Lei Ordinária 2600 2012 de Penha SC - Criação FIA
Lei Ordinária 2600 2012 de Penha SC - Criação FIA
Lei Ordinária 2600 2012 de Penha SC - Criação FIA
www.LeisMunicipais.com.br
LEI Nº 2600/2012.
EVANDRO EREDES DOS NAVEGANTES, Prefeito Municipal de Penha, Estado de Santa Catarina, no uso das
atribuições conferidas por Lei, FAÇO SABER a todos os habitantes deste Município que a Câmara dos
Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1ºOs princípios da política dos direitos da criança e do adolescente passam a vigorar na forma
estabelecida nesta Lei.
Art. 2º É assegurada com absoluta prioridade à criança e ao adolescente a efetivação dos seus direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, como dever concorrente da
família, da comunidade, da sociedade em geral e dos Poderes Públicos Municipal, Federal e Estadual.
IV - destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
TÍTULO II
DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO
Seu navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
Art. 4º Garantirão a absoluta prioridade de que tratam os artigos 2º e 3º desta Lei, os seguintes órgãos:
Atualizar navegador Ignorar
I - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - COMCAD;
II - Conselho Tutelar;
Parágrafo Único - Todas as Secretarias Municipais integram a Política de Garantia dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
TÍTULO III
DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DA POLITICA DE ATENDIMENTO
CAPÍTULO I
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
SEÇÃO I
DA NATUREZA
Seção II
Da Competência
III - zelar pela execução da política dos Direitos da Criança e do Adolescente, atendidas suas
particularidades, de suas famílias, de seus grupos de vizinhança e dos bairros ou da zona rural ou urbana
em queSeu
se localizem;
navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
IV - participar do Planejamento Integrado e Orçamentário do Município, formulando as prioridades a
serem incluídas neste, no que se refere ounavegador
Atualizar possa afetar Ignorar
as condições de vida das crianças e dos
adolescentes;
IX - deliberar sobre o Regimento Interno dos Conselhos Tutelares, a ser baixado por ato do Poder
Executivo;
XI - alterar o seu Regimento Interno, mediante a aprovação de, no mínimo, dois terços (2/3) do total
dos seus membros;
XII - comunicar-se com os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente da União, do Estado e
de outros Municípios, com os Conselhos Tutelares, bem como com organismos nacionais e internacionais
que atuam na proteção, na defesa e na promoção dos direitos da criança e do adolescente, propondo ao
Município convênio de mútua cooperação, respeitado o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente
e legislações pertinentes;
XIII - deliberar sobre a política de captação e aplicação de recursos do Fundo Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente - FIA;
XIV - regulamentar os assuntos de sua competência, por meio de Resoluções aprovadas por, no
mínimo, 2/3 de seus membros, inclusive do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -
FIA;
XV - manter registros de todas as atividades, ações, projetos, planos, relatórios, pesquisas, estudos e
outros, que tenham relação direta ou indireta com as suas competências e atribuições;
XVI - proporcionar apoio aos Conselhos Tutelares do Município, integrando ações no sentido de
garantir os princípios e diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente;
XVII - coordenar o processo para a escolha dos membros dos Conselhos Tutelares do Município;
XVIII - dar posse aos membros dos Conselhos Tutelares, os quais serão nomeados por ato do Prefeito
Municipal;
XIX - reunir-se ordinariamente e extraordinariamente, conforme dispuser o regimento;
Seu navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
XX - estabelecer critérios, formas e meios de controle de procedimentos da atividade pública
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
municipal relacionados com as suas deliberações;
Atualizar navegador Ignorar
XXI - coordenar a realização das Conferências Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente;
Seção III
Da Estrutura
I - seis (6) conselheiros titulares, e seus respectivos suplentes, representantes dos órgãos
governamentais, indicados pelo Poder Executivo Municipal, com homologação do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
Parágrafo Único - Os conselheiros suplentes indicados pelo Poder Executivo não precisam,
necessariamente, estarem vinculados a mesma secretaria que seus respectivos titulares.
