 1998


* A PEA (População Economicamente Ativa) é formada pelos trabalhadores empregados mais os
desempregados que estão em busca de nova ocupação.
8_1
Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > População > O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 8_1-1

O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH


Desde 1990, os relatórios divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos permitem realizar algumas
comparações entre a qualidade de vida da população dos diversos países do planeta utilizando o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). Este índice reflete as condições de três variáveis básicas para uma boa qualidade de
vida: a expectativa de vida ao nascer, a escolaridade e o Produto Interno Bruto per capita. Veja o que significam essas
variáveis:
● Expectativa de vida ao nascer – se a população apresenta uma expectativa de vida elevada, isto indica que as
condições de saneamento básico, alimentação, assistência médico-hospitalar e moradia são boas, além de haver o
acesso a um meio ambiente saudável.
● Escolaridade – quanto maior o índice de escolarização da população, melhor o nível de desenvolvimento,
exercício da cidadania, produtividade do trabalho etc.
● Produto Interno Bruto per capita – o Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de tudo o que foi produzido pela
economia de um país no período de um ano. O PIB de um país dividido por sua população corresponde à renda
per capita, que é o valor que caberia, em média, a cada pessoa. No cálculo do IDH, o PIB é ajustado ao poder de
compra da moeda nacional, porque os gastos com alimentação, saúde e moradia variam muito de um país para
outro.
Essas três variáveis são expressas em uma escala que varia de 0,0 a 1,0: quanto mais baixo o índice, piores são as
condições de vida; quanto mais próximo de 1,0, mais elevada é a qualidade de vida da população em geral.
Os países são divididos em três categorias:
- baixo desenvolvimento humano: IDH menor que 0,500
- médio desenvolvimento humano: IDH entre 0,500 e 0,799
- alto desenvolvimento humano: IDH de 0,800 ou mais.
Observe o IDH de alguns países.
Índice de Desenvolvimento Humano - 1997
Alto Desenvolvimento Humano Médio Desenvolvimento Humano Baixo Desenvolvimento Humano

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1 - Canadá 0,932 48 - Venezuela 0,792 142 - Sudão 0,474


2 - Noruega 0,927 50 - México 0,786 146 - Nigéria 0,456
3 - EUA 0,927 58 - Cuba 0,765 150 - Bangladesh 0,440
4 - Japão 0,924 71 - Rússia 0,747 158 - Uganda 0,404
5 - Bélgica 0,923 79 - Brasil 0,739 160 - Angola 0,398
10 - Reino Unido 0,918 84 - Paraguai 0,730 164 - Ruanda 0,379
19 - Itália 0,900 91 - Ucrânia 0,721 167 - Eritréia 0,346
30 - Coréia do Sul 0,852 98 - China 0,701 169 - Moçambique 0,341
39 - Argentina 0,827 112 - Bolívia 0,652 172 - Etiópia 0,298
44 - Polônia 0,802 132 - Índia 0,545 174 - Serra Leoa 0,254
Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano, 1999, p. 134-7. PNUD [TP1][TP1]. Lisboa: Trinova, 1999
Observação: Em 1999, houve alteração do peso da renda no cálculo do índice. O Brasil, que era classificado como um país
de alto desenvolvimento humano, foi rebaixado para médio. Como os dados da tabela abaixo são de 1996, há diferença na
classificação.

Brasil: IDH 1970 Brasil: IDH 1991 Brasil: IDH 1996

Brasil: População absoluta e IDH por estados


PIB per
Expectativa de vida
População Absoluta Analfabetismo (1995) capita IDH
(10 anos ou +)
(em dólar)
14,8
Brasil 157.079.73 67,6 6.403 0,830
7,9
Rondônia 1.231.007 67,0 6.398 0,820
16,0
Acre 483.726 67,0 741 0,754
9,7
Amazonas 2.389.279 67,6 5.718 0,775
7,6
Roraima 247.131 66,3 6.231 0,818
12,0
Pará 5.510.849 67,5 4.268 0,703
8,7
Amapá 379.459 67,8 5.370 0,786
23,2
Tocantins 1.048.642 67,2 1.575 0,587
31,0
Maranhão 5.222.565 63,6 2.158 0,547
35,4
Piauí 2.673.1763 64,4 2.004 0,534
30,2
Ceará 6.809.794 65,1 2.667 0,590
27,8
R. G. Norte 2.558.660 65,2 4.083 0,668
30,6

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Paraíba 3.305.616 28,5 63,1 2.438 0,557


Pernambuco 7.399.131 34,7 62,4 3.213 0,615
Alagoas 2.633.339 25,3 61,9 2.496 0,538
Sergipe 1.624.175 26,9 66,0 5.122 0,731
Bahia 12.541.745 12,7 66,5 3.677 0,655
M. Gerais 16.673.097 12,8 69,2 5.968 0,823
Esp. Santo 2.802.707 6,3 69,2 6.251 0,836
R. de Janeiro 3.406.379 6,9 67,0 6.477 0,844
São Paulo 34.120.886 10,2 69,4 6.511 0,868
Paraná 9.003.804 6,7 69,2 6.402 0,847
S. Catarina 4.875.244 7,1 70,5 6.405 0,863
R. G. Sul 9.637.682 11,9 70,8 6.446 0,869
M. G. Sul 1.927.834 13,8 69,2 6.393 0,848
M. Grosso 2.235.834 13,7 68,0 5.003 0,767
Goiás 4.515.868 6,0 68,6 5.238 0,786
Dist. Federal 1.821.946 6,0 68,4 6.580 0,869
Fonte: IPEA, FJP, IBGE, PNUD. Desenvolvimento humano e condições de vida: Indicadores brasileiros, 1998.
IBGE. Contagem da população, 1996.
Para saber mais:
No site do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) está disponível o relatório: Desenvolvimento
Humano e Codições de Vida: Indicadores Brasileiros. Conecte-se: www.ipea.gov.br

9_1
Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > População > Desemprego e Concentração de Rendas: 9_1-1

O DESEMPREGO E A CONCENTRAÇÃO DE RENDA


1. A Distribuição de Renda
Brasil: famílias, por classe de renda familiar per capita, em salários mínimos – 1998

Fonte: IBGE: Síntese de indicadores sociais, 1999, p.145.


Distribuição do rendimento dos 50% mais pobres e dos 1% mais ricos em relação ao total dos rendimentos
– 1998
Fonte: IBGE: Síntese de indicadores sociais, 1999, p.104.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

50% mais pobres: 13,5%


1% mais ricos: 13,8%
Nos países subdesenvolvidos, há uma grande concentração da renda nacional, principalmente em função
de três fatores:
● 1. a inflação nunca é integralmente repassada aos salários, o que aumenta o lucro dos empresários e
diminui o poder aquisitivo dos assalariados;
● 2. a carga de impostos indiretos (ICMS, IPI, ISS e todos os outros tributos que estão embutidos no
preço das mercadorias e serviços que consumimos) é elevada; como o pobre e o rico pagam o
mesmo valor de impostos ao comprar uma mercadoria, essa forma de arrecadação pesa mais para a
população de baixa renda;
● 3. a precariedade dos serviços públicos diminui as possibilidades de a classe baixa ascender
profissionalmente e melhorar seus rendimentos.
Se as políticas públicas de planejamento não considerarem como está distribuída a renda pela população,
suas estratégias de melhoria dos sistemas de educação e saúde, das condições de habitação, transportes,
abastecimento, lazer etc. estarão condenadas ao fracasso.
Contagem da população - 1996
Taxas de escolarização das pessoas de 4 a 25 anos de idade por sexo,
Segundo grandes regiões e grupos de idade - 1996
Grande regiões Taxa de escolarização (%)
e
grupos de idade Total Homens Mulheres
Brasil
4 a 6 anos 55,4 54,6 56,3
7 a 9 anos 91,4 90,07 92,1
10 a 14 anos 89,5 88,9 90,1
14 a 17 anos 66,8 65,5 68,0
18 a 24 anos 25,8 24,7 26,8
Extraído do CD-ROM: IBGE - Contagem da População, 1996

Rendimentos (média real mensal em R$/set-97 das pessoas com mais de 10 anos de idade)
Distribuição da renda
Ganho dos 10% Ganho dos 10% mais
mais pobres da população ricos da população
1990 32 2049
1992 29 1716
1993 28 1986
1995 56 2474
1996 61 2496
1997 58 2463

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Fonte: IBGE, PNDA (obs. não houve PNDA em 1991 e 1994

O controle da inflação, a partir de 1994, com a implantação do Plano Real, promoveu ganhos expressivos
para a população de baixa renda.
No endereço eletrônico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) você encontra vários
dados estatísticos sobre os mais variados temas da geografia física, humana e econômica do Brasil.
Visite-o:
www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.html

10_1
Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Produção e Consumo de Energia e Minerais Metálicos > A Extração de Minerais no Brasil: 10_1-1

A extração de minerais no Brasil


Valor da produção nacional dos principais minerais metálicos, não metálicos e energéticos (1000 US$,
1995)
Minerais metálicos

Minerais não metálicos

Minerais energéticos

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Fonte: Anuário Estatístico do Brasil, 1997.


A extração de minerais metálicos no Brasil é controlada pela Companhia Vale do Rio Doce, empresa
criada em 1942 por Getúlio Vargas e privatizada em 1998. Para explorar uma província mineral, as
empresas dependem de uma autorização especial, fornecida pelo Ministério das Minas e Energia, que pode
suspender a autorização a qualquer momento, em nome dos interesses nacionais.
As principais áreas de extração do Brasil são:
● Quadrilátero Central ou Ferrífero (MG): localizado no centro-sul de Minas Gerais, é responsável
pela maior produção brasileira de minérios de ferro e manganês. Também produz bauxita e
cassiterita em menores quantidades.
● Projeto Carajás: a serra dos Carajás se localiza no sudeste do Pará, onde foi encontrada, no final da
década de 60, a maior província mineral do planeta, com enorme abundância de ferro, manganês,
bauxita, estanho, ouro, cobre e níquel.
● Projeto Trombetas (PA): localizado no Pará, no vale do rio Trombetas, fornece bauxita a diversas
empresas do Projeto dos Pólos de Alumínio que se instalaram dentro do projeto Carajás.
● Maciço do Urucum (MS): trata-se de uma província mineral localizada no meio do Pantanal
Mato-grossense, à beira do rio Paraguai, por onde é escoada sua modesta produção de ferro e
manganês.
Para saber mais sobre estes temas visite o site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
(http://www.mdic.gov.br/) e do Ministério do Planejamento (http://www.planejamento.gov.br/)

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Industrialização Brasileira > Histórico da Industrialização Brasileira: 11_1-1

HISTÓRICO DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA


1. Concentração Industrial
Indústrias de base, bens de produção ou intermediárias
Produzem matérias-primas secundárias como, por exemplo, alumínio, aço (siderurgia), cimento e
derivados de petróleo (petroquímica).
Indústrias de bens de capital
Produzem máquinas, peças e equipamentos industriais.
Indústrias de bens de consumo
● Duráveis: automóveis, eletrodomésticos, móveis etc.;

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

● Semiduráveis: calçados, roupas, lápis etc.


● Não-duráveis: alimentos, bebidas, remédios etc.
Distribuição regional da receita líquida de vendas das indústrias: Norte: 3%; Nordeste: 8%; Sudeste: 69%;
Sul: 18%; Centro-Oeste: 2%

Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1997.


O parque industrial brasileiro está amplamente concentrado nos estados do Centro-Sul e nas maiores
regiões metropolitanas. Porém, nas últimas décadas, vem passando por um processo de dispersão espacial,
que acontece à medida que vai-se dispersando a infra-estrutura de transportes, energia e comunicações e o
poder público oferece benefícios fiscais para atrair investimentos. No interior das regiões e dos estados
está ocorrendo o mesmo processo.
2. Histórico

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

A economia brasileira só começou a se estruturar em escala nacional a partir da segunda metade da década
de 1930. Até então, a organização espacial das atividades econômicas era dispersa, as economias regionais
– chamadas de “arquipélagos econômicos regionais” - se estruturavam de forma quase totalmente
autônoma.
Com a crise do café e o início da industrialização, comandada pelo Sudeste, esse quadro mudou. Getúlio
Vargas passou a promover a integração dos “arquipélagos regionais” através da instalação de um sistema
de transportes ligando os estados, o que aumentou o fluxo de mercadorias e pessoas entre os mesmos.
A partir de então, até a década de 1980, a concentração espacial da indústria na região Sudeste se explica
por três fatores básicos:
● Complementaridade industrial — as indústrias de autopeças tendem a se localizar próximo às
automobilísticas; às petroquímicas, próximo às refinarias etc.;
● Concentração de investimentos públicos nos setores de energia e transportes — por fim, é mais
barato para o governo concentrar investimentos em determinada região do que espalhá-los pelo
território nacional.
Essa tendência à concentração perdurou até o final da década de 70, quando começaram a surtir efeitos os
investimentos do II PND e serem inauguradas as primeiras grandes usinas hidrelétricas na região Nordeste.
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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Urbanização Brasileira > As Regiões Metropolitanas: 12_1-1

As regiões metropolitanas
A partir da segunda metade do século XX houve um processo de expansão das áreas urbanas das grandes cidades
em direção à periferia; vários municípios tornaram-se um único bloco.
Essa situação caracteriza a conurbação, sistema no qual os problemas de infra-estrutura urbana (transportes
coletivos, segurança, moradia, saneamento etc.) e integração socioeconômica devem ser administrados
conjuntamente. Exemplo: uma pessoa trabalha e estuda em um município diferente daquele em que mora (e pelo
qual paga IPTU).
Esse processo, verificado em várias regiões do país levou o Governo Federal a criar, em 1973, as regiões
metropolitanas: “um conjunto de municípios contínuos e integrados sócio-economicamente a uma cidade
central, com serviços públicos e infra-estrutura comum”. Cada metrópole é administrada por um Conselho,
nomeado pelo governador do estado onde se encontra.
Confira, no quadro abaixo, as principais regiões metropolitanas do país

Brasil – Regiões metropolitanas (1996)

População residente População da cidade principal

São Paulo – 39 municípios 16.583.34 9.839.436

Rio de Janeiro – 19 municípios 10.192.097 5.551.538

Belo Horizonte – 24 municípios 3.803.249 2.091.448

Porto Alegre – 23 municípios 3.246.869 1.288.879

Recife – 14 municípios 3.087.967 1.346.045

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Salvador – 10 municípios 2.709.084 2.211.539

Fortaleza – 9 municípios 2.582.820 1.965.513

Curitiba – 24 municípios 2.425.361 1.476.253

Belém – 5 municípios 1.485.569 1.144.312

Vitória – 5 municípios 1.182.354 265.874

Baixada Santista (SP) – 9 municípios 1.309.263 412.243

São Luís – 4 municípios 940.711(*) 780.833

Natal – 6 municípios 21 656.037

RIDE (21 municípios) ** 91 1.821.946

Fonte: IBGE. Anuário Estatístico do Brasil ,1998; Contagem da População, 1996.


(*) exceto a população do município de Raposa
(**) Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (de Brasília)

Quanto maior e mais diversificada é a atividade econômica, cultural e política de uma cidade, maior é a área na
qual se estende seu poder de polarização. São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas metrópoles nacionais
porque concentram quase o país inteiro, uma vez que suas atividades econômicas são de maior porte e mais
diversificadas que as das demais capitais do país. Curitiba, Belo Horizonte, Recife e outras capitais estendem suas
zonas de influências por áreas territoriais menores e são consideradas metrópoles regionais.
As metrópoles são os maiores centros de polarização do território. Nessa hierarquia urbana há, ainda, as capitais
regionais, os centros regionais e as cidades locais; estas últimas polarizam apenas suas respectivas zonas rurais.
Essas cidades que se relacionam no território através de sistemas de transportes e de comunicações formam a rede
urbana.
Nas regiões onde as cidades estão dispersas pelo território, ou seja, onde a rede urbana é desarticulada, os níveis de
polarização seguem uma hierarquia mais ou menos rígida. Por exemplo, se uma pessoa que mora em uma pequena
cidade do interior do Nordeste quiser viajar ao exterior, qual deverá ser o seu percurso? Na maioria das cidades
pequenas só existem ônibus que vão para os centros e capitais regionais. Exemplo: não há ônibus direto de
Carolina, pequena cidade do Maranhão, para Salvador ou Recife (cidades que possuem aeroportos internacionais).
O viajante teria que se deslocar para Imperatriz e de lá para uma metrópole. Para dar continuidade aos estudos ou
comprar livros de editoras especializadas, as pessoas que moram em cidades pequenas de regiões onde a rede
urbana é esparsa têm de se deslocar de cidade em cidade. Nas regiões em que a rede urbana é densa e articulada,
as cidades locais podem estar diretamente ligadas a uma metrópole nacional. Se a pessoa do primeiro exemplo
apresentado morasse numa pequena cidade do interior, não precisaria deslocar-se por tantas cidades para viajar ou
para dar continuidade a seus estudos.
Compare os dois gráficos e veja como a rede formada pelas cidades é diferente em cada caso:
Título: Relações entre as cidades em uma rede urbana – Esquema clássico

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Relações entre as cidades em uma rede urbana – Esquema atual


Legenda:
A modernização dos sistemas de transportes e comunicações integra as cidades de diferentes portes que formam a
rede urbana.
Dentro do que é legalmente considerado perímetro urbano, o governo municipal arrecada o Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU); fora desses limites, na zona rural, é arrecadado o Imposto Territorial Rural (ITR).
Como o IPTU vai direto para os cofres da prefeitura e é mais caro que as outras taxas cobradas, alguns prefeitos
estendem o perímetro urbano para as áreas rurais do município.
Para ter acesso a informações sobre os municípios da Região do Entorno do Distrito Federal acesse:
www.gdf.gov.br/entorno

No capítulo que trata da população brasileira, vimos que o crescimento populacional está associado a dois fatores:
o crescimento vegetativo e a migração. Entre as décadas de 1930 e 1970, as capitais industriais do Sudeste (São
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), cidades que mais cresciam no país, foram os grandes pólos de atração de
migrantes. A diferença entre o crescimento dessas cidades e as de porte médio era enorme. Um dos resultados
dessa dinâmica é o fato de a região metropolitana de São Paulo, ainda hoje, abrigar quase 40% da população de
todo o estado e cerca de 10% da população do país.
A partir da década de 1980, em conseqüência do processo de dispersão das atividades econômicas por novas áreas
do território nacional, muitas capitais passaram a apresentar um ritmo de crescimento inferior ao verificado nas
médias cidades. Observe a tabela abaixo:

POPULAÇÃO RESIDENTE E TAXA DE


CRESCIMENTO, SEGUNDO OS MUNICÍPIOS

Municípios População residente Taxa de crescimento (%)


das capitais (1970/1996)
1970 1996 1970/80 1991/96

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Porto Velho 84.048 294.334 4,77 0,48

Manaus 311.622 1.157.357 7,35 2,78

Belém 633.374 1.144.312 3,95 1,15

Fortaleza 857.980 1.965.513 4,30 2,17

Recife 1.060.701 1.346.045 1,24 0,74

Salvador 1.007.195 2.211.539 4,08 1,30

Belo Horizonte 1.235.030 2.091.448 3,73 0,71

Rio de Janeiro 4.251.918 5.551.538 1,82 0,26

São Paulo 5.924.615 9.839.436 3,67 0,40

Curitiba 609.026 1.476.253 5,34 2,38

Porto Alegre 885.545 1.288.879 2,43 0,58

Campo Grande 140.233 600.069 7,60 2,71

Goiânia 380.773 1.004.098 6,54 1,75

Brasília 537.492 1.821.946 8,15 2,66

Fonte: IBGE. Contagem da população, 1996

Considerando que no período de 1970 a 1980, a taxa média de crescimento da população brasileira foi de 2,49%
ao ano e, entre 1991 e 1996, essa taxa passou para 1,38%, podemos verificar grandes mudanças de fluxos
migratórios nesses períodos.
A malha ou mancha urbana
Vimos que o sistema de cidades e sua organização no território constituem a rede urbana. Já a malha ou mancha
urbana é a organização interna de suas ruas, casas, comércio, equipamentos de lazer e tudo que estrutura sua
dinâmica interna.
As malhas urbanas se organizam de formas muito variadas. Algumas se estruturam espontaneamente, outras são
planejadas. Muitas vezes essa diferenciação acontece no interior das grandes cidades, onde é comum o surgimento
espontâneo de bairros pobres e carentes de infra-estrutura. Além disso, nesses grandes centros há o aparecimento
de bairros de classe média ou alta que foram planejados, onde os equipamentos urbanos chegaram antes das
pessoas.
Para aprender mais:
www.resol.com.br/Cartilha/Cartilha.htm
Neste endereço eletrônico há explicações sobre limpeza urbana, produção e destino final do lixo, formas de
coleta, transporte e tratamento, além de uma cartilha sobre limpeza urbana.
www.atibaia.com.br/sucata/importan.htm
Aqui você encontrará dados interessantes sobre reciclagem de materiais e o que poderá fazer para colaborar e
participar com alguns grupos.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Agropecuária > A Produção Agropecuária: 13_1-1

A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
1. Introdução
A agricultura e a pecuária são classificadas como intensivas ou extensivas, em função do grau de
capitalização e do índice de produtividade que alcançam. Essa classificação não é relacionada ao tamanho
da área de cultivo ou de criação.
Nas propriedades onde a produtividade é elevada e os investimentos realizados permitem que se produza
indefinidamente na mesma área, a agricultura é intensiva. Nas propriedades nas quais são aplicadas
técnicas rudimentares e são apresentados baixos índices de exploração da terra, além de uma baixa
produtividade, a agricultura extensiva é praticada.
É importante notar que essas definições não estão associadas ao tamanho da propriedade. Uma pequena
propriedade, com utilização de mão-de-obra familiar, pode apresentar elevados índices de produtividade.
Uma grande latifúndio pode ter baixos índices de produtividade.
Na pecuária, esses conceitos estão associados ao número de rezes por hectare. A pecuária é considerada
intensiva se houver mais de uma cabeça de gado solta por hectare, os animais forem vacinados e receberem
ração.
2.Produção Agrícola e Pecuária

Extraídos do CD-ROM: IBGE – Censo agropecuário 1995-96

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Grandes Regiões e Valor da Produção (1.000 R$)


Unidades Federais Total Animal Vegetal
Brasil 47.788.244 18.829.581 28.958.663
Norte 2.321.939 1.011.219 1.310.720
Rondônia 334.211 180.279 153.932
Acre 107.199 40.188 67.011
Amazonas 366.495 53.458 313.037
Roraima 62.085 28.250 33.835
Pará 1.026.712 437.215 589.497
Amapá 68.871 9.914 58.957
Tocantins 356.366 261.915 94.451
Nordeste 7.043.799 2.723.495 4.320.304
Maranhão 698.162 287.659 410.503
Piauí 342.260 168.242 174.018
Ceará 919.170 448.058 471.112
Rio Grande do Norte 355.930 145.940 209.990
Paraíba 468.348 193.092 275.256
Pernambuco 1.229.492 516.567 712.925
Alagoas 654.670 135.010 519.660
Sergipe 273.526 124.300 149.226
Bahia 2.102.241 704.627 1.397.614
Sudeste 16.534.398 5.713.984 10.820.414
Minas Gerais 6.409.087 2.793.248 3.615.839
Espírito Santo 1.082.501 223.081 859.420
Rio de Janeiro 620.441 284.960 335.481
São Paulo 8.412.369 2.402 6.009.674
Sul 15.003.252 5.823.332 9.179.920
Paraná 5.562.875 1.838.207 3.724.668
Santa Catarina 3.270.470 1.669.333 1.601.137
Rio Grande do Sul 6.169.907 2.315.792 3.854.115
Centro-Oeste 6.884.856 3.557.551 3.327.305
Mato Grosso do Sul 2.181.819 1.462.458 719.361
Mato Grosso 1.984.847 697.694 1.287.153
Goiás 2.582.846 1.334.232 1.248.614
Distrito Federal 135.344 63.167 72.177

Dados extraídos do CD-ROM: IBGE – Censo agropecuário 1995-96


À medida que o processo de industrialização avançou, principalmente a partir da década de 1970, diminui
a participação da agricultura na pauta de exportações. Ainda assim, atualmente, mais de 25% das
exportações brasileiras dependem da agropecuária. No cenário internacional, o Brasil é um grande
exportador de café, suco de laranja, grão, farelo e óleo de soja, açúcar, fumo, cigarro, papel, celulose, carne
bovina, carne suína e carne de aves.
Na pauta de importações de produtos agrícolas verifica-se grande diversificação nos produtos, com o trigo
como destaque (pães, massas e bolachas).
3. Principais produtos da agricultura brasileira.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Milho em grão
Principais estados produtores (1a. safra; Brasil, 100% = 30.554.327 t)

Paraná: 22%
Rio Grande do Sul: 18%
São Paulo: 10%
Minas Gerais: 15%
Santa Catarina: 14%

Soja
Principais estados produtores (em grão; Brasil 100% = 26.430.782 t)

Paraná: 23%
Mato Grosso: 23%
Rio Grande do Sul: 21%
Goiás: 11%
Mato Grosso do Sul: 7%

Feijão
Principais estados produtores (em grão, 1a. safra; Brasil 100% = 998.735 t)

Paraná: 38%
Minas Gerais: 13%
Santa Catarina: 12%
Rio Grande do Sul: 10%
São Paulo: 9%

Arroz
Principais estados produtores (em casca; Brasil 100% = 7.729.920 t)

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Rio
Grande do
Sul: 46%
Mato
Grosso:
10%
Maranhão:
5%
Tocantins:
4%
Santa
Catarina:
8%

Cana-de-açúcar
Principais estados produtores (Brasil 100% = 338.668.793 t)

São Paulo:
59%
Alagoas: 9%
Paraná: 8%
Minas
Gerais: 5%
Pernambuco:
4%

Café
Principais estados produtores (em coco; Brasil 100%= 3.111.943 t)

Minas Gerais: 51%


Espírito Santo: 19%
São Paulo: 14%
Paraná: 7%
Rondônia: 4%

Mandioca
Principais estados produtores (Brasil 100% = 20.508.082 t)

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Pará: 18%
Paraná: 17%
Bahia: 15%
Rio Grande do Sul: 7%
Minas Gerais: 4%

Trigo
Principais estados produtores (em grão; Brasil 100% = 2.703.106 t )

Paraná: 67%
Rio Grande do Sul:
26%
Mato Grosso do Sul:
2%
Santa Catarina: 2%
MG/GO/SP: 2%

Algodão herbáceo
Principais estados produtores (em caroço; Brasil 100% = 1.223.203 t)

Mato Grosso: 23%


Goiás: 22%
Paraná: 15%
Minas Gerais: 10%
Mato Grosso do Sul: 8%

Laranja
Principais estados produtores ( Brasil 100% = 114.360.254 mil frutos)

São Paulo: 83%


Sergipe 4%
Bahia: 4%
Minas Gerais: 2%
Rio Grande do Sul 2%

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Batata-inglesa
Principais estados produtores (1a. safra; Brasil 100% = 1.501.142 t)

Minas Gerais: 36%


Paraná: 22%
Rio Grande do Sul: 21%
São Paulo: 15%
Santa Catarina: 6%

Fonte: IBGE. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), 08/1998


Para obter mais informações sobre o tema, consulte:
www.embrapa.br - No endereço eletrônico da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
você encontrará vários dados e análises dos mais variados temas ligados à agropecuária - erosão, irrigação,
alimentos transgênicos etc.
www.agricultura.gov.br (Ministério da Agricultura) – este site contém dados estatísticos, relatórios,
análises por setores etc.

14_1
Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Agropecuária > Estrutura Fundiária, Relações de Trabalho e Reforma Agrária: 14_1-1

Estrutura fundiária, relações de trabalho e reforma agrária


No Brasil, a produção agrícola e pecuária é responsável por cerca de 12% do PIB. O agribusiness é
responsável por 35% do PIB da nação. Essa importante cadeia produtiva abrange diversas áreas como:
produção e distribuição de insumos; produção de todos os alimentos e matérias-primas industriais;
produção agrícola de energia; desenvolvimento de novas tecnologias; armazenamento, transporte,
processamento e distribuição de produtos agrícolas e seus derivados.
Proporção do número de Proporção da área dos
Grupos de Áreas estabelecimentos em estabelecimentos em 31.12
Total (Ha) 31.12 (%) (%)
1970 1995 1970 1995
Menos de 10 51,4 49,7 3,1 2,3
10 a menos de
39,4 39,6 20,4 17,7
100
100 a menos de
1000
8,5 9,7 37,0 34,9

1000 a menos de
0,7 1,0 27,2 30,6
10000
10000 a mais 0,0 0,0 12,3 14,5
Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: IBGE. Censo agropecuário 1995-1996. p. 39.


Em 1995, 49,7% dos proprietários rurais tinha menos de 10 hectares (1 ha = 10 000 m²) e ocupava apenas
2,3% da área agrícola do país.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

No mesmo ano, os proprietários com mais de 1.000 hectares correspondiam a 1% do total dos mesmos,
ocupando 45,1% da área dos estabelecimentos agrícolas do território nacional.
Participação nos financiamentos obtidos em 1995 segundo os grupos de área total (em ha)
Menos de 10: 3,5%
10 a menos de 100: 26,6%
100 a menos de 1.000: 38,3%
1.000 a menos de 10.000: 26%
10.000 e mais: 5,5%
Sem declaração: 0,1%
Fonte: IBGE. Censo agropecuário 1995-1996.
Trabalho Agrícola

Pessoal Total (%)


Ocupado 1985 1995
Responsável 75,16 75,63
Permanente 9,33 10,33
Temporário 12,03 10,35
Parceiro 2,07 1,65
Outro 1,41 2,03
Residente 78,43 76,65

Entre 1985 e 1995 o número de trabalhadores agrícolas no país caiu de 23,3 para 17,9 milhões de pessoas,
representando uma redução de 23%. Desse total, 81% esta concentrado em pequenas e médias
propriedades, de área inferior a 100 hectares, onde predomina a mão-de-obra familiar.
Ainda em 1995, 10,33% dos trabalhadores agrícolas eram assalariados permanentes e 10,35% eram
bóias-frias (trabalhadores temporários).
Os parceiros são pessoas que produzem na terra de terceiros e pagam sua utilização com parte da produção
obtida; por exemplo, o meeiro paga metade de sua produção ao dono da terra, o terceiro um terço, ou
qualquer outro percentual combinado pelas partes.
Posseiros são invasores de terra que praticam agricultura de subsistência; grileiros são invasores de
propriedades que falsificam, em cartório, o título da área invadida.

15_1

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Questões Ambientais > As Agressões aos Ecossistemas: 15_1-1

AS AGRESSÕES AOS ECOSSISTEMAS


1. O MEIO AMBIENTE
A aceleração das transformações técnico-científicas iniciadas na revolução industrial é intensificada neste
século, trazendo desequilíbrios ecológicos ameaçadores para a sustentação da vida em nosso planeta. A
poluição sonora, visual, do ar, da água e a exploração dos recursos naturais sem preocupação com sua
conservação, a erosão do solo e o assoreamento nos rios, lagos e mares, são a manifestação dos limites
atingidos pela humanidade. Há a necessidade urgente de associar o discurso ambiental ao discurso
sócio-cultural na busca de um equilíbrio entre o homem e a natureza.
Durante a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente (ECO 92), sediada no Rio de Janeiro, houve um
embate ideológico entre o mundo desenvolvido e o mundo subdesenvolvido. Ainda assim, ambos
concordavam que era inviável preservar a natureza em um espaço que serve de morada para uma
população miserável. Há áreas assim na América Latina, na África, no continente asiático e nos países
ricos. É quase impossível fazer com que alguém preocupado com sua próxima refeição tome cuidado com
queimadas nas lavouras e com desmatamentos nas florestas.
É impossível dissociar a preservação ambiental da péssima qualidade de vida de milhares de seres
humanos.
2. TÓPICOS - QUESTÃO AMBIENTAL
I) DESMATAMENTO
As principais conseqüências da retirada da cobertura vegetal de uma área são:
a) aumento da temperatura: os raios solares incidem diretamente sobre o solo aumentando a capacidade de
absorção de energia do mesmo; este irradia calor para a atmosfera.
b) diminuição do índice pluviométrico: menor infiltração de água no solo e suspensão da
evapotranspiração praticada pelos vegetais.
c) erosão do solo exposto às intempéries, causando assoreamento de rios e represas, prejudicando a
agricultura e agravando as enchentes.
d) extinção das nascentes decorrente da descida do nível hidrostático ou lençol freático. O abastecimento
de água nas cidades fica comprometido.
e) comprometimento do equilíbrio atmosférico entre gás carbônico e oxigênio.
f) destruição da biodiversidade.
g) extinção das atividades extrativas vegetais.
h) agressões aos povos indígenas e populações ribeirinhas.
i) desertificação.
j) proliferação de pragas e doenças.
II) EMISSÃO DE GASES NA ATMOSFERA
Principais conseqüências:
a) aumento global da temperatura devido ao efeito estufa.
b) estado de alerta em casos de inversão térmica.

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c) comprometimento da vida humana e animal.


d) buraco na camada de ozônio (CFC).
e) chuva ácida.
III) METROPOLIZAÇÃO
a) ocupação dos mananciais de água.
b) destino do lixo domiciliar, industrial e hospitalar.
c) ilhas de calor.
d) poluição sonora, visual e atmosférica agravada pelo tráfego de veículos.
IV) MINERAÇÃO E GARIMPO
a) contaminação de rios e mananciais por mercúrio.
b) invasão de reservas ecológicas.
c) bombardeamento de barrancos e assoreamento de rios.
d) desmatamento.
e) concentração humana em áreas sem infra-estrutura.

Para saber mais, visite os endereços eletrônicos abaixo:


www.embrapa.gov.br
www.greenpeace.org.br

www.ibama.gov.br

16_5
Matérias > Geografia > Geografia Geral > Geologia: A Estrutura Geológica do Planeta Terra: 16_1-5

A ESTRUTURA GEOLÓGICA DO PLANETA TERRA

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

O desenho mostra o Universo no primeiro segundo de sua origem


O nosso planeta, situado na galáxia Via Láctea, é um dos inúmeros produtos da formação do Universo, iniciada
pela grande explosão inicial (o “Big Bang”), cujas partículas ou “faíscas” resultantes originaram a matéria
cósmica e os sistemas estelares, dentre eles, o Sistema Solar.

O Sistema Solar
Quando de seu nascimento, a Terra era uma bola incandescente que, ao resfriar-se ficou dura por fora e é aí que
nós habitamos: na crosta terrestre. As etapas da formação do nosso planeta foram:
fase 1 – há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, uma espessa nuvem de poeira e gás formou o Sol. Partes dessa
nuvem criaram partículas de rocha e gelo que, depois, unidas deram origem aos planetas;
fase 2 – as rochas que compunham a Terra, no seu início, apresentavam altos índices de radioatividade, o que

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

provocou seu derretimento. Nesse período, os elementos químicos níquel e ferro se fundiram, criando o núcleo
do planeta, cuja temperatura média é de 4.000º C. Os materiais que formam o interior da Terra apresentam-se em
estados que variam do gasoso e líquido ao pastoso e sólido, sendo chamados de magma ou magma pastoso;
fase 3 – cerca de 4 bilhões de anos atrás, teve início a formação da crosta terrestre que, originalmente, era
composta de pequenas plaquetas sólidas flutuando na rocha fundida. Nesse período, formava -se o manto,
camada situada a 2.900 km abaixo da superfície e constituída de rochas deformáveis, pois menos rígidas. No
manto, predominam ferro e magnésio, materiais de constituição pesada, e aí as temperaturas podem variar entre
200 a 3.000º C;
fase 4 – com o tempo, a crosta terrestre se tornou, crescentemente, mais espessa e os vulcões entraram em
erupção, emitindo gases que geraram a atmosfera. Simultaneamente, o vapor de água se condensou, formando os
oceanos;
fase 5 – há cerca de 3,5 bilhões de anos, a crosta terrestre estava basicamente formada, porém a configuração
dos continentes era bem diferente da atual;
fase 6 – atualmente, a Terra continua se transformando, pois a crosta apresenta enormes placas cujas bordas
estão em constante mutação. Também os continentes ainda se movimentam, em função da pressão das forças que
agem no núcleo da Terra.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > Geologia: A Estrutura Geológica do Planeta Terra: 16_2-5

AS CAMADAS DA TERRA
Quatro são as principais camadas de nosso planeta:
● NÚCLEO INTERNO

● NÚCLEO EXTERNO

● MANTO

● CROSTA

O planeta Terra, quanto ao aspecto de sua formação física, tem uma história, conhecida como Eras
Geológicas.
ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO
ERAS PERÍODOS ÉPOCAS TEMPO EM ANOS CARACTERÍSTICAS

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

● extinção dos répteis


gigantes;
● desenvolvimento dos
vertebrados;
Quaternário Holoceno 11.000
● aparecimento dos
Pleistoceno 1000.000
símios antropomorfos;
Piloceno 12.000.000
Cenozóica Mioceno 23.000.000 ● surgimento dos
Oligoceno 35.000.000 homens;
Eoceno 55.000.000 ● aparecimento das
Terciário Paleoceno 70.000.000 fanerógamas (vegetais
cujos órgãos
reprodutores são bem
evidentes, flores, por
exemplo.
Cetáceo 135.000.000 ● répteis gigantes e
Mesozóica Jurássico 180.000.000 coníferas;
Triássico 220.000.000 ● primeiros pássaros.
● surgimento dos anfíbios
e criptógamas (vegetais
que não se reproduzem
Permiano 270.000.000 por meio de flores);
Carbonífero 350.000.000 ● surgimento dos peixes
Devoniano 400.000.000 e dos vermes;
Paleozóica
Siluriano 430.000.000
● início da vegetação nos
Ordoviciano 490.000.000
continentes;
Cambriano 600.000.000
● aparecimento dos
invertebrados;
● intensa vida aquática.
● aparecimento de
bactérias, algas,
fungos, esponjas,
Pré-Cambriana
crustáceos e
superior Algonquiano
celenterados (animais
(Proterozóica)
aquáticos, geralmente
marinhos, como os
corais e as medusas).
● conhecemos do
período alguns
mais de 2 fósseis;
bilhões ● formação inicial
de bactérias e
fungos.
Pré-cambriano
Arqueano (início aproximadamente 4,5
inferior
da Terra) bilhões
(Arqueozóica)
Fonte: LEINZ & AMARAL in . Geologia Geral.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

As quatro porções da Terra.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > Geologia: A Estrutura Geológica do Planeta Terra: 16_3-5

TIPOS DE ROCHAS
Ao longo do processo de formação do planeta, a crosta terrestre, ou litosfera, conheceu a geração de diversos
tipos de rochas. Essas se dividem, quanto à sua origem, em três tipos:
● magmáticas ou ígneas

● sedimentares

● metamórficas

No início de sua formação, a litosfera era constituída por rochas que se consolidaram com o resfriamento do
magma – são as chamadas rochas ígneas ou magmáticas. Essas formações rochosas, ao entrarem em contato
com o ar, a água e as geleiras, passaram a sofrer a ação do intemperismo (decomposição química e
desagregação mecânica), tornado-se, assim, particularizadas e específicas, o que possibilitou seu transporte
por agentes erosivos (vento, chuvas, e geleiras) a depressões do relevo, que passaram a ser preenchidas por
sedimentos que, também através de processos físicos e químicos, consolidaram-se como rochas
sedimentares. O terceiro tipo de rocha que se forma na crosta terrestre é a metamórfica, que consiste na
transformação, no interior da crosta, das rochas ígneas e sedimentares em função da pressão e de altas
temperaturas.
EXEMPLOS DE INTEMPERISMO
As variações de temperatura provocam a decomposição das rochas, cujos minerais se dilatam quando
aquecidos e se contraem em áreas de clima frio (intemperismo por agente físico);
A pressão exercida pelas raízes de um vegetal quando penetram nas rochas podem provocar sua
desintegração (intemperismo por agente biológico);
A decomposição das rochas também pode ser provocada pela penetração da água, que altera a sua estrutura
química (intemperismo por agente químico).

AS ROCHAS CRISTALINAS

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Denominamos de rochas cristalinas aquelas que, magmáticas ou metamórficas, possuem uma estrutura
molecular ordenada. Formadas por compactação, as rochas sedimentares cobrem 75% da superfície terrestre,
formando uma fina camada superficial que compreende apenas 5% do volume da crosta terrestre.
AS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS
A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas, que flutuam sobre o magma pastoso. Quando da fase
inicial da Terra, existiam menos placas. Com o tempo, em razão de se moverem em vários sentidos, já que o
planeta é esférico, as placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, dando origem aos terremotos
e aos dobramentos do relevo. Em grego, o termo tectônica quer dizer “processo de construir”. Para a ciência
geográfica, significa as deformações da crosta terrestre geradas pelas pressões provenientes do interior do
planeta.
Nas áreas de encontro das placas, a crosta terrestre é frágil, principalmente nas regiões de contato dos oceanos
com os continentes, o que possibilita a saída de magma, dando origem aos vulcões. Quando dos choques entre
as placas, o atrito daí decorrente provoca os terremotos. Nos oceanos, as placas (sima) são pesadas e, por este
motivo, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção,
gera as fossas marítimas, normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das placas. Como as placas
oceânicas se situam debaixo das continentais, a pressão das primeiras sobre estas últimas provocam dobras e
enrugamentos, provocando, desde a era mesozóica, os movimentos orogenéticos (em grego, “oros”
significa “montanha”). Data daí o aparecimento das grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas
pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da crosta terrestre. Este fenômeno é relativamente
recente na história do nosso planeta, tendo acontecido no fim da era mesozóica e início da cenozóica. Por
essa razão, denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias de montanhas do planeta, tais como o
Himalaia, as Rochosas e os Andes, são de formação recente, apresentando elevadas altitudes, pouco desgaste
e grande instabilidade física, pois elas estão ainda em processo de formação. Nelas, são comuns vulcões e
terremotos.
A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, conhece três formações básicas:
● bacias sedimentares

● escudos cristalinos

● dobramentos modernos

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > Geologia: A Estrutura Geológica do Planeta Terra: 16_4-5

Estruturas geológicas
Os dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às grandes cadeias montanhosas do
globo datadas do período Terciário da Era Cenozóica. Sua gênese é explicada pelo movimento das placas
tectônicas. Os principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os Alpes, o Himalaia e as Montanhas
Rochosas. Por serem de formação recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e apresentam altitudes
elevadas. O Brasil, por exemplo, não conhece formações geradas por dobramentos modernos.
Os escudos cristalinos ou maciços antigos, que abrangem 36% do território nacional, são popularmente
conhecidos como serras, formações antigas e diversificadas e, por conseguinte, extremamente desgastadas pela
erosão, apresentando altitudes modestas. Nos escudos cristalinos, originários do período Arqueozóico, a
ocorrência de minerais economicamente exploráveis é pequena; já nos escudos datados do Proterozóico (4% do
território brasileiro), proliferam recursos como o ferro, a bauxita, o manganês, o ouro, a cassiterita e outros
minerais metálicos.
64% da superfície do território nacional consiste de bacias sedimentares: depressões do terreno preenchidas
por sedimentos. Sua importância econômica é grande, pois aí surgem combustíveis fósseis: petróleo, carvão
mineral e xisto.

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RESUMO
a crosta terrestre é formada por placas tectônicas que literalmente bóiam sobre o manto, em permanente estado
de fusão
a região de contato entre duas placas tectônicas é uma, área frágil da crosta terrestre, susceptível de tornar-se
um local de escape do magma que está preso, sob pressão, no manto; nas zonas de encontro das placas é que
irrompem os vulcões e ocorrem os terremotos
em função desses movimentos, os continentes estão em permanente processo de distanciamento. No fundo dos
mares, as cadeias meso-oceânicas são o ponto de encontro de duas ou mais placas tectônicas. Delas saem
materiais magmáticos que empurram as placas em direções opostas. A crosta continental (SIAL) é mais leve
que a crosta oceânica (SIMA) e, no caso do nosso continente, retorna ao manto do litoral oeste sul-americano.
Essa é a razão da presença da fossa de Atacama. No oeste da placa sul-americana ocorre um enrugamento que
se chama Cordilheira dos Andes.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > Geologia: A Estrutura Geológica do Planeta Terra: 16_5-5

TEXTO COMPLEMENTAR
"O mundo é muito velho e os seres humanos, muito recentes. Os acontecimentos importantes em nossas
vidas pessoais são medidos em anos ou em unidades ainda menores; nossa vida, em décadas; nossa
genealogia familiar, em séculos, e toda a história registrada, em milênios. Contudo, fomos precedidos por
uma apavorante perspectiva do tempo, estendendo-se a partir de períodos incrivelmente longos do passado,
a respeito dos quais pouco sabemos - tanto por não existirem registros, quanto pela real dificuldade de
concebermos a imensidade dos intervalos compreendidos.
Mesmo assim, somos capazes de localizar no tempo os acontecimentos do passado remoto. A
estratificação geológica e a marcação por radiatividade proporciona informação quanto aos eventos
arqueológicos, paleontológicos e geológicos; a astrofísica fornece dados a respeito das idades das
superfícies planetárias, da Via Láctea e de todos os outros sistemas estelares, assim como uma estimativa
do tempo transcorrido desde a Grande Explosão (Big Bang) que envolveu toda a matéria e energia do
universo atual. Essa explosão pode representar o início do universo ou pode constituir uma
descontinuidade na qual a informação da história primitiva do universo foi destruída. Esse é certamente o
acontecimento mais remoto do qual temos qualquer registro."
Calendário Cósmico

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O modo mais didático que conheço para expressar a cronologia cósmica é imaginar a vida de 15 bilhões
de anos do Universo (ou pelo menos sua forma atual desde o "Big Bang") resumida e condensada em um
ano. Em vista disso, cada bilhão de anos da história da Terra corresponderia a mais ou menos 24 dias
de nosso ano cósmico, e um segundo daquele ano a 475 revoluções da Terra ao redor do Sol.
Datas anteriores a dezembro
● Big Bang 1o de janeiro
● Origem da Via Láctea 1o de maio
● Origem do Sistema Solar 9 de setembro
● Formação da Terra 14 de setembro
● Origem da vida na Terra 25 de setembro
Dezembro
● Primeiros dinossauros 24 de dezembro
● Primeiros mamíferos 26 de dezembro
● Extinção dos dinossauros 28 de dezembro
● Primeiros primatas 29 de dezembro
● Primeiros seres humanos 31 de dezembro
Fonte: SAGAN, Carl, in “Os dragões do Éden”

A FORMAÇÃO DOS CONTINENTES

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17_11

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > O Mundo Estatístico: O Mundo em Números: 17_1-11

O Mundo Estatístico: O Mundo em Números


ASPECTOS FÍSICOS

MARES E OCEANOS
NOME ÁREA (MILHÕES DE KM2)
Oceano Pacífico 166,23
Oceano Atlântico 86,52
Oceano Índico 73,37
Oceano Glacial Ártico 13,21
Mar da China Meridional 2,94
Mar das Antilhas 2,53
Mar Mediterrâneo 2,51
Mar de Bering 2,26
Golfo do México 1,57

ESTREITOS ESTRATÉGICOS
NOME INTERLIGA SEPARA LARGURA(KM)
Mar de Beaufort ao Mar de
Bering Alasca (EUA) da Rússia 35,0
Bering
Canal da Mancha ao Mar do
Dover ou Pas -de -Calais França do Reino Unido 33,0
Norte
Iêmen da Etiópia e de
Bab -el -Mandeb Mar Vermelho ao Golfo de Áden 17,5
Djibuti
Mar Mediterrâneo ao Oceano
Gibraltar Marrocos da Espanha 14,0
Atlântico
Turquia Asiática da
Bósforo Mar de Mármara ao Mar Negro 0,7
Turquia Européia

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CONTINENTES DO PLANETA
NOME ÁREA (MILHÕES DE KM2) PERCENTAGEM DAS TERRAS IMERSAS
Ásia 45065792 30,05%
América 42216806 28,16%
África 30302860 20,1%
Antártida 13985935 9,32%
Europa 9841954 6,57%
Oceania 8546960 5,69%

PICOS MAIS ELEVADOS


NOME ALTITUDE (METROS) LOCALIZAÇÃO
Everest 8847 Ásia
Aconcágua 7021 América
Quilimanjaro 5894 África
Vinson 5138 Antártida
Monte Branco 4807 Europa
Mauna Kea 4205 Oceania

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ILHAS
NOME ÁREA (MILHÕES DE KM2)
Groenlândia (Dinamarca) 2175690
Nova Guiné (Papua -Nova Guiné -Indonésia) 792536
Bornéu (Indonésia) 725455
Madagáscar 587041
Baffin (Canadá ) 507451
Sumatra (Indonésia) 427348
Honshu (Japão) 227413
Grã -Bretanha (Reino Unido) 218076
Vitória (Canadá) 217289
Ellesmere (Canadá) 196235

RIOS MAIS EXTENSOS


NOME COMPRIMENTO (KM) DESEMBOCADURA CONTINENTE
Nilo 6695 Mar Mediterrâneo África
Amazonas 6437 Oceano Atlântico América do Sul
Yang -tsé Kiang (Azul) 6379 Mar da China Oriental Ásia
Obi -Irtysh 5410 Oceano Glacial Ártico Ásia
Huam Ho (Amarelo) 4672 Mar Amarelo Ásia
Congo 4667 Oceano Atlântico África

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Amur 4416 Estreito de Tatar Ásia


Lena 4399 Oceano Glacial Ártico Ásia
Mackenzie 4240 Oceano Glacial Ártico América do Norte
Mekong 4189 Mar da China Meridional Ásia

MAIORES QUEDAS D’ÁGUA


NOME ALTURA (METROS) RIO PAÍS
Angel 979 Caroní Venezuela
Yosemite 739 Merced Estados Unidos
Mardalsfossen 655 Lagen Noruega
Tugela 613 Tugela África do Sul
Cuquenán 609 Cuquenán Venezuela

MAIORES LAGOS
NOME ÁREA (KM2) LOCALIZAÇÃO
Cáspio 371000 Rússia/Azerbaijão/Irã/Turcomenistão/Casaquistão
Superior 82102 Canadá/Estados Unidos
Vitória 69484 Uganda/Tanzânia/Quênia
Aral 64501 Casaquistão/Usbequistão
Huron 59569 Estados Unidos/Canadá

AS MAIS PROFUNDAS DEPRESSÕES


METROS ABAIXO DO NÍVEL
NOME LOCALIZAÇÃO
DO MAR
Mar Morto Jordânia/Israel 399
Lago Assal Djibuti 156
Vale da Morte Estados Unidos 86
Península de Valdés Argentina 40
Mar Cáspio Azerbaijão/Rússia/Casaquistão/Turcomenistão 28
Lago Eyre Austrália 15

MAIORES DESERTOS
NOME LOCALIZAÇÃO ÁREA (KM2)
Saara Norte da África (do Oceano Atlântico ao Mar Vermelho) 9064958
Gobi Mongólia e China 1294994
Líbio Parte do Saara 1165494
Rub’ -Al -Khali Península Arábica 647497
Calaari África do Sul e Namíbia 582747
Sandy Austrália 388498
Vitória Austrália 384453
Chihuahua México e Estados Unidos 362592
Takla Makam China 357418

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Gibson Austrália 313388

EXTREMOS CLIMÁTICOS
FENÔMENO LOCAL MÉDIA
Maior média térmica anual Massawa (Etiópia) 30,2ºC
Menor média térmica anual Framheim (Antártida) - 26ºC
Local mais quente El Azízia (Líbia) 58,2ºC
Local mais frio Vostok (Antártida) - 89ºC
Maior pluviosidade anual Monte Waialeale no Havaí (EUA) 11680 mm
Menor pluviosidade anual Domeico (Deserto de Atacama no Chile) 0,8 mm

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ASPECTOS HUMANOS

POPULAÇÃO DOS CONTINENTES (MILHÕES DE HABITANTES)


CONTINENTES NÚMERO PORCENTAGEM
Ásia 3.200 (bilhões) 59%
Europa 750 14,80%
América 739,0 (milhões) 13,80%
África 661,1 12,42%
Oceania 26,8 0,52%

PAÍSES MAIS POPULOSOS


PAÍSES POPULAÇÃO (EM MILHÕES DE HABITANTES)
China 1.300.000
Índia 1.000.000
Estados Unidos 260.000

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Indonésia 204.100
Brasil 170.000
Japão 150.000
Bangladesh 120.000
Nigéria 113.000
Paquistão 112.000
México 89.000
Alemanha 80.000
Vietnã 66.000
Filipinas 61,4
Itália 58
Tailândia 56
Turquia 56
Reino Unido 55,8
Egito 52,7
França 55,4

CRESCIMENTO VEGETATIVO
PAÍSES TAXAS (%)
Brunei 8,62
Emirados Árabes Unidos 6,58
Quênia 4,21
Costa do Marfim 3,81
Zimbábue 3,74
Síria 3,73
Catar 3,70
Ruanda 3,67
Benin 3,64
Zâmbia 3,60
Iraque 3,53
Botsuana 3,49
Comores 3,43
Tanzânia 3,33
Barein 3,35
Uganda 3,35
Togo 3,32
Libéria 3,25
Malavi 3,24
Irã 3,23

EXPECTATIVA DE VIDA (MAIORES ÍNDICES)

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PAÍSES HOMENS PAÍSES MULHERES


Andorra 78 anos Suécia 81 anos
Antilhas Holandesas 76 anos Japão 80 anos
San Marino 76 anos Austrália 80 anos
Países Baixos 75 anos Noruega 80 anos
França 75 anos Espanha 80 anos
Suécia 75 anos Suíça 80 anos
Japão 75 anos Estados Unidos 79 anos
Austrália 75 anos Canadá 79 anos
Hong Kong 75 anos Islândia 79 anos
Mônaco 75 anos Alemanha 78 anos

EXPECTATIVA DE VIDA (MENORES ÍNDICES)


PAÍSES HOMENS PAÍSES MULHERES
Etiópia 38 anos Etiópia 38 anos
Serra Leoa 39 anos Serra Leoa 40 anos
Guiné 40 anos Guiné 40 anos
Afeganistão 41 anos Angola 41 anos
Mali 42 anos Gâmbia 42 anos
Guiné -Bissau 42 anos Chade 42 anos
Gâmbia 42 anos Guiné -Bissau 42 anos
Laos 42 anos Butão 43 anos
Camarõoes 42 anos Mali 44 anos
República Centro -Africana 42 anos Niger 42 anos

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POPULAÇÃO URBANA
PAÍSES MAIORES TAXAS (%) Países Menores taxas (%)
Mônaco 99,9 Butão 5,0
Cingapura 99,7 Burundi 5,0
Macau 97,6 Ruanda 6,2
Bélgica 94,6 Burkina Fasso 7,0
Hong Kong 93,1 Nepal 7,4
Reino Unido 91,5 Omã 8,8
Islândia 89,7 Ilha Salomão 9,1
Israel 89,2 Uganda 9,5
Catar 86,1 Etiópia 10,3
Austrália 85,7 Camboja 10,8

MORTALIDADE INFANTIL

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PAÍSES MAIORES TAXAS (*) (%) PAÍSES MENORES TAXAS (*)(%)


Afeganistão 183 Mônaco 3,8
Serra Leoa 178 Japão 5,2
Iêmen 174 Islândia 5,4
Mali 173 Liechtenstein 5,7
Zâmbia 169 Finlândia 5,8
Malavi 157 Suécia 5,9
Guiné 153 Suíça 6,8
República Centro -Africana 148 Formosa 6,9
Moçambique 147 Bermudas 7,1
Somália 146 Países Baixos 7,7

(*) De 0 a 1 ano de idade, em cada mil nascidos.


