ICC 227 LocalCrimeAtual

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5

fl.

SÃO PAULO-SP
260700JUL18
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
www.policiamilitar.sp.gov.br SÚMULA DE ICC Nº 227
[email protected]

1. TEMA: "AÇÃO DO POLICIAL MILITAR PARA PRESERVAR O LOCAL DE CRIME -


ATUALIZAÇÃO"

2. CALENDÁRIO:
Início: 01AG018
Término: 10AG018

3. ASSUNTO A SER LIDO


Policial Militar!
O descumprimento de procedimentos relativos ao isolamento e à preservação de locais de
crime durante o atendimento de ocorrência geram impactos significativos na elucidação dos
delitos e prejudicam a identificação de infratores da lei, que deixam vestígios no local delitivo.
Então, hoje vamos tratar sobre as atividades críticas na ação do policial militar para
preservar o local de crime (Procedimento Operacional Padrão: 2.05.01), elencando os passos a
serem seguidos:
1. Isolar e preservar o local de crime.
2. Evitar que pessoas não autorizadas entrem ou permaneçam no local de crime.
3. Registrar as pessoas que realizaram o levantamento do local de crime e daqueles que
ficaram responsáveis pelas coisas, objetos do crime (cadáver, armas, instrumentos, veículos
etc.).
Ainda, temos a sequência de ações abaixo:
1. Verificar se há necessidade de apoio para aproximar-se do local de crime.
2. Aproximar-se do local de crime com cautela, sem que seja alterado seu estado e
disposição do corpo de delito.
3. Contatar o solicitante e buscar informações que possam contribuir para o
esclarecimento dos fatos.
4. Identificar se há vítimas feridas e providenciar, por meio do acionamento imediato do
SAMU, serviço local de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros, o
pronto e imediato socorro das vítimas:
4.1. o policial militar deverá proceder ao transporte imediato da vítima para
socorro ou unidade hospitalar, sempre que:
4.1.1. não existir na localidade Unidade de Resgate, SAMU ou outro serviço de
emergência;
4.1.2. autorizado pelo COPOM/CAD, quando o tempo previsto de resposta da Unidade
de Resgate, SAMU ou serviço de emergência não for adequado para a situação.
5. Informar ao COPOM o número de feridos para o encaminhamento.
6. Se houver sinais de morte evidente, não remover o corpo do local e providenciar o
acionamento da perícia e das autoridades competentes, via COPOM/CAD.
7. Avaliar o local em que o corpo de delito se encontra e dimensionar as proporções do
campo pericial que deverá ser preservado.
8. Transmitir ao COPOM/CAD as informações necessárias para que seja providenciado o
acionamento da perícia e das autoridades competentes.
9. Isolar o local de crime (de preferência utilizando fita apropriada), cuidando para que
não ocorram, salvo nos casos previstos em lei, modificações por sua própria iniciativa ou por
terceiros, impedindo o acesso ou permanência de qualquer pessoa, mesmo familiar da vítima ou
de outros policiais que não façam parte da equipe especializada, exceto o delegado do Distrito
Policial e ou da Divisão de Homicídio do DHPP, peritos do Instituto de Criminalística e ou
Instituto Médico-Legal.
10. Para sair da cena de crime, adotar o mesmo trajeto da entrada, observando sua
trajetória.
11. Preservar a área imediata e, se possível, também a área mediata, não lhe alterando a
forma em nenhuma hipótese, salvo quando absolutamente necessário para preservar outras
provas, para tanto o policial militar deverá:
11.1. não tentar localizar objetos (do crime ou ilícitos) na cena do crime;
11.2. em nenhuma hipótese, mexer em qualquer objeto que componha a cena de crime;
não revirar os bolsos das vestes do cadáver, não recolher pertences, não mexer nos
instrumentos do crime, principalmente armas, não tocar no cadáver, principalmente não movê-
lo de sua posição original; não tocar nos objetos que estão sob guarda, não fumar, não beber e
nem comer no local, não utilizar telefone nem sanitário da cena de crime ou qualquer objeto
existente no local de crime;
11.3. manter portas, janelas, mobiliários, eletrodomésticos, utensílios, tais como foram
encontrados, não abrindo ou fechando, ligando ou desligando, salvo o estritamente necessário
para conter risco eventualmente existente.
12. Verificar se há testemunhas que possam ajudar na elucidação dos fatos e qualificá-las.
fl.3

13. Permanecer no local até a chegada da perícia ou da autoridade competente.


14. Passar todos os dados do local de crime para as autoridades competente
comparecerem no local.
15. Aguardar a conclusão dos trabalhos da Polícia Técnico-Científica (IC, IML) e a
liberação do local por parte da autoridade competente.
16. Registrar as pessoas que realizaram a perícia do local de crime e aqueles que ficaram
com a responsabilidade pelas coisas ou objetos relacionados ao crime (cadáver, armas, objetos
etc).
17. Informar ao COPOM/CAD que o local foi liberado.
18. Relacionar corretamente os objetos envolvidos na preservação do campo pericial.
19. Providenciar o registro no respectivo Distrito Policial.
20. Elaborar o BOPM e registro no RSO.