Parágrafo Único - Para os fins do disposto neste artigo, são organizações não-governamentais aquelas
representativas da sociedade, regularmente constituídas, com a finalidade de realizar ações de caráter
educacional, político, assessoria técnica, prestação de serviços e apoio assistencial e logístico para
segmento da sociedade civil.
V - eleição representativa das entidades concorrentes, com objetivo de garantir ao Conselho direito à
presença heterogênea de entidades não governamentais;
§ 2º Na hipótese de impedimento,
Atualizardesistência
navegador ouIgnorar
dissolução da organização, assumirá o
representante da organização subseqüente mais votada.
Art. 10 -É vedada a indicação de nomes ou qualquer outra forma de ingerência do poder público no
processo de escolha dos representantes da sociedade civil junto ao Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
Art. 11 - O mandato dos representantes das organizações é de 2 (dois) anos, permitida a recondução,
sendo o seu exercício considerado de interesse público relevante, não remunerado, justificando ausência
a quaisquer outros serviços quando determinada pelo comparecimento às sessões do Conselho, reuniões
de comissões ou participação em diligência.
Parágrafo Único - Caberá à administração pública municipal o custeio ou reembolso das despesas
decorrentes de transporte, alimentação e hospedagem dos membros do Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, titulares ou suplentes, para que possam se fazer presentes a reuniões
ordinárias e extraordinárias, bem como a eventos e solenidades nos quais devam representar
oficialmente o Conselho, mediante dotação orçamentária específica.
Parágrafo Único - Nas ausências e nos impedimentos dos Conselheiros titulares, assumirão os
respectivos suplentes.
Art. 13 - Eleito o Conselho, será o mesmo empossado pelo Prefeito Municipal, reunindo-se no prazo
máximo de 07(sete) dias úteis, sob a presidência do Conselheiro mais idoso, para eleição de uma
Diretoria, dentre seus membros, composta de um Presidente e de um Vice-Presidente.
§ 1º A representação do Conselho será exercida por seu Presidente, em todos os atos inerentes a seu
exercício.
Art. 14 - Cabe à administração pública municipal fornecer recursos humanos e estrutura técnica,
administrativa e institucional necessários ao adequado e ininterrupto funcionamento do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, devendo para tanto instituir dotação orçamentária
específica que não onere o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.
§ 1º A dotação orçamentária a que se refere o caput deste artigo deverá contemplar os recursos
necessários ao custeioda
Seu navegador dasweb
atividades
(Chromedesempenhadas pelo Conselho
109) está desatualizado. Municipal
Atualize dos Direitos
seu navegador para da
terCriança
mais e
do Adolescente, inclusive despesas com capacitação dos conselheiros;
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
Art. 15 -Os atos deliberativos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deverão
ser publicados nos órgãos oficiais e/ou na imprensa local, seguindo as mesmas regras de publicação
pertinentes aos demais atos do Executivo.
Seção IV
Dos Impedimentos, da Cassação e da Perda do Mandato
Art. 16 - Não deverão compor o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente:
III - ocupantes de cargo de confiança e/ou função comissionada do poder público, na qualidade de
representante de organização da sociedade civil;
IV - Conselheiros Tutelares.
Parágrafo Único - Também não deverão compor o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, na forma do disposto neste artigo, a autoridade judiciária, legislativa e o representante do
Ministério Público e da Defensoria Pública, com atuação no âmbito do Estatuto da Criança e do
Adolescente, ou em exercício na Comarca, foro regional ou Federal.
Art. 17 - Os Conselheiros Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente poderão ter seus mandatos
suspensos ou cassados quando:
III - for constatada a prática de ato incompatível com a função ou com os princípios que regem a
administração pública, estabelecidas pelo art.4º, da Lei nº 8.429/92.