ANALFABETISMO
PAÍSES TAXAS (%) PÁISES TAXAS (%)
Butão 95 Senegal 90
Burkina Fasso 93 Benin 89
Níger 92 Afeganistão 88
Guiné -Bissau 91 Gâmbia 88
Mali 90 Moçambique 86

LIVROS PUBLICADOS
PAÍSES TÍTULOS
Rússia 82790
República Federal da Alemanha 80000
Reino Unido 52994
Estados Unidos 51227
Japão 44253
Coréia do Sul 35446
Espanha 34752
China 34620
França 29068
Itália 22683

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ASPECTOS ECONÔMICOS
AGROPECUÁRIA

ARROZ - MAIORES TRIGO - MAIORES


PRODUTORES (EM MILHÕES DE PRODUTORES (EM MILHÕES
TONELADAS) DE TONELADAS)
China 178,3 Ex -União Soviética 87,4
Índia 105,8 China 86,3
Indonésia 43,3 Estados Unidos 51,2
Bangladesh 22,9 Índia 46,3
Tailândia 21,2 França 31,7
Vietnã 17,3 Turquia 21,9
Mianmá (ex -Birmânia) 14,1 Canadá 16,8
Japão 12,7 Alemanha 16,2
Brasil 11,9 Austrália 14,9
Filipinas 9,4 Paquistão 12,1
Total mundial 495,3 Total mundial 523,2

AVEIA - MAIORES PRODUTORES (EM CEVADA - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Ex -União Soviética 27,4 Ex -União Soviética 59,7
Estados Unidos 6,3 Canadá 17,3
Canadá 4,1 Estados Unidos 14,1
Alemanha 4,0 França 12,0
Polônia 3,1 Reino Unido 11,1
Austrália 1,9 Alemanha 10,9
Suécia 1,6 Espanha 8,1
Finlândia 1,3 Turquia 7,3
França 1,2 Dinamarca 5,8
Hungria 1,0 Polônia 4,7

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MILHO - MAIORES PRODUTORES (EM CAFÉ - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Estados Unidos 129,0 Brasil 943,6
China 78,1 Colômbia 721,3
Bulgária 25,7 Indonésia 402,9
Romênia 21,5 Costa do Marfim 291,3
Ex -União Soviética 17,9 México 283,1
França 14,29,8 Etiópia 234,1
México 12,3 Uganda 203,2
Argentina 9,8 Guatemala 158,7
Antiga Iugoslávia 8,1 El Salvador 143,0
Índia 7,8 Filipinas 139,4
Total mundial 423,3 Total mundial 5.323,7

CHÁ - MAIORES PRODUTORES (EM CACAU - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Índia 671,9 Costa do Marfim 529,2
China 489,1 Brasil 437,4
Sri Lanka 219,7 Gana 220,3
Turquia 161,2 Malaísia 145,4
Ex -União Soviética 159,0 Nigéria 138,0
Quênia 147,1 Camarões 121,0
Indonésia 99,8 Equador 101,3
Japão 96,0 Colômbia 44,9
Bangladesh 41,3 República Dominicana 43,8
Malavi 39,0 México 40,8
Total mundial 2.274,3 Total mundial 1.930,2

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LÁTEX - MAIORES PRODUTORES (EM SOJA - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Malaísia 1.537,1 Estados Unidos 52,7
Indonésia 1.203,8 Brasil 17,9
Tailândia 797,1 China 12,1
China 273,0 Argentina 7,7
Índia 198,4 Índia 1,9
Sri Lanka 143,2 Indonésia 1,3
Filipinas 104,9 Canadá 1,1
Libéria 92,7 Paraguai 0,7
Vietnã 90,6 México 0,6

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Nigéria 63,3 Ex -União Soviética 0,5


Total mundial 5.133,2 Total mundial 103,7

ALGODÃO - MAIORES PRODUTORES (EM BATATA - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
China 4123 Ex -União Soviética 93,2
Ex -União Soviética 2729 China 58,7
Estados Unidos 2139 Polônia 49,7
Índia 1430 Estados Unidos 19,1
Paquistão 1243 Alemanha 18,2
Brasil 821 Índia 15,4
Turquia 503 Romênia 11,1
Egito 437 Países Baixos 9,5
Austrália 265 Reino Unido 7,3
Grécia 187 Hungria 4,6
Total mundial 17194 Total mundial 289,6

TABACO - MAIORES PRODUTORES (EM VINHO - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
China 1728,4 França 82123000
Estados Unidos 588,5 Itália 79248000
Índia 539,8 Espanha 41979000
Brasil 398,6 Ex -União Soviética 3224100
Ex -União Soviética 387,3 Argentina 22831000
Indonésia 179,1 Estados Unidos 19203000
Turquia 175,3 Alemanha 13206000
Itália 156,3 África do Sul 10108000
Grécia 150,1 Romênia 8315000
Japão 129,2 Portugal 8193000
Total mundial 6354,0

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BOVINOS - MAIORES PRODUTORES (EM CARNE - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Índia 193,4 China 24,9
Brasil 147,1 Estados Unidos 22,3
Ex -União Soviética 128,7 Ex -União Soviética 16,4
Estados Unidos 117,3 Alemanha 7,1
China 61,4 França 4,5
Argentina 56,2 Argentina 3,9
México 39,9 Brasil 3,8

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Bangladesh 36,4 Polônia 2,7


Etiópia 23,8 Itália 2,6
França 23,2 México 2,5
Total mundial 1268,9 Total mundial 163,4

LEITE - MAIORES PRODUTORES (EM OVINOS - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Ex -União Soviética 112,6 Austrália 163,7
Estados Unidos 79,3 Ex -União Soviética 154,2
França 41,7 China 108,1
Alemanha 38,1 Nova Zelândia 81,2
Índia 22,9 Turquia 61,3
Reino Unido 17,2 Índia 58,8
Países Baixos 15,9 Irã 43,4
Polônia 13,7 Argentina 39,9
Brasil 12,9 África do Sul 36,0
Itália 12,0 Paquistão 29,1
Total mundial 487,9 Total mundial 1345,9

LÃ - MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES AVES - MAIORES PRODUTORES (EM


DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Austrália 5640 China 1745,2
Ex -União Soviética 3136 Ex -União Soviética 1348,1
Nova Zelândia 2904 Estados Unidos 1273,4
China 1468 Brasil 671,2
Argentina 945 Japão 465,9
África do Sul 503 México 263,1
Uruguai 501 França 214,7
Turquia 404 Índia 189,1
Reino Unido 400 Nigéria 140,0
Paquistão 385 Indonésia 126,0
Total mundial 19830 Total mundial 9874,3

OVOS - MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE TONELADAS)


China 4954,8
Ex -União Soviética 4549,7
Estados Unidos 4167,9
Japão 2763,1
Brasil 1648,4
França 987,1
Índia 963,0
México 857,3

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Alemanha 835,0
Reino Unido 743,5
Total mundial 38741,3

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RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS

BAUXITA - MAIORES PRODUTORES (EM COBRE - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Austrália 38,7 Ex -União Soviética 2635
Guiné 16,1 Estados Unidos 2479
Brasil 10,4 Japão 2108
Jamaica 7,1 Chile 1723
Ex -União Soviética 5,3 Canadá 985
Suriname 4,1 Zâmbia 963
Antiga Iugoslávia 3,9 Polônia 801
Hungria 3,2 Zaire 774
Grécia 2,7 China 671
Índia 2,5 Peru 593

ZINCO - MAIORES PRODUTORES (EM PRATA - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Ex -União Soviética 1123,4 México 2187
Japão 814,7 Peru 1969

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Canadá 703,9 Ex -União Soviética 1715


Alemanha 641,5 Estados Unidos 1363
Estados Unidos 574,3 Canadá 1287
Austrália 321,0 Austrália 1030
Bélgica 285,0 França 915
França 283,6 Polônia 836
Itália 279,4 Chile 605
Espanha 236,1 Japão 403

MINÉRIO DE FERRO - MAIORES


OURO - MAIORES PRODUTORES (EM
PRODUTORES (EM MILHÕES DE
TONELADAS)
TONELADAS)
África do Sul 694 Ex -União Soviética 271,6
Ex -União Soviética 321 Brasil 163,4
Canadá 137 China 114,1
Estados Unidos 123 Austrália 101,9
China 93 Estados Unidos 43,0
Austrália 91 Índia 37,2
Papua -Nova Guiné 46 Canadá 29,1
Colômbia 41 África do Sul 27,2
Filipinas 36 Suécia 19,3
Brasil 32 (*) Venezuela 18,9

(*) Segundo dados oficiais. Valor real provável: 89 toneladas


MANGANÊS - MAIORES PRODUTORES (EM ESTANHO - MAIORES PRODUTORES (EM
MILHARES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
Ex -União Soviética 9798,4 Malaísia 49315
África do Sul 4737,1 Brasil 37143
Brasil 3647,3 Indonésia 29687
Austrália 2161,9 Ex -União Soviética 21205
China 1934,2 China 19713
Gabão 1721,7 Tailândia 17994
Índia 1512,1 Bolívia 15205
Gana 343,0 Reino Unido 8548
Zaire 208,1 Países Baixos 6031
Nigéria 93,4 Alemanha 3203

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GÁS NATURAL - MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE TONELADAS DE CARVÃO


EQUIVALENTE)
Ex -União Soviética 847,4
Estados Unidos 603,9
Canadá 123,7
Países Baixos 91,6
Reino Unido 69,7
Romênia 61,5
Argélia 54,7
Indonésia 43,2
Noruega 40,1
Venezuela 38,9

PETRÓLEO - MAIORES PRODUTORES (EM - MAIORES RESERVAS (EM BILHÕES DE


MILHÕES DE BARRIS/DIA) BARRIS)
Ex -União Soviética 11,7 Arábia Saudita 256,0
Estados Unidos 7,9 Iraque 101,1
Arábia Saudita 8,1 Emirados Árabes Unidos 98,2
Irã 3,2 Kuwait 94,3
China 2,8 Irã 92,9
México 2,6 Venezuela 58,5
Venezuela 2,3 Ex -União Soviética 58,3
Reino Unido 1,9 México 56,4
Nigéria 1,8 Estados Unidos 25,9
Canadá 1,6 China 24,1

CARVÃO - MAIORES PRODUTORES (EM URÂNIO - MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS) MILHÕES DE TONELADAS)
China 893,4 Canadá 13130
Estados Unidos 806,1 Estados Unidos 6127
Ex -União Soviética 697,3 África do Sul 4915
Polônia 245,0 Austrália 4813
Índia 167,2 Namíbia 3891
África do Sul 148,3 França 3674
Austrália 139,7 Níger 3100
Reino Unido 130,6 Gabão 1035
Alemanha 129,1 Espanha 273
Coréia do Norte 53,4 Índia 218

MAIOR NÚMERO DE USINAS ATÔMICAS


EM OPERAÇÃO EM CONSTRUÇÃO TOTAL

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Estados Unidos 110 4 114


França 55 9 64
Ex -União Soviética 46 26 72
Japão 39 12 51
Reino Unido 39 1 40
Alemanha 30 6 36
Canadá 18 4 22
Suécia 12 0 12
Espanha 10 0 10
Coréia do Sul 9 2 11

MAIORES HIDRELÉTRICAS CAPACIDADE EM mW


Turukhansk (Rússia) 20100
Itaipu (Brasil/Paraguai) 13320
Grand Coulee (Estados Unidos) 10830
Guri (Venezuela) 10300
Tucuruí (Brasil) 7260
Shushensk (Casaquistão) 64000
Krasnoyark (Rússia) 6000
Corpus (Argentina/Paraguai) 5890
La Grande II (Canadá) 5328
Churchill Falls (Canadá) 5225
Xingó (Brasil) 5020
Tarbela (Paquistão) 4678
Bratsk (Rússia) 4500
Ust -lim (Rússia) 4480

ELETRICIDADE – MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE kW/h)


Estados Unidos 3,1
Ex -União Soviética 2,6
Japão 1,9
Canadá 1,3
Alemanha 1,1
China 1,0
França 0,9
Reino Unido 0,8
Itália 0,7
Índia 0,4

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > O Mundo Estatístico: O Mundo em Números 17_10-11

INDÚSTRIA

ALUMÍNIO – MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE TONELADAS)


Estados Unidos 5,3
Ex -União Soviética 2,7
Canadá 1,6
Japão 1,2
Austrália 1,1
Alemanha 0,9
Noruega 0,8
Brasil 0,7
Itália 0,5
França 0,4

AÇO – MAIORES PRODUTORES (EM


MILHÕES DE TONELADAS)
Ex -União Soviética 168,7
Japão 109,3
Estados Unidos 89,1
China 68,3
Alemanha 59,4
Itália 41,3
Brasil 35,0
França 23,4
Polônia 18,9
Antiga Tcheco -Eslováquia 17,6

CIMENTO – MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE TONELADAS)


China 173,9
Ex -União Soviética 158,1

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Japão 93,1
Estados Unidos 90,6
Itália 59,7
Índia 39,4
Alemanha 38,1
França 26,3
Espanha 22,4
Brasil 21,9

AUTOMÓVEIS – MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE TONELADAS)


Japão 7,8
Estados Unidos 6,9
Alemanha 4,3
França 2,9
Itália 2,1
Ex -União Soviética 1,4
Espanha 1,3
Coréia do Sul 1,3
Canadá 1,2
Reino Unido 1,1

NAVIOS – MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE TONELADAS)


Japão 7631
Coréia do Sul 3214
Alemanha 875
Estados Unidos 423
Brasil 406
Dinamarca 340
Antiga Iugoslávia 318
Polônia 261
Reino Unido 239
Formosa 221

PAPEL – MAIORES PRODUTORES (EM MILHÕES DE TONELADAS)


Canadá 10,3
Estados Unidos 7,2
Japão 3,6
Suécia 2,1
Finlândia 1,9
Ex -União Soviética 1,8
Noruega 1,1

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Alemanha 1,0
Reino Unido 0,6
China 0,5

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SETOR TERCIÁRIO

Gráfica Tamóios (flâmula)


Acervo: Hugo de Castro
MAIORES COMERCIANTES DO MUNDO (EM BILHÕES DE DÓLARES)
PAÍSES EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES
Alemanha 421,2 321,7
Estados Unidos 402,3 409,7
Japão 273,4 209,6
Reino Unido 164,7 193,3
França 179,4 193,0
Itália 140,1 153,8
Canadá 131,2 129,1
Ex -União Soviética 118,3 109,1
Países Baixos 117,7 104,3
Coréia do Sul 71,9 70,2
Total mundial: 3,4 trilhões

TURISMO – PAÍSES MAIS VISITADOS


PAÍSES EM MILHÕES DE PESSOAS EM BILHÕES DE DÓLARES
Espanha 54,6 18,5

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Alemanha 42,1 16,8


Itália 40,6 14,6
França 38,9 14,1
Estados Unidos 36,4 12,9
Reino Unido 30,3 11,6
Áustria 23,0 9,3
Canadá 16,7 8,0
Grécia 9,1 3,4
Japão 7,2 4,1

MAIORES PRODUTOS NACIONAIS BRUTOS – PNB (EM MILHÕES DE DÓLARES)


Estados Unidos 5309
Ex -União Soviética 2473
Japão 2129
Alemanha 1387
França 949
Itália 826
Reino Unido 818
Canadá 494
China 425
Brasil 312

18_1
Matérias > Geografia > Geografia Geral > Uma Tentativa de Definição: 18_1-1

UMA TENTATIVA DE DEFINIÇÃO


A Geografia, ciência nascida ainda na Antiguidade, tem conhecido, ao longo do tempo, inúmeras
definições. Para alguns, ela teria por objetivo estudar a superfície terrestre. A objeção que fazemos a este
conceito é a de que inúmeras disciplinas também têm a mesma meta, já que a Terra é o cenário onde
ocorrem atividades humanas. Portanto, esta primeira definição tem o defeito de não configurar com
precisão o objeto da Geografia. Outros teóricos acreditam que sua ciência tem por finalidade o estudo da
paisagem. Há também geógrafos que afirmam que ela tem como propósito o estudo da individualidade dos
lugares. Assim, caberia ao cientista estudar todos os fenômenos existentes numa determinada região, para
entender as diversas porções do planeta. Modernamente, a Geografia é definida como o estudo das
relações entre o espaço e as sociedades. Daí a necessidade, hoje experimentada pelo geógrafo, de recorrer
tanto à Geologia, Oceanografia, Meteorologia, Ecologia, como também às Ciências Sociais, tais como a
Economia, Sociologia, História e Política.
AS ORIGENS DA GEOGRAFIA
A Geografia como ciência se consolidou no século XIX, quando foi sistematizada e ganhou uma
metodologia. Isto ocorreu nesse momento, pois somente então foram satisfeitas as condições para a plena
existência dos estudos geográficos. Em primeiro lugar, era necessário que o homem europeu—já que foi
no Velho Continente que a Geografia adquiriu uma base científica—tivesse a noção da verdadeira extensão
do planeta. Além disso, era também fundamental que a Terra fosse, pelo menos, quase toda conhecida.
Afinal, a Geografia só operaria como ciência se fossem levantados dados sobre as diversas regiões do

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Globo. Todas estas condições puderam ser preenchidas pelo desenvolvimento do capitalismo que, visando
globalizar a acumulação de capital, navegou pelo mundo quando da expansão ultramarina dos Tempos
Modernos, construiu impérios nas áreas extra-européias e explorou, econômica e cientificamente, quase
todas as porções da Terra.
A Geografia chegou à maturidade científica na Alemanha. Esta nação apresentava uma série de
especificidades: em primeiro lugar, não existia como país pois estava dividida em principados, ducados,
condados e cidades livres todos titulares de soberania. Durante séculos, esta estrutura feudal foi mantida
pelo Sacro-Império Romano Germânico, uma realidade política nominal, pois seu Imperador não passava
de uma figura simbólica. Por esta razão, as relações capitalistas de produção foram implantadas na
Alemanha tardiamente, subsistindo, por longo tempo, o modo de produção servil. Por conseguinte, a
burguesia alemã era frágil e totalmente atrelada ao Estado, o grande agente político nacional. A Alemanha,
assim, não conheceu a implantação de ideais e valores liberais, o que possibilitou os seus sucessivos
governos autoritários. Desconhecendo uma revolução de cunho democrático burguês — ao contrário do
que ocorrera na França em 1789 —, a Alemanha não foi marcada, na ocasião, pela luta de classes,
tornando imperiosa a unificação nacional, daí a preocupação com espaço geográfico.
Embora, do ponto de vista metodológico, a Geografia tenha sido sistematizada por Alexandre von
Humboldt e Karl Ritter, o mais influente geógrafo germânico do século XIX foi Friedrich Ratzel. Nascido
na Prússia, cuja sociedade fora militarizada pelo Estado, Ratzel foi o principal legitimador teórico do
projeto de unificação da Alemanha sob a tutela da belicosa aristocracia agrária “junker” que então
controlava politicamente Berlim. Por muitos apelidado de o “pensador do imperialismo”, o geógrafo, em
todas as suas obras, buscou justificar o expansionismo germânico. Tal propósito é explicito num dos seus
mais conhecidos conceitos: “semelhante à luta pela vida, cuja finalidade básica é obter espaço, as lutas dos
povos são quase sempre pelo mesmo objetivo. Na história moderna, a recompensa da vitória foi sempre um
proveito territorial”.
Em 1882, seu livro “Antropogeografia — fundamentos da aplicação da Geografia à História” lança as
bases da Geografia Humana. Na obra, Ratzel define o objetivo da Geografia como o estudo das influências
e condicionamentos das condições naturais sobre os comportamentos humanos. No seu entender, o espaço
determina a psicologia dos indivíduos e a estrutura das sociedades. Haveria um vínculo interativo entre o
homem e a natureza, de onde ele tira os bens necessários à sobrevivência. Assim, o espaço físico seria o
fator fundamental para a manutenção física do ser humano e da possibilidade de sua liberdade. A
decorrência política de tal afirmação é a de que o estado tem como finalidade básica a conquista e a
preservação de territórios. Para Ratzel, quando “a sociedade se organiza para proteger seu território, tem
início o Estado”. O “determinismo” geográfico do pensador prussiano lançou as raízes do conceito de
“Lebensraum” (“espaço vital”), que, no século XX serviria como legitimação do expansionismo nazista.
Ainda no século XIX, a França foi o berço de uma outra conceituação de Geografia: a de Vidal de La
Blache, que criticou a politização da Geografia por parte de Ratzel e defendeu a noção de que, em função
da liberdade humana, não havia uma determinação “mecânica” do espaço sobre a sociedade. Mais do que
um ser totalmente modelado pelas condições geográficas, o homem alteraria o seu espaço. É Vidal de La
Blache o formulador da teoria da “humanização” da paisagem. Além disso, o geógrafo francês defendia o
contato entre as diversas regiões e culturas do Globo. Em sua opinião, a Europa era fruto de uma história
dinâmica, daí seu desenvolvimento, enquanto a África e a Ásia eram sociedades estagnadas. Apologista da
“corrida neocolonialista” do Imperialismo, ele pregava a “missão civilizadora do homem branco”. Dessa
forma, sua defesa de uma ciência geográfica “despolitizada” e estritamente “objetiva” foi uma mentira. Ele
criticou o expansionismo germânico na Europa, que abalaria a hegemonia francesa, e propõs a conquista
de áreas neocoloniais, o que também é uma ação política.

19_2

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > O Modo de Produção Capitalista: 19_1-2

O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA


O mundo, hoje, é formado por 225 países amplamente diferenciados em termos econômicos, sociais,
políticos e culturais. Há nações ricas, pobres e as atualmente denominadas de “emergentes”. Diversos
também são os regimes políticos, compreendendo monarquias e repúblicas, estas divididas em regimes
parlamentarista ou presidencialista, além de democracias e ditaduras. Para entendermos a estrutura do
mundo atual, no presente tópico, estudaremos o capitalismo e, no seguinte, o socialismo, modos de
produção que edificaram a realidade contemporânea.
Definimos capitalismo como o modo de produção no qual existe uma separação entre os meios de
produção e também os de reprodução do capital, apropriados pela burguesia, e os produtores, que
formam o proletariado, setor social que, nada tendo a oferecer ao mercado, vende sua força de
trabalho. Como sistema sócio-econômico, o capitalismo apresenta as seguintes características básicas:
● A PRODUÇÃO É VOLTADA AO MERCADO — no capitalismo, os bens econômicos conhecem
dois valores, o de uso, quando consumidos pelas pessoas e grupos sociais, e o de troca, ou seja,
quando eles, circulando no mercado, geram acumulação de capital nas mãos dos donos dos meios de
produção. Assim, o produto, para adquirir efetivo valor econômico, é transformado em mercadoria;
● ECONOMIA MONETÁRIA — no capitalismo, a moeda desempenha dois papeis fundamentais,
de padrão de troca e o de aferição de ganho ou perda numa operação comercial. Noutros termos, a
moeda é um meio pelo qual as mercadorias circulam e os lucros ou prejuízos são avaliados;
● GERENCIAMENTO PRIVADO DA PRODUÇÃO E DOS SERVIÇOS — o capitalista, direta
ou indiretamente, através de quadros burocráticos (administradores, contadores, gerentes, etc.),
controla todas as etapas da produção de gêneros e da oferta de serviços, dominando assim o processo
do trabalho. Ele define a tecnologia a ser aplicada, o ritmo da produção, a admissão ou demissão de
trabalhadores e a política salarial;
● O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO — no início do capitalismo, o proprietário investia na
produção apenas seu próprio capital. Com o desenvolvimento quantitativo e qualitativo da produção,
foram demandados crescentes investimentos. Maiores lucros exigiam aplicações mais volumosas.
Até o século XVIII, o capitalista aplicava seus rendimentos na ampliação da produção. Já no século
seguinte, houve a integração entre o capital financeiro e o industrial. O burguês tomava empréstimos
nos bancos para investir em suas fábricas ou firmas prestadoras de serviços e aplicava seus lucros na
rede bancária para acelerar exponencialmente sua acumulação de capital.
A ORIGEM E AS ETAPAS DO CAPITALISMO
O início do capitalismo é causa e decorrência da desintegração do feudalismo. Este último, marcado,
grosso modo, pelo particularismo político e por uma produção voltada, basicamente, à subsistência dos
moradores do feudo, foi vitimado, a partir do século XII e XIII, pelo crescimento demográfico gerador de
escassez de gêneros, pelo êxodo rural, pelo crescimento demográfico urbano, pelo incremento da economia
monetária e pela aceleração das trocas comerciais inter-regionais. Quanto à produção de bens, o mercado,
que passou a conhecer um extraordinário aumento da demanda, foi progressivamente destruindo os
regimes arcaicos de trabalho. O artesanato, sistema caracterizado pela inexistência de uma cisão entre o
produtor e os meios de produção, já que o artesão é dono da matéria prima, da oficina, das ferramentas e
do produto, não mais atendia à crescente sede de consumo do homem europeu ocidental. Numa fase
posterior, surgiria o regime doméstico de produção, no qual o trabalho era dividido entre os membros da
família. Progressivamente, nasceria o sistema manufatureiro, já caracterizado pelo assalariamento e pela
divisão social do trabalho. Para o capitalista, o regime manufatureiro tinha o defeito de valorizar a
habilidade manual, o que proporcionava um amplo poder de barganha salarial por parte do produtor.
Assim, os trabalhadores altamente qualificados tinham condições de exigir uma alta remuneração. No
século XVIII, com a Revolução Industrial marcada pela produção por meio de máquinas, cuja operação era
tecnicamente simples, ocorreu, não só o aumento da produção como também a desvalorização dos salários,

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

ampliando os lucros dos capitalistas. Consolidava-se, dessa maneira, o modo de produção capitalista.
Do séculos XII e XIII ao XVIII, o capitalismo conheceu a fase comercial ou mercantil, ao longo da qual o
pólo principal de acumulação de capital não foi o produtivo, mas o circulador de mercadorias. Neste
período, ocorre a acumulação primitiva de capital que, calcada em formas de produção ainda
pré-capitalistas, antecedeu e propiciou a plena implantação do capitalismo como modo de produção. Nesta
etapa, a burguesia, além de destruir e criar sucessivos regimes de produção, também navegou pelos
oceanos em busca de metais preciosos e de gêneros comercializáveis na Europa, quando da expansão
ultramarina moderna. Para apoiar os esforços dos comerciantes, os estados absolutistas europeus adotaram
uma política econômica mercantilista, cujos elementos definidores são:
● PROTECIONISMO — os governos barravam a entrada de gêneros estrangeiros, por meio de alta
tributação ou proibição explicita, isentando, simultaneamente, de impostos os produtos nacionais
enviados aos mercados externos, que assim passavam a ter preços competitivos. O slogan do
mercantilismo era “vender sempre, comprar nunca ou quase nunca”;
● BALANÇA DE COMÉRCIO FAVORÁVEL—o interesse dos estados nacionais e de suas
burguesias era obter um superávit financeiro nas suas trocas com os demais países, o que implicava
a aceleração da acumulação de capital. Dessa maneira, as burguesias ficavam mais ricas e os
governos mais poderosos;
● METALISMO—os metais preciosos tornaram-se padrões de medida da acumulação de capital e a
quantidade de metais amoedáveis tornou-se o símbolo da riqueza nacional.
No século XVIII, fruto das transformações econômicas e sociais ocasionadas pelo capital mercantil, o
capitalismo, particularmente o britânico, entrou na fase industrial, marcada pela produção levada a efeito
por máquinas. O extraordinário crescimento econômico do período, calcado no sacrifício da classe
operária, obrigada a longas horas de trabalho e a verter o sangue e o suor de suas mulheres e crianças,
alterou o mundo. Os mercados, agora, são globais e isto leva à independência política dos países
americanos. A economia, as idéias liberais e as instituições políticas européias começavam a se
mundializar.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > O Modo de Produção Capitalista: 19_2-2

A partir de meados do século XIX, a Europa, os Estados Unidos da América e o Japão experimentavam a
Segunda Revolução Industrial, marcada:
● PELA DIFUSÃO DA INDÚSTRIA—de fato, se a Primeira Revolução Industrial foi um fenômeno
inglês, agora o uso de máquinas se alastrava pela França, Bélgica, norte da Itália, Estados Unidos,
Rússia e também ocorrendo no Japão;
● POR NOVAS FONTES ENERGÉTICAS — a Primeira Revolução Industrial fora movida pelo
carvão e pelas máquinas a vapor. A Segunda se basearia no petróleo e no aproveitamento da
eletricidade;
● PELA INTEGRAÇÃO ENTRE AS INDÚSTRIAS E OS BANCOS— os capitalistas passaram a
captar no sistema financeiro recursos para o incremento da produção e, ao mesmo tempo, investiam
seus lucros nos mercados financeiros buscando a aceleração da acumulação de capital. Esta, agora,
amplamente aumentada, possibilitaria o aparecimento de grandes fortunas, tais como os Morgan,
Rockefeller, e os Rothschild, dentre outros;
● PELO SURGIMENTO E A CONSOLIDAÇÃO DO CAPITALISMO OLIGOPOLISTA —
nasciam, no período, os oligopólios, ou seja, enormes conglomerados empresariais que dominam os
diversos ramos da produção econômica e da oferta de serviços. Estes oligopólios se apresentam em
três formas. A primeira são os “trusts”, isto é, grupos capitalistas que formam uma única
organização, cujo controle administrativo e financeiro está nas mãos de seus proprietários—se a
firma for patrimonial—ou dos acionistas, se ela é anônima, visando monopolizar a produção de um

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

determinado produto ou a oferta de um tipo de serviço em plano nacional ou mundial. As


“holdings”, empresas cuja única finalidade é administrar todas as demais de um mesmo grupo
empresarial. E, por fim, os “cartéis” que consistem em várias empresas que, atuando num mesmo
ramo de produção ou de oferta de serviços, estabelecem acordos para definir áreas geográficas de
atuação, uma política comum de preços, regras de concorrência e publicidade e impedir a entrada de
concorrentes nos mercados;
● PELA CISÃO ENTRE PROPRIEDADE E ADMINISTRAÇÃO — nas antigas empresas
patrimoniais, o dono ou os donos controlavam a administração da produção e gerenciamento de suas
firmas. A crescente complexidade do capitalismo, com a implantação de enormes conglomerados,
tornou necessária a criação das sociedades anônimas, apropriadas pelos detentores de ações. Nelas,
os donos (acionistas) não mais administram e os quadros burocráticos administrativos não são
proprietários, tendo com o capital da empresa um vínculo empregatício e salarial. O presidente e os
diretores de empresas como a General Motors, a Volkswagen e a Mitsubishi, por exemplo, são,
embora recebendo bons salários, meros empregados. Dentre os motivos da formação das sociedades
anônimas está o fato de que, nelas, os acionistas não respondem com seu patrimônio, o que permite
vôos empresarias de alto risco. Um bom exemplo disto foi a criação da empresa construtora do canal
de Suez, que exigia enormes investimentos e oferecia graves riscos. Nenhuma capitalista, por mais
próspero que fosse, estava disposto a arriscar seus bens em caso da falência da empreiteira que
assumisse a edificação do canal. Vendidas ações no mercado financeiro, milhares e milhares de
ingleses e franceses raciocinaram, que se o projeto tivesse êxito, ficariam ricos. Se ocorresse o
contrário, perderiam somente os poucos francos e libras investidos nas ações. Uma conseqüência
dessa separação entre a propriedade e a administração das empresas foi a emergência de uma “nova
classe média”, não mais o pequeno proprietário, o profissional liberal e o funcionário público, mas
um segmento social que possuía “saber especializado” para vender ao capital ( engenheiros,
técnicos, executivos, etc ). O surgimento desse novo setor social, contrariando a profecia de Karl
Marx de que ocorreria o desaparecimento das classes médias pela concentração de capital nas mãos
de alguns e pela proletarização crescente da maioria da sociedade, foi um fator que impediu a
revolução socialista na Europa Ocidental e nos Estados Unidos da América;
● PELA CORRIDA NEOCOLONIALISTA E O IMPERALISMO — o extraordinário aumento da
produção, em razão de uma tecnologia crescentemente sofisticada, gerou excedentes que superavam
a demanda dos mercados dos países ricos; além disso, os lucros dos capitalistas proporcionaram
excedentes de capital que precisavam ser aplicados no setor de serviços dos países periféricos ao
Continente Europeu. Também as nações hegemônicas se viam diante do desafio da explosão
demográfica e necessitavam de áreas externas para a fixação de contingentes populacionais e, por
fim, a indústria dos países centrais ainda precisava de matérias primas produzidas pelas áreas
periféricas. Todas estas razões levaram à corrida imperialista em direção à Ásia e à África que
consubstanciou a fase imperialista do capitalismo.
20_1
Matérias > Geografia > Geografia Geral > A economia mundial na fase Imperialista: 20_1-1

A ECONOMIA MUNDIAL NA FASE IMPERIALISTA


“Memória é vida. Seus portadores
sempre são grupos de pessoas vivas,
e por isso a memória está em permanente
evolução.Ela está sujeita à dialética
da lembrança e do esquecimento,
inadvertida de suas deformações sucessivas e
aberta a qualquer tipo de uso e manipulação.
Às vezes fica latente por longos períodos,
depois desperta subitamente.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

A história é a sempre incompleta e


problemática reconstrução do que já não
existe. A memória sempre pertence a
nossa época e está intimamente
ligada ao eterno presente;
a história é uma representação
do passado” ( Pierre Nora )
“Então, como podemos sintetizar a economia mundial da Era do Império?
Em primeiro lugar, foi uma economia cuja a base geográfica era ampla.Sua parcela industrializada e em
processo de industrialização aumentara: na Europa, devido à revolução industrial na Rússia e em países
como a Suécia e a Holanda, até então pouco atingidos por ela, e, fora da Europa, por causa do
desenvolvimento da América do Norte e, já até certo ponto, do Japão. O mercado internacional dos
produtos primários cresceu enormemente, bem como, por conseguinte, tanto as áreas destinadas a sua
produção como sua integração ao mercado mundial.
A economia mundial era, agora, mais pluralista que antes. A economia britânica deixou de ser a única
totalmente industrializada e, na verdade, a única industrial. Se reunirmos a produção industrial e mineral,
em 1913 os EUA forneceram 46% deste total, a Alemanha 23,5%, a Grã-Bretanha 19,5% e a França 11%.
A Era dos Impérios foi essencialmente caracterizada pela rivalidade entre Estados. Ademais, as relações
entre o mundo desenvolvido e o subdesenvolvido também foram mais variadas e complexas que em
meados do século XIX, quando a metade do total das exportações da Ásia, África e América Latina se
dirigiu a um só país, a Inglaterra. Por volta de 1900, a participação britânica caiu a um quarto, e as
exportações do Terceiro Mundo para outros países da Europa ocidental já superavam as destinadas à
Grã-Bretanha. A Era do Império já não era monocêntrica.
Esse pluralismo crescente da economia mundial ficou, até certo ponto, oculto por sua persistente e, na
verdade, crescente dependência de serviços financeiros, comerciais e da frota mercante da Inglaterra. Por
um lado, a “City” de Londres era, mais que nunca, o centro de operações das transações comerciais
internacionais. Por outro lado, o enorme peso dos investimentos britânicos no exterior e de sua frota
mercante reforçou ainda mais a posição central do país, numa economia mundial que gerava em torno de
Londres e se baseava na libra esterlina.
Na verdade, a posição central da Grã-Bretanha estava sendo reforçada pelo próprio desenvolvimento do
pluralismo mundial. Pois, como as economias em processo de industrialização recente compravam mais
produtos primários do mundo subdesenvolvido, acumulavam em seu conjunto um déficit comercial
bastante substancial em relação a este último. A Grã-Bretanha, sozinha, restabelecia um equilíbrio global,
pois importava mais bens manufaturados de seus rivais, exportava seus próprios produtos industriais para
o mundo dependente, mas principalmente obtinha rendimentos invisíveis de vulto, provenientes de seus
serviços comerciais internacionais (bancos, seguros, etc ) e da renda gerada pelos enormes investimentos
no exterior do maior credor mundial. Assim, o relativo declínio industrial britânico reforçou sua posição
financeira e sua riqueza. Os interesses da indústria britânica e da “City”, até então bastante compatíveis,
começaram a entrar em conflito.
A terceira característica da economia mundial é a que mais salta aos olhos: a revolução tecnológica.
Como todos nós sabemos, foi nessa época que o telefone, o telégrafo sem fio, o fonógrafo, o cinema, o
automóvel e o avião passaram a fazer parte do cenário da vida moderna. A quarta característica foi a
dupla transformação da empresa capitalista: em sua estrutura e em seu “modus operandi”. Por um lado,
houve a concentração de capital, o aumento da escala, que levou à distinção entre “empresa” e “grande
empresa”. Esta última, agora monopolista, buscou combater a livre concorrência. Por outro lado, houve
uma tentativa sistemática de racionalizar a produção e a direção das empresas aplicando “métodos
científicos” não só à tecnologia, mas também à administração.
A quinta característica foi uma transformação excepcional do mercado de bens de consumo: uma mudança

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

tanto quantitativa como qualitativa. Com aumento da população, da urbanização e da renda real, o mercado
de massa, até então restrito à alimentação e ao vestuário, ou seja, às necessidades básicas, começou a
dominar as indústrias produtoras de bens de consumo. A longo prazo, isto foi mais importante que o
crescimento do consumo das classes ricas, cujo perfil de demanda não mudou de maneira acentuada. Foi o
Ford modelo T, e não o Rolls – Royce, que revolucionou a indústria automobilística. Tudo isso implicou
uma transformação não apenas na produção, pelo que agora veio a ser chamado de “produção em massa”,
mais também da distribuição, inclusive do crédito ao consumidor, sobretudo através das vendas a prazo.
O aspecto acima se ajustava naturalmente à sexta característica da economia: o crescimento acentuado,
tanto absoluto como relativo, do setor terciário da economia, tanto público como privado – trabalho em
escritórios, loja, e outros serviços. Em lugar da classe operária, proliferavam trabalhadores de “colarinhos
brancos” e “mãos limpas”. A última característica da economia na Era do Império foi a crescente
convergência de política e economia, quer dizer, o papel cada vez maior do governo e do setor público, o
que os ideólogos liberais chamavam de “avanço ameaçador do coletivismo” às custas da velha, boa e
vigorosa iniciativa individual. Na verdade, tratava – se de um dos sintomas do retraimento da economia da
livre concorrência, que fora o ideal – e até certo ponto a realidade – do capitalismo de meados do século
XIX. De uma forma ou de outra, após 1875, houve um ceticismo crescente quanto à eficácia da economia
de mercado autônoma e auto – regulada, a famosa “mão oculta” de Adam Smith, sem alguma ajuda do
estado e da autoridade pública. À mão estava se tornando visível das mais variadas maneiras” ( Eric J.
Hobsbawm )

AS FASES DO CAPITALISMO

O CAPITALISMO DO SÉCULO XX
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), provocada, dentre outros fatores, pela “corrida
neocolonialista” e pela competição industrial e comercial entre as potências capitalistas, as nações
européias, que tiveram seu parque industrial e sua agricultura parcialmente destruídos, os Estados Unidos
tornaram-se a grande nação capitalista. Exportando excedentes agrícolas e bens industriais para uma
Europa economicamente abalada, a economia americana conheceu uma extraordinária prosperidade ao
longo da década de 20, os “anos loucos” da “Era Coolidge”, período também batizado como a “Era do
Jazz”. Não só gêneros americanos se espalharam pelo mundo, como também, através do cinema e da
música, os valores culturais estadunidenses. O “american way of life” (o “modo de vida americano”) era o
paradigma universal. Com reflexo do êxito econômico, a bolsa de Nova Iorque substituíra à bolsa de
Londres como o “coração” financeiro do planeta. Os Estados Unidos, aos olhos de todos, eram a realização
do paraíso. O “american dream” (“sonho americano”) se materializara.
Na segunda metade dos anos 20, a economia européia, graças também ao auxílio de empresas e bancos
americanos, começou a se reconstruir. Pouco a pouco, os Estados Unidos diminuíam suas vendas para o

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Velho Continente e, cada vez mais, excedentes agrícolas eram empilhados em armazéns norte-americanos
e bens industriais lotavam os pátios de suas fábricas. O início da crise não foi percebido pela maioria dos
cidadãos dos Estados Unidos que continuaram a manter sua prosperidade em função da especulação
financeira. O país, no qual prevalecia a mentalidade liberal de não intervenção estatal, estava sendo
vitimado pelo duplo fenômeno da superprodução e do crescente subconsumo, raiz inexorável das crises
clássicas do capitalismo. O colapso foi acelerado pela “quebra” da bolsa de Nova Iorque em outubro de
1929. Afloraria, então, a “Grande Depressão” dos anos 30. Milhões e milhões de desempregados
coalhavam as ruas; incontáveis eram as falências; milhares de pequenos agricultores perdiam suas
propriedades pelo não pagamento de empréstimos bancários. Em 1932, Washington foi cenário de uma
batalha campal entre forças policiais e ex-combatentes da “Grande Guerra”, que exigiam o pagamento dos
“bônus de guerra”. Pela primeira vez, os partidos de “esquerda” cresciam na América do Norte. O
“espectro do comunismo” rondava os Estados Unidos da América.
Em 1933, assumia a presidência dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt, líder do Partido
Democrata. Sua equipe de governo, o “Brain Trust”, era formada por intelectuais graduados em faculdades
de elite, todos eles admiradores das idéias de John Maynard Keynes, teórico inglês que previra a crise e já
propusera soluções. Ao longo dos “cem dias”, denominação dada aos primeiros meses da gestão
Roosevelt, os conceitos do economista britânico foram testados na construção de uma represa no vale do
Rio Tennessee, estado bastante pobre e alagadiço. Constatados os bons resultados, a administração federal,
através do NRA (“National Recovery Administration”—“Administração de Recuperação Nacional”),
instituiu o “New Deal” (o “Novo Trato”, isto é, uma forma nova de gerenciar a economia). Este,
basicamente, consistia na intervenção estatal na economia de mercado. A presença do governo se fez pela
compra de excedentes agrícolas e industriais, pela fixação de cotas decrescentes de produção, pelos
contratos públicos para ampliar a produção das empresas privadas e pela criação de um Estado
previdenciário. Para financiar os gastos estatais que decorreriam dessa política, realizou-se uma rígida
reforma tributária, que aumentou as alíquotas do imposto de renda. Apesar dos êxitos iniciais da aplicação
do “New Deal”, a crise começava a retornar a partir de 1937, só sendo superada pela “economia de guerra”
estabelecida em função do segundo conflito mundial.

21_1
Matérias > Geografia > Geografia Geral > O Capitalismo do Pós-Segunda Guerra Mundial: 21_1-1

O CAPITALISMO DO PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


No final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os Estados Unidos da América se consolidavam como a
nação capitalista mundialmente dominante. A Inglaterra, enfraquecida, estava na iminência de perder suas
áreas coloniais; a França, ocupada pela Alemanha, conhecia o colapso econômico; a Alemanha e o Japão,
destruídos pelos Aliados. A URSS, ausente do sistema econômico mundial pelo caráter socialista de sua
organização política, também fora vitimada pela barbárie nazista. Os Estados Unidos reinavam de maneira
absoluta. Uma clara expressão dessa hegemonia foi a realização, em 1944, da Conferencia de Bretton
Woods, onde se estabeleceu que o dólar seria a moeda-padrão da economia mundial. A partir daí, o valor
das moedas internacionais não mais seria fixado pelas reservas metálicas dos diversos países, mas por
reservas e recursos cambiais em dólar. Além disso, eram criados o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional (FMI), que, logo depois, seriam incorporados pela Organização das Nações Unidas.
Até a Segunda Grande Guerra, os excedentes de capital dos países ricos eram aplicados, nas áreas
periféricas, no setor de serviços. Agora, o capitalismo norte-americano passou a orientar seus
investimentos na produção industrial das nações menos desenvolvidas, tirando proveito da mão de obra
barata e do relativo alargamento dos mercados internos dos países pobres. Decorre daí a crescente
participação de empresas transnacionais norte-americanas, não só na economia européia, como também na
dos países subdesenvolvidos. Em razão disso, o sistema financeiro mundial começava a ser controlado
pelos complexos bancários americanos.
A dominação econômica dos Estados Unidos é acentuada pelo abalo sofrido pelos estados europeus com o

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processo de descolonização em curso na Ásia e África. Também politicamente, o Velho Mundo


crescentemente perderia a sua importância, em função da bipolarização do poder mundial entre os Estados
Unidos e a União Soviética. A consciência desse debilitamento econômico e político lançaria as raízes do
“sonho” da Unidade Européia.
Em 1955, as nações que então se libertaram do imperialismo ocidental, promoveram, na Indonésia, a
Conferência de Bandung, onde se firmaria o conceito de “terceiromundismo”. Este apresentava duas
dimensões: do ponto de vista econômico, significava aqueles estados que se definiam como “países em
desenvolvimento” e exigiam investimentos e apoio das nações hegemônicas para superar as deficiências da
infraestrutura econômica e a pobreza de suas populações. No aspecto político, surgiria o “bloco das nações
não – alinhadas” que defendia a eqüidistância entre o mundo ocidental, liderada pelos E.U.A, e os países
socialistas, então encabeçados pela U.R.S.S.
O planeta, na segunda metade do século XX, passaria a conhecer a seguinte “divisão mundial do
trabalho”: as potências capitalistas do Hemisfério Norte ( E.U.A, Europa Ocidental e Canadá ),
popularmente denominadas “primeiro mundo”, vendem tecnologia avançada , investem capitais em
serviços e industrias nos países “subdesenvolvidos”, deles importando matérias primas, gêneros agrícolas
e também alguns bens manufaturados. As nações socialistas, notadamente a União Soviética e a República
Popular da China, perseguiam o desenvolvimento econômico por meio de um rígido planejamento
econômico estatal, buscando se afastar do Ocidente. No “terceiro mundo”, alguns países eram estritamente
exportadores de matérias primas ( Arábia Saudita, Angola, Bolívia, etc ); outros levaram adiante a
industrialização com o apoio de investimentos nacionais e estrangeiros ( Brasil, México, Argentina, etc ) e,
finalmente, na Ásia, onde Japão emergiu para a condição de potência capitalista hegemônica, diversas
nações, procurando imitar o “modelo” econômico nipônico, encetaram uma industrialização voltada à
produção de bens de consumo calcada numa tecnologia de média sofisticação ( Coréia do Sul, Taiwan,
Cingapura, etc ).
Outro aspecto importante do capitalismo contemporâneo é a crescente internacionalização da produção
industrial, dos serviços, das redes de comunicação e, principalmente, do sistema financeiro. Esta
“mundialização” econômica vem gerando uma padronização da tecnologia e dos métodos administrativos.
As conseqüências negativas de tal processo são o aumento das diferenciações sociais, mesmo nos paises
“ricos”, e, ainda mais grave, a exclusão de inúmeras nações do desenvolvimento econômico,
particularmente as do Hemisfério Sul, em função da carência de tecnologia e de sistemas administrativos
modernos.
Finalmente, o mundo conhece o fenômeno da “tercialização”, isto é, o crescimento do setor serviços,
alterando a tradicional estrutura do capitalismo baseada na produção. Atualmente, os serviços são
responsáveis por mais de 20% da renda gerada pelo comércio mundial.
O capitalismo, sistema econômico responsável pela maior produtividade e acumulação de capital já
experimentadas pelo mundo, não vem conseguindo, mesmo no seu auge, solucionar o problema da
distribuição de renda. Pelo contrário, as desigualdades sociais e regionais estão se ampliando, o que gera
uma profunda “fratura social”. O colapso do “SOREX” (“Socialismo realmente existente”), sigla usada
para definir as formas estatizantes de socialismo reinantes na ex-União Soviética e nas demais
“democracias populares” do leste europeu, de início, no começo da década de 90, pareciam confirmar a
superioridade do capitalismo e sua plena vitória ideológica em todo o planeta. No entanto, o agravamento
das tensões sociais, em função das crescentes contradições entre “incluídos” no sistema e os dele
“excluídos” recolocou a questão do socialismo.

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O MODO DE PRODUÇÃO SOCIALISTA


No século XIX, em razão da concentração de capitais nas mãos de alguns poucos e do empobrecimento da
imensa maioria da sociedade gerados pelo capitalismo, intelectuais e lideranças operárias começaram a
formular ideologias e contestaram a propriedade privada dos meios de produção. A mais importante delas
foi o socialismo. Este, inicialmente, manifestou-se como “socialismo utópico”, ou seja, propostas visando
a edificação de uma sociedade mais justa. O “ponto fraco” do “socialismo utópico” era o fato de consistir
em projetos sonhadores e românticos, além de desprovidos de uma análise crítica e científica da realidade
capitalista. Saint-Simon (1760-1825) desprezava os comerciantes e banqueiros, tidos como setores sociais
improdutivos, pregando uma comunidade baseada em cientistas, operários, economistas e empresários
industriais. Outro pensador “socialista utópico” foi Charles Fourier (1772-1837) que propunha a criação
de associações cooperativistas - os “falanstérios”- nas quais o trabalho seria voluntário e gerador de prazer
pessoal. Por seu turno, o empresário Robert Owen (1771-1858) buscou elevar as condições materiais e
culturais dos operários de suas fábricas. Obviamente, os ingênuos ideais do “socialismo utópico” não
punham em risco as estruturas do capitalismo.
Em meados do século XIX, Karl Marx (1818-1883) e Friederich
Engels (1820-1895) elaborariam os fundamentos teóricos do
“socialismo científico”. A colossal obra de Marx apresenta cinco
aspectos básicos:
● em primeiro lugar, a formulação de uma “ciência da História” já
que esta é determinada por uma lógica imanente. Noutros termos,
o processo histórico apresenta uma racionalidade inerente. Marx
dá a esta visão científica da História a denominação de
“materialismo histórico”. No seu entender, os planos políticos e
ideológicos das sociedades são determinados pelas condições
econômicas. Tal conceito é explicitado pela frase – “a base
material determina a consciência social”;
● o “marxismo” consiste, também, num método de análise da
realidade social – o “materialismo dialético” – que busca definir
a história e as estruturas sociais como frutos de “contradições
internas” . Para o pensador alemão, todo e qualquer sistema

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sócio-econômico “traria em si os germens de sua própria


destruição”. O capitalismo, por exemplo, implicava a existência
de duas classes sociais antagônicas, a burguesia e o
proletariado. Desse conflito resultaria o socialismo. Assim, para
Marx, o “motor” da História seria a “luta de classes”;
● Marx foi, também, o criador de uma “ciência política”, pois teorizou as relações entre o Poder e as
classes sociais;
● uma “economia política” que procura apreender e explicar o modo de produção capitalista. No
entender de Marx e Engels, o capitalismo seria vítima de uma contradição fundamental – a
propriedade é privada e a produção coletiva. Isto traria como conseqüências, em primeiro lugar, a
exploração do trabalho, raiz do lucro, e também a concentração da renda nas mãos dos capitalistas e
a crescente depauperização da classe operária. Esta “evolução catastrófica” do capitalismo
provocaria a eliminação das classes médias e a agudização da luta de classes, cujo clímax seria a
Revolução socialista a ser levada a efeito pelo proletariado;
● por fim, o “marxismo”é, também, uma teoria que busca orientar a transformação revolucionária da
sociedade. Daí a tese defendida por Marx, “os pensadores antigos se limitaram a pensar a
História, agora é tempo de transformá-la”.
TIPOLOGIA DO CAPITALISMO E DO SOCIALISMO

Modo de produção capitalista Modo de


produção
Capitalismo socialista
Capitalismo Capitalismo
monopolista de
mercantil Industrial
estado SOREX
*Oligopólios *Planejamento
econômico
*Intervenção estatal no centralizado
mercado
*Sistema *Propriedade
*Maquinofaturas
Colonial *Empresas estatal dos
*Proletariado multinacionais meios de
*Manufatura
produção
*Imperialismo *Internacionalização
*Urbanização do sistema financeiro, *Ditadura do
produção, comércio, proletariado
moeda e
comunicações *Burocratização

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A PRIMEIRA TENTATIVA DE SOCIALISMO: O MODELO SOVIÉTICO


Em 1917, com os abalos sofridos pela monarquia czarista em razão das derrotas do exército russo na
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os comunistas (adeptos do socialismo em moldes marxistas), até
então agrupados na “facção bolchevique” do Partido Social Democrata Russo liderada por Wladimir Illich
Ulianov (“Lênin”), lideraram uma revolução proletária que edificaria o primeiro Estado socialista do
mundo: a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Os primeiros anos da Rússia revolucionária foram
extremamente difíceis. Até 1921, uma guerra civil – entre “vermelhos” (comunistas) e “brancos” (inimigos
do socialismo) apoiados por mercenários estrangeiros – varreu o imenso território russo. Ao longo desse
período, implantou-se o “socialismo de guerra” pelo qual foram estatizados os campos agricultáveis, as
indústrias, os bancos e as empresas prestadoras de serviços. Este primeiro “modelo” econômico foi um
total fracasso. Em primeiro lugar pelo fato de que os camponeses, cuja mentalidade era profundamente
conservadora, eram avessos à propriedade agrícola coletiva e preferiam queimar seus produtos a
entregá-los ao Estado. Além disso, as fazendas nacionalizadas não tinham sementes, fertilizantes e
implementos agrícolas; as fábricas estavam desprovidas de máquinas e as lojas carentes de estoques. Como
bem disse Lênin, “querendo socializar a riqueza, socializei a miséria”.

Ainda em 1921, o Partido Comunista, “dando um passo atrás para dois a frente”, formulou a NEP (“Nova
Política Econômica”), pela qual seria permitida a propriedade privada da terra, das pequenas manufaturas e
dos serviços, permanecendo sob o controle do Estado o sistema financeiro e as grandes indústrias. A NEP
é bem explicitada pelo seu slogan: “camponeses, enriquecei-vos”. A nova filosofia econômica foi um
êxito. Contudo, em 1929, quando da consolidação do “stalinismo” (a chefia do Partido Comunista e da

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URSS por Joseph Stalin), a NEP foi substituída por um “modelo” totalitário de socialismo, caracterizado:
● pela propriedade estatal dos meios de produção. O Estado tornou-se o proprietário de toda a
produção econômica e da circulação de bens. Fábricas, terras agricultáveis, recursos energéticos,
meios de transportes e as fontes de matérias-primas são apropriados e controlados pelo Governo, que
gerencia como e o que produzir;
● pelo planejamento econômico centralizado. Praticamente desaparece a economia de mercado, pois
o Estado, por meio de “Planos Qüinqüenais”, planejar, de antemão, os investimentos financeiros
destinados à produção, os custos, a organização do trabalho e a circulação dos bens;
● pela tentativa de uma racional e justa distribuição dos produtos, dos serviços e das rendas. O
Estado busca fornecer e assegurar moradia, pleno emprego, assistência médico-odontológica,
educação, lazer e aposentadoria, em condições igualitárias para a toda sociedade;
● por um Estado totalitário. O Estado soviético, em nome do igualitarismo social, passa a ter um
monopólio do poder político, eliminando outras agremiações partidárias e entidades livres da
sociedade civil, dirigindo também, as atividades culturais. Na URSS, surge uma “estética oficial” (o
“Realismo Socialista”) e as pesquisas científicas eram policiadas pelas autoridades governamentais.
Impunha-se, dessa maneira, a “ditadura do proletariado”, primeira etapa do “socialismo”, cujo
clímax deveria ser o advento do “comunismo”, quando o Estado desapareceria e nasceria o “homem
novo”, cujos valores culturais estariam imunes aos “vícios burgueses” gerados pela propriedade
privada.

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Uma das críticas que pode ser feita ao “modelo” soviético é que as lideranças da URSS confundiram
“estatização” com “socialismo”. De fato, a propriedade estatal dos meios de produção, o controle de
circulação de bens e o dirigismo cultural não significam, necessariamente, a criação de uma
democracia socialista, a qual deveria ser governada pela sociedade civil e não por um Estado e um
partido que se proclamam representantes da classe operária. Na realidade, a URSS conheceu um
“capitalismo de Estado” tutelado por um governo totalitário.
O SOREX (“Socialismo realmente existente”) foi vitimado por inúmeras deficiências:
● a burocratização da sociedade, isto é, a criação, em virtude do dirigismo estatal, de um enorme,
moroso e ineficiente quadro de funcionários públicos, o que gerou corrupção, disfunções na
distribuição de recursos financeiros e bens, além de lentidão na tomada de decisões políticas e
administrativas;
● o surgimento de um “Estado policial” violador das liberdades democráticas e dos direitos do
cidadão, responsável pela criação de uma sociedade omissa, em razão do terror policialesco, e , por
outro lado, pela emergência de ambos seguimentos de oposição;
● desestímulo ao trabalho - pois o desemprego era proibido por lei - e também à inventividade
tecnológica não era compensada materialmente. Além disso, o trabalhador soviético percebeu que
ganhos salariais eram inúteis, pois não havia gêneros para comprar, inexistindo também um sistema
financeiro que retribuísse a poupança;
● o planejamento econômico excessivamente centralizado impedia decisões autônomas dos gerentes e
empresas de todas as regiões soviéticas distantes de Moscou. Eventuais problemas que perturbassem
as atividades econômicas de cada localidade soviética tinham de ser resolvidos pelas autoridades da
capital russa, o que, pelo longo tempo que isto exigia e pela ignorância das realidades das várias
regiões, transtornavam ainda mais o processo produtivo;
● incapacidade de criar e adquirir a moderna tecnologia, baseada na informatização dos métodos
administrativos e na “robotização” das técnicas de produção, fundamental para a implantação do que
atualmente é denominado de “Nova Economia”;

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● a impossibilidade de censurar, em razão das atuais e sofisticadas redes de telecomunicações e do


desenvolvimento de rápidos meios de transportes as informações oriundas do Ocidente, o que
permitiu que as populações dos países socialistas tomassem contato com as idéias e com o alto
padrão de vida dos EUA e da Europa Ocidental. Pouco a pouco, a esplendorosa e encantadora
“vitrine” mostrada pelo capitalismo, por mais mentirosa e aparente que possa ser, solapou todo e
qualquer encanto, ainda eventualmente existente nas “democracias populares”, pelo socialismo;
● por fim, a falta de inovações tecnológicas, o crescente desgosto com o trabalho – demonstrado pelos
altos índices diários de absenteísmo de burocratas e operários nas repartições públicas e nas fábricas
– e as volumosas aplicações financeiras no setor da defesa militar provocaram a queda dos índices
do desenvolvimento econômico, o que diminuiu ainda mais o padrão de vida das sociedades
socialistas.
Em 1985 Mikhail Gorbatchev, típico fruto da “geração intelectual reformista” graduada pela Universidade
de Moscou após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), assumiu o cargo de Secretário-Geral do Partido
Comunista da URSS. Ciente de que as arcaicas estruturas econômicas e políticas de seu país necessitavam
de urgentes modificações visando maior eficiência produtiva e liberalização sócio-cultural, “Gorby”, como
era popularmente conhecido no Ocidente, deu início à “Perestroika” (reestruturação econômica) no
sentido de transformar a economia planificada (socialista) numa economia de mercado, característica do
capitalismo. Além disso, foi implantada a “Glasnost” (transparência ou “abertura” política), que consistia
em eliminar a censura e ampliar as liberdades democráticas. O novo Secretário-Geral libertou intelectuais
“dissidentes” até então detidos, separou os quadros burocráticos comunistas do aparelho de Estado,
valorizando a Presidência da URSS, e permitiu a realização de eleições livres e multipartidárias para o
Executivo e o Legislativo da República Socialista Soviética da Rússia, o que levou ao poder Boris Ieltsin.
A transição de uma economia dirigida pelo Estado para uma regulada pelas forças de mercado implica um
enorme custo social, pois demanda cortes de gastos sociais, fechamento de empresas improdutivas,
desemprego e preços reais. Como não podia deixar de ocorrer, esta nova realidade econômica impôs
enormes sacrifícios à população soviética que, agora gozando de liberdade de crítica, passou a contestar o
regime. Gorbatchev cometeu o erro de, simultaneamente, alterar a economia e conceder liberdade aos
cidadãos soviéticos, já que a democratização é um processo bem mais rápido do que as mudanças
econômicas. Em certo sentido, a “Glasnost” atropelou a “Perestroika”. A crise soviética teve como
conseqüência os movimentos democratizantes nas “nações satélites”, como eram então chamados os países
tutelados pela URSS. Em janeiro de 1989, o Partido Comunista da Hungria foi obrigado a aceitar o
multipartidarismo; três meses depois, o sindicato Solidariedade, encabeçado pela Igreja Católica, foi
legalizado na Polônia. Em seguida, manifestações populares levaram à renúncia de Eric Honecker, até
então líder da República Democrática da Alemanha (Alemanha Oriental, de orientação comunista); em
novembro do mesmo ano, era derrubado o Muro de Berlim, símbolo da divisão entre a Europa Ocidental,
capitalista, e a Europa do Leste, até então debaixo do tacão totalitário soviético, propiciando a reunificação
da Alemanha, que fora dividida pelas nações aliadas vitoriosas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O processo de democratização se alastrou por todo o leste europeu e, sucessivamente, caíram os governos
“socialistas” da Hungria, da Albânia, da Romênia, da Tcheco-Eslováquia e da Iugoslávia. Ao mesmo
tempo, Moscou perdia o controle dos paises bálticos, a Estônia, Lituânia e Letônia.
Em agosto de 1991, Gorbatchev propõe o Tratado da União, que reformaria os vínculos entre as 15
repúblicas soviéticas no sentido de conceder a elas ampla autonomia. A “linha dura” (os radicais) do
Partido Comunista rejeitaram o projeto e tentaram um golpe, que frustrado, levou à extinção da União
Soviética, transformada, pelo acordo de Minsky, em Comunidade de Estados Independentes (CEI), à
qual deram adesão oito repúblicas ex-soviéticas, com exceção dos paises bálticos. Consumava-se o
colapso do SOREX.
O OUTRO SOCIALISMO
Ainda no século XIX, o movimento socialista conheceu correntes políticas antagônicas. Após 1917, em
função da Revolução Russa, a ala mais radical do socialismo internacional passou a ser denominada de

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“comunista”, cujo “sistema nervoso central dirigente” foi a “Komintern” (“Terceira Internacional”),
sediada em Moscou e orientadora dos partidos às comunistas mundiais, destinados a liderar a
“revolução socialista planetária”. Contestando posições comunistas ortodoxas, a “Segunda Internacional”,
cuja origem data do final do século XIX, congregava os partidos social-democratas, que negam a
revolução operária como meio exclusivo para a criação da sociedade socialista. Para eles, o capitalismo
poderia evoluir para o socialismo por meio de reformas econômicas e sociais progressivas. Em lugar da
“revolução operária”, uma evolução através de pressões da sociedade civil em pról do igualitarismo e do
controle dos governos e parlamentos das nações capitalistas pelos partidos socialistas. Em suma, as
agremiações partidárias socialistas pregam um “capitalismo de face humana” pela criação de Estados
previdenciários, nos quais a atuação dos governos se faria sentir na diluição das tensões sociais por meio
duma ampla assistência social e da redistribuição da renda, custeadas pela alta tributação dos ganhos dos
capitalistas. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), este foi o “modelo” sócio-político-econômico
adotado, com êxito, pela maioria dos países da Europa Ocidental, que assim eliminaram as enormes
discrepâncias sociais, criando sociedades de “classes médias” e barrando o avanço dos partidos
comunistas. Lamentavelmente, a social democracia implica enormes gastos públicos, pesada tributação – o
que desestimula os investimentos e, portanto, onera a produção, encarecendo os produtos no mercado
interno e dificultando as exportações – além de gerar cíclicos surtos inflacionários. Atualmente, os países
europeus, temendo a competição econômica por parte dos EUA e da Ásia, vêm buscando reformular seus
estados previdenciários para reduzir os custos sociais e, assim, ampliar a venda de seus produtos nos
mercados internacionais
23_1
Matérias > Geografia > Geografia Geral > Os Cenários Geopolíticos do Pós-Guerra Fria: 23_1-1

OS CENÁRIOS GEOPOLÍTICOS DO PÓS-GUERRA FRIA


Com o colapso do SOREX e o término da “Guerra Fria” (o conflito político e ideológico entre os “blocos”
capitalista e socialista ), os teóricos das relações internacionais passaram a elaborar os possíveis cenários
geopolíticos para o século XXI. Quatro são, nos dias de hoje, as propostas esboçadas pelos analistas
internacionais:
● “um só mundo”— para alguns, o fim da “era das ideologias”, em função da extinção da União
Soviética, tenderá a criar um mundo harmônico, crescentemente próspero em razão da
“globalização” e culturalmente unido pela definitiva vitória do modelo sócio-econômico baseado no
mercado e no consumo de bens gerados, majoritariamente, pela indústria norte-americana;
● “nós e os outros” – outros estudiosos acreditam que os antigos conflitos ideológicos entre
posições ditas de “esquerda” e “direita” estão sendo substituídos por confrontos entre
realidades culturais diferentes. Estas, atualmente, são a “ cristã ocidental” ( dominante nos
Estados Unidos da América e na Europa do oeste) ; a “ muçulmana” (prevalecente em todo o
“arco islâmico” que compreende as regiões entre o Marrocos e as Filipinas, abrangendo inúmeras
etnias,tais como árabes, persas, indianos,etc.);a “cristã ortodoxa”, imperante no leste europeu; a
“hinduísta”, religião seguida pela maioria da população indiana; a “latino – americana”,
caracterizada pela miscigenação e por uma religiosidade sincrética modelada pela interpenetração de
conceitos e ritos católicos e africanos; a “chinesa”, originariamente plasmada pelo confucionismo e
hoje experimentando um curioso e paradoxal “socialismo de mercado”; a “nipônica” e, por fim, a
cultura da “África Negra”. Assim, o século XXI, pelo menos no seu início, conheceria conflitos
entre cristãos e mulçumanos, hinduístas versus islâmicos do Paquistão, “cristãos ortodoxos” contra
católicos e assim por diante;
● o “realismo” – os adeptos da “Escola Realista” das relações internacionais acreditam que, apesar do
surgimento de outros “donos do poder” ( empresas transnacionais, e companhias de telecomunicação
em escala mundial, etc ), os Estados Nacionais e seus interesses continuarão sendo, ainda por um
longo tempo, os agentes fundamentais das ações e conflitos internacionais;
● “caos total” – por fim, há também analistas que defendem a idéia de que a bipolaridade de poder –

