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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA


BRIGADA MILITAR
DEPARTAMENTO DE ENSINO

UFAF
DECISÃO DE TIRO – 3HA
Instrutores:
Major Marcelo Domingos Paese – CRPO Planalto
Major Daniel Marobin- DE/EsFES Osório
Capitã Nedia Debora de Avila Giacomini - CRPOFNO/37ºBPM
1º Ten QTPM Renato de Souza - CRPOFNO/37ºBPM
Decisão de tiro

Cronograma da Disciplina:
Legislação e conceitos;
Uso diferenciado da força;
Processo de tomada de decisão e filtros de ameaça;
Regras de segurança no emprego de armas de fogo;
Apresentação de debate com vídeos.
Legislação
• Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;

• Declaração Universal dos Direitos Humanos;

• Convenção Americana dos Direitos Humanos;

• Constituição Federal 1988, Art. 5º;

• Código Penal Art. 23º e 25º;

• Portaria Interministerial 4226/10;

• Lei nº 13.060/14.
Princípios para ação policial
Princípio da Conveniência: A força não poderá ser empregada quando, em função do contexto,
possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais pretendidos. Deve haver a
oportunidade e uma aceitação razoável da ação, dentro do contexto, ainda que presentes os demais
princípios.
Princípio da Proporcionalidade: O nível de força deve ser compatível com a gravidade da ameaça
representada pela ação do infrator, e com o objetivo legal pretendido.
Princípio da Necessidade: Determinado nível de força só pode ser empregado quando níveis de
menor intensidade não forem suficientes, para atingir os objetivos legais pretendidos
Princípio da Legalidade: Os agentes de segurança pública só poderão utilizar a força para a
consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei.
Princípio da Moderação: Tem como objetivo conter os excessos, quando do uso da força e da arma
de fogo. Durante a intervenção, o agente deve atuar no controle das variáveis específicas de
intensidade e duração.
Conceituação
• Força: Intervenção coercitiva imposta a pessoa ou grupo de
pessoas por parte do agente de segurança pública com a finalidade
de preservar a ordem pública e a lei.
• Nível do uso da força: Intensidade da força escolhida pelo agente
de segurança pública em resposta a uma ameaça real ou potencial.
• Uso progressivo/diferenciado da força: Seleção apropriada do nível
de uso da força em resposta a uma ameaça real ou potencial visando
limitar o recurso a meios que possam causar ferimentos ou mortes.
Conceituação
• Técnicas de menor potencial ofensivo: Conjunto de procedimentos
empregados em intervenções que demandem o uso da força, através do uso de
instrumentos de menor potencial ofensivo, com intenção de preservar vidas e
minimizar danos à integridade das pessoas.
• Armas, Munições e Equipamentos de Menor Potencial Ofensivo: Armas,
munições e artefatos projetados e/ou empregados, especificamente, com a
finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas,
preservando vidas e minimizando danos à sua integridade.
• Equipamentos de proteção: Todo dispositivo ou produto, de uso individual
(EPI) ou coletivo (EPC) destinado à redução de riscos à integridade física ou à
vida dos agentes de segurança pública.
Decisão De Tiro

Modelo de Uso da Força é um recurso visual padrão, traduzido


normalmente num gráfico, esquema ou desenho de configuração
bastante simples, ilustrado, ou não, indicando aos Agentes de
Segurança Pública o tipo e a quantidade de força legal a ser
utilizada contra uma pessoa que resista a uma ordem, abordagem
ou intervenção de um Agente de Segurança Pública.
Uso Diferenciado da Força (UDF) – Modelo Fletch
Escala de Proporcionalidade – FLETC
Aplicado pelo Federal Law Enforcement Training Center, Glynco - Geórgia, EUA.
Centro de Treinamento Policia Federal de Glynco, Ge.