SEÇÃO I
DA NATUREZA
Art. 18 - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FIA, como órgão captador e
aplicador de recursos a serem utilizados segundo diretrizes e deliberações do COMCAD, está a este
vinculado, tendo na Secretaria Municipal de Assistência Social sua estrutura de execução e controle
contábeis, inclusive para efeitos de prestação de contas na forma da lei.
Parágrafo Único - Por conta do FIA, fica autorizado o Município, através do órgão gestor, firmar
convênios, prestar auxílio financeiro e/ou subvenções, mediante deliberação publicada em resolução do
COMCAD.
Art. 20 - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente não deve possuir personalidade
jurídica própria e deve utilizar o mesmo número base de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ) da Prefeitura Municipal de Penha.
§ 3º Devem ser aplicadas à execução orçamentária do Fundo as mesmas normas gerais que regem a
execução orçamentária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 4º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deverá assegurar que estejam
contempladas no ciclo orçamentário as demais condições e exigências para alocação dos recursos do
Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, para o financiamento ou co-financiamento dos
programas de atendimento, executados por entidades públicas e privadas.
Art. 21 - O Poder Executivo deve designar os servidores públicos que atuarão como gestor e/ou
ordenador de despesas do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, autoridade de
cujos atos resultará emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de
recursos do Fundo.
Seção II
Da Competência
I - coordenar a execução do Plano Anual de Aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, elaborado e aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente;
III - emitir empenhos, cheques e ordens de pagamento das despesas do Fundo Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente;
VI - comunicar obrigatoriamente aos contribuintes, até o último dia útil do mês de março a efetiva
apresentação da Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), da qual conste, obrigatoriamente o nome ou
razão social, CPF do contribuinte ou CNPJ, data e valor destinado;
VII - apresentar, trimestralmente ou quando solicitada pelo Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, a análise e avaliação da situação econômico-financeira do Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, através de balancetes e relatórios de gestão;
Art. 23 - São atribuições do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente em relação ao
FIA:
I - elaborar e deliberar sobre a política de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da
criança e do adolescente no seu âmbito de ação;
III - elaborar planos de ação anuais ou plurianuais, contendo os programas a serem implementados
no âmbito da política de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da criança e do
adolescente, e as respectivas metas, considerando os resultados dos diagnósticos realizados e observando
os prazos legais do ciclo orçamentário;
VI - dar publicidade aos projetos selecionados com base nos editais a serem financiados pelo Fundo
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;
VII - monitorar e avaliar a aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, por intermédio de balancetes trimestrais, relatório financeiro e o balanço anual do Fundo
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sem prejuízo de outras formas, garantindo a devida
publicidade dessas informações, em sintonia com o disposto em legislação específica;
VIII - monitorar e fiscalizar os programas, projetos e ações financiadas com os recursos do Fundo,
segundo critérios e meios definidos pelo próprio Conselho, bem como solicitar aos responsáveis, a
qualquer tempo, as informações necessárias ao acompanhamento e à avaliação das atividades apoiadas
pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;
Parágrafo Único - Para o desempenho de suas atribuições, o Poder Executivo deverá garantir ao
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente o suficiente e necessário suporte
organizacional, estrutura física, recursos humanos e financeiros.
Seu navegador da web (Chrome 109) estáSeção III
desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
Dos Recursos do Fia
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
Art. 24 - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente tem como receitas:
I - recursos públicos que lhes forem destinados, consignados no Orçamento do Município, inclusive
mediante transferências do tipo "fundo a fundo" entre as três esferas de governo;
II - doações de pessoas físicas e jurídicas sejam elas de bens materiais, imóveis ou recursos
financeiros;
III - destinações de receitas dedutíveis do Imposto de Renda, com incentivos fiscais, nos termos do
Estatuto da Criança e do Adolescente e demais legislações pertinentes;
VI - recursos provenientes de multas, concursos de prognósticos, dentre outros que lhe forem
destinados.
Parágrafo Único - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente terá como dotação e
receita consignada anual o mínimo de 0,5% (meio por cento) da receita municipal efetivamente
arrecadada.
