Lei Ordinária 2600 2012 de Penha SC - Criação FIA

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LEI Nº 2600/2012.

"INSTITUINDO O CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS


DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (COMCAD), O FUNDO
MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE (FIA) E O CONSELHO TUTELAR DO
MUNICÍPIO DE PENHA".

EVANDRO EREDES DOS NAVEGANTES, Prefeito Municipal de Penha, Estado de Santa Catarina, no uso das
atribuições conferidas por Lei, FAÇO SABER a todos os habitantes deste Município que a Câmara dos
Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1ºOs princípios da política dos direitos da criança e do adolescente passam a vigorar na forma
estabelecida nesta Lei.

Art. 2º É assegurada com absoluta prioridade à criança e ao adolescente a efetivação dos seus direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, como dever concorrente da
família, da comunidade, da sociedade em geral e dos Poderes Públicos Municipal, Federal e Estadual.

Art. 3º A garantia de absoluta prioridade dos direitos da criança e do adolescente compreende:

I - primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

II - precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

III - preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

IV - destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.

TÍTULO II
DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO
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Art. 4º Garantirão a absoluta prioridade de que tratam os artigos 2º e 3º desta Lei, os seguintes órgãos:
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I - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - COMCAD;

II - Conselho Tutelar;

III - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FIA;

Parágrafo Único - Todas as Secretarias Municipais integram a Política de Garantia dos Direitos da
Criança e do Adolescente.

Art. 5º A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, compreende um conjunto


articulado de ações governamentais e não-governamentais do Município, integradas às ações
governamentais e não-governamentais do Estado e da União, bem como aos seus programas específicos,
no que couber.

TÍTULO III
DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DA POLITICA DE ATENDIMENTO

CAPÍTULO I
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SEÇÃO I
DA NATUREZA

Art. 6º O COMCAD é o órgão deliberativo, normatizador e controlador da política de atendimento aos


direitos da criança e do adolescente e das ações em todos os níveis, assegurada a participação popular
paritária por meio de organizações representativas da sociedade civil e do Poder Público Municipal.

Seção II
Da Competência

Art. 7º Compete ao COMCAD:

I - deliberar, normatizar, controlar e articular a Política Municipal dos Direitos da Criança e do


Adolescente para a efetiva garantia da sua promoção, defesa e orientação, visando a proteção integral da
criança e do adolescente;

II - cumprir e fazer cumprir, em âmbito municipal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, as


Constituições Estadual e Federal, a Lei Orgânica do Município, a presente lei e toda legislação atinente a
direitos e interesses da criança e do adolescente;

III - zelar pela execução da política dos Direitos da Criança e do Adolescente, atendidas suas
particularidades, de suas famílias, de seus grupos de vizinhança e dos bairros ou da zona rural ou urbana
em queSeu
se localizem;
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IV - participar do Planejamento Integrado e Orçamentário do Município, formulando as prioridades a
serem incluídas neste, no que se refere ounavegador
Atualizar possa afetar Ignorar
as condições de vida das crianças e dos
adolescentes;

V - estabelecer em ação conjunta com as Secretarias Municipais e demais órgãos do Município a


realização de eventos, estudos e pesquisas no campo da promoção, orientação, proteção integral e defesa
da Criança e do Adolescente;

VII - coordenar a elaboração do Plano Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

VIII - promover e apoiar o aperfeiçoamento e a atualização permanente dos representantes das


organizações governamentais e não-governamentais, envolvidos no atendimento à família, à criança e ao
adolescente, respeitando a descentralização político - administrativa contemplada na Constituição
Federal;

IX - deliberar sobre o Regimento Interno dos Conselhos Tutelares, a ser baixado por ato do Poder
Executivo;

X - registrar as organizações não governamentais de atendimento dos direitos da criança e do


adolescente e inscrever os programas das organizações governamentais e não-governamentais
relacionados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, fazendo cumprir as normas impostas no mesmo
e comunicando aos Conselhos Tutelares e à autoridade judiciária;

XI - alterar o seu Regimento Interno, mediante a aprovação de, no mínimo, dois terços (2/3) do total
dos seus membros;

XII - comunicar-se com os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente da União, do Estado e
de outros Municípios, com os Conselhos Tutelares, bem como com organismos nacionais e internacionais
que atuam na proteção, na defesa e na promoção dos direitos da criança e do adolescente, propondo ao
Município convênio de mútua cooperação, respeitado o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente
e legislações pertinentes;

XIII - deliberar sobre a política de captação e aplicação de recursos do Fundo Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente - FIA;

XIV - regulamentar os assuntos de sua competência, por meio de Resoluções aprovadas por, no
mínimo, 2/3 de seus membros, inclusive do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -
FIA;

XV - manter registros de todas as atividades, ações, projetos, planos, relatórios, pesquisas, estudos e
outros, que tenham relação direta ou indireta com as suas competências e atribuições;

XVI - proporcionar apoio aos Conselhos Tutelares do Município, integrando ações no sentido de
garantir os princípios e diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente;

XVII - coordenar o processo para a escolha dos membros dos Conselhos Tutelares do Município;

XVIII - dar posse aos membros dos Conselhos Tutelares, os quais serão nomeados por ato do Prefeito
Municipal;
XIX - reunir-se ordinariamente e extraordinariamente, conforme dispuser o regimento;
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XX - estabelecer critérios, formas e meios de controle de procedimentos da atividade pública
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municipal relacionados com as suas deliberações;
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XXI - coordenar a realização das Conferências Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente;

XXII - oferecer subsídios à elaboração de legislação relativa aos interesses da criança e do


adolescente.

Seção III
Da Estrutura

Art. 8º O COMCAD é composto de 12 (doze) membros, sendo:

I - seis (6) conselheiros titulares, e seus respectivos suplentes, representantes dos órgãos
governamentais, indicados pelo Poder Executivo Municipal, com homologação do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.

Parágrafo Único - Os conselheiros suplentes indicados pelo Poder Executivo não precisam,
necessariamente, estarem vinculados a mesma secretaria que seus respectivos titulares.

II - seis (6) conselheiros titulares, e seus respectivos suplentes, representantes de entidades da


sociedade civil que tenham como objetivo a garantia dos direitos da criança e do adolescente, indicados
por estas, dentre seus integrantes.

Parágrafo Único - Para os fins do disposto neste artigo, são organizações não-governamentais aquelas
representativas da sociedade, regularmente constituídas, com a finalidade de realizar ações de caráter
educacional, político, assessoria técnica, prestação de serviços e apoio assistencial e logístico para
segmento da sociedade civil.

