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da Imagem
Material Teórico
Semióticas: Leitura de Signos
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Semióticas: Leitura de Signos
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer os principais conceitos das teorias semióticas;
• Compreender semelhanças e diferenças entre as abordagens;
• Aplicar os conceitos a objetos contemporâneos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Semióticas: Leitura de Signos
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Aqui podemos fazer referência ao conceito de “Simulacro”, que procura inves-
tigar o desenvolvimento de signos que não têm referentes, não são representação
de um objeto ou um dado de realidade, pois representam-se a si mesmos, como si-
mulação em um mundo em que o simulacro teria substituído a realidade, o que tem
relação com o conceito de “Sociedade do Espetáculo”, uma espécie de simulacro,
de simulação, em que a vida passaria a ser substituída por um grande espetáculo,
encenado por e para todos nós.
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Ícone
O ícone representa o objeto por semelhança. Quando afirmamos que algo é icô-
nico, estamos afirmando que o ícone está no lugar do objeto, tem semelhança com
este, porém não o substitui, ou seja, tem semelhança, mas não todas as qualidades
do que é representado.
Por outro lado, um som, gesto, cheiro, uma sensação tátil, podem trazer seme-
lhança com seus objetos. Aquela imagem do “VESTIDO” pode trazer recordações
e associações com tecidos, situações vividas direta ou indiretamente, dando vida a
sons ou cheiros que inserem a palavra em novos contextos. É muito comum que
marcas associem empresas e produtos a imagens, logotipos, mas há casos de mar-
cas que são lembradas por sons ou cheiros e que nos levam a relacionar estas ca-
racterísticas a determinadas marcas. Há marcas que utilizam sons e imagens, o que
potencializa o reconhecimento da empresa ou do produto. É o caso, por exemplo,
de emissora de tevê brasileira, que tem um logotipo bastante difundido, que, asso-
ciado ao som “plin plin”, gera reconhecimento e auxilia o telespectador a perceber
que o programa exibido, que estava no intervalo, volta a ser apresentado. Nesse
caso, se o telespectador está momentaneamente sem alcance visual, é atraído pelo
som para voltar a olhar para o aparelho de tevê.
Índice
Um signo indicial leva à relação do signo com o objeto por meio de marcas do
objeto existentes naquele signo. São relações de contiguidade. É uma relação de
causa e efeito, um indício de que algo que ocorreu, está ocorrendo ou vai acontecer.
Ao ter contato com o signo indicial, associamos mentalmente aquele índice a uma
outra situação, resultado ou influenciada por esta. Dessa forma, o signo indicial
depende, fundamentalmente, da capacidade de interpretação das mensagens, o
que relaciona o signo à cultura. Voltemos ao nosso exemplo do “VESTIDO”. Em
que sentido ele pode ser índice de algo? Vamos agora inserir no “VESTIDO” uma
marca, de uma grife, ou, ainda, vamos observar que o vestido está rasgado em uma
parte que cobriria os seios da mulher que o teria usado. Esta seria uma marca, um
índice de que algo ocorreu com o vestido e com quem o vestia. Poderia ser sinal de
violência? Ou apenas um acidente que teria produzido o sinal? A imagem do ves-
tido não nos garante a interpretação correta. Para isso precisaríamos do contexto,
que, na situação hipotética que criamos, não foi apresentado. Como na cena de um
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crime, poderíamos ter o vestido rasgado como parte de uma situação investigada.
Indicialmente, utilizaríamos o vestido como pista. Além da área danificada, nele
poderia haver outras marcas, como impressão digital, sangue.
Símbolo
Os símbolos são resultado de convenções. Como seres simbólicos, convencio-
namos que determinados objetos significam algo. Isso é verdade para as diferentes
línguas existentes, por meio das quais grupos humanos compartilham significados
e que são definidas por convenções. A palavra “VESTIDO” é uma convenção que
faz sentido na língua portuguesa e, para as pessoas que a compreendem, remete a
determinados símbolos que têm como referente a moda feminina, pois, ao menos
na cultura brasileira, esse objeto é utilizado para vestir mulheres e modificações
nesse sistema cultural demandariam modificações no objeto que está na origem da
palavra. Importante ressaltar que os símbolos tendem a fixar representações para
que estas associem objetos a símbolos comuns. As modificações ocorrem, pois a
cultura e a realidade passam por mudanças, porém, quanto mais um símbolo tem
estabilidade, maior sua capacidade de representação, o que não elimina a utilização
metafórica, poética ou de outra natureza, nas quais o símbolo pode ganhar novos
significados. Temos aqui como questão principal o fato de o símbolo representar
um objeto comum, que, por convenção, leva a determinadas associações de ideias.
No nosso exemplo, o “VESTIDO” tende a criar associações de ideias baseadas em
nossas experiências. Podemos lembrar de um vestido que marcou um momento, o
casamento de alguém, por exemplo.
Figura 1
Fonte: Wikimedia Commons
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Além disso, o slogan “Ordem e Progresso” também é um ícone de um tipo de
sociedade que almejamos ser.
• Índice: Compartilha com o objeto uma característica, levando, por contiguida-
de, a uma relação de causa e efeito. Se vejo a bandeira brasileira, eu a identifico
com o país que ela representa.
• Símbolo: Por convenção, entendemos que determinado signo tem significado
específico. A bandeira do Brasil é um símbolo, identificado pelos brasileiros e
por muitos outros povos.
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Estas noções, transpostas para a língua por Saussure, têm duas questões bási-
cas: substância e forma. Para ele, o mais relevante é a forma, que define a estru-
tura e a posição dos elementos, seu funcionamento para a existência da língua.
A partir desse ponto, surge a ideia de SIGNO e dos sistemas de signos que com-
põem uma língua. As ideias de Saussure relacionaram, por muito tempo, a Semió-
tica ou Semiologia francesa, à análise dos signos verbais. Posteriormente, autores
como Roland Barthes, entre outros, utilizaram os mesmos conceitos na análise de
signos não verbais.
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e paradigmático. O autor destaca que, ao utilizarmos a língua, duas operações são
realizadas, estruturando nossa fala em torno das unidades linguísticas a serem inse-
ridas no discurso e a combinação destas a serem apresentadas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Semiótica Aplicada
SANTAELLA, L. Semiótica Aplicada. São Paulo: Cengage Learning, 2018.
Vídeos
Significante e Significado: Introdução à semiótica (ou semiologia) de Saussure
https://youtu.be/mXMAU5Of4SI
Signos e Categorias
https://youtu.be/lomcJvKGy10
Leitura
A mensagem pela Imagem: Análise Semiótica das Fotografias Publicitárias da Coleção Verão 2007 da WJ Acessórios
OLIARI, D. E; ALMEIDA, M. A. C; BONA, R. J. A mensagem pela imagem: análise
semiótica das fotografias publicitárias da coleção verão 2007 da WJ Acessórios.
https://tinyurl.com/y2luy3tj
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Referências
BARTHES, R. “A Mensagem fotográfica”. IN: LIMA, L. C. Teoria da cultura de
massa. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978, p. 303-316.
LOPES, Ivã Carlos; HERNANDES, Nilton. Semiótica: objetos e práticas. São Paulo:
Contexto, 2005.
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