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Estados Unidos e União Soviética - , reinante ao longo da “Guerra Fria”, disciplinava as relações
internacionais. Noutros termos, Washington e Moscou impunham freios a eventuais delírios
aventureiros de líderes e nações situados em suas respectivas órbitas. Hoje, o desaparecimento da
URSS, que deu lugar a uma Rússia debilitada, o planeta, cada vez mais, será palco de conflitos
desfechados por potencias regionais. Guerras como as do Golfo ( 1990 – 1991 ), quando o Iraque
invadiu o Kuwait, e as da Península Balcânica talvez não teriam ocorrido se a União Soviética ainda
fosse uma superpotência.
24_2
Matérias > Geografia > Geografia Geral > A Globalização: 24_1-2

A GLOBALIZAÇÃO
Embora de uso relativamente recente, o termo “globalização” denomina um fenômeno inerente aos
fundamentos e à lógica do capitalismo: a permanente expansão em busca de mercados consumidores,
de áreas fornecedoras de matérias – primas e regiões destinadas à aplicações financeiras. Na
realidade, a “mundialização” da economia capitalista teve início quando da expansão ultramarina dos
Tempos Modernos, ainda no século XV. Hoje, este processo de “planetarização” da economia e dos
modelos de organização sociopolítica parece inexorável. De fato, o sistema financeiro já se encontra
totalmente “mundializado”: as aplicações financeiras, graças aos rápidos sistemas de comunicação
existentes, são transferidas, entre as principais bolsas mundiais, em questão de segundos. Também, os
produtos, apesar das cotas de importação e restrições protecionistas ainda prevalecentes, conhecem uma
ampla e rápida circulação mundial. A cada dia, a Organização Mundial do Comércio ( OMC ) e o
Acordo Geral para Tarifas e Comércio ( GATT, em inglês ) vêm combatendo as medidas restritivas à
circulação de gêneros e ampliando o livre comércio. Mais do que nunca, empresas transnacionais vêm
produzindo bens similares em várias nações do globo: automóveis, calçados, eletrodomésticos e vestuário
são praticamente idênticos em todos os países. Também no aspecto cultural, a “globalização” tem se
imposto: programas de televisão, filmes e competições esportivas são acompanhados pela imensa maioria
dos cidadãos do planeta, cujos hábitos de consumo e valores estéticos são cada vez mais semelhantes.
Lamentavelmente, a “globalização”, nos moldes em que ela ocorre hoje, apresenta uma série de aspectos
negativos:
● ampliação das discrepâncias entre as nações desenvolvidas e as subdesenvolvidas – a
“mundialização” da economia pressupõe “tecnologia de ponta” (altamente sofisticada) só apropriada
e desenvolvida pelas grandes potências, graças aos recursos financeiros investidos na educação e em
pesquisas. Os países mais carentes de poupança e ainda vitimados pela existência de analfabetismo e
“bolsões” de pobreza não têm condições de acompanhar o progresso tecnológico, tornando – se,
cada vez mais, dependentes das nações hegemônicas ou até mesmo excluídos da modernidade. Além
disso, a rapidez das transferências financeiras em escala mundial cria para os países pobres o
problema dos capitais voláteis, ou seja, necessitando de recursos cambiais para garantir suas
moedas, os governos das nações subdesenvolvidas, além de obrigados a oferecer ao investidor
externo altas taxas de juros – sacrificando o poder de compra de seus cidadãos - , correm o risco
permanente de “fuga” de investimentos. Ademais, estes são sempre improdutivos, pois não geram
riquezas, consistindo em capitais estritamente especulativos;
● o “sucateamento” das indústrias dos países subdesenvolvidos – a liberalização das importações
– exigida pelo Fundo Monetário Internacional ( FMI ), pelo Banco Mundial e pela Organização
Mundial do Comércio, entidades controladas pelas grandes potências - , a estabilização cambial e a
elevação artificial do valor de suas moedas e, por fim, a feroz competição, entre as nações
chamadas de “emergentes”, pela conquista de mercados mundiais fazem com que muitos países
em desenvolvimento, cuja as indústrias eram beneficiadas por um rígido protecionismo alfandegário,
conheçam a dilapidação de seu parque industrial e o aumento do desemprego;
● a concentração da riqueza – a competição entre os países dominantes e as grandes empresas,

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próprias da lógica do capitalismo, geram cartelização de mercados, com o controle dos grandes
oligopólios transnacionais sobre todos os setores econômicos vitais, centralizando o poder
econômico nas mãos de alguns poucos grupos. Atualmente, as grandes empresas, interessadas em
aumentar sua capacidade de investimento, buscam “fusões” entre elas visando dominar a produção e
a oferta de serviços em escala mundial;
● o desemprego estrutural – tradicionalmente, os surtos de desemprego coincidiam com períodos
recessivos da economia mundial. Retomado o desenvolvimento econômico, aumentava a oferta de
trabalho. Hoje, conhecemos um fenômeno inédito: altas taxas de desenvolvimento
acompanhadas de desemprego. Isto ocorre pelo fato de que as grandes corporações transnacionais,
buscando minimizar seus custos e maximizar lucros, produzem, cada vez mais, baseadas em
“tecnologia de ponta”, dispensando mão de obra. A informatização e a robotização crescentes são
responsáveis pela tragédia do desemprego hoje experimentada por milhares de trabalhadores. Se a
modernização tecnológica, de início, marginalizou os países mais pobres, atualmente assusta
operários e técnicos das nações desenvolvidas. Não se pode, portanto, mais falar em “surtos de
desemprego”, pois ele é uma conseqüência inevitável da estrutura do atual modelo econômico.
Até os anos 70 do século XX, o capitalismo conheceu a “luta de classes” entre burguesia e
proletariado; hoje, o conflito se dá entre os “incluídos” no sistema sócio – econômico, não
importando se empresários ou empregados, e os “excluídos”, impossibilitados da aquisição de bens e
totalmente destituídos da cidadania.
Nos dias de hoje, a controvérsia sobre a “globalização” criou dois segmentos sociais antagônicos: alguns,
normalmente ligados ao empresariado, defendem uma “mundialização econômica” baseada na
competição entre empresas e países, já que o capitalismo é altamente concorrencial e monopolizador;
outros pregam uma “globalização dos povos”, isto é, uma unificação econômica que beneficie a
sociedade e não somente os capitalistas.
De qualquer maneira, o mundo, hoje, está organizado sobre novas bases. Antigamente, as relações
internacionais tinham como agentes os Estados Nacionais, que defendiam os seus interesses, por vezes
ideológicos, como ocorreu durante o período da “Guerra Fria”, quando o capitalismo enfrentou o
socialismo. Na ocasião, o grande temor mundial era a eventual eclosão da guerra nuclear. Atualmente, são
mais relevantes as questões do desenvolvimento econômico, do equilíbrio ecológico e da cooperação
econômica mundial.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > A Globalização: 24_2-2

Em suma, o capitalismo conhece hoje uma nova etapa de seu desenvolvimento. Inicialmente,
mercantil; depois, industrial livre concorrencial; no século XIX, oligopolista e imperialista; em
meados do século XX, monopolista de estado e, atualmente, neoliberal, informatizado e
pós-industrial. Entretanto, o modo de produção capitalista sempre se caracterizou por flutuações
periódicas de expansão e contração econômica. Nikolai Kondratieff (1892 – 1930), economista russo,
buscou definir os ciclos das crises capitalistas, hoje denominados de ciclos de Kondratieff. Com a duração
aproximada de 40 a 60 anos, cada um desses ciclos apresenta um período de prosperidade, seguido de
recessão, depressão e recuperação.
A partir da Revolução Industrial, podemos perceber quatro grandes ciclos da evolução econômica mundial,
conforme o gráfico abaixo:

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O primeiro ciclo se estende de 1782 a 1845. A prosperidade do período foi possibilitada pelas inovações
tecnológicas da Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Grã-Bretanha. O segundo, de 1845 a 1892,
decorreu da Segunda Revolução Industrial, caracterizada pela expansão ferroviária e siderúrgica. Na
ocasião, embora a Inglaterra ainda liderasse a economia mundial, outros países começaram a trilhar as vias
da industrialização. Além disso, surgiriam os oligopólios, as sociedades anônimas, o sistema financeiro
internacionalizado e a corrida neocolonialista, geradora da fase imperialista do capitalismo. O terceiro
ciclo, de 1892 a 1948, foi marcado pela invenção do motor a explosão e pelo amplo aproveitamento da
eletricidade do petróleo. A nação hegemônica do período foi os Estados Unidos da América, cuja presença
geopolítica foi determinante no Pacífico e no Atlântico. Finalmente, o quarto ciclo é baseado na
“tecnologia de ponta”, notadamente na eletrônica, na química fina e na biotecnologia.
Atualmente, o capitalismo, principalmente o norte-americano, conhece uma fase de ampla prosperidade e
pleno emprego. Entretanto, dado o caráter cíclico das crises capitalistas, o temor mundial é que este
momento privilegiado dos Estados Unidos acabe de maneira desastrosa, o que geraria uma recessão
mundial..
A economia mundial apresenta, nos dias de hoje, a seguinte divisão mundial do trabalho:
● nações que vendem “tecnologia de ponta”, produzem bens sofisticados e são donas de
fabulosos excedentes de capital aplicados em escala mundial (EUA, República Federal da
Alemanha, França, etc.);
● paises que adotaram um “modelo econômico exportador” de bens de consumo durável
(automóveis, aparelhos de vídeo, etc.), sem grandes investimentos na pesquisa científica e
tecnológica, optando por copiar e baratear os produtos das nações tecnologicamente
desenvolvidas. Em momentos de prosperidade mundial, o “modelo exportador” gera uma
rápida acumulação de capital, ciclicamente interrompida pelas crises recessivas (Japão e os
outros “tigres asiáticos”, tais como Coréia, Taiwan, Malásia, Indonésia e Singapura);
● nações capitalistas periféricas exportadora de matérias-primas (Emirados Árabes, República
do Congo, Arábia Saudita, etc.);
● nações capitalistas periféricas relativamente industrializadas, caracterizadas pelo baixo
investimento em pesquisa, diferenças econômico-sociais marcantes e produção industrial

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baseada em tecnologia importada (Brasil, México, Índia, etc.);


● nações economicamente retardadas, destituídas de industrialização, produtora de gêneros
primários para a difícil subsistência de seus habitantes e exportadoras de bens de baixo custo
no mercado mundial. Tais países são hoje rotulados de “quarto mundo” (por exemplo, a
maioria das nações do continente africano)
Como sempre, a mais importante tarefa da humanidade, continua sendo a de edificar uma sociedade
melhor e mais justa, capaz de fornecer a todos saúde, educação, vestuário, habitação e lazer. Três são os
obstáculos imediatos à construção de uma comunidade internacional mais harmônica:
● as discrepâncias de padrão de vida entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos;

● os ódios étnicos e a xenofobia crescentes, até certo ponto reações “tribais” contra a
globalização, que vêm fomentando levas e levas de migrantes em todo planeta;
● as questões ambientais, tais como a preservação das florestas, a despoluição dos rios e
Oceanos, a preservação da camada de ozônio e a proteção à espécies de animais e vegetais sob
ameaça de extinção.
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Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Físicos: 25_1-4

ÁFRICA - ASPECTOS FÍSICOS


A área do continente africano é da ordem de 30,3 milhões de km2: uma compacta e maciça porção de terra,
abrangendo ¼ de toda superfície emersa do globo. A África é cortado ao meio pelo Equador, fazendo com
que seu território seja igualmente distribuído entre os hemisférios sul e norte, apresentando paisagens
climobotânicas similares nas duas partes do continente. Cerca de 80% de seu território localizam-se na
zona intertropical, pois o Trópico de Capricórnio percorre suas áreas meridionais e o de Câncer atravessa a
porção setentrional. A África também é atravessada pelo Meridiano de Greenwich, ficando a maior parte
de seu território no hemisfério oriental e só uma pequena porção no hemisfério ocidental. O centro
geográfico da superfície terrestre localiza-se no litoral ocidental da África, pois aí se dá o cruzamento do
Equador (latitude zero) com o Meridiano de Greenwich (longitude zero).
RELEVO E ESTRUTURA GEOLÓGICA

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Predominam no relevo africano terrenos de formação geológica antiga, já bastante desgastados pela erosão.
Ao longo do continente, proliferam extensos planaltos cristalinos intercalados por bacias sedimentares de
origem mais recente, presentes nas raras planícies africanas. O continente pode ser dividido em três
grandes paisagens geográficas:
PLANALTO SETENTRIONAL
Aí localiza-se o Deserto do Saara, que ocupa mais de ¼ do território continental.
Bordejando o Planalto Setentrional, temos a Planície Costeira Setentrional: constituída de terras
agricultáveis e onde se situa a Cadeia Montanhosa dos Atlas, de formação geológica recente (Era
Cenozóica), que se prolonga do litoral noroeste do Marrocos até a Tunísia.

PLANALTO CENTRO-MERIDIONAL
Com altitude média mais alta do que o Planalto Setentrional, a região, de formação geológica antiga (Era
Primária), abrange as porções centro oeste e sul da África.
Pico culminante - Monte Drakensberg (3300m de altitude).
Apesar de altitudes médias relativamente elevadas, o Planalto Centro-Meridional apresenta duas
importantes depressões: Bacia do Congo e o Deserto de Kalahari.

PLANALTO ORIENTAL
Região de origem vulcânica com altitudes bastante elevadas, aí estão presentes grandes depressões ou
fossas tectônicas que deram origem a extensos lagos interiores: Tanganica, Vitória e Niassa.

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Pico culminante - o Monte Kilimanjaro, situado na Tanzânia (5.895m).


Depressão mais profunda - Asal, localizada no Djibuti (153m abaixo do nível do mar).
A grande característica topográfica do Planalto Oriental é o Vale “Great Rift, uma enorme falha
geológica que atravessa a área de norte a sul.

As rochas predominantes no solo africano são semelhantes às que formam o Planalto Brasileiro: gnaisse e
granito.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Físicos: 25_2-4

HIDROGRAFIA

Se levarmos em conta a sua extensão, o continente africano apresenta uma hidrografia modesta, em razão
principalmente da predominância de climas secos. Os rios africanos são pouco navegáveis, o que se
explica pelo relevo planáltico, responsável por inúmeras quedas d’água. Por essa razão, a África detém
cerca de 40% do potencial hidrelétrico do planeta, ainda pouco aproveitado em função dos
subdesenvolvimento econômico que caracteriza o continente.
OS PRINCIPAIS RIOS
Rio Nilo - principal rio africano e o terceiro do mundo em extensão (6670 km). Nasce no Lago Vitória
(África Equatorial) com nome de Nilo Branco. No Sudão, encontra-se com o Nilo Azul que nasce no
Planalto da Etiópia. A partir daí, sob a denominação única de Nilo e após atravessar toda a porção norte
do continente, desemboca no Mar Mediterrâneo, onde forma um delta de cerca de 20.000 km2
Rio Congo - nasce no sul do ex-Zaire, percorre 4400 km da região equatorial do continente,
desembocando no Oceano Atlântico. Trata-se do segundo maior rio do mundo em volume d’água, com
vazão inferior somente ao do Amazonas.

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Rio Níger - nasce no sul do Saara e, após percorrer 4200 km, desemboca no Golfo da Guiné.
Rio Zambebe - banha o sul da África e desemboca no Índico.
Rio Limpopo - também banha o sul da África e desemboca no Índico.

OS PRINCIPAIS LAGOS
Localização e origem - situados na porção oriental do continente e gerados por movimentos tectônicos: o
Vitória (o terceiro maior lago do mundo e maior da África, com 70.000 km2 de área); o Tanganica (o
segundo maior lago africano com 31.900km 2) e o Niassa (com 26.000km2).

Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Físicos: 25_3-4

CLIMA

Os principais fatores na determinação e condicionamento dos climas africanos são:


BAIXAS LATITUDES - 80% do território do continente situa-se no interior da zona intertropical, com
médias térmicas atuais acima de 20º C. A temperatura só se torna mais amena nas extremidades norte e sul,
localizadas em áreas temperadas, e também nos cumes sempre gelados das cadeias montanhosas.
TROPICALIDADE - que afeta o regime de chuvas. Nas zonas equatoriais, lugares de convergência dos
ventos alísios, há grandes precipitações pluviométricas ao longo do ano: exemplo disso é a região de
Onitsha (Nigéria) com 3.600mm de chuva anuais. Na zona intertropical, que no norte ou no sul, a
pluviosidade é nula, o que explica a presença dos desertos do Saara e Kalahari. A cidade do Cairo, capital
da República Árabe do Egito e situada no Saara, apresenta como taxa pluviométrica 32mm anuais. Já nas
zonas intermediárias, de clima tropical, ocorrem chuvas de verão e secas no inverno, como por exemplo
em Kaolack, cidade do Senegal onde chove 538mm anuais.
CORRENTES MARÍTIMAS - a corrente quente de Agulhas causa chuvas intensas na costa oriental e na
Ilha de Madagáscar; a de Benguela, fria, é responsável pela aridez do litoral da costa ocidental, onde se

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localiza o deserto da Namíbia; a corrente fria das Canárias, provoca a aridez das ilhas e do litoral noroeste.
SAARA: O MAIOR DESERTO DO MUNDO
“O Saara é um deserto pela simples razão de lá ocorrerem pouquíssimas chuvas. Situa-se no cinturão
desértico que circula o globo, aproximadamente entre 15 e 35 graus ao norte do Equador, onde os ventos
típicos e a enorme distância dos oceanos deixam a atmosfera quase sem umidade. No deserto, 70 a 100
milímetros de precipitação anual é chuva generosa. As regiões centrais recebem muito menos, e grande
parte do Saara passa mais de um ano sem uma boa chuva. Algumas regiões são extraordinariamente secas:
Kharga, no deserto egípcio, ficou uma vez dezessete anos sem chuva de verdade. Quando a chuva
finalmente cai, em geral é em forma de tempestades violentas, que deixam os pastores nômades curvados
debaixo do albatroz ensopado, e às vezes espalham a ruína em cidades de oásis feitas de tijolos de barro.
A inclemência do clima é agravada pelos extremos de frio e calor. O Saara nem sempre é quente. Durante
o inverno, nas montanhas e nos ergs do norte são comuns as geadas, e muitas vezes tive de descongelar a
água do cantil para fazer café da manha. No entanto, durante uma parte do ano o Saara é quente de
verdade. As temperaturas à sombra – quando se encontra uma sombra - , sobem a mais de 50 graus
centígrados. A superfície da areia e das rochas fica ainda mais quente, e já se registraram temperaturas de
mais de 80 graus na areia. O ressecamento, o calor e o vento constante combinam-se para evaporar grande
parte da chuva que efetivamente cai no deserto.”
(SWIFT, Jeremy et alii. O Saara. Rio de Janeiro, Cidade Cultural. S/d. Col. As regiões selvagens do
mundo/Time-Life Livros)
O SAHEL

Em árabe, a expressão sahel designa “margem” ou “orla”. No continente africano, o termo é usado para
nomear as regiões semi-áridas, que são transições entre os desertos e os solos mais férteis. Essa imensa
faixa de terra, que se localiza nos países situados ao sul do Saara, prolonga-se, no sentido leste-oeste, desde
a Etiópia até o Senegal. Aí, o índice pluviométrico anual é bastante baixo (em torno de 150mm anuais), as
secas são prolongadas e ocorre uma expansão da área desértica calculada em torno de 3 a 5 km por ano.
Por conseguinte, há fome permanente pois a agricultura não atende sequer às necessidades de consumo
alimentar mínimo de sua população, cujas condições de vida são, a cada dia que passa, mais dramáticas.

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MMatérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Físicos: 25_4-4

VEGETAÇÃO

No continente africano, o clima condiciona totalmente a paisagem botânica, que acompanha exatamente as
faixas climáticas do centro para o norte e para o sul.
A PAISAGEM BOTÂNICA
ÁREA CENTRAL DO CONTINENTE - floresta equatorial com clima quente e chuvoso ao longo de
todo o ano, apresentando um panorama de vegetação densa, heterogênea e com predomínio de árvores
latifoliadas.
ÁREAS QUE CIRCUNDAM O CENTRO DO CONTINENTE - as florestas tropicais, nas regiões
mais secas do norte e do sul, dão lugar às savanas, onde, em meio a uma formação contínua de
gramíneas, predominam árvores menores e mais espaçadas.
NA ORLA DOS DESERTOS (CLIMA SEMI-ÁRIDO) - estepes compostas de herbáceas e esparsos
arbustos.
NOS DESERTOS - a rara vegetação é composta de xerófitas (cactáceas e bromeliácias). Nessa área, a
vegetação é mais luxuriante nos oásis irrigados por lençóis subterrâneos.
EXTREMIDADES NORTE E SUL DO CONTINENTE - vegetação do tipo mediterrâneo, composta
por florestas de pinheiros e carvalhos. Nessa região, ocorrem os “maquis”: pequenos arbustos que se
misturam às xerófitas.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Históricos: 26_1-5

ÁFRICA - ASPECTOS HISTÓRICOS


A relativa proximidade da África com os continentes europeu e asiático fez com que ela sempre tivesse
sido ligada à história ocidental. Sua civilização é milenar, compreendendo complexas e diversas formas de
organização econômica, social e política. Ao contrário do mito de um espaço natural rico e exuberante, só
presente em pequenas áreas, o continente africano é caracterizado por extensas regiões de colonização
difícil pelas precárias condições de sobrevivência. As primeiras denominações dadas a África aparecem em
antigos textos europeus e da Ásia Menor. Os gregos a chamavam de Aphriké; os romanos de Afrigah e
os fenícios de Afryguah (colônia) ou Apricus (lugar exposto ao sol).

A ORGANIZAÇÃO SOCIAL TRADICIONAL DA ÁFRICA NEGRA

ESTRUTURA FAMILIAR - o clã, composto por famílias cujos membros possuem antepassados
comuns. O parentesco é, majoritariamente, definido pela figura do pai. Os casamentos são realizados
com pessoas de clãs diferentes e as esposas passam a viver no clã do marido. Os clãs se desenvolvem no
interior das tribos, que ocupam áreas geográficas bem definidas e apresentam estreitos laços de coesão
grupal. A liderança política dos clãs é exercida por um chefe que é responsável pela delimitação e
preservação do espaço geográfico clânico. Tradicionalmente, as atividades econômicas do grupo, em
média composto por 130 pessoas, são a caça e a coleta vegetal.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

ESTRUTURA SOCIAL QUE SE SEGUIU AO CLÃ - a tribo, entidade social mais sofisticada que
dever ter surgido após a domesticação dos animais e do início da produção agrícola. Na organização
tribal, há um aumento dos grupos de parentesco e já começa surgir uma divisão social do trabalho mais
complexa, responsável pela coesão do grupo que não mais se funda exclusivamente em laços
matrimoniais.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Históricos: 26_2-5

A MODERNA COLONIZAÇÃO EUROPÉIA

Ao longo da expansão ultramarina européia dos Tempos Modernos (séculos XVI e XVII), portugueses
e espanhóis estabeleceram no litoral africano entrepostos e feitorias destinadas a comercializar madeira,
marfim, peles, ouro e notadamente, escravos. De fato, um dos mais rentáveis empreendimentos europeus,
quando da etapa mercantil do capitalismo (dos séculos XVI a XIX), foi a deportação de contingentes
populacionais negros em direção às áreas coloniais da América, onde eram vendidos como escravos. O
monopólio desse comércio foi, sucessivamente, cabendo a diversas nações: inicialmente, os países
ibéricos, que forneciam mão-de-obra às plantations açucareiras antilhanas e brasileiras; no século XVII, os
holandeses começaram a participar do nefando comércio, que, a partir do século XVIII, cairia na mão dos
ingleses.
O tráfico negreiro teve conseqüências extremamente negativas para a realidade sócio-econômica africana:
lutas tribais internas, aniquilamento de tribos e reinos negros e a total decadência do artesanato africano
provocada pela entrada de manufaturas européias. Do ponto de vista humano, o apresamento de escravos
representou um verdadeiro desastre: calcula-se que entre 50 e 200 milhões de negros morreram durante os
4 séculos de escravidão; 20% desse total pereceram durante as viagens para as áreas coloniais do Novo
Mundo.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

A Revolução Industrial, cuja primeira etapa teve início no século XVIII, tornou possível a eliminação do
escravismo, já que esse entravava o desenvolvimento capitalista. Agora, tornava-se necessária a ampliação
dos mercados para os excedentes de mercadorias gerados pela mecanização da produção e isso só seria
possível pela conversão do escravo em trabalhador livre e assalariado.
Ao longo do século XIX, o continente africano tornou-se um privilegiado laboratório natural para
pesquisas levadas a efeito por cientistas europeus. Por volta de 1830, o colonialismo ocidental ocupava
somente a faixa litorânea do continente, ou seja, aproximadamente 10% de sua superfície total. Contudo, a
partir dessa data, a Inglaterra, a França e a Bélgica mostraram interesse em penetrar o continente e ocupar
essas regiões. Num primeiro momento, chegaram os exploradores usando como pretexto a curiosidade
científica; em seguida, sucessivamente, vieram médicos, missionários religiosos, comerciantes e soldados:
tinha início a fase imperialista do capitalismo.
A MODERNA COLONIZAÇÃO EUROPÉIA

Ao longo da expansão ultramarina européia dos Tempos Modernos (séculos XVI e XVII), portugueses
e espanhóis estabeleceram no litoral africano entrepostos e feitorias destinadas a comercializar madeira,
marfim, peles, ouro e notadamente, escravos. De fato, um dos mais rentáveis empreendimentos europeus,
quando da etapa mercantil do capitalismo (dos séculos XVI a XIX), foi a deportação de contingentes
populacionais negros em direção às áreas coloniais da América, onde eram vendidos como escravos. O
monopólio desse comércio foi, sucessivamente, cabendo a diversas nações: inicialmente, os países
ibéricos, que forneciam mão-de-obra às plantations açucareiras antilhanas e brasileiras; no século XVII, os
holandeses começaram a participar do nefando comércio, que, a partir do século XVIII, cairia na mão dos
ingleses.
O tráfico negreiro teve conseqüências extremamente negativas para a realidade sócio-econômica africana:
lutas tribais internas, aniquilamento de tribos e reinos negros e a total decadência do artesanato africano
provocada pela entrada de manufaturas européias. Do ponto de vista humano, o apresamento de escravos
representou um verdadeiro desastre: calcula-se que entre 50 e 200 milhões de negros morreram durante os
4 séculos de escravidão; 20% desse total pereceram durante as viagens para as áreas coloniais do Novo
Mundo.

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A Revolução Industrial, cuja primeira etapa teve início no século XVIII, tornou possível a eliminação do
escravismo, já que esse entravava o desenvolvimento capitalista. Agora, tornava-se necessária a ampliação
dos mercados para os excedentes de mercadorias gerados pela mecanização da produção e isso só seria
possível pela conversão do escravo em trabalhador livre e assalariado.
Ao longo do século XIX, o continente africano tornou-se um privilegiado laboratório natural para
pesquisas levadas a efeito por cientistas europeus. Por volta de 1830, o colonialismo ocidental ocupava
somente a faixa litorânea do continente, ou seja, aproximadamente 10% de sua superfície total. Contudo, a
partir dessa data, a Inglaterra, a França e a Bélgica mostraram interesse em penetrar o continente e ocupar
essas regiões. Num primeiro momento, chegaram os exploradores usando como pretexto a curiosidade
científica; em seguida, sucessivamente, vieram médicos, missionários religiosos, comerciantes e soldados:
tinha início a fase imperialista do capitalismo.

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A EXPANSÃO IMPERIALISTA

Em 1884–1885 as nações européias promoveram o Congresso de Berlim com o objetivo de levar a efeito
uma partilha pacífica do território africano. Ao contrário do previsto, a delimitação e a fixação das
fronteiras das áreas coloniais já conquistadas e das que viriam a ser ocupadas provocaram inúmeros
confrontos entre os países imperialistas. Antes da Conferência, apenas 10% do território africano, como já
dissemos, estavam sob controle europeu; em poucos anos, a colonização já abrangia 90% dele.
Em 1903, a Inglaterra e a França firmaram a “Entente Cordiale” (“Acordo Amigável”), que dividia o
Norte da África entre as duas potências. O Egito e o Sudão caberiam ao Reino Unido, e a França, por seu
turno, dominaria a Argélia, a Tunísia e Marrocos, restando a Líbia para o controle imperial italiano.
Quando da eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-18), somente a Abissínia (hoje, Etiópia) e a Libéria

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(unidade política fundada por negros norte-americanos que retornaram ao continente de origem) tinham
permanecido independentes. Logo após o conflito, a Alemanha perdeu suas colônias. A região de Togo
caiu em mãos inglesas; Camarões foi dividido entre a Inglaterra e a França; a África Oriental Alemã, sob
a denominação de Tanganica, foi incorporada às possessões inglesas. A região sudoeste da África, até
então sob controle germânico, passou para ocupação da União Sul-Africana. Entre 1935 e 36, a Abissínia
foi tomada pela Itália, compondo, junto com a Somália, a África Oriental Italiana. Independente, agora,
somente a Libéria.
No período entre guerras, tiveram início alguns movimentos políticos africanos em prol da independência.
Embora ainda modestos, esses esforços levaram as nações ocidentais a criar alguns países africanos
formalmente independentes, destacando-se o Egito, protetorado britânico que se declarou independente em
1922, continuando a ser área de influência do Reino Unido. O Canal de Suez, situado em seu território,
permaneceu, sob total controle militar britânico, também a União Sul-Africana, apesar de independente
desde 1909, estava integrada na Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth), mantendo íntimos
laços econômicos com o Reino Unido.

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A DESCOLONIZAÇÃO
No final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cenário geopolítico do mundo alterou-se: em primeiro
lugar, estava definitivamente sepultado o europocentrismo e, agora, o globo se bipolarizara, de um lado o
Bloco Ocidental, liderado pelos EUA; de outro o Bloco Comunista, capitaneado pela URSS. Esse
conflito Leste versus Oeste, abriu espaço para o surgimento de um novo modelo de nacionalismo: os
movimentos de independência das nações até então submetidas ao imperialismo ocidental. Um
nacionalismo libertário visando a adoção da autonomia político-econômica, com fortes tintas socializantes
e anti-ocidentais. Noutros termos, o fenômeno da descolonização, processo relativamente rápido, teve
como causas principais:
as dificuldades econômicas dos países europeus, agora impossibilitados de manter a ocupação colonial,
pois precisavam reconstruir suas economias devastadas pela guerra;

o surgimento de movimentos nacionalistas nas áreas coloniais, muitos deles liderados por intelectuais
que haviam estudado na Europa e sofrido influência das ideologias democráticas e socialistas;

as pressões anticolonialistas, levadas a efeito por políticos e agremiações partidárias da Europa, que
defendiam o conceito de que havia uma contradição entre o combate ao nazi-fascismo, ao longo da
Segunda Guerra Mundial, e a preservação de laços coloniais.

Diversas foram as formas pelas quais se deu o processo de descolonização. As principais podem ser assim
resumidas:
OS DIVERSOS PROCESSOS DE DESCOLONIZAÇÃO

MODELO BRITÂNICO - de início, o Reino Unido se opôs ferozmente aos processos


descolonizatórios, enfrentando militarmente os movimentos nacionalistas. O mais destacado exemplo
dessa postura inglesa foi o combate às guerrilhas MAU-MAU de Quênia. Também foi essa a atitude
britânica quando da independência da Malásia. Percebendo a inutilidade desses esforços, a Inglaterra
mudou de postura, passando a promover, de forma controlada, a independência de suas demais áreas
coloniais. No final do processo, 15 novas nações, ex-colônias britânicas, nasceram no Continente
Africano.

MODELO FRANCÊS - após oferecer tenaz resistência à independência da Argélia, liderada pela
Frente Nacional de Libertação da Argélia (FNLA), a França promoveu a formação da Comunidade
Francesa, pela qual as ex-colônias passaram a receber apoio financeiro e técnico .

MODELO PORTUGUÊS - Portugal, onde prevalecia o autoritarismo político liderado por António
Oliveira Salazar, procurou manter suas colônias (Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde)
militarmente, atolando aquela nação ibérica nas intermináveis guerras coloniais. No dia 25 de abril de
1974, quando a ditadura portuguesa foi derrubada pela “Revolução dos Cravos”, liderada pelos capitães
e outros jovens oficiais do Movimento das Forças Armadas (MFA), a ascensão de um governo
esquerdista em Lisboa possibilitou a independência das áreas coloniais.

MODELO ESPANHOL - após mais de quatro séculos de ocupação do Marrocos, a Espanha se viu
obrigada a enfrentar um movimento de libertação nacional denominado Frente Polisário. Após 2 anos de
luta, o governo de Madri abandona quase totalmente a região, mantendo sua presença numa estreita
faixa litorânea.

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MODELO BELGA - disposta a não ceder seus territórios no Continente Negro, a Bélgica enfrentou
militarmente os movimentos descolonizatórios. Derrotado, o governo de Bruxelas é obrigado a ceder,
mas, interessado em criar problemas tribais em suas ex-regiões coloniais, dividiu-as em três países:
Zaire, Ruanda e Burundi, onde convivem duas tribos absolutamente antagônicas, os Tutsis e os Hutus.

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OS PROBLEMAS DA DESCOLONIZAÇÃO
Após seus êxitos iniciais, os movimentos nacionalistas africanos logo se viram diante de questões e
problemas até hoje insolúveis. Dentre eles, destacam-se:

A ÁFRICA NEGRA, HOJE

UMA TRANSIÇÃO NA DEPENDÊNCIA - embora tenham se libertado do imperialismo clássico


(caracterizado pela ocupação militar e administração direta por parte das metrópoles européias), as
novas nações africanas ingressaram numa forma de dominação internacional mais complexa. Hoje, a
nova dependência se dá através do controle comercial, empréstimos, crescentes dívidas externas,
controle industrial e a introjeção de valores culturais ocidentais pelos bancos e empresas transnacionais
europeus e norte-americanos. Ou seja, o domínio direto transitou para um controle indireto mais sutil e
abrangente.

FRONTEIRAS ARBITRÁRIAS - as fronteiras das atuais nações africanas foram fixadas pelos
colonizadores europeus segundo seus exclusivos interesses. Em primeiro lugar, isso gerou a presença,
no interior de um mesmo país africano, de formações tribais culturalmente diferenciadas e, quase
sempre, inimigas umas das outras. Lamentavelmente, quando do processo de descolonização, a
Organização da Unidade Africana (OUA) manteve essas fronteiras, temendo, em caso de alterações, que
o caos reinasse sobre o continente. Além disso, os atuais limites são responsáveis por uma enorme
fragmentação do espaço territorial, que, na maioria das vezes, impede a emergência de estrutura
econômicas mais modernas e eficientes.

UM TRANSPLANTE POLÍTICO: O ESTADO-NAÇÃO - o conceito de Estado nacional, próprio da


formação política européia, é totalmente estranho à mentalidade africana, cujos povos conheciam
organizações sociais muito mais simples se comparadas com as do Ocidente. De fato, pouco há em
comum entre a tribo africana e o Estado nacional. Esse foi uma imposição européia às sociedades
africanas. Ora, tais Estados artificiais enfrentam inúmeros problemas: etnias distintas agrupadas sob
uma mesma organização política e a quase total ausência de uma consciência nacional, que somente
atingiu um estágio embrionário durante o período das lutas anti-coloniais. Em suma, os atuais países da
África Negra são vítimas da ação de duas forças absolutamente opostas: de um lado, um aparelho de
Estado “transplantado”, de cunho modernizador e centralizador; de outro, uma estrutura tribal arcaica e
particularista.

A AUSÊNCIA DE QUADROS BUROCRÁTICOS EFICIENTES - a administração de Estados


modernos exige uma burocracia competente, numerosa e com sofisticada formação técnica e intelectual.
Quando do imperialismo, o gerenciamento político-administrativo das nações africanas era levado a
efeito por administradores europeus, sendo a participação africana rara e superficial. Com a
independência, os africanos herdaram Estados complexos e organizados em moldes ocidentais, com os
quais haviam tido pouco contato. Se, por um lado, as elites africanas, que encabeçaram o processo de
autonomia, eram educadas na Europa e nos EUA, elas eram pouco numerosas, não havendo quadros
para os escalões administrativos secundários. Em termos mais simples: se os primeiros líderes e seus
assessores próximos eram bastante preparados, os cargos administrativos de segundo e terceiro níveis
eram preenchidos por pessoas desconhecedoras das regras básicas da administração moderna , gerando
um abismo entre os componentes do primeiro escalão e os demais quadros burocráticos. Isso tudo gerou
a inoperância, a endêmica corrupção, o burocratismo e o caos administrativo, como conseqüência, o
cenário político africano vem sendo marcado por lutas tribais e sucessivos golpes de Estado, quase
sempre interligados às diferenças étnicas.

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27_2
Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Humanos: 27_1-2

ÁFRICA - ASPECTOS HUMANOS


O Continente Africano com uma população da ordem de 780 milhões (13% da população mundial), é tido,
pela maioria dos antropólogos, como o espaço geográfico berço da vida humana no planeta. Acredita-se
que o Homo Sapiens teria surgido, há aproximadamente 6 milhões de anos, nos planaltos orientais da
África, de onde teria progressivamente migrado para outras partes do globo.
O deserto do Saara, uma formidável barreira natural, dividiu o continente, em termos étnico-culturais, em
duas porções distintas:
NORTE (DO MAR MEDITERRÂNEO ATÉ O SAARA) - a denominada África Branca, povoada
basicamente por árabes, mouros e bérberes, de religião predominantemente islâmica.
CENTRO E SUL - área conhecida como África Negra, cuja população é composta por bantos,
sudaneses, hotentotes (na Namíbia e no deserto do Calaari), bosquímanos (no Saara) e pigmeus
(moradores nas áreas florestais do rio Congo), quase todos seguidores de religiões animistas e ritos
fetichistas. Devemos acrescentar que na extremidade setentrional moram minorias brancas de origem
européia (África do Sul, Zimbábue e Namíbia) e outras provenientes da Ásia, principalmente indianos e
chineses, na África do Sul e Moçambique.

A DEMOGRAFIA
A população africana é distribuída de maneira bastante irregular pela superfície do continente. Os vales são
mais habitados em detrimento de áreas que dificultam a fixação, tais como desertos e montanhas elevadas.

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Entre os séculos XVI e XIX, a população africana permaneceu relativamente estável em função das lutas
intertribais e também da perda de contingentes humanos em função de tráfico negreiro. Esse último, não só
diminuiu a população absoluta, como também coibiu o crescimento vegetativo, pois aproximadamente
80% dos escravos vendidos para as Américas eram do sexo masculino, o que desequilibrou a proporção
sexual da população, fazendo decrescer as taxas de natalidade. A partir do final do século XIX, em função
da presença européia e da eliminação do tráfico negreiro, a população retomou seu crescimento. De fato, a
medicina ocidental e a construção de uma infra-estrutura sanitária, proveniente dos modelos europeus,
além de altas taxas de natalidade, possibilitaram uma verdadeira explosão demográfica. Atualmente, a
África apresenta os maiores índices de crescimento vegetativo do planeta (2,5%), com taxas de natalidade
de 4,4% e de mortalidade de 2,2%. Deve-se ressaltar, também, que o Continente Africano apresenta os
menores índices mundiais de expectativa de vida. Como conseqüência, predominam os segmentos
populacionais mais jovens: 42% da população têm menos de 15 anos.
As nações mais populosas da África são, respectivamente, a Nigéria (120 milhões de habitantes), o Egito
(70 milhões), a Etiópia (55 milhões) e a República Democrática do Congo (50 milhões).

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Humanos: 27_2-2

GRAVES PROBLEMAS
Atualmente, a África é vítima de inúmeros males:
OS PROBLEMAS AFRICANOS
recorrentes surtos de fome, causados pelo desconhecimento de técnicas agrícolas modernas, conflitos
armados que têm como conseqüência um nomadismo permanente de boa parte da população que foge das
regiões conflagradas;
guerras constantes em razão dos antagonismos tribais e das lutas pelo poder;
desinteresse governamental pela sorte das populações, já que as lideranças dos quadros burocráticos
locais buscam somente o enriquecimento próprio e o controle político de seus Estados;
o crescente número de “crianças soldados”. De fato, as permanentes guerras internas vêm utilizando, em
número cada vez maior, crianças como combatentes, já que essas não dispõem de outras possibilidades de
vida senão o ingresso nas diversas milícias que assolam o território africano. Em resumo: os meninos
combatem e as meninas servem como prostitutas para os militares;
as epidemias, notadamente a malária e a AIDS. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 25
milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV, o que provocou uma drástica queda na expectativa de vida
dos africanos. No início da década de 90, era de 59 anos; em 2005, será de 45 anos. Conforme o Relatório
de Desenvolvimento Humano, índice organizado pela ONU, medido com base na expectativa de vida,
alfabetização e acesso aos serviços públicos, a África Negra, também conhecida como Subsaariana,
apresenta hoje a mais alta taxa de pobreza absoluta do mundo (40%).

OS SEGMENTOS SOCIAIS DO CONTINENTE NEGRO


Sociedades fundalmentamente tribais, as nações africanas conhecem classes sociais extremamente débeis,
o que dificulta o desenvolvimento de atividades econômicas modernas. Os extratos sociais da região são os
seguintes:
A SOCIEDADE DA ÁFRICA NEGRA
CAMPESINATO - maior parcela da população, esse setor é, sem dúvida, a maior vítima da exploração
européia e da desorganização administrativa que caracteriza a região. Em sua grande maioria, os
camponeses africanos são assalariados temporários, desprovidos de quaisquer benefícios e sem nenhuma
proteção trabalhista;
PROPRIETÁRIOS RURAIS - no período colonial, foram aliados do colonizador europeu. Com a
independência, foram sendo progressivamente marginalizados pelos segmentos urbanos que controlam a
administração do Estado;
BUROCRATAS - em termos locais, uma relativa elite civil e militar que controla o aparelho de Estado.
Seus salários, elevados para os padrões locais, são sempre complementados pelas propinas e outras
formas de corrupção, possibilitadas por suas relações com as grandes empresas transnacionais e com os
governos dos ex-colonizadores;
PROLETARIADO - numericamente ínfimo, pois praticamente inexiste uma efetiva industrialização na
maior parte dos países da área.

28_4

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Econômicos: 28_1-4

ÁFRICA - ASPECTOS ECONÔMICOS


A África, como prova de seu subdesenvolvimento, tem sua base econômica assentada na agropecuária de
subsistência e no extrativismo mineral de exportação. A economia de mercado, característica dos países
capitalistas, é muito pouco desenvolvida, já que as estruturas sociais, o baixo índice de industrialização e a
quase inexistência de poder de consumo impedem um dinamismo econômico interno. Em inúmeras
regiões, ainda eminentemente tribais, predominam a propriedade coletiva da terra, o que não implica
igualdade social pois, em função da hierarquia tribal, os bens são distribuídos em porções muito diversas.
A AGROPECUÁRIA
O território africano, cuja diversidade de climas e solos permite uma produção de vários bens agrícolas, é,
entretanto, marcado por problemas climáticos, tais como aridez, secas ou chuvas regulares, que prejudicam
as plantações. Deve-se ressaltar também que raros são os solos verdadeiramente férteis, que só existem na
África Oriental, onde predominam rochas vulcânicas (as famosas “terras roxas”).
A agricultura na África Subsaariana é levada a efeito sob duas formas básicas: a de subsistência e a
plantation. A primeira, realizada em solos pobres, cultiva mandioca, arroz, milho, banana, feijão, pimenta,
sorgo, batata e inhame. Esse sistema agrícola, de caráter itinerante, apresenta baixa produtividade,
consistindo em derrubada da vegetação, queimada e plantio; esgotado o solo de uma determinada área, o
mesmo processo é repetido em outra. Calcula-se que a agricultura de subsistência concentra 80% da
população ativa do continente. As áreas principais da agricultura de subsistência são:
A AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
MILHO - África do Norte, Bacia do Congo e África do Sul
ARROZ - Egito, Sudão, Chade, Madagáscar e Marrocos
MANDIOCA - Congo e Nigéria

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As plantations, localizadas em áreas de solos férteis e atreladas a interesses internacionais, produzem


fundalmentamente para a exportação, destacando-se o cacau, a borracha, o amendoim, o café, o tabaco, o
algodão, a cana e o sisal. Abundantes nos mercados mundiais, tais produtos são muito pouco valorizados,
obtendo preços ínfimos e pouco rendendo para os países exportadores. Ocupando grandes áreas, as
plantations reduzem o espaço dos cultivos de subsistência, aumentando as taxas de fome e subalimentação
no continente. Além disso, a concentração fundiária causa o êxodo rural e um conseqüente inchaço urbano.
Nos últimos 50 anos, a cidade de Abidjã, na Costa do Marfim, teve sua população aumentada mais de 200
vezes, Dacar, outro exemplo de crescimento desordenado, conheceu uma multiplicação populacional da
ordem de 28 vezes.
No Continente Negro, a pecuária é pouco desenvolvida em função do predomínio de climas secos e
quentes, da existência de desertos e densas florestas, da falta de recursos tecnológicos para o
aprimoramento dos rebanhos, da rara utilização de uma moderna zootecnia, para permitir a adaptação do
gado as difíceis condições naturais e, por fim, a quase inexistência de mercado interno com efetiva
capacidade de compra, já que as populações locais são de baixa renda.
PRINCIPAIS REBANHOS E PAÍSES
PRODUTORES (EM MILHÕES DE CABEÇAS)

PAÍSES BOVINOS CAPRINOS OVINOS

Sudão 16,5 12,0 16,2

Nigéria 13,0 26,0 9,0

Madagáscar 10,2 - -

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Econômicos: 28_2-4

O EXTRATIVISMO MINERAL
A antigüidade da formação geológica e sua origem cristalina determinam a presença de inúmeros recursos
minerais na África Negra, que possui um dos mais ricos subsolos do mundo. Esse fato, entretanto, não traz
grandes benefícios às populações do Continente, pois as companhias mineradoras africanas, em sua grande
maioria, são apropriadas ou controladas pelo capital internacional, já que para as nações industrializadas é
fundamental assegurar o controle desse tipo de material. As rendas auferidas pelo extrativismo mineral são,
normalmente, ou desviadas para os bolsos dos corruptos tiranos locais ou, quando obtidas por contrabando,
sustentam as numerosas milícias que ensangüentam a região. No afã de obter lucros, as lideranças
africanas estão provocando o esgotamento das reservas minerais. Os principais minérios africanos são:
RECURSOS MINERAIS

OURO - cujo maior produtor mundial é a África do Sul, onde também são abundantes o ferro, o cromo,
o manganês e o carvão.

DIAMANTE - a República Democrática do Congo é o segundo maior produtor mundial, seguida por
Botsuana e a África do Sul.

COBRE - o sexto maior produtor é Zâmbia, rica também em cobalto.

PETRÓLEO - destacando-se em sua extração a Nigéria, Angola e Gabão.

CARVÃO - do qual a África do Sul é o sexto produtor mundial.

MANGANÊS - a África do Sul (15% da produção mundial) e o Gabão (10%).

Em resumo:

AS RESERVAS MINERAIS AFRICANAS

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CROMO - 97% da produção mundial

DIAMANTE - 92% da produção mundial

PLATINA - 71% da produção mundial

MANGANÊS - 50% da produção mundial

COBALTO - 60% da produção mundial

BAUXITA - 33% da produção mundial

URÂNIO - 28% da produção mundial

VANÁDIO - 20% da produção mundial

COBRE - 13% da produção mundial

Além da importância do Continente Africano para obtenção de matérias-primas minerais e energéticas


vitais para as economias dos países desenvolvidos, deve-se ressaltar o seu valor geopolítico: a rota
marítima do Cabo, usada pelos grandes petroleiros; o acesso ao Oceano Índico e o controle do Mar
Vermelho e sua ligação com o Mediterrâneo. Na África, ocorre uma convergência entre os interesses
econômicos e as razões geopolíticas.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Econômicos: 28_3-4

INDUSTRIALIZAÇÃO
Área extremamente subdesenvolvida, a África conhece uma indústria ainda bastante incipiente,
responsável por uma minúscula parcela do Produto Interno Bruto (PIB) do Continente. Ao longo do
período imperialista, as nações ocidentais, interessadas em matérias primas só permitiram o florescimento
de atividades minerais e agrícolas para exportação, o que retardou o processo de industrialização. Desde o
início da descolonização, algumas poucas indústrias de transformação vêm sendo implantadas, quase
sempre em portos, pois seus produtos, bastante simples, são destinados aos mercados externos. O único
oásis industrial do Continente é a África do Sul, dona da metade da produção industrial africana.
Num mundo cada vez mais globalizado, a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala coloca o
mercado africano em segundo plano.
DADOS DA ÁFRICA SETENTRIONAL

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ÁFRICA SETENTRIONAL

ÁREA - 5.600.000 km2

POPULAÇÃO - 110.000.000 de habitantes

MAIORES CONCENTRAÇÕES DEMOGRÁFICAS - no litoral do Maghreb (que significa “região


ocidental”, compreendendo Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia) e o Vale do Nilo

ECONOMIA - agropecuária: no Maghreb, cereais, figueiras, oliveiras e pastoreio nômade de camelos,


bovinos e caprinos; nas planícies, como conseqüência da ocupação francesa desenvolve-se uma
agricultura comercial, destacando-se oliveiras, videiras, trigo, ameixeiras, tamareiras e palmeiras
oleaginosas; no Vale do Nilo temos a produção de algodão e cana-de-açúcar para o mercado externo.
No Egito, a construção das hidrelétricas de Assuã e Assiut, se puseram fim às enchentes do Nilo,
provocaram danos ao meio ambiente e o término da agricultura tradicional, levando milhares de
pequenos camponeses, que praticavam uma agricultura de subsistência, a abandonar suas terras e migrar
para as cidades

RECURSOS MINERAIS - petróleo e gás natural (na Argélia e na Líbia, nações filiadas à
Organização de Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP)); fosfato (Líbia e Argélia); ferro
(Tunísia e Marrocos) e potássio (Egito, Tunísia, Marrocos e Argélia)

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DADOS DA ÁFRICA MERIDIONAL


A África Meridional ou Austral compreende os seguintes países: África do Sul, Botsuana, Lesoto,
Namíbia e Swazilândia.

REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL

CAPITAL - Pretória

ÁREA - 1.221.037 km2

POPULAÇÃO - 40 milhões de habitantes

FORMAÇÃO ÉTNICA - negros (68%); brancos (18%), mestiços (10%) e asiáticos (4%)

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CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - entre os brancos: 0,7% ao ano (natalidade - 14,9 por mil
habitantes; mortalidade – 7,8 por mil habitantes); entre os negros: 2,8% (natalidade – 40 por mil
habitantes; mortalidade – 12 por mil habitantes)

LÍNGUAS - afrikaner, inglês, xhosa, zulu e sotho

MOEDA - rand

ESTRUTURA POLÍTICA - República Presidencialista

CHEFE DE ESTADO - o Presidente Thabo Mbeki (Partido do Congresso Nacional Africano), que
sucedeu ao grande líder Nelson Mandela

ANALFABETISMO - 14,3% entre os homens e 15,8% entre as mulheres

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 51,4%

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 18,8%

TELEVISORES - 125 por mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 5.500

PIB - 360 bilhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 8.500 dólares

POPULAÇÃO ATIVA - 16,1% (agricultura – 9,6%; indústria – 32,8%; serviços – 55%)

INFLAÇÃO - 5,2% ao ano

AGROPECUÁRIA - milho, arroz e mandioca; bovinos e caprinos

RECURSOS MINERAIS - ouro (maior produto mundial); diamante (maior produto mundial),
manganês (segundo produtor mundial); urânio (terceiro produtor mundial), carvão (sétimo produto
mundial), ferro (oitavo produtor mundial)

INDÚSTRIA - têxtil, alimentícia, metalúrgica, química, automobilística e naval

Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁFRICA > Aspectos Econômicos: 28_4-4

ÁFRICA: CONSIDERAÇÕES FINAIS


Desde a elaboração, ainda na década de 50, do conceito de “revolução africana”, cujo grande teórico foi o
sociólogo Frantz Fanon, a evolução do Continente conheceu as seguintes etapas: uma breve euforia
pós-independência, a instauração de partidos únicos ou a tomada do poder por militares, ampla estatização
da economia, esperança de democratização que, infelizmente, não foi cumprida pois, hoje, o cenário
político da África volta a conhecer restaurações autoritárias tendo como pano de fundo violências e crises
de identidade. Para o futuro, a grande incógnita é saber se o Continente copiará o exemplo da África do
Sul, que conseguiu uma reconciliação nacional após séculos de dominação colonial e discriminação racial
institucionalizada, ou afundará de vez na miséria, no caos, no obscurantismo e no sangue. Mais que nunca,
a África é um “Continente esquecido” pelas grandes potências mundiais. De fato, enquanto perdurou a

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“Guerra Fria”, o solo africano foi palco de conflitos tribais travestidos de luta ideológica entre formações
sociais populistas e outras que apregoavam o capitalismo e a democracia liberais. Hoje, num mundo
marcado pela hegemonia norte-americana e pelo discurso neoliberal, a África quase nada representa.
Após a “revolução” liderada por Laurent-Désiré Kabila, no ex-Zaire (atualmente República Democrática
do Congo), surgiu um terceiro modelo político-econômico que, transcendendo o nacionalismo socializante
e os projetos de democracia liberal de base capitalista, fundiu o autoritarismo com o liberalismo
econômico. Essa zona de fusão dos dois “modelos” se revelou um vasto campo de batalha de uma guerra
regional de esdrúxulas coligações. Para as etnias Hutu e Tutsi, a região dos Grandes Lagos nada mais é do
que o cenário para um conflito presidido pela lógica do extermínio genocida.
Se antes, o slogan “a África para os africanos” inspirara a descolonização libertária e reformista, hoje ele
serve aos interesses ocidentais, que, exclusivamente consistem na exploração dos recursos locais e na
venda de serviços e produtos tecnologicamente sofisticados (notadamente na área das telecomunicações),
apregoam que o desenvolvimento do Continente Negro é uma questão meramente africana. Podemos
resumir a posição ocidental como a de “trade not aid” (“comércio, não ajuda”). Ignorando a triste realidade
africana, os países desenvolvidos realçam o conceito de que o desenvolvimento africano, um problema
local, só será resolvido pela integração do Continente na globalização.
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Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Os Limites do Continente Europeu: 29_1-4

EUROPA - OS LIMITES DO CONTINENTE EUROPEU

LIMITES DO CONTINENTE EUROPEU

NORTE - o Mar Glacial Ártico.

SUL - o Mar Mediterrâneo (entre a África e a Europa), o Mar Negro e o de Mármara (entre Europa e
Ásia).

OESTE - o Oceano Atlântico.

LESTE - o Mar Cáspio, o rio Ural e os Montes Urais (que separam a Rússia européia da Rússia
asiática).

A ESTRUTURA GEOLÓGICA E O RELEVO EUROPEUS

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Mapa físico da Europa


O relevo europeu é caracterizado pela presença de escudos cristalinos ao norte (montes Escandinavos),
extensas planícies na região central e cadeias montanhosas, formadas na Era Terciária, nas áreas
meridionais. E Europa Meridional foi modelada por tectonismos ao longo da Era Terciária, o que
propiciou a formação de conjuntos de cadeias montanhosas tais como:
PIRINEUS - situados entre a França e a Espanha, isolando a Península Ibérica do resto do continente

BÁLCÃS - extensão das formações alpinas na Península Balcânica

CÁRPATOS - localizados na Europa do leste, abrangendo os territórios das Repúblicas Checa,


Eslováquia, Hungria e Romênia

CÁUCASO - situado entre o Mar Negro e o Mar Cáspio

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Os Limites do Continente Europeu: 29_2-4

AS PLANÍCIES EUROPÉIAS
As planícies do Velho Continente alargam-se do oeste em direção ao leste, iniciando-se no litoral francês e
ampliando-se na Holanda, no norte da Alemanha, na Polônia e na Rússia. Na Europa Meridional, elas são
reduzidas e estreitas, encravadas entre as montanhas, sendo a mais extensa a Bacia do Pó, entre os Alpes e
os Montes Apeninos.
PLANÍCIES EUROPÉIAS

A PLANÍCIE EUROPÉIA MAIS VASTA - Planície Russa.

PLANÍCIE DO LITORAL DO MAR BÁLTICO E DO MAR DO NORTE - Planície do Norte da


Europa, dividida em Planície Germano-Polonesa e Planície dos Países Baixos.

PLANÍCIE DE SOLO FÉRTIL - a Planície Húngara, cortada pelo Rio Danúbio, apresentando
condições topográficas e climáticas adequadas à agricultura.

NORTE DA ITÁLIA - a Planície do Pó, entre os Alpes e o Apeninos, onde corre o Rio Pó.

O continente europeu é bastante baixo: sua altitude média – a menor do mundo – é da ordem de 375
metros. Nas regiões setentrionais e no nordeste do continente, abundam áreas formadas por rochas
cristalinas bastante antigas, abaladas por orogênese durante a Era Paleozóica, o que, provocou a formação
de estruturas montanhosas. Estas, ao longo de milhões de anos sofreram forte erosão e tectonismo, sendo
progressivamente cobertas por sedimentos, fator que diminuiu suas altitudes, hoje inferiores a 2.500
metros, gerando também planaltos lacustres, vales glaciais e um relevo, em geral, que apresenta elevações
arredondadas.
HIDROGRAFIA

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O continente europeu não apresenta grandes bacias hidrográficas, porém seus rios são territorialmente bem
distribuídos e largamente utilizados como meio de transporte e geradores de energia hidrelétrica. Os
principais dispersores de água sãos os Alpes, os Cárpatos, os Pirineus e o Planalto de Valdai (Rússia).
As bacias hidrográficas são interligadas por canais, o que propicia ampla integração entre os países. As
principais vias fluviais européias são:
VOLGA - o mais extenso rio europeu (3.700 km), nasce no Planalto de Valdai e desemboca no Mar
Cáspio. Típico rio de planícies, é a mais importante via de navegação fluvial da Rússia, pois grandes
canais o interligam aos litorais dos mares Báltico e Branco, ao norte, e Negro e Cáspio no sul. Possui
grande potencial hidrelétrico e é navegável em quase todo seu curso, apesar de sofrer congelamento no
inverno.

DANÚBIO - segundo maior rio europeu em extensão (2.900 km), nasce no Maciço da Floresta Negra
(Alemanha) e desemboca no Mar Negro, na divisa da Romênia com a Ucrânia. Grande é a sua
importância geopolítica, pois corta nove países (Alemanha, Áustria, República Checa, Eslováquia,
Hungria, Iugoslávia, Romênia, Bulgária e Moldova), além de banhar quatro capitais: Viena, Bratislava,
Budapeste e Belgrado.

RENO - via fluvial de extensão relativamente pequena (1.326 km), nasce nos Alpes Suíços, no Lago de
Constança, separa a Suíça da Alemanha e delimita a fronteira entre a França e a Alemanha, banhando
importantes centros urbano-industriais, notadamente o Vale de Ruhr, onde recebe o seu principal
afluente: o rio Ruhr. Atravessando os países baixos, desemboca no Mar do Norte, junto à cidade de
Roterdã, o maior complexo portuário do mundo.

RÓDANO - nasce na Suíça, corta a França e desemboca no Mar Mediterrâneo. Integrado à vasta rede
fluvial européia, é utilizado no transporte e distribuição do petróleo vindo da Argélia (África), que é
desembarcado no porto francês de Marselha e enviado para o interior do continente europeu.

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ELBA - rio alemão que corta Hamburgo e deságua no Mar do Norte

SENA - banha Paris e desemboca no Canal da Mancha

TÂMISA - banha Londres e deságua no Mar do Norte

PÓ - nasce na confluência dos Alpes com os Apeninos, no noroeste da Itália, e deságua no Mar
Adriático, a leste. Sua importância decorre do fato de cortar a mais importante área demográfica,
agropecuária e industrial da Península Itálica

A Europa possui também inúmeras regiões lacustres. Alguns desses lagos tiveram origem pelo movimento
de enormes massas de gelo durante que Era Glacial, notadamente os existentes na Península Escandinava,
com destaque para a Finlândia (conhecida como o “país dos lagos”, pois tem mais de três mil deles) e
também para a Planície Russa, onde estão presentes os lagos da Ládoga e Ônega. Na maioria das regiões
européias, existem lagos de formação mista, formados pela simultânea ação do tectonismo e das
glaciações. Exemplos desse tipo de formação ocorrem nas regiões alpinas: os lagos de Genebra, Como e
Constança.