Art. 9º Os conselheiros titulares e suplentes, representantes das organizações não-governamentais,


serão escolhidos bienalmente, em fórum próprio, convocado pelo Presidente do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente em atuação, obedecidos os seguintes princípios gerais de escolha,
que deverão incorporar o Regimento a ser aprovado pelo Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente, e serão nomeados por ato do Chefe do Poder Executivo Municipal:

I - credenciamento das entidades interessadas, não-governamentais, junto ao Conselho Municipal dos


Direitos da Criança e do Adolescente, até o dia da realização do fórum;

II - direito de cada entidade credenciada a um delegado com direito a voz e voto;

III - composição de uma mesa eleitoral;

IV - eleição por maioria simples;

V - eleição representativa das entidades concorrentes, com objetivo de garantir ao Conselho direito à
presença heterogênea de entidades não governamentais;

VI - nomeação dos eleitos pelo Poder Executivo.


§ 1º
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organizações poderão
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desatualizado. a qualquer
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fórum próprio;
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§ 2º Na hipótese de impedimento,
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dissolução da organização, assumirá o
representante da organização subseqüente mais votada.

§ 3º A nomeação dos conselheiros não-governamentais dar-se-á por ato do Poder Executivo.

§ 4º O Ministério Público deverá ser solicitado a acompanhar e fiscalizar o processo eleitoral de


escolha dos representantes das organizações da sociedade civil.

Art. 10 -É vedada a indicação de nomes ou qualquer outra forma de ingerência do poder público no
processo de escolha dos representantes da sociedade civil junto ao Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.

Art. 11 - O mandato dos representantes das organizações é de 2 (dois) anos, permitida a recondução,
sendo o seu exercício considerado de interesse público relevante, não remunerado, justificando ausência
a quaisquer outros serviços quando determinada pelo comparecimento às sessões do Conselho, reuniões
de comissões ou participação em diligência.

Parágrafo Único - Caberá à administração pública municipal o custeio ou reembolso das despesas
decorrentes de transporte, alimentação e hospedagem dos membros do Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, titulares ou suplentes, para que possam se fazer presentes a reuniões
ordinárias e extraordinárias, bem como a eventos e solenidades nos quais devam representar
oficialmente o Conselho, mediante dotação orçamentária específica.

O representante de órgão ou entidade governamental poderá ser substituído a qualquer tempo,


Art. 12 -
por nova indicação do Poder Executivo.

Parágrafo Único - Nas ausências e nos impedimentos dos Conselheiros titulares, assumirão os
respectivos suplentes.

Art. 13 - Eleito o Conselho, será o mesmo empossado pelo Prefeito Municipal, reunindo-se no prazo
máximo de 07(sete) dias úteis, sob a presidência do Conselheiro mais idoso, para eleição de uma
Diretoria, dentre seus membros, composta de um Presidente e de um Vice-Presidente.

§ 1º A representação do Conselho será exercida por seu Presidente, em todos os atos inerentes a seu
exercício.

§ 2º O quadro de pessoal auxiliar e de assessoramento do Conselho será o mesmo da Prefeitura


Municipal de Penha, devendo o Conselho apresentar exposição de motivos ao Poder Executivo sobre suas
necessidades de recursos humanos.

§ 3º No caso de haver empate na escolha do Presidente e Vice-Presidente do Conselho Municipal dos


Direitos da Criança e do Adolescente, prevalecerá o conselheiro que tiver maior experiência e capacitação
na área relativa à Infância e Adolescência.

Art. 14 - Cabe à administração pública municipal fornecer recursos humanos e estrutura técnica,
administrativa e institucional necessários ao adequado e ininterrupto funcionamento do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, devendo para tanto instituir dotação orçamentária
específica que não onere o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.
§ 1º A dotação orçamentária a que se refere o caput deste artigo deverá contemplar os recursos
necessários ao custeioda
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atividades
(Chromedesempenhadas pelo Conselho
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mais e
do Adolescente, inclusive despesas com capacitação dos conselheiros;
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§ 2º O Conselho Municipal dos Direitos danavegador


Atualizar Criança e do Adolescente
Ignorar deverá contar com espaço físico
adequado ao seu pleno funcionamento, cuja localização será amplamente divulgada, e dotado de todos
os recursos necessários ao seu regular funcionamento.

Art. 15 -Os atos deliberativos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deverão
ser publicados nos órgãos oficiais e/ou na imprensa local, seguindo as mesmas regras de publicação
pertinentes aos demais atos do Executivo.

Seção IV
Dos Impedimentos, da Cassação e da Perda do Mandato

Art. 16 - Não deverão compor o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente:

I - Conselhos de políticas públicas;

II - Representantes de órgão de outras esferas governamentais;

III - ocupantes de cargo de confiança e/ou função comissionada do poder público, na qualidade de
representante de organização da sociedade civil;

IV - Conselheiros Tutelares.

Parágrafo Único - Também não deverão compor o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, na forma do disposto neste artigo, a autoridade judiciária, legislativa e o representante do
Ministério Público e da Defensoria Pública, com atuação no âmbito do Estatuto da Criança e do
Adolescente, ou em exercício na Comarca, foro regional ou Federal.

Art. 17 - Os Conselheiros Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente poderão ter seus mandatos
suspensos ou cassados quando:

I - for constatada a reiteração de 02 (duas) faltas consecutivas injustificadas ou 04 (quatro) alternadas


às sessões deliberativas do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

II - for determinado, em procedimento para apuração de irregularidade em entidade de atendimento,


conforme artigos 191 a 193, da Lei nº 8.069/90; a suspensão cautelar dos dirigentes da entidade,
conforme art.191, parágrafo único, da Lei nº 8.069/90; ou aplicada alguma das sanções previstas no art.
97, do mesmo Diploma Legal;

III - for constatada a prática de ato incompatível com a função ou com os princípios que regem a
administração pública, estabelecidas pelo art.4º, da Lei nº 8.429/92.

Parágrafo Único - A cassação do mandato dos representantes do governo e das organizações da


sociedade civil junto aos Conselhos Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, em qualquer
hipótese, demandará a instauração de procedimento administrativo específico, no qual se garanta o
contraditório e a ampla defesa, sendo a decisão tomada por maioria absoluta de votos dos componentes
do conselho.
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CAPÍTULO II
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FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA Ignorar
E DO ADOLESCENTE

SEÇÃO I
DA NATUREZA

Art. 18 - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FIA, como órgão captador e
aplicador de recursos a serem utilizados segundo diretrizes e deliberações do COMCAD, está a este
vinculado, tendo na Secretaria Municipal de Assistência Social sua estrutura de execução e controle
contábeis, inclusive para efeitos de prestação de contas na forma da lei.

Parágrafo Único - Por conta do FIA, fica autorizado o Município, através do órgão gestor, firmar
convênios, prestar auxílio financeiro e/ou subvenções, mediante deliberação publicada em resolução do
COMCAD.

Art. 19 - A manutenção do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente vinculado ao


Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é diretriz da política de atendimento,
prevista no inciso IV do art. 88, da lei nº 8.069 de 1990.

