Koshiki Guide 1
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Koshiki Guide 1
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http://silenthillchronicle.net/shkgb.htm
Silent Hill, o cenário da história, é uma cidade rural localizada em algum lugar no
nordeste da América. Sua fonte principal de renda é turismo e, até certo ponto,
agricultura. É uma cidade pequena com uma população menor que 30,000, e seu
principal mercado – turismo – está em estado de declínio constante. Alguns dos
residentes mais conservadores da cidade se opõem a modernização e a transformação
da cidade em uma atração turística, e mesmo que Silent Hill aparente a primeira vista
como uma cidade rural inócua, isso trouxe certa “escuridão” inesperada na forma de
distribuição de drogas aqui. Há rumores de que um culto religioso de escala
considerável exista por trás das cenas. Também parece ser um lugar onde jovens são
arrebatados, aqueles que trabalham no desenvolvimento da cidade morrem
misteriosamente, e tradições sinistras continuam a ser passadas de tempo atrás.
P: O que aconteceu com a maioria das pessoas que viviam em Silent Hill?
P: Por que o contato da cidade com o mundo de fora está completamente cortado?
As estradas levando para fora da cidade entraram em colapso, como se tivesse havido
um severo terremoto. Se não se entende o que aconteceu com a cidade, não haverá
também a capacidade de compreender a resposta para essa pergunta. Uma coisa certa
é o fato de que em Silent Hill a linha entre realidade e não realidade está indistinta.
Pode ser que a cidade em si moveu-se para algum lugar, que é outra dimensão, ou que
tudo está acontecendo dentro de um sonho. Poderia ser que o mundo real espera
atrás dessas estradas colapsadas?
Anoitece (?) em várias ocasiões enquanto Harry avança pela cidade. Da mesma forma,
tem muitas vezes onde a cidade e seus prédios mudam completamente. Para
conveniência , me referirei a isso como “lado certo” e “lado reverso” nesse livro. Essas
mudanças ocorrem porque tem um ciclo no mundo dos pesadelos de Alessa que
envolvem a cidade. Da mesma forma que uma pessoa normalmente repete sono REM
e não-REM em um ciclo regular enquanto está dormindo, quando o mundo dos
pesadelos se aproxima de uma escuridão mais profunda (sono), um fenômeno ocorre
onde a luz é completamente apagada e o mundo se move à um pesadelo ainda mais
profundo quando o ciclo avança novamente. Já sobre o “lado certo” e o “lado
reverso”, para encurtar, não é que um é realidade e outro é um sonho; de fato,
nenhum é realidade. Incidentalmente, a razão para o “lado reverso” tomar um aspecto
tão assustador é que, com seu corpo queimado, o pesadelo sem fim de Alessa se
tornou distorcido e amplificado pelos pensamentos do deus malevolente. Seu ódio e
terror se tornou nutrição para que essa deidade malevolente florescesse.
Dahlia Gillespie aparece durante e depois da metade do jogo e sugere a Harry seu
curso de ação. Nos estágios finais do jogo, descobrimos que que foi ela quem
orquestrou tudo, e que o que ela estava fazendo era suportado por um motivo
profundamente grandioso. Mesmo sem ser mencionado no jogo, Dahlia assume o
papel de uma médium espiritual em um certo culto que foi estabelecido no submundo
de Silent Hill. A doutrina única desse culto é enraizada em lendas sobre o deus da
terra, e é separada de qualquer doutrina religiosa que exista na realidade. Para
simplificar, trazer o advento de um deus malevolente e libertar destruição sem limites
– esse é o desejo de longa data da organização ao qual Dahlia pertence, porque “todos
os pecados serão lavados”, “todos serão livres de todo sofrimento” e eles irão “tomar
de volta o verdadeiro paraíso”. A técnica de engravidar o ventre de uma mãe humana
com esse deus malevolente foi tentada muitas vezes para conseguir esse fim, mas
sempre falhou. Dentre as desaparições misteriosas que se passaram pela cidade,
existem casos de meninas jovens que foram raptadas pelo culto como possíveis mães
substitutas (porém a maior parte delas eram apenas jovens que ficaram cansadas do
cenário rural e deixaram para a cidade grande).
