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Exercício - Fisiologia Muscular

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CASO CLÍNICO

Diante do quadro apresentado por Jady e das informações relatadas pela avó, Dona
Maria, é possível levantar a suspeita de uma condição neurológica que afeta a
musculatura e pode causar fraqueza nos membros superiores e inferiores, bem como
dificuldade de coordenação motora. Algumas condições que podem estar relacionadas
aos sintomas descritos incluem:
1. Síndrome de Guillain-Barré (SGB): Esta é uma condição autoimune na qual o
sistema imunológico ataca os nervos periféricos, levando a fraqueza muscular
ascendente. Os sintomas frequentemente começam com fraqueza nas pernas e
podem progredir para os braços e outros músculos. Geralmente, é precedida por uma
infecção viral, como uma virose.
2. Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (CIDP): Similar à SGB, a CIDP é
uma condição na qual o sistema imunológico ataca a mielina dos nervos periféricos.
Ela é caracterizada por fraqueza progressiva e pode afetar tanto os membros
superiores quanto os inferiores.
3. Outras condições neurológicas: Existem outras doenças neuromusculares, como
miopatias congênitas ou adquiridas, distúrbios metabólicos, entre outras, que podem
apresentar sintomas semelhantes.
A ausência de vacinação adequada após os 9 meses pode ser um fator de
preocupação, pois algumas infecções virais, como o vírus da poliomielite (causador da
poliomielite ou paralisia infantil), podem levar a danos neurológicos semelhantes aos
descritos.
É importante que Jady seja avaliada por um médico para realizar um exame
neurológico completo, investigar a história clínica e realizar exames complementares,
como análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) e exames de imagem, se necessário.
O tratamento dependerá do diagnóstico preciso e pode envolver terapias
imunossupressoras, fisioterapia e outras abordagens conforme indicado. A
completação da carteira de vacinação também é essencial para prevenir infecções
evitáveis por vacinas.
QUESTÕES
1- a) O sistema motor está intimamente relacionado ao sistema nervoso periférico
(SNP), que é uma divisão funcional do sistema nervoso. O sistema motor refere-
se ao conjunto de estruturas que suportam as funções motoras, ou seja, o
movimento. Ele é responsável por enviar comandos motores do sistema nervoso
central (SNC) para os músculos e glândulas, coordenando assim o movimento e
outras atividades motoras do corpo.
O sistema nervoso periférico inclui todas as partes do sistema nervoso que
estão fora do cérebro e da medula espinhal (SNC). Ele é composto por fibras
nervosas (nervos), gânglios nervosos e terminações nervosas nos órgãos e tecidos.
O SNP é subdividido em duas partes principais: sistema nervoso periférico
somático e sistema nervoso periférico visceral (ou autônomo).
Sistema Nervoso Periférico Sômato: Esta parte do SNP controla ações
voluntárias do corpo. Ele transmite informações sensoriais dos órgãos dos sentidos
para o sistema nervoso central e envia comandos motores dos neurônios motores
do SNC para os músculos esqueléticos, permitindo movimentos conscientes e
reflexos.
Sistema Nervoso Periférico Visceral (Autônomo): Esta parte do SNP controla
funções involuntárias e regulares do corpo, como batimentos cardíacos, respiração,
digestão e outras funções internas. Ele é subdividido em sistema nervoso simpático
e parassimpático, que trabalham em conjunto para manter o equilíbrio interno
(homeostase) do corpo.
Portanto, o sistema motor se relaciona diretamente com o sistema nervoso
periférico somático, que é responsável pela transmissão de impulsos nervosos
motores dos neurônios motores do SNC para os músculos esqueléticos,
coordenando o movimento consciente e reflexos. O sistema nervoso periférico
desempenha um papel fundamental na execução das funções motoras e na
integração das ações do corpo com o sistema nervoso central.

b)

Características Sistema Motor Somático Sistema Nervoso Autônomo


Localização Controla músculos esqueléticos Controla órgãos viscerais e músculos involuntários
Características Sistema Motor Somático Sistema Nervoso Autônomo
voluntários
Tipo de Controle Voluntário Involuntário
Receptores de Informação Neurônios sensoriais Neurônios sensoriais e quimiorreceptores
Neurônios Eferentes Neurônios motores somáticos Neurônios motores autônomos
Dividido em sistema nervoso simpático e
Divisões Não possui divisões parassimpático
Principais Acetilcolina (ACh) nos neurônios
Neurotransmissores motores Noradrenalina (norepinefrina) e Acetilcolina (ACh)
Movimentos voluntários (ex.: andar, Controle de funções involuntárias (ex.: batimentos
Funções Principais levantar peso) cardíacos, digestão)
Resposta ao Estímulo Responde rapidamente Responde lentamente
Controle da Frequência Não controla diretamente a Controla a frequência cardíaca (aumenta ou
Cardíaca frequência cardíaca diminui)
Modulação do Tônus Controla o tônus muscular para
Muscular movimentos precisos Mantém o tônus muscular para funções internas
Pode ser afetado pelo estresse
Resposta ao Estresse emocional e físico Pode ser afetado pelo estresse emocional e físico
Semelhanças:
Ambos fazem parte do sistema nervoso periférico.
Ambos enviam sinais para órgãos efetores.
Ambos respondem a estímulos e regulam atividades corporais.
Diferenças:
O Sistema Motor Somático controla movimentos voluntários dos músculos
esqueléticos, enquanto o Sistema Nervoso Autônomo controla funções involuntárias e
automáticas dos órgãos internos.
O Sistema Motor Somático é controlado principalmente por neurônios motores
somáticos, enquanto o Sistema Nervoso Autônomo é controlado por neurônios motores
autônomos.
O Sistema Motor Somático responde rapidamente a estímulos, enquanto o Sistema
Nervoso Autônomo responde mais lentamente e de maneira mais prolongada.
O Sistema Nervoso Autônomo é subdividido em sistema nervoso simpático e
parassimpático, que têm efeitos opostos em muitos órgãos.