Seção IV
Das Condições de Aplicação Dos Recursos do Fia
Art. 25 - A aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
deliberada pelo COMCAD, deverá ser destinada para o financiamento de ações governamentais e não-
governamentais relativas a:
Art. 26 - Deve ser vedada a utilização dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente para despesas que não se identifiquem diretamente com a realização de seus objetivos ou
serviços determinados nesta lei, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública previstas em
lei. Esses casos excepcionais devem ser aprovados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
Parágrafo Único - Além das condições estabelecidas no caput, deve ser vedada ainda a utilização dos
recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para:
IV - o financiamento das políticas públicas sociais básicas, em caráter continuado, e que disponham
de fundo específico, nos termos definidos pela legislação pertinente;
O saldo financeiro positivo apurado no balanço do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Art. 27 -
Adolescente deve ser transferido para o exercício subseqüente, a crédito do mesmo fundo, conforme
determina o art. 73 da Lei nº 4.320 de 1964.
Seção V
Do Controle e da Fiscalização
Art. 28 - O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deve utilizar os meios ao seu
alcance para divulgar amplamente:
I - as ações prioritárias das políticas de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da
criança e do adolescente;
III - a relação dos projetos aprovados em cada edital, o valor dos recursos previstos e a execução
orçamentária efetivada para implementação dos mesmos;
Art. 29 - Fica reinstituído através desta Lei o Conselho Tutelar do Município de Penha.
Art. 30 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e adolescente definidos no Estatuto da
Criança e Adolescente.
Art. 31 - O Conselho Tutelar possuirá sala própria para atendimento e trabalhos administrativos
custeados através de dotação específica para implantação, manutenção e funcionamento do Conselho
Tutelar e custeio de suas atividades.
Parágrafo Único - Para a finalidade do caput, devem ser consideradas as seguintes despesas:
I - custeio com mobiliário, água, luz, telefone fixo e móvel, internet, computadores, fax e outros;
IV - espaço adequado para a sede do Conselho Tutelar, seja por meio de aquisição, seja por locação,
bem como sua manutenção;
Art. 32 - A sede do Conselho Tutelar funcionará atendendo, através de seus Conselheiros, caso a caso:
II - fora do expediente normal, os Conselheiros distribuirão entre si, segundo normas do Regimento
Interno, a forma de hora de sobreaviso;
III - para este regime de plantão, o Conselheiro terá seu nome divulgado, conforme constará em
Regimento Interno, para atender emergência a partir do local onde se encontra;
Art. 33 - O Conselho Tutelar de Penha será composto de cinco (05) membros titulares e cinco (05)
suplentes.
Art. 34 - O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar deverá observar as seguintes
diretrizes:
Seu navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
I - eleição mediante sufrágio universal e direto, pelo voto facultativo e secreto dos eleitores do
Município de Penha, em que cada eleitor votaránavegador
Atualizar nos 05 (cinco) membros do Conselho Tutelar que desejar,
Ignorar
em processo a ser regulamentado e conduzido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
Adolescente Penha - COMCAD;
IV - Eleição em data unificada em todo o território nacional a cada 04 (quatro) anos, no primeiro
domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.
§ 1º O mandato será de 04 (quatro) anos, permitida uma recondução, mediante novo processo de
escolha.
§ 2º O Conselheiro Tutelar titular que tiver exercido o cargo por período consecutivo superior a um
mandato e meio não poderá participar do processo de escolha subseqüente.
Art. 36 - Caberá ao COMCAD, com a antecedência devida, regulamentar o processo de escolha dos
membros do Conselho Tutelar, mediante resolução específica, observadas as disposições contidas na Lei
nº 8.069, de 1990, nas Resoluções do CONANDA vigentes e as estabelecidas na presente Lei.
