Ansiedade, Depressão, e Suicidio

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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos


Licenciatura em Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

3º Ano, Trabalho em Grupo, 1º Semestre, 3ºGrupo

Cadeira: HIV/SIDA e Habilidades de Vida


Tema: Suicídio: Ansiedade e Depressão

Docentes:
Lic. Dércio Victor & MSc. Piedade Mussiviha
Discentes:
Crimildo Luciano Chaibo
Custódio Basílio Chiueteca
Efigénia Da C. Eugénio
Herculano Fernandes Da Zita Viegas
Nilde Célia Massinga Manuel
Rosalina M. Luis Castro

Lichinga, Março de 2024


Índice
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

1.1 Objectivos ............................................................................................................... 1

1.2 Metodologias .......................................................................................................... 1

2. SUICÍDIO ................................................................................................................. 2

2.1 Definição de suicídio .............................................................................................. 2

2.2 Barreiras à detecção e à prevenção do suicídio ...................................................... 2

2.3 O impacto do suicídio ............................................................................................. 3

3. ANSIEDADE ............................................................................................................ 3

3.1 Uma breve história da ansiedade ............................................................................ 3

3.2 Definições de ansiedade .......................................................................................... 3

3.3 Sintomas de ansiedade ............................................................................................ 5

3.4 Tratamentos de ansiedade ....................................................................................... 5

3.5 Relaxamento muscular progressivo .................................................................... 5

4. DEPRESSAO ............................................................................................................ 6

4.1 Conceito de depressão ............................................................................................ 6

4.2 Sinais e Sintomas de Depressão.............................................................................. 6

4.3 Tratamento da depressão......................................................................................... 7

5. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 8

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 9


1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas as tendências suicidas têm apresentado índices mais elevados. Esse
tema tem ocupado centros de estudos e discussões nos mais variados contextos, de modo
especial os ligados à saúde e vida e em disciplinas como Psiquiatria, Sociologia e Saúde
Mental. O suicídio é considerado fenômeno multidimensional, presente na sociedade e
que acompanha a história da humanidade, no tempo e espaço, hoje apresentando índices
significativos.
Para Kaplan (2002), concidera que o suicídio significa a tentativa de resolução de um
problema ou crise, que causa intenso sofrimento, associado a não satisfação de
necessidade, a sentimentos de desesperança e desamparo, a conflitos entre a
sobrevivência e estresse insuportável, a falta de alternativas e busca pela fuga. É uma
situação em que se percebem sinais de angústia no suicida.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) (2000) refere que:


Aproximadamente um milhão de pessoas morreram no mundo por suicídio, sendo
a taxa global de 16 por 100 mil habitantes, o que representa uma morte a cada 40
segundos, agravo esse presente em países desenvolvidos e emergentes (P.11).

1.1 Objectivos
Geral

Compreender o Suicídio: Ansiedade e Depressão.

Específicos

Identificar a prevenção do suicídio e o impacto do suicídio;


Compreender sintomas de ansiedade e tratamentos;
Compreender a depressão, conceitualização, sinais, sintomas e tratamento.

1.2 Metodologias
Para a realização do presente trabalho recorremos a manuais e monografias.

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2. SUICÍDIO

2.1 Definição de suicídio


Segundo ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP) (2014), refere que:
O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio
indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo
que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal. Também fazem parte
do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os
planos e a tentativa de suicídio (p.9).

Evento que pode levar os indivíduos a um primeiro contato com um profissional que os
ajude. Na maioria das vezes, este primeiro contato não se dará com um psiquiatra, mas
com um profissional dos serviços de pronto-atendimento, um médico da atenção básica.
Revendo as diversas estratégias preventivas de suicídio, conclui-se que melhorar os
serviços de saúde e desenvolver intervenções efetivas para o grupo de pacientes com risco
de suicídio é fundamental, considerando-se que, como será visto adiante, uma tentativa
de suicídio é o principal fator de risco para outra tentativa e para o próprio suicídio.
Abordar adequadamente esse indivíduo pode garantir que sua vida esteja salva no futuro.
Fornecer informações aos médicos sobre o tema, de forma a ajudá-los a identificar
pessoas em risco e prevenir o ato suicida, é o objetivo principal desta cartilha.

2.2 Barreiras à detecção e à prevenção do suicídio


Diversos fatores podem impedir a detecção precoce e, consequentemente, a
prevenção do suicídio. O estigma ao assunto é um aspecto importante. O suicídio
é um fenômeno presente ao longo de toda a história da humanidade, em todas as
culturas. É um comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de
uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos,
culturais e socio ambientais (Associação Brasileira De Psiquiatria (ABP),
2014,p.11).