c)
Fibras Musculares do Tipo I (Fibras Lentas ou de Contração Lenta):
Características:
Contração lenta e sustentada.
Alta resistência à fadiga.
Abundância de mitocôndrias e capilares sanguíneos.
Utilização predominantemente de oxigênio para produção de energia (via metabolismo
oxidativo).
Relação com o Sistema Motor:
Essas fibras são predominantemente controladas pelo sistema nervoso somático e são
responsáveis por atividades musculares de resistência e posturais.
São ativadas em atividades aeróbicas de longa duração, como corrida de longa
distância ou caminhada.
Fibras Musculares do Tipo IIa (Fibras Intermediárias ou de Contração Rápida
Oxidativa):
Características:
Contração rápida e resistência moderada à fadiga.
Contêm uma quantidade intermediária de mitocôndrias e capilares sanguíneos.
Utilizam predominantemente oxigênio para produção de energia, mas também podem
utilizar glicose.
Relação com o Sistema Motor:
Estas fibras são controladas pelo sistema nervoso somático e são responsáveis por
atividades que requerem força e resistência moderadas, como levantamento de peso
moderado e corrida de média distância.
Fibras Musculares do Tipo IIx (Fibras Rápidas ou de Contração Rápida Glicolítica):
Características:
Contração muito rápida e propensas à fadiga.
Baixa quantidade de mitocôndrias e capilares sanguíneos.
Utilizam principalmente glicose para produção de energia (via metabolismo glicolítico).
Relação com o Sistema Motor:
Essas fibras são controladas pelo sistema nervoso somático e são responsáveis por
atividades de explosão e força máxima, como levantamento de peso pesado e sprints

2- a) A organização da fibra muscular esquelética é altamente especializada e


eficiente para a contração e movimento. Aqui estão algumas informações sobre
a organização da fibra muscular esquelética:
Estrutura da Fibra Muscular:
Cada fibra muscular esquelética é uma célula multinucleada alongada que se estende
ao longo do comprimento do músculo.
A membrana celular da fibra muscular é chamada de sarcolema, e o citoplasma é
chamado de sarcoplasma.
As miofibrilas, que são os componentes contráteis das fibras musculares, ocupam a
maior parte do sarcoplasma.
As miofibrilas são compostas por filamentos finos de actina e filamentos grossos de
miosina, organizados em unidades repetitivas chamadas sarcômeros.
Organização do Sarcomero:
O sarcômero é a unidade funcional da fibra muscular e é delimitado por linhas Z.
Os filamentos finos de actina se estendem a partir das linhas Z para o centro do
sarcômero.
Os filamentos grossos de miosina se sobrepõem parcialmente com os filamentos finos
na região central do sarcômero.
Túbulos Transversais (Túbulos T):
Os túbulos transversais (túbulos T) são invaginações da membrana sarcolêmica que
penetram profundamente no sarcoplasma.
Os túbulos T permitem a propagação rápida de potenciais de ação ao interior da fibra
muscular, desencadeando a liberação de íons de cálcio do retículo sarcoplasmático.
Retículo Sarcoplasmático (RS):
O retículo sarcoplasmático é uma rede de túbulos membranosos que armazenam íons
de cálcio necessários para a contração muscular.
Durante a contração muscular, o cálcio é liberado do retículo sarcoplasmático para
estimular a interação entre os filamentos de actina e miosina.
Organização do Músculo Esquelético:
As fibras musculares são organizadas em feixes fasciculados dentro de um músculo
esquelético.
Os feixes musculares são envolvidos por tecido conjuntivo, incluindo o epimísio
(envolvimento externo), o perimísio (envolvimento dos feixes) e o endomísio
(envolvimento das fibras individuais).
Essa organização permite a transmissão eficiente da força gerada pelas fibras
musculares para os tendões e ossos, resultando no movimento controlado das
articulações.

b) A tríade é uma estrutura essencial encontrada nas fibras musculares esqueléticas e


está envolvida na regulação da contração muscular. Ela consiste em uma formação
específica composta por um túbulo T e dois cisternas terminais do retículo
sarcoplasmático (RS) localizados nas laterais. Vamos explorar as estruturas que
compõem a tríade e sua importância na condução do potencial de ação pela fibra
muscular:
Túbulos T (Túbulos Transversais):
Os túbulos T são invaginações da membrana sarcolêmica que penetram
profundamente no sarcoplasma da fibra muscular.
Sua função é permitir a propagação rápida dos potenciais de ação ao interior da fibra
muscular.
Os túbulos T são essenciais para a transmissão eficiente dos estímulos elétricos da
superfície da fibra muscular para o retículo sarcoplasmático.
Cisternas Terminais do Retículo Sarcoplasmático (RS):
As cisternas terminais do RS são dilatações do retículo sarcoplasmático localizadas
nas laterais dos túbulos T.
Elas armazenam íons de cálcio necessários para a contração muscular.
Durante a despolarização da membrana muscular (potencial de ação), os canais de
liberação de cálcio sensíveis ao potencial de ação (receptores de di-hidropiridina) nos
túbulos T respondem à despolarização, abrindo os canais de liberação de cálcio
(receptores de rianodina) nas cisternas do RS.
Isso resulta na liberação de cálcio do RS para o sarcoplasma, onde o cálcio se liga à
troponina no filamento de actina, desencadeando a contração muscular.
Condução do Potencial de Ação:
Quando um potencial de ação alcança a membrana sarcolêmica, ele se propaga
rapidamente ao longo dos túbulos T.
Os túbulos T próximos às cisternas do RS permitem que o potencial de ação estimule a
liberação de cálcio dessas cisternas.
O cálcio liberado se difunde pelo sarcoplasma e desencadeia a contração muscular
pela interação entre os filamentos de actina e miosina.
Importância dos Túbulos T:
Se não houvessem os túbulos T, os potenciais de ação não poderiam ser transmitidos
eficientemente ao interior da fibra muscular.
Isso resultaria na incapacidade de estimular a liberação de cálcio do RS para
desencadear a contração muscular.
Sem os túbulos T, a coordenação da contração muscular seria comprometida, levando
a uma disfunção muscular e à incapacidade de realizar movimentos coordenados.