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OS CLIMAS EUROPEUS

Os fatores que determinam e condicionam os climas europeus são:

FATORES CLIMÁTICOS

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LATITUDE - situada na zona temperada, a Europa estende-se entre 34º e 75º de latitude norte, sendo
cortada, na extremidade setentrional, pelo Círculo Polar Ártico. O continente europeu apresenta
temperaturas médias anuais que variam de 5º a 20º C e pluviosidade entre 500 e 1.500 mm anuais.

MARITIMIDADE - os sinuosos e profundos recortes do litoral europeu possibilitam que a influencia


oceânica se prolongue para o interior do continente, elevando a umidade do ar e amenizando as
temperaturas.

A CORRENTE DO GOLFO (“GULF STREAM”) - corrente marítima quente, oriunda do Golfo do


México, que atua no noroeste do continente, amenizando os rigores da temperatura, impedindo o
congelamento das áreas litorâneas e elevando a umidade do ar.

RELEVO - a disposição longitudinal do relevo europeu direciona a atuação de três massas de ar: as
polares (vindas do norte); as tropicais (provenientes do sul) e as asiáticas (oriundas do leste,
notadamente da Sibéria).

MASSAS DE AR - os ventos quentes originários do Saara (o vento Simum) influenciam a área


mediterrânea, tornando seu verão bastante seco; por sua vez, as massas polares, que atuam no norte do
continente, determinam temperaturas extremamente baixas durante o inverno. Sua influência no sul é
dificultada pelos dobramentos modernos (montanhas de altitudes elevadas) que barram sua passagem.

Em função dos fatores acima descritos, os climas europeus podem ser classificados como:

OS CLIMAS EUROPEUS

SUBPOLAR OU DE MONTANHA - caracterizado por invernos frios e longos, com temperaturas


médias abaixo de 0º C. A área compreendida por esse tipo climático vai do norte da Escandinávia até a
Rússia, além das regiões mais elevadas dos Bálcãs, Cárpatos e Alpes. Nas regiões litorâneas, é normal o
congelamento do mar durante o inverno, com exceção das áreas banhadas pela Corrente do Golfo.

TEMPERADO CONTINENTAL - característico do interior do continente (Europa Central e


Oriental), distante da influência oceânica. Apresenta invernos secos e rigorosos, com temperaturas que
chegam até 30º C negativos, e verões quentes e chuvosos.

TEMPERADO OCEÂNICO - típico das Ilhas Britânicas e do litoral entre a Noruega e o norte de
Portugal, apresentando verões e invernos suaves, com chuvas bem distribuídas.

MEDITERRÂNEO - dominante na Europa Meridional (França, Grécia, Itália, Espanha, Portugal


e Península Balcânica), apresenta verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Os Limites do Continente Europeu: 29_4-4

AS PAISAGENS BOTÂNICAS EUROPÉIAS

A vegetação européia
A Europa devastou suas florestas. Ainda na Idade Média, período histórico assombrado pelos permanentes
surtos de escassez e fome, era necessário buscar terras agricultáveis: pior para os arbustos e árvores,
derrubados sem piedade. A Europa, no decorrer de sua longa história, destruiu sua natureza pelo
desenvolvimento da indústria madeireira, pela intensa urbanização e pelas atividades agropastoris.
Atualmente, a Europa se empenha em recuperar suas florestas. Infelizmente, só 5% delas voltaram a
florescer. Uma nova ameaça paira sobre o meio ambiente do Velho Mundo: as chuvas ácidas causadas pela
poluição industrial. Restam poucas florestas, quase todas elas já condenadas à extinção.
As principais paisagens vegetais européias são:
PAISAGENS VEGETAIS EUROPÉIAS
TUNDRA - paisagem botânica típica do clima subpolar da extremidade setentrional do continente,
circundando as zonas geladas que se estendem até o Pólo, além das regiões próximas aos picos
montanhosos eternamente cobertos pelo gelo. Caracteriza-se pela presença de musgos e líquens, vegetação
rasteira que, nos períodos de degelo, alimenta os animais ruminantes locais, especialmente as renas.

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Tundra
FLORESTA BOREAL DE CONÍFERAS (TAIGA) - típica de solos ácidos (em russo, podzol), sendo
composta por pinheiros, embora surjam também faias e bétulas. Lamentavelmente, os pinheiros estão
sendo vítimas da indústria madeireira, notadamente na Finlândia, Rússia e Suécia.

Taiga
FLORESTA TEMPERADA CADUCIFÓLIA OU FLORESTA CADUCA - essa denominação decorre
do fato de suas árvores perderem as folhas durante o outono e o inverno. Esse tipo de vegetação abrange as
regiões européias de clima temperado continental e oceânico, além de estar presente nas encostas das
montanhas de altitudes elevadas. Quando destruídas, as florestas temperadas caducifólias dão lugar a uma
paisagem vegetal extremamente pobre: a landes. A queda das folhas gera a presença de farto material
orgânico no solo, o podzol, tornando-o ácido e dificultando a ocupação humana.

Floresta temperada caducifólia


VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA - paisagem vegetal marcada pela presença de arbustos resistentes às
secas, e presente nas regiões que bordejam o Mar Mediterrâneo. Duas são suas formas: em terrenos
silicosos, os maquis; em terrenos calcários, os garrigues. Em condições climáticas e solos favoráveis,
destaca-se a presença de nogueiras, carvalhos e sobreiros (de onde se extrai a cortiça).

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Vegetação Mediterrânea
ESTEPES - denominação russa para uma vegetação fundalmentamente herbácea, que recobre as áreas
próximas aos mares Negro e Cáspio, na Ucrânia. As estepes apresentam solo extremamente fértil
conhecido como Tchermoziom (“terras negras”).

Estepe

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Nórdica: 30_1-5

A EUROPA NÓRDICA

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A Europa Nórdica é formada por cinco países: Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Islândia.
SUÉCIA

A Suécia é o maior e o mais populoso país da Península Escandinava. Sua paisagem física é caracterizada
pela cadeia montanhosa dos Alpes Escandinavos, que a separa da Noruega. Mais de 100 mil lagos enfeitam
seu território, cujo litoral sudeste – onde se localiza Estocolmo – é marcado por fiordes e recifes. A
próspera economia sueca – baseada na exploração da madeira e de seus derivados, além de uma poderosa

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indústria – proporciona, em função de altos impostos, um alto padrão de vida a seus cidadãos, beneficiados
por um Estado Previdenciário de inspiração ideológica social-democrata.
REINO DA SUÉCIA
CAPITAL - Estocolmo
SUPERFÍCIE - 449.064km2
POPULAÇÃO - 8.500.000
LÍNGUAS - sueco, lapão e finlandês
MOEDA - coroa sueca
ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Parlamentarista
CHEFE DE ESTADO - Rei Carl XVI Gustaf
CHEFE DO GOVERNO - Primeiro-Ministro Göran Persson (Partido Social Democrata)

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 96% da população
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 49% da população
TELEVISORES - 679 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 13.496 títulos por ano

ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) -226,5 bilhões de dólares
PIB POR HABITANTE - 24.600 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 3,8% ao ano
INFLAÇÃO - 3,70% ao ano
TAXA DE DESEMPREGO - 5,4%
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 6º no “ranking” mundial

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UMA AMEAÇA PARDA: A CRIMINALIDADE NEONAZISTA


No começo do terceiro milênio, a Suécia vive, simultaneamente, a euforia e o temor. A economia prospera,
fundalmentamente em razão das tecnologias de informação, que hoje desempenham um papel primordial
na vida produtiva do país. Graças a seus avanços nesse setor – mais de 60% dos lares possuem micro
computadores – a Suécia é o grande “tigre nórdico”, país onde 1% do comércio é realizado pela Internet.
Ciente dessa nova realidade, o governo vem investindo bilhões de coroas na implantação de redes
informatizadas que cubram integralmente a nação.
Contrastando com esse cenário otimista, a Suécia vê com pavor o crescimento de agressões xenófobas de
cunho neonazista. Inúmeros atentados chocaram a população de um país tradicionalmente pacifista,
cosmopolita e tolerante quanto às diferenças étnicas e sexuais. A imprensa mais responsável e séria
daquela nação nórdica tem buscado alertar a sociedade no sentido de coibir a proliferação de organizações
fascistas. Uma verdadeira explosão de músicas “heavy metal” de cunho nazista, defendendo o “poder
branco”, permite financiar os grupos radicais de extrema direita. Em 2000, um simpósio internacional,
realizado em Estocolmo, foi dedicado ao estudo do genocídio perpetrado contra os judeus, ocasião na qual
foram levantadas críticas ao papel que a Suécia desempenhou durante a Segunda Guerra Mundial, quando
forneceu matérias-primas ao Terceiro Reich. Pela primeira vez, um assunto até então “esquecido” pela
consciência sueca foi levantado de maneira pública.
Outra questão que divide a opinião pública do país refere-se à eventual integração sueca à “zona do euro”
(“Eurolândia”). O Partido Social Democrata, hoje no governo, declarou-se favorável à adesão ao sistema
financeiro europeu, proposta que encontra forte oposição por parte dos segmentos mais conservadores. O
primeiro-ministro Göran Persson ressaltou que o atual momento econômico favorável vivido pela Suécia
torna imperiosa a participação do país na Unidade Monetária Européia, contanto que duas condições sejam
satisfeitas: em primeiro lugar, a manutenção do atual índice salarial para que a economia do Reino
continue competitiva e, além disso, que a conjuntura econômica nacional não seja afetada por
discrepâncias de desenvolvimento entre as diversas nações da Unidade Européia.

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Finalmente, embora numa escala menor, dois outros assuntos preocupam os cidadãos suecos: a possível
utilização de reatores nucleares para a geração de energia e as relações entre o Estado e a Igreja Luterana
local, que, após 400 anos, deixou de ser a religião oficial do país.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Nórdica: 30_2-5

DINAMARCA

Berço dos antigos vikings, a Dinamarca é o menor dos países escandinavos. Seu território, um dos mais
planos da Europa com 35m de altitude média, divide-se em duas partes: a continental (a Península da
Jutlândia) e a porção insular, essa última quase 1/3 da superfície total, com suas 406 ilhas. A maior
delas é a Zelândia, separada da Suécia por um estreito em cujas margens fica a simpática e cosmopolita
capital do país: Copenhague, um dos mais importantes portos comerciais europeus. A Dinamarca se faz
presente no Oceano Atlântico pelo domínio da grande ilha da Groenlândia, localizada no meio da rota
marítima entre a América do Norte e o Velho Mundo. Quanto ao clima, a Dinamarca, embora situada na
extremidade setentrional do continente europeu, apresenta verões relativamente quentes e chuvosos graças
à influência da Corrente do Golfo (“Gulf Stream”) que banha seu litoral. Sua agropecuária, apesar dos
invernos rigorosos, é extremamente desenvolvida em função do pleno uso de tecnologias sofisticadas.
Basta lembrar que seu pequeno território não impede que a Dinamarca seja um grande produtor de
derivados do leite, além de carne suína e bovina. Sua localização geográfica, na extremidade ocidental da
Europa, e o fato de ser uma ponte entre o Oceano Atlântico, o Mar do Norte e o Mar Báltico tornam a
Dinamarca um dos mais importantes centros de comércio marítimo do planeta.
Assim como seus vizinhos, o Reino da Dinamarca propicia aos seus cidadãos um altíssimo padrão de vida,
não só em razão do desenvolvimento tecnológico, como, principalmente, pela adoção de uma ideologia
social-democrata responsável pela implantação de um sofisticado sistema previdenciário. Amparados por
um Estado preocupado com o bem estar social e dispondo de polpudas rendas, os cidadãos suecos são um
dos povos mais seduzidos pela moderna tecnologia da informação: há no país 250 telefones celulares e 304
computadores para cada mil habitantes, uma das maiores proporções mundiais.
REINO DA DINAMARCA
CAPITAL - Copenhague
SUPERFÍCIE - 43.091km2
POPULAÇÃO - 5.300.000
LÍNGUA - dinamarquês
MOEDA - coroa dinamarquesa
ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Constitucional
CHEFE DE ESTADO - Rainha Margarida II

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CHEFE DO GOVERNO - Paol Nyrup Rasmussen

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 94% da população
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 46,3% da população
TELEVISORES - 670 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 2.352 títulos por ano

ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 174,9 bilhões de dólares
PIB POR HABITANTE - 33.000 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 1,3% ao ano
INFLAÇÃO - 2,5% ao ano
TAXA DE DESEMPREGO - 4,9%
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 15º no “ranking” mundial

NÃO AO EURO
Pelo referendo de 28 de setembro de 2000, a população dinamarquesa se pronunciou contra aquilo que ela
acredita ser um novo passo em direção a uma Europa federalista: a aceitação da Unidade Monetária do
Continente. Fundalmentamente, os “eurocéticos” dinamarqueses temem a perda das regalias e privilégios
proporcionados pelo seu avançado estado previdenciário. De certa maneira, eles têm razão: a moeda única
exige a harmonização das políticas sociais e fiscais, o que implicaria o rebaixamento do padrão de vida
nórdico.
Outro fator que assusta os dinamarqueses é a relativa debilidade do “euro”, cujas flutuações assustaram os
europeus ao longo de 2000. Além disso, a economia dinamarquesa vai de vento em popa, apresentando um
dos mais baixos índices de desemprego do continente. Atualmente, as famílias vêm consumindo bens
numa escala tão exagerada que o governo foi obrigado a tomar medidas de austeridade para acalmar os
delírios consumistas. De fato, vem aumentando o déficit da balança comercial e os salários, extremamente
elevados, podem provocar um processo inflacionário. Num mundo marcado pela pobreza e escassez, a
Dinamarca é vítima de uma agradável doença: a prosperidade excessiva.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Nórdica: 30_3-5

NORUEGA

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Boa parte do território norueguês está situado acima do Círculo Polar Ártico. Por conseguinte, a
extremidade setentrional, do país é praticamente desabitada, em função dos rigores do clima. Nessa região,
o sol permanece visível durante as 24 horas do dia no verão. Por esse motivo, a Noruega é conhecida como
a “Terra do sol da meia-noite”. Seu território é atravessado pela cadeia montanhosa escandinava, que se
prolonga ao longo do litoral, recortado por fiordes de origem glaciária. No centro e sul, onde estão as
principais cidades, correntes marítimas, principalmente a do Golfo, amenizam os rigores do inverno e
geram verões agradáveis e frescos.
A Noruega vive do mar, sua principal fonte de riqueza, e o país lidera a indústria pesqueira européia,
exportando salmão e bacalhau já processados. Nos últimos anos, a prosperidade norueguesa praticamente
não conhece limites graças à descoberta de petróleo e gás natural no Mar do Norte. Além dos altos salários,
o país conhece um eficiente estado previdenciário. Por todos esses motivos a Noruega ocupa, hoje, o
segundo lugar no “ranking” mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
REINO DA NORUEGA

CAPITAL - Oslo

SUPERFÍCIE - 323.877km2

POPULAÇÃO - 4.500.000

LÍNGUAS - norueguês e lapão

MOEDA - coroa norueguesa

ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Rei Harald V

CHEFE DO GOVERNO - Jens Stoltenberg (Partido Trabalhista Norueguês)

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 94% da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 61,9% da população

TELEVISORES - 916 aparelhos para cada mil habitantes

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LIVROS PUBLICADOS - 6.900 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 145,9 bilhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 35.000 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 3,3% ao ano

INFLAÇÃO - 2,3% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 3,7%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 2º no “ranking” mundial

DEBATES SOBRE O MODELO ECONÔMICO


A Noruega vive um acalorado debate sobre o papel do Estado nos setores básicos da economia. Após
inúmeras hesitações, o governo, no final de 2000 viu-se forçado a vender o segundo banco do país, o
Christiania, para um grupo rival sueco-finlandês. Também, a primeira empresa do país, a Statoil (setor
petrolífero), deve conhecer uma privatização parcial. Outra questão em debate é a eventual participação da
Noruega na Unidade Européia, proposta que sofre forte oposição no país, inclusive no seio do partido
governamental, apesar da posição contraria do atual Primeiro-Ministro.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Nórdica: 30_4-5

FINLÂNDIA

A Finlândia, nação escandinava, sempre foi muito influenciada culturalmente pela Rússia, país limítrofe e
com o qual partilha uma extensa fronteira e séculos de história comum. A extremidade norte da Finlândia
compreende parte da Lapônia, região de relevo acidentado e semi-desértica, onde habitam os lapões,
famosos como criadores de renas. Localizada acima do Círculo Polar Ártico, a Lapônia conhece o
fenômeno da aurora boreal e dias inteiros de escuridão, no inverno, e de luz permanente, no verão. A
Finlândia, país plano, é caracterizada pela presença de mais de 180 mil lagos, razão pela qual a população
chama seu país de Suomi (“terra dos mil lagos”). A paisagem botânica é marcada pela proliferação de
florestas de coníferas, que fornecem toneladas de madeira e papel para o mundo, principais produtos de
exportação da Finlândia. Apesar dos rigores do clima, a Finlândia é um grande produtor de carne, grãos e

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derivados do leite. Dado curioso é a língua finlandesa, pois não apresenta qualquer traço de semelhança
com os demais idiomas nórdicos que são de origem indo-européia. De fato, o finlandês pertence ao tronco
lingüístico fino-húngaro, de origem tartárica.
REPÚBLICA DA FINLÂNDIA
CAPITAL - Helsinque
SUPERFÍCIE - 338.145km2
POPULAÇÃO - 5.300.000
LÍNGUAS - finlandês, sueco e lapão
MOEDA - marco finlandês (1 euro = 5,94573 marcos finlandeses)
ESTRUTURA POLÍTICA - República Unitária
CHEFE DE ESTADO - Sra. Tarja Halonen
CHEFE DO GOVERNO - Paavo Lipponen

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 93% da população
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 71% da população
TELEVISORES - 450,29 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 13.104 títulos por ano

ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 123,5 bilhões de dólares
PIB POR HABITANTE - 24.280 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 3,6% ao ano
INFLAÇÃO - 1,3% ao ano
TAXA DE DESEMPREGO - 10,2%
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 13º no “ranking” mundial

UMA VITÓRIA FEMININA


Pela primeira vez em sua história, os finlandeses elegeram uma mulher à Presidência da República. Com
56 anos de idade, Tarja Halonen (Partido Social Democrata), ex-Ministra das Relações Exteriores,
conseguiu, em segundo turno, 51,6% dos votos, batendo os partidos centristas. Apesar de sua forte
personalidade, essa antiga militante feminista e defensora das minorias, convive politicamente com o atual
Primeiro Ministro, Paavo Lipponen, seu companheiro de partido. Inegavelmente, o carisma de Tarja
levantou o ânimo dos social-democratas, que haviam sido derrotados pelo Partido Centrista nas eleições
municipais. Tradicionalmente, o eleitor finlandês sufraga as esquerdas, a famosa coligação “arco-íris”, que
agrupa conservadores, ex-comunistas e verdes. Esses últimos são majoritários em Helsinque, que hoje é a
cidade mais “verde” da Europa. O sucesso dos centristas nas eleições municipais pode ser explicado pelo
desinteresse político de boa parte da população finlandesa, insatisfeita com a política de austeridade levada
a efeito pelos governos de esquerda. Em termos globais, a economia finlandesa vai bem, apresentando
excedentes orçamentários, redução da inflação e pequena diminuição de impostos. Um fantasma,
entretanto, permanece: as altas taxas de desemprego.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Nórdica: 30_5-5

Islândia

A Islândia – a “terra do gelo”- é a segunda maior ilha do continente europeu, localizando-se na


extremidade setentrional do Oceano Atlântico, nos limites do Círculo Polar Ártico. A ilha é uma das
maiores vítimas das forças naturais em todo o planeta: vulcões ativos, tremores de terra e desertos de lava.
O país é cortado, de leste a oeste, por cordilheiras que passam por extensas regiões cobertas de gelo, de
onde se originam os principais rios do país. O litoral é marcado por fiordes e nas costas do sul e do oeste,
onde vive a maioria da população, a presença de correntes marítimas ameniza os rigores do clima. Em todo
o país, a proliferação de gêiseres, erupções ferventes vindas do subsolo, fornece água quente ao país.
Também de origem escandinava, os islandeses são beneficiados por um alto padrão de vida, ocupando o
quarto lugar mundial no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Outro fator indicativo do grau de
civilização atingido pela ilha é o fato da inexistência de analfabetismo. Embora a capital, Reykjavik,
localize-se numa fértil planície, a Islândia tem uma agricultura pobre e o país depende quase que
totalmente da indústria pesqueira e da exportação de pescado e seus derivados, como óleo e farinha de
peixe.
REPÚBLICA DA ISLÂNDIA
CAPITAL - Reykjavik
SUPERFÍCIE - 102.819km2
POPULAÇÃO - 280.000
LÍNGUAS - islandês
MOEDA - nova coroa islandesa
ESTRUTURA POLÍTICA - República unitária parlamentarista
CHEFE DE ESTADO - Olafur Ragnar Grimsson (Partido da Aliança do Povo)
CHEFE DO GOVERNO - Primeiro-Ministro David Oddsson

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 96% da população
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 38,2% da população
TELEVISORES - 868 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 1527 títulos por ano

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ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) -7,9 bilhões de dólares
PIB POR HABITANTE -28.000 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 2,1% ao ano
INFLAÇÃO - 3,5% ao ano
TAXA DE DESEMPREGO - 1,5%
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 4º no “ranking” mundial

UM SUPERAQUECIMENTO ECONÔMICO
Após anos de rápido crescimento econômico, a Islândia vive uma incrível prosperidade para um país de
recursos limitados. Alguns índices, hoje, demonstram uma tendência a uma relativa pausa no
desenvolvimento econômico. Em 2000, a modesta Bolsa de Valores de Reykjavik, conheceu uma pequena
queda. Os preços mundiais do pescado continuam em nível elevado; entretanto, a diminuição do cardume,
em função de uma pesca intensiva, vem obrigando os barcos islandeses a diminuir suas atividades
pesqueiras. Isso, em razão da importância do pescado para a economia islandesa, é suficiente para provocar
o espectro de um menor desenvolvimento econômico.
O sistema de pesca do país é baseado em cotas concedidas a cada barco, cotas essas que podem ser
transferidas de uma embarcação para outra, tornando-se propriedade hereditária, hipotecável e passível de
ser alugada ou vendida. O sistema tributário se baseia na cobrança de taxas sobre essas cotas. O alumínio
vem se tornando o maior produto industrial do pequeno país, que, segundo alguns jornalistas, vai se tornar
o maior produtor europeu por volta de 2010, graças às atividades de duas grandes empresas: a Alcan e a
Columbia. O nível de vida do país é um dos mais levados do mundo, mas o déficit da balança comercial é
fator de preocupação. Além disso, é grande o endividamento nacional, pois as empresas e os bancos, quer
estatais ou particulares, financiam suas necessidades por empréstimos internacionais, já que o mercado
mundial cobra juros bem menos elevados do que a Islândia. Buscando elevar as exportações de pescado,
numa época de debilitamento do “euro”, o governo vem desvalorizando a coroa islandesa.

31_4
Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Germânica: 31_1-4

A EUROPA GERMÂNICA

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Os países que compõem a Europa Germânica são: a Alemanha, o Áustria, a Suíça e Liechtenstein.
A ALEMANHA

A REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA (BDR)

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v
REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA
CAPITAL - Berlim (Bonn foi a sede do governo até o verão de 1999)
SUPERFÍCIE - 357.050 km2
POPULAÇÃO - 83.000.000
LÍNGUA - alemão
MOEDA - marco (1 marco = 57 centavos de dólar americano); 1 euro (moeda européia) = 1,95583
marcos)
ESTRUTURA POLÍTICA - República Federal com 16 estados (Länder)
CHEFE DE ESTADO - Johannes Rau (Partido Social Democrata)
CHEFE DO GOVERNO - Gerhard Schroder (Partido Social Democrata)

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 87,4% da população
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 46% da população
TELEVISORES - 581 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 80 mil títulos por ano

ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 1 bilhão e 940 milhões de dólares
PIB POR HABITANTE - 23.700 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 1,5%
INFLAÇÃO - 0,7% ao ano
POPULAÇÃO ATIVA - agricultura (2,8% da população); indústria (34,5%); serviços (62,6%)
TAXA DE DESEMPREGO - 8,6%
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO* - 14º no “ranking” mundial
PRODUTOS AGRÍCOLAS - 9,5% da produção nacional
PRODUTOS ENERGÉTICOS - 5,7% da produção nacional
PRODUTOS MANUFATURADOS - 71,7% da produção nacional

* ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) - classificação dos países obedecendo aos


critérios de expectativa média de vida, acesso universal à educação e saúde e rendas decentes para todos os
habitantes.
UMA NOVA IDENTIDADE ALEMÃ
A implantação da “República de Berlim”, agora novamente capital do país, foi acompanhada de uma
evolução na consciência da identidade coletiva alemã. De fato, ciente de seu poderio, a Alemanha
unificada ainda se debate entre o desejo de superar os erros do passado e o medo de solapar o consenso
fundador da República Federal da Alemanha. Alguns intelectuais afirmam que o desenvolvimento
tecnológico alemão não pode ser restrito por uma “consciência culpada”; superado o nazismo, a Alemanha
tem, novamente, o “direito de pensar”. Outros pensadores acreditam que a permanente recordação do
passado deve servir como alerta para se evitar crimes no futuro.
A opinião pública germânica, em sua grande maioria, é favorável ao retorno da Alemanha, como potência,

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ao cenário internacional. Exemplo disso foi a intervenção militar e diplomática em Kosovo, em 1999. Pela
primeira vez, desde a Segunda Guerra Mundial, as forças armadas alemãs participavam de um conflito
europeu. Em maio de 2000, o Ministro das Relações Exteriores, o “verde” (ecologista) Joschka Fischer,
defendeu a reavaliação da importância da Alemanha no seio das instituições européias, atualmente
calcadas no modelo político alemão.
A mudança da capital de Bonn para Berlim teve, além de uma mera transposição geográfica, o significado
de transferência de uma cidade, Bonn, católica e renana (próxima ao rio Reno), para uma metrópole
cosmopolita, tradicionalmente esquerdista e voltada para o leste europeu. O eixo germânico passou de uma
bem comportada e conservadora localidade para uma inquieta e turbulenta megalópole. Renasceram os
fáusticos* tempos da boêmia Alexanderplatz**.
* Fáustico - referência ao mito de Fausto, que vendeu sua alma ao Demônio;
** Alexanderplatz - praça berlinense famosa pelos seus bares, bordéis e uma intensa vida boêmia e
noturna.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Germânica: 31_2-4

A ÁUSTRIA

REPÚBLICA DA ÁUSTRIA
CAPITAL - Viena
SUPERFÍCIE - 83.850 KM2
POPULAÇÃO - 8.150.000
LÍNGUAS - alemão, húngaro, checo, eslovênio e servo-croata
MOEDA - shilling (1 euro = 13,7603 shillings)
ESTRUTURA POLÍTICA - República Federal Parlamentarista
CHEFE DE ESTADO - o Presidente Thomas Krestil
CHEFE DE GOVERNO - o Primeiro Ministro Wolfgang Schüssel (Partido Popular da Áustria – centro
direita)

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 80 % da população
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 48% da população
TELEVISORES - 430 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 15.371 títulos por ano

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ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 187 bilhões de dólares
PIB POR HABITANTE - 23.166 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 2%
INFLAÇÃO - 0,5% ao ano
TAXA DE DESEMPREGO - 3,6%
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 16º no “ranking” mundial

A ÁUSTRIA: NAÇÃO MARGINAL DA EUROPA?


Nas eleições parlamentares de outubro de 1999, o Partido Liberal da Áustria, liderado por Jörg Haider e
fundado por ex-nazistas, tornou-se a segunda maior agremiação política do país. Em razão desse êxito
eleitoral, o Partido Liberal participa hoje da coalizão política dominante em Viena (Partido Popular e
Partido Liberal). O novo governo assustou as outras nações européias, que procuraram marginalizar a
Áustria, temerosos da irradiação de governos de extrema direita por todo o continente. Não se deve
esquecer que a Áustria faz parte da Unidade Européia, cujas decisões políticas e econômicas, tomadas pelo
Conselho Europeu, devem sempre ser unânimes. Dessa maneira, a Áustria, xenófoba e temerosa das
migrações vindas do leste europeu, pode vir a ser um obstáculo à ampliação da Comunidade Européia das
Nações.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Germânica: 31_3-4

A SUÍÇA

CONFEDERAÇÃO SUÍÇA
CAPITAL - Berna
SUPERFÍCIE - 41.288 km2
POPULAÇÃO - 7.300.000
LÍNGUAS - alemão, francês, italiano, e rético-romanche
MOEDA - franco suíço
ESTRUTURA POLÍTICA - Condeferativa Parlamentar
CHEFE DE ESTADO E DE GOVERNO - Adolf Ogi

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 86% da população

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 50% da população


TELEVISORES - 429 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 8.000 títulos por ano

ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 180 bilhões de dólares
PIB POR HABITANTE - 25.512 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 175%
INFLAÇÃO - 0,8% ao ano
TAXA DE DESEMPREGO - 3,1%

O AVANÇO DA DIREITA NACIONALISTA


Nas eleições de outubro de 1999, a União Democrática do Centro (direita nacionalista) tornou-se o
primeiro partido do país. Embora a vitória da UDC tenha esmagado os grupos de extrema-direita,
influenciados pelo fascismo, ela é preocupante, pois indica o desejo da maioria da população suíça de não
participar da Unidade Européia. Apesar disso, o país tem dado pequenos passos em direção à Europa: no
ano de 2000, um plebiscito permitiu a assinatura de sete acordos ampliando as relações da Suíça com a
Unidade Européia. Proliferam, ainda, protestos contra tais acordos, notadamente aquele que prevê a
instauração progressiva da livre circulação de pessoas entre a Suíça e os demais países europeus. Com
efeito, a plena adesão à EU permanece como um objetivo a longo prazo do governo de Berna.
Outro fato que vem abalando o país é a revelação da colaboração suíça com a Alemanha nazista durante a
Segunda Guerra Mundial, quando empresas venderam produtos para o Terceiro Reich e os bancos suíços
acolheram capitais e bens expropriados das comunidades judaicas européias.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > A Europa Germânica: 31_4-4

LIECHTENSTEIN

PRINCIPADO DE LIECHTENSTEIN
CAPITAL - Vaduz
SUPERFÍCIE - 157 km2
POPULAÇÃO - 32.000
LÍNGUA - alemão

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

MOEDA - franco suíço


ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Constitucional Parlamentarista
CHEFE DE ESTADO - Príncipe Hans -Adam II
CHEFE DO GOVERNO - Matio Frick

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 90% da população
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 51% da população
TELEVISORES - 429 aparelhos para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 15.400 títulos por ano

ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 181 bilhões de dólares
PIB POR HABITANTE - 25.500 dólares
CRESCIMENTO ANUAL - 1,2%
INFLAÇÃO - 0,2% ao ano
TAXA DE DESEMPREGO - 0%

UMA ACUSAÇÃO: “LAVAGEM” DE DINHEIRO “SUJO”


Em 1999, o Principado de Liechtenstein foi abalado pelas revelações dos serviços secretos alemães que
acusaram esse pequeno país de favorecer a reciclagem de dinheiro “sujo”, pois o Principado é um paraíso
fiscal sempre pronto a cooperar com o crime organizado. De início, as autoridades de Vaduz negaram a
acusação; em seguida, obrigadas a se curvar diante da realidade, desfecharam uma ampla operação de
combate à “lavagem” financeira, que levou à prisão de inúmeras personalidades nacionais. Atualmente, o
governo local anunciou uma série de medidas visando aprimorar os dispositivos contra a criminalidade
financeira internacional.
32_3
Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > O Benelux: 32_1-3

O BENELUX
O Benelux compreende a Bélgica, os Países Baixos e Luxemburgo

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A BÉLGICA

REINO DA BÉLGICA

CAPITAL - Bruxelas

SUPERFÍCIE - 30.500 km2

POPULAÇÃO - 20.000.000

LÍNGUAS - francês, flamengo (dialeto germânico) e alemão

MOEDA - franco belga (1 euro = 40,3399 francos belgas)

ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Federal dividida em três regiões, sistema Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Rei Alberto II

CHEFE DO GOVERNO - Guy Verhofstadt

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 86%da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU -58 %da população

TELEVISORES - 530 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 13.913 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 237 bilhões de dólares

PIB POR HABITANTE -. 23.223 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 2,3%

INFLAÇÃO - 1,1% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 8,7%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO* - 5 no “ranking” mundial

País caracterizado por uma notável estabilidade social, a Bélgica, ao longo do ano de 1999, foi abalada
pela “crise da dioxina” (a contaminação dos alimentos destinados às aves). As reações dos ministérios da
Agricultura e da Saúde foram tardias e lentas, embora tenham propiciado a demissão de alguns ministros.
Em junho de 1999, o governo, formado pelo Partido Socialista e pelos Democratas Cristãos, sofreu uma
brutal derrota, sendo batido pelos liberais. Outro grande vencedor foi o Partido “Verde”, cuja progressão
foi espetacular, principalmente entre os francofonos (cidadãos belgas de língua francesa). Por outro lado, a
agremiação partidária flamenga de extrema direita, Vlaams Blok, saiu fortalecida dessa eleição. Hoje, a
Bélgica é governada por uma coalizão denominada “arco -íris” (socialistas, verdes e liberais). Esse novo
poder executivo coincide com uma conjuntura econômica favorável. O crescimento econômico é grande e
o desemprego tem conhecido uma lenta mas contínua redução.
Do ponto de vista institucional, a Bélgica, hoje, tem condições de discutir a velha e grave questão das
diferenças e antagonismos entre os valões, de língua francesa, e os flamengos. Estabeleceu -se, no ano
2000, um grupo de trabalho destinado a estudar a questão lingüística; entretanto, suas tarefas tem se
revelado difíceis e as posturas valônicas e flamengas são bastante antinômicas.
Quanto ao aspecto social, o governo tem buscado incentivar um debate social e parlamentar sobre a
eutanásia e a política de asilo do país. Para satisfazer as diferentes posições da sociedade belga, dois são os
princípios já firmados: assegurar o repatriamento dos muitos ilegais existentes no país e o início de uma
regulamentação de 30 mil imigrantes, já fixados na Bélgica, que ainda não possuem documentos.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > O Benelux: 32_2-3

PAÍSES BAIXOS

REINO DOS PAÍSES BAIXOS

CAPITAL - Amsterdã

SUPERFÍCIE - 40.844 km2

POPULAÇÃO - 16.000.000

LÍNGUA - holandês

MOEDA - florin ( 1 euro = 2,20371 florins)

ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Rainha Beatriz I

CHEFE DO GOVERNO - Wim Kok

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 92%da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU -52 %da população

TELEVISORES - 530 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 34.067 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 348 bilhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 22.176 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 3,5%

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

INFLAÇÃO - 2% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 2,8%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO* - 8 no “ranking” mundial

UM PAÍS ESTADO
Do ponto de vista econômico, a conjuntura holandesa é extremamente satisfatória, o que é demonstrado
pela baixa taxa de desemprego. Lamentavelmente, esse índice não abrange os fisicamente incapacitados
não ativos, cujo número é bastante mais elevado do que em outros países da Unidade Européia. A razão
disso é simples: os critérios holandeses para a definição de deficientes físicos são extremamente rigorosos.
O cenário político é marcado por um governo de coalizão entre o Partido Trabalhista (PVDA), os liberais
de direita (Partido Popular pela Liberdade), e a esquerda (Democracia 66). Na oposição, ainda bastante
influente, situa -se o Partido Democrata Cristão (CDA). Nos últimos anos, tem crescido a agremiação
partidária ecológica, o Groen Links (“verdes”), que quadruplicou sua representação no Parlamento.
No plano internacional, a Holanda foi objeto de criticas por parte da Organização das Nações Unidas
(ONU), pelo fato de que suas tropas não esboçaram qualquer reação diante dos massacres sérvios na
cidade de Srebrenica, na Bósnia. De fato, os soldados holandeses entregaram centenas de pessoas às
milícias sérvias, responsáveis por inúmeros massacres. Essa atitude criou um traumatismo profundo na
sociedade holandesa.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > O Benelux: 32_3-3

LUXEMBURGO

GRÃO -DUCADO DE LUXEMBURGO

CAPITAL - Luxemburgo

SUPERFÍCIE - 2.586 km2

POPULAÇÃO - 422.000

LÍNGUAS - francês, alemão e luxemburguês

MOEDA - franco luxemburguês e franco belga (1 euro = 40,3399 francos luxemburgueses)

ESTRUTURA POLÍTICA -Monarquia Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Grão - Duque Jean

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

CHEFE DO GOVERNO - Jean - Claude Juncker

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 92%da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 51 %da população

TELEVISORES - 530 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 681 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 14 bilhões e 300 milhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 33.600 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 5,5%

INFLAÇÃO - 1% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 2,2%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO* - 17 no “ranking” mundial

UM NOVO GOVERNO
Nas eleições legislativas de 13 de junho de 1999, o Partido Democrata, de orientação liberal, venceu o
Partido Trabalhista Socialista Luxemburguês (TOSL). A nova coalizão governamental agrupa os liberais e
o Partido Cristão - Social. A economia do pequeno Grão - Ducado vai de vento em popa: o crescimento
anual chega a 5,5%. A única ameaça que paira sobre o futuro de Luxemburgo é a possibilidade da
instauração de uma tarifa fiscal européia. Contudo, é grande a oposição, no Conselho Europeu, a essa
medida, o que deixa os luxemburgueses tranqüilos.

33_8
Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_1-8

EUROPA LATINA
Os países que compreendem a Europa Latina são Andorra, Espanha, França, Itália, Mônaco, Portugal,
San Marino e Vaticano.
ANDORRA

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

PRINCIPADO DE ANDORRA

CAPITAL - Andorra - La-Vieille

SUPERFÍCIE - 468 km2

POPULAÇÃO - 72.000

LÍNGUAS - catalão, francês, espanhol e português

MOEDA - franco francês e peseta espanhola

ESTRUTURA POLÍTICA - Principado Parlamentar com dois copríncipes

CHEFE DE ESTADO - o Presidente da República francesa

CHEFE DO GOVERNO - o Bispo de Urgel

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 85% da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 50 % da população

TELEVISORES - 508 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 57 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 1,20 bilhão de dólares

PIB POR HABITANTE - 18.000 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 2,3%

INFLAÇÃO - 0% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 0 %

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

TRIBUTAÇÃO MÍNIMA
A região é celebre por ser um grande “duty free shop”, atraindo consumidores fronteiriços e turistas de
várias áreas atraídos pelas diminutas tributações sobre bens de consumo. A segunda fonte de renda do
Principado é o turismo, principalmente no inverno, em função de neves eternas, condição ideal para a
prática de esqui.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_2-8

ESPANHA

REINO DE ESPANHA

CAPITAL - Madri

SUPERFÍCIE - 504.782 km2

POPULAÇÃO - 40.000.000

LÍNGUAS - castelhano, catalão, galego e basco

MOEDA - peseta (1 euro = 166,386 pesetas )

ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Constitucional Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Rei Juan Carlos I de Bourbon

CHEFE DO GOVERNO - José María Aznar (Partido Popular)

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 98,5%da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 51,1 %da população

TELEVISORES - 506,1 aparelhos para cada mil habitantes

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

LIVROS PUBLICADOS - 46.330 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 710,2 bilhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 18.017 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 3,7%

INFLAÇÃO - 2,2% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 14,1%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 21º no “ranking” mundial

O ETERNO “PROBLEMA BASCO”


As especificidades culturais dos bascos fazem desse povo um exemplo clássico de uma vocação nacional
frustrada pelas pretensões hegemônicas de Castela. Atualmente, dois partidos defendem a independência
ou, pelo menos, maior autonomia para o País Basco. São eles o moderado Partido Nacionalista (PNV) e
o Herri Batasuna (HB), vitrine política do movimento terrorista ETA (Euskadi ta Askatasuna - “Pátria
Basca e Liberdade”).
A pacificação do País Basco é, atualmente, o principal desafio enfrentado pelo primeiro ministro José
María Aznar, líder do Partido Popular de centro-direita. Em 28 de novembro de 1999, após um período de
trégua a ETA anunciou a retomada da luta armada. Apesar dos gestos de boa vontade governamentais, tais
como a libertação de alguns dirigentes bascos e a transferência de detidos para prisões bascas, a ETA
negou-se a participar de conversações com o governo, que deveriam ter sido realizadas na Suíça em 1999.
O fim da trégua foi marcado, simultaneamente, por inúmeros atentados e por manifestações denunciando a
violência terrorista. De fato, a retomada de ataques homicidas vem levando milhares de espanhóis,
inclusive bascos, às ruas no sentido de pressionar pelo fim dos atos de terror.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_3-8

FRANÇA

REPÚBLICA FRANCESA

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

CAPITAL - Paris

SUPERFÍCIE - 547.026km2

POPULAÇÃO - 60.000.000

LÍNGUAS - francês, bretão, corso, ocitânio, basco, alsaciano (alemão) e flamengo

MOEDA - franco (1 euro = 6,55957 francos franceses)

ESTRUTURA POLÍTICA - Republica Unitária Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Presidente da República Jacques Chirac (União Pela República – RPR)

CHEFE DO GOVERNO - Lionel Jospin (Partido Socialista Francês)

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 94%da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 53%da população

TELEVISORES - 601,4 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 35.000 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) -1319,2 bilhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 23.000 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 2,7 %

INFLAÇÃO - 0,8% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 10%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO -11º no “ranking” mundial

UM NOVO OTIMISMO
Após mais de uma década de pessimismo sobre suas potencialidades, hoje o atual cidadão francês vive em
clima de otimismo. O crescimento econômico foi retomado em 1999, apresentando uma média acima das
taxas da Unidade Européia. O desemprego reduziu-se sensivelmente. O superávit público é
impressionante. O capitalismo francês, hoje, conhece uma ampla liberalização e uma clara
internacionalização econômica e financeira. Cresce a rentabilidade das ações a ponto de muitos analistas
dizerem que a França está em vias de se tornar uma “República de Acionistas”.
Essas transformações na economia continuam entrando em choque com a velha tradição nacional
“jacobina”, de intervencionismo estatal e de protecionismo. Uma das mais conhecidas manifestações desse
aspecto da alma francesa foi a destruição de uma lanchonete McDonald’s, em 1999, por um líder dos

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

pequenos proprietários agrícolas, José Bové, que, pouco depois, em nome da luta contra a globalização,
esteve presente nas manifestações de Seattle e no Fórum Social de Porto Alegre, patrocinado pelo Partido
dos Trabalhadores, e por uma série de Organizações Não-Governamentais contestatórias.
Simultaneamente, a França e a Alemanha, após um caloroso “noivado” entre Françoise Miterrand e
Helmut Kohl, ambos fervorosos partidários da Unidade Européia, vêm discordando sobre a rapidez de
formação e a amplitude de uma Europa unida. A Alemanha chegou a propôr uma Confederação Européia,
idéia vista com pouco agrado por Paris.
Simbolizando, os ventos otimistas que varrem o território gaulês, seus esportistas, notadamente a seleção
nacional de futebol, tem obtido amplo sucesso nas competições dos anos recentes.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_4-8

ITÁLIA

REPÚBLICA ITALIANA

CAPITAL - Roma

SUPERFÍCIE - 301.225 km2

POPULAÇÃO - 5736900

LÍNGUAS - italiano, alemão, esloveno,ladino, francês, albanês e ocitano

MOEDA - lira (1 euro = 1936,27 liras)

ESTRUTURA POLÍTICA - República Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Carlo Azeglio Ciampi

CHEFE DO GOVERNO - Giuliano Amato

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 95% da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 42,7% da população

TELEVISORES - 485,6 aparelhos para cada mil habitantes

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

LIVROS PUBLICADOS - 34.470 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 1.268.8 bilhão de dólares

PIB POR HABITANTE - 22.000 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 1,4%

INFLAÇÃO - 1,7% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 11,2%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 19º no “ranking” mundial

O FRACASSO DO CENTRO ESQUERDA


Ao longo dos anos de 1999 e 2000, a centro esquerda viveu seu crepúsculo e a centro direita, cujo um dos
principais lideres é o magnata da televisão Silvio Berlusconi, vem saboreando de antemão seu possível
retorno ao governo. A queda do primeiro ministro Massimo d’Alema, ex-líder comunista, e a ascensão de
Giuliano Amato não deram à maioria parlamentar o impulso esperado: dividida em uma dezena de
partidos, incapaz de propor projetos novos, a centro esquerda contempla, impotente, o crescimento
eleitoral do “Pólo” (“Pólo das Liberdades”), aliança de grupos políticos liberais com direitistas
conservadores. Como sempre, a política italiana conhece um vício original: a permanente instabilidade
política. Do ponto de vista econômico, a prosperidade italiana continua baseada nas pequenas e médias
empresas e na economia informal. As diferenças entre o norte e as áreas meridionais continuam profundas:
nas regiões setentrionais, o desemprego é da ordem de 5,2% contrastando com 23% no sul. Essa
discrepância, além de estimular migrações internas, prestigia grupos políticos setentrionais separatistas,
como por exemplo a Liga Lombarda.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_5-8

MÔNACO

PRINCIPADO DE MÔNACO

CAPITAL - Mônaco

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

SUPERFÍCIE - 1,81 km2

POPULAÇÃO - 33.000

LÍNGUAS - francês e monegasco

MOEDA - franco francês

ESTRUTURA POLÍTICA - Monarquia Constitucional

CHEFE DE ESTADO - Príncipe Rainier III

CHEFE DO GOVERNO - Patrick Leclerck

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 84% da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - sem dados

TELEVISORES -380 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 41 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 800 milhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 25.000 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 2,6%

INFLAÇÃO - 0% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 0%

ESCÂNDALOS
As autoridades monegascas têm afirmado que é completa a transparência financeira do Principado, o que é
aparentemente confirmado pela aprovação de uma série de leis contra a lavagem de dinheiro sujo. A
realidade desmente esse discurso: em 1998, uma série de pessoas foi condenada a penas de 2 anos pela
posse de fundos provenientes do tráfico de narcóticos. Em junho de 2000, a Assembléia Nacional francesa
publicou os resultados de um inquérito comprovando a existência de banditismo financeiro no Principado
de Mônaco. Entretanto, os próprios franceses sabem que o pequeno Estado conta com a proteção gaulesa, o
que impede sérios esforços de moralização.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_6-8

PORTUGAL

REPÚBLICA DE PORTUGAL

CAPITAL - Lisboa

SUPERFÍCIE - 92.080 km2

POPULAÇÃO - 9.870.000

LÍNGUA - português

MOEDA -escudo (1 euro = 200,482 escudos)

ESTRUTURA POLÍTICA - República Parlamentarista

CHEFE DE ESTADO - Jorge Sampaio (Partido Socialista Português)

CHEFE DO GOVERNO - António Guterres (Partido Socialista Português)

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 85% da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 38% da população

TELEVISORES - 312 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - 7.868 títulos por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 146,5 bilhões de dólares

PIB POR HABITANTE -14.701 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - 2,9%

INFLAÇÃO - 2,2% ao ano

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

TAXA DE DESEMPREGO - 4,1%

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 28º no “ranking” mundial

O DESENCANTO
Embora a economia ainda vá relativamente bem, os portugueses recentemente caíram num pessimismo, em
absoluto contraste com a euforia experimentada nos seis anos precedentes. Essa mudança foi provocada,
em primeiro lugar, por razões políticas: o desencanto com o governo socialista. Apesar de tudo, o país
conhece um estável consenso político marcado pelo compromisso entre a “esquerda” (Partido Socialista
Português e o Partido Comunista) e a “centro direita” (Partido Social Democrata e o Partido Popular).
No cenário internacional, Portugal teve as atenções voltadas para si pela participação na independência de
Timor Oriental em relação à Indonésia, processo que contou com amplo apoio português, e pela devolução
de Macau à República Popular da China, no dia 20 de dezembro de 1999.
Apesar da inquietação existente hoje nas consciências portuguesas, as previsões econômicas oficiais
permanecem otimistas: é prevista uma alta de exportações para 2001 acompanhada de redução do déficit
público.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_7-8

SAN MARINO

REPÚBLICA DE SAN MARINO

CAPITAL - San Marino

SUPERFÍCIE - 61km2

POPULAÇÃO - 26.000

LÍNGUA -italiano

MOEDA - lira italiana

ESTRUTURA POLÍTICA - República Parlamentar

CHEFE DE ESTADO - 2 capitães-regentes eleitos para presidir o Conselho de Estado

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

INDICADORES SÓCIOCULTURAIS

ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 86% da população

ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - sem dados

TELEVISORES -450 aparelhos para cada mil habitantes

LIVROS PUBLICADOS - nenhum título por ano

ECONOMIA

PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) - 500 milhões de dólares

PIB POR HABITANTE - 20.000 dólares

CRESCIMENTO ANUAL - sem dados

INFLAÇÃO - 2,2% ao ano

TAXA DE DESEMPREGO - 0%

UM PAÍS SOBERANO
Tradicionalmente apresentada como a “mais antiga República livre do mundo”, San Marino, uma entidade
política de origem medieval, é dotada de uma Constituição desde o século XVII. Já em 1906, o pequeno
país adotava o sufrágio universal com a finalidade de eleger o Parlamento, aí denominado Grande
Conselho Geral. Atualmente, governado por dois capitães-regentes, San Marino conhece três grandes
forças políticas: a Democracia Cristã, os Socialistas e os ex-Comunistas do Partido Progressista
Democrático.
Embora politicamente soberana, a pequena República está ligada à Itália por uma união alfandegária.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa Latina: 33_8-8

VATICANO

ESTADO DA CIDADE DO VATICANO (SANTA SÉ)

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

CAPITAL - Vaticano

SUPERFÍCIE - 0,44 km2

POPULAÇÃO - 860 pessoas

LÍNGUAS - italiano e latim (para atos oficiais)

MOEDA - lira italiana

ESTRUTURA POLÍTICA - Estado Soberano exercendo autoridade sobre a Igreja Católica Apostólica
Romana

CHEFE DE ESTADO - Karol Woytila (Papa João Paulo II)

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

34_2
Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa: Um Conceito e uma Realidade: 34_1-2

EUROPA: UM CONCEITO E UMA REALIDADE


A Europa, província de um planeta globalizado, é o continente no qual a crítica e a dúvida modelam o
discurso utilizado pelos europeus para sua auto -definição. Essa postura filosófica explicita um aspecto
original do espírito dos habitantes do Velho Mundo, adeptos do primado do indivíduo e da liberdade de
agir, crer e julgar. Mas o termo “Europa” designa também uma geografia e uma prática que agrupam uma
ampla diversidade – paisagens, línguas, povos, nações, trajetórias históricas, culturas e visões de mundo.
Diferenças reais que contrastam com uma retórica de unidade – a constante busca da união dos Estados
nacionais e de povos dissociados – hoje parcialmente concretizada por uma administração econômica
comum e pela ampliação, em todo o continente, dos processos democráticos. Região de fronteiras, por
vezes, incertas e mutáveis, a Europa é um conjunto fragmentado composto por 45 Estados e mais de 50
nações ou entidades etnolinguísticas dotadas de vocação nacional. Atualmente, há 735 milhões de
europeus. A Unidade Européia reúne 380 milhões. A construção de um Europa comum dissocia os 15
Estados membros da Comunidade Européia dos outros que buscam sua integração. Aparentemente, os
critérios de adesão à Unidade Européia são simples: “todo Estado europeu pode se tornar membro da
Comunidade”, segundo as palavras do Tratado de Roma de 1957. Entretanto, os acordos que criaram os
vínculos europeus (Maastricht de 1972 e Amsterdã de 1974) não definiram com precisão o significado
do termo “europeu”. Se a Unidade Européia for ampliada para abranger 27 Estados – meta hoje almejada –
seu território aumentaria em um terço, sua população compreenderia mias 30% dos habitantes do
continente, mas seu Produto Interno Bruto (PIB) só seria acrescido em 8%.
A Unidade Européia é o pólo da prosperidade e da reorganização econômica e política do continente, mas
os limites que essa convergência determina, em função de uma mesma e severa política econômica,
reforçam uma introversão no momento em que o Velho Mundo deveria se abrir às novas realidades
geopolíticas e geoeconômicas. Daí as críticas, múltiplas e incessantes levadas a efeito pelos Parlamentos e
pela imprensa, a respeito da ausência de uma visão européia comum do futuro, a falta de um modelo que
concilie a eficiência econômica com a justiça social, a lentidão do processo de ampliação da Comunidade
em direção ao leste, a impotência diplomática européia no que diz respeito à intervenção nas crises e
guerras civis que eclodem às margens do continente e, finalmente, a incapacidade de construir um sistema
de segurança confiável sem a participação do “grande irmão” americano. Em resumo, há duas Europas em
discussão: uma, tutelada pelos tecnocratas de Bruxelas, prega incentivos às empresas, produtividade e
eficácia tecnológica; outra, cara aos corações europeus, propõe, não uma “Europa de empresários”, mas
uma “Europa dos povos”. Talvez possamos acrescentar que o projeto europeu conheça um “calcanhar de
Aquiles”: o sonho de elaborar uma geopolítica autônoma num mundo globalizado. A Europa, como
discurso geopolítico, serve de mito organizador da complexidade do continente. Para os europeus, sua
identidade combina elementos geográficos, históricos e culturais simultaneamente comuns e divergentes.
Se há uma experiência européia partilhada, ela não pode ser resumida em fórmulas simples, pois sua
revisão se faz necessária de geração em geração. Não se pode ainda estabelecer as fronteiras da União
Européia, pois seus contornos serão construídos ao longo do tempo. Deve -se ter sempre em mente que se
trata de um processo de convergência de Estados, dentro dos quais a diversidade não é negada, mas, hoje, a
busca dos interesses nacionais começa ser feita em nome da Europa.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > EUROPA > Europa: Um Conceito e uma Realidade: 34_2-2

Além do fato de que o Estado nacional ainda permanece o traço geográfico definidor do continente, a
Europa conhece enormes diferenças geoeconômicas: em alguns lugares, Estados intervencionistas na
economia; em outros, predomina o liberalismo. Há uma Europa triunfante e inserida na economia mundial,
que se estende ao longo das áreas setentrionais: de Londres a Frankfurt, passando por Amsterdã e Paris; ao
redor dos Alpes, prosperam cidades dinâmicas e zonas caracterizadas pela “tecnologia de ponta”. Nas
regiões periféricas do continente – Irlanda, sul de Portugal, Ilhas Gregas – ocorre uma corrida acelerada
para modernização. No plano político, tem -se como certa a vitória definitiva dos regimes democráticos,
após tristes tempos de ditadura na Espanha, Portugal e Grécia, além do totalitarismo comunista no leste
europeu. Hoje, o espaço público europeu vive a alternância e os compromissos entre duas grandes
correntes político -ideológicas: a Social -Democracia e um conservadorismo liberal e moderado.
Lamentavelmente, ainda persistem discursos obscurantistas e xenófobos; felizmente, cada vez mais raros.
Sob a Europa dos Estados se desenha uma Europa de alianças e de redes interligadas, abrangendo regiões,
cidades, empresas e todos os demais agentes sociais. Desde 1989, o espírito da liberdade atravessa o
continente europeu, fazendo com que a unificação conviva com as identidades. Nos ventos da História, a
Europa se apresenta como um bem comum a toda Humanidade.

35_3
Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁSIA > Aspectos Físicos: 35_1-3

ÁSIA - ASPECTOS FÍSICOS

O maior continente do globo terrestre, a Ásia abrange uma área de 44.397.460 km2, compreende, incluindo

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

o Oriente Próximo, a Península Arábica, o Oriente Médio e o Oceano Índico, 43 países e tem como
limites:
LIMITES DO CENTRO SUL DA ÁSIA

NORTE - China, Nepal e Butão

NOROESTE - Paquistão

NORDESTE - Mianmar (ex-Birmânia) e Bangladesh

LESTE - Golfo de Bengala

OESTE - Mar da Arábia

SUL - Estreito de Pak

O Continente Asiático apresenta a seguinte divisão regional:

AS REGIÕES ASIÁTICAS

ÁSIA MERIDIONAL E ORIENTAL - Índia, Bangladesh, Butão, Maldivas, Sri Lanka (ex-Ceilão) e
Nepal.

NORDESTE ASIÁTICO - República Popular da China, República Democrática da Coréia (Coréia do


Norte), República da Coréia (Coréia do Sul), Japão, Mongólia e Taiwan (Formosa).

PENÍNSULA DA INDOCHINA - Camboja, Laos, República Democrática do Vietnã, Tailândia e


Mianmar.

SUDESTE INSULAR ASIÁTICO - Brunei, Indonésia, Federação da Malásia, Filipinas, Cingapura e


Timor Oriental.

ORIENTE PRÓXIMO

Iraque

Israel

Jordânia

Líbano

Síria

PENÍNSULA ARÁBICA

Arábia Saudita

Bahrein

Emiratos Árabes Unidos

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Kuweit

Omã

Qatar

Iêmen

ORIENTE MÉDIO

Afeganistão

Irã

Paquistão

OCEANO ÍNDICO

Comores

Madagáscar

Mauricio

Reunião

Seicheles

Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁSIA > Aspectos Físicos: 35_2-3

RELEVO

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

O continente asiático compreende as seguintes paisagens físicas:


O RELEVO ASIÁTICO
OESTE - litoral de contorno regular e com pequenas enseadas;
LESTE - litoral caracterizado por deltas, lagunas e pântanos;
NORTE - Cordilheira do Himalaia e o Planalto do Decã;
NOROESTE A NORDESTE - Planície Indo-Gangética
O PLANALTO DO DECÃ E A PLANÍCIE INDO-GANGÉTICA - formam os altiplanos Ghatts
Ocidentais (na costa oeste) e Orientais (na costa leste)
PONTO MAIS ELEVADO - o Monte Kanshenjunga (8.598m)

CLIMA

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

A maior parte do território asiático está situada entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico, áreas
caracterizadas pelo clima temperado, que se estende pela China, Coréia do Norte e a do Sul, Japão,
Nepal, Butão, parte do Paquistão e da Índia, Afeganistão, Irã, Iraque, Síria, Jordânia, Israel,
Líbano, Turquia, parte da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuweit, Bahrein e todo
território da Rússia Asiática. Entretanto, outros tipos climáticos, em escala menor, aparecem no
continente:
OS CLIMAS ASIÁTICOS

POLAR OU GLACIAL - extremidade setentrional.

FRIO DE MONTANHA - no Himalaia, onde ocorre a presença de neves eternas.

ÁRIDO E SEMI-ÁRIDO - no deserto de Gobi (China); as áreas desérticas que bordejam o Mar Cáspio
a leste, e o deserto da Arábia.

EQUATORIAL - no sul e sudoeste asiático, apresentando temperaturas e pluviosidade elevadas.

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TROPICAL - caracterizado, em sua maior parte, por chuvas de verão e ventos de “monções”; já no
extremo sul, a tropicalidade tende a um clima equatorial, apresentando, por conseguinte temperaturas
mais levadas; no nordeste do continente temos uma variante árida da tropicalidade e, no norte, a
influência de elevações montanhosas. Em toda sua extensão, a zona tropical compreende: Filipinas,
Vietnã, Camboja, Laos, Tailândia, Mianmar, Bangladesh, boa parte do território da Índia, Sri Lanka,
Iêmen, Indonésia, Malásia, Cingapura e Brunei.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > ÁSIA > Aspectos Físicos: 35_3-3

VEGETAÇÃO

A Ásia apresenta uma grande variedade de paisagens botânicas:

A VEGETAÇÃO ASIÁTICA

NORTE DA ÁSIA - tundra e floresta boreal.

ZONA TROPICAL - floresta de coníferas, estepes e pradarias.

ZONAS ÁRIDA E SEMI-ÁRIDA - estepes e extensas áreas desérticas.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

ZONA EQUATORIAL - “florestas de chuvas” (“rain forest”); florestas tropicais e subtropicais e


savanas.

ZONA DE CLIMA MEDITERRÂNEO (SUDESTE) - luxuriante vegetação do tipo mediterrâneo.

