TFG 1 Estévan Vargas 2
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INTRODUÇÃO
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA
de novos rótulos. Criada em julho de 2013, hoje conta com um produção mensal de 6.500l por
mês com uma demanda de produção crescendo, conforme explicou o mestre-cervejeiro e sócio
da empresa Christian Bonotto em visita técnica. A marca conquistou diversos prêmios
importantes, entre eles a South Beer Cup em 2014 e melhor cervejaria do Brasil em 2015 e
2016 no festival brasileiro de cervejas.
A ideia de expandir a produção da marca Tupiniquim através do projeto de uma nova
fábrica e cervejaria em São Borja, RS, surgiu notando-se o constante crescimento do consumo
de cervejas artesanais no Brasil bem como o da marca Porto Alegrense. A partir daí analisando-
se também a eclosão recente de um novo nicho de mercado no país que é o de turismo
cervejeiro, percebeu-se a oportunidade de enquadrar São Borja na rota do turismo de cervejas
gaúcho.
A escolha da implantação do projeto na fronteira oeste do estado surgiu dada a
localização longínqua da cidade em relação a Porto Alegre, no outro extremo no estado a uma
distância de aproximadamente 615km. Estando o município, então, a uma distância
considerável, viria a facilitar a distribuição para outras localidades do estado, sabendo-se que
no transporte das bebidas perde-se uma fatia significante da qualidade em vista das más
situações das estradas e variações de temperatura.
Outro fator importante a considerar é a proximidade da cidade com a Argentina, estando
separados por meio de uma ponte internacional, o que viria a favorecer uma futura exportação
visto que países como Argentina e Chile não apresentam grandes marcas artesanais de cerveja
fortes atuando no mercado.
1.1.2 Objetivos
Buscar embasamento teórico e obter uma base de dados significativa para posterior
projeto de uma fábrica da marca Tupiniquim na cidade de São Borja, que visará atender a
produção de produtos para subsequente distribuição e fomentar o turismo cervejeiro na cidade,
igualmente servirá para entender o processo de produção de cerveja no sentido de produzir
espaços qualificados e adaptados a uma produção de excelência.
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Este trabalho visa proporcionar uma familiarização com o tema estudado envolvendo
análises e estudos através de pesquisas bibliográficas, levantamento de dados, visitas técnicas
em locais com temas semelhantes ao proposto, entrevistas com profissionais da área e análise
de referências arquitetônicas nacionais e internacionais.
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Segundo o prof. Esp. João Carlos Sinotti Balbi (2011), a pesquisa é classificada quanto
o ponto de vista da natureza, da forma de abordagem do problema, de seus objetivos e dos seus
procedimentos técnicos.
Quanto ao ponto de vista da natureza é uma pesquisa aplicada, que visa gerar
conhecimentos para aplicação prática. Em relação a forma de abordagem, é um trabalho
qualitativo considerando que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Sobre os
objetivos, é exploratória, proporcionando maior familiaridade com o problema. Enfim, do ponto
de vista dos procedimentos técnicos, é classificada como bibliográfica e estudo de caso, sendo
elaborada à partir de material já publicado e pelo estudo profundo de objetos de maneira que se
permita seu amplo conhecimento. (BALBI, 2016)
As etapas para a execução do trabalho final de graduação I dividem-se em três
processos:
1ª) Levantamento de dados referentes ao tema e seu local de implantação;
2ª) Registro, seleção e organização do material coletado;
3ª) Desenvolvimento de análises, interpretações e conclusão do estudo
Tendo em vista o fato de a Tupiniquim ser uma empresa privada, que visa, entre outras
coisas, a produção e lucro, o público que vem a interagir com o projeto vem a ser o público
consumidor, clientes do pub, alunos de oficinas de cerveja visitantes de fábrica e clientes ou
vendedores que podem ser fornecedores de insumos ou empresas compradoras de produtos, por
exemplo. Há também um novo nicho de mercado, o turismo cervejeiro, que atrai turistas de
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diversas regiões do país para visitas guiadas em fábricas cervejeiras, estes em diversas faixas
etárias acima dos dezoito anos.
Em função da sua implantação em uma zona de acesso à cidade, há o público que
interage com o edifício e circula em seu entorno, estes de todas as classes sociais e idades e que
podem vir a ver a edificação como uma referência estética e de lazer na cidade.