3. Para caracterizar os elementos da estrutura do sarcômero em uma miofibrila, vamos


descrever cada um deles com base nas imagens fornecidas:
Disco Z (linha Z):
O disco Z é uma estrutura delimitadora localizada no centro de cada banda I.
Ele é composto por proteínas que se conectam com os filamentos finos de actina.
O disco Z define os limites laterais de cada sarcômero e é importante para a
organização estrutural das miofibrilas.
Banda I:
A banda I é uma região clara encontrada no sarcômero, composta principalmente por
filamentos finos de actina.
Ela se estende desde o disco Z de um sarcômero até o disco Z do sarcômero
adjacente.
Durante a contração muscular, a banda I diminui de largura à medida que os filamentos
grossos de miosina se deslizam sobre os filamentos finos de actina.
Banda A:
A banda A é uma região escura no sarcômero, localizada no centro e que se estende
ao longo dos filamentos grossos de miosina.
Ela inclui sobreposições de filamentos grossos e finos e permanece constante em
comprimento durante a contração muscular.
A banda A é delimitada pelos discos Z e contém a região de sobreposição dos
filamentos finos e grossos.
Zona H:
A zona H é uma região central da banda A, onde ocorre apenas a sobreposição dos
filamentos grossos.
Durante a contração muscular, a zona H diminui de largura à medida que os filamentos
finos se movem em direção ao centro da banda A.
Zona A:
A zona A é uma região na banda A que inclui a sobreposição dos filamentos grossos e
finos.
Ela se estende dos limites laterais da zona H até os discos Z.
Linha M:
A linha M é uma linha escura que atravessa o centro da banda A, formada por
proteínas acessórias que se conectam aos filamentos grossos de miosina.
A linha M mantém os filamentos grossos de miosina alinhados durante a contração
muscular e contribui para a estabilidade estrutural da miofibrila.
Esses elementos formam a estrutura altamente organizada do sarcômero, que é a
unidade contrátil fundamental da fibra muscular esquelética. Durante a contração
muscular, os filamentos finos deslizam sobre os filamentos grossos, encurtando a
banda I e reduzindo a sobreposição dos filamentos nas regiões da zona H e zona A,
resultando na redução do comprimento do sarcômero e, portanto, da fibra muscular
como um todo.

4. A junção neuromuscular é o local de interação entre um neurônio motor e uma fibra


muscular esquelética, onde ocorre a transmissão do impulso nervoso para
desencadear a contração muscular. Vamos discorrer sobre a excitação da membrana
da fibra muscular pela acetilcolina (ACh) com base na imagem:
1. Estímulo Nervoso:
- O impulso nervoso é conduzido ao longo do axônio do neurônio motor até os
terminais nervosos na junção neuromuscular.
2. Liberação de Acetilcolina (ACh):
- Ao chegar aos terminais nervosos, o impulso nervoso estimula a liberação de
acetilcolina (ACh) das vesículas sinápticas para a fenda sináptica (espaço entre o
neurônio motor e a fibra muscular).
3. Ligação da ACh aos Receptores na Membrana da Fibra Muscular:
- A acetilcolina liberada se liga aos receptores específicos na membrana da fibra
muscular, conhecidos como receptores de acetilcolina (AChR).
4. Despolarização da Membrana da Fibra Muscular:
- A ligação da ACh aos receptores na membrana da fibra muscular desencadeia a
abertura de canais iônicos na membrana, permitindo a entrada de íons sódio (Na+)
para dentro da fibra muscular.
- Isso resulta na despolarização da membrana da fibra muscular, gerando um
potencial de ação ao longo da membrana.
5. Propagação do Potencial de Ação:
- O potencial de ação se propaga ao longo da membrana da fibra muscular, viajando
ao longo dos túbulos T (túbulos transversos) que penetram nas fibras musculares.
- A entrada de cálcio (Ca2+) nos túbulos T desencadeia a liberação de íons cálcio do
retículo sarcoplasmático para o sarcômero.
6. Contração Muscular:
- O cálcio liberado do retículo sarcoplasmático se liga à troponina no filamento fino de
actina, promovendo a exposição dos sítios de ligação da miosina.
- A interação entre os filamentos de actina e miosina desliza os filamentos uns sobre
os outros, resultando na contração muscular.
A acetilcolina desempenha um papel crucial na transmissão do impulso nervoso para a
fibra muscular, iniciando o processo de contração muscular. Se não houvesse os
túbulos T para propagar o potencial de ação ao interior da fibra muscular, a liberação
de cálcio do retículo sarcoplasmático para iniciar a contração muscular seria
comprometida, afetando assim a capacidade de contração da fibra muscular em
resposta ao estímulo nervoso.
5. O ciclo de contração e relaxamento muscular envolve uma série de eventos
complexos que ocorrem nas miofibrilas dentro das fibras musculares esqueléticas. Vou
detalhar as principais etapas desse processo:
1. Estado de Relaxamento:
- No início, a miosina (uma proteína motora) está ligada ao ADP e ao fosfato
inorgânico (Pi), pronta para interagir com os filamentos de actina durante a contração.
2. Início da Contração:
- A contração muscular é iniciada quando o cálcio (Ca2+) é liberado do retículo
sarcoplasmático para o sarcômero em resposta ao estímulo nervoso.
- O cálcio se liga à troponina no filamento fino de actina, alterando sua conformação
e expondo os sítios de ligação da miosina.
3. Formação do Complexo Actina-Miosina:
- A miosina se liga aos sítios ativos da actina, formando um complexo actina-miosina.
4. Liberação de Pi e Mudança de Conformação da Miosina:
- A energia proveniente da hidrólise do ATP (transformando ATP em ADP + Pi) é
usada pela miosina para alterar sua conformação.
- Isso resulta na liberação de Pi e em um movimento da miosina, arrastando os
filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero (contração muscular).
5. Liberação de ADP e Recuo da Miosina:
- Após o movimento, o ADP é liberado da miosina.
- A miosina se liga novamente ao ATP, o que causa a sua dissociação da actina.
6. Relaxamento Muscular:
- Com a chegada de uma nova molécula de ATP, a miosina se desliga da actina.
- A hidrólise do ATP na miosina fornece energia para o retorno da miosina à sua
conformação original (cabeça de miosina em repouso).
7. Ciclo Repetido:
- O ciclo de ligação, movimento e liberação de ATP continua enquanto houver cálcio
disponível e energia (ATP) suficiente para sustentar a contração muscular.
O ciclo de contração e relaxamento muscular é altamente coordenado e depende da
interação precisa entre os filamentos de actina e miosina, regulados pela concentração
de cálcio intracelular e pelo fornecimento contínuo de ATP. Em condições normais, a
ativação e desativação desses mecanismos garantem a contração e o relaxamento
adequados dos músculos esqueléticos durante a movimentação.