HIDROGRAFIA

As principais bacias hidrográficas asiáticas são:

OS GRANDES RIOS ASIÁTICOS

ÁSIA MERIDIONAL E ORIENTAL - Ganges (o mais importante rio da região com 3.700km); Indo
(3.180km), banhando simultaneamente a Índia e o Paquistão, drenando o trecho mais seco de toda a
área, onde se localiza o mais extenso deserto da porção meridional do continente: o de Thar;
Bramaputra (2.900km), afluente do Ganges e o mais importante rio de Bangladesh.

NORTE - Huang Ho (Rio Amarelo); Yang Tsé-Kiang (Rio Azul); Heilong Jiang (Rio Amur) e o Si
Jiang (Rio do Oeste).

PENÍNSULA DA INDOCHINA - Mekong.

TEXTO COMPLEMENTAR
O RIO AMARELO
“(...) É claro que a agricultura, mais que a indústria, foi a base do poderio da região nordeste. Apesar do
clima ríspido e caprichoso, a vasta (324 mil quilômetros quadrados) planície em volta de Pequim é uma

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

área agrícola muito produtiva, equivalendo a 20% das terras cultiváveis da China. Por todo lado, trigais e
simpáticos vilarejos recortam o horizonte.
A fertilidade da área, plana como uma mesa por centenas de quilômetros, deve-se a uma feliz combinação
de ventos, solo e água. Esta chega através do rio Amarelo, que parece percorrer a história chinesa como
uma dragão volúvel, ao mesmo tempo terno e malévolo. Mas o rio só alimenta os campos à custa do
esforço humano concentrado na irrigação. Entre 1965 e 1975, as obras irrigatórias chinesas foram
ampliadas em um terço; com isso, cerca de metade dos terrenos, agrícolas do país, passou a ser irrigada. Na
região tritícola, a proporção é maior que a média: 80%.
O rio também ajuda a formação da camada superior do solo, que chega a ter 75 metros de espessura e é a
mais fértil da China, originando-se das terras altas a oeste de Pequim. De lá vem um material poroso e
amarelo-escuro denominado loess, erodido pelos ventos e soprado para o leste, enchendo os ares de poeira.
Por isso, em Pequim, na primavera, as pessoas costumam usar máscaras cirúrgicas na rua.
Boa parte desse sedimento eólico é carregado pelo rio; daí seu nome: é a maior concentração sedimentar
do mundo. Nas últimas voltas de seu percurso de 4.632 quilômetros até o mar, o rio Amarelo despeja essa
rica carga na planície do Norte da China. Mas o preço desse beneficio são sistemáticas e calamitosas
enchentes. Nos últimos 3 mil anos, o Amarelo extravasou, mais de 1500 vezes, ceifando mais de 10
milhões de vidas. Não admira que seu outro nome seja “a amargura da China”.
Por mais de trinta séculos, o povo do norte da China lutou contra o Amarelo. Desde 400 a.C., o rio já corria
“acima do chão”. Hoje, seu fundo está acima do nível do terreno adjacente: em certos pontos, sua
superfície situa-se 5 metros acima do solo em volta, mantida no lugar por robustos taludes da altura de um
celeiro, que cobrem o horizonte como um espigão de colinas. Essas elevações artificiais chegam a ter 30
metros de largura da base e 15 metros no topo, o suficiente para alojar uma rodovia de duas faixas e, em
alguns trechos uma linha férrea. (...).”
Nações do Mundo – China – Ed. Cidade Cultural – RJ – 1987.

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A ÁSIA MERIDIONAL: O SUBCONTINENTE INDIANO

Na região meridional da Ásia, conhecida como Subcontinente Indiano ou Península Indostânica,


localiza-se a República da Índia, com uma área de 3.287.782 km2.

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RELEVO
A Ásia Meridional é formada por uma grande plataforma repleta de dobramentos modernos e elevados
planaltos, que compõem parte do maior conjunto montanhoso do planeta: a Cadeia do Himalaia (“país
das neves” em Sânscrito – língua dos povos árias, que, oriundos do Cáucaso, povoaram a região por volta
de 2000 a.C.). De formação terciária, o Sistema do Himalaia apresenta aproximadamente 40 montanhas
com altitudes acima de 7.500m, dentre as quais se destaca o Everest, situado entre a China e o Nepal,
ponto culminante do globo, com 8.882m. Na porção meridional do Himalaia, estende-se a Planície
Indo-Gangética, que ocupa a maior porção do norte da Índia e praticamente toda a República Popular de
Bangladesh. De formação sedimentar recente, seus solos são férteis e propícios para o cultivo do arroz.
Mais ao sul, o Planalto do Decã, de formação antiga e cristalina, abrange metade do território integral da
Índia, chegando às margens do Oceano Índico. No lado ocidental desse planalto, estão localizados os
altiplanos de Ghatts, caracterizados por escarpas elevadas, que se estendem até a extremidade leste do
território indiano (os Ghatts orientais).

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CLIMA
O clima indiano, marcado pelo fenômeno único das monções, é fruto das seguintes determinações:
OS FATORES DETERMINANTES DO CLIMA INDIANO
LATITUDE - a Índia, país que se estende entre os paralelos 8º e 34º de latitude norte, está localizada
predominantemente na zona intertropical. Aí predominam climas úmidos e quentes. Mais precisamente, o
norte, situado no interior da zona temperada, é mais frio; o sul, próximo ao Equador, apresenta
temperaturas em média mais elevadas.
ALTITUDE - na extremidade setentrional do país, onde os conjuntos montanhosos por vezes atingem
mais de 8.000m de altitude, prevalecem temperaturas extremamente frias, para as quais também contribui
a latitude. Portanto, o norte da Índia conhece rigorosos invernos e verões curtos com temperaturas
relativamente baixas. As grandes altitudes desempenham um outro papel climático importante: criam
barreiras aos ventos de monções nas quais entram em choque com massas de ar úmidas, provocando
chuvas frontais, conhecidas como precipitações pluviométricas de relevo.
MARITIMIDADE - o território indiano é em forma de cunha que penetra o Oceano Índico, formando a
Península Industânica. Por conseguinte, a grande presença do mar ameniza os extremos da temperatura e
eleva a umidade do ar. Esse fator, propicia elevados índices pluviométricos na maior parte do território
indiano.

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MONÇÕES - o elemento particular e específico do clima indiano consiste nos ventos de monções. No
verão, que no hemisfério norte se prolonga de junho a setembro, as águas do Oceano Índico estão mais
frias que o continente, já que os maiores rigores do inverno incidem sobre elas. Dessa maneira, a
temperatura do ar é relativamente mais baixa do que a prevalecente nas áreas continentais, o que
determina uma maior pressão do ar. Essa diferença de pressão desloca as massas de ar do sul para o norte.
Sendo o continente vítima de altas temperaturas, o que provoca grande evaporação de água, o ar frio,
proveniente do mar, ao se chocar com essa atmosfera úmida e quente, causa intensas chuvas. Em 1990,
por exemplo, na região indiana de Mahabalesawar, o índice de precipitação pluviométrica foi de
6.290mm, até hoje recorde mundial. Durante o inverno do hemisfério norte, os ventos mudam de direção.
Nas áreas setentrionais do continente, as temperaturas são muito baixas gerando uma zona de altas
pressões. Simultaneamente, no Oceano Índico, formam-se áreas de baixa pressão e altas temperaturas.
Isso faz com que os ventos soprem do interior do continente asiático para as águas marítimas, provocando
a diminuição das temperaturas continentais e a queda das taxas de evaporação. Em conseqüência, as
chuvas praticamente são inexistentes.

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UMA CIVILIZAÇÃO MILENAR


Por volta de 2200 a.C., povos arianos, que desceram do Planalto do Cáucaso, estabeleceram-se na Planície
Indo-Gangética, onde fundaram a monumental cidade de Mohendjo-Dharo. Esse processo de dominação
implicou a escravização dos nativos, os drávidas, cuja sujeição gerou o sistema de castas (que, em
sânscrito, significa cor, pois os árias eram brancos e as populações locais amorenadas).
AS CASTAS
Casta é um tipo de estratificação social baseado na posse de um conhecimento profissional que se torna
um fator de privilégio. Assim, este modelo de fixação social apresenta as seguintes características:
hereditariedade (a condição de cada indivíduo passa de pai para filho); endogamia (as pessoas só podem
se casar com outras do mesmo grupo); predeterminação da profissão, hábitos alimentares e vestuário dos
indivíduos de cada grupo; rituais iniciáticos (o pai transmite para o filho os conhecimentos profissionais
e os hábitos do grupo por meio de ritos fechados e envoltos em mistério); sociedade estática e destituída
de mobilidade vertical.
Quando das primeiras formações sociais arianas, havia somente quatro castas: os brâmanes (nobreza e
clero); os xatrias (militares); os vaixias (comerciantes, artesãos e camponeses) e os sudras (escravos).
Pouco a pouco, as castas básicas sofreram inúmeras subdivisões. Ao longo de todo esse processo, a
sociedade indiana sempre conheceu a existência dos párias (os intocáveis), atualmente denominados de
harijans ou haridchans, condenados à total marginalidade ou, no melhor dos casos, a trabalhos
degradantes e mal remunerados. Infelizmente, até hoje, apesar de todos os esforços do governo indiano
de eliminá-las, as castas subsistem, pois determinações jurídicas institucionais não eliminam tradições
arraigadas.
A expressão ideológica da estrutura de castas é o hinduísmo, a mais antiga religião do mundo. Suas
características são: ausência de uma estrutura institucional (não há clero, hierarquia e igrejas);
inexistência de um único livro sagrado; ritos e práticas religiosas diferenciadas conforme as diversas
regiões; politeísmo (aproximadamente 240 mil deuses, sendo os principais Brahma – ser criador – Vishnu
e Shiva); crença na imortalidade da alma, na reencarnação e, no último estágio reencarnatório, a fusão
com Deus e com a Natureza (o Nirvana). O hinduísmo prega que cada indivíduo precisa cumprir seu

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karma (destino), ou seja, em cada uma de suas vidas faz-se necessário enfrentar e superar os obstáculos
existenciais até a plena sabedoria. Elemento importante da religião hinduísta é a obediência e rígidas
regras relacionadas com a alimentação, vestuário, ritos e peregrinações. Até os dias de hoje, o hinduísmo
vem contribuindo para a manutenção de uma ordem social estática, pois seus adeptos são favoráveis,
como fundamento da postura moral, à resignação diante da realidade.

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Em 327 a.C., tropas macedônias, sob o comando de Alexandre, o Grande, deram início a invasão da Índia,
interrompida pela morte de seu líder. Aproximadamente 50 anos depois, o subcontinente indiano é
unificado pelo Reino de Asoka, que momentaneamente impõe o budismo, logo suplantado pelo hinduísmo
tradicional. No século IV d.C., a cultura indiana atinge o apogeu sob a Dinastia Gupta, três séculos
depois, as regiões ocidentais da Índia são invadidas pelos árabes, que trazem a religião islâmica. Um dos
mais importantes fatores da difusão da nova fé é o fato de que os segmentos menos privilegiados da
população viram no Islão - que prega a igualdade de todos diante de Deus – uma forma de se livrar da
rigidez e injustiças do sistema de castas.
Sob a Dinastia Mogul (1526 a 1707), teve início a presença ocidental na Índia, motivada
fundalmentamente pela busca de especiarias para o mercado europeu. Em 1510, os portugueses tomam
Goa. Sucessivamente, holandeses, franceses e ingleses fundam companhias de comércio com a Índia. Em

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1690, a cidade de Calcutá é fundada pelos ingleses, que, durante a guerra européia dos sete anos (1756 –
63), expulsam os franceses da área, consolidando o domínio britânico. Pouco a pouco, os súditos do Reino
Unido foram controlando a economia indiana, que foi praticamente desmantelada. O setor têxtil
tradicional, que dificultava a entrada da produção britânica, foi a maior vítima do imperialismo inglês. No
aspecto social, o campesinato, prejudicado pela criação de uma agricultura voltada para a exportação,
sofreu empobrecimento generalizado. Em todo o território indiano, as rendas caíram e o desemprego
tornou-se endêmico. Além disso, o governo indiano era obrigado a pagar as despesas das companhias
britânicas que operavam em seu território. Seguindo à risca o lema de “dividir para reinar”, os ingleses
jogavam as diversas etnias e identidades religiosas umas contra as outras. Essas táticas de manipulação
provocaram dezenas de levantes e explosões sociais, tanto regionais como algumas de âmbito nacional. A
mais importante dessas insurreições foi a famosa Guerra dos Cipayos.
A GUERRA DOS CIPAYOS (1857 – 1858)

O TERMO CIPAYOS SIGNIFICA - os soldados indianos a serviço da Grã-Bretanha.

INÍCIO DO LEVANTE - reivindicação de melhores condições salariais e de trabalho juntamente com


protestos dos militares nativos contra a adoção de medidas que violavam costumes locais, como, por
exemplo, o uso de banha de porco (animal proibido pela religião hinduísta) e de vaca (animal sagrado)
para lubrificar a munição dos fuzis.

ALIANÇA CONTRA OS BRITÂNICOS - muçulmanos e hinduístas se uniram contra os ingleses,


propondo a restauração do Império Mongol (Dinastia Mugal).

CONSEQÜÊNCIAS DO LEVANTE - tropas inglesas reprimiram a insurreição, o que permitiu à


Coroa britânica assumir diretamente o controle do governo.

A partir da Guerra dos Cipayos, a Índia, elevada à condição de Vice-Reino, tornou-se a “mais bela pérola
da Coroa britânica”: milhares de jovens ingleses, após concluírem seus cursos acadêmicos, passavam
alguns anos na Índia, onde, a serviço do Exército e da Administração coloniais, viviam principescamente;
por toda parte, proliferavam clubes reservados aos cidadãos britânicos, que neles praticavam o golfe entre
intermitentes goles de chá ou gin. Os súditos de Sua Majestade Britânica – na época, a Rainha Vitória –
haviam descoberto o seu “paraíso sobre a Terra”: o território indiano.
Contudo, os ingleses cometeram um erro: criaram um sofisticado sistema educacional com a finalidade de
preparar quadros administrativos locais, mas que, paralelamente, formou uma elite intelectual de altíssima
qualidade e, mais que tudo, familiarizada com a cultura e o pensamento europeus. Progressivamente, esses
jovens intelectuais, admiradores do Ocidente mas desejosos de afastar a presença imperialista européia,
começaram a professar ideais nacionalistas. Jamais os ingleses poderiam imaginar que essa intelligentsia
(termo de origem russa, hoje universalmente usada, que significa intelectualidade com projetos políticos),
aparentemente colaboracionista, acabaria por fundar, em 1885, o Congresso Nacional Indiano,
agremiação partidária que pregava a independência da Índia.

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OS PRIMEIROS MOMENTOS DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

ATITUDES INICIAIS DA INGLATERRA - em função das crescentes manifestações em favor da


autonomia indiana, a Inglaterra, buscando amenizar as pressões e adiar o processo, fez alguma
concessões aos nacionalistas, aumentando o número de funcionários públicos locais e criando
magistraturas nativas, sempre hierarquicamente inferiores às ocupadas pelos ingleses.

1915 - Mohandas K. Gandhi, advogado formado na Grã-Bretanha que vivera algum tempo na África do
Sul, retorna ao seu país de origem, ingressando no Congresso Nacional Indiano. Seu primeiro passo foi
buscar uma aliança entre hinduístas e muçulmanos com o propósito de formar uma “frente ampla” em
prol da independência. Em seguida, lutou pela reintrodução, nas escolas nativas, do ensino da língua
hindu.

CONSEQUÊNCIAS DAS PRIMEIRAS AÇÕES DE GANDHI - reforço dos setores radicais do


Congresso Nacional Indiano, onde se destacava a figura do então jovem Yawaharlal Nehru.

UM ABALO - em 1919, tropas inglesas, tentando reprimir manifestações populares na região de


Amristar, matam mais de 400 cidadãos indianos , provocando uma comoção mundial.

REPRESÁLIA NACIONALISTA - o Congresso Nacional Indiano, por sugestão de Gandhi, deu início
à “resistência pacífica”: paralisação deliberada do tráfego nas principais avenidas das grandes cidades;
boicote aos produtos ingleses, cujos maiores exemplos foram a campanha de produzir tecidos em teares
domésticos e usar sal extraído dos mares regionais; não participação em quaisquer ritos institucionais
ingleses, como eleições, referendos e plebiscitos; não freqüentar escolas européias e aceitação passiva
de eventuais represálias. Em pouco tempo, a “resistência pacífica” se espalhou por toda Índia.

RESPOSTAS INGLESAS - repressão policial-militar e detenção dos nacionalistas, atitudes que


levaram Gandhi a inúmeras e longas “greves de fome”, que o tornaram uma liderança conhecida
mundialmente.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, conflito que contou com uma importante participação de
soldados indianos ao lado do Exército britânico, o Partido Trabalhista – de orientação esquerdista – subiu
ao poder em Londres. Suas lideranças, em razão de convicções ideológicas, eram favoráveis a conceder
independência às colônias, notadamente à Índia. Contudo, um enorme obstáculo se opunha a tais
propósitos: os conflitos entre muçulmanos e hinduístas. O Congresso Nacional Indiano defendia a
criação de um país uno, abrangendo cidadãos de ambas as religiões. No entanto, desde 1906, quando fora
criada a Liga Muçulmana, os islâmicos propunham a divisão do subcontinente em dois países: um
hinduísta e outro de orientação muçulmana. Na década de 30, a Liga Muçulmana gestara uma hábil e
carismática liderança: Mahamed Ali Jinnah, cuja coragem e estatura moral rivalizava, para o seu povo,
com as de Gandhi. Agora, os ingleses temiam que uma rápida retirada de suas tropas do território indiano
provocasse – como provocou – um massacre de proporções catastróficas. Com o objetivo de aparar as
arestas entre islâmicos e hinduístas e diluir as tensões, foi nomeado Vice-Rei da Índia o Lorde
Mountbatten, figura simpática a todas etnias do subcontinente indiano. Frustradas foram suas intenções:
em 1947, ano da independência, após as bárbaras atrocidades e enormes deslocamentos populacionais
(hinduístas se movendo para as regiões onde sua religião era majoritária e muçulmanos buscando se
concentrar nas áreas de predomínio islâmico), foram criados dois países: a Índia (predominantemente
hinduísta) e o Paquistão (de religião muçulmana). De imediato, teve início uma guerra entre as duas
novas nações, momentaneamente encerrada em 1948, pois, até hoje, prosseguem os conflitos. Os grupos
nacionalistas radicais indianos jamais perdoaram a política pacifista de Gandhi, atribuindo a ela a divisão
do subcontinente. No dia 30 de janeiro de 1948, um jovem radical assassina o “Pai da Independência”,
Gandhi, então apelidado de Mahatma (“Alma Grande”).

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OS PRINCIPAIS EVENTOS E PROCESSOS DA ÍNDIA CONTEMPORÂNEA


O PRIMEIRO-MINISTRO DA ÍNDIA PÓS-INDEPENDÊNCIA (1947 – 1966) - Jawaharlal Nehru
(Congresso Nacional Indiano).
POLÍTICA EXTERNA DE NEHRU - na Conferência de Bandung (1955), Nehru, Tito (Iugoslávia),
Nasser (Egito) e Sukarno (Indonésia) formularam o conceito de “terceiromundismo”, ou seja, a criação
de um “bloco de nações não-alinhadas”, eqüidistantes do mundo ocidental, liderado pelos EUA, e do
socialismo de modelo soviético. Os objetivos da proposta eram: consolidar uma soberania e autonomia
políticas plenas e levar adiante um processo de desenvolvimento econômico baseado na noção de que
somente a industrialização, de base estatizante, geraria a prosperidade nacional.
POLÍTICA INTERNA DE NEHRU - incentivo à pesquisa científica e à modernização tecnológica;
projetos educacionais visando promover a escolarização básica de toda população; subsídios estatais à
implantação de indústrias, fundalmentamente as voltadas à produção de bens de capital; criação de uma
moderna infraestrutura econômica (energia e transportes); aumento da produção agrícola para atender às
necessidades de uma população caracterizada por um crescimento desordenado e extraordinariamente
rápido.
ÊXITOS DE NEHRU - reconhecimento internacional de sua liderança; feitos tecnológicos, tais como a
colocação de satélites em órbita e o desenvolvimento da física nuclear, que levaria a Índia a detonar uma
bomba atômica em 1974; relativo aumento da produção agrícola e ampla criação de indústrias.
O SEGUNDO GOVERNANTE DA ÍNDIA - a filha de Nehru, a Primeira-Ministra Indira Gandhi
(Congresso Nacional Indiano), cujo primeiro mandato se prolongou de 1966 a 1977.
POLÍTICA EXTERNA DE INDIRA GANDHI - continuação da política “terceiromundista” de Nehru
e conflitos com o Paquistão motivados pelo domínio da Caxemira (região indiana de maioria religiosa
muçulmana ambicionada pelos paquistaneses). Em 1981, Indira Gandhi desfechou um ataque ao
Paquistão em apoio ao movimento separatista da província do Paquistão Oriental, que então adquiriu sua
independência sob a denominação de República Popular da Bengala (Bangladesh).
POLÍTICA INTERNA DE INDIRA GANDHI - campanha de esterilização em massa da população
masculina visando diminuir o crescimento demográfico; apesar de seu discurso nacionalista e populista, a
Primeira-Ministra levou adiante uma tímida liberalização econômica, aceitando algumas diretrizes do
Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Isso desagradou a todos os segmentos
sociais: as camadas populares tiveram seus rendimentos diminuídos e os setores empresariais,
principalmente os ligados ao capital estrangeiro, passaram a exigir mais concessões.
A ÍNDIA DE INDIRA GANDHI CONHECE PROBLEMAS - o relativo fracasso da política de
esterilização; diminuição do crescimento econômico em função da “crise do petróleo” do início dos anos
70, exportações de bens industriais abaixo dos índices projetados pelo governo.
ELEIÇÕES DE MARÇO DE 1977 - o Congresso Nacional Indiano é esmagadoramente derrotado por
uma coligação entre três partidos de oposição: o Bharatiya Janata (de orientação hinduísta e
nacionalista), Partido Socialista e o Congresso pela Democracia, representante da casta dos “intocáveis”.
TERCEIRO GOVERNO INDIANO (1977 – 1980) - encabeçado pelo Primeiro-Ministro Morarji
Desai, que em nada alterou a política externa de não-alinhamento e foi incapaz de cumprir suas
promessas de melhorias econômicas e pleno emprego. Uma cisão na maioria governista forçou a
convocação de eleições, as quais reconduziram Indira Gandhi ao poder.

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SEGUNDO MANDATO DE INDIRA GANDHI (1980 – 1984) - caracterizado por um relativo


autoritarismo e por sucessivas acusações contra a corrupção da burocracia estatal, o que desgastou a
imagem pública da primeira-ministra.

O GRANDE PROBLEMA - proliferação de conflitos étnicos, principalmente entre a maioria hinduísta


e os adeptos da religião Sikhs. Em 1984, a tensão chegou ao ápice quando tropas do exército, a mando
de Indira Ghandi, invadiram o Templo de Ouro, o mais sagrado santuário Sikh localizado em Amristar,
matando centenas de pessoas. Em represália, grupos radicais da seita planejaram a eliminação física da
primeira-ministra, que é assassinada, em 1984, por um dos seus guarda-costas, membro da etnia
perseguida.

SUCESSOR DE INDIRA GANDHI - seu filho Rajiv Gandhi (Congresso Nacional Indiano)

MEDIDAS INTERNAS DE RAJIV - apoiado por uma sólida maioria parlamentar, o novo
Primeiro-Ministro promoveu negociações com os Sikhs e outros movimentos separatistas indianos, em
especial o que então se desenvolvia na importante região do Punjab. Disposto a concessões, Rajiv
concordou em ampliar a autonomia da área em troca da manutenção, por parte do governo central, do
controle sobre defesa, relações externas, finanças, correio, sistema viário e telecomunicações.

POLÍTICA EXTERNA DE RAJIV - em 1987, o governo indiano interveio no conflito do Sri Lanka,
onde a maioria da população, de etnia cingalesa, enfrentava o movimento separatista dos Tamis. Forças
pacificadoras indianas foram mandadas para a região, obtendo uma efêmera cessação dos combates.
Informado de que o Paquistão estabeleceu um programa de desenvolvimento nuclear, Rajiv anunciou
que a Índia não tinha condições de renunciar a construção de artefatos atômicos.

POLÍTICA INTERNA DE RAJIV - modernização tecnológica (seu slogan: “micro computadores é o


caminho para o progresso”). Esse objetivo fez com que os trabalhadores indianos, temendo a
informatização, passassem a conviver com a ameaça de desemprego, gerando uma grave tensão social.

20 DE MAIO DE 1989 - Rajiv Gandhi é vítima de um atentado levado a efeito por militantes do
movimento de libertação Tâmil, sendo sucedido pelo líder do Partido do Congresso Nacional Indiano:
Narasimha Rao que dá início a uma política de ampla liberalização econômica.

CONSEQÜÊNCIAS DA NOVA POLÍTICA - apesar de alguns êxitos, principalmente a queda da


inflação, a diminuição do déficit público e o aumento das exportações, as medidas do novo governo
trouxe consigo uma violenta onda de protestos populares, agravando os conflitos étnicos. Em 1996,
após uma fragorosa derrota eleitoral, Rao renunciou ao cargo de Primeiro-Ministro. Uma nova “estrela”
política ascendia aos céus do cenário indiano: o Partido Janata.

1998 - o Partido Janata, a frente da uma coligação, obtém maioria parlamentar e seu líder Atal Bihari
Vajpayee tornou-se o Primeiro-Ministro.

MAIO DE 1998 - a Índia leva a efeito uma série de testes nucleares que foram seguidos por ensaios
semelhantes por parte do Paquistão.

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ÍNDIA: UM FORMIGUEIRO HUMANO


Com uma população de 1 bilhão de habitantes, a Índia é o segundo país mais populoso do mundo. Em
termos estatísticos, seu território pode ser considerado bem povoado, pois conhece uma população relativa
de 335,7 hab/km2. Na realidade, a distribuição de seus habitantes é muito irregular, fenômeno agravado
pelo seu desordenado crescimento demográfico. Além disso, a Índia é palco de uma grande diversidade
étnica, gerada pelas diferentes origens raciais e também pelos inúmeros contatos com culturas
heterogêneas, além de um complexo processo de miscigenação. Um complicado mosaico de línguas,
dialetos, religiões e costumes caracteriza o país.
COMPOSIÇÃO ÉTNICA DA ÍNDIA
HINDUS - 72%
DRÁVIDAS - 25%
MONGÓIS E OUTROS - 3%

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Esse caleidoscópio étnico causa outro grave problema: o lingüístico. Dezoito são as línguas oficialmente
reconhecidas, das quais o hindi é a mais extensiva, embora falada somente por 37% da população. O
inglês é uma língua associada, praticada amplamente pela burocracia para os documentos oficiais. As
outras dezesseis são regionais, além da existência de 1650 dialetos.
AS PRINCIPAIS LÍNGUAS DA ÍNDIA
HINDI - língua oficial
TELUGU
BENGALI
MARATI
TÂMIL
URDU
GUJARATI

Em todo o país, apesar da política de modernização levada a efeito pelos sucessivos governos indianos,
permanecem fortes traços culturais tradicionais, impermeáveis às influências internacionais e ao impacto
da crescente sofisticação tecnológica. O melhor exemplo do arcaísmo que ainda assola a nação indiana é a
sobrevivência do sistema de castas.
O crescimento vegetativo do país, apesar das campanhas de controle de natalidade, ainda é muito elevado,
agravando a pobreza que ainda assola boa parte da população. Peritos em demografia acreditam que a
população indiana, em poucos anos, ultrapassará a da República Popular da China. Ainda mais grave é o
fato de que ocorre uma excessiva concentração populacional em certas regiões, verdadeiros “quistos”
demográficos.

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A POPULAÇÃO INDIANA EM NÚMEROS


CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 1,6% ao ano
FECUNDIDADE - 3,13 por mulher
EXPECTATIVA DE VIDA - 62 anos para os homens e 63 para as mulheres
MORTALIDADE INFANTIL - 72 em mil
ANALFABETISMO - 44,2%
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 132º no “ranking” mundial

A população indiana ainda é majoritariamente rural: somente 30% do total moram em áreas urbanas.
Contudo, em função do gigantismo de sua demografia, a Índia conta com 20 cidades com mais de 1 milhão
de habitantes:
AS MAIORES CIDADES INDIANAS
BOMBAIM (ATUALMENTE, MUMBAI) - 15.700 milhões de habitantes
CALCUTÁ - 12.118 milhões de habitantes
NOVA DELHI - 10.298 milhões de habitantes
MADRAS - 5.900 milhões de habitantes
BANGALORE - 4.7250 milhões de habitantes
AHMADABAD - 4.500 milhões de habitantes
HYDERABAD - 4.200 milhões de habitantes
KANPUR - 2 milhões de habitantes

Em resumo, a Índia conhece, hoje em dia, três gravíssimos problemas: analfabetismo, baixa expectativa
de vida e baixa renda per capita (440 dólares).

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A ECONOMIA INDIANA
A pobreza da Índia é claramente demonstrada pelos baixos índices do seu Produto Interno Bruto (PIB).
Aliás, esta característica é própria de toda a Ásia Meridional. Embora atinja a faixa de 430 bilhões de
dólares, se relacionarmos o PIB com a população, para assim poder observar a produtividade média,
constatamos que cada habitante da Índia produz cerca de 400 dólares por ano, ou seja, um pouco mais de 1
dólar por dia.
DADOS ECONÔMICOS DA ÍNDIA MERIDIONAL
ÍNIDIA - 400 bilhões de dólares
SRI LANKA - 13 bilhões de dólares
NEPAL - 5 bilhões de dólares
BUTÃO - 1 bilhão de dólares
PAQUISTÃO - 80 bilhões de dólares
BANGLADESH - 32 bilhões de dólares

A distribuição de sua População Economicamente Ativa (PEA) é outro indicador das discrepâncias de
desenvolvimento econômico da Índia: um país de enormes abismos sócio-econômicos. De um lado, elites e
classes médias intelectualmente preparadas e de alto poder aquisitivo; de outro, bolsões de pobreza
absoluta. 62% da População Economicamente Ativa dedica-se à agricultura, o que demonstra o grau de
subdesenvolvimento do país. Apesar da enorme força de trabalho voltada ao setor primário, esse só
contribui em 29% para o PIB, em função do arcaísmo tecnológico da produção agropecuária.
OS SETORES DA PRODUÇÃO INDIANA
SETOR PEA (%) CONTRIBUIÇÃO PARA O PIB (%)
Primário (agropecuária) 62 29
Secundário (indústria) 17,1 25
Terciário (serviços) 21,3 46

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AGROPECUÁRIA

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Como em toda Ásia Meridional, a maior porção das áreas cultivadas produzem arroz, que é o mais
importante gênero para a alimentação das populações da região. Essa rizicultura é feita na forma de
subsistência, não voltada para o comércio: mais um elemento indicador do primitivismo das economias do
sul asiático. No verão, é feita a semeadura, já que as abundantes chuvas de monções facilitam o plantio. De
fato, o arroz é quase sempre cultivado nas planícies inundadas, mas também as partes mais baixas das
montanhas que circundam os vales e deltas fluviais são utilizadas. Normalmente, as propriedades com
produção de subsistência tem menos que 5 hectares, caindo, por vezes, para menos de 1 hectare. Trata-se
de uma produção familiar com técnicas primitivas, utilizando toda população disponível, inclusive velhos,
crianças e mulheres. A produção rural indiana é um exemplo clássico de agricultura intensiva, já que o
trabalho, além de ser essencialmente braçal, busca aproveitar o máximo da terra, pois sendo essa escassa, é
necessário tirar dela o máximo proveito. No interior das áreas rizicultoras, o cultivo de legumes e verduras
ajuda a complementar as necessidades alimentares dos camponeses. Quando dos períodos de seca,
impróprios para a produção de arroz, são cultivados o milho, trigo, soja, feijão, legumes e grão-de-bico.
Esses gêneros, pela sua importância alimentícia, são fundamentais para diversificar a dieta das populações
da Ásia Meridional, sendo sua produção incentivada pelos governos, o que, apesar do primarismo
tecnológico, faz desses países grandes produtores mundiais de alimentos.

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Ao contrário da maioria dos países subdesenvolvidos, nos quais o cultivo de produtos tropicais de
exportação sufocou a agricultura de subsistência e obrigou à importação de cereais, a Índia preserva sua
auto-suficiência na produção de alimentos. Isso se deve, fundalmentamente à “Revolução Verde”.

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A REVOLUÇÃO VERDE

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Em 1966, quando a Índia era vitimada por um brutal surto de fome, a Primeira-Ministra Indira Gandhi
adotou como slogan: “nunca mais haverá fome na Índia”. Passando da idéia aos fatos, o governo de
Nova Delhi convocou o Doutor Swaminathan, chefe do Instituto de Pesquisas Agrícolas, para resolver a
questão. A ele foi dada uma ordem: tornar a Índia auto-suficiente em alimentos. Imediatamente, o
agrônomo indiano entrou em contato com um cientista americano, Norman Borlaug, que, por meio de
seleções genéticas, criara uma variedade especial de trigo – o Sonora 63 -, resistente à seca, às pragas e
com enorme produtividade, até mesmo em solos áridos. Borlaug, dando continuidade às suas pesquisas,
conseguira também produzir um novo tipo de milho, com características semelhantes. A aliança entre o
americano e Swaminathan foi o estopim da chamada “Revolução Verde”. O trigo, o milho e, depois, o
arroz IR6 – todos criados em laboratório, por meio de cruzamentos genéticos – foram plantados em
larga escala na Índia.
Simultaneamente, o governo indiano levou adiante investimentos que financiaram os pequenos e médios
agricultores a produzir de maneira mais moderna, ou seja, mediante a utilização de adubos, inseticidas ,
irrigação e máquinas. Um aspecto negativo da “Revolução Verde” foi a incapacidade dos pequenos
agricultores de saldar suas dividas bancárias, o que provocou a perda de suas terras. Esse fato causou
uma grande concentração da propriedade fundiária nas mãos daqueles que detinham maiores capitais,
provocando também um êxodo rural crescente que agravou os problemas urbanos. Apesar de tudo, a
“Revolução Verde” produziu bons resultados, fundalmentamente no Punjab, onde a substituição dos
adubos orgânicos pelos químicos, a ampliação do uso de tratores e da irrigação aumentaram a produção,
colocando a Índia entre os dez maiores produtores mundiais de gêneros alimentícios.
Críticos de “esquerda” ressaltam, entretanto, que a introdução de novas técnicas e de grãos
transgenéticos aumenta a dependência dos países subdesenvolvidos em relação às nações
economicamente dominantes. De fato, essas sofisticadas sementes, os fertilizantes químicos, inseticidas
e pesticidas são fornecidos por empresas transnacionais. Isso agrava o endividamento do país, que, para
diminuir os déficits da balança de pagamentos e amortizar sua dívida externa, busca intensificar suas
exportações, praticamente aniquilando a agricultura de subsistência. Dessa maneira, o círculo torna-se
vicioso: no afã de superar a dependência pela utilização de modelos produtivos externos, os países
pobres agravam seus problemas sócio-econômicos. Em síntese: a velha agricultura familiar dá lugar às
plantations voltadas ao mercado externo.

PRODUTOS PRIMÁRIOS INDIANOS DE EXPORTAÇÃO

CHÁ -primeiro produtor mundial

TABACO - terceiro produtor mundial

ALGODÃO - terceiro produtor mundial

LÁTEX - quarto produtor mundial

Quanto à pecuária, a Índia conhece uma curiosa contradição: seu rebanho bovino é o maior do mundo;
entretanto, por motivos religiosos (a “vaca sagrada”), a produção de carne é praticamente nula,
destacando-se somente a produção de leite e manteiga. Para a alimentação popular, é significativo a
criação de ovinos (quinto produtor mundial) e de aves (oitavo produtor mundial).

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A INDÚSTRIA
Na Ásia Meridional, a Índia é o país mais industrializado, detendo a 12ª maior produção industrial do
mundo, praticamente equivalente a do Brasil. A industrialização indiana teve início ainda sob o domínio
colonialista britânico, tendo por base a siderurgia e o setor têxtil. Na mesma época, expandiu-se
extraordinariamente a rede ferroviária, que hoje atinge 70.000 km de extensão. Após a independência,
graças ao intervencionismo estatal e os investimentos da ex-União Soviética, houve grande crescimento
das indústrias de base, notadamente nos setores elétrico, químico, metalúrgico e petroquímico. De fato,
capitais soviéticos chegaram a controlar 80% da metalurgia, 60% da indústria de equipamentos elétricos,
50% da petroquímica e 30% da siderurgia. Desde o governo do Primeiro-Ministro Narasimha Rao (1991 –
1996), a Índia vem conhecendo uma fase de abertura para o capital internacional, mantendo um acelerado
crescimento econômico.
Do ponto de vista geográfico, os parques industriais concentram-se nas regiões de Calcutá, Bombaim (hoje
Mumbai) e Madras. Visando racionalizar a divisão espacial das indústrias, o governo e os empresários
indianos tem se esforçado no sentido de implantá-las de acordo com a localização dos recursos minerais,
das forças de mercado e da presença de mão-de-obra.

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Um dos fatores de sustentação da produção industrial indiana é a geração de energia. De fato, a Índia é
uma das 20 maiores nações produtoras de petróleo do mundo, embora esse ainda não atenda ao consumo
interno: o país importa 30% do petróleo que consome. 40% da energia utilizada na Índia é fornecida por
hidrelétricas e 25% da eletricidade é gerada por usinas nucleares, já que o país conta com importantes e
sofisticados centros de pesquisa atômica. Esse interesse pelo átomo decorre também de fatores políticos: a
construção de ogivas nucleares para fins militares. Até hoje, a Índia – assim como o Paquistão – recusa-se
a assinar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, hoje quase que universalmente aceito.

DADOS POLÍTICOS DA ÍNDIA


NOME OFICIAL - República da Índia
CAPITAL - Nova Delhi
MOEDA - rúpia indiana
ESTRUTURA POLÍTICA - República Parlamentarista
PRINCIPAIS PARTIDOS - Congresso Nacional Indiano e Partido Janata
PODER LEGISLATIVO - bicameral (Conselho do Povo e Casa do Povo)

37_17

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A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

A Ásia, com uma extensão de 44 milhões de quilômetros quadrados – aproximadamente 30% das terras
imersas do globo - é o maior continente do planeta, apresentando climas, relevos e paisagens botânicas
muito diversificadas. Seus 3 bilhões de habitantes compõem metade da população mundial. O nordeste
asiático, que abrange a Coréia do Norte, a Coréia do Sul, o Japão, a Mongólia e Taiwan, tem como
principal país a República Popular da China.
OS LIMITES GEOPOLÍTICOS DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
A China, cuja área é de 9.596.961 km2, tem como limites:
OS LIMITES DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
NORTE - Mongólia

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NORDESTE - Rússia
LESTE - Coréia do Norte, Mar Amarelo e Estreito de Formosa (Taiwan)
SUL - República Democrática do Vietnã, Laos, Butão e Mianmá (ex-Birmânia)
OESTE - Paquistão, Tadjiquistão e Quirguízia
SUDOESTE - Índia e Nepal
NOROESTE - Cazaquistão

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O RELEVO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

O relevo chinês apresenta enormes contrastes altimétricos.


O RELEVO CHINÊS
OESTE - cordilheiras e planaltos que descem em direção a leste, destacando-se a Cordilheira do
Himalaia, com altitudes superiores a 4.000m
NOROESTE - os planaltos da Ásia Central, com destaque para o Sin Kiang, de estrutura sedimentar,
onde estão presentes bacias hidrográficas sem escoamento para o mar, fundamentalmente o rio Tarim
NORDESTE - o planalto da Mongólia interior contorna o deserto de Gobi,onde se localiza a planície da
Manchúria

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CENTRO-OESTE - o planalto do Tibete


LESTE - extensas planícies aluviais cortadas por grandes rios, como o Rio Amarelo (Huang Ho), com
solos extremamente férteis
SUDESTE - a planície da China setentrional, marcada pela presença do Rio Azul (Tsé-Kiang) e dos
baixos planaltos da Bacia Vermelha
AO SUL DO RIO YANG TSÉ-KIANG (AZUL) - planaltos rebaixados e inúmeras pequenas bacias
fluviais

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HIDROGRAFIA
Os grandes rios chineses são:
AS BACIAS FLUVIAIS CHINESAS
RIO AMARELO (HUANG HO) - nasce nas áreas montanhosas do Tibete e deságua nas proximidades
de Nanquim
RIO AZUL (YANG TSÉ-KIANG) - com 5.500km, também proveniente do Tibete, deságua entre
Nanquim e Xangai

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CLIMA E PAISAGEM BOTÂNICA

Os fatores que determinam o clima chinês são:


OS FATORES CLIMÁTICOS

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CONTINENTALIDADE
VENTOS MONÇÔNICOS
VARIAÇÃO LATITUDINAL DAS ALTITUDES

Na região do Tibete, as montanhas de grande altitude barram grandes massas de ar frio, o que implica uma
baixa pluviosidade e a presença de uma vegetação típica das estepes. Em Sinkiang, a continentalidade e a
barreira formada por relevos elevados determina climas desértico e semi-desértico. Quando do verão, o
degelo das montanhas forma rios temporários (ueds) e oásis, habitados por tribos nômades. Em toda a área
da Mongólia interior, o clima predominante é o desértico frio. Na realidade, 40% do território chinês são
marcados pela aridez ou, no melhor dos casos, pela semi-aridez.
No nordeste, as planícies existentes são vitimadas por ventos glaciais oriundos da Sibéria, apresentando
clima temperado do tipo continental, caracterizado por grandes amplitudes térmicas ao longo do ano,
enormes diferenças de temperatura entre o verão e o inverno e chuvas irregulares. O cenário botânico é
composto, fundalmentamente, por florestas de coníferas e estepes geladas.

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Em todo o país, o clima sofre uma grande influência das massas de ar. Durante o inverno, os ventos
polares, provenientes da Sibéria, e a massa continental fria e seca determinam as condições climáticas. Já
no verão, diminui a massa polar e a massa continental se desloca para a extremidade norte, fazendo com
que o território chinês seja alvo de uma quente e úmida massa oceânica, que se apresenta sob a forma de
ventos monçônicos. Em resumo, o sudeste e o sul conhecem altas temperaturas ao longo do ano inteiro,
inexistindo períodos efetivamente secos, pois as chuvas aumentam na época das monções, chegando a
atingir mais de 2.500mm anuais. Aí, o panorama botânico mostra uma bela paisagem de florestas tropicais.

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O cultivo do arroz é possibilitado pelas cheias de verão que inundam os deltas fluviais, onde se concentra a
grande maioria da população chinesa.
Climas variados determinam paisagens vegetais diversificadas, como se pode observar no mapa abaixo.

O NORDESTE SECO
“Ao norte do Taka Makan (Sink-Yang) fica o lugar mais fundo (-155 metros) e mais quente da China, a
depressão de Turfan. Aí, a temperatura já chegou a 75º C , mas Turfan, um local de parada na velha Rota
da Seda, que rodeia as montanhas Tian, ao norte, é também um oásis. O calor é repelido pela sombra das
parreiras irrigadas por canais subterrâneos que drenam cursos d’água das montanhas. Os canais, alguns
deles centenários, permeiam o deserto como uma colméia e são alimentados através de poços de acesso
que salpicam as areias.
Embora os canais mantenham as vinhas úmidas, elas são fustigadas pelo frio abaixo de zero no inverno e
pela areia que o vento sopra durante os três meses da primavera. O vento, chamado de “furacão negro”,
costuma “sepultar” as pessoas em suas casas por vários dias. Os recentes programas de reflorestamento
criaram cordões de proteção em torno do oásis e reduziram aquele perigo, além de introduzirem árvores
numa paisagem que já foi tão desprovida delas, como a vizinha Mongólia – onde, dizem, “é preciso andar
100 quilômetros para se enforcar”. O reflorestamento também transformou o cultivo de uvas numa
pequena indústria. Hoje, o oásis produz passas e vinte diferentes vinhos.
Outros oásis de Sin Kiang são também altamente produtivos. No mercado da vila de Hami, dois visitantes
recentes viram “pães de crosta dourada” e “boxes repletos de cenouras, berinjelas e várias qualidades de
feijão, inclusive uma com vagem de mais de 30 centímetros e grãos arredondados”. Havia abóboras em
profusão, cebolas, suculentos pimentões verdes, aipo, alface e pepinos, além do perfumado melão Hami,
cada um “rotulado pelo produtor com a marca em relevo.”
Nações do Mundo – China – Ed. Cidade Cultural, pág. 54 – RJ - 1987

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UMA CIVILIZAÇÃO MILENAR

A China (termo que significa o “Império do Meio” ou o “Centro do Mundo”), uma das mais antigas
civilizações do planeta, conheceu, ao longo de sua história, um duplo e antagônico processo: por vezes, o
país inteiro se agrupava ao redor de um governo central; em outros momentos, conflitos internos
provocavam uma quase total desintegração. Alguns sinólogos (denominação dada aos peritos em assuntos
chineses) dão a esse processo o nome de “a teoria do nó”, pois, em certos períodos, a nação chinesa estava
atada por uma administração centralizadora, períodos esses seguidos por um caótico desatar e a
emergência de poderes regionais nas mãos dos “warlords”, “senhores da guerra”, que possuíam exércitos
particulares, exercendo o mando político em moldes feudais.
O Estado chinês se consolidou há aproximadamente 2.200 anos, sob o Imperador Qin Shihuan, que, na
ocasião, implantou o sistema único de escrita baseado em ideogramas, até hoje prevalecente no país. O
significado dessa inovação foi a unificação da grafia numa nação na qual eram falados centenas de
idiomas. Agora, embora mantendo suas próprias línguas, os chineses podiam ler os mesmos textos. No
quadro abaixo, resumiremos as primeiras fases da história chinesa:
OS PRINCIPAIS MOMENTOS DA VELHA CHINA
DINASTIA TANG (618 – 907) - restabelecimento da unidade chinesa após um longo período de
fragmentação política; a unidade refeita permitiu a criação de uma civilização sofisticada e refinada
DINASTIA SONG (960 – 1279) - grande desenvolvimento artístico e tecnológico, superior a qualquer
outra sociedade da época

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UM FEITO TÉCNICO - a partir do século 3 a.C., os chineses, visando impedir invasões militares
provenientes do norte, levaram a efeito a construção da Grande Muralha, com 5.000km de extensão. Em
1276, os mongóis, encabeçados por Gengis Khan, superaram essa barreira defensiva e tomaram a China
que foi por eles governada até 1368
UMA REVOLUÇÃO CULTURAL - marcou profundamente a cultura chinesa a figura de Confúcio
(Kung Fu-Tze), filósofo cujos princípios básicos eram: a responsabilidade social de todos os indivíduos;
o papel fundamental da família na comunidade; a honestidade no trato dos assuntos de Estado; o respeito
aos mais velhos e a importância da lealdade. Na mesma época, o pensador Lao-Tse escreveu a obra
fundamental do “taoísmo”, cujo titulo é “Tao Te Ching” (“O Caminho da Virtude”), que valoriza a
naturalidade, a simplicidade e a espontaneidade
SÉCULO XIII - contatos com o Ocidente, iniciados com a chegada à China do mercador veneziano
Marco Polo
SÉCULO XVI - navegadores portugueses fundam, em território chinês, o enclave de Macau
DINASTIA QUING (1644 – 1911) - provenientes da Manchúria, os Imperadores Quings submeteram os
diversos povos locais e moldaram, em termos básicos, o território da China moderna. Além disso, no
século XVIII, a dinastia Manchu, além de propiciar um grande desenvolvimento econômico e cultural,
expandiu o império, transformando a Coréia, a Indochina, o Sião (hoje, Tailândia), o Nepal e a Birmânia
(atualmente, Mianmá) em estados vassalos
CONFLITOS - a expansão chinesa, além de exigir enormes recursos financeiros, entrou em choque com
interesses geopolíticos de outras potências: na região sudeste, o governo de Beijing esbarrava com a
França que então controlava a Cochinchina (depois, Indochina Francesa); ao sul, a presença chinesa
incomodava a Inglaterra, que, na ocasião, dominava a Índia; e, ao norte, eram freqüentes os conflitos com
o Império Russo
PROBLEMAS ECONÔMICOS - a vida comercial chinesa era vítima de um excessivo controle estatal,
que dificultava o crescimento econômico. As principais rotas mercantis eram: ao sul, Cantão, “porta de
entrada” dos produtos da Europa Ocidental; na região setentrional, o comércio com a Rússia passava por
Kiakhta. Os principais produtos chineses então exportados eram: seda, porcelanas, soja, chá, laca e
ópio.
PROBLEMAS ADMINISTRATIVOS - ineficiência burocrática e corrupção na Corte, no Exército e
nos quadros administrativos. Progressivamente, proliferaram rebeliões regionais, em sua maioria
provocadas por grupos étnicos minoritários

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Pagode chinês
Já no início do século XIX, o Estado imperial chinês, em função de seus problemas internos,
experimentava enormes déficits na balança comercial. Além de um grave surto inflacionário, que provocou
a queda do preço da prata – então usada como moeda, a China tornou-se praticamente dependente de um
só produto de exportação: o ópio. Era cada vez mais evidente, para os analistas da realidade chinesa, que a
Dinastia Quing estava em franca decadência, expressa pela crescente perda de territórios. Nesse contexto, a
China foi obrigada a enfrentar um poderoso inimigo: a Grã-Bretanha.

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A PRIMEIRA GUERRA DO ÓPIO (1839 –1842)


CAUSAS DO CONFLITO - em 1820, os ingleses haviam obtido a exclusividade das operações
comerciais no porto de Cantão. Importador de seda, chá e porcelana, então em moda no continente
europeu, a Inglaterra conhecia um grande décifit comercial em relação à China. Para compensar suas
perdas, a Grã-Bretanha vendia ópio indiano para o Império do Meio (China). O governo de Beijing
resolveu proibir a transação da droga. Isso levou Londres a declarar guerra à China
1839 – 1942 - a marinha e o exército britânicos, dotados de armamento moderno, venceram com
facilidade as tropas chinesas
CONSEQÜÊNCIAS DA VITÓRIA - a China foi obrigada a entregar 5 portos livres para o comércio
britânico, além de conceder o território da ilha de Hong Kong

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Em 1853, o trono chinês foi abalado pela rebelião de Taiping, quando rebeldes controlaram, durante 11
anos, grande parte do território meridional do país, sendo esmagados com o apoio de tropas ocidentais.
Apesar de todos os percalços, a China continuava a comprar grandes quantidades de ópio, que se tornaram
um vício nacional, remetendo prata para o ocidente, o que empobrecia ainda mais a nação. Em 1856,
eclodia a Segunda Guerra do Ópio.
A SEGUNDA GUERRA DO ÓPIO (1856 – 1860)
CAUSA BÁSICA - interesse ocidental em submeter definitivamente a China ao domínio imperialista
O CONFLITO - tropas anglo-francesas tomam Beijing (Pequim)
CONSEQÜÊNCIAS - o governo chinês foi obrigado a assinar um acordo pelo qual mais sete portos
eram abertos ao comércio internacional. Além disso, era concedida permissão para implantação de
missões religiosas cristãs no território chinês

A decadência da dinastia Manchu teve continuidade com perdas territoriais para o Império Russo, então
em momentâneo expansionismo:
PERDAS CHINESAS PARA OS RUSSOS
1858 - os russos controlam as margens setentrionais do rio Amour
1864 a 1871 - perda de toda extensão noroeste do Sin-Kiang
1897 - perda da Manchúria
1912 - a região setentrional de Tannoutouva torna-se protetorado russo
1912 - a Mongólia se separa da China, tornando-se socialista em 1921, sob tutela soviética

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No final do século XIX, o Japão elabora um plano de expansão imperial, buscando controlar parte do
Pacífico e o sudeste asiático, regiões que compreenderiam, na terminologia nipônica, a “Esfera da
Co-Prosperidade Asiática”. Em 1894, após humilhante derrota militar, a China perde a Coréia e o Japão
ocupa a Ilha de Taiwan (Formosa). Antes disso, ainda em 1885, a China cede a Indochina à França. Em
1896, a Birmânia passa ao controle britânico.
Esse agudo processo de decadência provoca uma frustrada tentativa de reação: em 1900, um grupo
nacionalista chinês, os Boxers, tenta expulsar as nações imperialistas, cercando, por 55 dias, o bairro
ocidental de Beijing acabaram sendo trucidados por tropas ocidentais e japonesas.

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Os malogros externos, os conflitos internos, os constantes surtos de fome e a corrupção e ineficiência


administrativas levaram a Dinastia Quing à decadência final. Em 1911, o Partido Nacionalista
(Kuo-Min-Tang, Partido do Povo) derruba o Trono e, liderado pelo doutor Sun Yat-sen, proclama a
República.
O Kuo-Min-Tang era uma agremiação partidária formada por jovens intelectuais antiimperialistas, mas de
formação cultural ocidental: seus objetivos eram expulsar o ocidente da China, mas, simultaneamente,
modernizá-la segundo padrões europeus. Essas propostas democráticas desagradavam às velhas lideranças
militares chinesas, os “senhores da guerra” (“warlords”), e, em conseqüência, a China foi vitimada por
uma guerra civil, na qual as diversas áreas do país foram disputadas por chefes militares regionais, sempre
apoiados por potências estrangeiras, interessadas em abafar os ímpetos nacionalistas dos partidários de Sun
Yat-sen.
Em 1921, em Xangai, era fundado o Partido Comunista da China, que, num primeiro momento, aliou-se
ao Kuo-Min-Tang, ajudando-os a enfrentar os chefes militares locais. Em 1927, o Partido Nacionalista,
vitorioso na guerra civil, massacrou mais de 40 mil lideranças comunistas. Como represália, o líder
vermelho Mao Zedong (Mao Tse-tung), que propunha uma revolução campesina para socializar a China,
deu início a uma Revolução nascida no campo. O líder do Kuo-Min-Tang, o generalíssimo Chiang
Kai-shek, deu violento combate aos comunistas, forçando-os a uma longa e dolorosa retirada para as áreas
montanhosas do norte, episodio conhecido como “A Longa Marcha” (1934).
Em 1937, o Japão atacou a China, obrigando o governo a firmar um acordo com os comunistas, formando
uma “frente ampla” contra os nipônicos. Esse acordo nem sempre foi cumprido, sendo intermitentemente
violado: um absoluto caos tomou conta da China. Por vezes, comunistas e nacionalistas combatiam o
Japão; de quando em vez, lutavam entre si.

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A INVASÃO NIPÔNICA
Entre os anos de 1937 e 1941, o avanço japonês na China foi fulminante. Em Xangai, as tropas do Império
do Sol Nascente (Japão) cometeram inenarráveis atrocidades, inclusive atacando a Zona Internacional da
Cruz Vermelha, que abrigava as comunidades estrangeiras da cidade. A própria capital, Beijing, caiu sob
ocupação nipônica. O governo nacionalista, encabeçado por Chiang Kai-shek, estava à beira do total
colapso, apesar do apoio de pilotos americanos que se apresentaram como voluntários das famosas
esquadrilhas dos “Tigres Voadores”. Em dezembro de 1941, o Japão atacava a base aeronaval
norte-americana em Pearl Harbor: os EUA entravam na Segunda Guerra Mundial. Rapidamente, bilhões de
dólares vieram reforçar os exauridos cofres do governo chinês, agora apoiado por boa parte da população
nacional em função das atrocidades japonesas. Através da famosa estrada denominada a “Rota da
Birmânia” e por meio de uma “ponte aérea”, os EUA abasteciam e alimentavam o esforço de guerra
chinês. Em 1945, com a derrota do Japão, o governo nacionalista ganhou, pelo menos aparentemente, um
novo impulso, graças aos seguintes fatos:
O APARENTE FORTALECIMENTO DO KUO-MIN-TANG
Retomada dos territórios tomados pelo Japão, inclusive Beijing
Reconhecimento internacional como nação vencedora da Segunda Guerra Mundial
Membro fundador da Organização das Nações Unidas, ocupando cargo permanente no Conselho de
Segurança daquela entidade
Participação em todas as conferências internacionais do pós-guerra

Contudo, Chiang Kai-shek tinha de fazer face a um grande problema: os comunistas.


A REVOLUÇÃO VERMELHA

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A TOMADA DO PODER
Findo o conflito mundial, reinicia-se a guerra civil entre o Exército Regular e o governo nacionalista e as
milícias guerrilheiras comunistas de Mao Zedong. Já em 1946, o Partido Comunista Chinês controlava a
maior parte do nordeste do território chinês e levava a efeito intensa guerra de guerrilha na extremidade
meridional do país. A corrupção generalizada dos militares, os erros táticos – fundamentalmente a
concentração de forças nas áreas urbanas, deixando os campos em mãos comunistas, a grande extensão do
país, o apoio campesino aos vermelhos e a brutal inflação, que então assolava a China, facilitaram a vitória
comunista. No dia 1º de outubro de 1959, Mao Zedong entrava em Beijing, fundando a República Popular
da China. Para fugir à total derrota, o governo nacionalista instalou-se em Taiwan (Formosa), recriando a
República da China, com capital em Taipé.
“No segundo semestre de 1947, começa a contra-ofensiva estratégica do Exército Popular de Libertação
(EPL). Na Manchúria, as tropas comandadas por Lin Biao lançam-se ao ataque, secundadas pelas forças de
Liu Bo-Cheng e Chen Yi, que atravessam o rio Amarelo e ameaçam as províncias centrais da China. Em

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junho de 1948, os comunistas reúnem 3 milhões de soldados regulares e as “áreas libertadas” abrangem
168 milhões de habitantes. Numa primeira fase, os comunistas concentram-se em “aniquilar” as forças
armadas inimigas, colocando num plano secundário a ocupação de territórios ou cidades. Mais tarde, a
partir do segundo semestre de 1948 e, gradualmente, começarão a atacar cidades médias e grandes,
passando para a guerra de posições. Em fins de 1948 e começo de 1949, realizam-se três grandes e
decisivas batalhas: a da Manchúria, de setembro a novembro de 1948; a do rio Huai, entre novembro de
1948 e janeiro de 1949; e a do norte da China, entre dezembro de 1948 e janeiro de 1949. As forças do
Exército Popular de Libertação saem vitoriosas, ocupando as cidades da Manchúria e importantes centros
urbanos e industriais no norte e no centro da China. Em janeiro de 1949, cairão Kalgan, Tientsin e Pequim.
A sorte da guerra estava decidida – em abril os comunistas atravessam o Yangzi e ocupam Nanquim; em
maio será a vez de Shangai; em outubro, finalmente, Cantão passa às mãos dos comunistas. Desde o início
de 1949, Chiang Kai-shek partira para Taiwan, onde instalaria o “seu” governo.
Os comunistas tentam adequar-se ao ritmo vertiginoso das vitórias militares. A principal preocupação é
alargar ao máximo a frente social e política contra o Kuomintang. Os revolucionários criticam os
“excessos” verificados na aplicação da Lei de Reforma Agrária (perseguição aos médios camponeses,
arbitrariedades em geral etc.) e restringem seus efeitos às “velhas” áreas libertadas, ou seja, àquelas que já
existiam como tal durante a guerra antijaponesa. Em relação às áreas libertadas depois de agosto de 1947
(chamadas de “novas”), a política agrária será bem mais flexível (limitações do direito de cobrança de
arrendamentos, diminuição das taxas de juros e impostos progressivos, segundo a riqueza de cada um).
Também em relação às cidades, a política será bastante moderada: apelos à concórdia, conclamações aos
quadros de funcionários e intelectuais para não abandonarem os empregos, garantias aos proprietários em
geral – comerciantes e industriais – contra expropriações “arbitrárias”, apelos específicos à “nova” classe
média urbana e à burguesia “nacional” (não comprometida com os traidores da pátria) para permanecerem
em seus afazeres habituais.
Em novembro de 1948, os comunistas relançam a idéia da Conferência Política Consultiva, reunindo os
pequenos partidos de “centro”, inclusive um “Comitê Revolucionário do Kuomintang”, formado em Hong
Kong em oposição ao caráter antidemocrático e antinacional do governo de Chiang Kai-Shek. Em junho de
1949, instala-se um comitê preparatório da Conferência, em Pequim. A 21 de setembro de 1949, abre-se
formalmente a Conferência com um amplo leque de forças políticas: 142 delegados representam os
diversos partidos políticos (16 são enviados pelo PCC); 102 delegados representam as áreas libertadas; 60
falam em nome do Exército Popular de Libertação; 206 vêm pelas organizações populares (mulheres,
jovens, sindicatos etc.), registrando-se ainda a presença de 75 personalidades independentes. A
Conferência aprova um Programa Comum e elege um governo presidido por Mao Zedong. No dia 1º de
outubro de 1949, proclama-se a República Popular da China (RPC). Mao Zedone exclama: “Nunca mais os
chineses serão um povo escravo!”.”
Reis Filho, Daniel Aarão. A revolução chinesa. Brasiliense, 1981, págs 94 a 96.