Art. 20 - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente não deve possuir personalidade
jurídica própria e deve utilizar o mesmo número base de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ) da Prefeitura Municipal de Penha.

§ 1º Para garantir seu status orçamentário, administrativo e contábil diferenciado da Secretaria


Municipal de Assistência Social, o CNPJ do Fundo deverá possuir um número de controle próprio.

§ 2º O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deve constituir unidade


orçamentária própria e ser parte integrante do orçamento público.

§ 3º Devem ser aplicadas à execução orçamentária do Fundo as mesmas normas gerais que regem a
execução orçamentária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 4º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deverá assegurar que estejam
contempladas no ciclo orçamentário as demais condições e exigências para alocação dos recursos do
Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, para o financiamento ou co-financiamento dos
programas de atendimento, executados por entidades públicas e privadas.

Art. 21 - O Poder Executivo deve designar os servidores públicos que atuarão como gestor e/ou
ordenador de despesas do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, autoridade de
cujos atos resultará emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de
recursos do Fundo.

§ 1º O órgão responsável pela política de promoção, de proteção, de defesa e de atendimento dos


direitos das crianças e dos adolescentes ao qual o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente for vinculado deve ficar responsável pela abertura, em estabelecimento oficial de crédito, de
contas específicas destinadas à movimentação das receitas e despesas do Fundo.
§ 2º Os recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente devem ter um registro
próprio,Seu
denavegador
modo que da aweb
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§ 3º A destinação dos recursos do Fundonavegador


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Direitos da Criança e do Adolescente, em
qualquer caso, dependerá de prévia deliberação plenária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente, devendo a resolução ou ato administrativo equivalente que a materializar ser anexada à
documentação respectiva, para fins de controle de legalidade e prestação de contas.

§ 4º As providências administrativas necessárias à liberação dos recursos, após a deliberação do


Conselho, deverão observar o princípio constitucional da prioridade absoluta à criança e ao adolescente,
sem prejuízo do efetivo e integral respeito às normas e princípios relativos à administração dos recursos
públicos.

Seção II
Da Competência

Art. 22 - São atribuições do gestor do FIA:

I - coordenar a execução do Plano Anual de Aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, elaborado e aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente;

II - executar e acompanhar o ingresso de receitas e o pagamento das despesas do Fundo Municipal


dos Direitos da Criança e do Adolescente;

III - emitir empenhos, cheques e ordens de pagamento das despesas do Fundo Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente;

IV - fornecer o comprovante de doação/destinação ao contribuinte, contendo a identificação do órgão


do Poder Executivo, endereço e número de inscrição no CNPJ no cabeçalho e, no corpo, o nº de ordem,
nome completo do doador/destinador, CPF/CNPJ, endereço, identidade, valor efetivamente recebido,
local e data, devidamente firmado em conjunto com o Presidente do Conselho, para dar a quitação da
operação;

V - encaminhar à Secretaria da Receita Federal a Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), por


intermédio da Internet, até o último dia útil do mês de março, em relação ao ano calendário anterior;

VI - comunicar obrigatoriamente aos contribuintes, até o último dia útil do mês de março a efetiva
apresentação da Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), da qual conste, obrigatoriamente o nome ou
razão social, CPF do contribuinte ou CNPJ, data e valor destinado;

VII - apresentar, trimestralmente ou quando solicitada pelo Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, a análise e avaliação da situação econômico-financeira do Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, através de balancetes e relatórios de gestão;

VIII - manter arquivados, pelo prazo previsto em lei, os documentos comprobatórios da


movimentação das receitas e despesas do Fundo, para fins de acompanhamento e fiscalização;

IX - observar, quando do desempenho de suas atribuições, o princípio da prioridade absoluta à


criança e ao adolescente, conforme disposto no art. 4º, caput e parágrafo único, alínea b, da Lei nº 8.069
de 1990Seu
e art. 227, caput,
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Parágrafo Único - Deverá ser emitido um comprovante para cada doador, mediante a apresentação de
documento que comprove o depósitoAtualizar
bancárionavegador
em favor do Fundo,
Ignorarou de documentação de propriedade,
hábil e idônea, em se tratando de doação de bens.

Art. 23 - São atribuições do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente em relação ao
FIA:

I - elaborar e deliberar sobre a política de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da
criança e do adolescente no seu âmbito de ação;

II - promover a realização periódica de diagnósticos relativos à situação da infância e da adolescência


bem como do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente no âmbito de sua
competência;

III - elaborar planos de ação anuais ou plurianuais, contendo os programas a serem implementados
no âmbito da política de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da criança e do
adolescente, e as respectivas metas, considerando os resultados dos diagnósticos realizados e observando
os prazos legais do ciclo orçamentário;

IV - elaborar anualmente o plano de aplicação dos recursos do Fundo, considerando as metas


estabelecidas para o período, em conformidade com o plano de ação;

V - elaborar editais fixando os procedimentos e critérios para a aprovação de projetos a serem


financiados com recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, em consonância
com o estabelecido no plano de aplicação e obediência aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade e publicidade;

VI - dar publicidade aos projetos selecionados com base nos editais a serem financiados pelo Fundo
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

VII - monitorar e avaliar a aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, por intermédio de balancetes trimestrais, relatório financeiro e o balanço anual do Fundo
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sem prejuízo de outras formas, garantindo a devida
publicidade dessas informações, em sintonia com o disposto em legislação específica;

VIII - monitorar e fiscalizar os programas, projetos e ações financiadas com os recursos do Fundo,
segundo critérios e meios definidos pelo próprio Conselho, bem como solicitar aos responsáveis, a
qualquer tempo, as informações necessárias ao acompanhamento e à avaliação das atividades apoiadas
pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

IX - desenvolver atividades relacionadas à ampliação da captação de recursos para o Fundo;

X - mobilizar a sociedade para participar no processo de elaboração e implementação da política de


promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da criança e do adolescente, bem como na
fiscalização da aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Parágrafo Único - Para o desempenho de suas atribuições, o Poder Executivo deverá garantir ao
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente o suficiente e necessário suporte
organizacional, estrutura física, recursos humanos e financeiros.
Seu navegador da web (Chrome 109) estáSeção III
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Dos Recursos do Fia
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Art. 24 - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente tem como receitas:

I - recursos públicos que lhes forem destinados, consignados no Orçamento do Município, inclusive
mediante transferências do tipo "fundo a fundo" entre as três esferas de governo;

II - doações de pessoas físicas e jurídicas sejam elas de bens materiais, imóveis ou recursos
financeiros;

III - destinações de receitas dedutíveis do Imposto de Renda, com incentivos fiscais, nos termos do
Estatuto da Criança e do Adolescente e demais legislações pertinentes;

IV - contribuições de governos estrangeiros e de organismos internacionais multilaterais;

V - o resultado de aplicações no mercado financeiro, observada a legislação pertinente;

VI - recursos provenientes de multas, concursos de prognósticos, dentre outros que lhe forem
destinados.

