Trabalho de BEE - 032903
Trabalho de BEE - 032903
Trabalho de BEE - 032903
SEMI-CONDUTORES
ELEMENTOS DE JUNÇÃO
ELEMENTOS DE VOLUME
MOÇÂMEDES
2023
AUTORES
DOMINGOS CHICO
HELDER DORIVALDO SANTIAGO
JELZEMAR FERNANDES EKUIKUI MATALA DO ROSÁRIO
LEONARDO SANGONDA SECANDO
PAULINO JULIO KAHOSSI
RUI MANUEL
SEVERINO CHIMUCO
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RESUMO
Os materiais podem ser caraterizados como isolantes, quando não conduzem a corrente
elétrica, por exemplo a borracha e a cerâmica; como condutores, quando conduzem
facilmente a corrente elétrica que por eles circula, por exemplo o cobre; e como
semicondutores que assumem caraterísticas entre os materiais isolantes e os materiais
condutores. Os materiais semicondutores mais usados são o germânio (Ge) e o silício (Si). O
germâ- nio é um elemento frágil de cor branco-acinzentada. O silício é um elemento não
metálico, abundante na natureza, na areia, quartzo ou cristais, de cor branca e, algumas vezes,
como dióxido de silício, também designado por sílica. Os semicondutores servem,
fundamentalmente, como materiais básicos à construção de alguns dos mais importantes
componentes eletrónicos, como por exemplo os díodos, transístores e circuitos integrados.Os
dispositivos semicondutores são extremamente pequenos, bastante leves, com consumos de
potência muito baixos e com alta eficiência e segurança. Com a evolução tecnológica obtém-
se uma maior capacidade de integração, conseguindo-se colocar num único circuito integrado
milhares de componentes que podem ser díodos, transístores, resistências ou condensadores.
Podemos também referir vantagens como a capacidade de operação a tensões reduzidas, na
ordem de 1 a 25 Volts, a sua reduzida dimensão, a sua robustez, bem como o menor custo,
devido à possibilidade de produção em série. A principal desvantagem é a sua alterabilidade
com a temperatura, deteriorando-se se for ultrapassado o limite da sua potência.
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Índice
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 5
Justificativa ...................................................................................................................................... 6
Objetivos ......................................................................................................................................... 6
Objetivo geral .................................................................................................................................. 6
Objetivo especifico .......................................................................................................................... 6
Campo de acção .............................................................................................................................. 6
Exemplo de uma célula unitária de silício: ...................................................................................... 8
Semicondutores tipo P e tipo N ..................................................................................................... 10
Semiconductores extrínsecos do tipo N........................................................................................ 10
Semicondutores extrínsecos do tipo P ........................................................................................... 10
Junção PN...................................................................................................................................... 10
Díodo de junção ............................................................................................................................ 12
Polarização direta .......................................................................................................................... 12
Polarização inversa........................................................................................................................ 13
Conclusão ...................................................................................................................................... 14
Referencias bibliográficas ............................................................................................................. 15
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho faz uma abordagem das diversas junções dos semicondutores e seus
elementos de junção e volume, sem, no entanto, entrar muito a fundo nos dispositivos que
as utilizam. A condutividade elétrica de um semicondutor ou isolante é altamente
dependente das condições ambientais, tais como temperatura, radiação luminosa, pressão,
campo magnético e pureza do material.A razão do diferente comportamento entre metais e
semicondutores é que os metais contém um numero constante de portadores móveis de
carga em todas temperaturas e semicondutores não. Em um semicondutor puro, para que os
portadores se tornem livres, as cargas devem ser ativadas. Essa ativação requer alguma
energia, que pode vir, por exemplo, da agitação térmica.
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Justificativa
A invenção do transístor, o estudo da Eletrônica tem-se concentrado cada vez mais no projeto
e utilização dos dispositivos semicondutores. Os dispositivos semicondutores são
constituídos por junções de diferentes tipos, também chamadas de blocos construtivos de
dispositivos e esses todos elementos são de grande importância para se entender o
funcionamento dos aparelhos eletrónicos utilizados atualmente.
Objetivos
Objetivo geral
Conhecer os semicondutores
Objetivo especifico
Campo de acção
Eletrónica de Potência.
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Os dispositivos semicondutores são constituídos por junções de diferentes tipos, Estas
junções, também chamadas de blocos construtivos de dispositivos, podem ser dos seguintes
tipos: junção PN (tipo homojunção), heterojunção, junção metal-semicondutor e junção
MOS (metal-óxido-semicondutor), sendo esta última, na verdade, formada por uma junção
metal-óxido e uma junção óxido-semicondutor ( Barros, 2007).
Segundo Matias Ramalho, a dopagem é um processo químico no qual átomos estranhos são
introduzidos na estrutura cristalina de uma substância.
Em um cristal semicondutor a dopagem é geralmente realizada para alterar suas propriedades
elétricas.
Existem dois tipos de materiais semicondutores, tipo N e tipo P, que dependem do tipo de
impureza introduzida na rede.
Na homojunção PN temos uma interface de transição, dentro de um mesmo semicondutor,
entre uma região tipo P e outra região tipo N.
Na heterojunção, um material semicondutor é crescido sobre um outro material
semicondutor. Como cada material semicondutor tem uma faixa de energia proibida
característica, teremos na heterojunção obrigatoriamente descontinuidades nas bandas de
valência e/ou de condução (normalmente em ambas).
A junção metal-semicondutor é constituída pelo contato de um metal com a superfície de
um semicondutor. Todo dispositivo requer contatos elétricos com seu meio externo.