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AS ETAPAS DO COMUNISMO CHINÊS


A República Popular da China, buscando implantar o socialismo, passou pelas seguintes fases:
OS PASSOS DO COMUNISMO CHINÊS
PLANEJAMENTO ECONÔMICO CENTRALIZADO (1949 – 1954) - adotando o modelo soviético
de “Planos Qüinqüenais”, o governo de Beijing, de início, deu prioridade aos investimentos na indústria
pesada, preterindo os bens de consumo e a indústria leve. Além disso, foi levada adiante a reforma
agrária, implantando-se a propriedade coletiva do campo. Essa ênfase na industrialização drenou recursos
da produção rural, empobrecendo os camponeses sem conseguir um crescimento urbano-industrial
significativo
“A POLÍTICA DAS CEM FLORES” - em meados dos anos 50, em razão do fracasso da
industrialização, o Partido Comunista Chinês lançou a seguinte palavra de ordem: “que brotem cem flores
de pensamento” para definir os rumos do socialismo. Noutros termos, os quadros do Partido deveriam
discutir as diversas propostas para a construção da sociedade comunista. Entretanto, quando muitos
membros do PCC começaram a questionar a ausência de democracia e apontar os erros do governo, foi
lançada uma “campanha antidireitista” para eliminar a oposição
“O GRANDE SALTO PARA FRENTE”(1958) - O PCC formulou um projeto de aceleração da
industrialização num país de base camponesa. A idéia era transformar a China numa nação desenvolvida
e igualitária num curto período de tempo. Os camponeses foram obrigados a se agrupar em gigantescas
comunas agrícolas, sendo instalados pequenos fornos siderúrgicos em todas as regiões do país. Esses,
como matéria-prima, usavam todos os utensílios de metal que as famílias possuíam, tais como panelas,
talheres e objetos de adorno. A grande conseqüência do “grande salto para frente” foi uma total
desorganização da economia chinesa, o que causou a morte, pela fome, de milhares de camponeses
UM PROBLEMA PARA MAO ZEDONG - em 1962, o líder comunista faz uma autocrítica de seus
erros na direção da economia, sendo substituído por Liu Shao-chi e Deng Xiaoping na condução dos
assuntos internos. Entretanto, Mao mantinha o controle do Exército Popular de Libertação e era o
responsável pela política externa
ANOS 60 - a China rompe com a União Soviética. Os motivos dessa cisão foram: conflitos fronteiriços
entre os dois países e, fundalmentamente, as críticas feitas pelo governo chinês ao XXº Congresso do
Partido Comunista da União Soviética (1956), quando Nikita Krutschev, em seu famoso “Relatório
Secreto”, denunciava os crimes cometidos por Stálin. A China alega que a União Soviética renegara o
socialismo, incorrendo no “social-revisionismo”. Outro motivo da irritação chinesa foi o fato de que os
soviéticos não repassaram os segredos da tecnologia nuclear para o governo de Beijing
“A REVOLUÇÃO CULTURAL” (1966 – 1975) - buscando retomar plenos poderes, Mao Zedong
acusa os quadros partidários de “direitismo”, “elitismo burguês” e “vícios burocráticos”. Tornava-se,
portanto, necessário uma campanha de implantação de “valores culturais socialistas”. Baseados no então
bastante difundido “Livro Vermelho” do Camarada Mao, composto de alguns slogans simplistas de
caráter didático, milhões de estudantes, os “Guardas Vermelhos”, saíram às ruas para combater os
“desvios burgueses” da sociedade e do Partido. Fábricas e universidades foram fechadas, pois, na opinião
em voga, era preciso combater a “ideologia fascista da hierarquia do saber”; nas escolas que
permaneceram, foram abolidas provas e exames, “típicos exemplos da competitividade burguesa”;
professores foram espancados e intelectuais tiveram de se deslocar para o campo, onde trabalhariam e
seriam submetidos à crítica por parte das massas; combateu-se a medicina mais sofisticada, substituída
pelos “médicos de pés no chão”, jovens que recebiam um rápido treinamento para ajudar na cura de
endemias e outras doenças que afetavam a imensa maioria da população: doenças cardiovasculares são
“enfermidades burguesas”; a malária, o impaludismo, a febre amarela são males das camadas populares,
era então o slogan em moda na China. Durante o período da “Revolução Cultural” foi terminantemente
proibida a entrada dos valores e idéias ocidentais: livros que expunham o pensamento do ocidente foram

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queimados; a China se fechou para o mundo; seus atores, que viviam personagens individuais, foram
colocados no ostracismo: só as massas podem estar representadas nos filmes e nos palcos
A TEORIA DO “CAMPO CONTRA A CIDADE” - coerente com os preceitos da Revolução Cultural
e rompida com a União Soviética, a China, no plano da política externa, busca se tornar uma nova
“Meca” do comunismo internacional, liderando os países pobres do hemisfério sul contra as nações ricas
do norte: uma versão mundial da revolução campesina que tomava poder na China. Em quase todos os
países do mundo, os Partidos Comunistas, até então monoliticamente fiéis a Moscou, foram vitimados
por cisões internas: proliferaram “alas chinesas” nas agremiações partidárias comunistas. Na Península
Balcânica, a Albânia aderia ao “modelo chinês”. Seguindo essa orientação, no Brasil seria fundado o
Partido Comunista do Brasil (PC do B), rompendo com o pró-soviético Partido Comunista Brasileiro
(PCB)
UMA VITÓRIA - em 1971 o governo comunista substituiu Taiwan como representante da China na
Organização das Nações Unidas (ONU)
UMA CURIOSA APROXIMAÇÃO - nos anos 70, os EUA, buscando isolar a União Soviética,
estabeleceu contatos com o governo de Beijing e, em 1976, os EUA e a República Popular da China
anunciaram a retomada de relações diplomáticas.
A MORTE FAZ DIFERENÇA - em 1975, morria Mao Zedong: eclodia um conflito interno no PCC; de
um lado, os radicais (então chefiados pelo “Grupo dos Quatro” de Xangai, destacando-se a viúva de Mao,
Jiang Qing); de outro, os “pragmáticos”, que privilegiavam a eficiência econômica e administrativa em
detrimento da “pureza ideológica”
“NÃO IMPORTA SE O GATO É CINZA OU PRETO, IMPORTA QUE ELE CACE O RATO” -
baseado nesse slogan, a linha pragmática, liderado por Deng Xiaoping, toma o poder, implantando o
curioso “socialismo de mercado”, buscando conciliar o dirigismo político comunista com a abertura e
liberalização econômicas
A CHINA, HOJE - o país, nesses últimos anos, vem experimentando uma série de profundas reformas:
maior liberdade de expressão e crítica; dissolução das comunas populares agrícolas, sendo as terras, ainda
sob posse estatal, distribuídas entre as famílias; permissão de produção para o mercado; criação das
Zonas Econômicas Especiais (nas proximidades de Hong Kong e Macau), abertas aos investimentos
estrangeiros; maior autonomia aos gerentes das fábricas; progressiva retirada dos subsídios estatais aos
preços dos bens de consumo, agora regulados pelo mercado e fechamento das empresas deficitárias, o
que vem aumentando, de forma alarmante, o desemprego no país

A DEMOCRATIZAÇÃO TEM LIMITES: O MASSACRE DA “PRAÇA CELESTIAL” (1989)


A abertura econômica e a relativa liberalização do regime estimularam a juventude, principalmente a
estudantil, a pedir uma plena democratização. Em abril de 1989, milhares de estudantes se reuniram na
praça Tiananmen (“Praça da Paz Celestial”), no centro de Beijing. Este agrupamento de jovens estimulou
centenas de grupos dissidentes a contestar publicamente o monopólio do poder exercido pelo Partido
Comunista. O regime socialista parecia estar vivendo seus estertores finais. Em 4 de junho, após uma longa
hesitação e acalorados debates entre as lideranças reformistas e conservadoras, o governo reagiu com
violência: tropas e tanques expulsaram os oposicionistas, esmagando milhares de pessoas que então
ocupavam a praça agora ironicamente denominada “Paz Celestial”. A ação governamental deixava clara a
orientação do PCC: reformas econômicas devem ser feitas, mas o controle político do país tem de
permanecer sob absoluto controle do Partido.

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DOIS ÊXITOS EXTERNOS


O projeto geopolítico da China tem como base a reintegração dos territórios que, por longo tempo,
permaneceram em mãos estrangeiras. Em 1997, a República Popular da China recuperou Hong Kong,
firmando o princípio de “uma nação e dois regimes”. Dois anos depois, a possessão portuguesa de Macau
foi retomada pelo governo de Beijing.
HONG KONG
“A pequena colônia britânica de Hong Kong, situada na costa sul da China, é considerada o terceiro
centro financeiro do mundo, depois de Nova Iorque e Londres, e ocupa o décimo-sétimo lugar no
comércio internacional.
O Território era parte do antigo e bem organizado sistema administrativo chinês. A ilha de Hong Kong
foi cedida ao Reino Unido em caráter “perpétuo” em 1842, quando os ingleses atacaram a China na
Primeira Guerra do ópio. Em 1898, os britânicos obrigaram Pequim (atual Beijing) a ceder, por um
arrendamento de 99 anos, a zona rural situada ao norte de Kowloon, conhecida com Novos Territórios.
Hong Kong foi utilizada como centro comercial, sendo um ponto de entrada para a China. Na década de
50, após a vitória comunista, os Estados Unidos e o Reino Unido impuseram um bloqueio comercial à
China. Hong Kong teve que importar todo seu consumo básico do ultramar e fomentar as exportações.
Após isso, tornou-se um grande exportador de têxteis, peças de vestuário, produtos de plástico e
eletrônicos. Da mesma forma que em Taiwan e na Coréia do Sul, esse desenvolvimento foi
generosamente apoiado pelas potências ocidentais, interessadas em promover esses “bastiões” da Guerra
Fria.
O crescimento do comércio e da indústria de exportação transformou Hong Kong em um centro
financeiro, de comunicações e de transporte. Para isso, também contribuiu a política de governo,
estabelecendo baixos impostos, tarifas aduaneiras mínimas, confiabilidade e liberdade para os
movimentos do capital.
No final dos anos 70, Hong Kong tinha um dos melhores portos naturais do mundo, sofisticados sistemas
internacionais de investimentos e comércio e grandes e modernos terminais de carga. Estima-se que entre
30 e 50% do comércio exterior da China seja realizado através de Hong Kong. (...)
O governador de Hong Kong, indicado pelo governo britânico, tinha poderes absolutos na administração
cotidiana do território. Ele era assistido por um Conselho Executivo e um Legislativo, cuja maioria de
membros representava grupos empresariais, financeiros e profissionais.
No começo da década de 80, Londres e Pequim iniciaram conversações sobre o futuro de Hong Kong,
pois o arrendamento por 99 anos da maior parte do território terminava em 1977.
Antes de começar as negociações com a China, Londres aprovou leis de imigração especiais que
rebaixavam o status dos 3,25 milhões de residentes nascidos em Hong Kong, que possuíam passaporte e
cidadania britânicos. As mudanças aprovadas retiravam dessas pessoas todos os direitos de fixarem
residência no Reino Unido e de transmitirem e nacionalidade a seus descendentes. Criou-se o passaporte
de cidadão de Território Britânico Dependente, que não confere cidadania real em nenhuma nação. O afã
de obter passaportes estrangeiros (com freqüência caribenhos e latino-americanos), muitas vezes através
de compra ou suborno, fez surgir um verdadeiro tráfico ilegal e escândalos internacionais.
As negociações sino-britânicas resultaram em um acordo em que ficou acertado que a China recuperaria a
soberania sobre a totalidade do território em 1997, porém este contaria com um “alto grau de autonomia”
como Região Administrativa Especial da China. Hong Kong, manteria seu atual “sistema social e
econômico” por pelo menos 50 anos a partir de 1997; disporia de poderes executivo, legislativo e
judiciário, emitiria sua própria moeda e continuaria a ser um território regido por leis próprias em relação

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à imigração e a controles aduaneiros. Pequim, por seu lado, reservou-se o controle da defesa e das
relações exteriores.
A China anunciou que o acordo continha um novo e importante conceito – “um país, dois sistemas” –
também aplicado na colônia portuguesa de Macau, e insinuou, mais de uma vez, que podia ser o princípio
de reincorporação de Taiwan. Ficou acertado que uma Lei Básica, com detalhes sobre o funcionamento
do território após 1977, funcionaria como uma Constituição. (...)
No dia 1º de julho de 1997, a zero hora, a China recuperou o controle de Hong Kong, depois de 155 anos
de domínio colonial britânico. O empresário Tung Chi Hua foi designado para liderar o novo governo da
ilha, assistido por um Conselho Legislativo.
De acordo com a nova lei, Hong Kong conservará por 50 anos seus direitos e liberdades, sua autonomia
judicial, sua natureza de centro financeiro, bem como seu modo de vida. A China reservou para si o
controle da defesa e das relações exteriores.
A reunificação iniciou a etapa “um país, dois sistemas”, pela combinação da economia de livre mercado
de Hong Kong com o rígido controle político do resto a China.”
Enciclopédia do Mundo Contemporâneo pág. 199 – Publifolha – Editora Terceiro Milênio

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MACAU
“O pequeno enclave português de Macau está situado no estuário do rio Pérola, em frente a Hong Kong.
Em 1557, os portugueses o estabeleceram como um elo importante na cadeia de portos comerciais que se
estendia da Europa por toda a costa da África e da Índia, até Melaka e Nagasaki no Japão. Portugal pagou
o arrendamento até o ano de 1849, quando o declarou território independente. A China aceitou esse fato
em 1887, quando Portugal se comprometeu a não “alienar jamais Macau e suas dependências sem o
consentimento da China”; em 1951 foi declarado província portuguesa de ultramar.
Durante centenas de anos, Macau representou o ponto de contato principal para as relações comerciais
entre a Europa e o vasto império chinês. Com o aparecimento da vizinha colônia britânica de Hong Kong
e de Portugal como polêmica colonial, Macau perdeu importância.
Em 1974, logo depois da queda do regime de Antônio de Oliveira Salazar, o governo português voltou a
oferecer à China a devolução da colônia. Preocupada em não alarmar Hong Kong ou Taiwan, a China
tampouco aceitou. Então, o governo português declarou unilateralmente que Macau era “território chinês,
administrado por Portugal.”
Em 1985, como as negociações sino-britânicas sobre o futuro de Hong Kong estavam encaminhadas, a
China chegou a um acordo com Portugal, segundo o qual Macau seria devolvido em 1999, em condições
similares as de Hong Kong, em relação à manutenção de certa autonomia.
Para Portugal, Macau era um enclave de pouca utilidade, isolado do governo central a milhares de
quilômetros de distância, com uma administração apática.(...)
Em 1988, o governo começou a permitir a entrada de trabalhadores chineses, o que foi considerado pelas
organizações sindicais uma manobra para não aumentar os salários.
Macau possui poucos recursos naturais. A China fornecia parte da água consumida e, desde 1984, energia
elétrica. No entanto, a partir de de 1989, mais de 90% da eletricidade consumida era produzida no país. A

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colônia dependia do turismo, de algum intercâmbio comercial com a China e da indústria leve
(especialmente de brinquedos e têxteis). Quando a China começou a liberalização econômica e criou uma
Zona Econômica Especial do outro lado da fronteira, iniciou-se a construção de um hotel e de um
aeroporto.
Em 1991, o novo governador Vasco Rocha Vieira franqueou as funções públicas aos cidadãos chineses, e
declarou o chinês, junto com o português, língua oficial. Nas eleições legislativas de setembro de 1992,
as organizações pró-China obtiveram a maioria dos assentos.
Em 1993, foi aprovado o esboço final da Lei Básica, que serviria de Constituição para o território a partir
de 1999, quando Macau se tornou uma região administrativa especial da China Popular, com governo
designado por um colégio eleitoral local e um Conselho Legislativo com mandato até 2001.
Ao menos por esse período, o texto garante a continuidade da economia de mercado e de cassinos,
proíbe a imposição de tarifas chinesas e não inclui a pena de morte nem as condenações à prisão
perpétua, vigentes no resto da China.
Em 20 de dezembro de 1999, Macau tornou-se uma das Zonas Econômicas Especiais, criadas por Deng
Xiaoping nas províncias de Cantão, Shenzhen, Zhuhai e Shatou, onde são permitidos alguns aspectos da
economia de mercado.”
Enciclopédia do Mundo Contemporâneo pág. 203 – Publifolha – Editora Terceiro Milênio

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OS ATUAIS OBJETIVOS GEOPOLÍTICOS DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA


O governo de Beijing tem evidentes e bem definidos interesses geopolíticos. Em primeiro lugar, a
recuperação de Taiwan, denominada pelos comunistas de “província rebelde”. Em hipótese alguma, a
República Popular da China aceitaria uma declaração formal de independência de Formosa, que se
auto-intitula de República da China. Sem dúvida, qualquer atitude nesse sentido, por parte do governo de
Taipé, provocaria uma violenta ação militar chinesa. Após a reintegração de Hong Kong e Macau, Beijing
vem propondo para Taiwan a mesma fórmula adotada naqueles dois territórios: “uma nação e dois
sistemas”. Com a intenção de provocar agressivamente Taiwan, a China ocupou o arquipélago Dongsha
(“Pratas”), situado nas proximidades de Formosa, além de ambicionar a ilha de Penghú (“Pescadores”),
também desejada pelo governo de Taipé.
O segundo objetivo chinês é a expansão para o Mar da China Meridional, onde reivindica soberania sobre
uma área de mais de 800 mil quilômetros quadrados. Essa região é também disputada pelo Vietnã e por
Taiwan, desejosos, assim como a China, do total controle dela – e pela Malásia, Brunei e Filipinas, que
ambicionam uma parte dela. Nessa região, os conflitos vêm ocorrendo no arquipélago Spratly, localizado
no mar territorial filipino, e também no arquipélago de Natuna, onde existem ricos campos de petróleo e
gás natural, atualmente explorados pela Indonésia. O arquipélago de Spratly é formado por quase 500 ilhas
e recifes coralíneos, abrangendo uma área de 700 quilômetros de comprimento e 300 de largura. 24 dessas
ilhas foram ocupadas pela República Democrática do Vietnã; 7, pela China; 6, pelas Filipinas; 3, pela
Malásia e 2 tomadas por Taiwan. Em 1995, as pendências na região foram agravadas pela ocupação
chinesa de uma ilha até então de domínio filipino, Mischief.

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ALGUNS PROBLEMAS GEOPOLÍTICOS


A República Popular da China mantém um frio relacionamento com o governo indiano, em razão de
disputas fronteiriças. Beijing reclama o território de Nefa, que compreende 84 mil quilômetros quadrados
do nordeste indiano. Por seu turno, Nova Delhi aspira retomar a região de Ak Sai Chin, localizada na
Caxemira e ocupada pela China na década de 60. Outro motivo de animosidade da Índia em relação à
China é o fato dessa última apoiar o Paquistão em seu conflito com a Índia pela posse da região da
Caxemira.
Sem dúvida, o mais grave problema geopolítico da República Popular da China é a questão do Tibete. Em
1911, logo após a revolução nacionalista que proclamou a República da China, Beijing declarou que o
Tibete era parte integrante do território chinês. Somente em 1950, as intenções chinesas se materializaram,
quando tropas do Exército Popular de Libertação ocuparam a área. Em 1959, nacionalistas tibetanos –
defendendo seus valores culturais e as práticas religiosas budistas tradicionais – promoveram um levante
contra o governo comunista, sendo esmagados. O fracasso da insurreição fez com que o grande líder
religioso do Tibete, o Dalai Lama, fugisse para a Índia onde reside até hoje. Buscando aparar arestas, o
governo chinês vem buscando uma aproximação com o Dalai, “convivência pacífica” cada vez mais
negada pelos partidários do grande chefe religioso, que hoje contam com explícito apoio de nações e

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personalidades ocidentais.

Outro problema para o governo de Beijing é o florescimento de movimentos separatistas na região de


Sin-Kyang. Aí, somente 38% da população pertencem à etnia Han – amplamente majoritária na República
Popular da China. Na região, predominam os Uigures, muçulmanos de origem turca. Em 1991, quando do
colapso da União Soviética, duas ex-repúblicas socialistas de religião islâmica, localizadas na fronteira de
Sin-Kyang, ganharam independência: o Cazaquistão e a Quirquízia. Os uigures se entusiasmaram pois
confiavam no apoio de seus “irmãos étnicos”. Para o dissabor daqueles, os dois países não quiseram entrar
em conflito com a poderosa República Popular da China e se abstiveram de qualquer atitude em prol dos
separatistas de Sin-Kyang. Além de não contarem com auxílio externo, os nacionalistas uigures, que
sonham em criar a República Oriental do Turquestão, perderam o apoio da maioria de sua própria
população devido ao grande surto de prosperidade vivido pela região, o que vem anestesiando os anseios
emancipacionistas locais.
Finalmente, na Mongólia Interior, também ocorre um movimento separatista da etnia mongol, embora essa
última seja minoritária face aos hans. Por esse motivo, e também pela falta de suporte da República da
Mongólia, os nacionalistas da Mongólia Interior limitam-se a pedir maior autonomia cultural e
democratização da China.

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A POPULAÇÃO CHINESA

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Com 1 bilhão e 300 milhões de habitantes, a China é o país mais povoado do mundo. Sua população,
contudo, é etnicamente homogênea: 91% são descendentes do grupo Han. O restante compreende mais de
50 etnias minoritárias, destacando-se tibetanos, manchus, mongóis e coreanos. Visando controlar essa
explosão demográfica, o governo de Beijing tem levado a efeito, ao longo dos últimos anos, uma política
de controle populacional, com relativo êxito.
A população chinesa está desigualmente distribuída pelo território, apresenta uma densidade demográfica
média de 130 hab/km2 – a maior dentre os países de grande extensão geográfica - mas apresentando vazios
demográficos enormes, notadamente nas regiões montanhosas de ocupação nômade, como, por exemplo,
no Tibete e nas áreas desérticas da Mongólia Interior e de Sin-Kyang. No leste do país, as bacias fluviais –
zonas propícias à agropecuária - a China conhece densidades demográficas acima de 2.000 hab/km2. Nas
colinas da extremidade meridional do país e nas planícies orientais – um quinto do território chinês -
habitam 80% da população. Tentando superar os problemas acarretados pela formação desses quistos
demográficos, o governo comunista tem subsidiado as migrações para as áreas despovoadas de Sin-Kyang
e da Mongólia Interior, onde se praticam a mineração e a agricultura irrigada. Graças à política de controle
demográfico do governo de Beijing, o crescimento vegetativo chinês tem sido de 1% ao ano. Contudo, esse
êxito é relativo pois, em função dos grandes contingentes populacionais, 1% significa um acréscimo anual
de 13 milhões de pessoas. Essa é a razão pela qual, na população chinesa, há absoluta predominância de
jovens (58% de pessoas abaixo de 25 anos), o que propicia uma fácil reciclagem da mão-de-obra ativa. Por
outro lado, uma população de jovens implica a necessidade de constante criação de empregos e de altos
investimentos sociais nas áreas da saúde e educação.
HISTÓRICO DA NATALIDADE NA CHINA
(número médio de filhos por mulher em idade fértil)
1950 - 6,2
1960 - 5,8
1970 - 4,8
1980 - 2,5
1990 - 2,2
2000 - 1,4

Em 1979, o governo chinês conseguiu acelerar a queda da taxa de natalidade graças a uma legislação que
determinava que cada casal só poderia ter um filho. Essa medida, se teve um aspecto positivo, aumentou,
de maneira significativa, o número de abortos de fetos do sexo feminino. Em conseqüência, a proporção de
nascimentos masculinos (116 homens para cada 100 mulheres) tornou-se muito maior que a média mundial

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(105 homens para cada 100 mulheres).


Em 1994, a China foi alvo de protestos mundiais quando adotou uma política de caráter eugênico (eugenia:
purificação racial). De fato, na ocasião entrou em vigor a Lei dos Cuidados Médicos à Maternidade e
Infância, pela qual pessoas portadoras de doenças contagiosas e mentais são estimuladas à adiar o
matrimônio. Além disso, proibiu-se o exame para verificação do sexo dos fetos e mães grávidas de
crianças portadora de doenças hereditárias são aconselhadas a abortar.
A China tem 70% de sua população vivendo nas áreas rurais e em pequenas aldeias. Sua urbanização,
portanto, é pequena: somente 20 cidades possuem mais de 1 milhão de habitantes.
AS MAIORES CIDADES CHINESAS
XANGAI - 13 milhões de habitantes
BEIJING - 11 milhões de habitantes
TIANJIN - 6,5 milhões de habitantes
SHENYANG - 5,2 milhões de habitantes
WUHN - 4,5 milhões de habitantes
CANTÃO - 3,4 milhões de habitantes
NANQUIM - 2,3 milhões de habitantes

Hoje em dia, o governo chinês tem interesse de limitar as concentrações urbanas, por meio da edificação
de pequenas e médias cidades e do controle do crescimento das grandes. Rigorosas restrições têm sido
impostas aos deslocamentos humanos entre as áreas urbanas e tem sido praticada uma política de incentivo
à transferência de populações citadinas para as áreas rurais, principalmente para as frentes de trabalho
pioneiras situadas no Tibete, Manchúria e Sin-Kyang.

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A ECONOMIA CHINESA: A AGROPECUÁRIA

A economia chinesa – extremamente diversificada e com grandes contrastes de desenvolvimento regional e


setorial – é fundalmentamente calcada na agropecuária, que ocupa 60% da população ativa e contribui com
25% do Produto Interno Bruto (PIB). Durante o apogeu do modelo “socialista”, a unidade produtora básica
eram as “comunas populares”, enormes fazendas coletivas que abrigavam uma média de 20 mil famílias e
que, além de suas atividades econômicas agrárias, desempenhavam também funções industrial, política,
administrativa, educacional, militar e social. Em 1979, quando da adoção do “socialismo de mercado”, as

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comunas populares têm sido desmanteladas e a ênfase, agora, é dada para o sistema de cooperativas, cujos
produtos são destinados ao mercado.
Nos últimos anos, as técnicas agrícolas têm sido modernizadas. Nas regiões áridas, estão sendo levados a
efeito enormes projetos de irrigação e recuperação dos solos pobres de material orgânico e, por
conseqüência, não agricultáveis. Isso ocorre fundalmentamente na Mongólia e em Sin-Kyang, onde,
atualmente, vem se difundindo o cultivo irrigado de trigo e algodão. Surpreendentemente, a China ocupa
hoje o primeiro lugar mundial de terrenos irrigados, cerca de 55 milhões de hectares.
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA (EM TONELADAS)
PRODUTOS 1959 1989 1995
Seda (primeiro produtor mundial) 68.000 63.000 71.000
Trigo (primeiro produtor mundial) 7.000.000 89.000.000 112.000.000
Arroz (primeiro produtor mundial) 13.450.000 77.000.000 189.000.000
Tabaco (primeiro produto mundial) - 1.700.000 3.500.000
Chá (segundo produtor mundial) 112.000 454.000 623.000
Algodão (segundo produtor mundial) 1.640.00 3.540.000 11.000.000
Milho (segundo produtor mundial) 9.000.000 65.000.000 105.000.000
Soja (terceiro produtor mundial) 2.730.000 11.000.000 13.000.000
Batata (terceiro produtor mundial) - 28.000.000 37.000.000
Cana (terceiro produtor mundial) 1.039.300 5.200.000 6.800.000

Na Manchúria e na bacia fluvial Huang Ho, na extremidade setentrional das planícies orientais, as boas
condições climáticas e a presença de solo fértil aluvial (“loess”) possibilitam o cultivo de beterraba, soja,
trigo, algodão e sorgo. Nas áreas meridionais, graças ao clima mais quente, proliferam produtos tropicais,
tais como a cana-de-açúcar, tabaco, frutas, chá, milho, arroz de inundação e amoreira (bicho-da-seda). O
arroz é o produto que ocupa as maiores regiões do espaço agrícola chinês, sendo produzido em vales
fluviais, que, ao longo do verão, apresentam altos índices de umidade.
A pecuária chinesa também vem progredindo, destacando-se os rebanhos de suínos (425 milhões de
cabeças, o primeiro do mundo), ovinos (123 milhões de cabeças, o segundo do mundo) e o de bovinos (100
milhões de cabeças, o quarto do mundo). Além disso, grande é a produção de galináceos (a primeira do
mundo), destacando-se, também, a criação de patos (65% da produção mundial).
Apesar do volume da produção agropecuária chinesa, por longo tempo, ainda não será suficiente para
atender à demanda interna. De fato, há, no país, 1 bilhão e 300 milhões de bocas ávidas de alimentos.

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A ECONOMIA CHINESA: A INDÚSTRIA


O desenvolvimento da indústria pesada é facilitado pela abundância de recursos minerais e energéticos
existentes no solo chinês. As principais riquezas são:
RECURSOS MINERAIS
TUNGSTÊNIO - primeira produção mundial
ESTANHO - primeira produção mundial
CARVÃO - primeira produção mundial
MINÉRIO DE FERRO - segunda produção mundial, fundalmentamente extraído na Manchúria
ANTIMÔNIO - terceira produção mundial
PETRÓLEO - quarta produção mundial
FOSFATOS - quarta produção mundial
OURO - quinta produção mundial
MANGANÊS
MERCÚRIO

No nordeste do país e ao longo do curso do rio Huang Ho, o potencial hidrelétrico – bastante grande –
ainda permanece parcialmente explorado, apesar das China deter a quinta maior produção de eletricidade
do planeta.
Antes da revolução socialista, a exploração dos recursos naturais era realizada por empresas estrangeiras,
já que o partido político então dominante – o Kuo-Min-Tang – estava a serviço dos interesses
neocolonialistas. Na ocasião, as poucas indústrias existentes estavam concentradas junto às jazidas de
carvão da Manchúria e nas áreas litorâneas de Tientsin e Xangai, locais de fácil acesso aos navios das
potências imperialistas ocidentais. Com o advento do comunismo, o desenvolvimento industrial passou a
apresentar novas características: socialização dos meios de produção, planificação centralizada e
prioridade das indústrias de base. Contudo, a falta de capitais, a ausência de transportes e o atraso

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tecnológico da mão-de-obra atrapalharam o crescimento industrial do país.


Atualmente, os centros industriais chineses localizam-se nas planícies orientais, apesar dos esforços
governamentais no sentido de incentivar a descentralização.
AS ÁREAS INDUSTRIAIS CHINESAS
INDÚSTRIA PESADA (SIDERURGIA, METALURGIA, EQUIPAMENTOS E PRODUTOS
QUÍMICOS) - Manchúria, Beijing, Cantão, Nanquim, Xangai e Wuhan (essas três ultimas cidades
situadas no vale do rio Yang Tsé-Kiang)
INDÚSTRIA LEVE - Xangai, Beijing, Tientsin e, mais recentemente, Tsingtao e Sian
INDÚSTRIAS ARTESANAIS E ALIMENTÍCIAS - distribuídas por todo país

Nos últimos anos, a partir das reformas iniciadas pelo líder “pragmático” Deng Xiaoping, a China vem se
abrindo aos capitais internacionais, buscando modernizar e acelerar a industrialização. Como
conseqüência, o país passou do vigésimo terceiro PIB mundial (1979) para o nono mundial, em meados da
década de 90. Seu comércio, que hoje ocupa a décima posição do planeta, vem permitindo o acúmulo de
reservas cambiais da ordem de 100 bilhões de dólares.
Com a liberalização econômica, foram criadas, nas áreas litorâneas, mais de 10 Zonas Econômicas
Especiais (ZEEs), onde floresce a economia de mercado com a participação de empresas e capitais
internacionais. Ao longo dos anos 90, mais de 200 bilhões de dólares foram investidos nessas áreas,
revolucionando o sistema produtivo industrial e modernizando o país. Atualmente, a China é considerada,
pelos Estados Unidos da América, um país “comercialmente privilegiado”, o que amplia as cotas de
importação de produtos chineses para os mercados norte-americanos. Entretanto, há um obstáculo a ser
suplantado: esse status de país “economicamente favorecido” tem de ser anualmente renovado pelo
Congresso dos Estados Unidos da América, que impõe, à China, uma série de condições para essa
renovação. Além disso, o fato do governo de Beijing não aceitar as leis internacionais que regulam os
direitos autorais e as patentes industriais tem impedido a sua aceitação como membro da Organização
Mundial do Comércio (OMC). Os governos ocidentais acusam – com roda razão – a China de praticar
“dumping social”, pois ela indiretamente subsidia seus produtos por meio da utilização de mão-de-obra
extremamente barata, além da prática de exploração do trabalho escravo de prisioneiros.
Apesar de uma média de crescimento anual de 10%, a economia da República Popular da China apresenta

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sérios problemas:
OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO CHINÊS
Má organização administrativa
Carência de infra-estrutura (energia e vias de transporte)
Baixo índice de sofisticação tecnológica
Carência de investimentos
Pequena produtividade
Altas taxas de desperdício
Subsídios estatais muito elevados

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A CHINA EM NÚMEROS
REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
CAPITAL - Beijing (Pequim)
ÁREA - 9.562.036 km2
MOEDA - iuan
IDIOMAS - mandarim e dialetos regionais (principais: vu, min e cantonês)
RELIGIÃO - crenças populares (20,3%); budismo (8,5%); islamismo (1,4%); cristianismo (0,1%), sem
filiação e ateísmo (64%)
POPULAÇÃO - 1 bilhão e 300 milhões de habitantes
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - chineses han (91%) e grupos étnicos minoritários: chuans, manchus,
uigures, huis, yis, tibetanos, mongóis, miaos, puyis, dongues, iaos, coreanos, duias, bais, hanis, cazaques,
dais, lis e outros
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 0,9% ao ano
ANALAFABETISMO - 15%
MORTALIDADE INFANTIL - 41 crianças em mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 68 anos para os homens e 72 anos para as mulheres
ESCOLARIZAÇÃO DE SEGUNDO GRAU - 43,7%
ESCOLARIZAÇÃO DE TERCEIRO GRAU - 5,7%
APARELHOS DE TELEVISÃO - 272 para cada mil habitantes
LIVROS PUBLICADOS - 110.283 títulos
PIB - 980 bilhões de dólares
RENDA PER CAPITA - 780 dólares
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) - 745 milhões
CONTRIBUIÇÃO DA AGROPECUÁRIA PARA O PIB - 18%
CONTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA PARA O PIB - 49%
CONTRIBUIÇÃO DOS SERVIÇOS PARA O PIB - 33%
PRODUTOS AGRÍCOLAS - arroz, batata-doce, trigo, milho, soja, cana-de-açúcar, tabaco, algodão em
pluma, batata, juta, legumes e verduras

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PECUÁRIA - suínos, eqüinos, ovinos, bovinos, búfalos, camelos, caprinos e aves


MINERAÇÃO - carvão, petróleo, chumbo, minério de ferro, enxofre, zinco, bauxita, estanho, fosforito e
asfalto natural
INDÚSTRIA - têxtil, materiais de construção e siderurgia
PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS - Japão, Estados Unidos da América, Taiwan e Coréia do
Norte
ESTRUTURA POLÍTICA - República Parlamentarista
CHEFE DE ESTADO - Presidente Jiang Zemin
CHEFE DE GOVERNO - Primeiro Ministro Zhu Rongji
PARTIDO ÚNICO - Partido Comunista Chinês
PODER LEGISLATIVO - unicameral: Congresso Nacional do Povo (2.979 membros eleitos por voto
indireto para mandato de 5 anos)
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) - 98º lugar no “ranking”mundial

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É POSSÍVEL UM “SOCIALISMO DE MERCADO”?


Nas ultimas décadas, a China parece condenada a desmentir uma série de mitos político-ideológicos. Sua
revolução socialista, contrariando os preceitos marxistas ortodoxos, não foi proletária, mas fruto de uma
aliança entre intelectuais e camponeses. Nos anos 60, o maoísmo jogou o povo chinês no caótico abismo da
Revolução Cultural, responsável pela desorganização econômica, absoluto fechamento ao mundo e surtos
violentos de fome, que, como sabemos hoje, chegaram a provocar atos de canibalismo. Com a morte de Mao
Zedong, uma linha mais “pragmática” do Partido Comunista Chinês, liderada por Deng Xiaoping, passou a
privilegiar a eficiência em detrimento de qualquer tipo de “pureza ideológica”. Nascia uma curiosa e,
aparentemente paradoxal, experiência econômica: o “socialismo de mercado”, sem dúvida alguma, uma
contradição em termos: a economia de mercado, por definição, nega o dirigismo estatal; o socialismo,
segundo os cânones ortodoxos, sempre pregou a eliminação da “irracionalidade” da economia de mercado.
Duas “mãos” em conflito: a “mão visível” do Estado versus a “mão invisível” da economia liberal.
A estratégia de Deng Xiaoping e seus companheiros consistiu na formação de uma economia
progressivamente menos dirigida, porém sob absoluto controle político por parte do Estado. Ciente de que a
transição de uma economia centralizada para uma mais aberta implica em pesado custo social, o PCC,
temendo contestação e críticas, preserva o autoritarismo governamental, maneira de abafar eventuais
contestações. Outro aspecto da nova orientação chinesa é aprimorar o sistema educacional, objetivando
inserir a China na modernização tecnológica que hoje caracteriza o mundo desenvolvido.
O modelo chinês, enfrenta, no entanto, alguns obstáculos. Em primeiro lugar, o contraste entre uma estrutura
econômica altamente produtiva e os constantes déficits estatais. Além disso, há áreas, principalmente no
litoral, marcadas por uma rápida modernização, enquanto outras, nas regiões interioranas, ainda tradicionais
e tecnologicamente arcaicas. Por fim, agrava-se o desequilíbrio econômico e cultural entre a população
urbana, numericamente minoritária, e a enorme massa rural, ainda presa aos velhos hábitos e costumes.
Todas essas crescentes diferenças sociais e regionais ameaçam a própria unidade política do país.
Nação ainda pobre, cuja renda per capita é de aproximadamente 780 dólares, a China obteve êxito na difícil
tarefa de prover casa, alimentação e assistência médica para quase toda população. Hoje, a transição
econômica fez, contudo, renascer o “fantasma” do desemprego, fenômeno que, a médio e longo prazo, pode
levar a violenta agitação social. Todos esses problemas geram no PCC um conflitante debate entre os

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“duros”, lideranças mais apegadas ao socialismo tradicional, e os “reformistas”, que defendem a idéia de que
só a modernização poderá suplantar os obstáculos que se colocam no caminho da China para se tornar uma
grande potência.
Muitos objetivos já foram alcançados: a China é o único país subdesenvolvido que tem conseguido controlar
a inflação, crescer economicamente e, ao mesmo tempo, atrair os capitais internacionais. Nas suas Zonas
Econômicas Especiais (ZEEs), a presença de investimentos estrangeiros deu um novo dinamismo à
produção e circulação de bens. As exportações chinesas, em parte graças a uma mão-de-obra extremamente
mal paga, têm gerado grandes superávits na balança comercial, além de facilitar o pagamento da dívida
externa. Após o sétimo Plano Qüinqüenal, iniciado em 1985, a China passou a importar tecnologia,
permitindo a entrada de especialistas estrangeiros. Abrindo-se para o mundo, o país já firmou mais de cem
acordos internacionais de cooperação científica e técnica. Cada vez são mais íntimas as relações econômicas
com o Japão, a República da Coréia, Estados Unidos da América, Cingapura e, até mesmo, com Taiwan,
apesar das divergências políticas e ideológicas. Cada vez mais se difunde a idéia de que a China, um dos
grandes “tigres asiáticos”, será a mais importante economia do início do terceiro milênio. Tal observação
nos parece exagerada, pois o país ainda é vitimado pela ausência de uma sólida infra-estrutura econômica.
Os ventos reformistas também varrem o campo chinês, onde as comunas populares foram substituídas por
fazendas coletivas mais liberais, que permitem a venda de excedentes para o mercado. Esse incentivo
provocou um extraordinário aumento da produtividade agrícola: de 2% ao ano, em 1978, passou a crescer à
média de 8%. A China, com apenas 7% da área cultivada do mundo, alimenta 22% da população mundial.
Nas indústrias, os bens que excederem as cotas de produção fixadas pelo Estado são divididos em três partes
iguais: a primeira para a elevação dos salários; a segunda para ampliar os benefícios sociais da empresa
(educação e planos de saúde); finalmente, a última porção para a modernização tecnológica da própria
empresa. Se levarmos em conta os padrões capitalistas, o Estado ainda é excessivamente presente na
economia, mas essa intervenção vem decrescendo rapidamente. Em 1980, 80% da produção era controlada
pelo Estado; hoje, menos de 50%.
Apesar dos relativos êxitos econômicos, poucas alterações houve no plano político: o autoritarismo
permanece. Em 1989, no famoso incidente da Praça da “Paz Celestial”, forças militares esmagaram um
movimento oposicionista encabeçado por estudantes, deixando claro que o governo chinês não aceitava
atrelar a liberalização econômica à democratização política. Desencantada com ações políticas e resignada à
permanência do dirigismo autoritário, a juventude chinesa vem optando pelo individualismo e pelo
enriquecimento pessoal. Fazer dinheiro e consumo de produtos de luxo parecem ser as únicas preocupações
do chinês atualmente. Muitos analistas internacionais defendem o conceito de que, por mais que o Estado
resista à abertura política, o rápido desenvolvimento econômico e os novos hábitos daí decorrentes levarão
inevitavelmente à democracia. Só o futuro dirá.

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TEXTO COMPLEMENTAR
A ABERTURA ECONÔMICA

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“As políticas e medidas que estão promovendo a abertura econômica da República Popular da China
podem ser resumidas em 10 aspectos essenciais:
● O direito de autorização para projetos estrangeiros é concedido a projetos de investimento
estrangeiro voltados para a produção, sob condição de que preencham os requisitos das políticas
industriais da China. Não existe qualquer compromisso, por parte do governo, de fornecer
qualquer ajuda especial na instalação e na produção; as exportações não têm influência sobre a cota
existente. Mas o direito não pode se estender a outra província. As medidas concretas devem ser
determinadas pelo governo local.
● O projeto de melhoria tecnológica das antigas empresas abrange especialmente as grandes e médias
empresas estatais, a tarifa de importação e o imposto sobre a produção (ou IVA) não incidem sobre
os equipamentos necessários para projetos tecnológicos que não podem ser produzidos, ou cujo
suprimento não possa ser garantido no momento. Essa política vigorará até o fim de 1995 para as
cidades abertas ao longo das fronteiras e para capitais de províncias no interior.
● Incentivos para o desenvolvimento de exportação de produtos acessórios da linha agrícola. Pode
haver isenção de tarifa e de impostos sobre o produto (ou IVA) sobre equipamentos de
processamento para o desenvolvimento da exportação de produtos agrícolas acessórios. Essa
política esteve em vigor até 1993 para as cidades costeiras abertas e até 1995 para as capitais
abertas fluviais e das províncias do interior.
● Incentivos ao investimento estrangeiro. A alíquota do imposto de renda de empresas do setor de
produção e de capital estrangeiro será de 24%; para os investimentos estrangeiros na área de
tecnologia e projetos na área de ciência, - ou para investimentos estrangeiros acima de U$ 30
milhões, projetos cujo retorno seja mais demorado, ou ainda projetos para os setores de energia,
transportes, portos e cais, a alíquota do imposto será de 15%, se autorizado pelo Bureau Estatal de
Tributação (Receita Federal).
● As taxas alfandegárias de importação podem ser dispensadas para equipamentos destinados a
empresas chinesas ou estrangeiras em fase de investimento. Pode também haver isenção de taxas
alfandegárias de importação sobre matérias-primas, peças e componentes para empresas de
investimento estrangeiro. Pode haver ainda isenção e taxas alfandegárias de exportação e do
imposto sobre comércio e indústria consolidado para produtos de exportação. Os produtos para
venda interna pagarão impostos de acordo com os regulamentos.
● Para empresas estrangeiras, firmas e outras organizações econômicas não estabelecidas na China,
mas que tenham rendimentos provenientes de dividendos, juros, aluguel, pagamento de royalties e
outras rendas provenientes das cidades abertas, a alíquota do imposto de renda será de 10% (para
outras cidades, esta alíquota é de 20%).
● As empresas comerciais qualificadas no nível municipal poderão ter licença para comercializar
com o exterior, desde que assim autorizadas pelo Mofert.
● Com base no documento Regulamento provisório para o desenvolvimento e operação de glebas de
terra através de investimento estrangeiro, os estrangeiros têm permissão para investir na operação
e no desenvolvimento de glebas.
● Simplificação do processo de autorização para que chineses possam ir ao exterior em atividade
comercial. As pessoas que trabalham em empresas de comércio exterior, o pessoal envolvido na
atividade comercial de grandes e médias empresas e os empregados chineses engajados em
atividades de vendas em empresas de capital estrangeiro podem ter seus procedimentos de
autorização da saída do país simplificados, autorização esta que pode vigorar por muito tempo em
um único registro.
● Com o objetivo de criar um ambiente para investimentos, poderá ser criada, mediante autorização
do Conselho de Estado, uma região de desenvolvimento técnico-econômico em cidades que
possuam uma relativa concentração de investimentos estrangeiros.
As 10 políticas relacionadas podem ser agrupadas em quatro categorias: uma delas é a expansão dos

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direitos das cidades abertas na cooperação econômica com o estrangeiro, como direitos de autorização
para projetos de investimentos estrangeiros, autorização para comércio exterior, autorização para que
comerciantes possam viajar para o exterior; as segunda delas é o apoio às cidades abertas para a
importação de tecnologias avançadas, experiências de administração do exterior para a reestruturação de
empresas mais antigas e desenvolvimento de uma agricultura moderna; a terceira categoria é o estímulo
ao uso do capital estrangeiro e políticas preferenciais a serem implantadas para empresas de capital
estrangeiro; e, finalmente, a quarta diz respeito a 1a instalação de regiões técnico-econômicas para
cidades qualificadas, quando autorizada pelo conselho de Estado. O que foi descrito são as linhas gerais
do conteúdo principal. Não se trata de uma citação literal do texto, será necessário seguir o documento
oficial para maiores informações e detalhes”
Wong Huijiong – A Economia Mundial em Transformação – GV, Rio de Janeiro, 1994, p. 46 e 48

38_4
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AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA – A ECONOMIA DOS EUA

Após a Primeira Grande Guerra (1914-18), os EUA tornaram-se uma potência mundial. Inúmeros são os
fatores dessa hegemonia:
● colonização de povoamentos que evitou a exploração econômica por parte das nações
metropolitanas européias, ao contrário do que ocorreu na América Latina;
● grandes riquezas naturais;

● a chegada de imigrantes em grande quantidade, com relativa capacitação técnica e desejosos de


ganhos materiais (“fazer a América”, como se dizia na passagem do século XIX para o XX);
● religião calvinista, que estimula o trabalho e a obtenção de bens materiais;

● técnicas avançadas de produção;

● amplo mercado consumidor interno;

● o controle de vastas áreas de influência política e econômica no mundo capitalista

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Econômicos: 38_2-4

ESTADOS UNIDOS: POTÊNCIA MUNDIAL


ETAPAS DA FORMAÇÃO DO IMPÉRIO AMERICANO
A VITÓRIA DA UNIÃO SOBRE OS “CONFEDERADOS” NA “GUERRA DA SECESSÃO”
(1861-65) - o Norte, em processo de industrialização, consegue abolir a escravatura do Sul, ampliando os
mercados consumidores para as maquinofaturas. Isso possibilitou uma precoce Revolução Industrial
O PAPEL DAS DUAS GUERRAS MUNDIAIS- em função dos conflitos mundiais, os EUA atuaram
como fornecedores de armas e equipamentos aos países beligerantes, além de exportar produtos
industriais agrícolas para todo o planeta, substituindo, assim, as nações européias, cuja produção fora
paralisada durante as guerras. A Europa passou a dever para os EUA, pois estes forneceram material
militar e bens de consumo nos pós-guerras, período marcado pela destruição da estrutura produtiva do
Velho Continente. Enquanto isso ocorria, o parque industrial americano, intacto, supria as necessidades
mundiais.
PÓS-SEGUNDA GUERRA- pelo Acordo de Bretton Woods (1944), o dólar americano se torna o
padrão monetário internacional
AS TRANSNACIONAIS- a evolução do capitalismo norte-americano gerou grandes conglomerados
industriais e financeiros que atuam ao redor de todo planeta, acelerando a acumulação de capital dos
EUA

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Econômicos: 38_3-4

DADOS ECONÔMICOS
Os EUA se dividem em três regiões geoeconômicas:
A ECONOMIA DOS EUA
NORDESTE - região compreendida entre os Grandes Lagos e o litoral do Atlântico pode ser definida
como uma área caracterizada por um “cinturão industrial”, pois produz 40% dos máquinofaturados
norte-americanos. Razões dessa concentração industrial: mão-de-obra qualificada; alto grau de
organização, reservas minerais (carvão mineral nos Montes Apalaches e minério de ferro no Lago
Superior); fontes energéticas (hidrelétrica, termelétrica e nuclear) e facilidades de transporte
(rodoferroviário, aéreo e hidrofluvial), já que os Grandes Lagos são amplamente navegáveis e se
interligam com a Bacia do Mississipi. Principais produtos do parque industrial do Nordeste: aço (terceira
maior produção mundial); automóveis(a maioria das fábricas sediada na cidade de Detroit, hoje em
relativo declínio); química
PLANÍCIES CENTRAIS- celeiro agrícola e ricos depósitos petrolíferos; a agricultura nessa área é
monocultural, levada a efeito em grandes propriedades e com grandes investimentos tecnológicos,
formando os “belts” (cinturões), destacam-se três: “wheat belt” (cinturão do trigo) -ºno alto Missouri
e no centro da planície, cultiva-se a terceira maior produção mundial de trigo, “corn belt” (cinturão do
milho) -ºna região do sul dos Grandes Lagos, é cultivada a maior produção mundial de milho, destinado à
indústria de ração animal, principalmente para suínos (segundo maior rebanho mundial); “cotton belt”
(cinturão do algodão) -ºo sudeste das planícies centrais é responsável pela terceira maior produção
mundial de algodão. No sul das planícies centrais, principalmente no estado do Texas, estão as maiores
reservas petrolíferas dos EUA. O petróleo é responsável pela predominância, na região, de indústria
petroquímica. Na Louisiana, principalmente em Nova Orleans, concentram-se grandes complexos
industriais de alimentos. Apesar da grande importância da produção industrial do nordeste, atualmente
há uma grande concentração industrial no sul e sudeste (“sun belt” - cinturão do sol), caracterizada pela
presença de empresas de “tecnologia de ponta” e de alimentos. Finalmente, a área conhece o

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florescimento do turismo, principalmente na Flórida, onde a cidade de Miami, a Disneyworld e a Base


Espacial do Cabo Kennedy (antigo Cabo Canaveral) são importantes pólos de atração de visitantes.
OESTE - área que se estende das Montanhas Rochosas até o Pacífico. Aí, além de grandes jazidas
minerais (cobre, chumbo e prata), é praticada uma agricultura baseada na irrigação (dry farming) em
função do clima árido e semi-árido. No interior das Montanhas Rochosas, mais exatamente nos planaltos
de Colúmbia e do Colorado, destacam-se a pecuária extensiva de bovinos (ranching belt - cinturão das
fazendas pecuaristas) e a criação de ovinos. Na Califórnia, São Francisco é o grande porto e também
concentra indústrias alimentícias enquanto Los Angeles se caracteriza pela indústria cinematográfica.
Em Seattle, sede da empresa Boeing Aircraft Corporation, predomina a indústria aeronáutica. A área é a
sede do “complexo industrial- militar (indústria armamentista) dos EUA. Por fim, na região está situado
o “Vale do Silício”, onde estão presentes empresas de alta sofisticação tecnológica, principalmente no
setor da informática.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Econômicos: 38_4-4

A ECONOMIA DO ALASCA
O Alasca (capital: Juneau) é, simultaneamente, o estado norte-americano de maior extensão e menor
povoamento. Seu território, cortado pelo Círculo Polar Ártico, é coberto, em boa parte, por gelos eternos.
Suas principais atividades econômicas são: extração de madeira, extração mineral (chumbo, prata e
ouro), pesca (salmão e trutas) e exploração petrolífera.
A ECONOMIA DO HAVAÍ
Com 122 ilhas, o Arquipélago do Havaí está localizado na zona tropical do Pacífico e sua capital é a
cidade de Honolulu. Seu solo é de formação vulcânica e suas ilhas não passam de picos de montanhas
submersas(ponto mais alto é o vulcão Mauna Loa, com 4168 metros). A população havaiana, inicialmente
toda de polinésios, alterou sua composição étnica com a vinda, primeiro, de japoneses e, em seguida,
norte-americanos. Ocupado pelos EUA em 1893, o Havaí possui grandes instalações militares e serve de
escala para as rotas aéreas internacionais.
A economia havaiana é fundalmentamente de produtos tropicais, notadamente o abacaxi e a
cana-de-açúcar. No Arquipélago, inúmeras indústrias beneficiam esses gêneros, quase todas elas
concentradas em Honolulu. Entretanto, a principal fonte de renda do Havaí é o turismo.
ESTADOS UNIDOS HOJE
OS ESTADOS UNIDOS HOJE
RENDA PER CAPITA - 37.900 dólares.
CRESCIMENTO ECONÔMICO - 3,1% ao ano.
INFLAÇÃO - 2,9% ao ano.
GOVERNANTE - Presidente George W. Bush (Partido Republicano)

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Físicos: 39_1-5

AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA: ASPÉCTOS FÍSICOS


A América Anglo-Saxônica é formada pelos Estados Unidos e Canadá. A denominação “anglo-saxônica”
decorre do fato da região ter sido basicamente colonizada pelos ingleses, povo originariamente formado por
celtas, jutos escandinavos e saxões germânicos. A colonização da América inglesa foi bastante diferente da
América Latina. Enquanto nós fomos vítimas de um sistema colonial mercantilista, que visava a exploração
econômica, os Estados Unidos e o Canadá foram exemplos de colônias de povoamento.
A COLONIZAÇÃO DE POVOAMENTO
Povoamento inicial foi feito por imigrantes, normalmente calvinistas*, que fugiam de perseguições
religiosas ou crises econômicas. Seu objetivo era a fixação na terra não simplesmente explorá-la a serviço
dos interesses europeus. Esses imigrantes, que buscavam esquecer os sofrimentos que tinham passado na
Europa, logo adquiriram um senso de nacionalidade: o “americanismo precoce”. Para eles, a expressão
“Novo Mundo” tinha pleno sentido.
Produção econômica voltada, simultaneamente, para os mercados nacional e internacional, não sendo
submetida -s restrições do “Pacto Colonial”: o comércio era livre.
A mão-de-obra era a família, que cultivava pequenas e médias propriedades.
Precoce produção artesanal e industrial doméstica, objetivando tornar as colônias independentes em
relação - bens manufaturados vindos da metrópole.
Influenciados pelo liberalismo** europeu do século XVIII, os colonos rapidamente romperam com a
metrópole britânica, dando origem a paises, principalmente os Estados Unidos da América, política e
institucionalmente*** progressistas e avançados.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Físicos: 39_2-5

O RELEVO DA AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA


Os Estados Unidos e o Canadá apresentam as seguintes características geomórficas****:
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS
ESCUDOS ANTIGOS - formados por rochas velhas, quase sempre magmáticas e metamórficas, que
sofreram forte erosão, apresentando baixas altitudes (exemplo - Planalto do Labrador).
PLANÍCIES SEDIMENTARES - na parte central do continente norte-americano.
DOBRAMENTOS RECENTES - típicos da região oeste e de formação recente (“era Terciária”),
apresentando grandes altitudes e vulcanismo ativo (exemplo - as Montanhas Rochosas).

Em função dessa estrutura geológica é que o relevo se organiza. Na porção leste da América do Norte,
desde o Alasca até o México, destacam-se as Montanhas Rochosas, com extensão de 5.000 km. Também
no lado ocidental, próximo ao Oceano Pacífico, encontramos a Cadeia do Alasca, onde se localiza o ponto
culminante do relevo norte americano: Monte Mckinley (6.100 m de altitude). Aí também aparecem a
Serra Nevada, a Cadeia das Cascatas, a Cadeia da Costa e a Cadeia Santa Elias. Na parte central e sul
do continente, estão localizadas as Planícies Centrais ou Pradarias, de origem sedimentar.
As Montanhas Rochosas, - medida que se dirigem para o sul, inclinam-se para o interior do continente,
formando o Planalto da Grande Bacia. Aí, estão situados o Grande Lado Salgado e o Vale da Morte
(85 metros abaixo do nível do mar). Completando essa paisagem, destacam-se o Planalto do Colorado
(famoso pelo Grand Canyon, um enorme vale em garganta) e o Planalto da Colúmbia, que se alonga do
norte dos EUA até o território canadense.

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No lado oriental, há montanhas antigas, castigadas pela erosão, destacando-se os Montes Apalaches ou
Alleghanis, separados do Oceano Atlântico pelas Planícies Costeiras. Entre noroeste e oeste do Canadá
aparece o Escudo Canadense, que forma um arco com as extremidades voltadas para o mar.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Físicos: 39_3-5

HIDROGRAFIA
A hidrografia dos Estados Unidos apresenta três vertentes:
VERTENTES HIDROGRÁFICAS
VERTENTE OCIDENTAL OU VERTENTE DO PACÍFICO - rios que correm para o Oceano
Pacífico e, graças ao relevo acidentado da região, apresentam grande potencial hidrelétrico, favorecendo
a indústria.
VERTENTE DO GOLFO DO MÉXICO - rios de planície, portanto largos, lentos e ideais para a
navegação (exemplo - rio Mississipi).
VERTENTE ORIENTAL OU ATLÂNTICA - rios que se dirigem para o Oceano Atlântico.

Se observarmos o mapa físico da América do Anglo-Saxônica, no sentido norte-sul, a primeira coisa que
chama nossa atenção é um conjunto lacustre: os Grandes Lagos, formado pelos lagos Superior,
Michigan, Huron, Erie e Ontário. Todos eles são interligados e entram em contato com o Oceano
Atlântico através do rio São Lourenço, sendo amplamente navegáveis, o que contribui para o escoamento
dos produtos industrializados dos Estados Unidos e do Canadá.
Nesse país, também é muito comum a presença de lagos formados por glaciação, isto é, águas provenientes
do derretimento de neves que se alojam em rebaixamentos do relevo. Os principais lagos causados por esse
fenômeno são: Manitoba, Winnipeg, Grande Lago do Urso e o Atabasca.
Na parte centro-sul do continente, localiza-se a maior bacia fluvial da América do Norte: a do Mississipi,
que nasce no Lago Superior e tem sua foz no Golfo do México. Seus principais afluentes são os rios
Missouri, Ohio e Arkansas. Finalmente, na extremidade sul dos Estados Unidos, corre o rio Grande ou
Bravo del Norte, que é o marco fronteiriço com o México.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Físicos: 39_4-5

CLIMA DA AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA

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A ampla diversidade dos climas da América do Norte é explicada por inúmeros fatores:
FATORES DO CLIMA
POSIÇÃO GEOGRÁFICA - latitudes maiores significam menores temperaturas; assim, em direção ao
norte, a região fica cada vez mais fria. As latitudes, na América Anglo-Saxônica variam de 25o N (sul dos
Estados Unidos) - 80o N.
RELEVO - influencia fundamental sobre o clima da América do Norte, pois: forma um “corredor
natural” no centro do continente, responsável pela canalização das massas de ar, ocasionando grande
amplitude térmica (enormes diferenças entre o frio e o calor); o relevo determina, nos Estados Unidos, a
formação de desertos nos planaltos de Colúmbia e do Colorado, já que as barreiras montanhosas
impedem que os ventos úmidos atinjam os vales; além disso, o relevo diminui as temperaturas, no lado
ocidental, em razão das grandes altitudes (cadeias da Costa e as Montanhas Rochosas).
CORRENTES MARÍTIMAS - no litoral noroeste dos Estados Unidos e a Oeste do Canadá, ocorrem
chuvas intensas provocadas pela Corrente Pacífico-Norte; na Flórida, sul dos Estados Unidos, a corrente
do Golfo também aumenta o índice de pluviosidade*****. A costa leste é atingida pela corrente fria do
Labrador, que congela o litoral até a altura de Nova Iorque. Já na porção oeste, a corrente fria da
Califórnia torna semi-árido todo o litoral ao redor da cidade de São Francisco.

