Literatura Infantil Na Alfabetização e Letramento
Literatura Infantil Na Alfabetização e Letramento
Literatura Infantil Na Alfabetização e Letramento
E LETRAMENTO
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 4
6. REFERÊNCIAS .................................................................................... 32
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
Enfim, seja como pretexto para realização de exercícios gramaticais, seja por
meio de modelos de análise literária ou para desenvolver o gosto pela leitura, não
há como secundarizar a relação entre escola e literatura infantil, sobretudo quando
nos propomos a enriquecer seu processo de letramento e alfabetizar as crianças.
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1. A LITERATURA INFANTIL
1.1 Conceito
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Para melhor elucidar esse conceito da literatura infantil, vamos refletir sobre
as palavras da professora Graça Paulino:
Assim, a produção literária, tanto a voltada para o público adulto quanto para
o infantil, deve atender a determinadas critérios, afinal, não eles que distinguem o
texto literário do texto não literário. Você já deve ter reparado que alguns textos
diferem de outros em muitos aspectos: uma receita de bolo não é redigida da
mesma maneira que uma notícia de jornal, assim como uma notícia de jornal
também não é escrita da mesma maneira que um poema. Então, o que caracteriza
um texto como receita de bolo, notícia do jornal ou poema? A resposta é a forma. A
literatura é a arte da palavra? Sim! A literatura também é um tipo de arte. Vamos
pensar nessa arte? Alguns textos apresentam características muito especiais. Estes
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Em segundo lugar, a infância como uma certa etapa etária imobilizada num
conceito demarcado veio a ser idealizada. Tratados de pedagogia foram escritos
para assegurar sua singularidade, e o recurso à fragilidade biológica do infante o
fundamento da diferença em relação ao período adulto. Assim, um fator de ordem
fisiológica e transitória determina uma teoria sobre a dependência da criança, o que
legitima o estreito vinculo dessa aos mais velhos. Enquanto isto, sua falta de
experiência existencial converte-se no sintoma de uma inocência natural que tanto
se deve preservar idealmente, sobretudo em ensaios teóricos de cunho científico,
como destruir aos poucos, por meio da ação pedagógica predatória, que justifica a
necessidade de preparar os pequenos para os duros embates com a realidade.
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vida comunitária, já que todos são obrigados a ficar de costas uns para os outros,
de frente apenas para um alvo investido de autoridade - o professor.
Não por acaso foi a burguesia ascendente dos séculos XVIII e XIX a
patrocinadora da expansão e aperfeiçoamento do sistema escolar. Tanto é
responsável por sua estruturação claustral, como pela elaboração do conjunto de
ideias que justifica a validade da educação e suas principais concepções e
atividades - a pedagogia. Com isso, solidifica o processo desencadeado pela
valorização da infância e difusão de seu conceito moderno, assim como acentua o
caráter diferenciado dela, em sua dependência e fragilidade, o que assegura a
posterior necessidade de proteção. Enfim, sonegando o direito de expressão aos
menores, capacita-se a transmissão do conhecimento e seus meios de
manifestação segundo a óptica adulta. Por isso, pode postular como imprescindível
a posse de um tipo de saber que a criança não tem, o que, mais uma vez, garante-
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Nessa medida, também a obra literária pode reproduzir o mundo adulto: seja
pela atuação de um narrador que bloqueia ou censura a ação de suas personagens
infantis; seja pela veiculação de conceitos e padrões comportamentais que estejam
em consonância com os valores sociais prediletos; seja pela utilização de uma
norma linguística ainda não atingida por seu leitor, devido à falta de experiência
mais complexa na manipulação com a linguagem.
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que o coloca como ser também passivo, porque jogado num sistema sobre o qual
não exerce o controle dos aparelhos vinculados ao poder.
2. O CONCEITO DE LETRAMENTO
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(SOARES, 1998, p. 17). No caso da língua portuguesa, à palavra letra, que também
se origina do latim littera, foi acrescentado o sufixo –mento, que denota o resultado
de uma ação. Assim, letramento é, segundo Soares (1998, p. 18), “[...] o resultado
da ação de ensinar ou aprender a ler e escrever: o estado ou condição que adquire
um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da
escrita”.
Isso significa que, um adulto pode não saber ler e escrever, mas ser, em
certa medida, letrado. O mesmo pode ocorrer com a criança que ainda não foi
alfabetizada, mas que tem oportunidade de folhear livros, de brincar de escrever, de
ouvir histórias. Para Soares (1998, p. 24), “[...] essa criança é ainda “analfabeta”,
porque não aprendeu a ler e a escrever, mas já penetrou no mundo do letramento,
já é, de certa forma, letrada”, como o João – personagem criado por Ruth Rocha –
que apesar de ser ainda não saber ler e escrever, aprendeu por 14745 intermédio
das orientações de sua mãe, que as placas nas esquinas indicam os nomes das
ruas e facilitam a localização das pessoas:
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Isto quer dizer que o indivíduo letrado, “[...] é não só aquele que sabe ler e
escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a
escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita”
(SOARES, 1998, p. 39-40).
3. O CONCEITO DE ALFABETIZAÇÃO
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Contudo, a autora alerta para os riscos que advém desse movimento. Ele
pode ser um retrocesso se o processo de alfabetização for tratado separado do
processo de letramento. É necessário, então, recuperar a especificidade da
alfabetização, desde que se reconheça a relação de indissociabilidade e
interdependência existente entre ela e o processo de letramento. Isto quer dizer a
aprendizagem da escrita deve ser encaminhada de tal forma que as crianças
aprendam a ler e a escrever em situações que considerem as finalidades dessa
linguagem e seu impacto na vida social, como aconteceu com o João que ao sair da
escola, procurou nas placas, letreiros de lojas e outdoors, as letras que a professora
havia ensinado.
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No dia seguinte, cedo, João foi para o colégio. Quando chegaram na esquina
a mãe de João falou:
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- Eu olho o que está escrito na placa: RIO BONITO. (ROCHA, s/d, p. 8).
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Se a escola tem por objetivo ensinar como a língua funciona, deve incentivar
a fala e mostrar como ela funciona. Na verdade, uma língua vive na fala das
pessoas e só aí se realiza plenamente. A escrita preserva uma língua como
um objeto inanimado, fossilizado. A vida de uma língua está na fala.
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Por isso, o clima instalado após a leitura deve favorecer o diálogo e permitir
que as crianças façam comentários. Segundo Maia (2007, p. 83), “o diálogo e os
comentários sobre as leituras realizadas são necessários para que haja troca de
informações, confronto de opiniões, comunhão de ideias, exposição de valores e,
consequentemente, desenvolvimento dos sujeitos envolvidos no processo”. O
importante salienta Kleiman (1995), é que o conteúdo desses diálogos se estenda a
outros contextos, aproximando a história às experiências das crianças e permitindo-
lhes fazer inferências.
Por isso o uso da linguagem oral, escrita, e lida deve sempre estar num
contexto significativo para a criança. O ato de representar a comunicação por meio
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da fala oralizada, por meio da escrita, por meio do gesto, demanda uma valorização
maior no ambiente escolar. A escrita não se sobrepõe a fala ou ao gesto, elas se
complementam e fazem parte da aprendizagem do mundo social e letrado. Segundo
Ferreiro (2011, p. 16-17)
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6. REFERÊNCIAS
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ROCHA, Ruth. O menino que aprendeu a ver. São Paulo: Quinteto Editorial,
s/d.
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