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2. DEFINIÇÕES DO PROGRAMA
Primando por uma melhor ordenação dos espaços, a organização para o posterior projeto
arquitetônico ocorrerá por meio de seis setores que abrigarão funções semelhantes e estes serão:
setor de produção, de estoque, administrativo, de apoio, serviços e setor de acesso ao público.
Levantou-se uma área aproximada de cada ambiente, prevendo-se, assim, uma totalização de
área a projetar de 2.211,40m², como mostra a tabela 1.
Tabela 1 – Setorização
SETOR ÁREA
Setor de fabricação 738,40 m²
Setor de estoque 208,00 m²
Setor administrativo 120,90 m²
Setor de apoio 647,50 m²
Setor de serviço 61,10 m²
Setor de Acesso ao público 445,90 m²
TOTAL 2221,80 m²
Fonte: elaborado pelo autor
2.3. FUNCIONOGRAMAS
Acesso Acesso
peatonal De veículos
Acesso
Funcio. /
clientes
Copa Recepção
Sanitário PNE
Diretoria Recursos
humanos
Acesso
caminhões Estoque de
insumos
Produção
Recebimento e
saída de
produtos
Estoque de Sala de envase
vasilhames /
embalagens
Estoque de Sala de
bebidas rotulação
Acesso
visitantes
Fonte: Construído pelo autor
Estar
Acesso de
Estacionamento veículos
Copa
Cozinha Depósito /
despensa
Pub Sanitários
Sanitários
A cidade para implantação do projeto, São Borja (figura 6), encontra-se na fronteira
oeste do estado do Rio Grande do Sul, fazendo divisa com a Argentina, encontra-se no outro
extremo do estado com relação à capital Porto Alegre. Optou-se pela escolha de um lote situado
próximo à entrada principal do município, tendo assim, facilidade de escoamento para diversas
regiões da província e também da Argentina. O terreno situa-se as margens da Avenida Leonel
Brisola, esta principal via de acesso ao município, sendo uma estrada coletora que liga o trevo
principal de acesso à cidade – que recebe veículos das BR 285, BR 287 e BR 472 – com o trevo
que dá início à Avenida e que faz o escoamento para demais ruas da cidade.
Fonte: www.elviofeltrin.blogspot.com
Com a análise do fundo figura da área do entorno do lote pode-se observar a baixa densidade de
construções (figura 9), tendo, portanto, as construções, pouca interferência no terreno.
3.3. INFRAESTRUTURA
Com a análise da hierarquia viária (figura 10), nota-se que poucas vias circundam o
terreno, sendo a Avenida Leonel Brisola extremamente importante para a cidade servindo de
principal via de acesso ao município. A travessa imigrantes é uma pequena rua local, tendo
início na Leonel Brisola, levando à uma pequena zona residencial.
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Com a análise de fluxos de veículos, pode-se ver que na via coletora ocorre um tráfego
intenso, enquanto na via local, baixo, o que denota suas importâncias de acordo com a
hierarquia. À partir da análise do fluxo de pedestres, percebe-se que há pouca movimentação
de pessoas na localidade, em função de esta ser uma zona periférica do município e que conta
com poucas residências. Como mostra a figura 11.
As fotos mostradas foram realizadas pelo autor, tiradas da parte externa frontal do lote
(figura 13), parcela posterior do terreno mostrando as árvores existentes (figura 14) e do
segmento lateral (figura 15) e evidenciam afirmações descritas anteriormente.
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3.8. MICROCLIMA
Em São Borja o clima é sub-tropical úmido e sua temperatura média anual varia de
19,6ºC à 20ºC. O regime pluviométrico varia de 1.537 à 1.659 mm. A direção predominante
dos ventos é SE/S com pequena variante. (PREFEITURA DE SÃO BORJA, 2016)
O lote escolhido não sofre interferências do entorno, pois na adjacência não se
encontram construções que venham a interferir na insolação e ventilação do sítio.
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4. CONDICIONANTES LEGAIS
Este decreto estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndio
nas edificações e áreas de risco de incêndio no estado do Rio Grande do Sul. Fixa condições
obrigatórias que as edificações devem possuir, de modo que a população possa abandoná-la em
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caso de sinistro de forma segura e provendo um fácil acesso de auxílio externo para combater
o fogo.
Conforme uma preliminar análise do decreto nº 51803, podemos classificar o edifício,
prevendo alguns elementos necessários para posterior projeto e que irão prover uma maior
segurança ao prédio. Foram listadas a seguir:
Classificação quanto à sua ocupação: I-2: Industrial, comercial de alto risco,
atacadista e depósitos.