Parágrafo Único - O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente terá como dotação e
receita consignada anual o mínimo de 0,5% (meio por cento) da receita municipal efetivamente
arrecadada.

Seção IV
Das Condições de Aplicação Dos Recursos do Fia

Art. 25 - A aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
deliberada pelo COMCAD, deverá ser destinada para o financiamento de ações governamentais e não-
governamentais relativas a:

I - desenvolvimento de programas e serviços complementares ou inovadores, por tempo


determinado, não excedendo a 3 (três) anos, da política de promoção, proteção, defesa e atendimento
dos direitos da criança e do adolescente;

II - acolhimento, sob a forma de guarda, de criança e de adolescente, órfão ou abandonado, na forma


do disposto no art. 227, § 3º, VI, da Constituição Federal e do art. 260, § 2º da Lei nº 8.069, de 1990,
observadas as diretrizes do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e
Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária;

III - programas e projetos de pesquisa, de estudos, elaboração de diagnósticos, sistemas de


informações, monitoramento e avaliação das políticas públicas de promoção, proteção, defesa e
atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

IV - programas e projetos de capacitação e formação profissional continuada dos operadores do


Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente;
V -Seu
desenvolvimento de programas
navegador da web e projetos
(Chrome 109) de comunicação,
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Atualize educativas,
seu navegador para publicações,
ter mais
divulgação das ações de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da criança e do
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adolescente;
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VI - ações de fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, com
ênfase na mobilização social e na articulação para a defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Art. 26 - Deve ser vedada a utilização dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente para despesas que não se identifiquem diretamente com a realização de seus objetivos ou
serviços determinados nesta lei, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública previstas em
lei. Esses casos excepcionais devem ser aprovados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente.

Parágrafo Único - Além das condições estabelecidas no caput, deve ser vedada ainda a utilização dos
recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para:

I - a transferência sem a deliberação do respectivo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do


Adolescente;

II - pagamento, manutenção e funcionamento do Conselho Tutelar;

III - manutenção e funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

IV - o financiamento das políticas públicas sociais básicas, em caráter continuado, e que disponham
de fundo específico, nos termos definidos pela legislação pertinente;

V - investimentos em aquisição, construção, reforma, manutenção e/ou aluguel de imóveis públicos


e/ou privados, ainda que de uso exclusivo da política da infância e da adolescência.

O saldo financeiro positivo apurado no balanço do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Art. 27 -
Adolescente deve ser transferido para o exercício subseqüente, a crédito do mesmo fundo, conforme
determina o art. 73 da Lei nº 4.320 de 1964.

Seção V
Do Controle e da Fiscalização

Art. 28 - O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deve utilizar os meios ao seu
alcance para divulgar amplamente:

I - as ações prioritárias das políticas de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da
criança e do adolescente;

II - os prazos e os requisitos para a apresentação de projetos a serem beneficiados com recursos do


Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

III - a relação dos projetos aprovados em cada edital, o valor dos recursos previstos e a execução
orçamentária efetivada para implementação dos mesmos;

IV - o total das receitas previstas no orçamento do Fundo para cada exercício;


V -Seu
os navegador
mecanismosdade
webmonitoramento, de avaliação
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ter mais
beneficiados com recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
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CAPÍTULO III
CONSELHO TUTELAR

Art. 29 - Fica reinstituído através desta Lei o Conselho Tutelar do Município de Penha.

Art. 30 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e adolescente definidos no Estatuto da
Criança e Adolescente.

Parágrafo Único - O Conselho Tutelar do Município de Penha estará vinculado administrativamente a


Secretaria Municipal de Assistência Social.

Art. 31 - O Conselho Tutelar possuirá sala própria para atendimento e trabalhos administrativos
custeados através de dotação específica para implantação, manutenção e funcionamento do Conselho
Tutelar e custeio de suas atividades.

Parágrafo Único - Para a finalidade do caput, devem ser consideradas as seguintes despesas:

I - custeio com mobiliário, água, luz, telefone fixo e móvel, internet, computadores, fax e outros;

II - formação continuada para os membros do Conselho Tutelar,

III - custeio de despesas dos conselheiros inerentes ao exercício de suas atribuições;

IV - espaço adequado para a sede do Conselho Tutelar, seja por meio de aquisição, seja por locação,
bem como sua manutenção;

V - transporte adequado, permanente e exclusivo para o exercício da função, incluindo sua


manutenção; e segurança da sede e de todo o seu patrimônio.

Art. 32 - A sede do Conselho Tutelar funcionará atendendo, através de seus Conselheiros, caso a caso:

I - das 8:00h às 12h e das 13:30h às 17:30h, de segunda a sexta feira;

II - fora do expediente normal, os Conselheiros distribuirão entre si, segundo normas do Regimento
Interno, a forma de hora de sobreaviso;

III - para este regime de plantão, o Conselheiro terá seu nome divulgado, conforme constará em
Regimento Interno, para atender emergência a partir do local onde se encontra;

IV - o Regimento Interno estabelecerá o regime de trabalho e as formas de cumprimento das rotinas


de sobreaviso, de forma a atender às atividades do Conselho, sendo que cada Conselheiro deverá prestar,
dentre todo o regime de trabalho e sobreaviso, quarenta horas semanais.

Art. 33 - O Conselho Tutelar de Penha será composto de cinco (05) membros titulares e cinco (05)
suplentes.
Art. 34 - O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar deverá observar as seguintes
diretrizes:
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segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
I - eleição mediante sufrágio universal e direto, pelo voto facultativo e secreto dos eleitores do
Município de Penha, em que cada eleitor votaránavegador
Atualizar nos 05 (cinco) membros do Conselho Tutelar que desejar,
Ignorar
em processo a ser regulamentado e conduzido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
Adolescente Penha - COMCAD;

II - candidatura individual, não sendo admitida a composição de chapas;

III - fiscalização pelo Ministério Público e;

IV - Eleição em data unificada em todo o território nacional a cada 04 (quatro) anos, no primeiro
domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.

Os 05 (cinco) candidatos mais votados serão nomeados Conselheiros Tutelares titulares e os


Art. 35 -
demais serão considerados suplentes, pela ordem decrescente de votação.

§ 1º O mandato será de 04 (quatro) anos, permitida uma recondução, mediante novo processo de
escolha.

§ 2º O Conselheiro Tutelar titular que tiver exercido o cargo por período consecutivo superior a um
mandato e meio não poderá participar do processo de escolha subseqüente.

Art. 36 - Caberá ao COMCAD, com a antecedência devida, regulamentar o processo de escolha dos
membros do Conselho Tutelar, mediante resolução específica, observadas as disposições contidas na Lei
nº 8.069, de 1990, nas Resoluções do CONANDA vigentes e as estabelecidas na presente Lei.