SITUAÇÃO COMPORTAMENTO MEIO MODERADO


CONCORDÂNCIA INTERAÇÃO VERBAL VERBALIZAÇÃO

RESISTÊNCIA PASSIVA INTERAÇÃO DE USO DO CORPO E DAS


CONTATO MÃOS EM CONTATO

RESISTÊNCIA ATIVA FORÇA FÍSICA USO DO CORPO, ALGEMAS,


BASTÃO, GÁS, TÉCNICAS DE
IMOBILIZAÇÃO
AGRESSÃO NÃO LETAL FORÇA NÃO LETAL CORPO, BASTÃO, ALGEMAS,
GÁS, ARMAS E MUNIÇÕES
MENOS LETAIS, TECNICAS DE
IMOBILIZAÇÃO E DEFESA
PESSOAL, ARMAS DE ENERGIA
CONDUZIDA TASER, SPARK
AGRESSÃO LETAL FORÇA LETAL ARMAS DE FOGO

OCORRÊNCIA ALTO RISCO GERENCIAMENTO E CONJUNTO DE RECURSOS


NEGOCIAÇÃO
Nível de Força Seletiva
• Ação de Presença
Situação rotineira de patrulhamento, não havendo a necessidade de
intervenção policial;

• Situação de Normalidade Social


A mera presença do policial, muitas vezes, será o bastante para
conter um crime ou contravenção ou ainda para prevenir um futuro
crime em algumas situações.
Decisão de Abordagem Policial

• A abordagem a pé e motorizada constitui o principal fator da


geração de situações de resistência;
• A abordagem é a técnica principal para realizar a manutenção da
ordem pública e ou a prisão em flagrante;
• Na decisão de abordagem, todo procedimento deverá ser seguro e
organizado:
• SUSPEITO FUNDADO x suspeito intuito;
Suspeito Cooperativo
Nível de força:

Verbalização
• O suspeito é submisso as determinações policiais. Não oferece
resistência;
• Baseia-se na ampla variedade de habilidades de comunicação por
parte do Policial.
Exemplos de Verbalização e Voz de Comando

• Polícia mostre as mãos devagar !


• Parado! para ! estaciona !
• Mãos na cabeça! mostre as mãos ! mãos para fora !
• Solta a mochila! larga a arma! larga !
• Larga a faca! larga isso! solta isso!
• Vire-se de costas! mãos na parede!
• Larga a arma ou vou disparar !!
Suspeito Apresenta Resistência Passiva E/Ou Verbal
Nível de força:

Interação ou Controle através das Mãos em Contato:


• Nível preliminar de insubmissão, sem resistência física aos
procedimentos policiais, não acata as determinações, não reage
nem agride, permanece imóvel, verbaliza, discute, explica;
• Recebe a voz de prisão e se agarra a um poste ou se acorrenta ao
portão, sentar-se, deitar-se;
• O Policial emprega talentos táticos para negociar, assegurar o
controle e ganhar cooperação. Técnicas de mãos livres para
condução e imobilizações, inclusive através de algemas.
Suspeito na Resistência Passiva e/ou Verbal
Nível de força:
Interação ou Controle através das Mãos em Contato:
• Se tratando de suspeito INTUIDO, onde não estão presentes,
AINDA, fundamentos para a caracterização de um delito, é
importante os cuidados especiais para evitar abusos e
constrangimentos.
• É NORMAL o cidadão abordado indagar os motivos da ação
policial, verbalizando a situação.
• Mãos em contato significa a habilidade de indicar a direção,
segurar com cuidado, conter, empurrar, e até mesmo imobilizar,
mas sempre tendo em vista necessidade de JUSTIFICAR e
REGISTRAR os procedimentos adotados.
Caracterização da Resistência
• Estrito Cumprimento do Dever Legal: Art. 23 CP - realizar a prisão em
flagrante, impedir a fuga, manutenção da ordem pública, abordagens
policiais dentro dos limites legais, sem abusos;
• Resistência: Art 229 CP – resistência ativa – opor-se a ordem mediante
violência ou grave ameaça;
• Desobediência: Art. 330 CP – resistência passiva – ver jurisprudência sobre
ordens policiais em abordagens; ( mãos na cabeça, abrir as pernas, erguer
braços, ajoelhar-se, deitar-se, submeter-se a busca pessoal, etc. )
• Desacato: Art 331 CP - desacatar, funcionário publico;
• Busca Pessoal: Art. 244 CPP – fundada suspeita da posse de armas e objeto
delito.
Suspeito Apresenta Resistência Ativa
Nível de força:
Técnicas de Submissão, Imobilização e Controle Físico
• Recebe a voz de prisão e impede a algemação;
• Não agride o agente;
• Fuga correndo ou conduzindo veículo;
• Bloqueio de vias com cordão humano ou com barricadas;
• Bloqueio entrada ou saída de locais de trabalho ou públicos;
• Emprego da força suficiente para superar a resistência ativa;
• Técnicas de imobilização com as mãos ou com o uso de
equipamentos de impacto controlado – bastão policial.
Suspeito Apresenta Resistência Agressiva Não Letal
Nível de força:
Técnicas Defensivas NÃO-LETAIS:
• AGRESSÃO NÃO-LETAL – A resistência do suspeito é ativa e hostil,
podendo culminar em ataque físico ao policial ou a pessoa envolvida na
intervenção;
• Portando objetos de impacto ou arremesso;
• O policial toma medidas para deter a ação agressiva e obter o controle do
indivíduo;
• Uso do bastão, de espargidores de gás leve, ARMAS DE ENERGIA
CONDUZIDA – AEC (TASER e SPARK) ou equipamentos de impacto
controlado, cartuchos de elastômero.
Suspeito Apresenta Resistência Agressiva Não Letal
Técnicas de Imobilização da Defesa Pessoal:
• Aplicação de chave para articulações e braços, EVITANDO
causar lesões.