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MASSAS DE AR - duas massas de ar atingem a América Anglo-Saxônica. A primeira, chamada de


massa Polar, atravessa as Planícies Centrais do Canadá, atingindo, por vezes, o Golfo do México. No
Canadá, essa massa de ar gera temperaturas de aproximadamente -25 oC; mais ao sul, a massa Polar se
manifesta sob a forma de geadas e frentes frias. No verão, período no qual a massa Polar deixa de atuar,
avança para o norte a massa Tropical, elevando as temperaturas e provocando chuvas intensas no sul e
sudeste dos Estados Unidos.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > América Anglo-Saxônica: Aspéctos Físicos: 39_5-5

VEGETAÇÃO DA AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA


Como não poderia deixar de ser, as grandes variações de climas e relevo da América do Norte geram uma
vegetação também muito diversificada.
VEGETAÇÃO DA AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
FLORESTA BOREAU - situada ao sul do Círculo Polar Ártico (Canadá e Alasca). Trata-se de uma
floresta de coníferas (pinheiros, carvalhos, faias, etc.). Grande é sua importância econômica, fazendo do
Canadá um dos maiores produtores mundiais de papel e madeira.
TUNDRA - constituída por musgos e liquens e localizada ao norte do Canadá.
FLORESTAS TEMPERADAS OU DE MONTANHAS - características, no leste, do planalto do
Labrador e Apalaches, e, a oeste das Montanhas Rochosas e cadeias da Costa.
PRADARIAS - gramíneas e herbáceas que ocupam as Planícies Centrais.
FLORESTAS LATIFOLIADAS - presentes na Flórida, consistindo de uma formação arbórea bastante
densa. Típicas da península da Flórida e do Golfo do México, nas áreas mais baixas transformam-se me
mangues e pântanos.
ESTEPES - presentes nas regiões áridas e semi-áridas do oeste americano, sendo compostas por arbustos
de pequena altura e gramíneas ressecadas.
VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA - encontrada no litoral da Califórnia, é uma vegetação típica de
climas semi-áridos temperados com pouca precipitação pluviométrica no inverno.

VOCABULÁRIO DA AULA
*Calvinistas – ramo radical do protestantismo;
**Liberalismo – proposta econômica e política e não-intervenção estatal;
*** Institucionalmente – tudo o que se refere -s instituições: parlamentos, secretarias de estado,
ordenamento jurídico;
****Geomórficas – formas do relevo
*****Pluviosidade - que se refere - chuva.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > Canadá: 40_1-5

O CANADÁ

Nome Oficial: Área: População:


Canadá (federação de 10 províncias e 2 territórios
integrante da Commonwealth – Comunidade Britânica 9.970.610 km2 30.000.000
de Nações)
Governo Parlamentarista Moeda: dólar canadense Línguas: inglês e francês

Sitiado na porção setentrional do continente americano, o Canadá é o segundo maior país do mundo em
extensão territorial, sendo superado apenas pela Federação Russa.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > Canadá: 40_2-5

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
INÍCIO DA COLONIZAÇÃO - a fundação, por colonos franceses da cidade de Quebec.
1756 – 1763 - a derrota francesa na Guerra dos Sete Anos permitiu que a Inglaterra tomasse todo o
Canadá. Politicamente, deixava de existir o Canadá francês.
SÉCULO XIX - unificação definitiva do país e a incorporação das colônias marítimas de Nova Scotia e
New Brunswick.
1867 - o Ato Britânico-Norte-Americano estabelece que a Constituição canadense seria semelhante - da
Inglaterra, sendo o Poder Executivo representado pelo rei inglês e efetivamente exercido por um
governador-geral assessorado por um Conselho - surgia o Domínio do Canadá.
1981 - 1982 - instituída a Lei do Canadá, pela qual o país pode reformar sua Constituição. De Domínio, o
Canadá se tornou Estado associado ao Reino Unido.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > Canadá: 40_3-5

DADOS POPULACIONAIS
O grande problema social e político do próspero Canadá é sua composição étnica. A maior parte dela é de
origem britânica (45%), descendente de colonos britânicos e norte-americanos de extração inglesa. No
entanto, 29% são de etnia francesa. Essa diversidade ameaça a unidade interna do Canadá, pois boa parte
da população de Quebec – lingüística e culturalmente francesa – apóia a o separatismo ou, pelo menos,
maior autonomia administrativa. Vários plebiscitos* foram feitos e, a cada um deles, aumentam os votos
dados aos separatistas.
A POPULAÇÃO CANADENSE
RELIGIÃO - predominam a católica (45,7%) e a protestante (36,3%).
MORTALIDADE INFANTIL - 6 crianças para cada 100.
ESPECTATIVA DE VIDA - 76 anos para os homens e 82 anos para as mulheres.
TAXA DE ANALFABITISMO - 1%.
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICOS - 0,75% ao ano.

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 166.
EMISSORAS DE RÁDIO - 1.053.
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 647.
LINHAS TELEFÔNICAS - 589,7 para cada 1000 habitantes
LIVROS - 76 títulos para cada 1 milhão de habitantes.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > Canadá: 40_4-5

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - trigo (quinto maior produtor mundial e segundo maior exportador); cevada (segundo
produtor mundial); aveia (terceiro produtor mundial); centeio e milho.
EXTRATIVISMO VEGETAL - nas florestas canadenses, a extração de madeira e a caça a animais de
peles raras e caras desempenham um papel fundamental.
PECUÁRIA - suínos e bovinos.
PESCA - importante atividade econômica nas províncias marítimas e na Colúmbia Britânica.
RECURSOS MINERAIS - ferro (sétima maior produção mundial); urânio (segunda maior produção
mundial); amianto (maior produtor mundial); zinco (terceira produção mundial); ouro (terceira produção
mundial); níquel (primeira produção mundial); prata (primeira produção mundial); chumbo (sexta maior
produção mundial); cobre (quinta produção mundial); petróleo e gás natural.
FONTES ENERGÉTICAS - hidrelétrica (quarta maior produção mundial) e termonuclear.
INDÚSTRIAS - metalurgia; siderurgia; automóveis; madeireira; papel (50% do papel-jornal utilizado no
mundo vem do Canadá); aeroespacial; alimentícias; bebidas; têxtil e vestuário.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > Canadá: 40_5-5

AS CINCO GRANDES REGIÕES GEOECONÔMICAS DO CANADÁ


GRANDE NORTE - compreende o território do Yukon e os do Noroeste, áreas de extrativismo mineral
(ouro, cobre e urânio); caça e pesca.
COLÚMBIA BRITÂNICA - a cidade de Vancouver é o principal porto canadense no Pacífico. Na
região se concentram a indústria madeireira e a metalurgia de cobre e chumbo. Outras importantes
atividades econômicas da área são a pesca do salmão e a fruticultura (maçãs).
PRADARIAS - zona de produção agrícola amplamente mecanizada, destacando-se a aveia (terceira
maior produção mundial) e a cevada (quarta maior produção mundial). Aí também, além da agropecuária,
há ricas jazidas de combustíveis fósseis: carvão mineral; gás natural e petróleo.
SUDESTE - a mais industrializada região geoeconômica do Canadá; produção hidrelétrica; metalurgia,
principalmente de alumínio, e siderurgia. Deve se destacar também a pecuária leiteira. Na área,
localiza-se o principal porto canadense: Montreal situado -s margens do rio São Lourenço.
PROVÍNCIAS ATLÂNTICAS - litoral leste canadense onde, apesar de pouco povoadas, destacam-se a
presença de pequenas manufaturas e agropecuária. Sua atividade mais importante é a pesca do bacalhau e
da baleia.

VOCABULÁRIO DA AULA
*Plebiscito – votação popular para definir questões institucionais; nos plebiscitos, são sempre apresentadas
perguntas que devem ser respondidas “sim” ou “não”.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > Estados Unidos da América: 41_1-5

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Nome Oficial Área População


Estados Unidos da América 9.363.520 Km2 270.000.000
República Presidencialista Moeda: dólar norte- americano Língua majoritária: inglês

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
PRIMEIROS COLONIZADORES- no século XV, os espanhóis fundaram núcleos na Flórida, no Novo
México, no Texas e na Califórnia.
SÉCULO XVII- início da colonização britânica com a chegada de imigrantes no navio “Mayflower”
(1621)
SÉCULOS XVII E XVIII - progressivamente são fundadas as “13 colônias britânicas da América do
Norte”, todas elas situadas na costa leste
4 DE JULHO DE 1776- representantes das 13 colônias, reunidos no IIº Congresso Continental da
Filadélfia, proclamam a independência
1776-1783- a Guerra da Independência
1787- a Convenção de Filadélfia elaborou a Constituição,até hoje em vigor
PARTIDOS POLÍTICOS PRESENTES NA CONSTITUINTE DE 1787- Partido Federalista (hoje,
Partido Republicano), representando os interesses capitalistas do Norte; Partido Republicano (hoje,
Partido Democrata), expressão dos fazendeiros da Virgínia
PROPOSTA DOS FEDERALISTAS- o país deveria ser uma federação, ou seja, com a existência de
um governo central que delegasse relativa autonomia aos estados (líder federalista: Hamilton)
PROPOSTA DOS REPUBLICANOS- confederação, isto é, estados amplamente autônomos que
delegassem algumas competências ao governo central (líder republicano: Jefferson)
SÉCULO XIX- “Destino Manifesto”: a expansão para o Pacífico incentivada pelo “Homestead Act”
(“Lei de Cessão de Terras”). A “corrida para o oeste” atraiu milhares de imigrantes europeus

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > Estados Unidos da América: 41_2-5

ETAPAS DA EXPANSÃO NORTE-AMERICANA- a França vende a região da Louisiana para os


Estados Unidos (1803); ocupação da Flórida (1819); o Texas, inicialmente território mexicano e, em
seguida, estado independente na mãos de norte-americanos, foi anexado aos Estados Unidos da América
após um conflito militar que durou 3 anos (1845); o Oregon, território britânico, é vendido aos Estados
Unidos da América (1846); o México, pelo Tratado de Guadalupe-Hidalgo, reconhece a anexação do
Novo México e da Califórnia aos EUA (1848); o México vende o Arizona pelo Tratado de Gadideu
(1853); o Alasca é comprado da Rússia (1867)
A QUESTÃO DO ESCRAVISMO- os estados do Sul, caracterizados pelo latifúndio exportador, eram
baseados na mão-de-obra escrava negra; os estados do Norte, que desde o início da colonização
conheciam comércio, minifúndios e pequenas indústrias domésticas, não tiveram escravismo. Na
segunda metade do século XIX o capitalismo nortista pressiona pela abolição, o que era inaceitável para
os estados meridionais. Resultou daí a “Guerra da Secessão” (1861- 65): os “confederados” (sulistas)
contra a União (nortistas). A vitória do Norte consolidou a Federação
SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX- tem início a expansão imperialista dos EUA
ETAPAS DA EXPANSÃO IMPERIALISTA- pela Guerra Hispano-Americana (1898), os EUA
anexam Porto Rico e as Filipinas; no mesmo ano, o Havaí e Guam são integrados aos EUA; pela
“Emenda Platt” (1901), os EUA fazem de Cuba seu protetorado* , o que facultava intervenções militares
na Ilha; construção e domínio do Canal do Panamá (1903); ocupação da Nicarágua (de 1912 a 1933);
ocupação do Haiti (de 1814 a 1934); a Dinamarca vende as Ilhas Virgens aos EUA (1916)

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AS PRIMEIRAS POLÍTICAS NORTE-AMERICANAS PARA A AMÉRICA LATINA- “Doutrina


Monroe” (1822): os EUA, desejosos de expulsar os europeus do continente, firmaram como princípio: “a
América para os americanos”; a “Política do Big Stick” (“Política do Grande Porrete”, datada do início
do século XX), definia o direito norte-americano de intervir na América Central de acordo com seus
interesses políticos e econômicos, que não poderiam ser contrariados
1917- os EUA entram na Primeira Guerra Mundial (1914-1918); a vitória dos EUA e dos seus aliados
Inglaterra e França faz dos EUA uma potência mundial
ANOS 20 - “Era Coolidge” grande prosperidade econômica, período também conhecido como os “anos
loucos” ou a “era do jazz”. Os norte-americanos não só se tornaram dominantes nos mercados mundiais
como também impuseram seus valores culturais ao mundo através do cinema e da música (“american
way of life”)
1929 - a queda da Bolsa de Nova Iorque
ANOS 30 - a Grande Depressão (falências de indústrias; terras hipotecadas pelos pequenos proprietários
que perdiam suas propriedades para os bancos; milhões de desempregados)
1933 - eleito Presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, que dá início ao “New Deal” (“Novo
Acordo”): intervenção estatal na economia de mercado para recuperar a prosperidade norte-americana
1941- o Japão ataca a base norte-americana de Pearl Harbor (Havaí), levando os EUA a entrar na
Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
1945- termina o conflito e os EUA são superpotência mundial
A PARTIR DA SEGUNDA METADE DA DÉCADA DE 1940- “Guerra Fria”: conflito ideológico,
político e, por vezes, militar (guerras “limitadas”**) entre o Mundo Ocidental (capitalista) liderado pelos
EUA e o Mundo Socialista, encabeçado pela União Soviética

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Deve-se ressaltar que a expansão territorial norte-americana foi acompanhada de dois fatos fundamentais:
FERROVIAS - na segunda metade do século XIX, as companhias “Central Pacific” e a “Union Pacific”
constroem a primeira ferrovia transcontinental das Américas, ligando a costa leste da oeste. Esse
processo de “ferroviarização” acelerou o desenvolvimento econômico dos EUA
IMIGRAÇÃO - a ampliação do território norte-americano estimulou uma política de fomento*** à
imigração. Em 1800, a população americana era da ordem de 7 milhões de habitantes; entre 1840 a 1900,
entraram aproximadamente 30 milhões de imigrantes

DADOS POPULACIONAIS
A POPULAÇÃO NORTE-AMERICANA
COMPOSIÇÃO ETNICA - ingleses, alemães, irlandeses, italianos, indígenas, afro-descendentes e
latino-americanos formando uma sociedade multicultural
MORTALIDADE INFANTIL - 8 crianças para cada 1000
EXPECTATIVA DE VIDA - 73 anos para os homens e 80 para as mulheres
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 0,76% ao ano
TAXA DE ANALFABETISMO - 1%
SAÚDE - 245 médicos para cada 100 mil habitantes
CONSUMO DE CALORIAS - 138% do mínimo necessário

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 218
EMISSORAS DE RÁDIO - 2.093
EMISORAS DE TELEVISÃO - 776
LINHAS TELEFÔNICAS - 625,7 para cada mil habitantes
LIVROS - 20 títulos para cada 1 milhão de habitantes

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ESTRUTURA POLÍTICA
ESTRUTURA POLÍTICA DOS EUA
A NAÇÃO - uma Federação composta por 50 estados, mais o Distrito de Columbia, onde se localiza a
capital do país: Washington.
REGIME- presidencialista, sendo o Poder Executivo exercido por um Presidente da República eleito
para mandato de 4 anos, podendo ser reeleito somente uma vez
SISTEMA ELEITORAL PARA PRESIDÊNCIA - a população (sufrágio**** não obrigatório) vota
para eleger os representantes de cada estado no Colégio Eleitoral (a representação se dá conforme o
número de habitantes em cada estado). Esse Colégio Eleitoral é que escolherá o Presidente da
República.
PODER LEGISLATIVO - bicameral: Senado (2 senadores por estado) e a Câmara dos Representantes (
um número de deputados proporcional à população de cada estado)
PODER JUDICIÁRIO - encabeçado pela Suprema Corte
PARTIDOS BÁSICOS - Partido Republicano (mais conservador) e Partido Democrata (mais liberal e
favorável a maiores gastos sociais)

VOCABULÁRIO DA AULA
*Protetorado – país formalmente independente mas, de fato, tutelado por uma grande potência
**Guerras limitadas – conflitos de pequeno porte, guerras não totais
***Fomentar – estimular
***Sufrágio - eleição

42_5
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O MÉXICO,
UMA OUTRA AMÉRICA DO NORTE

Nome Oficial: Área: População:


Estados Unidos Mexicanos 1.958.201 km2 98.000.000
República presidencialista Moeda: novo peso mexicano Língua: castelhano

Embora fisicamente situado na América do Norte, o México, devido à colonização espanhola de caráter

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mercantilista, é econômica e culturalmente bastante diferente das nações anglo-saxônicas. Podemos, assim,
falar de uma “outra América do Norte” e, dessa vez, latina.

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HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
AS ORIGENS - civilizações indígenas altamente desenvolvidas (olmeca, teotihuacana, maia e asteca).
SÉCULO XVI - chegada dos espanhóis. Hermán Cortés, um dos principais líderes dos colonizadores
iniciais, domina os astecas, dando início à cristianização e à espanholização dos nativos.
PRIMEIRO NOME ADMINISTRATIVO - Vice-Reinado do México (Nova Espanha).
PRINCIPAIS ESTRUTURAS ECONÔMICAS COLONIAIS - a “hacienda” (latifúndio dedicado à
pecuária e à produção agrícola voltada aos mercados europeus); mineração de ouro e prata.
CUSTO SOCIAL DA COLONIZAÇÃO - boa parte da população indígena foi dizimada pelo trabalho e
por doenças. O México, no início do século XIX, era definido como um país de “muita riqueza e máxima
pobreza).
1821 - o México se torna independente e o general Iturbe se coroou Imperador, sendo rapidamente
substituído pelo general Antônio López de Santa Anna, que proclamou a República.
1824 - promulgada uma Constituição que estabelecia a República Federativa, formada por 19 estados, 4
regiões e 1 distrito federal (em 1836, o general Santa Anna outorgou uma nova Constituição que abolia o
federalismo, centralizando o poder).
REAÇÃO À NOVA CONSTITUIÇÃO - os habitantes americanos do Texas, um dos territórios da
federação mexicana, pediram apoio aos Estados Unidos. Santa Anna venceu os americanos que se
agruparam no forte de Álamo, mais foi batido e preso pelo exército norte americano (o Texas foi anexado
aos Estados Unidos).
1846 – 1848 - guerra entre os Estados Unidos e o México (vitoriosos, os norte americanos se apropriaram
de mais da metade do território mexicano).
1861 - a França estabelece no México um império “fantoche”* tendo como governante o Arquiduque
Maximiliano de Habsburgo. O objetivo de Napoleão III, então imperador francês, era tirar proveito da
Guerra da Secessão norte-americana para barrar a presença dos EUA na América Latina, que passaria, na
opinião do líder francês, a ser “área de influência” do governo de Paris.
1867 - o líder mexicano Benito Juárez, liderando a resistência, expulsa os franceses e restabelece a
República.
1876 - o general Porfírio Diaz toma o poder, dando início a 35 anos de ditadura.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO NORTE > México, uma outra América do Norte: 42_3-5

O “PORFIRISMO” - regime autoritário modernizante (Porfírio Diaz abriu o México aos capitais
estrangeiros, implantou ferrovias e, como conseqüência, acentuaram-se as desigualdades sociais.
SOCIEDADE MEXICANA NO INÍCIO DO SÉCULO XX - latifundiários, burguesia comercial,
formação de classes médias urbanas e uma imensa e miserável população camponesa.
1910 - eleições (Porfírio Diaz, através de eleições fraudadas, vence o candidato liberal-reformista
Francisco Madero).
1910 - Madero, encabeçando uma frente composta por classes médias e camponeses liderados por
Emiliano Zapata e Pancho Villa, dá início à Revolução Mexicana, que derruba Porfírio Diaz e assume o
poder.
1917 - promulgada a Constituição revolucionária, ainda em vigor e, na época, considerada a mais
progressista do mundo, prevendo legislação trabalhista e reforma agrária.
1929 - as forças políticas revolucionárias se agruparam no Partido Nacional Revolucionário (PNR),
antecessor do atual Partido Revolucionário Institucional (PRI).
1934 - subia à presidência o líder populista Lázaro Cárdenas que implantou a reforma agrária,
industrializou o país, criou o ensino universal e obrigatório, rompeu com a Igreja Católica, expropriou os
bens das companhias petrolíferas estrangeiras e nacionalizou o petróleo, fundando a PEMEX (“Petróleo
Mexicano”).
1992 - México, Estados Unidos da América e Canadá assinam o Acordo de Livre Comércio
Norte-Americano (NAFTA).
1994 - na região de Chiapas, no sul, é criado o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), tendo
por objetivo defender os indígenas da área que vivem em condições miseráveis e são extremamente
explorados pelos grandes proprietários rurais.
1938 – 2000 - ao longo de todo esse período, o México foi governado exclusivamente por lideranças do
PRI, que se tornou uma agremiação partidária corrupta, apoiada por lideranças oligárquicas
(“caciquismo”) e sempre eleita por meio de fraudes eleitorais.
2000 - o Partido Ação Nacional (PAN), agremiação conservadora de oposição, elegeu o presidente
Vicente Fox, quebrando a hegemonia do PRI.

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RELEVO E CLIMA
RELEVO E CLIMA
RELEVO - o México é, em boa parte, formado por cadeias montanhosas, destacando-se a Sierra Madre
Ocidental, no litoral do Pacífico, a Sierra Madre Oriental, localizada no Golfo do México e as Sierras
Madre do sul e Neovulcânica Transversal, no centro do país.
CLIMA - no Norte: seco, desértico e de estepe; Sudeste: tropical chuvoso; no Planalto Central:
temperado.

DADOS POPULACIONAIS
A POPULAÇÃO MEXICANA
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - mestiçagem entre indígenas e espanhóis.
MORTALIDADE INFANTIL - 27 crianças para cada 1000.

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ESPECTATIVA DE VIDA - 69 anos para os homens e 75 anos para as mulheres.


CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 1,35% ao ano.
TAXA DE ANALFABETISMO - 9%.

COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 115.
EMISSORAS DE RÁDIO - 263.
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 192.
LINHAS TELEFÔNICAS - 95,8 para cada 1000 habitantes.

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ECONOMIA
ECONOMIA
ESTRUTURA AGRÁRIA - “haciendas” (latifúndios) e “ejidos” (aldeias comunitárias).
AGRICULTURA - milho, base alimentar do país e sempre cultivada junto à mandioca e à batata-doce
(sistema asteca de plantio denominado de “conuco”; algodão e cana-de-açúcar ( importantes gêneros de
exportação).
PECUÁRIA - bovinos e ovinos. O México é o décimo maior produtor mundial de carne.
RECURSOS MINERAIS - ouro, cobre, zinco, chumbo, prata (maior produtor mundial) e petróleo, esse
encontrado na região do golfo.
INDÚSTRIAS - alimentícia têxtil, petroquímica e siderurgia.

O NAFTA
Em 1992, o Canadá, os Estados da Unidos da América e o México assinaram o Acordo Norte-Americano
de Livre Comércio (em inglês North American Free Trade Agreement – NAFTA) que entrou em vigor no
dia 1 de janeiro de 1994. Essa zona de livre comércio, que abrange 400 milhões de pessoas e um PNB
(Produto Nacional Bruto) da ordem de 8 trilhões de dólares, está sendo progressivamente implantado por
meio da gradativa redução das barreiras alfandegárias entre os três paises. Inegavelmente, os Estados
Unidos da América são o núcleo polarizador e dinâmico dessa zona de livre comércio e, portanto, a nação
economicamente hegemônica na área. Muitos sindicatos americanos, temendo a instalação de indústrias
dos Estados Unidos no México em função da mão-de-obra barata, vem combatendo o NAFTA. Também
no México, principalmente no empobrecido sul, há oposição ao acordo, que vem ampliando as
desigualdades sociais. De fato, o NAFTA beneficia os setores mais especializados e educados da burguesia
e das classes médias mexicanas, marginalizando ainda mais a população menos qualificada.
O MÉXICO HOJE
O MÉXICO HOJE
RENDA PER CAPITA - 5.600 dólares.
CRESCIMENTO ECONÔMICO - 3,5% ao ano.
INFLAÇÃO - 9,6% ao ano.

Vocabulário da aula

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* Fantoche – boneco do teatro de marionetes; títere; pessoa controlada por outra, incapaz de agir por si só.

43_7
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Continental: 43_1-7

A AMÉRICA CENTRAL CONTINENTAL


Guatemala

Nome Oficial Área População


República da Guatemala 108.889 Km2 1.200.000
República Presidencialista Moeda: quetzal Línguas: castelhano e Idiomas indígenas

Entre os séculos XVI e XIX, quase toda América Central estava dominada pela Espanha, formando com o
México uma unidade administrativa que tinha por sede a Capitania Geral da Guatemala. Na realidade, a
região, em termos políticos, apresentava-se dividida entre o Vice-Reinado do México (abrangendo o
México até a Guatemala) e o Vice-Reinado de Nova Granada (compreendendo a área situada entre a
Guatemala e a Venezuela).
Em 1821, a Guatemala proclamou a sua independência, rompendo o vínculo colonial com a Espanha, e,
juntamente com as demais nações da América Central, incorporou-se ao México, constituindo as
Províncias Unidas da América Central. No ano seguinte, os EUA, interessados em afastar definitivamente
a presença européia do continente e objetivando, a médio e longo prazo, o controle da área, formularam a
Doutrina Monroe, que tinha como princípio a “América para os americanos”. Assim, não interessava ao
governo de Washington uma América Latina integrada, o que significaria uma maior capacidade de
resistência à presença norte-americana. Também a Inglaterra, cujo capitalismo industrial nascente carecia
de mercados mundiais, procurou sabotar a unidade latino-americana. Em 1826, a Conferência do Istmo do
Panamá, convocada por Simon Bolívar com a finalidade de criar os Estados Unidos da América Latina, foi
claramente sabotada por Washington e Londres. As pressões anglo-saxônicas levaram, a partir de 1838, 5
regiões a romper com a estrutura federativa das Províncias Unidas da América Central, tornando-se países
independentes: Guatemala, Nicarágua, Honduras, El Salvador e Costa Rica. O Panamá, por seu turno, que
também rompera com a Espanha em 1821, integrando a Colômbia, influenciado pelos EUA – dispostos a
construção de um canal ligando os oceanos Atlântico e Pacífico - , declarou sua independência. O Canal
do Panamá, planejado pelo teórico geopolítico norte-americano Almirante Mahan, visava facilitar o
contato entre as frotas navais americanas do Pacífico e do Atlântico. Em 1981, Belize, colônia britânica,
tornava-se independente.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Continental: 43_2-7

Belize

Nome Oficial Área População


Belize 22.965 Km2 250.000
Línguas: Inglês, crioulo,
Monarquia Parlamentarista da Comunidade Moeda: dólar de
castelhano, garifuna, maia,
Britânica Belize
quéchira, e dialeto alemão.

DADOS POPULACIONAIS
A POPULAÇÃO CENTRO-AMERICANA
COMPOSIÇÃO ÉTNICA- mestiçagem de indígenas com brancos de origem européia, principalmente
espanhóis
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO- maiores concentrações populacionais nas regiões
centrais e próximas ao litoral do Pacífico
CRESCIMENTO VEGETATIVO- 2% ao ano
ÁREAS URBANAS- os “pueblos” (pequenas vilas e povoados sem infra-estrutura urbana)
CIDADES MAIS POPULOSAS- Cidade da Guatemala e Manágua (800 mil habitantes cada uma)
MORTALIDADE INFANTIL- 40 crianças em mil (média da América Central)
TAXA DE ANALFABETISMO- 30%
EXPECTATIVA DE VIDA- 60 anos para os homens e 65 anos para as mulheres

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Continental: 43_3-7

Honduras

Nome Oficial Área População


República de Honduras 112.088 Km2 6.000.000
República Presidencialista Moeda: lempira Língua: castelhano

Se levarmos em conta os aspectos sócio-econômicos, o Panamá e Costa Rica apresentam cifras que os
afastam do cenário geral de subdesenvolvimento da América Central. Nesses países, a expectativa de vida
é semelhante à dos países desenvolvidos e as taxas de mortalidade infantil são tidas como aceitáveis pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), entidade da Organização das Nações Unidas.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Continental: 43_4-7

Nicarágua

Nome Oficial Área População


República da Nicarágua 130.682 Km2 5.000.000
República Presidencialista Moeda: córdoba Língua: castelhano e inglês

ECONOMIA

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A característica básica da economia dessas regiões é o seu caráter agrário, próprio dos países
subdesenvolvidos. Fundamentalmente, a receita das nações centro-americanas é gerada pela exportação de
gêneros primários, quase sempre produzidos em termos monoculturais

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Continental: 43_5-7

Costa Rica

Nome Oficial Área População


República da Costa Rica 51.100Km2 3.500.000
república Presidencialista Moeda: colón costariquenho Língua: castelhano

ECONOMIA CENTRO-AMERICANA
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA NO
PAÍSES PRODUTOS
SETOR PRIMÁRIO
Guatemala 57% Café (43%) e algodão (16%)
Belize 32% Açúcar (37%) e têxtil (19%)
El Salvador 39% Café (31%) e algodão (26%)

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Honduras 51% Banana (29%) e café (23%)


Nicarágua 42% Café (31%) e algodão (19%)
Costa Rica 29% Café (29%) e banana (23%)
Petroquímica (29%) e banana
Panamá 26%
(24%)

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Continental: 43_6-7

El Salvador

Nome Oficial Área População


República de El Salvador 21.041 Km2 6.000.000
República Presidencialista Moeda: colón salvadorenho Língua: castelhano

A economia da América Central continental é extremamente frágil em função de sua dependência em


relação à produção de poucos gêneros primários voltados à exportação. Essa debilidade econômica
decorre de três fatores:
constantes adversidades naturais
flutuações na demanda internacional
depreciação de preços pelas nações consumidoras desenvolvidas

A existência de um complexo petroquímico no Panamá é explicada pela presença no país de empresas


norte-americanas, ali instaladas devido à baixa tributação e à proximidade da Venezuela, país produtor e
fornecedor de petróleo para os EUA.
ESTRUTURA AGRÁRIA CENTRO-AMERICANA
FORMA DE PRODUÇÃO BASICA- “plantation” (latifúndio exportador)
PRODUTOS FUNDAMENTAIS- café, cacau, banana e algodão. Guatemala: oitavo produtor mundial
de café e El Salvador: nono produtor mundial
ZONA PRODUTORA DE CAFÉ- litoral do Pacífico e região central: solos férteis de terra roxa;
excelentes condições climáticas e mão-de-obra abundante e barata
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA- realizada em áreas muito extensas, o que é típico de uma
organização agrária arcaica.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Continental: 43_7-7

Panamá

Nome Oficial Área População


República do Panamá 75.517 Km2 2.800.000
República Presidencialista Moeda: balboa Língua: Castelhano

ÍNDICES SÓCIO-ECONÔMICOS DA AMÉRICA CENTRAL


PRODUTO NACIONAL BRUTO- 30 bilhões de dólares
RENDA PER CAPITA- ao redor de 1000 dólares
ABISMO SOCIAL- forte concentração de renda

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44_3
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > Divisão Política: 44_1-3

AMÉRICA CENTRAL - DIVISÃO POLÍTICA

Clique no mapa para ampliar


A América Central é constituída de duas partes: a continental, um istmo* que liga a América do Norte à
América do Sul, e a porção insular, um aglomerado de ilhas dispostas em forma de arco no Oceano Atlântico.
Sete são as unidades políticas da parte continental:
A AMÉRICA CENTRAL CONTINENTAL
País Extensão Capital População Etnia Língua Moeda
Belize 22.965 km2 Belmopan 200.000 Negra Inglês Dólar de Belize
Costa Rica 51.100 km2 San José 3.400.000 Branca Castelhano Colón costarriquenho
El Salvador 21.041 km2 San Salvador 5.800.000 Mestiça Castelhano Colón salvadorenho
Guatemala 108.889 km2 Cidade da Guatemala 10.600.000 Indígena Castelhano Quetzal
Honduras 112.088 km2 Tegucigalpa 5.700.000 Mestiça Castelhano Lempira
Nicarágua 130.700 km2 Manágua 4.400.000 Mestiça Castelhano Córdoba nova
Panamá 77.082 km2 Cidade do Panamá 2.600.000 Mestiça Castelhano Balboa

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > Divisão Política: 44_2-3

A porção insular da América Central abrange:

A AMÉRICA CENTRAL INSULAR


País Extensão Capital População Etnia Língua Moeda
Antígua e Dólar do Caribe
442 km2 Saint John’s 64.000 Mestiça Inglês
Barbuda do Leste
Dólar das
Bahamas 13.939 km2 Nassau 300.000 Negra Inglês
Bahamas
Dólar de
Barbados 430 km2 Bridgetown 300.000 Negra Inglês
Barbados
Cuba 110.860 km2 Havana 11.000.000 Branca Castelhano Peso cubano
Dólar do Caribe
Dominica 750 km2 Roseau 72.000 Mestiça Inglês
do Leste
Dólar do Caribe
Granada 344 km2 Saint George 90.000 Negra Inglês
do Leste
Negra e Francês e
Haiti 27.750 km2 Porto Príncipe 7.200.000 Gourde
mulata crioulo
Jamaica 10.991 km2 Kingston 2.400.000 Negra Inglês Dólar jamaicano
República Peso
48.443 km2 Santo Domingo 7.8000.000 Mestiça Castelhano
Dominicana dominicano
Dólar do Caribe
Santa Lúcia 616 km2 Castries 142.000 Negra Inglês
do Leste
São Cristóvão e Dólar do Caribe
262 km2 Basseterri 42.000 Mestiça Inglês
Névis do Leste
São Vicente e Dólar do Caribe
389 km2 Kingstown 110.000 Mestiça Inglês
Granadinas do Leste

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > Divisão Política: 44_3-3

ÁREAS COLONIAIS
Na América Central, região de maior fragmentação política do continente, existem ainda inúmeras
possessões ou domínios coloniais.
ÁREAS COLONIAIS
País Extensão Capital Metrópole População
Anguilla 96 km2 The Valley Inglaterra 9.500.000
Antilhas Holandesas 800 km2 Willemstad Holanda 200.000
Groelândia (América do
2.175.600 km2 Nuuk Dinamarca 62.000
Norte)
Guadalupe 1.704 km2 Basse-Terre França 400.000
Guiana Francesa 91.000 km2 Caiena França 410.000
Ilhas Cayman 259 km2 Georgetown Inglaterra 35.000
Ilhas Falkland (Malvinas) 12.173 km2 Port Stanley Inglaterra 2.500
Ilhas Turks e Caicos 430 km2 Cockburn Inglaterra 15.000
Ilhas Virgens Norte-
347 km2 Charlotte Amalie EUA 103.000
Americanas
Ilhas Virgens Britânicas 153 km2 Road Town Inglaterra 18.000
Martinica 1.128 km2 Fort-de-France França 12.000
Porto Rico 8.959 km2 San Juan Estado associado aos EUA 4.000.000
Saint Pierre e Miquelon 242 km2 Saint Pierre França 7.000

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Devolvido ao Panamá
Zona do Canal do Panamá 1.676 km2 Balboa Sem registro
pelos EUA em 1999

Vocabulário da aula
*Istmo – faixa de terra que liga uma península a um continente.

45_9
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_1-9

A AMÉRICA CENTRAL INSULARA


América Central Insular, disposta numa forma de arco com aproximadamente 4.000 km de extensão,
divide-se em Grandes Antilhas (Jamaica, Cuba, Haiti, República Dominicana e Porto Rico), Pequenas
Antilhas (inúmeras ilhas, entre as quais se destacam Trinidad e Tobago, Dominica, Santa Lúcia e
Barbados) e Bahamas (arquipélago de origem coralígena). Quase todas essas ilhas são picos de uma
cordilheira submarina e algumas são vulcânicas (Martinica), enquanto que Cuba e São Domingos são
meros prolongamentos das penínsulas da Flórida e de Yucatán.
AS GRANDES ANTILHAS
No mar das Caraíbas, por muitos denominado de o Mediterrâneo das Américas em função das semelhanças
físicas e culturais entre ambos, localizam-se as Grande Antilhas: quatro ilhas onde existem quatro paises
independentes e Porto Rico, um Estado livre mas associado aos Estados Unidos da América.
AS GRANDES ANTILHAS
CRESCIMENTO MORTALIDADE
PAISES POPULAÇÃO ANALFABETISMO
VEGETATIVO INFANTIL
CUBA 11.000.000 0,93% ao ano 4% 13%
JAMAICA 2.800.000 1,09% ao ano 26% 21%
HAITI 6.500.000 1,69% ao ano 77% 117%
REPÚBLICA
7.500.000 2,49% ao ano 26% 71%
DOMINICANA
PORTO RICO 3.500.000 2,11% ao ano 7% 23%

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_2-9

JAMAICA

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

JAMAICA (CAPITAL: KINGSTON)


COMPOIÇÃO ÉTNICA - negra e mestiça.
LINGUA OFICIAL - inglês.
RELEVO - montanhoso, com solos férteis de origem vulcânica.
AGRICULTURA - “plantations” (latifúndios) possuídas por empresas transnacionais norte-americanas
que produzem cana-de-açúcar e banana.
RECURSOS MINERAIS - bauxita (quarto maior produtor mundial).
INDÚSTRIAS - um pequeno complexo industrial ao redor da capital.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_3-9

HAITI

HAITI (CAPITAL: PORTO PRÍNCIPE)


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - negros (90%) e mulatos (10%).
LÍNGUA OFICIAL - francês (a grande maioria da pulação fala crioulo).
AGRICULTURA - produção de gêneros para subsistência.
TAXA DE DESEMPREGO - 55% da população.
INDÚSTRIA - produção de bolas de tênis.

REPÚBLICA DOMINICANA

REPÚBLICA DOMINICANA (CAPITAL: SÃO DOMINGOS)

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

COMPOSIÇÃO ÉTNICA - mestiçagem entre negros e espanhóis(75% da população é mulata).


LÍNGUA OFICIAL - castelhano.
RELEVO - região central: montanhosa e coberta de florestas; região sudeste: planície costeira.
AGRICULTURA - cana-de-açúcar (50% das exportações); café e tabaco.
SERVIÇOS - turismo (segunda maior fonte de renda).

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_4-9

PORTO RICO

PORTO RICO (CAPITAL: SAN JUAN)


SITUAÇÃO POLÍTICA - estado livre associado aos Estados Unidos.
COMPOSIÇÃO ÉTINICA - mestiçagem entre espanhóis e negros.
LÍNGUA OFICIAL - inglês (mas o castelhano é falado por quase todos os habitantes).
RELEVO - montanhoso (Cordilheira Central).
AGRICULTURA - cana-de-açúcar; banana; tabaco; café; melaço; álcool; rum; milho; mandioca;
abacaxi e cítricos.
SERVIÇO - turismo.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_5-9

AS PEQUENAS ANTILHAS

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

As Pequenas Antilhas consistem num arco insular que se estende de Porto Rico ao litoral da Venezuela.
Essas ilhas, próximas da região equatorial, são pólos de atração turística pois gozam de um clima quente
durante o ano inteiro. Os oito paises independentes da área, ex-colônias do Reino Unido, são hoje
membros da Commonwealth (Comunidade Britânica de Nações).

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_6-9

ANTÍGUA E BARBUDA

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

ANTÍGUA E BARBUDA (CAPITAL: SAINT JOHN’S)


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - negros ( 91,3%); mestiços (3,7%); brancos europeus (2,4%); sírio-libaneses
(0,6%).
AS ILHAS - o país compreende três ilhas: Antígua (280 km2) com baias de origem coralígena; Barbuda
(160 km2) de composição vulcânica e Redonda (2 km2) desabitada e reserva de fauna e flora.
AGRICULTURA - algodão, cana-de-açúcar, frutas tropicais e exportação de frutos do mar.
SERVIÇOS - turismo.

BARBADOS

BARBADOS (CAPITAL: BRIDGETOWN)


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - negros (92,5%); europeus (3,2%) e mestiços (2,8%)
RELEVO E CLIMA - montanhoso de origem vulcânico com solo fértil e clima tropical chuvoso.
MORTALIDADE INFANTIL - 11 crianças para cada 1000.
EXPECTATIVA DE VIDA - 73 anos para os homens e 78 anos para as mulheres.
ANALFABETISMO - 2,5 %.
JORNAIS DIÁRIOS - 157.
EMISSORAS DE RÁDIO - 900.
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 287.
AGRICULTURA - cana-de-açúcar; algodão; milho e rum.
SERVIÇOS - turismo.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_7-9

DOMINICA

DOMINICA (CAPITAL: ROSEAU)


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - negros (89%); mulatos (7,2%) e índios caribes (2,4%).
MORTALIDADE INFALTIL - 17 crianças para cada 1000.
EXPECTATIVA DE VIDA - 73 anos para ambos os sexos.
EMISSORAS DE RÁDIO - 634.
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 141.
RELEVO E CLIMA - montanhoso de origem vulcânica com clima tropical chuvoso.

GRANADA

GRANADA (CAPITAL: SAINT GEORGE)


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - negros (84%); mestiços (11%); indo-paquistaneses (3%) e europeus (0,7%).
MORTALIDADE INFANTIL - 25 crianças para cada 1000.
TAXA DE ANALFABETISMO - 4%.
EMISSORAS DE RÁDIO - 598.
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 158.
RELEVO E CLIMA - montanhoso de origem vulcânica com clima chuvoso tropical moderado.
AGRICULTURA - especiarias (grande exportador de noz moscada).
SERVIÇOS - turismo.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > América Central Insular: 45_8-9

SANTA LÚCIA

SANTA LÚCIA (CAPITAL: CASTRIES)


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - negros e mestiços.
MORTALIDADE INFANTIL - 18 crianças para cada 1000.
EXPECTATIVA DE VIDA - 71 anos para ambos os sexos.
TAXA DE ANALFABETISMO - 5%.
EMISSORAS DE RÁDIO - 765.
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 301.
RELEVO E CLIMA - montanhoso de origem vulcânica com clima tropical chuvoso.
AGRICULTURA - coco, banana, cacau e cana-de-açúcar.

SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS

SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS (CAPITAL: BASSETERRE)


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - mulatos; britânicos e indo-paquistaneses.
MORTALIDADE INFANTIL - 31 crianças para cada 1000
EXPECTATIVA DE VIDA - 69 anos para ambos os sexos.
TAXA DE ANALFABETISMO - 10%.
EMISSORAS DE RÁDIO - 668.
RELEVO E CLIMA - montanhoso ondulado e vulcânico com clima tropical chuvoso moderado.
AGRICULTURA - cana-de-açúcar.

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SERVIÇOS - turismo.

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SÃO VICENTE E GRANADINAS

SÃO VICENTE E GRANADINAS (CAPITAL: KINGSTOWN )


COMPOSIÇÃO ÉTNICA - negros (82%) e mestiços (14%).
MORTALIDADE INFANTIL - 19 crianças para cada 1000.
EXPECTATIVA DE VIDA - 72 anos para ambos os sexos.
TAXA DE ANALFABETISMO - 8%.
RELEVO E CLIMA - montanhoso, ondulado de origem vulcânica com clima tropical chuvoso.
EMISSORAS DE RÁDIO - 670.
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 234.
AGRICULTURA - cana-de-açúcar e araruta (tubérculo utilizado na fabricação de papeis para impressão
informatizada.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > O Socialismo Tropical: Cuba: 46_1-5

O SOCIALISMO TROPICAL: CUBA

Nome oficial Área População


República de Cuba 110.861 Km2 11.500.000
República Presidencialista Moeda: peso cubano Língua : castelhano

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HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
1492- Cristóvão Colombo chega a Cuba
1514- concluída a conquista da Ilha, que se tornou o ponto de partida para o controle espanhol do Caribe,
do México e da América Central.
SÉCULO XVI- início da produção de cana-de-açúcar
SÉCULO XVII- produção de couro e cobre e a construção naval diversificam a economia cubana
MÃO-DE-OBRA - escrava negra
ABOLIÇÃO- pressões britânicas e prolongados períodos de levantes negros levaram ao fim do
escravismo em 1886
1895- guerra de independência, liderada por José Martí
1898- apoio norte-americano à independência de Cuba (Guerra Hispano-Americana)
1899 A 1902- governo americano em Cuba
1903- “Emenda Platt”: Cuba se torna Protetorado americano (os EUA controlam a base de Guantanamo -
até hoje, base aérea naval arrendada aos EUA)
1933- levante popular contra o ditador Machado (pró-americano)
GOVERNO GRAU SAN MARTIN- posições nacionalistas, forçado a renunciar por pressões
norte-americanas. San Martin é substituído por Fulgencio Batista.
CUBA DE BATISTA- controlado pela Máfia, por empresas americanas e pela elite exportadora cubana.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > O Socialismo Tropical: Cuba: 46_2-5

A REVOLUÇÃO
A REVOLUÇÃO
26 DE JULHO DE 1953- Fidel Castro, liderando um grupo de revolucionários, assaltou o quartel de
Moncada, localizado em Santiago de Cuba: o líder é preso
1953- Fidel desembarca em Cuba, comandando as guerrilhas de Sierra Maestra
1º DE JANEIRO DE 1959- Fidel Castro entra em Havana, expulsando Batista
MEDIDAS INICIAIS DE FIDEL- combate à elite cubana, expulsão da Máfia e expropriação de
empresas americanas
CONSEQUÊNCIAS- os EUA (1961) organizam um desembarque de contra-revolucionários na Baía dos
Porcos (esmagados); emigrações de cubanos para Miami (Flórida)
ATITUDE DE FIDEL- pede apoio à União Soviética, alegando adotar o socialismo
ATITUDE DE MOSCOU- tentativa de implantação de mísseis nucleares em Cuba
REAÇÃO NORTE-AMERICANA- o Presidente Kennedy bloqueia Cuba e exige a retirada das bases
de mísseis (outubro de 1962: o mundo está à beira da guerra nuclear)
SOLUÇÃO DO IMPASSE- os soviéticos retiram os mísseis em troca da promessa de que os EUA não
invadiriam Cuba.

REALIZAÇÕES SOCIAIS DA REVOLUÇÃO


O ASPECTO POSITIVO DA REVOLUÇÃO
O APOIO FINANCEIRO SOVIÉTICO GERA - aprimoramento da educação e saúde (elevação do
padrão de vida cubano)

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > O Socialismo Tropical: Cuba: 46_3-5

O CONFLITO INTERNO
LIDERANÇAS EM CONFLITO
FIDEL CASTRO DEFENDE- dependência em relação à União Soviética e utilização do apoio
financeiro russo em melhorias sociais
ERNESTO “CHE” GUEVARA (LÍDER MARXISTA DE ORIGEM ARGENTINA)- propõe
industrialização (frustrada) e apoio às revoluções socialistas em toda a América Latina. Para Guevara,
Cuba deveria ser um foco central revolucionário para abater o capitalismo pelas “bordas”: Terceiro
Mundo contra o Primeiro Mundo (slogan “guevarista” : “um, dois, três ......mil Vietnams”).

AÇÕES EXTERNAS DE CUBA


AÇÕES EXTERNAS
1965- criação da OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade): entidade patrocinadora de
guerrilhas de esquerda na América Latina
1965- envio de forças cubanas para apoiar os regimes socialistas então vigentes em Angola e na Etiópia
REAÇÃO NORTE-AMERICANA- encabeça embargo econômica ocidental à Cuba

O COLAPSO DA URSS

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

O COLAPSO DA UNIÃO SOVIÉTICA PROVOCA:


perda do apoio financeiro soviético;
fim das exportações de produtos primários, a preços artificialmente elevados, para o mundo socialista
fim das importações de petróleo a preços reduzidos;
racionamento de energia, combustível e alimentos;
estímulo a investimentos europeus ocidentais;
fomento do turismo (surgimento de problemas sociais: conflito entre o Estado e pequenas empresas;
aumento da prostituição para estrangeiros)

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > O Socialismo Tropical: Cuba: 46_4-5

RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
TERRITÓRIO TOTAL - um arquipélago compreendendo a Ilha de Cuba, a Ilha da Juventude e mais
1.600 ilhotas
RELEVO - sudeste: Sierra Maestra; o resto da país é constituído de planícies extensas e férteis
CLIMA - tropical chuvoso

DADOS POPULACIONAIS
A SOCIEDADE CUBANA
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - mestiçagem européia africana
MORTALIDADE INFANTIL - 10 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 74 anos para os homens e 78 anos para as mulheres
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 0,30% ao ano

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

TAXA DE ANALFABETISMO - 3%

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS- 119
EMISSORAS DE RÁDIO- 351
EMISSORAS DE TELEVISÃO- 200
LINHAS TELEFÔNICAS- 32, 1 para cada mil habitantes
LIVROS- 10 títulos para cada 1 milhão de habitantes

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA CENTRAL > O Socialismo Tropical: Cuba: 46_5-5

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA- cana-de-açúcar, tabaco, arroz; cítricos; banana e banana-da-terra
PECUÁRIA- bovinos; eqüinos; suínos e aves
RECURSOS MINERIAS- níquel; cobalto; cobre e cromita
INDÚSTRIA- alimentícia, bebidas; charutos; química e mecânica

CUBA HOJE
“Embora tenha havido uma retomada do crescimento econômico no ano 2000, Cuba ainda não superou o
impacto da crise dos anos 90 em função do colapso da União Soviética. As questões financeiras se
agravaram, apesar da transferência de 800 milhões de dólares pelos cubanos que moram em Miami. Cada
vez mais é difícil a obtenção de créditos, em função do embargo econômico norte-americano, do aumento
de preços do petróleo importado e da queda do valor do açúcar no mercado mundial. Segundo estimativas
do Ministério da Economia, a metade das empresas açucareiras não são rentáveis e deverão ser fechadas,
agravando o problema do desemprego.
A reestruturação das empresas públicas, a autonomia gerencial, a diminuição dos subsídios do Estado e a
utilização crescente dos mecanismos da economia de mercado confirmam a rota lenta e gradual de
reformas num sentido liberalizante apesar do discurso oficial de ‘reforço do socialismo’. De fato a
abertura econômica ainda está subordinada a necessidade de controlar as desigualdades sociais que
poderiam desestabilizar o sistema político.
O embargo econômico norte-americano prossegue, agravado pela Lei Helms-Burton, que impõe
penalidades a países que comercializam com Cuba. Isso Tem aberto espaço para a entrada de
investimentos europeus. A resposta cubana ao relativo isolamento é buscar desenvolver relações
econômicas e comerciais com a CARICOM (‘Comunidade das Caraíbas, que agrupa antigas colônias
britânicas’). Além disso, Fidel Castro tem se encontrado com o atual Presidente da Venezuela, Hugo
Chavez, quer também manifesta tendências populistas, estatizantes e anti-americanas. O grande obstáculo
a plena integração de Cuba à comunidade das nações é a ausência de democracia e o desrespeito aos
direitos humanos.”
Fonte: “L’état du Monde” – La Découverte

47_2

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Divisão Política: 47_1-2

DIVISÃO POLÍTICA

A América do Sul, do ponto de vista político, pode ser dividida em três blocos de nações: os Países
Andinos, Países Platinos e o conjunto formado pelas Guianas, Suriname, Trinidad e Tobago.
PAÍSES ANDINOS
Nome oficial Área População Idioma
Chile (capital: Santiago) 756.626 Km2 15.000.000 Castelhano
Colômbia (capital: Santa Fé de Bogotá) 1.141.748 Km2 37.000.000 Castelhano
Equador (capital: Quito) 283.561 Km2 12.000.000 Castelhano e Quéchua
Peru (capital: Lima) 1.285.215 Km2 25.000.000 Castelhano, Quéchua e Aimará
Venezuela (capital: Caracas) 912.050 Km2 24.000.000 Castelhano
Bolívia (capital: La Paz) 1.098.581 Km2 8.000.000 Castelhano, Quéchua e Aimará

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Divisão Política: 47_2-2

PAÍSES PLATINOS
Nome oficial Área População Idioma
Argentina (capital: Buenos Aires) 2.780.092 Km2 37.000.000 Castelhano
Paraguai (capital: Assunção) 406.752 Km2 5.500.000 Castelhano e Guarani
Uruguai (capital: Montevidéu) 176.215 Km2 3.500.000 Castelhano
Brasil (capital: Brasília) 8.547.403,5 Km2 167.000.000 Português

AMÉRICA DO SUL SETENTRIONAL


Nome oficial Área População Idioma
Inglês, Hindi, Urdu e dialetos
Guiana (capital: Georgetown) 214.970 Km2 850.000
ameríndios
Guiana Francesa (capital: Caiena) 91.000 Km2 120.000 Francês e Crioulo
Holandês, Hindustani, Javanês,
Suriname (capital: Paramaribo) 163.265 Km2 450.000
Inglês, Francês e Crioulo
Trinidad e Tobago (capital: Port of Inglês, Francês, Castelhano, Hindi,
5.123 Km2 1.500.000
Spain) Chinês e Crioulo

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > A Argentina: 48_1-5

AMÉRICA PLATINA I: A ARGENTINA

Nome oficial Área População


República da Argentina 2.780.092 Km2 35.000.000
República Presidencialista Moeda: peso argentino Língua: Castelhano

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
1516 - espanhóis, liderados por Juan Diaz de Solis, chegam a região, então habitada por indígenas
SÉCULO XVII - missões jesuíticas dão início a produção de tabaco, algodão, erva-mate e pecuária,
baseada em trabalho compulsório indígena
1766 - Buenos Aires (fundada em 1580), transforma-se em capital do Vice-Reinado do Prata
SÉCULO XVI-XVIII - grande eixo espanhóis na América do Sul é Potosi (minas de prata) e Buenos
Aires (o porto escoadouro de prata). Forma-se a poderosa burguesia mercantil em Buenos Aires
1806 - ingleses tentam tomar Buenos Aires (derrotados)
1807 - nova tentativa inglesa derrotada
MAIO DE 1810 - revolta do “cabildo” de Buenos Aires: início do processo de independência
9 DE JULHO DE 1816 - proclamação da independência
1817-1819 - o líder da emancipação Argentina, general José de San Martin, cruza os Andes, visando
libertar o Peru do Chile

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > A Argentina: 48_2-5

CONFLITO POLÍTICO - os partidários da União (governo central forte) e os federalistas (defesa de


maior autonomia provincial)
1825-1828 - a Argentina ajuda a independência do Uruguai, lutando contra o Brasil
1829-1852 - a ditadura do general Juan Manuel Rosas; posições centralizadoras e expansionistas;
derrubado pelo general Urquiza, auxiliado por tropas brasileiras
1853 - outorgada Constituição Federalista
1853 - a Província de Buenos Aires rompe com a União (submetida militarmente em 1859)
1864-1870 - o governo argentino do general Bartolomeu Mitre, o Uruguai, o Brasil (Tríplice Aliança)
vencem o Paraguai
1891 - fundada a União Cívica Radical (UCR), apoiando-se nas classes médias
1916 - a União Cívica Radical elege o Presidente Hipólito Yrigoyen
1916-1930 - governos reformistas da UCR
1930 - golpe militar (líder: general José Uriburu)
1932 - restaurado o governo civil com hegemonia conservadora
1943 - golpe militar modernizador, que favoreceria a ascensão política do coronel Juan Domingos Perón,
inicialmente Ministro do Trabalho (início da legislação trabalhista e da formação de sindicatos)
1945 - os militares, temendo a popularidade de Perón, afastam-no do governo
1945 - manifestações populares forçam as Forças Armadas a reconvocar Perón
1946 - Perón é eleito presidente, casando-se com Eva Duarte (“Evita”), mentora do “populismo”
peronista

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > A Argentina: 48_3-5

1948 - fundado, pelos peronistas, o Movimento Justicialista (combinação ideológica entre legislação
trabalhista de inspiração fascista e doutrina sócio-católica)
1951 - Perón é reeleito
1952 - morre Evita, o que diminui a popularidade do ditador
1955 - golpe militar derruba Perón
1958 - a ala esquerda da UCR, com apoio peronista clandestino, elege Arturo Frondizi
1962 - Frondizi é deposto pelos militares
1963 - a União Cívica Radical elege Arturo Illia
1966 - golpe militar põe na presidência o general Juan Carlos Onganía
1970 - Onganía é deposto
1971 - o general Roberto Levingston sobe a presidência, sendo rapidamente substituído pelo general
Alexandro Lanusse
1973 - eleito presidente o peronista Héctor Cámpora, que traz de volta Perón
1973 - eleito Perón
CONFLITO IDEOLÓGICO - peronistas de esquerda (os “montoneros”) versus os anti-comunistas
1974 - morre Perón, sendo substituído por sua esposa Isabelita, então vice-presidente
1976 - um golpe militar depõe Isabelita, assumindo a presidência o general Jorge Rafael Videla

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

1976 - início da “guerra suja”(conflitos entre a ultra-esquerda e os militares em milícias anticomunistas:


bárbaras atrocidades de parte a parte)
1982 - a Argentina invade as Ilhas Falklands (Malvinas, pela denominação argentina); argentinos
expulsos pelos ingleses
1983 - a eleição de Raúl Alfonsín (UCR) dá início à redemocratização
1989 - eleição do peronista Carlos Menem, que reforma as bases do peronismo num sentido neoliberal
1995 - reeleição de Menem (dolarização da economia Argentina, estabilidade cambial e recessão
econômica)
1999 - eleito à Presidência da República Fernando de La Rua, por uma aliança entre a União Cívica
Radical e um agrupamento de centro-esquerda: a Frepaso (Frente do País Solidário)

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > A Argentina: 48_4-5

RELEVO E CLIMA

CLIMA E RELEVO
RELEVO - três regiões: no norte (fronteira com o Paraguai), localiza-se Chaco, dividido em Chaco
úmido (ao lado do oceano) e o Chaco seco (próximo à Cordilheira dos Andes); no sul: a Patagônia; no
centro meridional: o pampa, área de planície
CLIMA - no Chaco úmido (grande pluviosidade); no Chaco seco (menor pluviosidade); Patagônia:
região fria; no pampa: temperado frio

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

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DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - imigrantes europeus (italianos e espanhóis); 15 nações indígenas
MORTALIDADE INFANTIL - 22 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 73 anos
TAXA DE ANALFABETISMO - 4%
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 1,8% ao ano

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 135
EMISSORAS DE RÁDIO - 676
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 347
LINHAS TELEFÔNICAS - 159,9 para cada mil habitantes
LIVROS - 26 títulos para cada 1 milhão de habitantes

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - trigo, milho, soja e sorgo
PECUÁRIA - bovinos, ovinos, caprinos e aves
PESCA - 1.3 milhões de toneladas
RECURSOS MINERAIS - petróleo, gás natural e carvão
INDÚSTRIA - alimentícia, bebidas, química, equipamentos de transporte e refino de petróleo

A ARGENTINA HOJE
RENDA PER CAPITA - 8 mil dólares
CRESCIMENTO ECONÔMICO - 3,5% ao ano
INFLAÇÃO - 0,5%

49_3
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > O Uruguai: 49_1-3

AMÉRICA PLATINA II: O URUGUAI

Nome oficial Área População


República Oriental do Uruguai 176.215 Km2 3.200.000
República Presidencialista Moeda: peso uruguaio Língua: Castelhano

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
ORIGEM DO URUGUAI - resultante do conflito entre espanhóis e portugueses pelo controle do Rio da
Prata
MARCO INICIAL (1624) - fundação da colônia de Soriano
1680 - os portugueses fundam a Colônia do Sacramento
1683 - os espanhóis expulsam os portugueses das região
1705-1705 - os portugueses retomam a área
1715 - os espanhóis expulsam os portugueses

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

1726 - fundada a Vila de São Felipe de Montevidéu


1776 - a área se torna parte do Vice-Reinado do Prata
1714 - José Gervásio Artigas proclama a independência de Montevidéu
1816 - a Argentina derrota Artigas
1817 - forças luso-brasileiras ocupam o Uruguai
1821 - o Uruguai é anexado ao Brasil sob a denominação de Província Cisplatina
1825 - os uruguaios, encabeçados por Juan Antonio Lavalleja, expulsam os brasileiros, proclamando a
República do Uruguai
1828 - o Brasil, pelo Tratado do Rio de Janeiro, reconhece o novo país

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > O Uruguai: 49_2-3

DIVISÃO POLÍTICO-PARTIDÁRIA - “colorados” (liberais pró-brasileiros, inicialmente liderados por