§ 1º A resolução regulamentadora do processo de escolha deverá prever, dentre outras disposições:

I - o calendário com as datas e os prazos para registro de candidaturas, impugnações, recursos e


outras fases do certame, de forma que o processo de escolha se inicie no mínimo seis meses antes do
término do mandato dos membros do Conselho Tutelar em exercício;

II - a documentação a ser exigida dos candidatos, como forma de comprovar o preenchimento dos
requisitos previstos no art. 133 da Lei nº 8.069, de 1990;

III - No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer,
prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de
pequeno valor; e

IV - a criação e composição de comissão especial encarregada de realizar o processo de escolha.

§ 2º A resolução regulamentadora do processo de escolha para o Conselho Tutelar não poderá


estabelecer outros requisitos além daqueles exigidos dos candidatos pela Lei nº 8.069 de 1990, e pela
presente Lei.

§ 3º A relação de condutas ilícitas e vedadas seguirá o disposto na legislação local com a aplicação de
sanções de modo a evitar o abuso do poder político, econômico, religioso, institucional e dos meios de
comunicação, dentre outros.

§ 4º Cabe ao Município o custeio de todas as despesas decorrentes do processo de escolha dos


membros do Conselho Tutelar.
- Caberá
Art. 37 Seu ao COMCAD
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da web (Chrome ampla publicidade
está ao processo
desatualizado. Atualizede
seuescolha dos para
navegador membros para o
ter mais
Conselho Tutelar, mediante publicação de edital de convocação do pleito no diário oficial do Município,
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
mural municipal, afixação em locais de amplo acesso ao público, chamadas na rádio, jornais e através do
sítio eletrônico www.penha.sc.gov.br eAtualizar
ainda, em sítio eletrônico
navegador próprio se for o caso.
Ignorar

§ 1º O edital conterá, dentre outros, os requisitos legais à candidatura, a relação de documentos a


serem apresentados pelos candidatos, a carga horária de 40horas/semanais, a remuneração, as regras da
campanha e o calendário de todas as fases do certame.

§ 2º A divulgação do processo de escolha deverá ser acompanhada de informações sobre o papel do


Conselho Tutelar e sobre a importância da participação de todos os cidadãos, na condição de candidatos
ou eleitores, servindo de instrumento de mobilização popular em torno da causa da infância e da
juventude, conforme dispõe o art. 88, inciso VII, da Lei nº 8.069, de 1990.

Art. 38 - Compete ao COMCAD tomar, com a antecedência devida, as seguintes providências para a
realização do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar:

I - obter junto à Justiça Eleitoral o empréstimo de urnas eletrônicas,

II - em caso de impossibilidade de obtenção de urnas eletrônicas, obter junto à Justiça Eleitoral o


empréstimo de urnas comuns e o fornecimento das listas de eleitores a fim de que a votação seja feita
manualmente; e

III - garantir o fácil acesso aos locais de votação.

Art. 39 - O COMCAD deverá delegar a uma comissão especial eleitoral, de composição paritária entre
conselheiros representantes do governo e da sociedade civil, a condução do processo de escolha dos
membros do Conselho Tutelar, observados os mesmos critérios exigidos através do art. 40 desta Lei.

§ 1º A composição, assim como as atribuições da comissão referida no caput deste artigo, devem
constar da resolução regulamentadora do processo de escolha.

§ 2º A comissão especial eleitoral ficará encarregada de analisar os pedidos de registro de


candidatura e dar ampla publicidade à relação dos pretendentes inscritos, facultando a qualquer cidadão
impugnar, no prazo de 5 (cinco) dias contados da publicação, candidatos que não atendam os requisitos
exigidos, indicando os elementos probatórios.

§ 3º Diante da impugnação de candidatos ao Conselho Tutelar em razão do não preenchimento dos


requisitos legais ou da prática de condutas ilícitas ou vedadas, cabe à comissão especial eleitoral:

I - notificar os candidatos, concedendo-lhes prazo para apresentação de defesa; e

II - realizar reunião para decidir acerca da impugnação da candidatura, podendo, se necessário, ouvir
testemunhas eventualmente arroladas, determinar a juntada de documentos e a realização de outras
diligências.

§ 4º Das decisões da comissão especial eleitoral caberá recurso à plenária do COMCAD, que se
reunirá, em caráter extraordinário, para decisão com o máximo de celeridade.

§ 5º Esgotada a fase recursal, a comissão especial eleitoral fará publicar a relação dos candidatos
habilitados, com cópia ao Ministério Público.
§ 6º Cabe ainda à comissão especial eleitoral:
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I - realizar reunião destinada a dar conhecimento formal das regras da campanha aos candidatos
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
considerados habilitados ao pleito, que firmarão compromisso de respeitá-las, sob pena de imposição das
sanções previstas na legislação local; Atualizar navegador Ignorar

II - estimular e facilitar o encaminhamento de notícias de fatos que constituam violação das regras de
campanha por parte dos candidatos ou à sua ordem;

III - analisar e decidir, em primeira instância administrativa, os pedidos de impugnação e outros


incidentes ocorridos no dia da votação;

IV - providenciar a confecção das cédulas de votação, conforme modelo a ser aprovado, se for o caso;

V - escolher e divulgar os locais de votação;

VI - selecionar, preferencialmente junto aos órgãos públicos municipais, os mesários e escrutinadores,


bem como seus respectivos suplentes, que serão previamente orientados sobre como proceder no dia da
votação, na forma da resolução regulamentadora do pleito;

VII - solicitar, junto ao comando da Polícia Militar, a designação de efetivo para garantir a ordem e
segurança dos locais de votação e apuração;

VIII - divulgar, imediatamente após a apuração, o resultado oficial da votação; e

IX - resolver os casos omissos.

§ 7º O Ministério Público será pessoalmente notificado, com a antecedência devida, de todas as


reuniões deliberativas realizadas pela comissão especial eleitoral e pelo COMCAD, bem como de todas as
decisões nelas proferidas e de todos os incidentes verificados no decorrer do certame.

Art. 40 - Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar serão exigidos os seguintes critérios:

I - reconhecida idoneidade moral;

II - idade superior a vinte e um anos;

III - residir no Município;

IV - Formação mínima no Ensino Médio;

V - comprovação negativa de antecedentes criminais;

VI - experiência na área da defesa ou atendimento dos direitos da criança e do adolescente, com no


mínimo 40 (quarenta) horas de cursos e/ou atuação nos últimos dez anos;

§ 1º Após o período de inscrições, os candidatos que tiverem sua inscrição homologada, participarão
de curso de capacitação, de caráter eliminatório para o candidato que não obtiver 100% de presença, com
carga horária de 16 horas, que versará sobre a importância do Conselho Tutelar, bem como suas
atribuições, a ser realizado por pessoa física ou jurídica, com comprovada experiência na área de atuação
e/ou formação dos direitos da criança e do adolescente.