Técnicas de Uso do Bastão:


• Especial cuidado na imobilização através de bastão, evitando
lesões no suspeito;
• Mostrar, sacar, apresentar o bastão.
• Na defesa contra um ataque do suspeito, evitar os pontos vitais da
técnica de uso do bastão;
Suspeito Apresenta Resistência Agressiva Não Letal

Emprego de Gás Lacrimogêneo


• Em caso de um ataque com mãos livres ou portando objeto;
• Distúrbios e tumultos com grande numero de agressores;
• Especialmente em suspeito INTUIDO, evitar a aplicação
individual;
• Somente Militar HABILITADO, com artefatos na Carga da BM;
• Deve haver especial cuidado com a descontaminação dos
suspeitos, inclusive vestuário.
• Evitar emprego em crianças, mulher grávida, idosos, epiléticos;
Suspeito Apresenta Resistência Agressiva Não Letal
Emprego de Arma de Energia Conduzida:
• Habilitação;
• Cobertura;
• Cuidados com a retirada dos dardos;
• Casos de ataque com mãos livres.ou portando objeto de impacto;
Agressão com Instrumento Potencialmente Letal
Nível de Força:

Agressão com força letal: Ao enfrentar uma situação agressiva


que alcança o último grau de perigo, o policial deve agir em defesa
própria ou de terceiro diante da ameaça mortal garantindo a
preservação da vida até cessar a agressão injusta, ilegal e iminente.
Decisão extrema sob alto nível de estresse.
• Resistência com ataque portando instrumento capaz de matar
(faca, madeira, metal) depende de aspectos;
• Resistência com arma de fogo – aspectos da posição, atitude.
Diante de um Agressor com Instrumento Letal
Exemplos: lâminas, espeto, barra de metal, bastão de madeira, pedra; ferramentas, garrafa.

• Peça apoio imediato, comunique a situação;


• Mantenha distância que permita decidir as opções;
• Faça diversos avisos, comandos e alertas;
• Negocie, verbalize, acalme;
• Distância reduzida bruscamente, recue e mantenha o espaço;
• Analise o tipo de instrumento que porta;
• Porte ou compleição física - estado emocional;
• Nível de agilidade;
• Equipamentos e armas a disposição do policial.
Diante de um Agressor com Arma de Fogo

•Busque proteção imediatamente e faça varredura de outros atores;


•Peça apoio imediato, comunique a situação;
•Mantenha distância que permita decidir as opções;
•Identifique o suspeito – pode ser colega ou cidadão com porte;
•Faça diversos avisos, comandos e alertas;
•A arma está na mão apontada ou abaixada ? na cintura? No solo?
•Suspeito apontando a arma para outras pessoas;
•Suspeito afirma que é colega, como proceder ?
•Disparos contra a viatura;
•Acompanhamento com disparos oriundos do veículo suspeito;
•Suspeito aponta e corre;
•Suspeito corre com arma na mão;
•Suspeito dispara e corre;
Posições da Arma nas Abordagens
• POSIÇÃO 1 – ARMA NO COLDRE: Abordar com a arma no coldre
ou com a mão na arma empunhada no coldre, sem o saque;

• POSIÇÃO 2 – PRONTO BAIXO ou GUARDA BAIXA ou


RETENÇÃO: Empunhadura dupla na altura do abdômen do
operador.

