Hcor Protocolo de Dor
Hcor Protocolo de Dor
Hcor Protocolo de Dor
Protocolo de dor
Sumário
1. Objetivo 04
2. Definições/Nomenclatura 05
3. Protocolo 07
3.1. Avaliação da Dor 07
3.2. Tratamento Farmacológico da Dor 12
3.2.1. Analgésicos não opiáceos e AINES 13
3.2.2. Analgésicos opiáceos 15
3.2.2.1. Efeitos colaterais do opióides, profilaxia e tratamento 17
3.2.2.2. Avaliação da sedação dos pacientes em uso de opiáceos 18
3.2.3. Drogas Adjuvantes 18
3.2.4. Sugestão de Analgesia para Prescrição pelo Corpo Clínico do Hcor 20
3.2.5. Avaliação clínica da resposta terapêutica 21
3.3. Situações Especiais 23
3.3.1. Dor neuropática 23
3.3.2. Dor oncológica 26
3.3.3. Manejo da dor pós-operatória 27
3.4. Manejo da Equipe Multiprofissional 31
3.4.1. Fisioterapia 31
3.4.2. Psicologia 32
3.4.3. Nutrição 32
3.4.4. Enfermagem 34
4. Legislação e Normas 36
5. Referências Bibliográficas 36
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1. Objetivo
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Protocolo de dor
2. Definições / Nomenclatura
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DOR CRÔNICA: não tem a função biológica de
alerta. O termo crônico refere-se à dor que se
mantém além do tempo normal de cura. A dor
crônica é patológica, causada por lesão do tecido
nervoso. Geralmente, a dor é considerada crônica
quando dura ou recorre por mais de 3 a 6 meses.
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Protocolo de dor
3. Protocolo
Dor é uma experiência psíquica e/ou sensorial desagradável, associa-
da ou não com lesão tecidual real ou potencial ou descrita nesses termos
(IASP – Internacional Association of Study of Pain).
Há um consenso mundial de que a dor deva ser o quinto sinal vital, jun-
tamente com a pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória
e temperatura.
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Quando houver a manifestação de dor, a equipe de enfermagem deve
identificar o início, localização, intensidade, irradiação, duração e aspecto
(figura 1) e contatar o médico/equipe responsável pelo paciente, sugerindo
iniciar o tratamento conforme o texto anexo, ou iniciar a terapêutica já es-
colhida pela equipe, na prescrição médica.
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Protocolo de dor
Escala Numérica-Verbal
É utilizada em crianças acima de 6 anos e adultos alfabetizados sem li-
mitações cognitivas onde deverá ser questionado a nota para sua dor de 0
a 10, sendo que 0 é nenhuma dor e 10 a maior dor que já sentiu (figura 2).
Escala de Faces
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Escala comportamental ou BPS (Behavioural Pain Scale) avalia ador em pacientes adultos
críticos, sedados, inconscientes ou com difi-culdade de comunicação sob VENTILAÇÃO
MECÂNICA INVASIVA;Essa escala deve ser usada em conjunto com a avaliação de seda-
ção para diferenciar estímulo doloroso de sedação superficial.
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Protocolo de dor
Escala de PAINAD
Classificação
0 pontos - Sem dor
7 a 10 pontos - Dor forte
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3.2. Tratamento Farmacológico da Dor
DOR LEVE
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Protocolo de dor
Figura 5. Escada analgésica da OMS: Adaptado – Pereira JL, Gestão da dor Oncológica. In: Barbosa,
A, Neto I, editores. Manual de Cuidados Paliativos. Lisboa: Núcleo de Cuidados Paliativos / Centro de
Bioética da Faculdade de Medicina de Lisboa; 2006. p. 61-113.
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Tabela 4. Analgésicos não-opiáceos disponíveis e anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs): Dosagem usual para adultos com dor ou inflamação
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Protocolo de dor
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3.2.2.1 Efeitos colaterais do opióides, profilaxia e
tratamento
O uso de opióides pode ocasionar alguns efeitos colaterais:
Constipação:
Náuseas:
Sedação:
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Protocolo de dor
Prurido:
Retenção urinária:
Ações no SNC:
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3.2.2.2 Avaliação da sedação dos pacientes em uso de
opiáceos
Avaliação do grau de sedação do paciente e orientação do risco de
depressão respiratória deverá ser feito pela escala de RASS:
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Protocolo de dor
São eles:
a) Antidepressivos Tricíclicos: iniciar com Amitriptilina 25mg ou Imiprami-
na 10mg.
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3.2.4 Sugestão de Analgesia para Prescrição pelo Corpo
Clínico do Hcor
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Protocolo de dor
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Figura 6. Organograma para tratamento da dor aguda e pós-operatória de difícil controle
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Protocolo de dor
Recomendações:
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2. Considere o tramadol apenas se for necessária uma terapia de res-
gate aguda
3. Considere creme de capsaicina ou lidocaína tópica para pessoas
com neuropatia localizada que desejam evitar, ou que não podem tolerar,
tratamentos orais.
4. Oferecer carbamazepina como tratamento inicial para a neuralgia
do trigêmeo. Se o tratamento inicial com carbamazepina não for eficaz, não
tolerado ou contraindicado, considere procurar o encaminhamento pre-
coce para o grupo de dor Hcor.
5. Em casos de ineficácia analgésica considerar injeção de toxina bot-
ulínica.
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Protocolo de dor
DNP= dor neuropática periférica. BTX-A = toxina botulínica tipo A. Fonte: Lancet Neurol. 2015 Feb-
ruary; 14(2): 162–173.
*Medicamentos não padronizados pela Farmácia Hcor – vide POP 0337 para solicitação.
1- Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina, clomipramina) não são recomendadas
em dosagens> 75 mg/dia em adultos idosos, devido aos seus principais efeitos colaterais anticolinérgi-
cos e sedativos e risco potencial de quedas. Um risco aumentado de morte súbita cardíaca foi relatado
para doses> 100 mg por dia.
2- A segurança a longo prazo de aplicações repetidas de adesivos de alta concentração de cap-
saicina em pacientes não foi claramente estabelecida, particularmente no que diz respeito à degener-
ação das fibras nervosas epidérmicas, o que pode ser uma preocupação na neuropatia progressiva.
Neuromodulação:
•Estimulação elétrica
•Bomba de Infusão: medicações por via intratecal
B) Irreversível
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Adjuvantes:
•TENS
•Acupuntura
•Hipnose
•Termoterapia
•Massoterapia
•Psicoterapia breve comportamental
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Protocolo de dor
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Protocolo de dor
Figura 7: Pacientes livres de opióide - Inicio de tratamento com opióides de ação curta
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Figura 8: Pacientes tolerantes a opióide - Inicio de tratamento com opióides de ação curta
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Protocolo de dor
3.4.1 Fisioterapia:
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3.4.2 Psicologia:
Intervenções psicológicas podem se dar tanto no contexto de dor aguda
quanto no de dor crônica, contribuindo diretamente no enfrentamento do
processo de adoecimento e hospitalização e reduzindo o desenvolvimento
de sintomas depressivos e ansiosos.
- dor de difícil controle, uma vez que quadros emocionais podem estar
interferindo/exacerbando a experiência de dor (por. ex. catastrofização da
dor);
3.4.3 Nutrição:
As intervenções da Equipe da Nutrição têm como objetivos nutricionais
do paciente com dor: manter ou adequar estado nutricional do paciente
com dor, minimizar o desconforto deste paciente, no momento de se ali-
mentar, adequar à consistência da dieta de acordo com a aceitação do pa-
ciente, acompanhar a aceitação alimentar de pacientes com dor crônica,
garantir aporte calórico/proteico do paciente e auxiliar na prevenção e trat-
amento dos efeitos adversos dos fármacos utilizados.
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Protocolo de dor
Constipação
Xerostomia
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- Indicar utilização de sachês flavorizantes (Quench®), que auxiliam na
diminuição da sensação de sede.
Disgeusia
Náuseas
3.4.4 Enfermagem:
A dor pode, comumente, fazer parte da experiência do paciente. A dor
sem alívio tem efeitos físicos e psicológicos ruins. A enfermagem tem pro-
cessos estabelecidos para gerenciar adequadamente a dor, descritas em
detalhes no POP1279
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Protocolo de dor
4. Reavaliação da dor;
5. Registro adequado;
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4. Legislação e Normas
Roll ANS Janeiro de 2016 / DUT (ANS)
5. Referências Bibliográficas
1. McQuay H: Drug treatment of chronic pain. Em: C. F. Stannard, E.
Kalso, J Ballantyne. Evidence-Based Chronic Pain Management. Pp 424-
433, Wiley-Blackwell, West Sussex, UK 2012.
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Protocolo de dor
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19. MORETE, M.C; BRANDÃO, E. Gerenciamento da Dor e a Enferma-
gem. Casa do novo autor, São Paulo, 2017.
21. Stein C, Eibel B, Sbruzzi G, Lago PD, Plentz RDM Electrical stimu-
lation and electromagnetic field use in patients with diabetic neuropathy:
systematic review and meta-analysis. Brazilian Journal of Physical Therapy
2013 Mar-Apr;17(2):93-104.
24. Ward MM, Deodhar A, Akl EA, Lui A, Ermann J, Gensler LS, Smith
JA, Borenstein D, Hiratzka J, Weiss PF, Inman RD, Majithia V, Haroon N,
Maksymowych WP, Joyce J, Clark BM, Colbert RA, Figgie MP, Hallegua DS,
Prete PE, Rosenbaum JT, Stebulis JA, van den Bosch F, Yu DT, Miller AS,
Reveille JD, Caplan L American College of Rheumatology/Spondylitis As-
sociation of America/Spondyloarthritis Research and Treatment Network
2015 recommendations for the treatment of ankylosing spondylitis and
nonradiographic axial spondyloarthritis. Arthritis & Rheumatology 2016
Feb;68(2):282-298.
25. Hochberg MC, Altman RD, April KT, Benkhalti M, Guyatt G, Mc-
Gowan J, Towheed T, Welch V, Wells G, Tugwell P. American College of
Rheumatology 2012 recommendations for the use of nonpharmacologic
and pharmacologic therapies in osteoarthritis of the hand, hip, and knee.
Arthritis Care & Research 2012 Apr;64(4):465-474.
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Protocolo de dor
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Anexos
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Responsável Técnico
Dr. Gabriel Dalla Costa - CRM 204962
V.2108
Hcor Complexo Hospitalar / Medicina Diagnóstica – Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 – São Paulo – SP
Hcor – Edifício Dr. Adib Jatene: Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 130 – São Paulo – SP
Hcor Medicina Diagnóstica – Unidade Cidade Jardim: Av. Cidade Jardim, 350 – 2º andar – São Paulo – SP
Hcor Onco – Clínica de Radioterapia: Rua Tomás Carvalhal, 172 – São Paulo – SP
Hcor – Consultórios: Rua Abílio Soares, 250 – São Paulo – SP
Tels.: Geral: (11) 3053-6611 – Central de Agendamento: (11) 3889-3939 – Pronto-Socorro: (11) 3889-9944
hcor.com.br