Classificação quanto à altura: Tipo III, entre 6,00m e 12,00m contadas da soleiras
de entrada ao piso do último pavimento.
Classificação quanto à carga de incêndio: I-I. Carga de incêndio risco Baixo, 80
Mj/m²
Carga de incêndio quanto à altura da edificação: Sendo a altura classificada como
6m – 2160 Mj/m²
Conforme tabela 6I.1 – Divisão I-1 ( risco baixo). Sendo a altura da edificação entre
6m e 12m. São itens indispensáveis:
- Acesso de viatura na edificação
- Segurança estrutural contra incêndio
- Compartimentação horizontal
- Controle de materiais de acabamento
- Saídas de emergência
- Brigada de incêndio
- Iluminação de emergência
- Alarme de incêndio
- Sinalização de emergência
- Extintores
- Hidrante e mangotinhos
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5. REFERENCIAL TEÓRICO
de importação. Existem quatro ingredientes básicos para sua fabricação: a água, que existe em
abundância no país, no entanto sofre-se com graves crises hídricas, o malte de extrema
importância, porém pouquíssimo fabricado no país fazendo-se necessária sua importação dos
Estados Unidos e Europa. O lúpulo, que é conhecido como o tempero da cerveja, não é plantado
no país por não possuir clima propício para isso, sendo, então 100% importado. Por fim, as
leveduras, estas já possuindo empresas fabricantes no Brasil. Outra dificuldade encontrada está
na compra de garrafas de vidro, caras e trabalhosas. Algumas empresas importam, outras tem
fabricação exclusiva de seu modelo, enquanto outras sofrem para conseguir o produto que
possui alta demanda no mercado. (MEGA, 2016)
Por outro lado, utilizando-se da criatividade e da diversidade do país, as empresas
brasileiras utilizam de ingredientes próprios da nação encontrados na natureza para produzir
receitas cada vez mais inovadoras e conquistar clientes dentro e fora do país. (MEGA, 2016)
É notável o crescimento do gosto dos brasileiros por cervejas mais elaboradas, contudo
poderia ser maior se não fossem por altas taxas e pouco incentivo do governo, o que viria a
gerar mais empregos e mercado, tendo em vista os altos preços das bebidas se comparados a
países europeus e norte América. A ajuda vem com uma nova “onda” de “gourmetização”, onde
o consumidor, cada vez mais exigente, procura rótulos com os melhores ingredientes e busca
estudar as composições dos produtos.
Segundo o site da Otti Cervejaria (2016), “as cervejas artesanais são aquelas em que sua
produção acontece quase que de “forma caseira”, mesmo que fazendo uso de equipamentos
modernos de produção e envase. Mesmo assim, são consideradas artesanais pelo fato do maior
cuidado com sua produção, indo dos ingredientes básico à receita especial de preparo até aos
conservantes finais que devem ser naturais e não químicos. Quando utilizam-se do termo
“especiais” para se referir a cerveja, não se fala em nenhum estilo específico, entende-se como
alguma cerveja importada ou artesanal, em geral essas bebidas utilizam matéria prima de maior
qualidade, com pouco ou nenhum uso de aditivos químicos. A sua elaboração requer três
processos básicos: mostura, fervura e fermentação, os dois primeiros podem ser realizados no
mesmo dia na chamada cozinha, já o terceiro pode levar de 15 à 30 dias dependendo do tipo de
bebida.
A seguir uma descrição resumida de cada processo, segundo o site Dortmund (2016):
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4º) Envase
O enchimento é a parte final do processo. Logo após é submetida ao processo de
pasteurização, no barril a cerveja que não recebe esse tratamento é chamada de chope. Nesse
procedimento a bebida é submetida a um aquecimento de 60ºC e posterior resfriamento, para
garantir maior estabilidade ao produto, graças a esse método pode-se assegurar uma data de
validade de seis meses ao produto.
5º) Rotulação
As bebidas prontas passam para a máquina rotuladora, onde recebem seu devido rótulo
conforme sua fabricação.