• POSIÇÃO 3 – BASE DO SUSPEITO: Empunhadura dupla


direcionada para base do suspeito, dedo fora do gatilho;

• POSIÇÃO 4 – CENTRO DA AMEAÇA: Empunhadura dupla


direcionada para o centro da ameaça, dedo fora do gatilho;
Posição do Armamento na Abordagem
Objetivo do Disparo de Arma de Fogo
Circunstâncias especiais para disparo de arma de fogo:
Existem algumas circunstâncias especiais que requerem atenção diferenciada por parte do Agente de
Segurança Pública.

• Distúrbio civil, Eventos e outras situações de aglomeração de público; Regra Geral:


NÃO
DISPARA!!
• Vigilância de pessoas sob custódia do Agente de Segurança Pública;
• Disparos com munições de menor potencial ofensivo;
OBSERVAR A TÉCNICA E A REAL NECESSIDADE!!
• Disparos táticos
• Disparos de dentro da viatura de Segurança Pública em movimento ou contra veículos em fuga; Regra Geral:
NÃO
• Disparos de advertência; Portaria nº 4226 - Princípio nº 6 DISPARA!!

• Disparos contra animais. Somente em caso de grave ameaça ou para sacrifício caso não haja outra possibilidade !!
Objetivo do Disparo de Arma de Fogo

• Último recurso na escala de uso de força;


• Não o faz para advertir, assustar, intimidar ou ferir um agressor.
Ele o faz para interromper, de imediato, uma ação que atente
contra a própria vida ou a de outra pessoa;
• Deve visualizar o instrumento capaz de matar;
• Deve interpretar a atitude agressiva letal.
Ao decidir usar a Arma De Fogo:
• Verificar se as características técnicas de alcance e poder de parada, do armamento e
munições utilizados, enquadram-se nos padrões adequados à situação real em que o tiro está
sendo realizado;

• Identificar-se como Agente de Segurança Pública de forma prévia, clara e inequívoca,


advertindo o agressor sobre sua intenção de disparar, usando o comando verbal:

Polícia!
Solte sua arma!
NÃO reaja, posso disparar!

• Considerar o tempo suficiente, necessário ao acatamento da ordem legal, de forma que seja
dada ao agressor a oportunidade de desistir do seu intento.

• A NÃO SER QUE , Tal procedimento represente risco indevido para os agentes de
segurança pública OU acarrete risco de dano grave ou morte para terceiros OU seja
totalmente inadequado ou inútil, dadas as circunstâncias da ocorrência.
Decisão De Tiro
Ao optar pelo uso da arma de fogo deverá ser considerado:
• o local;
• o calibre;
• o tipo de munição;
• disponibilidade de recursos não letais;
• identificar de forma clara da ameaça como fonte de risco para a
integridade física e vida do policial ou de terceiros.
Decisão De Tiro
Técnica Legal
Quando atirar ? risco de vida ou integridade excludentes de
física própria ou de terceiros ilicitude

Por que atirar ? cessar o risco de vida própria repelir injusta


ou de terceiros agressão
Onde atirar ? centro do tórax -

Quantos disparos 2 até cessar a injusta


efetuar? agressão
Ao decidir usar a Arma De Fogo:
Sobre o disparo de arma de fogo, deverá considerar:

• Não disparar sua arma de fogo quando o agressor desacata, ou


retruca, ou pondera a ordem , ou ainda, quando este tentar
empreender fuga a pé ou em veículo;
• Providenciar imediato socorro médico à pessoa ferida. procurar
minimizar os efeitos lesivos dos disparos;
• Providenciar para que seja informado à família. a transparência da
ação no âmbito da segurança pública consolida a credibilidade e a
legitimidade quando se torna necessário o emprego da força;
• Relatar detalhadamente o fato ocorrido, registrando as providências
adotadas antes e após o uso da arma de fogo e mencionado a
quantidade de disparos, as armas que atiraram e seus detentores.
Decisão De Tiro

O TRIÂNGULO DA FORÇA LETAL é um


modelo de tomada de decisão designado para
desenvolver sua habilidade para responder a
encontros de força, permanecendo dentro da
legalidade e de parâmetros aceitáveis. Os três
lados de um triângulo equilátero representam
três fatores:
Decisão De Tiro
Habilidade:
• Capacidade física do suspeito/operador de causar dano em um agente de segurança pública
ou em outra pessoa inocente.
• Pode ainda incluir a capacidade física, através de arte marcial ou de força física,
significativamente superior à do agente de segurança pública.