Dessa forma, deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que
se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado de forma
causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do
sujeito. É a consequência final de um processo (Associação Brasileira De
Psiquiatria (ABP), 2014, p.11).

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2.3 O impacto do suicídio
Em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo, o que
corresponde a taxas ajustadas para idade de 11,4 por 100 mil habitantes por ano – 15,0
para homens e 8,0 para mulheres. Segundo OMS (2014, cit. em (Associação Brasileira
De Psiquiatria (ABP), 2014):
A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma
pessoa atenta contra a própria vida. As taxas de suicídio vêm aumentando
globalmente (p.14).

3. ANSIEDADE
3.1 Uma breve história da ansiedade
A palavra “ansiedade” tem origens respeitáveis. Como seus cognatos europeus angoisse
(francês), Angst (alemão), angoscia (italiano) e angustia (espanhol), ela se origina da raiz
grega antiga angh, que pode ser encontrada em palavras do grego antigo que significam
“apertar forte”, “estrangular”, “estar oprimido pelo sofrimento”, assim como “carga”,
“fardo” e “problema”. É fácil detectar os ecos dessas sensações em experiências
geralmente desagradáveis que chamamos de ansiedade.

Posteriormente, angh deu origem a termos latinos como angustus, ango e anxietas, todos
os quais têm conotações de estreitamento, constrição e desconforto. De de maneira similar
a outro termo latino que se tornou parte da terminologia médica moderna: angina. por
mais antiga que possa ser a palavra “ansiedade”, raras vezes foi empregada como um
conceito psicológico ou psiquiátrico antes do final do século XIX e só se tornou
disseminada no decorrer do século XX. Aubrey Lewis observou que três artigos
acadêmicos sobre ansiedade foram listados nos psychological Abstracts em 1927, catorze
em 1931, 37 em 1950 e 220 em 1960.

3.2 Definições de ansiedade


Tendo em mente que ainda não há uma única definição de ansiedade, consideremos
algumas tentativas úteis. A primeira vem do Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais (DSM, na sigla em inglês) (2004), uma referência para profissionais
de saúde mental compilada pela Associação Americana de psiquiatria.

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Para DSM (2004), ansiedade é:
A antecipação apreensiva de um futuro perigo ou infortúnio acompanhado
de uma sensação de disforia ou de sintomas somáticos de tensão. O foco
de perigo antevisto pode ser interno ou externo. E esta é uma definição um
pouco menos técnica, proposta pelo psicólogo Americano David Barlow.
Por outro lado,
A ansiedade é um estado de ânimo voltado para o futuro em que se está pronto
ou preparado Para lidar com acontecimentos negativos vindouros, Se fôssemos
colocar a ansiedade em Palavras, poderíamos dizer “aquele episódio terrível pode
acontecer novamente e eu talvez não Seja capaz de lidar com ele, mas preciso
estar pronto para tentar”.

Ambas as definições sustentam que a ansiedade é uma emoção (embora o DSM use o
termo “sensação” e Barlow se refira a ela como um “estado de Ânimo”). Como todos
sabemos, a ansiedade não é nada divertida; é o que o DSM Quer dizer com “disforia” (o
termo psicológico para uma sensação Desagradável). Nosso corpo pode se comportar de
maneiras atípicas (estômago agitado, olhos arregalados, coração acelerado). Daí a
referência do DSM a sensações “somáticas”. E a origem disso tudo é a percepção de que
podemos Estar passando por um problema grave.

Segundo UFSM (2023), refere que:


Ansiedade é uma resposta emocional, natural de sentirmos quando estamos com
medo. Ela engloba um sistema de respostas físicas, Cognitivas, afectivas e
comportamentais que São acionadas quando o sujeito identifica certos “perigos
futuros”. Ela pode ser saudável e Nos auxiliar em vários contextos (p.8).
Por exemplo:
Você sabe que tem um trabalho para apresentar Para seus colegas. É normal ficar ansioso
À medida que o dia da apresentação Se aproxima. A ansiedade está sinalizando que este
é um acontecimento importante para você, com o qual você se importa e que demanda
uma preparação da sua parte para que tudo ocorra da melhor maneira possível.

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A ansiedade surge como uma resposta do nosso corpo a uma situação de
estresse, sendo uma ferramenta de defesa, essencial para a sobrevivência
do ser humano, podendo ser bastante útil, já que antecipa o que está por
vir e permite que a gente possa se preparar para o pior ou para o melhor,
afinal, conquistas também geram ansiedade (UFSM, 2023, P.8).

3.3 Sintomas de ansiedade


Uma influente figura histórica no estudo da ansiedade foi o fundador da psicanálise, Freud
(1856-1939). Freud formou-se em medicina pela Universidade de Viena, especializando
se em neurologia (o estudo e tratamento de distúrbios do sistema nervoso).