O cronograma abaixo (figura 16) foi realizado a partir de informações do site Otti
cervejaria e de visita técnica realizada na cervejaria Tupiniquim:
Moinho de Tina de
malte Mostura
Cozinhador do Lúpulo
mosto e
Bagaço whirpool
Resfriador de Filtro de
mosto cerveja
Tanque de Tanque de
fermentação cerveja
e filtrada
LEGENDA
Envase
Adição
Descarte
Rotulação
Processo
Fonte: http://www.cervejatupiniquim.com.br/
O município de São Borja situa-se na região sul do Brasil, na fronteira oeste do estado
do Rio Grande do Sul, sendo banhada pelo Rio Uruguai o qual limita a fronteira natural com a
cidade de Santo Tomé, Corrientes, Argentina.
Foi fundada em 1682 pelo padre Francisco Garcia de Prada, da companhia de Jesus e
foi cenário de marcos históricos importantes para o Estado do Rio Grande do Sul como para a
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nação brasileira. O grande valor histórico do município muitas vezes são subvalorizados em
sua importância pela população local e desconhecidos aos visitantes da cidade.
São Borja foi o primeiro dos chamados Sete Povos das Missões. As missões jesuíticas
eram destinadas à conversão dos indígenas da América do Sul e posse de novas terras. As
reduções não eram aldeias, mas verdadeiras cidades, organizadas de tal modo que passaram a
representar uma ameaça aos domínios portugueses e espanhóis.
A decadência dos Sete Povos começa com o Tratado de Madrid de 1750, entre a Coroa
da Espanha e a de Portugal, onde, entre outros acordos, trocava-se a colônia de Sacramento –
hoje território uruguaio - pelos Sete Povos. No tratado firmado os índios deveriam transferir-se
da margem esquerda do Rio Uruguai para a margem direita, abandonando tudo que lhes
pertenciam, a população chegou a migrar, revoltando-se tempos depois e retornando ao antigo
povoado, resultando assim na chamada “guerra guaranítica”, onde na batalha de Caiboaté, em
1756, Portugal e Espanha coligados dizimaram o exército missioneiro, com sua rendição
definitiva após a destruição de São Miguel. (RILLO, 2016)
Após a expulsão dos jesuítas São Borja foi administrada por prepostos do Governo de
Buenos Aires que tratavam os índios restantes como escravos. Passaram para domínio
português em agosto de 1801 através da ação das forças de José Borges do Canto contra os
Espanhóis. Já em 25 de dezembro de 1801 foi firmada a paz entre as coroas. José Borges do
Canto e mais treze companheiros de conquista receberam sesmarias pelo governo imperial, logo
houveram povoadores de outros rincões estabelecendo o comércio local e o surgimento das
primeiras estâncias organizadas nas terras doadas pelo governo aos primeiros povoadores
portugueses Foi elevada à categoria administrativa de vila em 21 de maio de 1834 quando João
José da Fontoura Palmeiro instalou a primeira câmera municipal da vila, sendo ele o primeiro
presidente da câmara e administrador da vila. “Através da lei nº.1614 do Governo Provincial,
de 21 de dezembro de 1887, São Borja era elevada à condição de cidade” (São Borja em
perguntas e respostas,1982), através do censo levantado no mesmo ano a população urbana era
de 3.360 sem contar a população rural, possivelmente bastante maior. (RILLO, 2016)
A cidade sofreu com inúmeras invasões estrangeiras, tendo sido saqueada por diversas
vezes. A se destacar a invasão paraguaia em 10 de junho de 1865, após a declaração de guerra
ao Brasil em 1864, o ditador Solano Lopes atravessou o território argentino pela província de
Corrientes onde instalou seu centro de operações, escolhendo o passo de São Borja para
penetração em território brasileiro. Nesse episódio houve resistência e após, quase total
abandono da vila, tendo ela sofrido grande prejuízo histórico com saques. Tempos após as
forças paraguaias foram encurraladas pela brasileiras, rendidas sobre o comando do Imperador
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Dom Pedro II. Entre o período de elevação a vila e a proclamação da república em 1889,
podemos citar ainda, como acontecimentos importantes, uma breve participação na revolução
farroupilha, de 1835 à 1845, com o apoio da câmera municipal ao movimento chefiado por
Bento Gonçalves da Silva por tempos, após repudiá-los e apoiar as forças imperiais e legalistas
cedendo um regular contingente de homens. (RILLO, 2016)
Getúlio Dornelles Vargas, gaúcho de São Borja e idolatrado pelo povo como “pai dos
pobres”, é uma personalidade controversa, polo de atração de admiradores e inimigos, teve o
dom de sintetizar carisma com astúcia para forjar a mais instigante carreira política da história
moderna do Brasil. Foi deputado estadual, federal, governador e senador e presidente.