Oportunidade:
• Diz respeito ao potencial do suspeito/operador em usar sua habilidade para matar ou ferir
gravemente.

Risco:
• Existe quando um suspeito/operador toma vantagem de sua habilidade e oportunidade para
colocar agente de segurança pública ou outra pessoa inocente em um iminente perigo físico.
Decisão De Tiro
Confronto armado - enganjamento
• “tiro !!!”
• Proteção;
• Varredura ou observação – identificação do agressor e sua
cobertura;
• Avaliação das condições de tiro;
• Comunicação para apoio e cobertura;
• Rota de cobertura, localizar referencia de proteção.
Decisão De Tiro
Posicionamento corporal
• Distância;
• Triangulação;
• Varredura;
• Percepção Do Grau De Risco;
• Comunicação;
• Avaliação;
• PROTEÇÃO (Usar Cobertas e Abrigos).
Decisão De Tiro
Regras de segurança de UFAF
• Campo e linha de tiro;
• Dedo fora do gatilho e controle do cano;
• Avaliação do alcance e transfixação;
• Observação da normatização interna.
Decisão De Tiro
Regras de segurança de UFAF
• Coragem desmedida, sem aguardar o reforço;
• Não descansar o suficiente;
• Estar mal posicionado;
• Não prestar atenção em sinais de perigo;
• Falha ao observar as mãos;
• Relaxar muito cedo;
• Posicionar o preso de forma errada na vtr;
• Mal algemado ou não algemado;
• Não fazer a busca correta ou nem fazer a busca;
• Sair sem rádio HT e sem bastão;
• Deixar a vtr aberta ou com a chave;
• Estabelecimento: banheiros, balcão, janelas, luz, som;
Decisão De Tiro
Regras de segurança de UFAF
• Recarga sem estar protegido e sem observar a ameaça e sua mudança de
posição;
• Ocorrências em locais afastados, sem um kit EDC;
• Não ter uma arma reserva;
• Taser e spark;
• Conhecimento dos acessos e caminhos;
• Em dupla, sair correndo sozinho;
• Estacionar a vtr e ficar bloqueado;
• Entrar em becos e vielas, sem conhecer o terreno.
Decisão De Tiro
Conduta de Combate

TIRO!

1. Proteção!
2. Comunicação!
3. Varredura!
4. Avaliação!
5. Rota De Fuga!
Decisão De Tiro
Conduta de Combate
1. PROTEÇÃO:

• Equipamentos de proteção individual;

• Uso de cobertas e abrigos (barricadas);

• Técnicas de pré-entrada e entrada;

• Técnicas de tiro em movimento.


Decisão De Tiro
Conduta de Combate
2. COMUNICAÇÃO:

Fundamental comunicar à SOP (demais guarnições) informando a situação e localização.

Nada mais que aplicar os POPs da abordagem policial:

• Comunicação à SOP;

• Descrição do Local da Abordagem;

• Descrição do Tipo de Abordagem;

• Descrição do Motivo da Abordagem.


Decisão De Tiro
Conduta de Combate
3. VARREDURA:

• Proceder a varredura 360º tentando determinar a posição do agressor


e possíveis comparsas;
• Verificar as fontes de risco (primária e secundárias);
• Visão periférica (visão em túnel).
Decisão De Tiro
Conduta de Combate
4. AVALIAÇÃO:
Avaliar as condições de disparo:

EFICIÊNCIA X DANOS COLATERAIS

Exemplos de condições que impedem o disparo:

• incerteza quanto a existência da agressão;


• incerteza quanto ao agressor;
• incerteza quanto ao objeto;
• aglomeração de pessoas;
• acompanhamento veicular;
• ocorrências de crise.