Dahlia originalmente achou que Alessa seguiria seus passos como uma médium
espiritual do culto, mas reparou que o ritual teria muito mais chances de ter sucesso se
a usasse como mãe substituta para trazer o nascimento do deus do culto. E então, sete
anos atrás, Dahlia conduziu uma técnica para trazer a vinda do deus do culto usando
Alessa no porão da própria casa. Mesmo que o culto tivesse um lugar onde conduziam
seus rituais, Dahlia estava confiante de que seria capaz de invocar o deus malevolente
se Alessa fosse a mãe substituta, portanto, como não era necessário escolher uma
localização, ela impulsivamente conduziu o ritual no próprio porão. O processo do
ritual envolvia muito fogo, que consequentemente escalou em uma conflagração.
Incidentalmente, tem informação no jogo sobre “seis casas que queimaram no distrito
comercial”, mas o local onde esse incêndio ocorreu não pode ser localizado no mapa
do distrito comercial. Parece que as casas foram completamente demolidas durante os
sete anos que se passaram.
No jogo, é reportado que o “corpo carbonizado de Alessa foi encontrado”. Apesar dos
arquivos mostrarem que ela morreu, ela foi secretamente levada ao Hospital
Alchemilla e cuidada por sete anos no porão do hospital. Kaufmann preparou um
corpo substituto; é possível que ele também seja quem conduziu uma “autópsia”. O
método que Dahlia usou para trazer a vinda do deus do culto quase funcionou com
Alessa sendo a mãe substituta, mas Alessa rapidamente deixou que parte de sua alma
escapasse e a técnica não foi completamente bem sucedida. Para encurtar, mesmo
com o embrião do deus malevolente dentro dela, o ritual foi suspendido.
Alessa sofreu queimaduras que cobriam seu corpo inteiro e estavam bem além do
nível fatal, mas ela continuou a viver – ou melhor, foi mantida viva – porque o deus
malevolente protege o corpo de sua mãe. Adicionalmente, Dahlia continuamente
infligiu dor em Alessa naquele estado por sete anos usando encantamentos que
forçaram a parte perdida de sua alma a responder. Essa parte de sua alma era Cheryl.
Se a alma pudesse ser unificada, o ritual seria completado e o deus malevolente
acordaria, então Dahlia causou o sofrimento de Alessa, compelindo-a a buscar ajuda
de Cheryl. Incidentalmente, corpos (?) que aparentam estar enrolados em roupões que
os cobrem da cabeça aos pés são vistos em lugares que levam ao “outro” mundo.
Essas figuras estão vestindo as roupas cerimoniais do culto. Poderia ser que tenham
sido manifestado do ressentimento de Alessa contra o culto?
Mesmo que Cheryl seja “outra metade” de Alessa, ela não era ciente disso. Quando ela
disse a Harry que queria ir para Silent Hill, foi porque ela sentia o sofrimento de Alessa
– “Alguém me ajude” – a alcançou. Por sete anos, Alessa lidou com seu sofrimento
porque ela não queria destruir o pouco de felicidade que sua outra metade tinha a
capacidade de desfrutar, mas pouco a pouco, o encantamento de Dahlia sucedeu e se
tornou mais poderoso do que Alessa poderia aguentar. Então, baseada em sua
percepção de que “alguém (eu mesma) está me chamando...”, Cheryl foi para Silent
Hill com Harry.
Mesmo que o exato momento não seja especificado, não tem como perder o fato de
que foi durante os estágios iniciais. O desaparecimento de Cheryl no beco durante a
abertura veio em mente porque o pesadelo de Alessa começou a encurralar o sonho
de Harry; aquele evento não é especificamente relacionado à fusão de Cheryl com
Alessa. Adicionalmente, o jogo apresenta tanto uma versão mais velha de Alessa
quanto criança. Uma delas é sua aparência de idade real, enquanto a outra é um
“fantasma” de sete anos atrás. Ao se unir com Cheryl, Alessa (em sua idade real) foi
renascida de suas queimaduras severas, quebrou o feitiço que Dahlia e os padres do
culto usaram para controlá-la e tomou providências. Ao se unir, Alessa adquiriu
poderes psíquicos como teleporte – poderes que ela sempre possuiu. Se ela estivesse
vivendo sob circunstancias normais, esses poderes nunca teria se manifestado. Alessa
naturalmente possuía certo poder de intuição espiritual e naquele ponto seu “sexto
sentido” era poderoso o suficiente que ela estava tendo premonições, mas essas eram
mais intuições do que poderes sobrenaturais. Sua mãe, Dahlia, pode ter conduzido
magia e tudo mais, mas isso não significava que tinha poderes especiais. Poderia ser
que a deidade malevolente dentro de seu corpo e se unindo com Cheryl foi o que a
levou a adquirir poderes sobrenaturais?