b) O rigor mortis é um fenômeno que ocorre após a morte de um organismo, onde os


músculos esqueléticos se tornam rígidos e inflexíveis. Esse processo se desenvolve
algumas horas após a morte e é causado pela falta de ATP disponível para permitir a
descontração muscular.
Para entender melhor o rigor mortis, é importante considerar o papel do ATP na
contração muscular. Durante a vida, o ATP é necessário para a separação da miosina
dos filamentos de actina, permitindo o relaxamento muscular após a contração.
Quando um organismo morre, o suprimento de ATP é interrompido, e o ATP já
presente no músculo é rapidamente utilizado.
Sem ATP, os mecanismos que normalmente permitiriam a descontração muscular não
ocorrem. Isso significa que a miosina continua ligada aos filamentos de actina,
mantendo os músculos em um estado de contração. Como resultado, os músculos
ficam rígidos e inflexíveis, produzindo o fenômeno observado no rigor mortis.
O tempo que o rigor mortis dura pode variar, mas geralmente começa algumas horas
após a morte, atinge o máximo após cerca de 12 horas e gradualmente diminui ao
longo de um período de um a três dias, à medida que os tecidos começam a se
decompor. A velocidade e a duração do rigor mortis podem ser afetadas por vários
fatores, como temperatura ambiente, condições do corpo e atividade muscular prévia à
morte.

6. O processo de acoplamento excitação-contração (E-C) ocorre na junção


neuromuscular e envolve uma série de eventos que culminam na contração muscular
em resposta ao estímulo nervoso. Vou detalhar cada etapa desse processo com base
na imagem e nas informações disponíveis:
1. Estímulo Nervoso e Liberação de Acetilcolina (ACh):
- O estímulo nervoso chega à terminação nervosa na junção neuromuscular,
causando a despolarização da membrana pré-sináptica.
- Isso leva à abertura dos canais de cálcio voltagem-dependentes na terminação
nervosa, permitindo a entrada de íons cálcio (Ca²⁺).
- A entrada de cálcio estimula a fusão das vesículas contendo acetilcolina (ACh) com
a membrana pré-sináptica, liberando ACh na fenda sináptica.
2. Ligação da Acetilcolina ao Receptor na Membrana da Fibra Muscular:
- A acetilcolina difunde-se através da fenda sináptica e se liga aos receptores de ACh
na membrana da fibra muscular.
- A ligação da ACh aos receptores de ACh provoca a abertura dos canais de íons de
sódio (Na⁺) na membrana pós-sináptica.
3. Despolarização da Membrana Muscular (Potencial de Ação):
- A abertura dos canais de Na⁺ resulta na despolarização da membrana da fibra
muscular.
- Esse potencial de ação se propaga ao longo da membrana muscular e ao longo dos
túbulos T (túbulos transversos), que penetram no interior da fibra muscular.
4. Liberação de Cálcio dos Reservatórios do Retículo Sarcoplasmático:
- A despolarização da membrana muscular ativa os canais de cálcio (canais de
liberação de cálcio) no retículo sarcoplasmático (RS) adjacente.
- Os canais de cálcio no RS são ativados e abertos, permitindo a liberação de íons
cálcio (Ca²⁺) para o citosol.
5. Ativação da Contração Muscular:
- O cálcio liberado se liga à troponina C no filamento fino (actina), expondo os sítios
de ligação da miosina.
- A miosina se liga à actina, formando pontes cruzadas.
- A hidrólise do ATP na miosina promove a contração muscular, deslizando os
filamentos de actina sobre os filamentos de miosina.
O acoplamento excitação-contração (E-C) é essencial para a contração muscular e
envolve uma sequência coordenada de eventos bioquímicos e elétricos. A acetilcolina
desempenha um papel fundamental nesse processo ao iniciar a resposta da fibra
muscular ao estímulo nervoso.