SITUAÇÕES QUE NÃO CONFIGUREM


EXCLUDENTE DE ILICITUDE.
Decisão De Tiro
Conduta de Combate
5. ROTA DE FUGA:

• Estabelecer possível rota de fuga.


• Supremacia de força: quantidade de
agressores e condições bélicas.
• FUZIL X FUZIL.
• Posição desfavorável.
Tomada de Decisão e Filtro de Ameaças

Ciclo OODA
• Observar: Coleta de dados por meio
dos sentidos;

• Orientar: Análise e síntese de dados


para formar uma perspectiva mental
atual;

• Decidir: Determinar um curso de ação a


ser seguido;

• Agir: Jogo físico das decisões. Aplicar


na prática.
Decisão De Tiro
Conduta de Combate
Havendo os “requisitos” necessários para a execução do disparo o policial
passa à “execução do tiro e manutenção das condições de tiro”, momento em
que o sucesso no combate passará a depender da capacidade técnica do
militar:
APLICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO TIRO
E
UTILIZAÇÃO ADEQUADA DA PROTEÇÃO
Estados de Alerta/Prontidão
Vídeos para debate
Vídeos para debate
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR
DEPARTAMENTO DE ENSINO

UFAF
Saque Velado (Teoria) – 1HA
Instrutores:
Major Marcelo Domingos Paese – CRPO Planalto
Major Daniel Marobin- DE/EsFES Osório
Capitã Nedia Debora de Avila Giacomini - CRPOFNO/37ºBPM
1º Ten QTPM Renato de Souza - CRPOFNO/37ºBPM
1. Fundamentos do saque velado
1.1 Utilize roupas adequadas
• Camisetas justas ou curtas demais já não lhe são mais úteis;
• Shorts moles ou que não possibilitem o uso de cintos não irão
auxiliar;
• Utilize calças ou shorts que fiquem bem presos ao corpo, que
possam sustentar o peso da arma e que suportem uma cinta, ou que
prendam o coldre à sua cintura.
• Utilize cinta, calçado fechado e bem preso aos pés;
• Utilize um coldre que tenha retenção adequada e que se prenda bem
à roupa;
• Se misture ao ambiente, não chame a atenção, chamar a atenção
demasiadamente poderá direcionar ameaças contra você
1. Fundamentos do saque velado
1.2 Use cinto
• Uso de um cinto em suas calças ou shorts proporcionará a segurança
necessária para que sua arma fique bem presa ao corpo, para que
quando estiver velada a arma não caia ao chão;
• As roupas por si só não detém a retenção necessária para segurar seu
coldre ao corpo, o qual poderá vir a sair junto com a arma quando
precisar sacá-la ou quando precisar correr com ela vir a derrubá-la ao
chão;
• Esses são apenas alguns exemplos do que pode acontecer se não usar
um cinto!
• Use um cinto de qualidade, ou este poderá rasgar-se ou quebrar a
fivela durante o saque da arma, deixando-o em desvantagem em um
confronto. Esteja preparado!
1. Fundamentos do saque velado
1.3 Use calçados adequados
• Ele deverá lhe trazer segurança. Use um sapato, um bom tênis, um
coturno, mas não saia de chinelo. Este é para estar em casa, que é sua
zona de conforto, um ambiente relativamente seguro. Das portas de
sua casa para fora saia preparado.
1. Fundamentos do saque velado
1.4 Coldre
Portar a arma sem um coldre decente poderá acarretar prejuízos ao
operador, pela oxidação da arma, exposição do gatilho, mal
posicionamento da arma, riscos de queda, variação de posição da
arma, um disparo acidental no próprio corpo, dentre outros. Um bom
coldre defensivo deverá cobrir o gatilho, a parte mais sensível da
arma, uma vez que oferece certo risco ao operador.
1. Fundamentos do saque velado
1.4.1 Coldres em Polímero
• Prós: Geralmente feitos com materiais resistentes, deixam a arma