§ 2º Os candidatos, após a participação no curso de capacitação, deverão realizar prova escrita de


caráter eliminatório para o candidato que não obtiver nota mínima de 6,0 (seis) elaborada pelo COMCAD
ou a quem este designar
Seu navegador da webjuntamente comestá
(Chrome 109) o desatualizado.
Ministério Público onde
Atualize seuavaliar-se-ão conhecimentos
navegador para ter mais
relacionados à área da criança, do adolescente e da família, tais como legislação relativa à área, bem
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
como atribuições do Conselho Tutelar e noções básicas de informática.
Atualizar navegador Ignorar
Art. 41 -O processo de escolha para o Conselho Tutelar ocorrerá com o número mínimo de dez
pretendentes devidamente habilitados.

§ 1º Caso o número de pretendentes habilitados seja inferior a dez, o COMCAD poderá suspender o
trâmite do processo de escolha e reabrir prazo para inscrição de novas candidaturas, sem prejuízo da
garantia de posse dos novos conselheiros ao término do mandato em curso.

§ 2º Em qualquer caso, o COMCAD deverá envidar esforços para que o número de candidatos seja o
maior possível, de modo a ampliar as opções de escolha pelos eleitores e obter um número maior de
suplentes.

Art. 42 - A posse dos Conselheiros Tutelares deverá acontecer no dia 10 de janeiro do ano subsequente
ao processo de escolha.

Art. 43 - Para adequação dos mandatos relativos aos anos anteriores a 2015 e para garantir o
atendimento continuado do Conselho Tutelar, o COMCAD deverá seguir as orientações das Resoluções do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, relativas ao primeiro processo
de escolha unificado que ocorrerá em 04 de outubro do ano de 2015.

Art. 44 - A votação deverá ocorrer no dia previsto no edital do processo de escolha publicado pelo
COMCAD.

Parágrafo Único - O resultado do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar deverá ser
publicado no Diário Oficial do Município, no Mural Municipal e no sitio eletrônico www.penha.sc.gov.br e
ainda, em sítio eletrônico próprio se houver, com a indicação do dia, hora e local da nomeação e posse
dos Conselheiros Tutelares titulares e suplentes.

É impedidos de servir no mesmo Conselho Tutelar os cônjuges, companheiros, ainda que em


Art. 45 -
união homoafetiva, ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau.

Parágrafo Único - Estende-se o impedimento do caput ao conselheiro tutelar em relação à:

I - autoridade judiciária;

II - representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude da mesma


comarca;

III - Vereadores;

IV - Prefeito e Vice Prefeito;

V - Secretários;

VI - Presidente ou membros do COMCAD.

Art. 46 - Ocorrendo vacância ou afastamento de quaisquer dos membros titulares do Conselho Tutelar, o
COMCAD convocará o suplente para o preenchimento da vaga.
§ 1º Os Conselheiros Tutelares suplentes serão convocados, seja em caráter provisório ou
permanente de acordodacom
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ordem de109)
votação e receberão remuneração
está desatualizado. Atualize seuproporcional ao período
navegador para ter mais que
atuarem no órgão, sem prejuízo da remuneração dos titulares quando em gozo de licenças remuneradas e
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.
férias regulamentares.
Atualizar navegador Ignorar
§ 2º No caso da inexistência de suplentes, caberá ao COMCAD realizar processo de escolha
suplementar para o preenchimento das vagas.

§ 3º A homologação da candidatura de membros do Conselho Tutelar a cargos eletivos deverá


implicar a perda de mandato por incompatibilidade com o exercício da função.

Art. 47 - Compete ao Conselho Tutelar a elaboração e aprovação do seu Regimento Interno.

§ 1º A proposta do Regimento Interno deverá ser encaminhada ao COMCAD para apreciação, sendo
lhes facultado, o envio de propostas de alteração.

§ 2º Uma vez aprovado, o Regimento Interno do Conselho Tutelar será publicado, afixado em local
visível na sede do órgão e encaminhado ao Poder Judiciário, ao Ministério Público e ao COMCAD.

O Presidente do Conselho Tutelar será escolhido pelos seus pares, dentro do prazo de 05 (cinco)
Art. 48 -
dias, em reunião presidida pelo conselheiro mais idoso, o qual também coordenará o Conselho no
decorrer daquele prazo.

Art. 49 -Todos os membros do Conselho Tutelar serão submetidos à mesma carga horária semanal de
trabalho, bem como aos mesmos períodos de sobreaviso, sendo vedado qualquer tratamento desigual.

§ 1º Os Conselheiros registrarão seu horário de trabalho, através de relógio ponto afixado no espaço
utilizado no Conselho Tutelar.

§ 2º O disposto no caput não impede a divisão de tarefas entre os conselheiros, para fins de
realização de diligências, atendimento descentralizado em comunidades distantes da sede, fiscalização de
entidades, programas e outras atividades externas, sem prejuízo do caráter colegiado das decisões
tomadas pelo Conselho.

As decisões do Conselho Tutelar serão tomadas pelo seu colegiado, conforme dispuser o
Art. 50 -
Regimento Interno.

§ 1º O Conselho Tutelar realizará semanalmente, de acordo com o disposto em seu Regimento


Interno, sessões deliberativas plenárias, onde serão apresentados aos demais os casos atendidos
individualmente pelos conselheiros, bem como relatados os encaminhamentos efetuados e apresentadas
propostas para seus desdobramentos futuros.

§ 2º As sessões serão instaladas com o mínimo de 03 (três) Conselheiros, ocasião em que serão
referendadas, ou não, as decisões tomadas individualmente, em caráter emergencial, bem como
formalizada a aplicação das medidas cabíveis às crianças, adolescentes e famílias atendidas, facultado,
nos casos de maior complexidade, a requisição da intervenção de profissionais das áreas jurídica, médica,
psicológica, pedagógica e de serviço social, que poderão ter seus serviços requisitados junto aos órgãos
municipais competentes.

§ 3º As medidas de caráter emergencial, tomadas durante os plantões, serão comunicadas ao


colegiado no primeiro dia útil subseqüente, para ratificação ou retificação.

§ 4º As decisões serão motivadas e comunicadas formalmente aos interessados, mediante


documento escrito, no prazo máximo de quarenta e oito horas, sem prejuízo de seu registro em arquivo
próprio,Seu
na navegador
sede do Conselho.
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§ 5º Se não localizado, o interessado será intimado através de publicação do extrato da decisão na
sede do Conselho Tutelar. Atualizar navegador Ignorar

§ 6º É garantido ao Ministério Público e à autoridade judiciária o acesso irrestrito aos registros do


Conselho Tutelar, resguardado o sigilo perante terceiros.

§ 7º Os demais interessados ou procuradores legalmente constituídos terão acesso às atas das


sessões deliberativas e registros do Conselho Tutelar que lhes digam respeito, ressalvadas as informações
que coloquem em risco a imagem ou a integridade física ou psíquica da criança ou adolescente, bem
como a segurança de terceiros.