II - a documentação a ser exigida dos candidatos, como forma de comprovar o preenchimento dos
requisitos previstos no art. 133 da Lei nº 8.069, de 1990;
III - No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer,
prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de
pequeno valor; e
§ 3º A relação de condutas ilícitas e vedadas seguirá o disposto na legislação local com a aplicação de
sanções de modo a evitar o abuso do poder político, econômico, religioso, institucional e dos meios de
comunicação, dentre outros.
Art. 38 - Compete ao COMCAD tomar, com a antecedência devida, as seguintes providências para a
realização do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar:
Art. 39 - O COMCAD deverá delegar a uma comissão especial eleitoral, de composição paritária entre
conselheiros representantes do governo e da sociedade civil, a condução do processo de escolha dos
membros do Conselho Tutelar, observados os mesmos critérios exigidos através do art. 40 desta Lei.
§ 1º A composição, assim como as atribuições da comissão referida no caput deste artigo, devem
constar da resolução regulamentadora do processo de escolha.
II - realizar reunião para decidir acerca da impugnação da candidatura, podendo, se necessário, ouvir
testemunhas eventualmente arroladas, determinar a juntada de documentos e a realização de outras
diligências.
§ 4º Das decisões da comissão especial eleitoral caberá recurso à plenária do COMCAD, que se
reunirá, em caráter extraordinário, para decisão com o máximo de celeridade.
§ 5º Esgotada a fase recursal, a comissão especial eleitoral fará publicar a relação dos candidatos
habilitados, com cópia ao Ministério Público.
§ 6º Cabe ainda à comissão especial eleitoral:
Seu navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
I - realizar reunião destinada a dar conhecimento formal das regras da campanha aos candidatos
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
considerados habilitados ao pleito, que firmarão compromisso de respeitá-las, sob pena de imposição das
sanções previstas na legislação local; Atualizar navegador Ignorar
II - estimular e facilitar o encaminhamento de notícias de fatos que constituam violação das regras de
campanha por parte dos candidatos ou à sua ordem;
IV - providenciar a confecção das cédulas de votação, conforme modelo a ser aprovado, se for o caso;
VII - solicitar, junto ao comando da Polícia Militar, a designação de efetivo para garantir a ordem e
segurança dos locais de votação e apuração;
Art. 40 - Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar serão exigidos os seguintes critérios:
§ 1º Após o período de inscrições, os candidatos que tiverem sua inscrição homologada, participarão
de curso de capacitação, de caráter eliminatório para o candidato que não obtiver 100% de presença, com
carga horária de 16 horas, que versará sobre a importância do Conselho Tutelar, bem como suas
atribuições, a ser realizado por pessoa física ou jurídica, com comprovada experiência na área de atuação
e/ou formação dos direitos da criança e do adolescente.
§ 1º Caso o número de pretendentes habilitados seja inferior a dez, o COMCAD poderá suspender o
trâmite do processo de escolha e reabrir prazo para inscrição de novas candidaturas, sem prejuízo da
garantia de posse dos novos conselheiros ao término do mandato em curso.
§ 2º Em qualquer caso, o COMCAD deverá envidar esforços para que o número de candidatos seja o
maior possível, de modo a ampliar as opções de escolha pelos eleitores e obter um número maior de
suplentes.
Art. 42 - A posse dos Conselheiros Tutelares deverá acontecer no dia 10 de janeiro do ano subsequente
ao processo de escolha.
Art. 43 - Para adequação dos mandatos relativos aos anos anteriores a 2015 e para garantir o
atendimento continuado do Conselho Tutelar, o COMCAD deverá seguir as orientações das Resoluções do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, relativas ao primeiro processo
de escolha unificado que ocorrerá em 04 de outubro do ano de 2015.
Art. 44 - A votação deverá ocorrer no dia previsto no edital do processo de escolha publicado pelo
COMCAD.
Parágrafo Único - O resultado do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar deverá ser
publicado no Diário Oficial do Município, no Mural Municipal e no sitio eletrônico www.penha.sc.gov.br e
ainda, em sítio eletrônico próprio se houver, com a indicação do dia, hora e local da nomeação e posse
dos Conselheiros Tutelares titulares e suplentes.