A junção MOS por sua vez constitui uma junção com duas interfaces, sendo ela a estrutura
básica de transístores de efeito de campo tipo MOS ou MOSFET.
De uma maneira geral os materiais podem ser divididos em:
Isolantes Condutores
Semicondutores
Os materiais sólidos podem ser divididos em classes principais, conforme a
Distribuição atómica da estrutura.
Cristais
Policristais Amorfos
Nosso interesse principal está nos semicondutores cristalinos (silício) e no estudo dos
elementos de volume e junção formados por ele.
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fig.1- Tabela da condutibilidade de alguns materiais.
(Fonte da Figura: A. Silva Pereira, Mário Águas, Rogério Baldaia, Eletrónica (2.º volume), Porto
Editora)
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Fig.2- estrutura cristalina do silício
(Fonte da Figura: A. Silva Pereira, Mário Águas, Rogério Baldaia, Eletrónica (2.º volume), Porto
Editora)
Bandas de energia:
O grau de condutividade é determinado pela estrutura de bandas de energia de um sólido.
Se um sólido é um condutor, um semi-condutor ou um isolante depende do preenchimento
da banda de Valencia e da energia de gap entre as camadas de valência e de condução.
Metal
Observa-se a superposição de bandas de energia
Semicondutor
Na temperatura de 0 K a banda de energia repleta com elétrons mais alta é chamada de banda
de valência e a próxima banda é chamada de banda de condução.
Isolante
O nível proibido é grande demais para ser transposto.
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Semicondutores tipo P e tipo N
Junção PN
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semicondutor extrínseco tipo N e um tipo P. Este comportamento será estudo em detalhe de
seguida.
A junção PN é a junção básica dos díodos bem como uma das junções integrantes da
grande maioria dos dispositivos semicondutores. A física envolvida no entendimento da
junção PN é também fundamental para entender outras junções, bem como, para entender
os diferentes dispositivos semicondutores. Daí a importância da ênfase dada ao estudo desta
junção. A junção PN é formada por um bloco semicondutor onde temos a junção de uma
região P com uma região N.
A fronteira entre os materiais do tipo N e tipo P designa-se por junção PN. Esta junção
é a base dos componentes eletrónicos: díodos, transístores de junção bipolar, transístores de
efeito de campo, dispositivos de eletrónica de potência, como o Tirístor, Triac, Diac, IGBT
e Circuitos Integrados.
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À temperatura de 25° C, o potencial de barreira é aproximadamente igual a 0,3 V nos
semicondutores de germânio e 0,7 V nos semicondutores de silício.
Díodo de junção
Polarização direta
Se o terminal positivo do gerador for ligado ao lado do semicondutor tipo P e o terminal
negativo ao lado do semicondutor do tipo N, os eletrões do terminal negativo são lançados
no material tipo N e difundem-se através da junção. Desta forma, a barreira de potencial
torna- -se mais estreita, uma vez que alguns destes portadores maioritários se combinam com
iões e a barreira de potencial diminui. Os eletrões da região tipo N, portadores maioritários,
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podem facilmente atravessar a junção e movimentar- -se através do material tipo P até ao
terminal positivo do gerador. O processo inverso dá-se com lacunas do material tipo P. Ao
contrário, o movimento dos portadores minoritários, lacunas da região N e eletrões da região
P, é dificultado. O fluxo dos maioritários, eletrões e lacunas é assim elevado enquanto
tivermos aplicada uma tensão externa de polarização direta.
Polarização inversa
Se pelo contrário, for ligado o terminal positivo do gerador ao lado N e o terminal negativo
ao lado P, teremos a junção inversamente polarizada. O fluxo de corrente é bastante
diminuto.
Nesta situação, os eletrões livres, portadores maioritários do material tipo N, são atraídos
em direção ao terminal positivo do gerador e, portanto, afastam-se da junção.
Simultaneamente, as lacunas, portadores maioritários do lado P, são atraídas pelo pólo
negativo do gerador e afastam-se também da junção, aumentando consequentemente a
barreira de potencial.
A intensidade de corrente é então muito pequena e devida unicamente aos portadores
minoritários, ou seja, os eletrões da zona P, que são atraídos pelo pólo positivo do gerador,
e as lacunas da zona N, que são atraídas pelo pólo negativo do gerador. Os valores típicos
desta corrente são da ordem dos μA para o Ge e da ordem dos nA para o Si.
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Conclusão
A junção ou contato metal-semicondutor é de fundamental importância para dispositivos
eletrônicos, pois é ela que permite a formação da conexão do dispositivo semicondutor com
o mundo vizinho e/ou externo, incluindo a formação das interconexões entre dispositivos
dentro do circuito integrado. Além de conexões com e entre dispositivos, a junção metal-
semicondutor pode também constituir a parte intrínseca de alguns tipos de dispositivos. As
junções metal-semicondutor podem apresentar comportamento de contato ôhmico (relação
I-V linear e simétrica em torno de V=0 e com baixa resistência elétrica, ou seja, quase uma
reta vertical, passando pela origem) ou de contato tipo retificador (conduz corrente para
polarização direta e praticamente não conduz corrente para polarização reversa).
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Referencias bibliográficas
A. Silva Pereira, Mário Águas, Rogério Baldaia, Eletrónica (2.º volume), Porto Editora,
ISBN 972-0-33052-5
C.R. Paul, S.A. Nasar, L.E. Unnewehr, “Introduction to Electrical Engineering – Segunda
edição”, McGraw-Hill International Editions, ISBN 0-07-011322-X, 1992
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