§ 8º Para os efeitos deste artigo, são considerados interessados os pais ou responsável legal da
criança ou adolescente atendido, bem como os destinatários das medidas aplicadas e das requisições de
serviço efetuadas.

Art. 51 - É vedado ao Conselho Tutelar executar serviços e programas de atendimento, os quais devem
ser requisitados via ofício aos órgãos encarregados da execução de políticas públicas.

O Poder Executivo fornecerá ao Conselho Tutelar os meios necessários para sistematização de


Art. 52 -
informações relativas às demandas e deficiências na estrutura de atendimento à população de crianças e
adolescentes, tendo como base o Sistema de Informação para a Infância e Adolescência - SIPIA.

§ 1º O Conselho Tutelar encaminhará relatório mensal ao COMCAD e ao Ministério Público, contendo


a síntese dos dados referentes ao exercício de suas atribuições, bem como as demandas e deficiências na
implementação das políticas públicas, de modo que sejam definidas estratégias e deliberadas
providências necessárias para solucionar os problemas existentes.

§ 2º Cabe a Secretaria Municipal de Assistência Social, auxiliar o Conselho Tutelar na coleta de dados
e no encaminhamento das informações relativas às demandas e deficiências das políticas públicas ao
COMCAD.

§ 3º O plano de implantação do SIPIA deverá obedecer a cronograma estipulado pelo COMCAD.

Art. 53 -A função de membro do Conselho Tutelar exige dedicação exclusiva, vedado o exercício
concomitante de qualquer outra atividade pública ou privada.

Art. 54 - Se servidor municipal ocupante de cargo em provimento efetivo for eleito para o Conselho
Tutelar, poderá optar entre o valor dos subsídios devidos aos Conselheiros ou o valor de seus vencimentos
incorporados, ficando-lhe garantidos:

I - o retorno ao cargo, emprego ou função que exercia, assim que findo o seu mandato;

II - a contagem do tempo de serviço para todos os efeitos legais,

Art. 55 -A remuneração dos Conselheiros Tutelares, referente à carga horária de 40 horas semanais e
seus respectivos plantões, será equivalente ao cargo de um Assistente Social com carga horária de
trabalho de 20 horas semanais, assegurada a Revisão Geral Anual na mesma data e com o mesmo índice
aplicado aos demais servidores públicos municipais.

Art. 56 - Os Conselheiros Tutelares receberão todos os seguintes benefícios, conforme concedidos aos
servidores municipais:
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I - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de um terço do valor da remuneração mensal;
segurança e velocidade, além da melhor experiência neste site.

II - gratificação natalina; Atualizar navegador Ignorar

III - licença à gestante;

IV - licença paternidade;

V - licença para tratamento de saúde;

VI - inclusão em plano de saúde oferecido pelo Poder Público Municipal ao funcionalismo público
municipal;

VII - associar-se a Associação dos Servidores Públicos Municipais e usufruir dos benefícios concedidos
pela mesma;

VIII - cobertura previdenciária.

Art. 57 - Os Conselheiros Tutelares terão direito a diária com finalidade de indenização de suas despesas
pessoais, desde que se encontre fora do Município, com finalidade especifica de representação do
Conselho.

Parágrafo Único - A concessão de diária aos conselheiros tutelares será regrada conforme lei
municipal específica.

Art. 58 - São deveres dos membros do Conselho Tutelar:

I - manter conduta pública e particular ilibada;

II - zelar pelo prestígio da instituição;

III - indicar os fundamentos de seus pronunciamentos administrativos, submetendo sua manifestação


à deliberação do colegiado;

IV - obedecer aos prazos regimentais para suas manifestações e exercício das demais atribuições;

V - comparecer às sessões deliberativas do Conselho Tutelar e do COMCAD;

VI - desempenhar suas funções com zelo, presteza e dedicação;

VII - declararem-se suspeitos ou impedidos no que se refere aos atendimentos realizados;

VIII - adotar, nos limites de suas atribuições, as medidas cabíveis em face de irregularidade no
atendimento a crianças, adolescentes e famílias;

IX - tratar com urbanidade os interessados, testemunhas, funcionários e auxiliares do Conselho


Tutelar e dos integrantes da Secretaria Municipal de Assistência Social;

X - residir no Município;

XI - prestar as informações solicitadas pelas autoridades públicas e pelas pessoas que tenham
legítimo interesse ou seus procuradores legalmente constituídos;
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XII - identificar-se em suas manifestações funcionais; e
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XIII - atender aos interessados, a qualquer


Atualizar momento,
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casos urgentes.

Parágrafo Único - Em qualquer caso, a atuação do membro do Conselho Tutelar será voltada à defesa
dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes, cabendo-lhe, com o apoio do colegiado, tomar as
medidas necessárias à proteção integral que lhes é devida.

Art. 59 - É vedado aos Conselheiros Tutelares do Município de Penha:

I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, vantagem pessoal de qualquer natureza;

II - exercer outra atividade laboral, formal ou informalmente, no horário fixado na lei para o
funcionamento do Conselho Tutelar;

III - utilizar-se do Conselho Tutelar para o exercício de propaganda e atividade político-partidária;

IV - ausentar-se da sede do Conselho Tutelar durante o expediente, salvo quando em diligências ou


por necessidade do serviço;

V - opor resistência injustificada ao andamento do serviço;

VI - delegar a pessoa que não seja membro do Conselho Tutelar o desempenho da atribuição que seja
de sua responsabilidade;

VII - valer-se da função para lograr proveito pessoal ou de outrem;

VIII - receber comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

IX - proceder de forma desidiosa;

X - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício da função e com o horário
de trabalho;

XI - exceder no exercício da função, abusando de suas atribuições específicas, nos termos previstos na
Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965;

XII - deixar de submeter ao Colegiado as decisões individuais referentes à aplicação de medidas


protetivas a crianças, adolescentes, pais ou responsáveis previstas nos arts. 101 e 129 da Lei nº 8.069, de
1990;

XIII - descumprir os deveres funcionais atinentes a sua ocupação; e,

XIV - divulgar, por qualquer meio, notícia a respeito de fato que possa identificar a criança, o
adolescente ou sua família, salvo autorização judicial, nos termos do ECA;

Art. 60 - O membro do Conselho Tutelar será declarado impedido de analisar o caso quando:

I - a situação atendida envolver cônjuge, companheiro, ou parentes em linha reta colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive;
II - for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer dos interessados;
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III - algum dos interessados for credor ou devedor do membro do Conselho Tutelar, de seu cônjuge,
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companheiro, ainda que em união homoafetiva, ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até
o terceiro grau, inclusive; Atualizar navegador Ignorar

IV - tiver interesse na solução do caso em favor de um dos interessados.