I - autoridade judiciária;
III - Vereadores;
V - Secretários;
Art. 46 - Ocorrendo vacância ou afastamento de quaisquer dos membros titulares do Conselho Tutelar, o
COMCAD convocará o suplente para o preenchimento da vaga.
§ 1º Os Conselheiros Tutelares suplentes serão convocados, seja em caráter provisório ou
permanente de acordodacom
Seu navegador weba (Chrome
ordem de109)
votação e receberão remuneração
está desatualizado. Atualize seuproporcional ao período
navegador para ter mais que
atuarem no órgão, sem prejuízo da remuneração dos titulares quando em gozo de licenças remuneradas e
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
férias regulamentares.
Atualizar navegador Ignorar
§ 2º No caso da inexistência de suplentes, caberá ao COMCAD realizar processo de escolha
suplementar para o preenchimento das vagas.
§ 1º A proposta do Regimento Interno deverá ser encaminhada ao COMCAD para apreciação, sendo
lhes facultado, o envio de propostas de alteração.
§ 2º Uma vez aprovado, o Regimento Interno do Conselho Tutelar será publicado, afixado em local
visível na sede do órgão e encaminhado ao Poder Judiciário, ao Ministério Público e ao COMCAD.
O Presidente do Conselho Tutelar será escolhido pelos seus pares, dentro do prazo de 05 (cinco)
Art. 48 -
dias, em reunião presidida pelo conselheiro mais idoso, o qual também coordenará o Conselho no
decorrer daquele prazo.
Art. 49 -Todos os membros do Conselho Tutelar serão submetidos à mesma carga horária semanal de
trabalho, bem como aos mesmos períodos de sobreaviso, sendo vedado qualquer tratamento desigual.
§ 1º Os Conselheiros registrarão seu horário de trabalho, através de relógio ponto afixado no espaço
utilizado no Conselho Tutelar.
§ 2º O disposto no caput não impede a divisão de tarefas entre os conselheiros, para fins de
realização de diligências, atendimento descentralizado em comunidades distantes da sede, fiscalização de
entidades, programas e outras atividades externas, sem prejuízo do caráter colegiado das decisões
tomadas pelo Conselho.
As decisões do Conselho Tutelar serão tomadas pelo seu colegiado, conforme dispuser o
Art. 50 -
Regimento Interno.
§ 2º As sessões serão instaladas com o mínimo de 03 (três) Conselheiros, ocasião em que serão
referendadas, ou não, as decisões tomadas individualmente, em caráter emergencial, bem como
formalizada a aplicação das medidas cabíveis às crianças, adolescentes e famílias atendidas, facultado,
nos casos de maior complexidade, a requisição da intervenção de profissionais das áreas jurídica, médica,
psicológica, pedagógica e de serviço social, que poderão ter seus serviços requisitados junto aos órgãos
municipais competentes.
§ 8º Para os efeitos deste artigo, são considerados interessados os pais ou responsável legal da
criança ou adolescente atendido, bem como os destinatários das medidas aplicadas e das requisições de
serviço efetuadas.
Art. 51 - É vedado ao Conselho Tutelar executar serviços e programas de atendimento, os quais devem
ser requisitados via ofício aos órgãos encarregados da execução de políticas públicas.
§ 2º Cabe a Secretaria Municipal de Assistência Social, auxiliar o Conselho Tutelar na coleta de dados
e no encaminhamento das informações relativas às demandas e deficiências das políticas públicas ao
COMCAD.
Art. 53 -A função de membro do Conselho Tutelar exige dedicação exclusiva, vedado o exercício
concomitante de qualquer outra atividade pública ou privada.