(CLAUDIA, 2016)
Sepultado em São Borja continua constantemente homenageado, tanto por locais como
por turistas. No ano de 2004, no ano que marcou 50 anos de sua morte, a Assembleia legislativa
do Estado mandou construir um mausoléu na praça XV de novembro, projetado por Oscar
Niemeyer, onde foram depositados seus restos mortais.
Jango (1918-1976)
João Belchior Marques Goulart ou Jango, como era tratado por familiares, nasceu em
uma estância de fronteira em São Borja. Herdeiro fiel da era Vargas, se aproximou de Getúlio
quando este estava isolado na fazenda Itu, depois de deposto de 1945. Convivendo com Vargas,
foi despertando para a militância trabalhista que o introduziria nas luta político-partidárias
brasileiras.
Foi deputado Federal, ministro do trabalho, indústria e comercio no governo Vargas.
Venceu eleições como vice presidente de Juscelino Kubitschek e vice presidente de Jânio
Quadros que, após sua renúncia e instauração do sistema parlamentarista, veio a ser presidente
do Brasil.
A imagem de Jango se fixou como a de novo líder trabalhista. Foi deposto pelo golpe
militar de 1964, preferiu o exílio no Uruguai a expor o país a uma Guerra Civil.
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Setor Industrial
6. REFERENCIAL PRÁTICO
Fonte: http://www.teinteresa.es/ocio/bodegas-llamativas-Espana_0_972503274.html e
http://renataortiz-interiordesign.blogspot.com.br/2012/03/muito-mais-do-que-o-vinho-marques-
de.html modificado pelo autor
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Fonte: http://revistadacerveja.com.br/wals-anuncia-nova-fabrica/
A edificação, com temática distinta à do vigente trabalho, teve sua escolha baseada em
função da sua tecnologia implantada no projeto que resulta em um projeto sustentável e de sua
implantação que tirou partido da análise do entorno imediato e suas resultantes.
Visando analisar e dar destino adequado a milhares de metros cúbicos que são escavados
em projetos de construção civil e na construção do metrô da capital dinamarquesa, Copenhagen,
o escritório de arquitetura Christensen & Co concebeu o projeto do Centro de Solos
Copenhagen, localizado na beira do estreito de Öresund. (ARCHDAILY, 2016)
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co
O espaço conta com uma série de funções diferentes em seu programa, tendo o formato
do edifício sido feito de acordo com a necessidade de altura e espaço dos ambientes, resultante
em fachadas onduladas. Possui uma seção de escritórios para os funcionários, laboratórios,
vestiários, duas grandes estações de trabalho, além de garagem e espaço de almoxarifado. No
centro da edificação estão os escritórios com vista do entorno com janelas cuidadosamente
posicionadas, ao mesmo tempo otimizando o uso da iluminação natural. Um grande número de
aberturas zenitais enchem os espaços de luz natural. (ARCHDAILY, 2016)
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No pavimento térreo encontram-se cinco setores bem definidos dois espaços de oficinas
com pés-direitos mais altos, depósito, um bloco de dois pavimentos com estações de trabalho e
uma garagem. (figura 21)
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co adaptado pelo autor
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co adaptado pelo autor
As fachadas são revestidas em chapas de metal enferrujadas, esta são protegidas por
uma camada vermelha de ferrugem que ajuda a resistir a poeira e sujeira no ambiente hostil em
que se encontra. Na cobertura verde, a grande quantidade de substrato permite o crescimento
de grama alta e posteriormente, arbustos e até árvores de pequeno porte tendem a se
desenvolver, sendo um meio de colaborar na preservação da biodiversidade local. A figura 23
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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co adaptado pelo autor
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co modificado pelo autor
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co modificado pelo autor
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-185719/centro-de-solos-copenhagen-slash-
christensen-and-co modificado pelo autor
Fez-se menção a esta obra por sua relevante configuração formal, onde podem-se
perceber diferentes usos de espaços através de suas distintas formas nos blocos de edificação,
além de sua integração com a paisagem circundante. Ademais, o programa apresenta algumas
semelhanças no programa de necessidades através da temática de fábrica de bebidas com
espaços institucionais.