§ 1º O membro do Conselho Tutelar também poderá declarar suspeição por motivo de foro íntimo.

§ 2º O interessado poderá requerer ao Colegiado o afastamento do membro do Conselho Tutelar que


considere impedido, nas hipóteses desse artigo.

Art. 61 - A vacância da função de membro do Conselho Tutelar decorrerá de:

I - renúncia;

II - posse e exercício em outro cargo, emprego ou função pública ou privada remunerada;

III - aplicação de sanção administrativa de destituição da função;

IV - falecimento; ou

V - condenação por sentença transitada em julgado pela prática de crime que comprometa a sua
idoneidade moral.

Art. 62 - Constituem penalidades administrativas passíveis de serem aplicadas aos membros do Conselho
Tutelar:

I - advertência;

II - suspensão não remunerada do exercício da função;

III - destituição da função.

Art. 63 - A Plenária do COMCAD, em reunião ordinária ou extraordinária, pela maioria absoluta de seus
membros (metade mais um dos membros), decidirá o caso.

§ 1º Para aplicar a penalidade mais grave, que é a de perda da função pública de Conselheiro Tutelar,
faz-se necessária a maioria qualificada de 2/3 (dois terços) de todos os seus membros.

§ 2º Da decisão que aplicar qualquer medida disciplinar, em 10 (dez) dias, poderá ser apresentado
recurso ao Prefeito Municipal, de cuja decisão final não caberá qualquer outro recurso administrativo,
dando-se então publicidade e comunicando-se ao denunciante.

§ 3º A perda do mandato será decretada por ato do Prefeito Municipal, após deliberação neste
sentido pela maioria de 2/3 (dois terços) do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Art. 64 - Na aplicação das penalidades administrativas, deverão ser consideradas a natureza e a gravidade
da infração cometida, os danos que dela provierem para a sociedade ou serviço público, os antecedentes
no exercício da função.

Art. 65 - As penalidades de suspensão do exercício da função e de destituição do mandato poderão ser


aplicadas ao Conselheiro Tutelar nos casos de descumprimento de suas atribuições, prática de crimes que
comprometam sua idoneidade
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desatualizado. comseu
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confiança para
outorgada
ter maispela
comunidade.
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Parágrafo Único - De acordo com a gravidade


Atualizar da conduta
navegador Ignorar ou para garantia da instrução do
procedimento disciplinar, poderá ser determinado o afastamento liminar do Conselheiro Tutelar até a
conclusão da investigação.

Art. 66 - O processo disciplinar para apurar os fatos e aplicar as penalidades ao Conselheiro Tutelar que
praticar falta funcional será conduzido por uma Comissão Especial, criada especificamente para este fim,
através de ato do COMCAD e do Poder Executivo, com os seguintes membros:

I - 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Município, que deverá assessorar a Comissão;

II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Assistência Social;

III - 2 (dois) representantes do COMCAD, sendo um governamental e outro não-governamental.

Art. 67 - O processo disciplinar terá início mediante peça informativa escrita de iniciativa de membro do
COMCAD, do Ministério Público ou de qualquer interessado, contendo a descrição dos fatos e, se possível,
a indicação de meios de prova dos mesmos.

Art. 68 - Instaurado o processo disciplinar, o indiciado será citado pessoalmente, com antecedência
mínima de 72 (setenta e duas) horas, para ser interrogado.

§ 1º Esquivando-se o indiciado da citação, será o fato declarado por 2 (duas) testemunhas, e dar-se-á
prosseguimento ao processo disciplinar à sua revelia. Se citado, deixar de comparecer, o processo
também seguirá.

§ 2º Comparecendo o indiciado, assumirá o processo no estágio em que se encontrar.

Art. 69 - Após o interrogatório o indiciado será intimado do prazo de 3 (três) dias úteis para apresentação
de defesa prévia, em que poderá juntar documentos, solicitar diligências e arrolar testemunhas, no
número máximo de 3 (três).

Art. 70 - Na oitiva das testemunhas, primeiro serão ouvidas as indicadas na denúncia e as de interesse da
Comissão, sendo por último as arroladas pela defesa.

Parágrafo Único - O indiciado será intimado das datas e horários das audiências, podendo se fazer
presente e participar.

Art. 71 - Concluída a instrução de o processo disciplinar, o indiciado será intimado do prazo de 10 (dez)
dias para a apresentação de defesa final.

Parágrafo Único - Encerrado o prazo, a Comissão emitirá relatório conclusivo no prazo de 10 (dez)
dias, manifestando-se quanto à procedência ou não da acusação, e no primeiro caso, sugerindo ao
COMCAD a penalidade a ser aplicada, o qual deverá ser encaminhado ao Prefeito Municipal para
cumprimento, quando necessário.

Havendo indícios da prática de crime por parte do Conselheiro Tutelar, a Comissão Especial
Art. 72 -
comunicará o fato ao Ministério Público para adoção das medidas legais.

Art. 73 - Os suplentes serão convocados nos seguintes casos:


I - férias do titular;da web (Chrome 109) está desatualizado. Atualize seu navegador para ter mais
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II - quando as licenças a que fizerem jus os titulares excederem a 15 (quinze) dias;
Atualizar navegador Ignorar
III - no caso de renúncia do titular;

IV - falecimento;

V - condenação e/ou afastamento.

§ 1º Reassumindo o titular, encerra-se a convocação do suplente o qual retornará à sua classificação


no certame de sua escolha ficando à disposição de nova convocação.

§ 2º O suplente de Conselheiro Tutelar perceberá a remuneração e os direitos decorrentes do


exercício do cargo quando substituir o titular.

§ 3º A convocação do suplente obedecerá à ordem resultante da eleição do respectivo Conselho


Tutelar.

§ 4º Caso o conselheiro tutelar suplente convocado não assumir temporariamente a função, este
perderá sua classificação no certame de sua escolha.

Art. 74 - O conselheiro candidato a outro cargo eletivo deverá renunciar de sua função, assumindo o
suplente.

Art. 75 - O COMCAD deverá estabelecer, em conjunto com o Conselho Tutelar, uma política de
qualificação profissional permanente dos seus membros, voltada à correta identificação e atendimento
das demandas inerentes ao órgão.

§ 1º A política referida no caput compreende o estímulo e o fornecimento dos meios necessários para
adequada formação e atualização funcional dos membros dos Conselhos e seus suplentes, o que inclui,
dentre outros, a disponibilização de material informativo, realização de encontros com profissionais que
atuam ou com formação na área da infância e juventude e patrocínio de cursos e palestras sobre o tema.

TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 76 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Penha, 09 de novembro de 2012.

Evandro Eredes dos Navegantes


Prefeito Municipal

Registrada e publicada a presente Lei na Secretaria da Administração, aos onze dias do mês de novembro
do ano de 2012.

Rafael Celestino
Secretário da Administração
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