PR-E-235 Analise Seg Operabilidade Instal Ind Rev 9
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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA
REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO
A A PRELIMINAR TL WQ TL MD 16/10/06
Este documento somente poderá ser alterado/revisado pela equipe de gestão do SPE.
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1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 3
5.0 DEFINIÇÕES 4
6.0 PROCESSO DE ANÁLISE DA SEGURANÇA E OPERABILIDADE DE
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS (HAZOP) 4
6.1 MOMENTOS DE APLICAÇÃO DO HAZOP 5
6.2 GRUPO DE TRABALHO NECESSÁRIO 7
6.3 RESPONSABILIDADES 8
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2.0 APLICAÇÃO
Visto que um dos focos desta análise é a segurança, tanto de pessoas quanto das
instalações industriais e suas vizinhanças, destaca-se que este procedimento está em
conformidade com a norma NOR-0003-G.
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Para minimizar a possibilidade de que pontos relevantes não sejam contemplados durante a
análise o facilitador da análise orienta o grupo de maneira sistemática sobre os P&ID’s
(Piping and Instrumentation Diagram/Drawing), PFD’s (Process Flow Diagram), diagramas
elétricos unifilares e arranjos mecânicos do projeto.
O projeto é estudado linha por linha e para cada nó de estudo analisado, é aplicada uma
série de palavras-guias, identificando os possíveis desvios operacionais, suas possíveis
causas e as prováveis consequências na ocorrência destes desvios.
A metodologia HazOp é indicada para todos os projetos corrente e capital, sejam eles
Greenfield ou Brownfield de novas instalações industriais e/ou ampliações de instalações
existentes. Também pode ser aplicada à análise de modificações de instalações existentes,
sejam estas de grande ou pequeno porte.
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Estudos da IPA (Independent Project Analysis) demonstram que, em média, projetos que
não passam por uma análise HazOp na fase de desenvolvimento apresentam desvios da
ordem de 3 a 6% no custo total de implantação. Isto ocorre porque várias necessidades de
adequação de segurança e operabilidade são observadas no comissionamento e entrega à
operação, o que introduz custos que não foram previstos na estimativa autorizada
originalmente.
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Nesta fase do projeto o sistema está suficientemente definido para permitir respostas
significativas às questões emergentes da aplicação da metodologia, porém, ainda permite
facilmente e com baixo custo (comparado aos custos necessários de alterações nas etapas
de detalhamento ou construção) alterações que necessitem ser realizadas em função dos
riscos identificados.
Sua aplicação antes da definição das metas do projeto permite que as ações indicadas
sejam consideradas na elaboração do cronograma e do CAPEX do projeto.
Além disso, faz-se importante que a metodologia do HazOp seja realizada antes do HIRA de
projeto com o objetivo de identificar possíveis MUEs (Material Unwanted Events) porque
estas informações são inputs para a realização dos HIRAs de projetos.
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O foco desta análise é identificar possíveis desvios operacionais que não foram identificados
no(s) HazOp(s) anterior(es). Ainda nesta fase, as modificações em projeto dos possíveis
desvios levantados terão menos impactos financeiros e de cronograma do que a
constatação dos desvios operacionais após o projeto concluído ou em fase de operação.
A sessão de HazOp é conduzida pelo analista de riscos independente (podendo ser Vale ou
contratada) com um grupo de trabalho que deve atender aos seguintes critérios.
Tabela 6.1 - Critérios para seleção de participantes do grupo de trabalho para análise de segurança e
operabilidade de instalações industriais – HazOp
A interação entre participantes com diversos backgrounds estimula a
criatividade para vislumbrar todos os modos pelos quais um evento
Grupo multidisciplinar indesejado possa ocorrer ou um problema operacional possa surgir e gera
ideias inovadoras e sistêmicas para sua solução. A tabela 6.2 fornece uma
sugestão para composição do grupo por tipo de projeto.
Experiência e À exceção do Analista de Riscos, os participantes devem reunir amplos
conhecimento conhecimentos nos processos sob análise.
Os participantes devem representar todas as áreas operacionais
Representatividade
relacionadas ao escopo do projeto.
Os participantes devem possuir capacidade para propor modificações sobre
Autonomia o projeto de engenharia, sem necessidade de autorizações adicionais (o que
levaria a baixa produtividade nas sessões de trabalho).
Os participantes devem ter responsabilidades estabelecidas com relação à
Comprometimento
segurança e operabilidade das instalações em operação.
Os participantes não devem se ausentar eventualmente das sessões de
trabalho. O envio de representantes ou substitutos atrasa o andamento dos
Continuidade
trabalhos, pois estes não possuem o conhecimento sobre as reuniões
anteriores.