A vinícola, projetada pelo escritório Virai Arquitectos de Madrid, encontra-se a poucos
quilômetros de distância da capital da província espanhola de La Rioja que possui o mesmo
nome, contando com uma área construída de 6900m². Em seu projeto busca manter as
características de sua temática de produção de vinhos ao mesmo tempo que procura integrar-se
a paisagem circundante, como ilustra a figura 28. (PLATAFORMA ARQUITECTURA, 2016)
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Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-120093/bodega-institucional-la-grajera-virai-
arquitectos
O conjunto de edifícios localiza-se em uma zona não edificada, quase rural. O lote de
implantação possui um relevo bastante acidentado que foi usado como partido para construção
do programa e da forma. (figura 29)
O projeto busca difundir-se com a bela paisagem circundante, onde se percebe através
do escalonamento dos volumes, a cobertura vegetal em um dos blocos reforça a ideia de
agregar-se à natureza.
Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-120093/bodega-institucional-la-grajera-
virai-arquitectos
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No conjunto volumétrico pode-se identificar uma clara setorização (ver figura 30), com
três volumetrias distintas e uma hierarquia evidente onde o volume semienterrado de pedra
abriga a zona de produção da vinícola tendo sua cobertura inclinada para converter-se em um
elemento da paisagem, frente à ela está a parte institucional com um corpo horizontal de vidro
e elementos de proteção solar cerâmicos escuros. No terceiro volume, uma pequena torre de
quatro pavimentos abriga os usos administrativos, fechando o conjunto e ajudando a criar uma
praça peatonal de acesso aos distintos espaços.
Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-120093/bodega-institucional-la-grajera-
virai-arquitectos adaptado pelo autor
Fonte: http://www.disenoyarquitectura.net/2012/08/bodega-institucional-la-grajera-de.html
Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-120093/bodega-institucional-la-grajera-
virai-arquitectos
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A cervejaria brasileira Fellice situa-se em Manaus, Amazônia, seu projeto foi concebido
pelo escritório Hochheimer Imperatori Arquitetura de São Paulo, capital. Foi utilizada como
conceituação a ideia de fazer referência a tipologia dos mosteiros, onde iniciaram as produções
industriais de cerveja no mundo, e da arquitetura Manauara dentro de uma leitura
contemporânea. A figura 33 revela uma vista frontal da edificação. (PORTAL METÁLICA,
2016)
Fonte: http://www.metalica.com.br/cervejaria-em-manaus
Fonte: http://www.metalica.com.br/cervejaria-em-manaus
No primeiro pavimento encontra-se um grande mezanino com vista para o espaço externo,
banheiro e bar. No outro bloco, com acesso apenas de funcionários, localizam-se compartimentos de
estoque de produtos, sala de administração e de fabricação e ainda uma circulação vertical que dá acesso
à um segundo pavimento onde estão ambientes de serviço como refeitório, área técnica e banheiros.
(figura 36)
Treliça metálica
O mezanino não possui ligações estruturais com a cobertura tendo sua sustentação
independente, permitindo liberdade de layout dentro do prédio. É mantido por pilares metálicos
tubulares e vigas de perfil “i” e seu piso é de laje de concreto moldada “in loco”. A fachada
principal apresenta grande caixilhos metálicos com vidros translúcidos. A figura 38 mostra a
armação metálica do mezanino desligada da sustentação externa e a fachada com estrutura de
concreto e vidros translúcidos. (METÁLICA, 2016)
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Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/cervejaria-em-manaus
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Na visita técnica à cervejaria Tupiniquim, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, situada
na Rua Ângelo Dourado, pode-se buscar conhecimentos relativos ao modo de produção da
fábrica e logística atual. O sócio proprietário e mestre cervejeiro Christian Bonotto conduziu a
visita explanando sobre histórico da marca, processos de elaboração, equipamentos necessários
e carências atuais, conforme mostra a figura 39.
Com a visitação pode-se notar que os espaços estão insuficientes, não suprindo a
carência da demanda atual. Ainda, faltam adequações para as legislações vigentes, como
explicou o cerveiro, o envase deve estar em sala separada da produção e necessita de tratamento
de efluentes que hoje são largados diretamente na rede de esgoto. Há, também, um grande
potencial de turismo e marketing a ser explorado, necessitando de ambientes para suprir o
crescente turismo cervejeiro, podendo gerar mais lucro e reconhecimento à marca.
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CONDIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICAS
RILLO, Apparício Silva. São Borja – Em perguntas e respostas. São Paulo: Argraf, 1982.
CHING, Francis D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. São Paulo: Martins Fontes, 1998.