Fructuoso Rivera) versus “blancos” (conservadores pró-argentinos, chefiados por Manuel Oribe)
1839-1851 - guerra civil no Uruguai
1851 - Brasil, com apoio da Inglaterra e da França, intervém no Uruguai, eliminando Oribe
1852 - o ditador argentino Rosas invade o Uruguai; o Brasil entra na Argentina para apoiar Urquiza
contra Rosas
1864 - o Brasil entra no Uruguai para apoiar o “colorado” Venâncio Flores contra o presidente “blanco”
Aguirre, apoiado pelo Paraguai
1864-1870 - o Uruguai luta ao lado da Argentina e do Brasil contra o Paraguai
1903 - tem início reformas no Uruguai (nacionalização dos serviços públicos e a primeira previdência
social da América Latina, sob a liderança do presidente José Batlle y Ordóñez
1951 - extinto o cargo de Presidente da República, substituído por um Conselho de Administração
1966 - restauração do presidencialismo
A OUTRA ESQUERDA NO URUGUAI - a guerrilha marxista dos Tupamaros
1971 - o presidente Juan Maria Bordaberry dá um auto-golpe (bordaberryzação), visando reprimir as
esquerdas
1980 - um plebiscito institui uma nova Constituição, dando início à redemocratização
1984 - eleito à Presidência Julio Maria Sanguinetti (aprovada a Lei do Ponto Final: anistia a todos
envolvidos na guerra revolucionária)
1995 - Sanguinetti é novamente eleito, levando a efeito uma política econômica neoliberal, com corte de
gastos públicos, privatizações e arrocho salarial

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > O Uruguai: 49_3-3

RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO - pampas ondulados com baixas altitudes
CLIMA - temperado frio

DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO URUGUAIA
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - imigrantes espanhóis, italianos e de outras nações européias
MORTALIDADE INFANTIL -18 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 73 anos
TAXA DE ANALFABETISMO -2%
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 0,52% ao ano

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 235
EMISSORAS DE RÁDIO - 609
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 305
LINHAS TELEFÔNICAS -195,6 para cada mil habitantes

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - arroz, cana-de-açúcar, trigo, cevada, milho e batata
PECUÁRIA - bovinos, ovinos e aves
PESCA - 136, 9 mil toneladas
RECURSOS MINERAIS - ouro e pedras semi-preciosas
INDÚSTRIA - alimentícia, têxtil, vestuário, petroquímica, química, bebidas, equipamentos de transporte
e artigos de couro

50_4

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > O Paraguai: 50_1-4

AMÉRICA PLATINA III: O PARAGUAI

Nome oficial Área População


República do Paraguai 406.752 Km2 5.500.000
República Presidencialista Moeda: guarani Línguas: Castelhano e Guarani

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
POPULAÇÃO ORIGINÁRIA -índios guaranis
1535 -início da colonização espanhola (cujo núcleo é Assunção)
SÉCULO XVII -a Companhia de Jesus implanta missões para proteger os índios guaranis da
escravização branca
SÉCULO XVII - espanhóis e portugueses atacam as missões jesuíticas, onde havia uma relativa
igualdade entre os padres brancos e os indígenas
1811 - o Paraguai proclama sua independência
1848 - o Presidente Carlos Antonio López dá início a modernização do Paraguai

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > O Paraguai: 50_2-4

ORIGINALIDADE DO MODELO PARAGUAIO - embrionária industrialização; reforma agrária;


incorporação do indígena à cidadania; plena alfabetização; inexistência de dívida externa e
ferroviarização
INIMIGOS DO MODELO - o imperialismo inglês temia o alastramento da experiência paraguaia por
toda a América Latina; o modelo paraguaio também não agradava às elites oligárquicas brasileiras; os
conflitos entre o Paraguai, o Uruguai, o Brasil e a Argentina pelo controle da Bacia do Prata
1864-1870 - o Paraguai é derrotado pela Tríplice Aliança (Uruguai, Brasil e Argentina): quase dois terços
da população paraguaia foi dizimada
1932-1935 - o Paraguai vence a Bolívia na Guerra do Chaco, anexando uma região petrolífera
1936 - oficiais do exercito são início a Revolução Febrerista, liderada por Rafael Franco: reforma agrária
e nacionalização parcial da economia
1937 - levante liberal de rumos reformistas

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

1954 - sobe à presidência o general Alfredo Stroessner, que institui uma ditadura, abrindo espaço para o
contrabando, fraudes eleitorais e absoluta corrupção
1989 - um movimento militar derruba Stroessner, que se asila no Brasil
1989 - ocupa a presidência o líder que derrubou Stroessner, general Andrés Rodríguez
1993 - é eleito presidente Juan Carlos Wasmozy, que adota uma política econômica neoliberal
1996 -o general Limo Oviedo lidera um movimento de cunho populista, sendo detido pelo governo
1998 - eleito Raúl Cubas, “oviedista”, que concede indulto ao seu líder
REAÇÃO - “impeachment”de Cubas, que é substituído pelo presidente Luiz Gonzáles Macchi
2000 - tentativa golpista dos partidários de Oviedo

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > O Paraguai: 50_3-4

RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO - o país é dividido pelo Rio Paraguai em duas regiões: a oriental, caracterizada por planaltos e
chapadas, e a ocidental denominada de Chaco Boreal
CLIMA - andino e temperado

DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - mestiçagem entre espanhóis e indígenas
MORTALIDADE INFANTIL - 28 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 69 anos
TAXA DE ANALFABETISMO - 7%
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 2,41% ao ano

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > América Platina > O Paraguai: 50_4-4

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 41
EMISSORAS DE RÁDIO - 180
EMISSORAS DE TELEVISÃO -144
LINHAS TELEFÔNICAS - 33,8 para cada mil habitantes
LIVROS - 3 títulos para cada 1 milhão de habitantes

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - soja, algodão em pluma, cana-de-açúcar, mandioca e quinino
PECUÁRIA - bovinos, suínos e aves
PESCA - 28 mil toneladas
RECURSOS MINERAIS - petróleo, calcário e gipsita
INDÚSTRIA - alimentícia, bebidas, tabaco, madeireira, têxtil, vestuário, couro, gráfica, metalurgia,
petroquímica e produtos minerais não metálicos

51_7
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Venezuela: 51_1-7

OS PAÍSES ANDINOS: A VENEZUELA

Nome oficial Área População


República da Venezuela 912.050 Km2 23.000.000
República Presidencialista Moeda: bolívar Língua: Castelhano

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
POPULAÇÃO ORIGINÁRIA - indígenas, arauaques e caraíbas
SÉCULO XVI - chegada dos espanhóis

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A PRESENÇA EUROPÉIA - o banqueiro alemão Weiser e recebe da Espanha concessão para colonizar
a região
1546 - A Venezuela passa a ser administrada por São Domingo e Bogotá
1776 - criação da Real Audiência de Caracas (estrutura administrativa local)
1806 - início do processo de independência, liderado por Francisco de Miranda (um dos mais importantes
teóricos liberais da América do Sul)
1811 - proclamação da República
1811-1819 -tropas espanholas reconquistam a área
1819 - consolida-se a independência, sob o comando de Simon Bolívar e com ajuda do Haiti
1819 - forma-se a Grã-Colômbia (Venezuela, Colômbia, Panamá e Equador sob a liderança de Bolívar)
1830 - a Venezuela retira-se da Confederação e é nomeado presidente o general José Antonio Páez.
UM SÉCULO TURBULENTO - o século XIX é, para a Venezuela, um período de ditaduras e disputas
fronteiriças

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Venezuela: 51_2-7

INÍCIO DO SÉCULO XX - descoberta de petróleo


1945 - o Partido Ação Democrática (social- democrata) conquista o poder, sob a liderança de Rômulo
Betancourt
1953 - golpe militar põe na presidência da república Marcos Pérez Giménez
1958 - queda do regime autoritário
ESTABILIDADE POLÍTICA - um pacto bipartidário, Ação Democrática e Partido Social Cristão
(COPEI), garante instituições estáveis
1963 - a Venezuela é vítima de guerrilhas de esquerda e rompe com Cuba
1968 - Rafael Caldera, do COPEI, vence as eleições presidenciais, pacifica o país e legaliza os partidos
de esquerda
1974 - o Presidente Carlos Andrés Pérez assume o poder e reata relações diplomáticas com Cuba,
nacionaliza o petróleo e estimula as atividades econômicas
1978 - o Presidente Luiz Herrera Campíns é obrigado a enfrentar distúrbios sociais em função de crises
econômicas
1983 - a Ação Democrática volta ao poder com o Presidente Jaime Lusinchi: governo marcado pela
corrupção e pela queda do preço do petróleo
1988 - o Presidente Carlos Andrés Pérez, reeleito, inicia um programa de austeridade econômica. A
população venezuelana, em função da queda do nível de vida, inicia protestos e o país conhece um golpe
militar liderado pelo coronel Hugo Chavez Frias, criador do movimento nacionalista denominado
“bolivariano”, que propõe a revisão da política econômica neoliberal e o combate à corrupção
1993 - o Presidente Pérez é afastado por acusações de mau uso das verbas públicas, sendo condenado a
prisão domiciliar
1993 - eleito Presidente Rafael Caldera, que liberta os militares ligados a Hugo Chavez
POLÍTCA ECONÔMICA DE CALDERA - neoliberal: o aumento do preço dos combustíveis,
liberação dos juros, elevação e impostos, privatização de empresas públicas e abertura da exploração do
petróleo a companhias estrangeiras

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

1998 - uma coligação partidária denominada Pólo Patriótica, liderada por Chavez, obtém um terço das
cadeiras do Congresso. Em seguida, Chavez é eleito Presidente da República

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UM RETORNO AO POPULISMO: O PRESIDENTE HUGO CHÁVEZ


“Empossado em fevereiro de 1999, Chávez nomeia 50 oficiais militares para influentes postos no governo
– incluindo a presidência da estatal de petróleo – e, promete uma nova Constituição. Com abstenção de
60%, um referendo em abril autoriza eleições para uma Assembléia Nacional Constituinte (ANC). O Pólo
Patriótico obtém 121 das 131 cadeiras da ANC. Contando com essa maioria, Chavez promete pôr fim à
corrupção e reverter as políticas neoliberais vigentes.
A ANC instala-se na sede do Congresso em agosto e declara sua supremacia sobre o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário – contrariando decisão da Corte Suprema de Justiça, que limitara a atuação da
ANC à redação de uma nova Carta. A ANC cria uma comissão judicial de emergência para reformar o
Judiciário e provoca a renúncia de sua presidente, a juíza Cecília Sosa Gómez. Dias depois suspende todas
as sessões do Congresso e institui outra comissão, esta para investigar os parlamentares. A tensão eleva-se
e manifestantes pró e contra Chávez entram em choque quando o Congresso é impedido de se reunir em
sessão extraordinária. O impasse chega ao ápice quando os congressistas faltam à reunião que daria
autorização para Chávez viajar ao exterior. Um acordo é mediado pela Igreja Católica em setembro.
Constituição – O projeto da nova Constituição é concluído pela ANC em novembro. A Carta amplia os
poderes do presidente, estendendo seu mandato de cinco para seis anos e garantindo o direito à reeleição.
Com a extinção do Senado e, conseqüentemente criação de um Parlamento unicameral, os projetos do
Executivo passam a ser apreciados apenas por uma casa. A Constituição prevê também a mudança do
nome do país para República Bolivariana da Venezuela e a proibição da venda da estatal de petróleo.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Venezuela: 51_4-7

O índice de desemprego aproxima-se de 16% no primeiro semestre de 1999. Para cumprir seu plano
econômico de emergência, que destina cerca de 900 milhões de dólares à construção de casas populares e a
incentivos fiscais e agrícolas, Chávez conta com a receita obtida com o petróleo, cujo preço, revertendo a
tendência de queda, aumenta 150% entre janeiro e novembro de 1999. Em nome do que chama de ideais
bolivarianos (inspirados no libertador Simón Bolívar), Chávez propõe maior integração econômica e
política entre os países latino-americanos.
Em meio ao agravamento da disputa territorial com a Guiana pela região de Essequibo, a Assembléia
Constituinte aprova um artigo pelo qual a nova Constituição permite que o país possa a vir reivindicar todo
o território que pertencia à antiga Capitania-Geral da Venezuela, em 1810. O mesmo artigo aceita
mudanças nessa delimitação original desde não sejam “viciadas ou sujeitas à anulação”.
Referendo – Em dezembro de 1999, 46% dos eleitores comparecem às urnas para o referendo da nova
Constituição, aprovada por 71,21% dos votos. A nova Carta introduz o direito à “informação verdadeira”,
artigo interpretado pelos críticos como um pretexto para impor a censura aos meios de comunicação.
Justamente no dia do plebiscito, fortes chuvas causam o pior desastre natural do século na Venezuela,
provocando deslizamentos que matam entre 30 mil e 50 mil pessoas. A região mais afetada é a de La
Guairá, no estado de Vargas, onde pelo menos 200 mil pessoas ficam desabrigadas. A tragédia foi
alimentada pela falta de controle oficial sobre a construção de casas em encostas geologicamente

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

instáveis. Milhares de cadáveres soterrados não puderam ser resgatados. Em uniforme de campanha,
Chávez assume o comando das operações de resgate e promete assentar os desabrigados de La Guairá no
interior do país. Organismos de direitos humanos denunciam execuções sumárias de supostos saqueadores
por parte dos soldados que fazem cumprir o toque de recolher na área afetada.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Venezuela: 51_5-7

Nova eleição – O Congresso Nacional bicameral dissolve-se oficialmente em janeiro, com a entrada em
vigor na nova Constituição. Chávez assume poderes especiais até a eleição da Assembléia Nacional,
marcada para 28 de maio – quando todos os cargos eletivos, incluindo o do presidente da república, devem
ser legitimados sob a vigência da nova Carta. Os 21 membros da Comissão de Legislação da Assembléia
Constituinte assumem o Legislativo provisório, que fica conhecido como “Congressinho”. A aproximação
entre Chávez e Luis Miquilena, veterano político que preside o Congressinho, causa mal-estar entre os
membros do governo. Ex-companheiro de arma de Chávez na tentativa de golpe de 1992 acusam
Miquilena de corrupção, rompem com o presidente e passam para a oposição.
Chávez presidente – Francisco Arias Cárdenas, tenente-coronel da reserva e um dos lideres da revolta
militar liderada por Chávez, anuncia em fevereiro sua candidatura à Presidência. Três dias antes da votação
em maio, a Suprema Corte adia a eleição por causa de problemas técnicos atribuídos à empresa
responsável pelo sistema de informática no pleito. A missão de observadores da Organização de Estados
Americanos saúda a decisão. Só em junho o Congressinho anuncia novas datas para as eleições: 30 de
julho para a escolha de presidente, parlamentares federais e estaduais, governadores e prefeitos; e 1º de
outubro para os vereadores. Chávez vence com folga a eleição em julho e a coalizão Pólo Patriótico, que o
apóia, obtém 99 das 165 cadeiras da Assembléia Nacional. Em agosto, as eleições municipais são adiadas
para 3 de dezembro, por decisão da Assembléia Nacional. No mesmo mês, Chávez viaja pata o Oriente
Médio, onde se reúne com os ditadores do Iraque, Saddam Hussein, e da Líbia, Muamar Khadafi, como
preparativo para uma reunião da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) que acontece em
Caracas, em setembro. É a primeira visita oficial de um presidente eleito democraticamente ao Iraque
desde o fim da Guerra do Golfo em 1991. O encontro é visto como um desafio à política externa
norte-americana que defende o isolamento internacional dos dois regimes.”
Fonte: Almanaque Abril/2001

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Venezuela: 51_6-7

RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO - três são as zonas naturais do país: os Andes e outras cadeias montanhosas não-andinas ao
norte e ao oeste; os Llanos (planícies) do centro; sudeste: maciço das Guianas, com savanas e platôs
CLIMA - na maior parte do país, principalmente nos Llanos, clima bastante instável com inundações
periódicas

DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - mestiçagem entre europeus, africanos e indígenas
MORTALIDADE INFANTIL - 24 crianças para cada mil

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

EXPECTATIVA DE VIDA - 72 anos


TAXA DE ANALFABETISMO - 8%
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 1,75% ao ano

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 206
EMISSORAS DE RÁDIO - 458
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 180
LINHAS TELEFÔNICAS - 110,9 para cada mil habitantes
LIVROS - 17 títulos para cada 1 milhão de habitantes

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Venezuela: 51_7-7

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - cana-de-açúcar, banana, milho, arroz, laranja, sorgo e mandioca
PECUÁRIA - bovinos, suínos, caprinos e aves
PESCA - 502,7 mil toneladas
RECURSOS MINERAIS - gás natural, carvão, diamante, bauxita e minério de ferro
INDÚSTRIA - refino de petróleo, metalúrgica, siderúrgica, alimentícia e química

A VENEZUELA HOJE
RENDA PER CAPITA - 4.690 dólares
CRESCIMENTO ECONOMICO - 2,9% ao ano
INFLAÇAO - 21,8% ao ano

52_5
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > O Chile: 52_1-5

OS PAÍSES ANDINOS I : O CHILE


CHILE

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Nome oficial Área População


República do Chile 756.626 Km2 15.000.000
República Presidencialista Moeda: peso chileno Língua: castelhano

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
1535- início da conquista do Chile pelo espanhol Diego de Almadro
DE 1540 A 1552 - fundação de diversas cidades, dentre elas Santiago, por Pedro de Valdívia
RESISTÊNCIA - índios mapuches lutam contra os espanhóis
1810- forma-se a Junta de Governo autônoma em Santiago (início do processo de independência)
BATALHA DE MAIPÚ (5 DE ABRIL DE 1818)- as tropas espanholas são derrotadas pelos chilenos
comandados por Bernardo O’ Higgins e José de San Martin: consolidação da independência
CONSTITUIÇÃO DE 1883 - ordenamento jurídico que definia uma “república aristocrática”,
favorecendo a oligarquia exportadora (produto básico: salitre)
GUERRA DO PACÍFICO (1879-1884) - o Chile venceu o Peru e a Bolívia, que perde a saída para o
mar
ALIANÇA ECONÔMICA- oligarquia exportadora chilena atrelada aos interesses do capitalismo
britânico.
JOSÉ MANUEL BALMACEDA- eleito Presidente em 1886, tentou romper com a estrutura
oligárquica, defendeu idéias nacionalistas, favoreceu o crescimento econômico e fomentou a educação
pública
REAÇÃO A BALMACEDA- sua política nacionalista e protecionista da indústria nacional provocou
reações por parte dos capitalista ingleses e do Exército (aliado à oligarquia chilena): Balmaceda se
suicida em 1891.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > O Chile: 52_2-5

1900 - criação da primeira associação operaria chilena


1904 - convenção nacional operária
1907 - conflito entre operários e o exército ( 3.000 operários e suas famílias foram massacrados)
1920 - o Presidente Arturo Alessandri promove os interesses das classes médias e do proletariado: voto
universal masculino; eleição presidencial direta; jornada de trabalho de 8 horas; seguridade social e
regulamentação do trabalho infantil e feminino
ANOS 30- a crise econômica capitalista mundial destruiu a estrutura exportadora. Tem início uma
industrialização do tipo “substituição de importações”. Nascia, em termos políticos, a Frente Popular,
apoiada pelo socialistas e comunistas. As Forças Armadas abandonaram o cenário político
ANOS 40- em função do contexto mundial da “Guerra Fria” o Partido Comunista foi declarado ilegal
1957- nascia o Partido Democrata-Cristão (fruto da Falange Nacional e do Partido Conservador);
simultaneamente, as “esquerdas” criaram a Frente de Ação Popular
1964- o Presidente Eduardo Frei ( PDC) deu início à reforma agrária.
1970- a Unidade Popular- aliança entre o Partido Socialista, o Partido Comunista, o Movimento de Ação
Popular Unificado (MAPU) e a Esquerda Cristã – elege como presidente o socialista Salvador Allende.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > O Chile: 52_3-5

O DESASTRE
ALLENDE E O “PINOCHETAZO”
AS REFORMAS DE ALLENDE- estatização das minas de cobre, dos bancos privados e do comércio
exterior; radicalização da reforma agrária e fomento de estruturas coletivas de produção, criando um
“setor social” na economia, gerenciada pelos trabalhadores
REAÇÃO- as elites chilenas, com apoio norte-americano conspiram contra o governo
11 DE SETEMBRO DE 1973- golpe de estado militar liderado pelo general Augusto Pinochet derruba o
governo Allende, com apoio das elites e das classe médias
O “PINOCHETAZO”- repressão cruel; torturas, fuzilamentos e campos de concentração
POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO PINOCHET- neoliberal
CONSEQUÊNCIAS- abertura do mercado aos produtos internacionais; perda do poder aquisitivo das
camadas populares e agravamento das disparidades sociais
REAÇÃO - é fundado o Movimento Democrático Popular (MDP), defendendo a resistência contra a
ditadura
POSIÇÃO DA EXTREMA-ESQUERDA- criação da Frente Patriótica Manuel Rodriguez (FPMR), que
propõe a luta armada
REAÇÃO MUNDIAL- pressões internacionais isolam o governo autoritário de Pinochet
1988 - plebiscito nega a continuação do regime
1989 - eleições democráticas e sobe à presidência da República Patrício Aylwin (candidato por uma
aliança entre o Partido Democrata Cristão, o Partido Socialista e o Partido para a Democracia – Acordo
Democrático)
1993 - o Acordo Democrático elege Eduardo Frei (PDC)
DURANTE A REDEMOCRATIZAÇÃO- ampla anistia

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1999 - eleito Presidente Ricardo Lagos (Partido Socialista)

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RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO - Norte: Deserto de Atacama (riqueza básica: cobre); Centro: principais bacias hidrográficas e
grande concentração populacional urbana; Sul: área florestal
CLIMA - temperado seco; no Sul: clima frio e úmido, presença de lagos, ilhas e fiordes

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DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO CHILENA
COMPOSIÇÃO ETNICA - mestiçagem indígena e européia
MORTALIDADE INFANTIL - 11 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 75 anos
TAXA DE ANALFABETISMO - 5%
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 1,4 % ao ano

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COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 99
EMISSORAS DE RÁDIO - 348
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 280
LINHAS TELEFÔNICAS - 132 para cada mil habitantes
LIVROS - 13 títulos para cada 1 milhão de habitantes

ECONOMIA

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ECONOMIA
AGRICULTURA - trigo, aveia, cevada, milho, feijão, beterraba,alho, uva e semente de girassol
PECUÁRIA - bovinos, suínos, ovinos e aves
PESCA - 6 milhões de toneladas por ano (salmão, conglio e crustáceos)
RECURSOS MINERIAS - cobre, ouro, prata, minério de ferro, nitrogênio, manganês e molibdênio
INDÚSTRIA - alimentícia e metalúrgica

A QUESTÃO DO CANAL DE BEAGLE


“Refere-se à posse de três pequenas ilhas (Picton, Lennox e Nueva), no extremo sul, junto ao Canal de
Beagle, que também eram reivindicadas pela Argentina. Os dois países por pouco não chegaram a um
conflito armado no final dos anos 70 e início dos anos 80.
Em 1985, contando com a mediação do papa João Paulo II, os dois países aceitaram assinar um Tratado
de Paz e Amizade, segundo o qual o Chile ficou com as três ilhas do Canal de Beagle, mas a Argentina
teve garantidos seus direitos sobre as riquezas minerais que eventualmente possam ser descobertas em
águas da região.”
Fonte: Geopolítica da América Latina

CHILE HOJE
RENDA PER CAPITA- 4.730 dólares
CRESCIMENTO ECONÔMICO- 5,4% ao ano
INFLAÇÃO- 3,7% ao ano

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GRANDE PROBLEMA POLÍTICO- o justiçamento ou não dos torturadores e assassinos da oposição


política durante a “era Pinochet”

53_7
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OS PAÍSES ANDINOS II: O PERU

Nome oficial Área População


República do Peru 1.285.216 Km2 24.000.000
República Presidencialista Moeda: novo sol Línguas: Castelhano, Quíchua e Aimará

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HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
SÉCULO XII - início do apogeu do Império Incaico (Incas)
LÍNGUA INCAICA - Quíchua
CAPITAL DO IMPÉRIO INCAICO - Cuzco
SÉCULO XVI - chegada dos espanhóis, liderados por Francisco Pizarro e Diego Almadro: início da
destruição da comunidade incaica
CONSEQUÊNCIAS DO DOMÍNIO ESPANHOL - trabalho compulsório; desarticulação da sociedade
indígena e implantação do catolicismo
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA - vice-reinado do Peru (inicialmente, abrangia toda a América do
Sul, com exceção da Venezuela e do Brasil)
1545 - descoberta das minas de prata de Potosi
SÉCULOS XVI E XVII - Lima foi o núcleo de poder da América espanhola
SÉCULO XVII - a fundação do vice-reinado de Nova Granada tirou do Peru o controle do porto de
Quito e das terras que hoje formam a Colômbia
1777 -a criação do vice-reinado do prata tirou do Peru a dominação dos territórios que hoje compõe a
Argentina, o Paraguai e o Uruguai
1781 -levante indígena sob a liderança de Tupac Amaru II (brutalmente esmagado)
18 DE JULHO DE1821 - independência do Peru sob a liderança de Jose de San Martin

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GUERRA DA INDEPENDÊNCIA - San Martin e Simon Bolívar expulsam as tropas espanholas,


consolidando a independência em 1824
1827 - o Peru entra em guerra com a Colômbia e a Bolívia (processo de fragmentação política da área)
CONFLITO SÓCIO-POLÍTICO NO INÍCIO DO PERU INDEPENDENTE - oligarquia
conservadora (saudosa do vice-reinado espanhol) versus liberais progressistas
1835- fracassada tentativa de unificação do Peru com a Bolívia
1845-1862 - o Presidente Ramón Castilla modernizou o Peru, abolindo o trabalho escravo e promulgando
uma constituição
1864 - a Espanha tenta implantar bases nas costa peruana, sendo derrotada por uma aliança formada pelo
Peru, Chile, Bolívia e Equador
GUERRA DO PACÍFIDO (1879-1883) - o Peru e a Bolívia lutam contra o Chile; motivo do conflito: o
controle do salitre, gênero peruano que competia com a produção chilena comercializada por capitalistas
ingleses. O Peru e a Bolívia foram vencidos pelo Chile
INÍCIO DO SÉCULO XX - a economia peruana é controlada por capitais estrangeiros, que exploram o
cobre, o petróleo, a cana-de-açúcar e o algodão
ESTRUTURA AGRÁRIA - latifundiária
SURGE UM PARTIDO POPULISTA - nascia no Peru, o Partido da Aliança popular Revolucionária
Americana (APRA) , influenciado pelo marxismo e disposto a revolucionar a América Latina
LÍDER DO “APRISMO”- Victor Haya de la Torre

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NASCE O PARTIDO COMUNISTA - dissidência do APRA , o Partido Comunista é fundado pelo


grande intelectual peruano José Carlos Mariátegui, autor do brilhante livro “Ensaios de interpretação
sobre a realidade peruana”
DÉCADA DE 60 - início da guerrilha de esquerda
1968 - as Forças Armadas, sob a liderança do general Velasco Alvarado toma o poder. Corrente militar
nacionalista, o novo governo nacionaliza o petróleo, inicia a reforma agrária, cria empresas de
propriedade social e leva adiante uma política externa independente e “terceiromundista”
1975 - Velasco é afastado pelo general Francisco Morales Bermúdez, ligado a oligarquia peruana e
apoiado pelo sistema financeiro internacional
1978 - eleições legislativas dividem o Parlamento entre o APRA (esquerda) e o Partido Popular Cristão
(direita conservadora)
1980 - sobe à presidência da República Fernando Belaúnde Terry, ligado aos interesses conservadores.
Sua política econômica gerou: desemprego e concentração de renda
1980 - explodia a guerrilha encabeçada pelo movimento maoísta denominado Sendero Luminoso
1982 - a Esquerda Unida (frente parlamentar de esquerdas) assumiu a prefeitura de Lima
1984 - surgia outro movimento guerrilheiro: Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA)
1985 - eleito Presidente da República o líder “aprista” Alan Garcia

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CONSEQUÊNCIAS DO GOVERNO GARCIA - inflação galopante e aumento da dívida externa


1989 - eleito a presidência da República Alberto Fujimori pelo Partido Cambio-90, vencendo o grande
escrito Mario Vargas Llosa, candidato liberal
CONSEQUÊNCIAS DO GOVERNO FUJIMORI - deflação; desemprego e abaixamento do padrão de
vida do povo peruano
1992 - Fujimori da um golpe de estado
1992- é preso Abimael Guzmán, líder do Sendero Luminoso
1995- guerra entre o Peru e o Equador motivada por uma disputa fronteiriça na região da Cordilheira del
Cóndor (pacificada pelas negociações promovidas pelo Protocolo do Rio, firmado pela mediação entre
Brasil, Argentina, Chile e Estados Unidos
ABRIL DE 1995- Fujimori é reeleito
TERROR - o governo peruano leva efeito uma violenta repressão contra as “esquerdas”, ocorrendo
inúmeras violações aos direitos humanos
DEZEMBRO DE 1996 - guerrilheiros do MRTA tomam a embaixada do Japão em Lima, onde se
realizava uma festa com 450 convidados que são mantidos como reféns (após 126 dias, um comando do
exército peruano retoma a embaixada, matando os militantes do MRTA)
2000 - Fujimori é eleito pela terceira vez mediante fraude
CRISE - Fujimori renuncia à presidência em função de um escândalo envolvendo Vladimiro Montesinos,
seu “braço direito” na administração

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RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO- os Andes dividem o país em três regiões. O litoral: desértico e semeado de ilhas; a “sierra”,
situada no interior da Cordilheira dos Andes; a “montaña”, constituída pelas planícies amazônicas no
leste
CLIMA- tropical seco

DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO DO PERU
COMPOSIÇÃO ETNICA - Indígena e mestiços entre indígenas e espanhóis
MORTALIDADE INFANTIL - 45 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 68 anos
TAXA DE ANALFABETISMO - 11%
CRESCIMENTO DEMOGRAFICO - 1,5% ao ano

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COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 85
EMISSORAS DE RÁDIO - 259
EMISSORAS DE TELEVISÃO -100
LINHAS TELEFÔNICAS - 47,1 para cada mil habitantes
LIVROS - 9 títulos para cada 1 milhão de habitantes

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - soja, coca, algodão, cana-de-açúcar e mandioca
PECUÁRIA - bovinos, suínos e aves
PESCA - 28 mil toneladas por ano (terceiro maior produtor mundial)
RECUSOS MINERAIS - petróleo, calcário e gipsita
INDÚSTRIA - alimentícia, bebidas, tabaco, madeireira, têxtil, vestuário, couro, petroquímica , gráfica,
editorial, metalúrgica e produtos minerais não metálicos

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OS PAÍSES ANDINOS III: A BOLÍVIA

Nome oficial Área População


República da Bolívia 1.098.581 Km2 7.800.000
República Presidencialista Moeda: peso boliviano Língua: Castelhano

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
2000 A.C. - área habitada por agricultores, pastores, coletadores e guerreiros
ESTRUTURA POLÍTICA PRIMITIVA - reinos e domínios da civilização Tiahuanaco-Huari
UNIDADE SÓCIO-ECONÔMICA BÁSICA - ayllu: sistema econômico e social fundado nos laços de
parentesco, inexistindo a propriedade privada da terra. Estratificação social: camponeses, artesãos,
guerreiros e sacerdotes
CHEFE POLÍTICO - Malku (escolhido pelo sacerdotes e guerreiros)
SÉCULO XI - chegada dos Incas e a formação de uma confederação de estados chamada Tahuantinsuyu
(império Inca)
REGIME SÓCIO-ECONÔMICO DO IMPÉRIO INCA - estrutura social rígida: o líder Inka (“filho
do sol”), a nobreza, os sacerdotes, os “capacs”(governadores regionais), os “curacas” (dirigentes dos
ayllus); e os camponeses. Regime de produção comunitário e de subsistência. Sistema de trabalho: a
“mita”, pela qual o trabalhador presta serviços ao estado centralizado.

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EXTENSAO GEOGRÁFICA DO IMPÉRIO INCA - dos sul do equador e do Peru ao norte do Chile,
e desde o lago Titicaca até o norte da Argentina.
SÉCULO XVI - chegada dos espanhóis
1545 - descoberta das minas de prata de Potosi (a mais importante zona econômica da América do Sul até
o início do século XVIII)
1809 - início do processo de independência com a formação da Junta Tuitiva de Paz, liderada por um
mestiço Pedro Domingo Murillo
SETOR SOCIAL RESPONSÁVEL PELA INDEPÊNCIA - os “criollos” (elite econômica branca
descendente de espanhóis mas nascida na América)
1825 - formalização do processo de independência pela Assembléia de Representantes reunida em
Chuquisaca
LÍDER DO PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA - Simón Bolívar
ESTRUTURA SOCIAL - oligarquia proprietária de minas de prata e estanho
GUERRA DO PACÍFICO (1879-1883) - o Chile vence o Peru e a Bolívia, que perde a saída para o mar
(o conflito foi causado pelos interesses britânicos em controlar o salitre de Antofagasta)
1903 - a Bolívia perde o Acre para o Brasil (Tratado de Petrópolis)
GUERRA DO CHACO (1932-1935) - o Paraguai vence a Bolívia (o conflito foi provocado pelas
companhias petrolíferas anglo-americanas, interessadas no petróleo existente na região do Chaco)

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Bolívia: 54_3-8

DÉCADA DE 40 - o Presidente Gérman Bush nacionalizou o petróleo boliviano, sendo acusado de


nazista
1946 - o Presidente Gualberto Villarroel foi assassinado e pendurado num poste na praça principal de La
Paz
SURGE A ESQUERDA - grupos sindicais (mineiros) e camponeses organizam o Movimento
Nacionalista Revolucionário (MNR)
A REVOLUÇÃO - em 1952, o MNR, liderando um levante popular, assumindo o poder (Presidente
Victor Paz Estenssoro)
O GOVERNO REVOLUCIONÁRIO - implantou a reforma agrária, criou o voto universal e
nacionalizou as minas de estanho
BASE SÓCIO-POLÍTICA DO GOVERNO REVOLUCIONÁRIO - milícias operárias e camponesas
organizadas na Central Operária Boliviana (COB)
1964 - golpe militar, liderado por René Barrientos, destituiu o governo revolucionário
UMA PRESENÇA IMPORTANTE - na década de 60, o líder argentino-cubano Ernesto “Che”
Guevara lidera uma guerrilha no interior da Bolívia, sendo capturado e morto em 8 de outubro de 1967,
por comandos especiais bolivianos treinados pelos Estados Unidos
1969 - setores nacionalistas do Exército, encabeçados pelo general Juan José Torres, toma o poder,
organizando um movimento favorável a posições de esquerda. Foi instituída uma Assembléia Popular
baseada na COB e com apoio do MNR
1971 - golpe militar, chefiado pelo coronel Hugo Bánzer Suárez, toma o poder, mantendo o apoio do
MNR

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1978-1980 - período marcado por sucessivos golpes


1980 - eleições democráticas favorecem a União Democrática e Popular (UDP), frente ampla de partidos
de centro-esquerda, que é impedida de tomar o poder por um golpe de estado liderado pelo general Luis
Garcia Meza
1982 - reação popular derruba o governo militar
1982 - eleito Presidente Hermán Siles Zuazo, que realiza uma gestão nacionalista e populista, cujo
resultado é um enorme surto inflacionário
1985 - eleito Presidente Victor Paz Estenssoro, que leva adiante uma política econômica neo-liberal
1989 - eleito Presidente da República Jaime Paz Zamora, que mantém uma política econômica
liberalizante baseado na privatização de empreses públicas
HOJE - a Bolívia controlou o processo inflacionário e atingiu a uma relativa estabilidade política no
governo Hugo Bánzer, o atual Presidente

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RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO - três paisagens: o altiplano, com altitudes médias de 4 mil metros; os vales nas vertentes
orientais da Cordilheira dos Andes; no leste e no norte, região florestal denominada “llanos”
CLIMA - no altiplano: seco e frio; nos vales: clima subtropical; nos “llanos”: clima tropical
HIDROGRAFIA - três grandes bacias, que confluem, respectivamente, para o Lago Titicaca (altamente
navegável), rio Amazonas e o rio da Prata

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Bolívia: 54_6-8

DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO
COMPOSIÇÃO ETNICA - mestiços e indígenas (quíchua e aymarás e tupi-guaranis); o setor social
dominante é de origem européia
MORTALIDADE INFANTIL -71 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 61 anos
TAXA DE ANALFABETISMO - 17 %
CRESCIMENTO DEMOGRAFICO - 2,09 % ao ano

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 67
EMISSORAS DE RÁDIO - 672
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 202
LINHAS TELEFÔNICAS - 46,8 para cada mil habitantes

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ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - soja, cana-de-açúcar castanha e café (produtos cultivados na região dos vales)
PECUÁRIA - bovinos, suínos, ovinos e aves (nas planícies no norte e no leste)
RECURSOS MINERAIS - zinco, estanho, prata, ouro, chumbo, gás natural e petróleo (no altiplano)
INDÚSTRIA - alimentícia, refino de petróleo, bebidas e jóias

Dívida pendente
Dez anos após a imposição de um modelo neoliberal, que estabilizou a economia, as camadas mais pobres
da população ainda estão à espera de alguma melhoria de vida.
O modelo econômico neoliberal, instaurado por decreto na Bolívia para frear uma economia estatizada,
caótica e inflacionária, está fazendo dez anos em meio à sensação generalizada de que ainda existe uma
dívida social a ser paga.
O programa de ajuste estrutural instaurado em agosto de 1985 pelo então presidente Victor Paz Estenssoro
deteve a inflação mais alta do mundo naquele momento, de 24.000% ao ano, e a reduziu a dez por cento. A
partir daí, a iniciativa privada passou a dominar a economia boliviana.
Dez anos depois, o homem que pôs em marcha este modelo, no Ministério do Planejamento e
Coordenação, Gonzalo Sánchez de Lozada, é presidente da Bolívia, graças em parte a seu papel no plano
que devolvei ao país a confiança perdida pela comunidade e os organismos internacionais.
Desmantelamento do Estado – Os historiadores contemporâneos registram o dia 29 de agosto como uma
das datas mais importantes deste século, depois do 9 de abril de 1952, quando ocorreu a revolução também
encabeçada por Paz Estenssoro.
Em 1985, a história obrigou Estenssoro – quatro vezes presidente da Bolívia, hoje octogenário e afastado
da política – a desfazer, literalmente, tudo o que ele mesmo havia contribuído para construir em 1952,
quanto o estado se transformou na entidade todo-poderosa da economia nacional.
“A Bolívia está morrendo.”
Com esta frase tão contundente, Paz Estenssoro resumiu em 1985 a gravidade do momento, quando teve
que anunciar o temido decreto de 21 060.
Mas se o estado começou a perder o papel principal em 1985, pior foi o destino da esquerda e do
sindicalismo, que nunca mais voltaram a ter a força do passado, uma situação que não parece ter nenhuma
chance de se reverter.

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Bolívia: 54_8-8

Dez anos depois, se considera que o novo modelo era necessário, “salvou o país”, freou a inflação e pôs
ordem na economia, mas esqueceu os elevados custos sociais que ainda hoje são tão difíceis de corrigir.
“O modelo se caracteriza por manter os níveis de pobreza muito elevados em um contexto de concentração
de renda. Isso quer dizer que o programa de ajuste estrutural não resultou em equidade”, disse Carlos
Toranzo, do Instituto Latino-Americano de Pesquisas Sociais.
Estômagos vazios – Embora a Bolívia ostente indicadores positivos, os acentuados níveis de pobreza com
os quais convive tranqüilamente o modelo neoliberal revelam uma realidade muito dura. A Bolívia ocupa o
113º lugar do mundo quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano, estabelecido este ano pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Na lista – onde se levam em conta fatores como expectativa de vida, nível educacional e acesso à saúde –
A Bolívia está num dos últimos lugares do continente americano, na frente apenas dos “lanterninhas”,
Honduras e Haiti.
No âmbito político, ninguém que não pertença à esquerda radical ainda pensa em mudar o modelo
neoliberal. Mas isso não significa ausência de críticas. “Foram dez anos de modernização econômica e de
consolidação da estabilidade macroeconômica, mas os benefícios ainda não chegaram aos estômagos e aos
bolsos dos bolivianos”, admitiu o chanceler Antonio Cárdenas.
Na avaliação dos sindicalistas, os custos recaíram exclusivamente sobre suas costas e a dos setores mais
empobrecidos. Entre as conseqüências negativas, apontam as demissões, reduções dos salários e do poder
aquisitivo, queda do nível dos serviços de saúde e educação. “Nesse longo período, os principais
prejudicados foram os trabalhadores e os setores de baixa renda”, garante Carlos Camargo, dirigente da
Central Operária Boliviana (COB).
Cadernos do Terceiro Mundo

55_8
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > O Equador: 55_1-8

OS PAÍSES ANDINOS IV : EQUADOR

Nome oficial Área População


República do Equador 283.561 Km2 12.000.000
República Presidencialista Moeda: sucre (hoje dolarizado) Línguas: Castelhano e Quíchua

HISTÓRICO
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS

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ORIGENS - civilizações nazca, tiahuanaco-huari, chibcha e mexica


SÉCULO XIV - território dividido entre diversos estados e línguas; nação principal: cara liderada pela
dinastia shiri
1478 - a região do atual Equador passou a pertencer ao império Inca.
1534 - os espanhóis tomam Quito
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA - o Equador fez parte do vice-reinado do Peru
1717 - o Equador passa a ser administrado pelo vice-reinado de Nova Granada (Equador, Colômbia,
Panamá e Venezuela)
1822 - independência do Equador, liderada pelo general José de Sucre. O Equador foi incorporado à
Grande Colômbia, encabeçada por Simón Bolívar
1830 - o Equador se separa da Grande Colômbia
ESTRUTURA ECONÔMICA DO EQUADOR - latifundiária
1895 - revolução liberal, liderada por Eloy Alfaro, tenta romper com o domínio oligárquico
1912 - Alfaro é assassinado e o Equador foi submetido à influência britânica
1925 - golpe de jovens militares reformistas
ANOS 30 - crise econômica
1941 - Equador entra em luta com o Peru por razões fronteiriças

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > O Equador: 55_2-8

PROTOCOLO DE PAZ (1942) - o Brasil, a Argentina, o Chile e os EUA estabelecem a fronteira entre
Equador e Peru
1944 - uma revolução popular instaura o governo populista de José Maria Velazco Ibarra, apoiado por
conservadores, comunistas e socialistas (Aliança Democrática)
PÓS-GUERRA - ruptura entre os conservadores e a esquerda
O PETRÓLEO - o Equador, em 1972, entra na Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP)
ANOS 70 - o Equador amplia seu mar territorial para 200 milhas, dando início a “guerra do atum”
1981 - Equador e Peru entram em conflito por questões fronteiriças (“guerra dos cinco dias”)
1998 - eleito Presidente da República Jamil Mahuad líder da Democracia Popular, que dá início a uma
política neoliberal que provocou uma enorme contestação popular (o Equador adora o dólar americano
como moeda oficial)

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RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO - três regiões: costa (área de maior concentração populacional), serra (situada entre duas
cadeias da Cordilheira dos Andes, onde predomina a agricultura de subsistência) e o oriente (exploração
petrolífera)
CLIMA - subtropical

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DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - quíchuas e mestiços (espanhóis, indígenas e negros)
MORTALIDADE INFANTIL - 31 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 70 anos
TAXA DE ANALFABETISMO - 10 %
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 1,66% ao ano

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
JORNAIS DIÁRIOS - 70
EMISSORAS DE RÁDIO - 332
EMISSORAS DE TELEVISÃO - 148
LINHAS TELEFÔNICAS - 65,2 para cada mil habitantes

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ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - banana, café e cacau
PECUÁRIA - ovinos, suínos e aves
PESCA - 688, 3 mil toneladas
RECURSOS MINERAIS - petróleo, ouro, cobre e prata
INDÚSTRIA - alimentícia, química, papel e refino de petróleo

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > O Equador: 55_6-8

A reafirmação indígena
O levante indígena de 1990, que causou comoção no país, foi um momento decisivo de consolidação de
dois processos: o renascimento cultural dos povos aborígines e a revitalização da luta pela terra.
Quando os espanhóis chegaram, os indígenas viviam em sociedades baseadas nas comunidades agrícolas.
A colonização destruiu o império inca, mas não pôde liquidar totalmente a comunidade. O confisco de
terras comunitárias e a formação das fazendas tiveram de enfrentar rebeliões até o final do século XIX.
Em 1860, o levante dirigido por Fernando Daquilema contra o governo de García Moreno foi o último
dessa fase de movimentos indígenas. Depois, o sistema de fazendas se consolidou e as comunidades
perderam sua autonomia e se tornaram apêndices das fazendas e da economia social. Ao perderem suas
terras, muitos camponeses romperam seus laços com suas comunidades. A questão nacional deu vez à
luta pela terra e os sujeitos da ação não foram os membros das comunidades, mas os camponeses
subjugados - índios com suas pequenas roças (huasinpungueros), parceiros, meeiros, etc. - no interior das
fazendas.
Um século depois, as transformações agrárias promovidas pelos Estados Unidos, a partir de 1960, foram
expressão da necessidade de eliminar entraves ao desenvolvimento econômico e de conter o fantasma da
insurreição camponesa, estimulada pelo exemplo da revolução triunfante em Cuba.

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A reforma agrária tentou liquidar a bomba-relógio (o regime das fazendas), propiciando a modernização
da antiga empresa patronal e das fazendas localizadas nas terras melhores e mais próximas dos mercados.
Também procurava canalizar a luta camponesa para as fazendas menos rentáveis, propriedade de
latifundiários menos poderosos, sob o marco legal e institucional do Estado. Dessa forma, era
consolidada uma burguesia agrária e o restante do campo ficava dividido entre milhares de minúsculos
proprietários, condenados a uma progressiva diferenciação e à competição entre eles. Além disso, os mais
pobres serviriam de força de trabalho barata para a indústria, especialmente da construção.
O plano tinha um "pequeno" problema: não levava em conta os indígenas.
De fato, a reforma agrária, ao liberar os indígenas das relações existentes na fazenda, promoveu a
recomposição das comunidades e o surgimento de um movimento nacional, também estimulado pela
presença de etnias da Amazônia. A comunidade tinha se tornado um espaço de sobrevivência nas
condições de extrema fragmentação da propriedade.
Começou um renascimento, cultural indígena: musica, dança, poesia, conhecimentos médicos; e a
emergência das suas concepções sobre a natureza, o ser, o tempo e a morte. Essa cosmovisão tem
influenciado no desenvolvimento do pensamento ecológico contemporâneo. O processo de mestiçagem e
aculturação foi consideravelmente enfraquecido e os indígenas preservaram sua identidade nas cidades
(inclusive em Guayaquil e na costa). A população indígena começa a aumentar, pela primeira vez, desde
a Conquista. Os povoados nas terras altas foram "ocupados"e inclusive Otavalo tende a se tornar uma
cidade indígena.

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Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > O Equador: 55_8-8

Existem nove nacionalidades indígenas no Equador: huaroani, shuar, achuar, siona, secoya, cofan,
quíchua ( no oriente); e as minorias étnicas tsachila e chachi (na serra e na costa). Existem mais de 1,5
milhão de quíchuas vivendo no vale entre os Andes.
A coesão étnica criou as condições favoráveis para uma nova fase de luta pela terra. Uma nova geração
acentuou a escassez de terras e a crise agravou a pobreza e a miséria. A rebelião de 1990 foi a
consolidação desse processo. A luta pela terra é também a luta pelo território, entendido não como espaço
geográfico, mas como entidade histórica e realidade natural-cultural. A luta camponesa pela terra está
integrada à luta nacional dos indígenas.
No Equador não existem nem economia, nem território aborígines diferenciados que pudessem dar lugar
à reivindicação de autonomia ou independência. Ao contrário, as estruturas agrárias e artesanais dos
indígenas estão articuladas com a economia nacional e, inclusive, com os mercados internacionais. De
fato, uma das causas do levante de 1990 foi o empobrecimento dos indígenas, produzido pela crise da
economia equatoriana e pelo impacto social das políticas de ajuste estrutural. Essa é a complexidade da
questão indígena. Por um lado, os indígenas constituem um povo que, a despeito de sua afirmação
cultural, tende à autonomia; por outro, são um conjunto de classes e camadas sociais integradas na
sociedade equatoriana.
O movimento indígena equatoriano criou uma organização nacional, a Confederação das Nacionalidades
Indígenas do Equador (Conaie) e definiu um programa político e econômico. A tese central que organiza
toda a sua atividade é, por um lado, a criação de um estado multinacional que reconheça a autonomia e os
direitos políticos das nove nacionalidades existentes no país; por outro, a reivindicação das terras e da
reforma agrária.
Fonte: Alai

56_5
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Colômbia: 56_1-5

OS PAÍSES ANDINOS V: A COLÔMBIA

Nome oficial Área População


República da Colômbia 1.141.748 Km2 36.000.0000
República Presidencialista Moeda: peso colombiano Língua: Castelhano

HISTÓRICO

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MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS


FINAL DO SÉCULO XV - litoral da Colômbia era habitado pelos índios caraíbas; o planalto
colombiano era povoado por agricultores e mineradores chibchas
1533 - fundação de Cartagena: a mais importante base naval e comercial do império espanhol na América
1538 - fundação de Bogotá, capital do vice-reino de Santa Fé de Bogotá
1810 - início dos levantes nacionalistas contra os espanhóis
1821 - Simón Bolívar vence os espanhóis e assume a presidência da Grã-Colombia (Colômbia, Panamá,
Venezuela e Equador)
1830 - Venezuela e Equador tornam-se independentes
1903 - o Panamá, com apoio norte-americano, separa-se da Colômbia

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Colômbia: 56_2-5

PARTIDOS POLÍTICOS FUNDAMENTAIS - O Partido Liberal e o Partido Conservador,


agremiações políticas rivais que provocam uma sucessão de guerras civis
1860 - o Partido Liberal, no poder, separa a Igreja do Estado confiscando terras do clero
1880 - Partido Conservador devolve privilégios à Igreja Católica
A “GUERRA DOS MIL DIAS” (1899-1903) - conflito entre liberais e conservadores que arruína a
economia do país , causando 130 mil mortes
1929 - a crise mundial do capitalismo põe fim ao domínio conservador
1930-1946 - o Partido Liberal, hegemônico ao longo desse período, implementa a reforma agrária,
ampliando o mercado interno e expandindo a economia
1946 - o Partido Conservador volta ao poder
1948 - o assassinato do líder liberal Jorge Gaitán desfecha um surto de distúrbios iniciado em Bogotá – o
“Bogotazo” – que assola o país: tem início a era da “Violencia”, conflitos civis e militares encerrados em
1962
FINAL DO PERÍODO DA “LA VIOLENCIA” - liberais e conservadores criam a Frente Nacional,
comprometendo-se a exercer o rodízio na Presidência e a repartir os cargos administrativos

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Colômbia: 56_3-5

SURGE A ESQUERDA ARMADA (1965) - Manuel Marulanda Vélez, apelidado de “tirufijo”, cria as
Forças Aramadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), braço militar do Partido Comunista
1970 - a vitória em eleições fraudadas do líder conservador Misael Pastrana provoca a fundação do
Movimento Revolucionário 19 de abril (M-19), que dá início à guerrilha
1982-1986 - a Colômbia vive um surto guerrilheiro com tentativas de dialogo entre a esquerda e o
governo
1986 - o Partido Comunista e ex-guerrilheiros das FARC criam a União Patriótica, que opta pela ação
política parlamentar
1990 - grupos paramilitares de direita começam a dar combate à guerrilha esquerdista

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DÉCADA DE 90 - o país é vitima de brutais conflitos entre as guerrilhas de esquerda, ligadas ao


narcotráfico, e as Forças Armadas apoiadas por grupos paramilitares de extrema direita
1998 - eleito presidente Andrés Pastrana, político conservador que promete dialogar com as guerrilhas de
esquerda
SITUAÇÃO ATUAL - as FARC controlam 40% do território do país; além das FARC, outro grupo
guerrilheiro de esquerda atua no país: o Exercito de Libertação Nacional (ELN); a direita organizou uma
milícia anticomunista, as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC); o país está institucionalmente
destruído

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Colômbia: 56_4-5

RELEVO E CLIMA
CLIMA E RELEVO
RELEVO - a Cordilheira dos Andes, que percorre o país de norte a sul, divide a paisagem em três
regiões: a cordilheira ocidental (próxima ao Pacífico) a central e a oriental, separadas pelos vales de
Magdalena e Cauca. Ao norte dos Andes, encontramos o pantanoso delta do rio Magdalena; a oeste, está
a planície do Pacífico; a leste, temos as planícies florestais que descem em direção aos rios Orinoco e
Amazonas.
CLIMA - diversificado: terras frias nos picos andinos e clima tropical na região amazônica

DADOS POPULACIONAIS
POPULAÇÃO
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - mestiçagem indígena, africana e européia
MORTALIDADE INFANTIL - 26 crianças para cada mil
EXPECTATIVA DE VIDA - 71 anos
TAXA DE ANALFABETISMO - 10 %
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - 1,42 % ao ano

COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES

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JORNAIS DIÁRIOS - 42
EMISSORAS DE RÁDIO - 564
EMISSORAS DE TELEVISÃO- 188
LINHAS TELEFÔNICAS- 99,8 para cada mil habitantes

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > Os Países Andinos > A Colômbia: 56_5-5

ECONOMIA
ECONOMIA
AGRICULTURA - café, cacau, cana-de-açúcar, banana, tabaco, arroz, mandioca, batata, banana-da-terra
e coca
PECUÁRIA - eqüinos, bovinos, suínos e aves
PESCA - 119, 2 mil toneladas
RECURSOS MINERAIS - petróleo, gás natural, carvão, níquel, ouro e esmeraldas
INDÚSTRIA - alimentícia, química, bebidas, têxtil e equipamentos de transporte

COLÔMBIA HOJE
RENDA PER CAPITA - 2.080 dólares
CRESCIMENTO ECONÔMICO - 2,6 % ao ano
INFLAÇÃO - 9,7 %
á implementa
PLANO COLÔMBIA
Os EUA, preocupados com o fato de que 80% da cocaína consumida no país vêm da Colômbia, estndo um
programa de combate às drogas e melhorias sociais. A iniciativa norte-americana, que implica verbas da
ordem de 7,5 bilhões de dólares, visa ajudar as Forças Armadas colombianas a combater, com mais
eficiência, o narcotráfico e as guerrilhas. O programa, contudo, vem causando preocupações nos países
vizinhos à Colômbia: eles temem uma presença militar norte-americana no continente e a possibilidade que
os narcotraficantes estabeleçam bases no Brasil, Peru, Equador e Venezuela. Além disso, muitos
congressistas norte-americanos não querem um envolvimento de suas tropas na América Latina. Teme-se
um “Vietnam tropical”.

57_4
Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > A Geopolítica Latino-Americana do Narcotráfico: 57_1-4

A GEOPOLÍTICA LATINO-AMERICANA DO NARCOTRÁFICO

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

Um dos mais importantes problemas da segurança internacional, hoje em dia, é a questão da produção,
distribuição e consumo de drogas. Podemos dividir o planeta, quanto aos aspectos de produção e uso de
entorpecentes, em três áreas: as que são produtoras, as que são território de passagem e as de abundante
consumo.
Na América Latina a atuação de cartéis da droga estabeleceu uma nova geografia do narcotráfico e
produziu alterações nas prioridades políticas dos Estados Unidos para o subcontinente. A produção de
drogas na América Latina foi produto de uma série de fatores:
A PRODUÇÃO DE DROGAS
Pobreza da agricultura andina (camponeses sem condições de sobreviver com produtos tradicionais).
A presença de grupos guerrilheiros de esquerda que dependem financeiramente do narcotráfico .
Governos corruptos e fracos, sempre prontos a aceitar dinheiro dos traficantes.
A existência de países que são “paraísos fiscais”, sempre dispostos a “lavar” os capitais do narcotráfico.
O crescimento do consumo de drogas, tanto nos EUA como na Europa Central.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > A Geopolítica Latino-Americana do Narcotráfico: 57_2-4

Nos anos 70, a queda dos preços internacionais dos bens agrícolas tropicais estimulou a substituição dos
cultivos tradicionais pela implantação de coca e maconha. O Peru, a Bolívia, a Colômbia e o México
tornaram-se grandes produtores de entorpecentes. Em Medellín e Cali, foram criados grandes cartéis de
produção e refino de cocaína. Nos anos 80, estabeleceu-se uma aliança entre os narcotraficantes e os
guerrilheiros de esquerda do Sendero Luminoso (peruano) e o M-19 (colombiano). Mais do que nunca
ficava evidente a fraqueza dos governos latino-americanos, o que estimulou os EUA a enviar assessores
militares para o subcontinente.
As rotas do narcotráfico organizaram-se essencialmente em torno de eixos centro-americanos e caribenhos,
buscando os vastos mercados norte-americano (através da Califórnia, Texas e Flórida) e europeu. A
repressão, intensificada após a invasão norte-americana do Panamá em 1989, deslocou parte das rotas para
o território brasileiro, através das fronteiras colombianas, peruanas e bolivianas com a Amazônia e o
Centro-Oeste.
A expansão do narcotráfico beneficiou-se das mudanças sofridas pelo sistema financeiro internacional. Os
grandes bancos, escapando ao controle fiscal de seus países de origem, implantaram filiais em países
caracterizados por legislações financeiras ultraliberais. Esses “paraísos financeiros” - como Bahamas, o
Panamá, as Ilhas Virgens e o Uruguai – tornaram-se focos cruciais para a legalização (“lavagem”) do

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Matérias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Física > Relevo Continental e Submarino

dinheiro obtido com o narcotráfico.

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > A Geopolítica Latino-Americana do Narcotráfico: 57_3-4

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Aumento da credibilidade para a luta antidroga. A morte de Pablo Escobar, o “padrinho” do Cartel de
Medellín, morto pela polícia em sua cidade, em 2 de dezembro de 1993, marcou uma reviravolta
importante na luta do governo contra os traficantes de droga.

Esse fato foi um sucesso bastante grande para as autoridades já um pouco menosprezadas pela aparente
impotência que haviam manifestado, até então, diante do criminoso mais procurado do planeta, mesmo
por ocasião de sua detenção na falsa prisão de Envigado, próxima a Medellín, de julho de 1991 a julho
de 1992. Esse acontecimento não pôs fim a um tráfico no qual outros cartéis (Cali, Pereira, Costa
Atlântica, etc.) estão há muito tempo implicados, e ais quais as ligações de poderosas organizações
estrangeiras conferem uma dimensão de verdadeira multinacional.

O Cartel de Cali, rival do de Medellín, foi denunciado logo em seguida pelos responsáveis pela campanha
de Washington como o distribuidor, desde 1993, de 80% da cocaína consumida nos Estados Unidos
(porém essa afirmação, aliás, não parece estar apoiada e,m fontes muito sólidas).

Alguns de seus dirigentes, conhecidos por serem menos violentos e sobretudo mais discretos que os de
Medellín, aventaram a possibilidade, no final de 1993, de se entregarem à justiça colombiana sob
condições que lhes fossem vantajosas.
A morte espetacular de P. Escobar, aliás, trouxe uma certa calma a Medellín, submetida a um estado de
sítio virtual durante 18 meses. Os problemas (desemprego, insegurança, subúrbios miseráveis) dessa
cidade, que é uma das mais dinâmicas do país, todavia, continuavam alarmantes: o índice de
criminalidade quase não baixou (70 mortes violentas a menos em 1994 do que em 1993).

Matérias > Geografia > Geografia Geral > AMÉRICA DO SUL > A Geopolítica Latino-Americana do Narcotráfico: 57_4-4

Outra conseqüência do desaparecimento do “padrinho”, a onda de atentados terroristas engatilhada por


seus aliados, no verão de 1989, para fazer pressão sobre as autoridades, praticamente cessou desde o
início de 1994. O tráfico da droga – o da papoula, matéria-prima da heroína, esteve em franca expansão
durante 1994 – não se tornou uma questão menos importante ou preocupante. Continuou a condicionar
em parte as relações com os Estados Unidos. O governo Clinton, em 1994, reduziu a sua ajuda aos países
andinos, entre eles a Colômbia, para concentrar sua ação no próprio território dos Estados Unidos.
Washington, todavia, não suspendeu seu apoio ao governo colombiano, e fez campanha pela eleição, em
março de 1994, do presidente César Gavíria ao cargo de secretário-geral da Organização dos estados
Americanos (OEA).

As eleições presidenciais de maio-junho de 1994, foram maculadas por suspeitas de corrupção que
colocaram novamente em primeiro plano o papel da droga na vida pública.

O Cartel de Cali teria oferecido e conseguido participar do financiamento da campanha eleitoral em


vários milhões de dólares. No segundo turno das eleições, os dois candidatos em disputa – o liberal
Ernesto Samper e o conservador Andrés Pastrana – protestaram sua inocência e sua boa fé. Os relatórios
transmitidos pela CIA e pela DEA (Agência Federal de Luta Antidroga) do Congresso de Washington
sobre a realidade das relações entre os cartéis e a classe política relançaram todavia a polêmica e
provocaram uma crise de confiança entre Washington e Bogotá.
O Mundo Hoje 95/96 – Anuário Econômico e GeopolíticoMundial

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