Nos anos 1890, passou a acreditar que os sintomas apresentados por muitos de seus
pacientes eram produto não de uma doença do sistema nervoso, mas de sua incapacidade
de lidar com impulsos psicológicos invisíveis, inconscientes e primordialmente sexuais.

Essa compreensão tornou-se o fundamento da psicanálise, que veio a ser a forma


predominante de tratamento para problemas psicológicos na Europa e nos Estados Unidos
até pelo menos os anos 1970.

Segundo Freud (1856-1939) refere que:

Caracterizam-se por sintomas psíquicos (tensão, nervosismo, apreensão,


mal estar indefinido, insegurança, dificuldade de concentração, sensação
de estranheza ou despersonalização e desrealização, etc.),
comportamentais (Por exemplo, inquietação, sobressaltos, evitação).

3.4 Tratamentos de ansiedade


3.5 Relaxamento muscular progressivo
Para iniciar o relaxamento muscular progressivo, faça uma contração de cada parte de seu
corpo, conforme a seguinte descrição:
Braços
Com os braços esticados, de forma reta: contraia os punhos e em seguida contraia todo o
braço de forma que sinta essa região enrijecida. Sinta a sensação que causa ao enrijecer
essa região. Em seguida, relaxe a musculatura e deixe os braços repousarem sobre o seu
colo.

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Ombros e costas
Mova os cotovelos para cima sentindo as escápulas nas costas e em seguida traga-os para
baixo, focando no alongamento dessa região. Repare na contração dos ombros que esse
movimento ocasiona, assim como na região superior das costas. Em seguida, relaxe a
musculatura deixando os braços apoiados sobre o seu colo.

4. DEPRESSAO
4.1 Conceito de depressão
Segundo Silva (2001), "caracteriza a depressão como uma “mudança de estado de ânimo
que surge de um sentimento generalizado de tristeza, sendo que o grau pode variar desde
um desalento moderado até ao mais intenso desespero" (p.139).

Tem permanência variável, pois pode desaparecer em poucos dias ou se


prolongar por semanas, meses e até ao longo de anos. Para a maioria dos
psiquiatras a depressão ocorre em consequência de uma sensação de perdas
sejam materiais, sejam afetivas. (Silva, 2001).

4.2 Sinais e Sintomas de Depressão


Os sinais e sintomas de depressão mais comuns são:

Humor persistentemente triste, ansioso, irritável, de ‘vazio’ ou tédio;


Perda de interesse em actividades que antes eram desejadas e agradáveis;
Fadiga e baixo nível de energia;
Perda de apetite com perda de peso ou comer demasiado com ganho de peso;
Alterações do sono como a insónia ou hipersónia;
Perda da expressão emocional;
Sentimentos de desesperança, pessimismo, culpa, inutilidade, ou desamparo;
Isolamento social.

Segundo Silva (2001) refere que:

Os sintomas psicológicos são comuns na depressão, mas como as funções


cerebrais e o funcionamento do corpo estão comprometidos, os sintomas físicos
normalmente estão presentes. Sintomas físicos associados à depressão são:

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Redução do apetite e perda de peso;
Perda de interesse sexual;
Dores de cabeça;
Tonturas;
Problemas cardiovasculares;
Problemas respiratórios;
Dor nas costas;
Dor abdominal.

4.3 Tratamento da depressão


O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30
antidepressivos disponíveis.

Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam
a pessoa eufórica e provocam vício.

A psicoterapia auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua


compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o
impacto provocado pelo estresse.

A depressão não tem tempo para passar. Pode durar dias, semanas, meses ou anos.

A pessoa em crise, após superar o transtorno mental, também pode, a qualquer momento,
experimentar novos episódios da depressão.

Na maioria das vezes, o tratamento para depressão é feito combinando psiquiatra e


psicoterapia, por meio de psicólogos.

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5. CONCLUSÃO

Concluímos que, o suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo
próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo
que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal. Também fazem parte do que
habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a
tentativa de suicídio.

Por outro lado, observamos que em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio
em todo o mundo, o que corresponde a taxas ajustadas para idade de 11,4 por 100 mil
habitantes por ano – 15,0 para homens e 8,0 para mulheres.

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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

UFSM (2023) ANCIEDDE: CARACTERISTICAS E TECNICAS DE ALIVIO. Santa

Maria, Brasil: uf.

Silva, Marco Aurélio Dias da. (2001). Quem Ama Não Adoece. O Papel das Emoções na

Prevenção e Cura das Doenças. Editora Best Seller.

Fritzen e Critiana Nicoli de Mattos (2004), Ansiedade: Informando para prevenir.

Brasília, Brasil.

D. Émile (92002). O Suicídios : São Paulo Brasil: Martin fontes.

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