Art. 54 - Se servidor municipal ocupante de cargo em provimento efetivo for eleito para o Conselho
Tutelar, poderá optar entre o valor dos subsídios devidos aos Conselheiros ou o valor de seus vencimentos
incorporados, ficando-lhe garantidos:
I - o retorno ao cargo, emprego ou função que exercia, assim que findo o seu mandato;
Art. 55 -A remuneração dos Conselheiros Tutelares, referente à carga horária de 40 horas semanais e
seus respectivos plantões, será equivalente ao cargo de um Assistente Social com carga horária de
trabalho de 20 horas semanais, assegurada a Revisão Geral Anual na mesma data e com o mesmo índice
aplicado aos demais servidores públicos municipais.
Art. 56 - Os Conselheiros Tutelares receberão todos os seguintes benefícios, conforme concedidos aos
servidores municipais:
Seu navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
I - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de um terço do valor da remuneração mensal;
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
IV - licença paternidade;
VI - inclusão em plano de saúde oferecido pelo Poder Público Municipal ao funcionalismo público
municipal;
VII - associar-se a Associação dos Servidores Públicos Municipais e usufruir dos benefícios concedidos
pela mesma;
Art. 57 - Os Conselheiros Tutelares terão direito a diária com finalidade de indenização de suas despesas
pessoais, desde que se encontre fora do Município, com finalidade especifica de representação do
Conselho.
Parágrafo Único - A concessão de diária aos conselheiros tutelares será regrada conforme lei
municipal específica.
IV - obedecer aos prazos regimentais para suas manifestações e exercício das demais atribuições;
VIII - adotar, nos limites de suas atribuições, as medidas cabíveis em face de irregularidade no
atendimento a crianças, adolescentes e famílias;
X - residir no Município;
XI - prestar as informações solicitadas pelas autoridades públicas e pelas pessoas que tenham
legítimo interesse ou seus procuradores legalmente constituídos;
Seu navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
XII - identificar-se em suas manifestações funcionais; e
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
Parágrafo Único - Em qualquer caso, a atuação do membro do Conselho Tutelar será voltada à defesa
dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes, cabendo-lhe, com o apoio do colegiado, tomar as
medidas necessárias à proteção integral que lhes é devida.
I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, vantagem pessoal de qualquer natureza;
II - exercer outra atividade laboral, formal ou informalmente, no horário fixado na lei para o
funcionamento do Conselho Tutelar;
VI - delegar a pessoa que não seja membro do Conselho Tutelar o desempenho da atribuição que seja
de sua responsabilidade;
VIII - receber comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
X - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício da função e com o horário
de trabalho;
XI - exceder no exercício da função, abusando de suas atribuições específicas, nos termos previstos na
Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965;
XIV - divulgar, por qualquer meio, notícia a respeito de fato que possa identificar a criança, o
adolescente ou sua família, salvo autorização judicial, nos termos do ECA;
Art. 60 - O membro do Conselho Tutelar será declarado impedido de analisar o caso quando:
I - a situação atendida envolver cônjuge, companheiro, ou parentes em linha reta colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive;
II - for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer dos interessados;
Seu navegador da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
III - algum dos interessados for credor ou devedor do membro do Conselho Tutelar, de seu cônjuge,
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
companheiro, ainda que em união homoafetiva, ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até
o terceiro grau, inclusive; Atualizar navegador Ignorar
§ 1º O membro do Conselho Tutelar também poderá declarar suspeição por motivo de foro íntimo.
I - renúncia;
IV - falecimento; ou
V - condenação por sentença transitada em julgado pela prática de crime que comprometa a sua
idoneidade moral.
Art. 62 - Constituem penalidades administrativas passíveis de serem aplicadas aos membros do Conselho
Tutelar:
I - advertência;
Art. 63 - A Plenária do COMCAD, em reunião ordinária ou extraordinária, pela maioria absoluta de seus
membros (metade mais um dos membros), decidirá o caso.
§ 1º Para aplicar a penalidade mais grave, que é a de perda da função pública de Conselheiro Tutelar,
faz-se necessária a maioria qualificada de 2/3 (dois terços) de todos os seus membros.