7. O processo de acoplamento excitação-contração (E-C) ocorre na junção


neuromuscular e envolve uma série de eventos que culminam na contração muscular
em resposta ao estímulo nervoso. Vou detalhar cada etapa desse processo com base
na imagem e nas informações disponíveis:
1. Estímulo Nervoso e Liberação de Acetilcolina (ACh):
- O estímulo nervoso chega à terminação nervosa na junção neuromuscular,
causando a despolarização da membrana pré-sináptica.
- Isso leva à abertura dos canais de cálcio voltagem-dependentes na terminação
nervosa, permitindo a entrada de íons cálcio (Ca²⁺).
- A entrada de cálcio estimula a fusão das vesículas contendo acetilcolina (ACh) com
a membrana pré-sináptica, liberando ACh na fenda sináptica.
2. Ligação da Acetilcolina ao Receptor na Membrana da Fibra Muscular:
- A acetilcolina difunde-se através da fenda sináptica e se liga aos receptores de ACh
na membrana da fibra muscular.
- A ligação da ACh aos receptores de ACh provoca a abertura dos canais de íons de
sódio (Na⁺) na membrana pós-sináptica.
3. Despolarização da Membrana Muscular (Potencial de Ação):
- A abertura dos canais de Na⁺ resulta na despolarização da membrana da fibra
muscular.
- Esse potencial de ação se propaga ao longo da membrana muscular e ao longo dos
túbulos T (túbulos transversos), que penetram no interior da fibra muscular.
4. Liberação de Cálcio dos Reservatórios do Retículo Sarcoplasmático:
- A despolarização da membrana muscular ativa os canais de cálcio (canais de
liberação de cálcio) no retículo sarcoplasmático (RS) adjacente.
- Os canais de cálcio no RS são ativados e abertos, permitindo a liberação de íons
cálcio (Ca²⁺) para o citosol.
5. Ativação da Contração Muscular:
- O cálcio liberado se liga à troponina C no filamento fino (actina), expondo os sítios
de ligação da miosina.
- A miosina se liga à actina, formando pontes cruzadas.
- A hidrólise do ATP na miosina promove a contração muscular, deslizando os
filamentos de actina sobre os filamentos de miosina.
O acoplamento excitação-contração (E-C) é essencial para a contração muscular e
envolve uma sequência coordenada de eventos bioquímicos e elétricos. A acetilcolina
desempenha um papel fundamental nesse processo ao iniciar a resposta da fibra
muscular ao estímulo nervoso.

8. As fibras musculares esqueléticas são classificadas principalmente com base na


sua velocidade de contração e resistência à fadiga. Atualmente, a classificação mais
comum dos tipos de fibras musculares leva em consideração a isoforma de miosina
expressa na fibra, que pode ser do tipo I ou tipo II.
1. Classificação dos Tipos de Fibras Musculares:
As fibras musculares são classificadas em dois tipos principais:
- Tipo I (Fibras de Contração Lenta): Também conhecidas como fibras de contração
lenta ou de contração tônica, as fibras do tipo I são especializadas para contrações
prolongadas e de baixa intensidade. Elas têm uma velocidade de contração mais lenta,
mas são altamente resistentes à fadiga. Esse tipo de fibra é rica em mitocôndrias e
possui alta capacidade oxidativa.
- Tipo II (Fibras de Contração Rápida): As fibras do tipo II são subdivididas em duas
categorias:
- Tipo IIa (Fibras de Contração Rápida, Oxidativas): Essas fibras apresentam uma
velocidade de contração intermediária entre os tipos I e IIb. São mais resistentes à
fadiga do que as fibras do tipo IIb e possuem uma alta capacidade oxidativa.

- Tipo IIb (Fibras de Contração Rápida, Glicolíticas): Essas fibras são caracterizadas
por uma rápida velocidade de contração e uma alta capacidade de gerar energia
através da glicólise anaeróbica. No entanto, são menos resistentes à fadiga do que as
fibras do tipo I e tipo IIa.
2. Características e Diferenças Principais:
Tipo I (Fibras de Contração Lenta):
- Características:
- Alta capacidade oxidativa.
- Ricas em mitocôndrias.
- Contração lenta e sustentada.
- Alta resistência à fadiga.
- Principal Diferença: A principal diferença das fibras do tipo I em relação às do tipo
II é a sua resistência à fadiga e sua capacidade de manter a contração por períodos
prolongados.
- Tipo II (Fibras de Contração Rápida):
- Características:
- Tipo IIa (Fibras Oxidativas):
- Velocidade de contração intermediária.
- Boa resistência à fadiga.
- Capacidade oxidativa significativa.
- Tipo IIb (Fibras Glicolíticas):
- Velocidade de contração rápida.
- Baixa resistência à fadiga.
- Dependência da glicólise para geração de energia.
- Principal Diferença: As fibras do tipo II se contraem mais rapidamente do que as
fibras do tipo I e têm uma capacidade de geração de energia diferente, sendo mais
dependentes da glicólise anaeróbica.
Essa classificação é fundamental para entender a diversidade funcional das fibras
musculares esqueléticas e como diferentes tipos de fibras respondem a diferentes
demandas metabólicas e contráteis durante a atividade muscular.

9.
Com base no relato apresentado e nos achados laboratoriais, o diagnóstico mais
provável para L.P.S é a Miastenia Gravis. Vamos analisar cada questão relacionada:

a. Diagnóstico mais provável:


- Miastenia Gravis é uma doença autoimune que afeta a junção neuromuscular,
resultando em fraqueza muscular e fadiga excessiva. Nessa condição, o sistema
imunológico produz anticorpos contra os receptores de acetilcolina (AChR) na junção
neuromuscular, interferindo na transmissão do impulso nervoso para o músculo. Os
sintomas descritos, como fraqueza muscular, mudança no posicionamento da pálpebra
(ptose palpebral) e cansaço ocular, são comuns na Miastenia Gravis devido à falha na
comunicação neuromuscular.
b. Relação da patologia com a fraqueza muscular:
- Na Miastenia Gravis, a presença de anticorpos contra os receptores de acetilcolina
na junção neuromuscular leva a uma redução na transmissão do impulso nervoso para
o músculo. Isso resulta em fraqueza muscular progressiva, especialmente após
atividades prolongadas ou ao longo do dia. A fraqueza pode ser mais evidente nos
músculos oculares, levando à ptose palpebral (queda da pálpebra).
c. Efeito de um anticolinesterásico sobre a doença:
- Os anticolinesterásicos, como a piridostigmina, são comumente utilizados no
tratamento da Miastenia Gravis. Esses medicamentos inibem a ação da enzima
acetilcolinesterase, responsável por degradar a acetilcolina na junção neuromuscular.
Ao bloquear a degradação da acetilcolina, os anticolinesterásicos aumentam a
disponibilidade desse neurotransmissor na junção neuromuscular, ajudando a melhorar
a transmissão do impulso nervoso para o músculo e aliviando os sintomas de fraqueza
muscular associados à Miastenia Gravis.
Portanto, diante dos sintomas e dos resultados dos exames, é fundamental que L.P.S
seja adequadamente avaliado e tratado por um médico especialista, como um
neurologista ou um especialista em doenças neuromusculares. O tratamento
geralmente inclui medicamentos como anticolinesterásicos, imunossupressores e
terapias específicas para controlar a resposta autoimune e aliviar os sintomas.
10. O relato de Patrícia Lima descreve claramente os processos de adaptação
muscular que ocorrem em resposta ao exercício físico regular e à interrupção do
treinamento. Vamos abordar esses processos, incluindo a remodelação muscular e o
papel da via ubiquitina-proteossomo na proteólise:
1. Adaptação Muscular ao Exercício Físico:
- Quando Patrícia começou a praticar musculação, seu corpo passou por adaptações
musculares para atender às demandas do exercício. Inicialmente, ela experimentou
ganhos de força e resistência devido ao aumento da síntese de proteínas musculares,
especialmente miosina e actina, que são fundamentais para a contração muscular.
- Com o tempo e o treinamento progressivo, ocorreu hipertrofia muscular. Isso
significa que as fibras musculares aumentaram de tamanho, principalmente devido ao
aumento do número e tamanho das miofibrilas dentro das células musculares. Esse
processo é mediado por mecanismos de sinalização intracelular que promovem a
síntese de proteínas musculares.
2. Remodelação Muscular e Perda de Adaptabilidade:
- Quando Patrícia interrompeu o treinamento por dois meses devido ao aumento do
tempo dedicado aos estudos, ela experimentou uma reversão dos ganhos musculares
obtidos. A redução da atividade física resultou em um processo chamado atrofia
muscular, no qual as fibras musculares diminuem de tamanho devido à redução na
síntese de proteínas e aumento na proteólise (degradação de proteínas).
- A perda de massa muscular e a diminuição da força são consequências diretas da
falta de estímulo mecânico e hormonal causado pelo treinamento físico regular.
3. Via Ubiquitina-Proteossomo na Proteólise Muscular:
- Durante o período de inatividade física, como a ausência de treinamento de
Patrícia, a proteólise (degradação de proteínas) é aumentada. Um dos principais
mecanismos responsáveis pela degradação de proteínas musculares é a via ubiquitina-
proteossomo.
- Nessa via, as proteínas musculares marcadas para degradação são "etiquetadas"
com proteínas chamadas ubiquitinas. Essas ubiquitinas sinalizam para o complexo
proteossomo, que é uma estrutura proteolítica no citoplasma da célula muscular, para
degradar as proteínas marcadas.
- O aumento da atividade da via ubiquitina-proteossomo durante a inatividade física
leva à quebra de proteínas musculares, resultando na redução da massa muscular e
na perda de força.
Portanto, o relato de Patrícia demonstra como a atividade física regular promove
adaptações musculares benéficas, enquanto a falta de exercício resulta em reversão
desses ganhos devido à degradação muscular aumentada. A via ubiquitina-
proteossomo desempenha um papel crucial na regulação da proteólise muscular
durante esses processos de remodelação.

11. As características do reflexo relacionadas à retroalimentação negativa e resposta


antecipatória são fundamentais para entender como o sistema nervoso responde de
forma rápida e eficaz a estímulos externos. Vamos explicar cada uma dessas
características:
1. Retroalimentação Negativa:
- A retroalimentação negativa é um mecanismo de controle que ocorre para manter
uma variável (como temperatura corporal, níveis de glicose no sangue, pressão
arterial, etc.) dentro de um intervalo específico e estável, conhecido como homeostase.
- No contexto dos reflexos neurais, a retroalimentação negativa se refere à resposta
do sistema nervoso para reduzir ou neutralizar um estímulo que causou uma mudança
em uma variável fisiológica. Por exemplo, quando tocamos um objeto quente, os
receptores sensoriais na pele detectam o estímulo e enviam sinais ao sistema nervoso
central. O sistema nervoso então envia sinais de volta para os músculos para retirar a
mão (resposta motora), visando reduzir a exposição ao estímulo nocivo.
- Esse mecanismo de retroalimentação negativa ajuda a restaurar o equilíbrio
fisiológico após um desvio e é essencial para a sobrevivência e manutenção da saúde
do organismo.
2. Resposta Antecipatória:
- A resposta antecipatória, também conhecida como resposta prévia ou feedforward,
refere-se à capacidade do sistema nervoso de iniciar uma resposta antes mesmo de
um estímulo ter efeito completo.
- Esse tipo de resposta permite que o organismo se prepare para uma ação iminente
ou para otimizar a eficácia da resposta a um estímulo conhecido. Um exemplo disso é
o reflexo de salivar ao cheirar comida; antes mesmo de começarmos a comer, nossa
salivação aumenta em resposta ao estímulo do cheiro.
- A resposta antecipatória é uma adaptação neural que melhora a eficiência do
sistema nervoso, minimizando o tempo de reação e otimizando a resposta adaptativa.
Portanto, a retroalimentação negativa e a resposta antecipatória são características
dos reflexos neurais que demonstram a capacidade do sistema nervoso de regular e
responder eficazmente aos estímulos ambientais para manter a homeostase e facilitar
comportamentos adaptativos.