bem posicionada no corpo e permitem o saque rápido e a
possibilidade de recoldrear a arma, além de possuírem boas presilhas
de fixação na cintura.
• Contras: Perde muito no conforto por ser mais rígido que os demais,
além de ser fabricado para modelos específicos, o que deixa seu uso
limitado apenas à arma que foi destinada a ele.
1. Fundamentos do saque velado
1.4.2 Coldres em Kydex
• Prós: Mais confortável em relação ao polímero. Por ser um
material termo moldável pode ser customizado, além de trazer o
benefício de uma boa retenção no guarda mato. Grande parte dos
modelos de coldres produzidos com este material utilizam-se de
presilhas customizadas e modernas oferecendo boa retenção do
coldre ao corpo. Atualmente é o coldre mais indicado para o uso
velado, apresenta boa tecnologia em relação aos demais. São
inúmeras variações de modelos, cores, medidas, etc.
• Contras: O que o operador deve ter em mente é que o coldre
precisa ser funcional, não adianta algo bonito em cima do guarda-
roupas.
1. Fundamentos do saque velado
1.5. Evitar expor a arma
• O operador deverá ser
cauteloso ao transportar
sua arma de forma velada,
mesmo que coberta por
suas roupas, deixá-la em
direção a um potencial
assaltante é um convite a
ser evitado.
1. Fundamentos do saque velado
1.6 Observe à distância
• O operador deverá ser
cauteloso ao transportar
sua arma de forma
velada, mesmo que
coberta por suas roupas,
deixá-la em direção a um
potencial assaltante é um
convite a ser evitado.
1. Fundamentos do saque velado
• Outro aspecto a ser considerado é ler as intenções de possíveis
suspeitos;
• Movimentos que buscam diminuir a distância entre você e o
suspeito;
• Movimentos que indiquem que o suspeito está indo em direção à
sua arma;
• Para uma melhor interpretação dos comportamentos não verbais
fica a dica de uma boa leitura para melhorar o conhecimento do
operador nesta questão: “O corpo Fala: A Linguagem Silenciosa da
Comunicação Não Verbal” de Pierre Weil. Um conhecimento que
permite a interpretação de ações antes mesmo que aconteçam;
• Janela de oportunidade;
• Mentalidade de combate.
2. Saque da arma de forma velada
2.1 Saque Ostensivo
• Realizado com energia pelo operador através da limpeza ostensiva
do vestuário, ataque e apresentação da arma;
• Ambas as mãos.
2.2 Saque Velado
• Realizado em uma situação em que o operador não quer demonstrar
que está portando a arma para reagir dentro do princípio da surpresa
contra um ataque do alvo;
• Uma das mãos.
2. Saque da arma de forma velada
2.3 Princípios do saque velado
• Limpeza;
• Ataque;
• Apresentação.
2. Saque da arma de forma velada
Limpeza: Umas das principais fases do saque velado é a limpeza da
área de trabalho!!!
• As execuções dos movimentos devem ser amplas e até
“exageradas”, pois sob estresse nossa coordenação motora fina fica
prejudicada, perdemos a capacidade de realizar movimentos
precisos.
Mão em garra! Onde maximiza-se o contato da mão responsável
pela limpeza com o tecido a ser retirado, também auxiliando a
limpeza em casos onde haja outras camadas de tecidos (camisas,
blusas, jaquetas, etc.), pois, como a área de tecido agarrada é ampla, a
técnica acaba atendendo a várias configurações de vestimenta que
podem compor o cotidiano do operador de arma de fogo.
2. Saque da arma de forma velada
2. Saque da arma de forma velada
2. Saque da arma de forma velada