A tabela 6.2 apresenta uma recomendação das funções representadas no grupo por tipo de
projeto. Estas funções podem envolver representantes da Vale e/ou da(s) contratada(s).
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6.3 RESPONSABILIDADES
Ele deve ser elaborado de acordo com cada fase do projeto, respeitando as previsões de
desenvolvimento dos cronogramas de implantação, conforme descrito abaixo:
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O agendamento da sessão do HazOp deve ser feito pela Equipe do Projeto, que deve
comunicar a Diretoria de Projetos a intenção da realização do HazOp, informando a data e o
local (cidade e se possível o local específico) da realização das sessões. Em conjunto com a
Diretoria de Projetos, o projeto definirá como irá conduzir as sessões (empresa
especializada contratada ou equipe Vale).
O Analista de Riscos deve apresentar à Equipe do Projeto a metodologia que será aplicada
visando unificar os conceitos sobre análise de riscos e apresentar os ganhos que podem ser
obtidos a partir da realização deste estudo. Devido à dificuldade de reunir toda a equipe que
participa das sessões do HazOp, a apresentação da metodologia pode também ser
realizada nos momentos que antecedem o início das sessões.
A Equipe do Projeto deve enviar ao Analista de Risco responsável pela condução do HazOp,
toda documentação necessária, com no mínimo 20 dias corridos de antecedência da data
da realização das sessões.
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O plano e o grupo de trabalho devem ser definidos pelo Líder do Projeto e Analista de
Riscos responsável pela sua execução, conforme anexo A.
Considerando o escopo de engenharia para análise HazOp, o grupo de trabalho deve ser
selecionado conforme as orientações no item 6.2 deste procedimento.
Para as partes do escopo de engenharia sob análise que envolve processos contínuos, deve
tomar como base os códigos das linhas entre os componentes nas folhas de P&ID’s onde os
parâmetros de processo (pressão, temperatura, fluxo, etc.) possuem uma intenção de
operação definida (por ex., na alimentação e saída em tanques, bombas, trocadores de
calor, válvulas, transferência entre linhas de transporte de material como correias, etc.),
seguindo sequência do fluxo de materiais, definem-se os nós de estudo. Assim, por
exemplo, um tanque para estoque de um produto líquido é analisado em função de dois nós:
nas tubulações de entrada e saída do líquido. Nas parcelas do escopo de engenharia sob
análise que envolve processos descontínuos, a definição dos nós de estudo baseia-se,
principalmente, nas sequencias de operação sobre os elementos codificados nos PFD’s.
Novamente, a sequência de enumeração dos nós deve seguir o fluxo dos materiais.
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A identificação formal dos nós de estudo define completamente o escopo da análise HazOp.
A partir dos nós identificados deve-se realizar uma estimativa preliminar do tempo total
envolvido na análise. Para cada nó de estudo pode-se estimar aproximadamente 3 horas de
sessão de trabalho para discussão e análise. Este parâmetro fornece uma estimativa inicial
de duração total em horas das sessões de trabalho.
Para cada nó deve ser informada a intenção de operação e seus parâmetros a partir do
memorial descritivo de processo, PFD’s, P&ID’s. Em processos descontínuos, esta
preparação é mais demorada, principalmente devido à presença de operações manuais. As
intenções e parâmetros de processos devem ser levantados das instruções de operação (ex:
acionamento do..., transferência de..., partida de..., parada, mudança), diagramas lógicos e
esquemas de equipamentos.
Sempre que houver registros relevantes sobre a intenção de operação – associações com
outros nós, informações dos estudos ambientais, requisitos de saúde e segurança
normalizados ou exigências legais, eventos relevantes de históricos da operação
(brownfield, revamp) ou de projetos similares (greenfield), proximidade a comunidades e
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O Analista de Riscos deve ainda estabelecer os desvios operacionais para cada nó. Isto é
realizado pela combinação das palavras-guia aos parâmetros de processo dos nós.
Naturalmente, nem todas as combinações de palavras-guia e parâmetros de processo são
aplicáveis. A Tabela 7.1 apresenta uma matriz sugerida para combinação. Em qualquer
caso, o contexto deve ser analisado para estabelecer a combinação mais adequada e outras
palavras-guia podem ser estabelecidas para as particularidades do sistema sob estudo.
Teor, Concentração
Agitação, Rotação
Pressão absoluta
Volume, Massa
Vazão, Fluxo
Temperatura
Viscosidade
Frequência
Velocidade
Corrente
Potência
Amostra
Reação
Tensão
Nível
Palavras – Guia
PH
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Este sub-processo consiste na realização das sessões de trabalho para análise dos desvios
operacionais pré-determinados, ou seja, é a aplicação da técnica HazOp propriamente dita.