Dahlia usa a frase “a Marca de Samael” enquanto falando com Harry. É sofismo para
fazer Harry se preocupar que algo terrível está acontecendo que deve ser parado a
qualquer custo; é baboseira que se encaixa na categoria de jogo de palavras. Dahlia
achou que poderia usar Harry para pegar Alessa, então ela usou termos
incompreensíveis com sinceridade falsa.
R: É um feitiço de aniquilação.
O que Alessa estava criando era o Selo de Metatron. Seu nome é derivado do nome de
um anjo de libertação do sistema Cabalístico. Presa pelo feitiço do culto e tendo que
viver um pesadelo sem fim de agonia, Alessa queria a morte plena. Já que ela era
incapaz de morrer da forma normal sob influência do poder de uma deidade
malevolente, Alessa pretendia se “aniquilar” com o poder do Selo de Metatron junto
ao mundo dos pesadelos.
Dahlia e Kaufmann eram conectados pela distribuição de White Claudia, usada para
fazer a droga PTV.
No jogo, o pó branco está no cofre da loja de conveniências é PTV. O culto usava White
Claudia, a matéria prima da droga, durante seus rituais desde tempos antigos. Para
encurtar, mesmo com o culto ao qual Dahlia pertencia sendo uma sociedade secreta,
eles vieram a possuir uma forma de estrutura e capacidade organizacional que os
permite manufaturar narcóticos além do alcance da vigilância policial. White Claudia,
que é refinada a uma droga extremamente poderosa chamada PTV, é transferida para
fora do culto e vendida principalmente a turistas por Kaufmann. Em troca, Kaufmann
pratica acordos medicinais ilegais, como autopsias baratas e divergência de
farmacêuticos para canais ilegais. E então, desde aquele incêndio sete anos atrás,
mágica através do poder do deus malevolente e o assunto de cuidar de uma Alessa
queimada se tornaram pontos de negociação. O desejo de Kaufmann, a linha que
ilustra seu auto interesse em relação ao mundo, foi o lucro que tirava da droga.
Kaufmann é um realista por natureza que não acredita em coisas como feitiços e magia
negra, mas ele aceitou a responsabilidade de tratar Alessa para que a circulação de
White Claudia continuasse a ocorrer em seu favor. Porém, sendo uma testemunha de
primeira mão as mortes do prefeito e um policial narcótico, ambos que foram trazidas
através de meios mágicos removidos do poder do embrião do deus, parece que ele
veio a decisão de que magia era algo que poderia usar, ele tiraria vantagem.
Incidentalmente, as “mortes misteriosas de um grupo de desenvolvimento” que Lisa
menciona durante sua conversa com Harry é meio que uma lenda urbana, então se
aconteceu ou não, não é certo.
Norman Young foi envolvido em tráfico de drogas junto com Kaufmann, mas lavou
suas mãos completamente disso porque o risco era muito. Ele não tinha nada a ver
com o culto, e parece que ele havia ouvido rumores que Kaufmann havia feito coisas
inquietantes. De detalhes como o fato de que ele foi solicitado a transportar comida
do motel, pode ser presumido que ele pode ter sido meio que um capanga do
Kaufmann. De qualquer forma, Norman Young não é alguém particularmente
relevante aos eventos de Silent Hill.
P: O que é o aglaophotis?
O culto religioso ao qual Dahlia pertence, como previamente mencionado, possui uma
estrutura original que é inteiramente separada de qualquer doutrina religiosa da
realidade, mesmo que em alguns casos os conceitos e termos utilizados sejam
apropriados de outras terminologias religiosas por conveniência. Isso é por causa do
aspecto da “religião nova”, que veio a ser a doutrina do culto, foi sistematizada através
do processo de pesquisar teologia e demonologia. Aglaophotis é um termo da Cabala
que significa algo como “amuleto”. Dahlia e os outros estavam o usando como algo
que impedisse a deidade malevolente. Isso é porque eles consideram as raízes dos
demônios, como eles são chamados em religiões convencionais, como não sendo tão
separadas das do deus da terra no qual eles acreditam.