• Observar nas imagens que a mão de suporte agarra o tecido


próximo da arma, seja qual for a técnica escolhida, forçando os
dedos contra o corpo e fechando a mão agarrando o pano com
firmeza e um certo nível de violência, levanta até o limite de
elasticidade da vestimenta que está utilizando, ou até o ombro
oposto, liberando assim a área de saque da arma.
2. Saque da arma de forma velada
Técnicas com apenas uma das mãos
• O operador leva a mão de saque com os quatro dedos apontados
em direção à arma, com o polegar esticado passe pela arma até
chegar à borda do vestuário, utilize o polegar para levantar o
vestuário e assim desobstruir a arma, retorne com a mesma mão
até a coronha para realizar a empunhadura adequada com firmeza,
realize o saque e utilize os passos de apresentação da arma de
acordo com a técnica de tiro instintivo que optar. O problema desta
técnica é que, se não realizada corretamente, o vestuário poderá
voltar a obstruir a arma.
2. Saque da arma de forma velada
• Esta técnica é utilizada quando o operador não quer chamar muita
atenção quanto aos seus movimentos de sacar a arma, tendo em
vista que ele estará movimentando apenas uma das mãos, e a outra
pode estar parada, sem movimentos bruscos.
• Também pode ser utilizada quando um agressor está muito
próximo ao operador, onde talvez será necessária a utilização da
mão fraca para a proteção inicial, evitando golpes ou protegendo o
rosto.
2. Saque da arma de forma velada
• Na segunda técnica o operador utilizando a mão de saque busca o local
da empunhadura com os quatro dedos esticados, alcança a borda do
vestuário, agarra com firmeza, num movimento enérgico, puxa a veste
até a altura da axila e num movimento rápido, retorna a mão de saque
até a arma executando a empunhadura, o saque e a apresentação da
arma.
• Os movimentos nesta técnica devem ser rápidos e exigem do operador
bastante destreza e treinamento, as possibilidades de a vestimenta
obstruir novamente a arma num caso de técnica mal realizada são
muito grandes.
2. Saque da arma de forma velada
Técnicas para a utilização das duas mãos
• Utilizando a mão reativa cruze o corpo buscando a borda da
vestimenta onde está sua arma, agarre a veste com firmeza,
levante-a com destreza e velocidade até desobstruir totalmente a
arma, com a mão forte busque a coronha da arma, realize a
empunhadura com firmeza e agilidade para que possa realizar o
saque com velocidade e precisão, em seguida posicione a arma
para o disparo de acordo com a técnica de tiro instintivo que a
situação exigir. Os movimentos do operador devem ser precisos, a
velocidade virá com o treinamento.
2. Saque da arma de forma velada
Porte Direto na Linha Lateral:
Porte “03 Horas”
Saque na linha onde normalmente
localiza-se o coldre ostensivo, bem
na lateral do corpo, no seguimento
da mão forte. Esse saque é rápido e
preciso, porém, expõe
demasiadamente o armamento.
2. Saque da arma de forma velada
Porte Direto na Linha Frontal
• A arma fica posicionada na frente do corpo em uma inclinação de
30 graus com a coronha voltada para a mão forte. Esta posição
permite um saque extremamente rápido;
• Porém no caso de um assalto em que o operador seja surpreendido
é um dos locais mais revistados. É também o local menos
confortável ao porte, sendo indicada a utilização de uma camiseta
fina por baixo das roupas para aumentar o conforto.
2. Saque da arma de forma velada
Porte Direto na Linha das costas
• A arma fica posicionada na linha
da cintura, bem ao meio das
costas com a coronha voltada na
direção da mão forte. Esta
posição deixa o porte bastante
dissimulado, quase
imperceptível.
• Exige bastante preparo do
operador, pois o saque é
prejudicado por questões de
distância e barreiras físicas do
corpo tendo em vista que a arma
está no ponto mais longe.
Seja um homem de cinza...
• Passar desapercebido, sobreviver e combater, de dentro para fora,
sem levantar suspeitas de seu inimigo para com o agente;
• Deverá passar despercebido onde ele se encontrar, ser invisível aos
olhos das ameaças, utilizando-se de roupas comuns onde os outros
estão com roupas comuns, não demonstrando movimentos enérgicos;
• Se estiver em uma festa, utilize roupas de festa, se estiver em um
ambiente acadêmico, utilize roupas para o momento e assim por
diante, passe despercebido, “se não existir não poderá ser atingido”.
Exercícios em seco

Mão fraca ocupada Mão fraca ocupada + Mãos livres Mãos livres + Mãos livres +
recarga recarga antecipação +
proteção
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR
DEPARTAMENTO DE ENSINO

UFAF
USO DA LANTERNA POLICIAL – 1HA
Instrutores:
Major Marcelo Domingos Paese – CRPO Planalto
Major Daniel Marobin- DE/EsFES Osório
Capitã Nedia Debora de Avila Giacomini - CRPOFNO/37ºBPM
1º Ten QTPM Renato de Souza - CRPOFNO/37ºBPM
Posições de uso
da lanterna
Bateria/Lanternas de
mãos vs dedicadas
e tipos de lanternas
Lanterna Policial
Especificações
Posições com
a lanterna - 3F
Posições com
a lanterna com arma
longa - 3F
Solução de Panes de
arma com lanterna
na mão

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