Desse modo os resultados esperados são:


1. Isolamento correto do local, sem tocar ou alterar o estado das coisas e disposição do
corpo de delito.
2. Preservação do local até a chegada dos peritos ou das autoridades competentes.
Mas também temos que tratar das possibilidades de erro, conforme abaixo:
1. Alterar, sem necessidade, a posição da(s) pessoa(s), (cadáver) ou objeto(s).
2. Revistar os bolsos das vestes da vítima.
3. Deixar resíduos pessoais durante e após a preservação, como: papéis de bala, cigarro
etc.
4. Mexer nos instrumentos e ou objetos do crime (armas principalmente)
5. Não proteger o local de crime de intempéries.
6. Deixar parentes ou outras pessoas entrarem no local de crime.
7. Não isolar corretamente o local de crime.
8. Não solicitar apoio quando necessário.
9. Considerar morte da vítima a ausência de pulso ou respiração.
10. Não registrar os apoios e as identidades dos responsáveis por coisas, objetos do crime.

Lembrando que um local de crime bem preservado que possibilite a coleta de provas
materiais é o início e a diretriz segura para uma investigação de sucesso, uma vez que o policial
deve se ater aos possíveis materiais genéticos deixados pelos criminosos, principalmente suas
impressões digitais.
Portanto, a ausência do uso de luvas descartáveis por Policiais Militares em lo
crime traz a possibilidade da impressão de suas digitais no local, dificultando a ação d\:). r

que coleta impressões digitais com objetivo de pesquisa no Sistema Automatizaâo de


Identificação de Impressões Digitais, o qual detém banco de dados de papiloscopia de
infratores da lei.
É de extrema relevância destacar que, por vezes, a patrulha responsável pelo atendimento
da ocorrência necessita encerrar o Boletim de Ocorrência Eletrônico - BOe para retornar ao
patrulhamento, mas não possui as informações dos responsáveis pela perícia do local. Neste
caso, os policiais militares deverão encerrar o BOe e informar, de imediato, o Comandante de
Cia, para que este possa inserir os dados da aludida perícia antes de sua validação.
Policial Militar, vamos atentar para a correta execução dos Procedimentos Operacionais
Padrão!!
VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE MAIS VALIOSO!

4. VERIFICAÇÃO IMEDIATA
(selecionar no corpo discente 03 (três) policiais militares para responderem às questões abaixo):

4.1. Qual é o material necessário para que o Policial Militar evite a possibilidade deixar sua
impressão digital no local de crime, possibilitando que a perícia execute a devida coleta de
impressões digitais para pesquisa no Sistema Automatizado de Identificação de Impressões
Digitais?
R: Luvas descartáveis.

4.2. Para uma investigação de sucesso em crimes de roubo a transportadora e carros fortes
é indispensável tomar qual medida?
R: Preservar bem o local de crime possibilitando a coleta de provas, principalmente de materiais
genéticos deixados pelos criminosos, como as suas impressões digitais.

4.3. Quais são as atividades críticas na ação do Policial Militar na preservação de local de
crime?
R: 1. Isolar e preservar o local de crime.
2. Evitar que pessoas não autorizadas entrem ou permaneçam no local de crime.
3. Registrar as pessoas que realizaram o levantamento do local de crime e daqueles que
ficaram responsáveis pelas coisas, objetos do crime (cadáver, armas, instrumentos, veículos etc.).
fl.5

4.4. Qual o procedimento deve adotar a patrulha responsável pelo atendimento da


ocorrência, que necessita encerrar o Boletim de Ocorrência Eletrônico - BOe para
retornar ao patrulhamento, mas não possui as informações dos responsáveis pela perícia do
local?
R: Os policiais militares, integrantes da patrulha, deverão encerrar o BOe e informar, de
imediato, o Comandante de Cia, para que este possa inserir os dados da aludida perícia antes de
sua validação.

5. RESPONSÁVEIS PELA ATUALIZAÇÃO


5.1. Cap PM Sandra Helena Linhares;
5.2. Subten PM Rodrigo Moreira da Silva, ambos da DEC.

6. RESPONSÁVEIS PELA REVISÃO


6.1. Maj PM Renato Lopes Gomes da Silva da DEC;
6.2. Cap PM Daniel Kumai, do 12º BPM/M.

.__,.;:., ~
LUIZ CARLOS PEREIRA M
Cel PM Diretor

"Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Ffsica e da Dignidade da Pessoa H11ma11a".

Você também pode gostar