Jesus e A Samaritana
Jesus e A Samaritana
Jesus e A Samaritana
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No capítulo 3 Jesus conversa com Nicodemus, um judeu, rico, culto, mestre em Israel,
fariseu e membro do sinédrio.
No capítulo 4 Jesus conversa com uma mulher simples, inculta e que estava vivendo uma
vida imoral.
Jesus faz abordagens distintas para pessoas distintas. Ele adota métodos diferentes, para
alcançar pessoas diferentes.
Jesus decide viajar para o Norte, saindo da Judéia com destino a Galileia, passando
intencionalmente por Samaria. Os fariseus estavam incomodados com Jesus em razão do
seu ministério.
Eles reivindicavam para si autoridade para regular os ritos e cerimonias da religião. Por
isso, supunham que tinham o direito de investigar as condutas de João Batista e do
Senhor Jesus.
“Alguns fariseus que tinham sido enviados interrogaram-no: "Então, por que você
batiza, se não é o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?" João 1:24-25
João não entrou em seu ministério por meio do método convencional das escolas
rabínicas; por isso, sua autoridade para batizar foi questionada. Os judeus acreditavam
que somente os prosélitos poderiam ser batizados, desde que com a ordem do sinédrio.
Jesus não queria se expor a raiva e a inveja dos fariseus, antes do tempo apropriado. Ele
evitou o conflito. Seu ministério ainda estava em fase inicial.
Havia três caminhos da Judeia para a Galileia. Jesus toma o caminho mais curto, mas
também o mais perigoso. Era preciso alcançar uma alma que inclusive se tornaria uma
missionária.
Para Jesus alcançar o coração daquela mulher samaritana e levá-la a salvação, ele
precisou quebrar algumas barreiras, alguns tabus.
Jesus nos ensina o que é absoluto, e o que é relativo. O que pode ser mudado, e o que
não pode ser mudado. O que pode ser negociado e o que não pode ser negociado.
A Verdade não pode ser negociada ou relativizada, mas alguns métodos sim, desde que
não violem a Lei de Deus.
2- Segundo fator cultural: Um homem não falava em público com uma mulher. Um
rabino não falava em público nem mesmo com a sua esposa. A vista das pessoas,
Jesus estava com a Sua imagem arranhada.
Aquilo era considerado um fato grave. Mas, para o Mestre era mais importante a
salvação daquela mulher. No verso 27, vemos que os discípulos ficaram surpresos
ao vê-lo conversando com uma mulher. Se escandalizaram.
3- Aquela mulher tinha uma vida moral reprovada pela Lei. Já tinha tido cinco maridos
e atualmente tinha um amante.
Quando Jesus pede água para aquela mulher, Ele quis construir um caminho, uma ponte
para alcançar o coração dela. Ele poderia fazer um milagre tirando água das pedras, por
exemplo.
E ele foi. Quando chegou à porta da cidade, encontrou uma viúva que estava
colhendo gravetos. Ele a chamou e perguntou: "Pode me trazer um pouco d’água
numa jarra para eu beber?" 1 Reis 17:10
Nós precisamos evangelizar começando de onde as pessoas estão. Jesus pede um favor
para aquela mulher. Ele faz uma leitura do ambiente, da pessoa e da cultura.
É em vão esperar que as pessoas venham a nós procurar por conhecimento. Nós
precisamos chegar de algum modo até elas.
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Precisamos muitas vezes fazer uma leitura de quem elas são e do contexto de suas
vidas. Encontrar uma brecha, uma oportunidade para levar-lhes a palavra de Deus. É
necessário ter uma certa flexibilidade.
Jesus despertava não apenas a simpatia daquela mulher, como também a sua
curiosidade.
“Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está
pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva".
Disse a mulher: "O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde
pode conseguir essa água viva?” João 4:10-11
A vida da mulher estava como aquele poço. Águas paradas, sem sentido, sem propósito,
sem experiência real com Deus. Jesus propõe apresentar uma fonte que jorra águas
vivas. Coisas grandiosas, insondáveis, que somente podem ser discernidas
espiritualmente.
O vazio na alma não pode ser preenchido por dinheiro, fama, status, poder...
No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz:
"Se alguém tem sede, venha a mim e beba. João 7:37
Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva".
João 7:38
Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele
cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não
fora glorificado. João 7:39
Curioso notar que nem Nicodemus, sendo culto e instruído; e nem a mulher, simples e de
pouca instrução; entenderam a linguagem de Jesus. Tais palavras não podem ser
compreendidas apenas com a mente. Não podem ser compreendidas apenas com a
sabedoria humana.
Tanto a mulher, como Nicodemus estavam atribuindo uma interpretação literal para
aquelas palavras.
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No versículo 16, quando Jesus diz: "Vá, chame o seu marido e volte". Ele quer
despertar nela um senso de pecado, de arrependimento. Ninguém pode receber o
evangelho da graça sem entender que esta perdido, que o pecado é abominável para
Deus, que você precisa de um Salvador.
A mulher só poderia entender o que era a água da vida, se primeiro ela entendesse que
era pecadora e necessitada de Salvação. Mas, Jesus teve estratégia e sensibilidade para
chegar nesse ponto. No verso 18, Jesus mostra que a mulher precisa chegar ao
arrependimento, pois sem arrependimento não existe fé.
O fato é que você já teve cinco; e o homem com quem agora vive não é seu
marido. O que você acabou de dizer é verdade". João 4:18
A mulher deixa o seu cântaro e volta para cidade. Quem tem um encontro com Cristo tem
pressa para falar de Cristo. Aquele que retém para si, talvez não tenha todo um encontro
com Cristo.
O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: "Achamos o
Messias" (isto é, o Cristo). João 1:41
“E disseram à mulher: "Agora cremos não somente por causa do que você
disse, pois nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador
do mundo". João 4:42
Os samaritanos reconhecem a Jesus como Salvador não apenas dos judeus, como
também dos gentios, quando dizem: “este é realmente o Salvador do mundo".