12. a. Divisão eferente que controla o efetor:


- Os reflexos neurais podem ser classificados com base na divisão do sistema
nervoso que controla o efetor (músculo ou glândula). Essa divisão pode ser:
- Somático: Nesse tipo de reflexo, o efetor é um músculo esquelético, e o controle
ocorre através de neurônios motores somáticos. Exemplos incluem o reflexo patelar
(joelho) e o reflexo de retirada da mão de um objeto quente.
- Autônomo (ou Visceral):Aqui, o efetor é uma glândula ou músculo liso, e o controle
ocorre através de neurônios motores autônomos. Exemplos incluem o reflexo pupilar
em resposta à luz e o reflexo de salivação em resposta a um estímulo gustativo.
b. Região de integração no sistema nervoso central:
- Os reflexos também podem ser classificados com base na região do sistema
nervoso central onde ocorre a integração do estímulo sensorial e a geração da
resposta motora. Isso pode ser:
- Medular (ou medular): Nesse caso, a integração ocorre na medula espinhal.
Exemplos incluem muitos reflexos espinhais simples, como o reflexo patelar.
- Supraespinal (ou supraespinhal): Aqui, a integração ocorre em níveis superiores
do sistema nervoso central, como o tronco cerebral ou o cérebro. Exemplos incluem
reflexos complexos, como o reflexo de sucção em bebês.
c. Momento do desenvolvimento do reflexo:
- Os reflexos também podem ser classificados com base no momento em que se
desenvolvem durante o desenvolvimento humano:
- Reflexos primitivos: Estes são reflexos presentes em recém-nascidos e
desaparecem à medida que o sistema nervoso amadurece. Exemplos incluem o reflexo
de agarrar e o reflexo de Babinski.
- Reflexos adquiridos: Esses são reflexos que se desenvolvem com o aprendizado e
a prática, como os reflexos condicionados.
d. Número de neurônios na via reflexa:
- Os reflexos podem ser classificados com base no número de neurônios envolvidos
na via reflexa:
- Monossinápticos: Esses reflexos envolvem apenas um único neurônio sensorial e
um neurônio motor. Um exemplo é o reflexo patelar.
- Polissinápticos: Nesses reflexos, há múltiplos neurônios envolvidos na via reflexa,
o que permite respostas mais complexas e ajustáveis.
13. A organização dos neurônios motores anteriores e dos interneurônios na medula
espinhal desempenha um papel fundamental nas funções motoras e sensoriais do
corpo. Vou explicar essa organização detalhadamente:
1. Neurônios Motores Anteriores (Neurônios Motores Inferiores):
- Os neurônios motores anteriores são localizados na substância cinzenta da medula
espinhal. São responsáveis por enviar os impulsos nervosos para os músculos
esqueléticos, ativando sua contração.
- Cada neurônio motor anterior inerva várias fibras musculares, formando uma
unidade motora. Quando um neurônio motor anterior é ativado, todas as fibras
musculares inervadas por ele são estimuladas a contrair simultaneamente.
2. Interneurônios:
- Os interneurônios estão localizados na substância cinzenta da medula espinhal e
atuam como neurônios de integração local. Eles recebem informações sensoriais dos
neurônios sensoriais aferentes (raízes dorsais) e podem se conectar com neurônios
motores anteriores ou outros interneurônios.
- Os interneurônios desempenham um papel importante na modulação das respostas
motoras, regulando a intensidade e o timing das respostas dos neurônios motores
anteriores.
3. Papel das Raízes Posteriores (Dorsais) na Chegada dos Sinais Sensoriais:
- As raízes dorsais da medula espinhal são responsáveis por transportar os sinais
sensoriais (como dor, tato, temperatura) do corpo para a medula espinhal.
- Esses sinais entram na medula espinhal através das raízes dorsais e são
transmitidos para os interneurônios e neurônios motores anteriores na substância
cinzenta.
- A informação sensorial é então processada na medula espinhal, onde pode
desencadear respostas motoras imediatas (reflexos espinhais) ou ser transmitida para
níveis superiores do sistema nervoso central (tronco cerebral e cérebro) para
processamento adicional e geração de respostas motoras mais complexas.
Essa organização permite que a medula espinhal atue como um centro integrativo para
informações sensoriais e gere respostas motoras apropriadas de forma rápida e
eficiente, sem a necessidade de envolvimento direto do cérebro em todos os processos
motores.

14. Os receptores sensoriais nos músculos e tendões desempenham papéis


importantes no controle muscular, fornecendo informações essenciais sobre o estado e
a atividade dos músculos. Existem dois tipos principais de receptores sensoriais
encontrados nesses tecidos: fusos musculares e órgãos tendinosos de Golgi.
1. Fusos Musculares:
- Os fusos musculares são receptores sensoriais encapsulados localizados no interior
do tecido muscular esquelético.
- Sua função principal é detectar mudanças no comprimento do músculo e na
velocidade de seu alongamento.
- Quando um músculo é esticado rapidamente (por exemplo, durante um movimento
rápido ou alongamento), os fusos musculares são ativados e enviam sinais sensoriais
para a medula espinhal.
- Esses sinais sensoriais levam à ativação dos neurônios motores alfa, resultando em
uma resposta de contração reflexa que protege o músculo contra danos causados por
alongamento excessivo.
2. Órgãos Tendinosos de Golgi:
- Os órgãos tendinosos de Golgi são receptores sensoriais localizados nos tendões,
próximos à junção miotendínea.
- Sua principal função é detectar a tensão gerada nos tendões durante a contração
muscular.
- Quando a tensão nos tendões aumenta (devido à contração muscular), os órgãos
tendinosos de Golgi são ativados.
- A ativação desses receptores envia sinais sensoriais para a medula espinhal,
inibindo os neurônios motores alfa responsáveis pela contração do músculo.
- Esse mecanismo de feedback negativo ajuda a regular a força da contração
muscular e protege os tendões contra tensões excessivas que possam resultar em
lesões.