§ 2º Da decisão que aplicar qualquer medida disciplinar, em 10 (dez) dias, poderá ser apresentado
recurso ao Prefeito Municipal, de cuja decisão final não caberá qualquer outro recurso administrativo,
dando-se então publicidade e comunicando-se ao denunciante.
§ 3º A perda do mandato será decretada por ato do Prefeito Municipal, após deliberação neste
sentido pela maioria de 2/3 (dois terços) do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Art. 64 - Na aplicação das penalidades administrativas, deverão ser consideradas a natureza e a gravidade
da infração cometida, os danos que dela provierem para a sociedade ou serviço público, os antecedentes
no exercício da função.
Art. 66 - O processo disciplinar para apurar os fatos e aplicar as penalidades ao Conselheiro Tutelar que
praticar falta funcional será conduzido por uma Comissão Especial, criada especificamente para este fim,
através de ato do COMCAD e do Poder Executivo, com os seguintes membros:
Art. 67 - O processo disciplinar terá início mediante peça informativa escrita de iniciativa de membro do
COMCAD, do Ministério Público ou de qualquer interessado, contendo a descrição dos fatos e, se possível,
a indicação de meios de prova dos mesmos.
Art. 68 - Instaurado o processo disciplinar, o indiciado será citado pessoalmente, com antecedência
mínima de 72 (setenta e duas) horas, para ser interrogado.
§ 1º Esquivando-se o indiciado da citação, será o fato declarado por 2 (duas) testemunhas, e dar-se-á
prosseguimento ao processo disciplinar à sua revelia. Se citado, deixar de comparecer, o processo
também seguirá.
Art. 69 - Após o interrogatório o indiciado será intimado do prazo de 3 (três) dias úteis para apresentação
de defesa prévia, em que poderá juntar documentos, solicitar diligências e arrolar testemunhas, no
número máximo de 3 (três).
Art. 70 - Na oitiva das testemunhas, primeiro serão ouvidas as indicadas na denúncia e as de interesse da
Comissão, sendo por último as arroladas pela defesa.
Parágrafo Único - O indiciado será intimado das datas e horários das audiências, podendo se fazer
presente e participar.
Art. 71 - Concluída a instrução de o processo disciplinar, o indiciado será intimado do prazo de 10 (dez)
dias para a apresentação de defesa final.
Parágrafo Único - Encerrado o prazo, a Comissão emitirá relatório conclusivo no prazo de 10 (dez)
dias, manifestando-se quanto à procedência ou não da acusação, e no primeiro caso, sugerindo ao
COMCAD a penalidade a ser aplicada, o qual deverá ser encaminhado ao Prefeito Municipal para
cumprimento, quando necessário.
Havendo indícios da prática de crime por parte do Conselheiro Tutelar, a Comissão Especial
Art. 72 -
comunicará o fato ao Ministério Público para adoção das medidas legais.
IV - falecimento;
§ 4º Caso o conselheiro tutelar suplente convocado não assumir temporariamente a função, este
perderá sua classificação no certame de sua escolha.
Art. 74 - O conselheiro candidato a outro cargo eletivo deverá renunciar de sua função, assumindo o
suplente.
Art. 75 - O COMCAD deverá estabelecer, em conjunto com o Conselho Tutelar, uma política de
qualificação profissional permanente dos seus membros, voltada à correta identificação e atendimento
das demandas inerentes ao órgão.
§ 1º A política referida no caput compreende o estímulo e o fornecimento dos meios necessários para
adequada formação e atualização funcional dos membros dos Conselhos e seus suplentes, o que inclui,
dentre outros, a disponibilização de material informativo, realização de encontros com profissionais que
atuam ou com formação na área da infância e juventude e patrocínio de cursos e palestras sobre o tema.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 76 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Registrada e publicada a presente Lei na Secretaria da Administração, aos onze dias do mês de novembro
do ano de 2012.
Rafael Celestino
Secretário da Administração
Seu navegador da web (ChromeNota:
109) está
Este desatualizado. Atualize
texto não substitui seu navegador
o original publicado para ter mais
no Diário Oficial.
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.