O líder do projeto ou seu representante deve convocar o grupo de trabalho para a sessão de
identificação de riscos, conforme detalhado no plano de trabalho e o Analista de Riscos é o
responsável por conduzir a sessão.
Nesta sessão o grupo de trabalho deve identificar os riscos operacionais a partir dos desvios
propostos e das documentações de projeto, conforme Anexo C.
Todos os desvios devem ser considerados sob a hipótese de ausência dos controles
planejados. Cada desvio operacional pré-estabelecido deve ser analisado pelo grupo para:
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Caso não seja possível uma análise completa de um desvio, devido à falta de informações
ou conhecimentos por parte da equipe, também se deve registrar este fato no campo
observações.
As causas devem ser analisadas sob a hipótese de ausência dos controles planejados.
A partir do momento em que um desvio tenha demonstrado possuir uma causa aceitável, ele
pode ser tratado como uma ocorrência significativa e analisado adequadamente. Um desvio
pode apresentar diversas causas e todas devem ser discutidas e registradas no registro de
riscos, Anexo C.
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O RPN deve sempre ser calculado como o produto simples entre SEV x OCR x DET,
portanto variando de 1 (mais seguro) a 1000 (mais arriscado). Sob nenhuma justificativa
poderá ser alterado o modo de cálculo e critérios de avaliação do RPN a fim de proporcionar
uma base normalizada para risk rating dos projetos da Vale.
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7.2.2.1.4 Definição de ações, com prazo e responsáveis para a mitigação dos riscos
operacionais
Para cada desvio, o grupo deve propor recomendações para a prevenção ou remoção das
causas e/ou minimização ou eliminar possíveis consequências. Isto pode passar por uma,
ou uma combinação, de diferentes opções:
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Caso existam correções imediatas a serem feitas no processo, estas devem ser registradas,
mesmo que concluídas até o fim do estudo.
Uma vez que várias áreas, com diferentes metas estão representadas no grupo, o facilitador
tem um papel chave no sentido de estabelecer um consenso no grupo sobre quais medidas
devem ser adotadas. Também, o facilitador deve cuidar que as recomendações sejam
soluções comprovadas industrialmente, sem envolver adaptações ou inovações.
Para cada recomendação acordada pelo grupo deve ser nomeado um responsável pela sua
implementação e um prazo (data) deve ser estabelecido para a conclusão da ação.
Estas definições devem ser registradas no registro de riscos, Anexo C deste procedimento.
A responsabilidade deve ser nominal, não devendo ser registradas responsabilidades para
coordenações, áreas, departamentos, etc.
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Vale salientar que o recálculo da Matriz de Risco da Vale, conforme NOR-0003-G, é feito
automaticamente.
Para contornar esta limitação, o facilitador da análise deve primeiro conduzir o grupo em
uma abordagem mais ampla, mudando o questionamento de “quais são os desvios
admissíveis neste nó?” para “Como nós poderíamos fazer o sistema falhar
catastroficamente, com perdas de ativos e/ou vidas humanas, ou perdas operacionais
graves, de longa duração?”.
A ideia é, com base no conhecimento aprofundado do projeto por parte do grupo, inventar,
criar situações hipotéticas em que o maior dano concebível seja resultante: graves
consequências locais, colapsos na operação do sistema ou sua destruição parcial/total. Este
questionamento deve mudar completamente a perspectiva do grupo e induzi-lo a um
brainstorming do qual deve ser possível ao facilitador capturar uma lista de cenários
potenciais de falhas sistêmicas do projeto.
A dinâmica pode ser desenvolvida sobre os PFD’s e arranjo geral do site. Diagramas de
blocos dos principais equipamentos também são úteis para tornar objetivas as discussões.
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Para desenvolver o relatório, o Analista de Riscos deve elaborar uma estatística que
consolida todos os resultados. Essa estatística é composta pelos seguintes itens:
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A estatística pode ser customizada pelo Analista de Riscos conforme a sua necessidade,
porém deve adotar no mínimo os critérios citados acima. Para facilitar a elaboração da
estatística encontra-se disposto no Anexo D, um template a ser utilizado para esta atividade.
Como resultado desta análise deve ser elaborado o Relatório de Análise de Segurança e
Operabilidade de Instalações Industriais – HazOp, o qual deve ser composto de.
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Quando a análise HazOp for executada em conjunto com a análise de riscos do projeto deve
ser elaborado um único relatório de análise de riscos, seguindo a estrutura mínima definida
no PR-E-233 – Análise e Gestão Integrada de Riscos (AGIR) – Riscos do Projeto.
ANEXOS
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