15. No exemplo da articulação do cotovelo, os músculos sinérgicos e antagonistas


atuam de maneira coordenada para realizar os movimentos de flexão e extensão.
Vamos analisar os músculos envolvidos e seus papéis:
1. Músculos Sinérgicos (Flexores da Articulação do Cotovelo):
- Braquial: Este músculo está localizado na parte frontal do braço e é um dos
principais flexores do cotovelo. Ele se insere no úmero e se estende até o antebraço,
permitindo a flexão do cotovelo quando contraído.
- Bíceps Braquial: O bíceps braquial é outro músculo importante na flexão do
cotovelo. Ele se insere no úmero e se estende até o antebraço, contribuindo
significativamente para a flexão do cotovelo.
2. Músculos Antagonistas (Extensor da Articulação do Cotovelo):
- Tríceps Braquial: O tríceps braquial é o principal músculo extensor do cotovelo. Ele
está localizado na parte posterior do braço e se insere no úmero e na escápula,
estendendo-se até o antebraço. Quando o tríceps se contrai, ele realiza a extensão do
cotovelo, oposto à ação dos flexores.

Razão da Sinergia e Antagonismo:


- Durante a flexão do cotovelo, os músculos sinérgicos (braquial e bíceps braquial)
trabalham juntos para contração, puxando o antebraço em direção ao úmero e
realizando o movimento de dobrar o cotovelo.
- Enquanto isso, os músculos antagonistas (tríceps braquial) permanecem relaxados
para permitir a flexão. Quando o movimento de extensão é necessário, os papéis são
invertidos: os músculos flexores relaxam e os músculos extensores se contraem para
estender o cotovelo.
Essa coordenação sinérgica e antagonista dos músculos é essencial para permitir
movimentos precisos e controlados na articulação do cotovelo, como flexão e
extensão, fornecendo estabilidade e amplitude de movimento adequada.

16.
Os neurônios motores inferiores da medula espinhal são essenciais para controlar a
contração muscular e podem ser divididos em dois tipos principais: neurônios motores
alfa e neurônios motores gama. Aqui está a caracterização de cada um:
1. Neurônios Motores Alfa:
- Os neurônios motores alfa são responsáveis por inervar as fibras musculares
extrafusais, que são as fibras musculares responsáveis pela contração e geração de
força nos músculos esqueléticos.
- Cada neurônio motor alfa inerva várias fibras musculares, formando uma unidade
motora. Quando um neurônio motor alfa é ativado por um potencial de ação, todas as
fibras musculares inervadas por ele são estimuladas a contrair.
- Os neurônios motores alfa desempenham um papel crucial no controle fino e
preciso dos movimentos voluntários. A quantidade de força exercida em um músculo é
regulada pela taxa de disparo dos neurônios motores alfa e pela quantidade de
unidades motoras recrutadas.
2. Neurônios Motores Gama:
- Os neurônios motores gama são responsáveis por inervar as fibras musculares
intrafusais, que são parte dos fusos musculares localizados nos músculos
esqueléticos.
- As fibras musculares intrafusais dos fusos musculares detectam alterações no
comprimento muscular e enviam informações sensoriais ao sistema nervoso central
sobre o grau de estiramento muscular.
- A contração dos neurônios motores gama ajusta a sensibilidade dos fusos
musculares, garantindo que os reflexos de estiramento muscular sejam
apropriadamente modulados durante a contração muscular.
- A atividade dos neurônios motores gama é essencial para regular a sensibilidade
proprioceptiva e manter a precisão dos movimentos voluntários.
Fibras Musculares Inervadas:
- Neurônios Motores Alfa: Inervam as fibras musculares extrafusais nos músculos
esqueléticos. Essas fibras são responsáveis pela contração e geração de força nos
músculos.
- Neurônios Motores Gama: Inervam as fibras musculares intrafusais localizadas nos
fusos musculares. Essas fibras são sensíveis ao estiramento muscular e ajudam a
regular a sensibilidade proprioceptiva.

17.
A coativação alfa-gama é um processo importante que ocorre durante a contração
muscular para garantir a sensibilidade proprioceptiva e a eficácia dos reflexos de
estiramento muscular. Vamos explicar como funciona esse processo e o papel dos
neurônios motores inferiores da medula espinhal:
1. Neurônios Motores Alfa e Gama:
- Neurônios Motores Alfa: Inervam as fibras musculares extrafusais nos músculos
esqueléticos, responsáveis pela geração de força e pela contração muscular.
- Neurônios Motores Gama: Inervam as fibras musculares intrafusais nos fusos
musculares, que são sensíveis ao estiramento muscular.
2. Fusos Musculares e Sensibilidade Proprioceptiva:
- Os fusos musculares são estruturas sensoriais encontradas nos músculos
esqueléticos, compostas por fibras musculares intrafusais e terminações sensoriais.
- Quando um músculo é estirado, as fibras musculares intrafusais dos fusos
musculares são alongadas.
- Os receptores sensoriais nos fusos musculares (terminações primárias e
secundárias) detectam o estiramento muscular e enviam sinais sensoriais aos
neurônios motores gama.
3. Papel dos Neurônios Motores Inferiores:
- Durante a coativação alfa-gama, ocorre a ativação simultânea dos neurônios
motores alfa (que inervam as fibras extrafusais) e dos neurônios motores gama (que
inervam as fibras intrafusais dos fusos musculares).
- A ativação dos neurônios motores alfa resulta na contração das fibras musculares
extrafusais, gerando a força necessária para o movimento.
- A coativação dos neurônios motores gama ajusta a sensibilidade dos fusos
musculares, garantindo que os reflexos de estiramento muscular sejam
apropriadamente modulados durante a contração muscular.
- Esse processo permite que o sistema nervoso central monitore continuamente a
posição e o comprimento dos músculos, fornecendo informações essenciais para a
coordenação motora, o controle postural e a prevenção de lesões.

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